Autor Tópico: Yamaha DT 50 LC...máquina que marcou gerações!  (Lida 35159 vezes)

Fevereiro 09, 2017, 00:43:30, 00:43
Lida 35159 vezes

Sapiens21

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Yamaha DT 50 LC...máquina que marcou gerações!



Imagem de uma das mais recentes evoluções do modelo - http://bikzshop.pt


Aqui há coisa de uma semana falei no fórum de uma situação que envolvia uma velhinha Yamaha DT LC e...hoje deu-me para escrever directamente sobre o modelo. 

Não é que seja máquina particularmente vistosa ou com grandes atributos para apreciar (bem pelo contrário...é até bastante espartana), mas algo me impulsionou agora a vir escrever um pouco sobre as DT's 50, modelo que marcou gerações.   

As Yamaha DT existem desde finais dos anos 60', mas não é sobre essas mais antigas que aqui se traz este tópico, mas sim sobre as tão famosas e ainda muito habituais nas nossas estradas... Yamaha's DT LC, as quais porventura desde há pelo menos 2 décadas que são a delícia de muitos jovens com idades de 16-17-18 anos.

Quando apareceram vieram claramente para vingar e se manterem de "pedra e cal" no mercado, fazendo-o durante tanto tempo, que não é com estranheza que se vêem tantas ainda a circular e também a encher websites de usados, como o Sapo Motos, OLX, Custo Justo, etc. 

A diferença para o paradigma maioritário do mercado era clara e este modelo promovia-se a si mesmo através dos seus proprietários e pelas qualidades que evidenciava: Tratava-se de uma moto com uma ciclística apropriada ao uso fora-de-estrada, mas ao mesmo tempo capaz de ser perfeitamente usada no quotidiano, graças ao baixíssimo peso e não muito longe dos 100kg, à suspensão frontal e traseira suficientemente macia (atrás era de mono-mola), roda dianteira e traseira de grande diâmetro e em jantes de raios, guarda-lamas volumoso e concebido num plástico muito maleável, um banco longo e corrido (não era bipartido), uma altura ao solo que lhe permitia passar em praticamente todo o lado sem se correr o risco de raspar algum órgão mecânico e uma robustez de motor que era comum a todas as DT's, independentemente da cilindrada.

Neste caso da 50 e que todos conhecemos, tratava-se de um fiável monocilíndrico a carburador (a 2 tempos) que tem sido desde há muito tempo aclamado pela sua capacidade em devorar Kms e sofrer as maiores "atrocidades", continuando ainda assim a mostrar que não dá parte fraca e que o seu material estava... e está efectivamente feito para durar.

As mais conhecidas por cá foram claramente a DT50LC, a DT125LC e a DTR125 (estas últimas ainda assim bastante menos), apesar de terem sido lançadas - ao longo de décadas - muitas outras, com motores de 80, 100, 175, 180, 200, 230, 250, 350, 360 e 400cc. 

As DT foram assim e ao longo de vários anos, a opção de muitos iniciantes do fora-de-estrada, sobretudo a voluntariosa 50, que por via do preço relativamente acessível, uma mecânica extremamente simples e durável, uma grande leveza de todo o conjunto e uma manutenção barata, conseguiu marcar muitos e ensinar a andar de moto outros tantos.

Actualmente as coisas estão um pouco diferentes no que respeita ao seu aspecto original, sendo já muito mais comum encontrá-las totalmente customizadas (e que quase me apetece dizer "assassinadas), com rodas mais pequenas, estreitas e com pneus de estrada, umas luzes que parecem os pequenos focos de Led da minha bancada de cozinha, escapes todos furado e a emitir uma loucura de Db...
Enfim, isto sem entrar nas alterações que compreendem as rectificações de cilindro, troca do carter, alterações no colector de admissão, etc. e que transformaram por completo o aspecto e sensação original de condução da saudosa DT LC original.

Existem motos que ganham uma empatia natural e esta aqui, a DT 50 LC...a original que saiu com cores distintas e onde inclusivamente foi proposta (imagine-se!) em cor-de-rosa, não deixou de mostrar que para marcar gerações não é preciso ser particularmente bonita. Basta ser boa...muito boa a fazer aquilo que é procurado numa moto do género! :)


Fica assim desta forma o meu tributo ao modelo... :nice:
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Fevereiro 09, 2017, 01:23:56, 01:23
Responder #1

dfelix

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O sucesso foi tão grande em Portugal que chegou a existir a edição especial "Cabo da Roca"..

Bem feínha por sinal...  :D



(não foi facil encontrar uma foto dela na net!)


Fevereiro 09, 2017, 08:34:36, 08:34
Responder #2

NunoMt

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O sucesso foi tão grande em Portugal que chegou a existir a edição especial "Cabo da Roca"..

Bem feínha por sinal...  :D



(não foi facil encontrar uma foto dela na net!)
Tive uma igual. Foi a minha estreia no mundo das motas, e das quedas também

Enviado do meu Vodafone Smart ultra 6 através de Tapatalk


Fevereiro 09, 2017, 09:12:42, 09:12
Responder #3

mneves

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Sabes , já me tinha lembrado de fazer isto mas o tempo....
Obrigado pela partilha.
Não tive uma LC mas tive sim uma target  e a aerox.
membro numero 16

Fevereiro 09, 2017, 22:24:48, 22:24
Responder #4

Joao_Cruz

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Sapiens, tu....não existes! :nice: :nice:
A remexer no bau.
Depois da vespa Pk 50, tive (a meias com os meus irmãos) uma DT 50 LC, que comprei usada.
Fui com ela a Castelo Branco, Lobos da Neve, Faro, etc.
Bons anos.
Motor indestrutível.
Única lacuna era a facilidade em roubar peças.
Tampas laterais já nem as punha e escapes, foram uns quantos.
Que saudades..n

Fevereiro 10, 2017, 00:43:10, 00:43
Responder #5

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Essa cor colocada ("Cabo da Roca"), creio que terá sido aquela que menos vi até hoje...

Normalmente as cores mais em voga - ou pelo menos as que mais via - eram o azul, vermelho e cor-de-rosa. Por esta ordem... :)
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Fevereiro 10, 2017, 02:15:25, 02:15
Responder #6

dfelix

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Essa cor colocada ("Cabo da Roca"), creio que terá sido aquela que menos vi até hoje...

Se não estou em erro só saiu em 1996.
Não dá para perceber bem porque a foto é pequena, mas os rabiscos em amarelo na tampa (e que também estava na mica) são uns caracteres japoneses para "cabo da roca"!
Pelo menos era o peixe que vendiam.

Foi também a partir daqui que passaram a ter disco à frente.


