Autor Tópico: Diferenças do euro 5  (Lida 4627 vezes)

Fevereiro 20, 2019, 14:12:37, 14:12
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Moto2cool

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Michael Ryland explicou como as normas Euro 5 mudaram: “Comparado com o Euro 4, os limites de emissões são muito menores, por isso é um desafio considerável para os fabricantes tanto em termos de cumprir a legislação - e motociclos em  particular têm problemas específicos com isso, alguns são mais fáceis do que outros - e também encontrar um custo razoável.

“Os limites caíram em cerca de um terço, em média. É diferente para cada tipo de emissões.Não é um salto tão grande quanto o Euro 3 para o Euro 4, mas à medida que se diminui esses limites, fica cada vez mais difícil cumpri-los, já que fica sem soluções rápidas para reduzir as emissões. Então fica mais e mais caro ”.

Actualmente, os limites do Euro 4 impõem restrições à quantidade de monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC) e óxidos de azoto (NOx). Além de reduzir esses totais, o Euro 5 acrescenta um limite na quantidade de hidrocarbonetos não-metânicos no escape, e isso está a ser um desafio para os projetistas de motores.

Michael Ryland disse: “Os hidrocarbonetos são basicamente combustível não queimado que não foi capaz de entrar em combustão total na câmara, ou queimar no escape ou catalisador, e os hidrocarbonetos não-metânicos são simplesmente os que não são metano. A UE supõe que os hidrocarbonetos não-metânicos constituem cerca de 68% do total de hidrocarbonetos. Mas, na realidade, na maioria dos motores, os hidrocarbonetos não-metânicos são mais de 90% do total. O verdadeiro desafio é ser capaz de reduzir as emissões de hidrocarbonetos sem metano sem aumentar o NOx, porque se quer que o catalisador seja rico e por outro lado quer que o catalisador seja limpo, então tem que equilibrá-lo com tanto cuidado quanto possível.

Em comparação com carros de baixa rotação, os motores de mota - e os motores de motas desportivas de alta rotação em particular - têm problemas quando se trata de hidrocarbonetos. Como Michael Ryland explica: “Em motores de alto desempenho,  normalmente tem duração de válvulas mais longa, o que causa muitos problemas, em particular para as emissões de hidrocarbonetos. Isso significa que sua válvula de saída provavelmente está abrindo bem cedo, o que é ótimo para a energia, pois significa que é mais fácil retirar os gases do escapamento, no entanto, para emissões significa que o processo de combustão está parcialmente completo no momento em que a válvula de escape se está a abrir. Isso aumenta a quantidade de hidrocarbonetos que  saem do escape sem serem queimados. E na outra extremidade, no lado de sobreposição da válvula [quando a válvula de entrada abre antes que a válvula de escape se feche], você tem combustível sendo injetado na porta que está apenas ignorando completamente o ciclo de combustão e indo direto para fora da porta de escape.

“Para reduzir esses hidrocarbonetos, você faz o máximo possível com o catalisador, porque essa é uma solução mais agradável e, quando os catalisadores são quentes, eles obtêm uma eficiência de conversão muito alta. Você pode ter mais de 95% de eficiência de conversão, o que é ótimo. Mas antes que eles estejam quentes existem problemas.

“A sobreposição de válvulas também se torna um grande problema, especialmente com motores mais agressivos e de alto desempenho, por isso é preciso procurar estratégias para reduzi-lo. Isso poderia ser tecnologia adicional ou poderia ser um estado mais baixo de ajuste para o mecanismo. Mas porque você não pode aceitar qualquer redução na potência, tem que encontrar outros meios de conseguir a potência de volta.

Paul Etheridge disse: “Os catalisadores custam dinheiro e, quanto maiores eles são e quanto mais metal precioso eles têm, mais caros eles são. E também, nas motas, mais difíceis são de encaixar. Assim, é preciso melhorar as emissões de motores o máximo possível, melhorando a combustão e otimizando a sobreposição de válvulas, e coisas assim, para minimizar as emissões que saem do motor.Isso também tem um benefício em termos de dirigibilidade e consumo de combustível. ”

Tradução automatica

Notícia completa : https://www.bennetts.co.uk/bikesocial/news-and-views/features/bikes/euro-5-emissions-what-they-mean-to-motorcycles
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Fevereiro 20, 2019, 17:02:15, 17:02
Responder #1

Sapiens21

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O tema é interessante para discussão...mas um verdadeiro "quebra cabeças" para a engenharia e projectistas de motores.