Fevereiro 12, 2017, 11:20:17, 11:20
Responder #7

JPA

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A DT50 LC, faz parte de uma época que não volta mais.

Eram tempos de alguma irreverência em 2 rodas e sobretudo por terem "criado" a imagem do puto betinho ( ou em plena ascensão social), que chegava ao Liceu sempre todo janota e raramente a estacionava ao pé das demais 2 rodas ( que não fossem LC's).


Numa época em  que não havia capacetes modulares, um semi integral ou jet das carissímas Shoei, GPA, ou Arai ou mesmo casco com pala MX com os "googles" da Oakley , fazia o sonho de qualquer adolescente. ( tive profs que proibiram nas salas de aula a ostentação de tais capacetes que naturalmente ocupavam 2 terços das generosas mesas das salas de aula... :) ) - tudo no chão de preferência ao fundo da sala ! ;D

Já havia nessa altura algum estigma para quem andava na casal boss, ou noutras afins de produção nacional... nunca percebi o porque, mas era assim que o pessoal canuto das 2 rodas se tratava. Ou tinhas uma LC ou então passas para o canto... lógica impia.

A minha memória recua 30 anos, e admito que foram tempos do quase vale tudo. LC 50 que se prezasse, tinha logo de ter os 4 piscas fora, uma mousse de esponja no guiador a dizer "motul", o retrovisor era imediatamente substituído por um mini espelho que naturalmente enfeitava e obviamente a ponteira furada ou modificada...

Havia quem gasta-se uns valentes contos de reis a colocarem  carburadores marados, com gicleurs específicos e outras cenas que poucos percebiam mas todos entendiam... se  é para andar mais, então vale a pena!!

Muito importante e sobretudo para o glorioso "engate", era ter a motinha a ter um cheiro diferente na combustão do óleo... se não fosse sintético e com "aroma", não havia miúda que não olhasse com algum desejo de ir dar "uma volta"...

Ainda hoje estou convencido que muito miolo de escape e cerebral deve ter  ficado queimado à custa dos sintéticos... um questão de feromonas ??? LOOOL

Nunca tive uma LC, mas foi por um triz... na altura optei por um Commodore Amiga , mas por vezes gostava de ter sido ao contrário!

Discordo do preço acessível... em 86 e salvo erro uma LC custava quase 300 cts, enquanto uma casal boss nem chegava aos 80 cts, e uma  Honda vision 50 custava quase 200 cts...


Fevereiro 12, 2017, 12:03:43, 12:03
Responder #8

pedroareias

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 :palmas: :palmas:

Nada de fundamental mudou desde essa altura.

Na minha perspectiva, na altura quem andava em Casal, Famel, SIS, etc eram os trabalhadores ou seus descendentes.

Como é óbvio, as "elites", na altura como agora, são puramente consumidores e seria um escândalo se fossem confundidas com alguém capaz de trabalhar.

Sendo assim, tudo o que é produção nacional é ridicularizado, gozado e destruído pelas elites. Na altura a Famel, por exemplo, foi completamente excluída (a nível Nacional) do financiamento por projectos Europeus por ser considerada "chunga" e "foleira".

Havia mesmo um "embaraço" por parte de alguns Catedráticos que os produtos Nacionais fossem expostos na CEE para candidaturas a financiamento.

Tal como a Casal, UMM, Sepsa e muitas outras foram eliminadas pelas elites consumidoras.

A Scooter eléctrica da Famel foi mesmo ridicularizada pelas elites, apesar de já terem encomendas em França.

A DT50 LC, faz parte de uma época que não volta mais.

Eram tempos de alguma irreverência em 2 rodas e sobretudo por terem "criado" a imagem do puto betinho ( ou em plena ascensão social), que chegava ao Liceu sempre todo janota e raramente a estacionava ao pé das demais 2 rodas ( que não fossem LC's).


Numa época em  que não havia capacetes modulares, um semi integral ou jet das carissímas Shoei, GPA, ou Arai ou mesmo casco com pala MX com os "googles" da Oakley , fazia o sonho de qualquer adolescente. ( tive profs que proibiram nas salas de aula a ostentação de tais capacetes que naturalmente ocupavam 2 terços das generosas mesas das salas de aula... :) ) - tudo no chão de preferência ao fundo da sala ! ;D

Já havia nessa altura algum estigma para quem andava na casal boss, ou noutras afins de produção nacional... nunca percebi o porque, mas era assim que o pessoal canuto das 2 rodas se tratava. Ou tinhas uma LC ou então passas para o canto... lógica impia.

A minha memória recua 30 anos, e admito que foram tempos do quase vale tudo. LC 50 que se prezasse, tinha logo de ter os 4 piscas fora, uma mousse de esponja no guiador a dizer "motul", o retrovisor era imediatamente substituído por um mini espelho que naturalmente enfeitava e obviamente a ponteira furada ou modificada...

Havia quem gasta-se uns valentes contos de reis a colocarem  carburadores marados, com gicleurs específicos e outras cenas que poucos percebiam mas todos entendiam... se  é para andar mais, então vale a pena!!

Muito importante e sobretudo para o glorioso "engate", era ter a motinha a ter um cheiro diferente na combustão do óleo... se não fosse sintético e com "aroma", não havia miúda que não olhasse com algum desejo de ir dar "uma volta"...

Ainda hoje estou convencido que muito miolo de escape e cerebral deve ter  ficado queimado à custa dos sintéticos... um questão de feromonas ??? LOOOL

Nunca tive uma LC, mas foi por um triz... na altura optei por um Commodore Amiga , mas por vezes gostava de ter sido ao contrário!

Discordo do preço acessível... em 86 e salvo erro uma LC custava quase 300 cts, enquanto uma casal boss nem chegava aos 80 cts, e uma  Honda vision 50 custava quase 200 cts...

Fevereiro 12, 2017, 15:28:08, 15:28
Responder #9

JPA

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:palmas: :palmas:

Nada de fundamental mudou desde essa altura.

Na minha perspectiva, na altura quem andava em Casal, Famel, SIS, etc eram os trabalhadores ou seus descendentes.

Como é óbvio, as "elites", na altura como agora, são puramente consumidores e seria um escândalo se fossem confundidas com alguém capaz de trabalhar.

Sendo assim, tudo o que é produção nacional é ridicularizado, gozado e destruído pelas elites. Na altura a Famel, por exemplo, foi completamente excluída (a nível Nacional) do financiamento por projectos Europeus por ser considerada "chunga" e "foleira".

Havia mesmo um "embaraço" por parte de alguns Catedráticos que os produtos Nacionais fossem expostos na CEE para candidaturas a financiamento.

Tal como a Casal, UMM, Sepsa e muitas outras foram eliminadas pelas elites consumidoras.

A Scooter eléctrica da Famel foi mesmo ridicularizada pelas elites, apesar de já terem encomendas em França.

A DT50 LC, faz parte de uma época que não volta mais.

Eram tempos de alguma irreverência em 2 rodas e sobretudo por terem "criado" a imagem do puto betinho ( ou em plena ascensão social), que chegava ao Liceu sempre todo janota e raramente a estacionava ao pé das demais 2 rodas ( que não fossem LC's).


Numa época em  que não havia capacetes modulares, um semi integral ou jet das carissímas Shoei, GPA, ou Arai ou mesmo casco com pala MX com os "googles" da Oakley , fazia o sonho de qualquer adolescente. ( tive profs que proibiram nas salas de aula a ostentação de tais capacetes que naturalmente ocupavam 2 terços das generosas mesas das salas de aula... :) ) - tudo no chão de preferência ao fundo da sala ! ;D

Já havia nessa altura algum estigma para quem andava na casal boss, ou noutras afins de produção nacional... nunca percebi o porque, mas era assim que o pessoal canuto das 2 rodas se tratava. Ou tinhas uma LC ou então passas para o canto... lógica impia.

A minha memória recua 30 anos, e admito que foram tempos do quase vale tudo. LC 50 que se prezasse, tinha logo de ter os 4 piscas fora, uma mousse de esponja no guiador a dizer "motul", o retrovisor era imediatamente substituído por um mini espelho que naturalmente enfeitava e obviamente a ponteira furada ou modificada...

Havia quem gasta-se uns valentes contos de reis a colocarem  carburadores marados, com gicleurs específicos e outras cenas que poucos percebiam mas todos entendiam... se  é para andar mais, então vale a pena!!

Muito importante e sobretudo para o glorioso "engate", era ter a motinha a ter um cheiro diferente na combustão do óleo... se não fosse sintético e com "aroma", não havia miúda que não olhasse com algum desejo de ir dar "uma volta"...

Ainda hoje estou convencido que muito miolo de escape e cerebral deve ter  ficado queimado à custa dos sintéticos... um questão de feromonas ??? LOOOL

Nunca tive uma LC, mas foi por um triz... na altura optei por um Commodore Amiga , mas por vezes gostava de ter sido ao contrário!

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Sem dúvida...

Foram tempos de uma certa euforia económica e social. Portugal na CEE... e  12 anos de um novo regime politico socio económico em mudança e consolidação.

Indubitavelmente a nossa industria das motorizadas já nesses tempos demonstrava alguma dificuldade e com a entrada muito mais facilitada dos produtos oriundos  da Europa dos 12, mesmo importado do Japão, guilhotinava qualquer tipo de interesse nos produtos nacionais.

Era quase impossível competir, quando os empresários portugueses desse setor ainda pensavam à anos 70. Técnicas de produção ultrapassadas, veículos feios e de baixa qualidade e motores ultrapassados a 2 tempos, falar em R&D era uma novidade que poucos entendiam. Muito complicado empresários com a 4ª classe quererem singrar num setor de portas abertas à importação dos gigantes asiáticos, salvo devidas exceções!

Ainda pensavam que se não vendessem por cá, seria Africa e alguns países da europa de leste que absorvia e no limite só fabricavam peças sobressalentes até ao fim dos dias ! :(

Mas foi uma grande perda... acredito que se fosse hoje a nossa industria típica de motorizadas já tinha dado a volta.

Faltou visão a muita gente e sobretudo formação profissional e alguma ambição. O poder politico desses tempos é idem co-responsável, pois "betonizou-se" o país, e algum protecionismo económico em certos s etores industriais ficou esquecido.

Hoje já conseguimos ter algum  know how em muitas áreas satélites  nas 2 rodas, o que falta é a coragem para investir, mas talvez o risco não compense...

De recordar que nessa época as industrias têxteis e de calçado foram quase que "limpas e estagnadas", e hoje são de um sucesso mundial que muito nos devemos orgulhar.

Em 1988 a fantástica scooter electrica fez algum burburinho, e salvo erro com uma parceria da Efacec. Hoje faz muito sentido, na época era visto como um certo delírio ! Foi mesmo o canto do cisne...  :'(

Sorry.. sem querer entrei em off topic ! 
« Última modificação: Fevereiro 12, 2017, 15:29:35, 15:29 por JPA »

Fevereiro 13, 2017, 14:39:29, 14:39
Responder #10

dfelix

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As motorizadas nacionais eram efectivamente "chungas" e "foleiras".
E o sucesso comercial das japonesas, nomeadamente da DT só demonstra que havia mercado para um tipo de produto que as marcas nacionais não tinham.

Na realidade os construtores nacionais só tiveram hipótese quando... não havia acesso a mais nada!

Existiram exportações? Sim.. mas os produtos portugueses eram o equivalente aos produtos chineses da altura.
Lá fora não os compravam por ser maravilhosos, mas porque era extremamente baratos.
Para os franceses, estas eram as Jincheng e Yingyang da época.

Quando os "construtores" nacionais abriram os olhos para a realidade já era tarde demais.
Em meados da década de 90  começaram a surgir "clones" da DT minimamente aceitáveis como a AJP Galp 50 ou a Fundador XT mas já a "bolha" tinha rebentado.


Fevereiro 13, 2017, 15:00:56, 15:00
Responder #11

pedroareias

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Talvez, mas a Harley-Davidson estava também ultrapassada e sobreviveu.

Ainda hoje vejo motorizadas nacionais na estrada. A DT também era 2 tempos e apesar dos plásticos não as ultrapassava muito em sofisticação. As Japonesas foram postas cá com dumping para eliminar toda a produção..

O facto é que a produção nacional de ciclomotores e motociclos (Casal 125) existia, agora resta a AJP.

Entre algo que existe e a ausência de produção, é preferível a primeira.

Depois há algumas frases standard:

i) A formação, que formação é que tinha o Henry Ford, ou o Steve Jobs, ou o Arthur Davidson? A metalurgia Casal tinha um centro de formação. A formação, em Portugal, serve para explicar tudo.

ii) R&D??? No início dos processos põe-se a questão. A Dell tinha R&D quando começou? Os próprios Japoneses começaram com as cópias, os Coreanos também.

iii) A "qualidade". Ninguém a define de forma rigorosa, por isso serve para tudo. "Este produto não tem qualidade", qual é o significado dessa frase? Uma SIS sachs tinha "menos qualidade" do que uma Suzuki? Onde é que estão os estudos, os números, os ensaios?