Conseguir cumprir normas cada vez mais apertadas vai tornar a complexidade dos mesmos cada vez mais onerosa (já o tinha escrito neste fórum).

Claro que alguns motores passarão mais facilmente do que outros.

Gostava de recordar uma "parangona" num artigo da MCN quando, no final de 2016, se referiam ao Euro4:


Link

Agora imaginem...se o Euro4 "ceifou" uns quantos modelos, o que fará o Euro5 com normas ainda mais apertadas em termos de emissões!?!?  :-X

Algo me diz, sem ser nenhum adivinho, que vai ter repercussões em alguns modelos.
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Dalai Lama

Fevereiro 20, 2019, 17:41:39, 17:41
Responder #2

dfelix

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A grande maioria das novas motorizações pós euro 4 foram já com o euro 5 em vista.
A grande dúvida será aquelas que já cá andam há alguns anos e com muito custo conseguiram sobreviver ao presente.
Nomeadamente os resistentes refrigerados a ar.

Fevereiro 20, 2019, 18:45:18, 18:45
Responder #3

Moto2cool

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Provavelmente este será um ano de expectativa sobre as novidades a sair para o Euro5, provavelmente com menos vendas de modelos novos mas também oportunidades de saldos para escoar modelos a descontinuar
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Fevereiro 20, 2019, 18:46:13, 18:46
Responder #4

Sapiens21

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O Euro5 vai entrar em vigor em Jan./2020.

Uma moto que tenha saído no mercado em início de 2017, com o Euro4 ainda "bem fresco", já o fazia...com o Euro5 em vista??

Partindo desse pressuposto, não terão de alterar o bastante para cumprir a nova norma?   :pensador:
Não será uma coisa muito simples, mantendo as prestações que antes fazia....creio eu.
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Dalai Lama

Fevereiro 20, 2019, 22:19:37, 22:19
Responder #5

dfelix

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Uma coisa é uma moto que tenham introduzido em 2017...
Outra completamente diferente é um motor que tenham introduzido em 2017...

Pois há muitas motos introduzidas em 2017 cujos motores já cá andavam antes.
Alguns casos tendo já sobrevivido a várias iterações das normas, sofrendo apenas algumas adaptações.
Quais desses irão sobreviver agora... será um mistério.


De qualquer forma, adaptar "a moto" nem é de todo complicado.
Pois o que se introduz são pormenores ao nível de segurança responsabilidade de electrónica que muitos modelos até já trazem e os que não trazem podem perfeitamente ser adadaptado.

Já os motores é um assunto completamente diferente.
E se pensarmos que a maioria são partilhados em diversos modelos... tem enorme peso no catálogo.

Não me parece que a maioria dos construtores tivesse introduzido motor novos desenhados de raíz a contar apenas com um ciclo de vida de 3 anos. Ou menos, se considerarmos os que foram surgindo entretanto.

O caso mais interessante é o da Guzzi.
Fará algum sentido uma marca que vende pouco lançar uma V85TT em 2019 para ser descontinuada em 2020?
Não me parece.


Fevereiro 20, 2019, 22:44:30, 22:44
Responder #6

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Meu caro, obviamente que quando fiz menção a um modelo introduzido em 2017 e num tópico relativo a emissões...me referia à sua mecânica Euro4. :)

Aliás...o prosseguir do meu post (assim como o anterior) assentou no questionar de uma capacidade em manter as prestações com uma possível "adaptação" ao Euro5 e das dificuldades com que poderiam deparar.

Inclusivamente a minha menção de "inícios de 2017" não foi inocente!

Basta recordar isto: "Euro 4 has been in the news because it affects almost all new bikes sold throughout Europe after 1 January 2017."

Ou seja, aquilo que questionava era precisamente até que ponto a Euro5 iria dificultar a vida à engenharia, já que as soluções não devem ser nem fáceis, nem baratas....mantendo consumos baixos e prestações ao nível a que "habituaram" os clientes.
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Fevereiro 20, 2019, 23:41:04, 23:41
Responder #7

Lourenço

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Não pesquisei informação específica mas tenho ideia que a calendarização desta normas foi decidida e continua a ser decidida com alguns anos de antecedência para deixar margem de manobra a nível mundial aos fabricantes, afinal há prazos de anos entre o desenvolvimento e a colocação no mercado de determinadas "famílias" de motores que já antecipam para mais de um nível com fácil mise a jour na data.