Enfim, por isso é que estamos aqui no "falatório" em vez de fazermos alguma coisa. Tem que se mudar.
« Última modificação: Fevereiro 13, 2017, 15:10:25, 15:10 por pedroareias »

Fevereiro 13, 2017, 17:51:18, 17:51
Responder #12

dfelix

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Talvez, mas a Harley-Davidson estava também ultrapassada e sobreviveu.

A HD é uma marca centenária com uma forte tradição cultural e estilo de vida associado.
Quem compra não é pela sofisticação face às concorrentes. (Por aí já tinham falido há muito!)  :)
Elas vendem sobretudo pela imagem e pelo que representam.

Isto é um bocado fútil? Sim... como qualquer opção cujo gosto pessoal ultrapassa a necessidade.
Se a felicidade de alguém depende de passear um colete cheio de patches, lenço de "estradeiro" e toda a simbologia associada... é uma opção que me parece legitima.

Ainda hoje vejo motorizadas nacionais na estrada.

As motorizadas nacionais que encontras na estrada são as utilitárias da época.
A maioria com um zundapp 4 de turbina! Aquilo não anda mas também não morre!   :D

A DT também era 2 tempos e apesar dos plásticos não as ultrapassava muito em sofisticação.

No pico de popularidade da DT contava-se pelos dedos as motorizadas nacionais com refrigeração liquida.
Isto sem contar que a generalidade funcionava a mistura directa, obrigando a usar aquela bomba manual das estações de serviço cujo lubrificante era sempre um mistério. Ou a fazer premix em casa.

Quando finalmente começaram a surgir nacionais minimamente decentes... já o mercado estava saturado de japonesas usadas.
E mesmo assim, apesar de surgirem algumas esteticamente apelativas como a Macal Trofeu, continuavam a ter motores obsoletos e acabamentos bastante rústicos.

As Japonesas foram postas cá com dumping para eliminar toda a produção..

Para ser dumping tinham de ser vendidas ao desbarato.
E não era o caso. Pois eram substancialmente mais caras.

A produção nacional morreu porque o produto final não era apelativo.

Daí que a única marca sobrevivente seja a única que optou por focar um mercado específico.
Ainda assim, o facto de ter adoptado o mesmo logótipo da Nike e usar o slogan "just ride it" fala por si...  :D



Fevereiro 13, 2017, 23:23:16, 23:23
Responder #13

Joao_Cruz

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dfelix, estou de acordo contigo.
A DT 50 estava a anos luz da Vespa PK 50 que tinha.
Em travões, estabilidade, travões, motor, etc.
Só o facto de ter auto-lube, era uma comodidade nunca vista.
E andava muito mais e aguentava muito mais que as suas concorrentes, que nem era muitas, diga-se.
Varias vezes cheguei a fazer Lisboa-Algarve em cerca de 04h00, indo quase sempre a fundo nos 100/110 km/h de velocimetro.
Qual era a 50 cc da altura que o conseguia fazer dessa forma?
Uma casal boss? Com 4 velocidades e roda 14?
Não me parece.
Por isso, dizer que era moto de betos, não é totalmente verdade.
Foi uma grande moto(ciclomotor) e representou muito para o mercado de motociclistas que há agora e que teem 35/50 anos.
Um abraço,
JpC

Fevereiro 14, 2017, 00:32:18, 00:32
Responder #14

Sapiens21

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É um vídeo de apenas 30seg., mas como se tocou em algumas marcas e aqui reúnem-se algumas delas, bem acompanhadas de uma edição de vídeo interessante, aqui fica... :nice:


"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Dalai Lama

Fevereiro 14, 2017, 01:30:14, 01:30
Responder #15

dfelix

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A DT 50 estava a anos luz da Vespa PK 50 que tinha.

Não é muito justo comparar uma Vespa com a DT, até porque são estilos diferentes.
Quanto muito com a Casal Carina... que foi um dos clones de vespa feitos por cá.  :)

Mas a vespa é outro caso à parte!
Há 30 anos podia não ser "state of the art" da sofisticação... mas já era uma moto de culto.
À semelhança do que escrevi atrás sobre a HD, a Vespa também ela tem forte tradição e é um icone da cultura urbana italiana.
E isso é para qualquer marca algo difícil de conquistar.

A Boss acaba por ser o mais parecido que tivemos com isso...
Talvez por isso foi a que produziu até mais tarde e durante muito tempo veículo habitual nos CTT e entregadores de pizza.  :)
Até que a Veiculos Casal decidiu que era mais rentável só representar a Suzuki do que produzir motorizadas!

Por isso, dizer que era moto de betos, não é totalmente verdade.

O circuito de bailes e matinés da minha zona então era só betos...  :D


Fevereiro 14, 2017, 21:13:59, 21:13
Responder #16

pedroareias

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Quanto aos preços, as marcas Nacionais tinham de tudo. Não eram baratas como as Chinesas agora e frequentemente tinham motores mais potentes do que a DT50LC.
 
Recordo-me da Yamaha TZR-50 e das Aprilia 50 que sim, eram bastante superiores às Nacionais.

Vejamos os preços (1995 salvo erro):

Casal Magnum 381 contos
Macal Troféu 396 contos
Famel K600 397 contos
SIS Sachs GP1 391 contos

Yamaha DT-50LC [importada] pouco mais de 400 contos.

« Última modificação: Fevereiro 14, 2017, 21:17:41, 21:17 por pedroareias »

Fevereiro 14, 2017, 23:52:42, 23:52
Responder #17

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Obrigado por nos fazeres recordar um pouco dos preços praticados há cerca de 2 décadas atrás, Pedro.  :ok:

Tenho pena de a Cagiva ter ficado "arrumada", com o passar do tempo... :wtf:

Quanto às DT LC, sim...não era tão distante assim de alguns modelos nacionais, no que toca ao preço. Mas vendeu em Portugal muito bem na versão de 50cc.
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Dalai Lama

Fevereiro 14, 2017, 23:56:59, 23:56
Responder #18

omcj

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Pois, essa era a motorizada dos betinhos na altura  :D :D eu em 1975 tive uma casal de 4 quitada a 75 e já dava gozo na altura  :D :D :D

Fevereiro 15, 2017, 00:15:11, 00:15
Responder #19

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Pois, essa era a motorizada dos betinhos na altura  :D :D eu em 1975 tive uma casal de 4 quitada a 75 e já dava gozo na altura  :D :D :D


Mas curiosamente, se fores a ver agora....neste já bastante distante ano de 2017, verifica-se que muitos têm este modelo porque apreciam as extensas modificações, quase notando eu que se vive, aqui e acolá, uma época próxima do gosto "rat-bike". E a DT LC lá se vai prestando a estas coisas...