Não deixa de ser um investimento cada vez maior esta atualização constante que vai reduzindo o número de fabricantes e teremos cada vez mais marcas a partilhar motores, como na restante indústria. E depois do dieselgate a malha apertou. A insistência na gestão (mapeamento) eletrónica e sistemas DCT fazem também parte de um todo nesse sentido.

Fevereiro 20, 2019, 23:41:37, 23:41
Responder #8

dfelix

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Provavelmente não me expliquei bem...
Muitas das motorizações que foram desenvolvidas recentemente para responder ao euro 4 foram já pensadas para o euro 5.
Ou seja, há motores a circular que já cumprem os requisitos relativamente a emissões.
Mas estão certificados como euro 4 por ser o que está em vigor.
(exemplo das street twin e T120 da triumph)

O salto para a euro 5 do ponto de vista de emissões não é tão agressivo como foi para a euro 4.
O que será chato é a manutenção destes valores ao longo do tempo de vida util da moto, ao contrário dum número limite de quilómetros.
Mas quem já se adiantou teve estes anos para ir optimizando esta parte.

Ah... Quando lá atrás escrevi "desenvolvidas recentemente" refiro-me a motores novos desenhados de raíz ou reformulados praticamente por inteiro. O que não deve ser confundido com motores jurássicos que foram apenas amordaçados e cujo futuro será incerto.


Fevereiro 21, 2019, 00:11:54, 00:11
Responder #9

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Permite-me voltar um pouco atrás porque não comentei algo que deveria ter feito.  :nice:

A Moto-Guzzi V85 talvez não tenha um ciclo de vida anunciado tão curto como "temes" e referes mais atrás...

Existem algumas referências que dão conta de um acautelar da situação por parte da marca.  :nice:

O modelo agora lançado no mercado em 2019 (com um desenvolvimento que deve ter preenchido boa parte do ano transacto), seria de facto um "tiro no pé" caso findasse a sua existência num espaço tão curto de tempo.

Mas...

"Although still a big air-cooled twin, Guzzi say they’re minor tweaks away from meeting Euro5. There are external changes, too. The crankcases are stiffer to allow use as a stressed member and the gearbox has been adjusted to be smoother running, including a synchroniser that eliminates the jolt when you engage first gear. It sticks, however, with Guzzi’s tried-and-tested shaft drive but is 70mm longer than the Moto Guzzi V7." Link

A minha questão e dúvida nisto é a de saber se muitos motores (que até podem ter sido desenvolvidos na era do Euro3 mas para cumprir o Euro4) se não exigirão uma certa complexidade que os leve a ficar para trás...ou mesmo levando a que modelos desapareçam do catálogo!

Recordemos as palavras de um engenheiro da área e incluso no link deixado no início deste tópico:

"Compared to Euro 4, the emissions limits are much lower, so it's a considerable challenge for the manufacturers both in terms of meeting the legislation - and particular motorcycles have particular issues with it, some are easier than others - and also meeting it at a reasonable cost.

“The limits have gone down by about a third on average. It's different for each emissions type. It's not as big a jump as Euro 3 to Euro 4, however as you decrease these limits it just gets tougher and tougher to meet them as you run out of quick hits for reducing your emissions. So it gets more and more expensive.”


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Fevereiro 21, 2019, 00:31:06, 00:31
Responder #10

dfelix

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Epá... eu não temo pela V85!  :D
Utilizei-a precisamente por ser um excelente exemplo e perfeitamente adequado a este tema!

Tem um motor que à partida teria tudo para dar errado!
É arrefecido a ar! Algo que para muita gente já anunciava a morte ainda antes de ter surgido a euro 4.
É uma versão substanciamente espremida de um motor já existente (v9)! Ou seja, o oposto daquilo que habitualmente se observa em que para respeitar restrições corta-se na performance.


Fevereiro 21, 2019, 12:56:05, 12:56
Responder #11

2low

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Vamos lá a ver se o motor 650cc Bicilíndrico da Kawasaki vai continuar a bater pontos…ou se desta vez... a base ainda vem da GPZ500...