Tenho visto coisas que não lembram a ninguém... :lolol:  Mas depois aquilo a andar, bolas... :o
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Fevereiro 15, 2017, 13:07:17, 13:07
Responder #20

dfelix

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Vejamos os preços (1995 salvo erro):

Sim, pela foto da "Cabo da Roca" deve ser meados ou finais de 95.

Os modelos que enumeraste já eram o ultimo espernear da industria nacional antes de falecer.  :)
E pelo preço, a Macal Trofeu já devia ser a versão refrigerada a liquido.

Em janeiro desse ano comprei uma NSR de 93 imaculada por 300 contos.
E a diferença para uma Trofeu nova era prai 40 contos.
Cheguei a pensar nisso... mas implicava continuar a guardar o dinheiro que seria para almoçar mais uns meses!  :D
E apesar de bonita, o motor ainda era o minarelli refrigerado a ar.


Não consigo ficar indiferente ao anuncio da Britomotos no rodapé.
O "stand do chinês" era relativamente perto de onde morava e um dos locais habituais para ir ver novidades.

Tenho pena de a Cagiva ter ficado "arrumada", com o passar do tempo... :wtf:

Também.  :'(
O grande problema foi terem insistido em segmentos que não tinham grande hipótese.
Bastava-lhes ter modernizado os produtos pelos quais eram mais populares introduzindo motores 125 e 250 a 4T.

Ainda chegaram a anunciar uma Mito com um monocilindrico 500cc.
Mas, optaram por vender a Husqvarna à BMW e investir na MV .. e morreu por aí.

Quanto às DT LC, sim...não era tão distante assim de alguns modelos nacionais, no que toca ao preço. Mas vendeu em Portugal muito bem na versão de 50cc.

A Famel FX enduro que foi um dos clone da DT mais interessantes está na lista por 360 contos.
A diferença para a DT50LC era um ordenado mínimo na época.

Estas Magnum, Trofeu, GP era motos que tentavam jogar no campeonato da TZR/NSR/RS... que eram também mais caras que a DT.


Fevereiro 15, 2017, 14:14:36, 14:14
Responder #21

pedroareias

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O DFelix tem razão:

"A diferença para a DT50LC era um ordenado mínimo na época."

Mas a DT50 começou muito barata, "tive" uma DT50Mx e era muito barata quando saiu.

Nos anos 90 já o dumping estava atenuado. Começaram a encarecer por volta de 1990-1991.

Fevereiro 15, 2017, 19:23:16, 19:23
Responder #22

dfelix

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Nos anos 90 já o dumping estava atenuado. Começaram a encarecer por volta de 1990-1991.

Tenho alguma dificuldade em ver as coisas como "dumping".
Os japoneses não chegaram cá e despejaram o produto ao desbarato para destruir a industria nacional.
Foram precisamente os players da industria nacional que encontraram na importação uma oportunidade de negócio!  :)

A Anfesa foi importador Yamaha, Honda e também Piaggio.
A Macal foi a importadora da Husqvarna. A SIS penso que a Cagiva. Etc.
O caso mais interessante é o da Veículos Casal que ainda hoje mantém a actividade como "o" importador da Suzuki.

Até faz sentido que 90-91 tenham ficado mais caras...
As "representações nacionais" a partir de casas como a Yamaha Portugal e similares surgem por essa altura.

Mas antes disso... a importação das motorizadas era uma anarquia.
O facto dos registos serem ao nivel municipal facilitava as coisas.
E a vantagem disto é que entrava muita coisa porreira de Espanha (sobretudo com motores 75/80cc) que acabavam a circular matriculadas como uma 50.  :)

Fevereiro 16, 2017, 21:44:55, 21:44
Responder #23

JPA

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A questão do "dumping" japonês, resumia-se na venda do produtos abaixo do custo de produção, e isso só era possível com o apoio do governo japonês que suportava os lucros, assim como todo o tipo de taxas que os países importadores cobravam ao Japão.

Mal o mercado ficava expressivo nas vendas, o preço de venda ao consumidor naturalmente subia.

Isto era a realidade nos anos 70 e 80, em França, Inglaterra, Espanha, e naturalmente por cá...talvez isso tenha sido mais um revés à nossa industria de motorizadas.

A nossa industria quando acordou, já era tarde de mais. Copiar TZR e RZ's não era a mesma coisa !



Fevereiro 16, 2017, 22:41:45, 22:41
Responder #24

Luis Salgueiro

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Com esta conversa fizeram-me lembrar a 2ª metade dos anos 70 em Portugal no que respeita ao comércio de motas .
Foi uma proliferação de motas vindas das ex-colónias e grande parte do pessoal 'de cá' teve então mais oportunidades de comprar um 'motão' .
A minha 1ª mota foi assim comprada , uma Honda CB360 e antes dessa compra estive quase quase a comprar uma Norton Commando (negócio que à última  hora não se fez pois o mecânico que levei comigo a desaconselhou por desconfianças relativas ao estado do motor) .
Quase toda a malta do meu bairro tinha motas em 2ª mão compradas a esses então chamados 'retornados' .
A minha CB 360 era em verde , igualzinha a esta :
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Fevereiro 17, 2017, 21:02:04, 21:02
Responder #25

João_Santos

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Que Maquinão para a época. Tantas vezes passei pela IBA na Columbano Bordalo Pinheiro, que era o Stand Honda de Lisboa, para ver esta e outras Honda.

João  :scooter: :scooter:

Agosto 07, 2017, 11:11:39, 11:11
Responder #26

Black

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Da para perceber que eu e o Dfelix somos contemporâneos com a diferença de que era filho do proletariado e ele já era betinho (brincadeira)! :D

Fiz muitas misturas à Casaleira de 5 por não confiar nas misturas das bombas.
Os motores era tão fiáveis como os das japonesas com a diferença de que as últimas andavam mais.

O que matou, não só a indústria portuguesa, mas todo o sector das 50cc em Portugal foram as modificações à legislação (efectuadas em 96 se não me engano) que entre outras coisas não deixou claro quem atribuía as licenças para a condução deste tipo de veículos. Um limbo jurídico tão pantanoso que provocou que as vendas caíssem em picado.
A ajudar tudo isso a burocracia que era necessária para matricular um ciclomotor dado que as câmaras deixaram de ter competências sobre essa matéria.
Ou seja, que o legislador, pegou no Machado e amputou as bases do motociclismo no nosso país.
Jamais voltará a ser como era.