Grão a Grão, Comemos Feijão!
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Novembro 13, 2019, 00:53:12, 00:53
Responder #12

2low

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O que esperar já no próximo ano sobre a norma Euro5... irão muitas motos/motores desaparecer?

https://www.motocykl-online.pl/technika/Norma-Euro-5-w-motocyklach,13634,1
(usar tradutor)
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Abril 09, 2020, 09:37:32, 09:37
Responder #13

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Vamos lá a ver se a norma actual de emissões, a Euro 4, não se vai manter mais tempo do que o previsto...  :zangadoregras:

É que a ANCMA, a Associação de Industriais do Sector das Motos, está a fazer "pressão" para que os prazos sejam alargados e a entrada em vigor da nova norma Euro 5 seja adiada por no mínimo...6 meses.

São vários os países com a produção quase parada ou mesmo parada, com os próprios canais de distribuição fortemente afectados, como Itália, Espanha, Alemanha e França.

Além disso, os próprios desenvolvimentos tecnológicos e respectivos testes também estão a ser afectados por via das dificuldades criadas por esta pandemia.

Será (ou seria) suposto a nova norma entrar em vigor já no início do ano que vem, mas...neste momento existem igualmente grandes quantidades de motos Euro 4 em stock e sem estarem a sair para o mercado, pelo que a ANCMA está a fazer uma certa pressão para que a legislação desobrigue as marcas de cumprir este calendário logo no início de 2021.

Veremos o que se vai passar...  :pensador:
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Abril 09, 2020, 10:34:26, 10:34
Responder #14

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Penso que 6 meses não faria sentido, o ideal seria um ano.
O impacto na economia é tão drástico que admito que outras agendas possam ser prejudicadas
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Abril 09, 2020, 14:58:23, 14:58
Responder #15

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(....)
É que a ANCMA, a Associação de Industriais do Sector das Motos, está a fazer "pressão" para que os prazos sejam alargados e a entrada em vigor da nova norma Euro 5 seja adiada por no mínimo...6 meses.

(...)


Tudo depende agora da forma como for "negociada" a questão por parte da ANCMA, junto das entidades Europeias na matéria.

Negociação...e tempo que levará até que tudo isto comece a estabilizar, claro.
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Abril 11, 2020, 04:18:40, 04:18
Responder #16

dfelix

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Fevereiro 2019

O Euro5 vai entrar em vigor em Jan./2020.

Abril 2020

Vamos lá a ver se a norma actual de emissões, a Euro 4, não se vai manter mais tempo do que o previsto...  :zangadoregras:
(...)
Será (ou seria) suposto a nova norma entrar em vigor já no início do ano que vem, mas..
(...)
...a ANCMA está a fazer uma certa pressão para que a legislação desobrigue as marcas de cumprir este calendário logo no início de 2021.

 :pensador:

A normal "actual" é a Euro 5.
Entrou em vigor a 1 de Janeiro deste ano de 2020.
O que significa que os novos modelos introduzidos este ano respeitam obrigatoriamente esta norma.

O que está em causa é um "período de graça" em que é possível a comercialização de veículos da norma anterior desde a data de fabrico seja anterior à entrada em vigor da nova norma.
A ideia é escoar produção.

É um tema curioso porque houve construtores a jogar com isto no passado e a produzir em excedente precisamente para manter em catálogo modelos antigos por mais tempo.
Não me admiraria que esta possa ser a razão do encurtamento para um ano de algo que antes foi de dois.

Por outro lado, com as vendas certamente muito inferiores devido ao tema do covid-19, o sector tem argumentos para o prolongamento.

Abril 11, 2020, 07:41:25, 07:41
Responder #17

Sapiens21

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O Euro5 vai entrar em vigor em Jan./2020.

Abril 2020


Julgo que não querias dizer Abril 2020...  :pensador:


Eu mais acima queria dizer 2021, mas é Janeiro de 2021.

Julgo que todas as motos a partir de Janeiro de 2021 para serem vendidas ou matriculadas na Europa terão que estar de acordo com as limitações estabelecidas no Euro 5.

Por agora vive-se um momento em que existe uma gradual adaptação, ainda que modelos de motos novas já tenham sido obrigadas a cumprir a nova norma logo no início de 2020.