Sapiens, não me leve a mal, entendo perfeitamente a sua boa vontade e acho interessante tudo o que publica mas "mono mola" partiu-me o cabaço de tanto rir! :D
A bem da verdade é efectivamente uma só mola, mas que tem um hidráulico que contraria a sua acção. Ao conjunto chama-se amortecedor, pelo que seria mais correcto chamar-lhe mono-amortecedor!

Agosto 07, 2017, 11:41:02, 11:41
Responder #27

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
(...)
Sapiens, não me leve a mal, entendo perfeitamente a sua boa vontade e acho interessante tudo o que publica mas "mono mola" partiu-me o cabaço de tanto rir! :D
A bem da verdade é efectivamente uma só mola, mas que tem um hidráulico que contraria a sua acção. Ao conjunto chama-se amortecedor, pelo que seria mais correcto chamar-lhe mono-amortecedor!
~


Não levo a mal. Porque razão levaria?  :)

Acostumo-me facilmente a pessoas que buscam o seu prazer naquilo que, na sua óptica, vêm como um iluminado momento para uma gargalhada...mesmo sem um especial motivo para tal.



"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Dalai Lama

Agosto 08, 2017, 12:03:56, 12:03
Responder #28

dfelix

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O que matou, não só a indústria portuguesa, mas todo o sector das 50cc em Portugal foram as modificações à legislação (efectuadas em 96 se não me engano) que entre outras coisas não deixou claro quem atribuía as licenças para a condução deste tipo de veículos. Um limbo jurídico tão pantanoso que provocou que as vendas caíssem em picado.

A indústria nacional já estava a definhar quando o sector das 50cc atravessava o melhor período de sempre.
Daí que se relacione o sucesso das motorizadas importadas com fracasso das nacionais.

Já o fim das matriculas municipais é mais recente! Houve alguns anos para a transição que terminou em 2009.
E o processo passou a ser exactamente o mesmo que já se aplicava aos restantes veículos não-ciclomotores!
Bem menos burocrático que quando gerido pelos municípios que não só faziam o preço que bem entendiam como uma segunda via dum livrete duma moto comprada usada noutro município do país implicava certamente uma deslocação.

A alteração que quanto muito podemos apontar o dedo foi o fim da possibilidade de conduzir ciclomotores com carta B em 1998.
Opção de mobilidade que só a lei das 125 trouxe de volta.


Ou seja, que o legislador, pegou no Machado e amputou as bases do motociclismo no nosso país.
Jamais voltará a ser como era.

Não acho que as "bases do motociclismo do nosso país" tenham desaparecido devido a uma machadada na legislação.
Acho sim que houve fortes mudanças culturais que levou a que menos putos terem acesso a um ciclomotor aos 16 anos.

E uma coisa é certa... também cada vez menos putos passaram a ser proletários tão cedo.  ;)
Sim, porque na minha zona a malta que comprava motorizadas novas eram os que aos 16-17 anos já trabalhavam nas obras, fábricas ou oficinas e por isso tinham um ordenado ao final do mês para estoirar.





Setembro 15, 2017, 02:41:25, 02:41
Responder #29

jmartins13

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A DT50 LC, faz parte de uma época que não volta mais.

Eram tempos de alguma irreverência em 2 rodas e sobretudo por terem "criado" a imagem do puto betinho ( ou em plena ascensão social), que chegava ao Liceu sempre todo janota e raramente a estacionava ao pé das demais 2 rodas ( que não fossem LC's).


Numa época em  que não havia capacetes modulares, um semi integral ou jet das carissímas Shoei, GPA, ou Arai ou mesmo casco com pala MX com os "googles" da Oakley , fazia o sonho de qualquer adolescente. ( tive profs que proibiram nas salas de aula a ostentação de tais capacetes que naturalmente ocupavam 2 terços das generosas mesas das salas de aula... :) ) - tudo no chão de preferência ao fundo da sala ! ;D

Já havia nessa altura algum estigma para quem andava na casal boss, ou noutras afins de produção nacional... nunca percebi o porque, mas era assim que o pessoal canuto das 2 rodas se tratava. Ou tinhas uma LC ou então passas para o canto... lógica impia.

A minha memória recua 30 anos, e admito que foram tempos do quase vale tudo. LC 50 que se prezasse, tinha logo de ter os 4 piscas fora, uma mousse de esponja no guiador a dizer "motul", o retrovisor era imediatamente substituído por um mini espelho que naturalmente enfeitava e obviamente a ponteira furada ou modificada...

Havia quem gasta-se uns valentes contos de reis a colocarem  carburadores marados, com gicleurs específicos e outras cenas que poucos percebiam mas todos entendiam... se  é para andar mais, então vale a pena!!

Muito importante e sobretudo para o glorioso "engate", era ter a motinha a ter um cheiro diferente na combustão do óleo... se não fosse sintético e com "aroma", não havia miúda que não olhasse com algum desejo de ir dar "uma volta"...

Ainda hoje estou convencido que muito miolo de escape e cerebral deve ter  ficado queimado à custa dos sintéticos... um questão de feromonas ??? LOOOL

Nunca tive uma LC, mas foi por um triz... na altura optei por um Commodore Amiga , mas por vezes gostava de ter sido ao contrário!

Discordo do preço acessível... em 86 e salvo erro uma LC custava quase 300 cts, enquanto uma casal boss nem chegava aos 80 cts, e uma  Honda vision 50 custava quase 200 cts...


Então e a Mica HP? e o escape Techno? :D....ou os lindos capacetes Arai e Shoei com a obrigação das listas reflectoras? :D E Um gajo ter de Pôr 3 reflectores redondos ou dois rectangulares nas jantes? lolol...tudo isto acompanhado por um belo blusão de penas Duffy e umas picardias na marginal ou mais tarde em frente ao Gringos?...tempos do caraças! Quantas recordações.
A DT 50 LC foi a minha primeira moto...ainda me lembro do nervosismo do ir à câmara municipal tirar a licença e pedir a matrícula, responder áquelas perguntas básicas que eram as mesmas para quem tirava a licença de bicicleta :tirarchapeu: e sair de lá pegar na moto e o mundo era meu!
Ainda me lembro de sair à sucapa às 2 da matina de casa com a mota pela mão para a velha não dar por isso, de linda-a-velha e ir até à serra de sintra, só porque sim, parar no meio do nada apagar a luz da moto, fumar um cigarro e voltar para casa, só porque sim.

E as noites que passou à porta do 2, do News, do rockline, da Zona mais, do até que enfim e sei lá mais quantos....
Levar a namorada oficial ao café, e depois de ir pô-la a casa, ir ter com a outra :) :yeah:
2contos faziam-me a noite em gasolina, uns vodkas, uma pita nas roulotes antes ir para casa e entretanto uma ponteira a menos , roubada, ou um banco, à porta da discoteca. A guita era para os acessórios gasolina e curtes, o tempo para curtir, para mexer na moto.....tempos do caraças, e a companheira de duas rodas, nunca falhou, desde as idas para ao liceu às baldas para ir às praias na linha, ou um dia inteiro para ir dar umas voltas até são torpes.
Até a prancha de surf levava até Carcavelos, a lutar contra o vento...ehehhe grande companheira!

Grande DT! Devia tatuar o logotipo dela! Recordações do melhor! :tirarchapeu: :tirarchapeu: :tirarchapeu:


Quanto à moto eléctrica, acrescente-se o SADO, aquele carro com 2 lugares nacional, ridicularizado na altura, e hoje em dia, tão actual em conceito! Oh pah,....o Tuga sempre foi muito à frente!
« Última modificação: Setembro 15, 2017, 02:53:50, 02:53 por jmartins13 »

Setembro 15, 2017, 09:30:47, 09:30
Responder #30

Paulo Fradinho

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Eu tive uma bela de uma DT 50 LC cor de rosa  :yeah: em que piscas era coisa que fazia peso então era fora, espelhos tapavam a vista.... fora, manometros.... nahhhh... fora, a "*Modere a sua linguagem*" substituiam-se os parafusos por uns mais compridos para a levantar, e o escape tive um Daytona... ui ui que aquilo a partir aí das 8000 rpm parecia o diabo em pessoa  :megafeliz: , não interessava que a LC até essa rotação se afastasse mas qd chegava lá aquilo ganhava uma alma meu deus 😂😂😂😂. Belos tempos
« Última modificação: Setembro 15, 2017, 12:53:16, 12:53 por Paulo Fradinho »
Yamaha DT50 LC Suzuki GS500 Suzuki Bandit 600 Yamaha Majesty 400 ABS Honda CB500X 2017 Honda CBR600F4i Honda CB500X 2021 YAMAHA FZ8

Setembro 15, 2017, 10:37:48, 10:37
Responder #31

PBarros

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Grande DT 50LC.......eu nunca tive ,mas montes de colegas e amigos no tempo da escola tinham, e ainda andei umas vezes como pendura....
Tinha amigos a bater recordes de velocidade a descer "os cabos Avila" (em Alfragide) com os queixos colados no guidor..... :toma:
Moto mítica... :cool: :palmas:
Para a posteridade...

Setembro 15, 2017, 12:18:17, 12:18
Responder #32

JViegas

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Tenho boas recordações desta maquina.

Também tive amigos/colegas de escola que usavam diariamente esta "maquineta do inferno".

Sempre artilhadas e sempre a queimar borracha... bons tempos.

Ainda me lembro quando saiu a 125. Lembram-se? Sempre que penso em Yamaha, lembro-me desta "pequena" 50 ...e da TDM... e da FJR... e da XT... Saudades. :nice:

Setembro 15, 2017, 12:35:54, 12:35
Responder #33

Paulinho

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Falar da DT 50 LC é falar da maquina em si,que aguentava tudo,desde ponteiras de qualidade duvidosa,ou andar a escape livre como andei tantas vezes,andar nos caminhos de cabras mais duros,atravessar ribeiras com metade do motor submerso em agua e nem se queixava,ou andar sobre imensa chuva e frio e nunca se recusava a trabalhar
Dar aqueles "estonteantes 100km/h com a namorada atrás e com a cara colada ao babete ou no guiador,aquelas picarias com amigos em que se apostava dinheiro ou gasosa e aquele inconfundivel "perfume" a autolube.
Depois era a parte social,naquele tempo nem todos tinham € para comprar uma e muito menos nova,como comprei a minha.Não foi façil convencer os "velhos" a tirar a carta.Diziam eles que era perigoso e que devia esperar para tirar a carta e comprar carro.Mas era mais forte que eu lembrando esses tempos não me arrependo de ter estourado as minhas economias para comprar esta maquina! Ainda hoje a tenho e ainda a adoro!

Setembro 15, 2017, 15:55:50, 15:55
Responder #34

JPA

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Houve idem uma vertente que a DT50 LC possibilitou a muitos outros por este país fora que foi o primeiro passo para o a prática do enduro ( TT ), e se me recordo era frequente nos campeonatos regionais de enduro e até de MX as LC's serem as eleitas.

Não sendo a LC uma endurista pura e como tal transformável e kitada ao limite, foi uma máquina precurssora do Enduro, cuja  prática ganhou consideravelmente cada vez mais adeptos, isto nos anos 80,  precisamente pela capacidade de a LC ser uma verdadeira máquina para "esgroviar" por tudo o que fosse caminho, mato, floresta e até mesmo nas areias das praias da costa.

Era um manancial de acessórios, desde carburadores, pneus cardados,  kits de 80cc, suspensões, ponteiras, transmissões... óleos de todo o tipo , cheiro e cores.

As LC's foi dos maiores sucessos da Yamaha por cá, já para não falar da LC 125cc com YPVS que com 30Cv foi outro caso de sucesso.

Muito do pessoal com mais de 50 e muitos anos que depois foram federados no Enduro começaram com as DT que nem eram ainda LC's mas sim algo como DT50 MX... bons tempos !


Setembro 15, 2017, 19:55:36, 19:55
Responder #35

João_Santos

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Tive uma igual, foi a minha primeira Yamaha. Um verdadeiro brinquedo.

João  :scooter: :scooter:

Dezembro 19, 2019, 11:27:31, 11:27
Responder #36

Nuno YB

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Desenterrar isto, para descrever as especificações da minha saudosa DT50LC:

Branca, com autocolantes azuis.
Mantida toda original, até á primeira queda.
Após a 1ª queda, saltou de lá o conta quilometros, o conta rotações, os piscas, as tampas laterais, os pesos do guiador, o suporte de matricula, os espelhos e a "pilinha" do escape ( mais tarde, foi a tampa toda ).
Levou então:
-um espelho que não servia para nada.
-uma mica simples e presa á suspensão com uns elásticos ( com uma otica que dava tanta luz como uma lanterna dos chineses ).
-um guiador azul anodizado da "Renthal"
-uma ponteira de escape dourada ( de uma marca muito famosa na altura, acho que se chamava "Proma" ) ou uma outra artesanal ( que mais não era do que um simples tubo com uma ponteira cromada do VW carocha antigo soldada na extremidade e que fazia um basqueiro que "deumalibre", assemelhando-se a um peido muuuuuiiiittttooooo looooongooooo e que chateava toda a gente, os meus pais incluidos ).
-chapa de matricula presa com arames ao suporte do guarda-lama traseiro ( guarda-lama esse que tinha levado umas porcas adicionais nos parafusos de fixação ao quadro, para ficar mais elevado, e que foi mais tarde substituido por um "á lá cross").
-farolim traseiro igual ás luzinhas de perfil dos reboques dos camiões, quando levou o tal guarda-lama "á lá cross", e que não dava porra de luz nenhuma que se visse a mais de 1 metro de distancia.
-pinhão de ataque mais pequeno ( 13 dentes, quando o de origem era de 14 ) e cremalheira maior ( 52 dentes, se não estou em erro ), para ter mais arranque nos semaforos. Este kit era mudado todos os anos, quando ia para a praia ( pinhão de 15 e cremalheira de 48 dentes, para não esforçar tanto o motor, perdendo força mas ficando com uma sexta velocidade muito mais longa ).
-corrente dourada, tambem da Renthal, que não tinha efeito nenhum mas que ficava mais "bonita".

Ao contrario de muitas outras daquela altura, nunca chegou a levar aqueles apoios soldados ao braço oscilante, onde se acoplavam os estribos para o passageiro ( quem andasse comigo ia de patas penduradas, com os ocasionais toques no chão, a viagem toda ).

Alterações de motor, nunca teve ( salvo uma substituição dos rolamentos da cambota, porque griparam devido á falta de autolube, quando o tubo que vinha do deposito entupiu com impurezas e umas "mexidas" na agulha do carburador... porque ficava a andar mais... embora o conta/klm não estivesse lá e nunca ter aferido de forma fidedigna a velocidade máxima do animal ). Montei, uma unica vez, um pneu cardado ( tambem "á lá cross" ), que pesava o triplo do que o pneu original, fazia um ruido ensurdecedor no asfalto e não tinha rendimento nenhum em terra... porque o peso era tanto que a desgraçada custava a poder com ele...
Levava autolube de topo, marca Motul, 100% sintetico e que deixava um cheirinho muito especial no ambiente ao redor da bicha ( e nas roupas tambem, já agora ). Adorava aquele cheiro e vi, na Setubal Custom Weekend deste ano, uma RGV250 que cheirava exactamente ao mesmo.

Comprada nova, com os escudos arduamente ganhos a trabalhar como paquete, nas férias do verão, na Residencial Riviera, na loja de bicicletas da Dona estrela que ficava na Rua Serpa Pinto e sempre assistida na oficina multi-marcas do João Amaral.

Ficou parcialmente destruida ( estou a ser um bocadinho simpático, só se aproveitou o motor, levou tudo novo desde quadro, depósito de combustivel, rodas, etc ) numa trombada que dei num Citroen BX, quando voltava da inauguração do stand da Suzuki, na altura era a MotoShop .

Foi trocada por uma DTR125, tendo acabado totalmente destruida pelo rapaz que a comprou ao rapaz que a tinha comprado ao rapaz que a comprou no mesmo stand onde a tinha entregue á troca pela DTR.

Assim de repente... acho que não me falta mais nada.
« Última modificação: Dezembro 19, 2019, 11:52:54, 11:52 por Nuno YB »
Certas pessoas são como aquelas molas mágicas: não servem para quase nada, mas é sempre engraçado atirá-las pelas escadas abaixo...

Dezembro 19, 2019, 16:40:18, 16:40
Responder #37

JoãoPVCarvalho

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Lembro-me bem dessas motas que para 50cc andavam nas horas. Eu tive a prima de estrada a RZ50 mas no meu caso até o motor mexi com um Kit de 62,5cc e com um escape Proma e no meu caso um pinhão de ataque de 16 dentes.
130kmh marcava ela naquele tempo não havia GPS e fazia-se a confirmação uns pelos outros.
O cheirinho a autolube ainda o vou sentindo porque guardo cá por casa uma Yamaha Slider a 2T que consome disso.
A RGV 250 também tive uma e foi precisamente com ela que aprendi a ter juízo, ela foi para a sucata e Eu só mesmo por sorte ainda cá ando!

Saudades desses tempos... 😏
Um planeamento cuidado é meio caminho andado.✌
by JDilemas

Outubro 09, 2020, 20:30:30, 20:30
Responder #38

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Por ser cada vez mais raro ver uma DT50 sem estar totalmente "assassinada" com modificações de gosto altamente duvidoso, foi com agrado que vi esta em estado quase stock.
Só mesmo o espelho com película a imitar carbono e um ou outro pormenor não seriam. Mas de resto, estava como foi produzida há largos anos atrás...

Mereceu um par de fotos, pois tão depressa não devo ver outra no mesmo estado.  :)



"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Novembro 04, 2020, 10:51:08, 10:51
Responder #39

Nuno YB

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Por ser cada vez mais raro ver uma DT50 sem estar totalmente "assassinada" com modificações de gosto altamente duvidoso, foi com agrado que vi esta em estado quase stock.
Só mesmo o espelho com película a imitar carbono e um ou outro pormenor não seriam. Mas de resto, estava como foi produzida há largos anos atrás...

Mereceu um par de fotos, pois tão depressa não devo ver outra no mesmo estado.  :)





O guidaor não é de origem, a pomteira não é de origem e os estribos para o passageiro tambem não são de origem.
De resto, parece tudo original.
Certas pessoas são como aquelas molas mágicas: não servem para quase nada, mas é sempre engraçado atirá-las pelas escadas abaixo...

Janeiro 15, 2021, 22:39:34, 22:39
Responder #40

tdi_van

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O guidaor não é de origem, a pomteira não é de origem e os estribos para o passageiro tambem não são de origem.
De resto, parece tudo original.

O guarda lamas tb não é o original e os foles da suspenção foram trocados por outros de cor diferente.

de notar algo em comum na maioria das dts , o cadeado do capacete sumia em todas elas.ainda tou para descobrir a razão disso  :confused: :confused:
« Última modificação: Janeiro 16, 2021, 23:36:40, 23:36 por tdi_van »

Fevereiro 15, 2021, 20:15:22, 20:15
Responder #41

saraiva

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  • Texto Pessoal
    E a mim que me importa?
  • Marca Motociclo: UM
  • Modelo Motociclo: Renegade Sport S
  • Localidade: Amadora
Adiciono este vídeo do motovlogger Cafer on Two Wheels com uma DT LC nova.

Há rosas cor-de-laranja mas não há laranjas cor-de-rosa. No entanto há laranjas verdes e rosas verdes não há.
Sym Jet14 0km --> 17147km | Keeway SuperLight 7041km --->10500km | UM Sport S 0km-->