O pretendido agora é que para todas as outras que não cumprem a nova norma, esse período vá bem para lá de Janeiro de 2021....
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Abril 11, 2020, 14:48:52, 14:48
Responder #18

dfelix

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Julgo que não querias dizer Abril 2020...  :pensador:

As datas são referentes ao que foi escrito em Fev 2019 e depois em Abr 2020.
O resto do que escrevi parece-me bastante explicito sobre qual a norma que se encontra em vigor e a que corresponde o período de graça cuja brevidade está em causa.


Outubro 06, 2020, 13:01:16, 13:01
Responder #19

Sapiens21

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A notícia está agora a chegar a várias publicações do sector e são de alguma forma um certo desafogo para as marcas que acumulariam stocks de modelos Euro4, caso nada se fizesse.


A Comissão Europeia decidiu assim ajustar o regime para permitir que as marcas vendam mais facilmente as suas unidades Euro4 ainda em 2021.


https://www.motoservices.com/actualite-moto/Stocks-Euro4-Covid-l-Europe-va-autoriser-des-quotas-plus-importants-en-2021.htm
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Outubro 06, 2020, 13:07:16, 13:07
Responder #20

JViegas

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Com esta história da pandemia, muitos planos foram alterados/adiados/prejudicados.

Penso que será uma forma de ajudar a industria a "escoar produto".


Outubro 06, 2020, 13:36:19, 13:36
Responder #21

Rodrigues1

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Periodos de "graça"..?

Esta chamou-me a atenção  :lolol:

Bom, não tem graça nenhuma quando a preocupação de limpar o ar se remete para lugar secundário dando primazia á economia de algumas multinacionais porque se fossem médias empresas estavam-se a cag...ar para elas.

Aceito que o façam para não criar mais desemprego, só não aceito que o Euro 6 obrigue algumas empresas a retirarem de produção  modelos cujos motores não comportam económicamente essa alteração sendo preferível sairem de produção para tristeza dos seus adeptos.

Pelo que tenho reparado a maior preocupação sobre o clima está inclinado para a produção auto a combustão quando as empresas que produzem veículos elétricos se debatem com falta de apoios para que possam aumentar a produção permitindo baixar os preços.

No mínimo ridículo e patético.

Outubro 07, 2020, 01:52:18, 01:52
Responder #22

dfelix

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Periodos de "graça"..?

Esta chamou-me a atenção  :lolol:

Bom, não tem graça nenhuma quando a preocupação de limpar o ar se remete para lugar secundário dando primazia á economia de algumas multinacionais porque se fossem médias empresas estavam-se a cag...ar para elas.

Aceito que o façam para não criar mais desemprego, só não aceito que o Euro 6 obrigue algumas empresas a retirarem de produção  modelos cujos motores não comportam económicamente essa alteração sendo preferível sairem de produção para tristeza dos seus adeptos.

Pelo que tenho reparado a maior preocupação sobre o clima está inclinado para a produção auto a combustão quando as empresas que produzem veículos elétricos se debatem com falta de apoios para que possam aumentar a produção permitindo baixar os preços.

No mínimo ridículo e patético.

Este é um tema que já tem feito correr muita tinta.
E que envolve muitos outros temas associados.

A preocupação com o "limpar o ar" parece legitima.
Não há dúvida do impacto que causa a industria. Não há dúvida do impacto que causa a circulação de veículos.
Se a industria polui mais que a mobilidade é outro tema... mas uma coisa não invalida a outra.

Não me parece que a industria auto esteja com dificuldades em aumentar a produção dos eléctricos.
Pelo contrário. A massificação é uma realidade do presente. Já começa a ser normal se ouvir o som de "ovni" quando circulam devagar.
No mundo das motos é que a coisa está estagnada.

Quanto à Euro5, se as transições fossem abruptas seria mais complicado.
Implicaria deixar de escoar unidades já produzidas por "passar do prazo".
Se alguns construtores se aproveitam disso para fazer render o peixe... é outra história.
Mas a realidade é que as restrições foram publicadas há anos suficientes para a transição. E tal como houve construtores que criaram novos motores para a Euro4 já numa perspectiva de Euro5... há os que ainda tentam espremer motorizações com 15 anos ou mais. Cada qual com sua estratégia.

Tristeza dos adeptos....  será sempre algo relativo.
Porque adeptos sucedem adeptos. E o que para nós é fixe.. para os próximos poderá não ser.
Portanto, desde que não nos impeçam de circular com as que temos, tudo bem.
 :)

Outubro 08, 2020, 11:35:47, 11:35
Responder #23

Rodrigues1

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Periodos de "graça"..?

Esta chamou-me a atenção  :lolol:

Bom, não tem graça nenhuma quando a preocupação de limpar o ar se remete para lugar secundário dando primazia á economia de algumas multinacionais porque se fossem médias empresas estavam-se a cag...ar para elas.

Aceito que o façam para não criar mais desemprego, só não aceito que o Euro 6 obrigue algumas empresas a retirarem de produção  modelos cujos motores não comportam económicamente essa alteração sendo preferível sairem de produção para tristeza dos seus adeptos.

Pelo que tenho reparado a maior preocupação sobre o clima está inclinado para a produção auto a combustão quando as empresas que produzem veículos elétricos se debatem com falta de apoios para que possam aumentar a produção permitindo baixar os preços.

No mínimo ridículo e patético.

Este é um tema que já tem feito correr muita tinta.
E que envolve muitos outros temas associados.

A preocupação com o "limpar o ar" parece legitima.
Não há dúvida do impacto que causa a industria. Não há dúvida do impacto que causa a circulação de veículos.
Se a industria polui mais que a mobilidade é outro tema... mas uma coisa não invalida a outra.

Não me parece que a industria auto esteja com dificuldades em aumentar a produção dos eléctricos.
Pelo contrário. A massificação é uma realidade do presente. Já começa a ser normal se ouvir o som de "ovni" quando circulam devagar.
No mundo das motos é que a coisa está estagnada.

Quanto à Euro5, se as transições fossem abruptas seria mais complicado.
Implicaria deixar de escoar unidades já produzidas por "passar do prazo".
Se alguns construtores se aproveitam disso para fazer render o peixe... é outra história.
Mas a realidade é que as restrições foram publicadas há anos suficientes para a transição. E tal como houve construtores que criaram novos motores para a Euro4 já numa perspectiva de Euro5... há os que ainda tentam espremer motorizações com 15 anos ou mais. Cada qual com sua estratégia.

Tristeza dos adeptos....  será sempre algo relativo.
Porque adeptos sucedem adeptos. E o que para nós é fixe.. para os próximos poderá não ser.
Portanto, desde que não nos impeçam de circular com as que temos, tudo bem.
 :)

Se por um lado o euro5 obrigou ou obriga a muitas alterações nos motores a combustão para limpar o ar também não vejo grandes esperanças nos veículos elétricos, se a ideia era obrigar a comprar elétricos creio que se sairam mal pelo menos num futuro próximo.

O que causou o aumento nas vendas de veículos elétricos é o apoio que os governos dão na sua aquisição porque sem isso estaria estagnada por falta de apoios a nível de baterias que continuam caras, era esse apoio a que me referia.

Os cheques de incentivos à compra de elétricos estão a esgotar.

Além disso a construção moderna dos interiores dos veículos encarecem a produção e de que maneira

https://www.dinheirovivo.pt/empresas/producao-de-carros-eletricos-mais-cara-nos-proximos-10-anos/

O melhor era evitar isto...!




Outubro 08, 2020, 12:33:27, 12:33
Responder #24

2low

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  • Marca Motociclo: Triumph
  • Modelo Motociclo: Sprint ST 1050 ABS (2006)
  • Localidade: Margem Sul
Conforme o que já fui "debitando" um pouco por todo o lado, pragmaticamente falando, parece-me uma autêntica demagogia o que se tem passado com a nova norma Euro5.
Para já o que temos visto, é uma constante redução de potência tanto nas motos como nos automóveis diesel. (o normal era termos um turbodiesel com potência a superar já os 200cv, e recentemente já só as marcas premium mantêm com as restantes marcas reduzirem essa potência para meros 150cv)
A par destas reduções de potência, começam também a reduzir o ruído produzido.

Agora falando a sério e sem vergonha...

Se no final dos anos 90, o diesel e as motos proporcionaram reais melhorias e desempenho para os consumidores, já o que está a acontecer com os eléctricos, a questão pertinente desta questão, é que os eléctricos (ainda) não são capazes de proporcionar reais melhorias para os consumidores, comparando todos os factores que os consumidores verificavam nos tais novos "turbodiesel" com melhores consumos face à gasolina levando a melhores autonomias, melhores desempenhos (binário e potência) e um custo não tão elevado face aos motores a gasolina.
Nas motos foram igualmente sendo cada vez mais velozes...até à pouco tempo atrás, ali com a transição do Euro4...
Sobre os veículos eléctricos, terão de realmente serem bem melhores para os consumidores investirem neles quanto a:
- rede de postos de abastecimento (eléctrico) ser o mesmo ou melhor que os actuais
- o carregamento máximo não pode demorar mais de 5/10minutos
- a autonomia deverá ser semelhante a um actual turbodiesel (900/1000km)
- deverão proporcionar além das acelerações, velocidades de ponta idênticos aos "turbodiesel" mais possantes
- não deverão ter preços proibitivos face aos actuais melhores "turbodiesel"
- deveria haver campanhas estatais com REAL INTERESSE NA SUBSTITUIÇÃO, não dando apenas "chupa chupa" mas sim um real beneficio na primeira troca que qualquer cidadão faça para substituir um veiculo "de motorização tradicional" e reduzindo o beneficio fiscal na 2ª troca e por conseguinte.
- as motos é igual ao que escrevi acima...
Pessoalmente não tenho para já nenhuma vantagem em trocar seja que veiculo for, porque a questão "financeira" também conta muito...
Porque esta coisa do "mudar de paradigma" geralmente começa sempre com quem mais pode e só no final chega aos do final da cadeia...

E uma mera questão que o eléctrico pode fazer poupar dinheiro não serve para alguém que também procura algo mais que isso, como prazer de condução sem "limitações".

Portanto, esta norma Euro5, o que nos dá é:
- vontade de adquirir um usado anterior
- desgosto pelos novos modelos não darem tanto prazer
- etc...

Resta perguntar:
O que eles querem?
É tornar a Europa numa ditadura tipo a China e que somos limitados a tudo o que eles nos querem impor, usando pretextos demagogos relativamente ao ambiente?
(é o que parece)
« Última modificação: Outubro 08, 2020, 12:48:57, 12:48 por 2low »
Grão a Grão, Comemos Feijão!
"Nada é para sempre, nem mesmo os problemas", Charlie Chaplin


Outubro 08, 2020, 15:44:26, 15:44
Responder #25

dfelix

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Se por um lado o euro5 obrigou ou obriga a muitas alterações nos motores a combustão para limpar o ar também não vejo grandes esperanças nos veículos elétricos, se a ideia era obrigar a comprar elétricos creio que se sairam mal pelo menos num futuro próximo.

As normas euro são um "pacote" que além das emissões introduz a obrigatoriedade de alguns dispositivos de segurança.
Naturalmente as emissões são o mais complicado de contornar. Porque envolve necessidade de modificar motores existentes ou criar novos.
Mas isto é uma responsabilidade do construtor. Cabe-lhe perceber o que lhe é mais rentável.

Um eléctrico não me parece que tenha "problemas" com emissões.  :)
Portanto o sair-se bem ou mal neste aspecto nem sequer é discutível. Se as emissões que num motor a combustão eram directamente produzidas pelo consumidor agora passam a ser produzidas por que produz a electricidade... é outro tema. E cabe ao produtor de energia lidar com isso.

O que causou o aumento nas vendas de veículos elétricos é o apoio que os governos dão na sua aquisição porque sem isso estaria estagnada por falta de apoios a nível de baterias que continuam caras, era esse apoio a que me referia.

O aumento das vendas dos eléctricos é porque começaram a surgir opções honestas a preços concorrenciais.
Mesmo sem considerar com o valor do apoio que não chega para todos todos e aos que chega pode levar largos meses a ser reembolsado.

Não me parece que ninguém gaste 100k num Tesla preocupado com a economia.
Chegar a casa, ligar a tomar e gastar 3 ou 4 euros de electricidade para uma utilização equivalente a 15 ou 20 euros de combustível terá maior peso para os que compram leafs, zoes e outros cujo actual price tag não é muito superior a algo equivalente a diesel.

Este é o mercado que tem crescido e certamente irá continuar a crescer.
Porque é aquele cujo custo de utilização e manutenção mais rapidamente amortiza a diferença.