Autor Tópico: Test-Ride > Piaggio X10 350  (Lida 1684 vezes)

Dezembro 12, 2018, 17:39:09, 17:39
Lida 1684 vezes

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Test-Ride – Piaggio X10 350




Este bonito modelo do maior fabricante de motociclos na Europa, lançado no mercado nacional já na recta final do ano 2012, merecia algum destaque…

…e não só o merecia, como porventura o quase desconhecimento do modelo e a notória falta de divulgação do mesmo, tem infelizmente levado a que fique arredado se não de todos, pelo menos da esmagadora maioria das opções por parte de quem perscruta o mercado de maxiscooters nesta faixa de cilindrada (250cc-400cc).

Ora num acto de grande empatia que o concessionário Motodiana sempre tem tido para comigo, recebi um e-mail do gerente para passar por lá, pois tinham uma Piaggio que gostariam de colocar à minha disposição para a testar…

…e assim foi!

E começo desde já pela parte que mais salta à vista neste modelo da Piaggio: o seu design!!!
É que este modelo não se limita a ser bonito. Não…
Este modelo eleva bastante aquilo que comummente se atribui como bonito….
A Piaggio X10 é na verdade uma maxiscooter que tem a ousadia de transportar para uma carroçaria de 2.26m, a elegância com que muitas marcas só conseguem sonhar.
E não falo de detalhes minúsculos ou que impliquem que estejamos junto a ela para conseguir apreciar…

A Piaggio X10 tem o seu design esculpido num seu todo, com uma secção dianteira imponente, um vidro alto que encaixa na perfeição no estilo deste modelo, um conjunto de óptica que atravessa de forma esbelta a secção frontal e...todo um “trabalhar” da carroçaria que faz lembrar um perpétuo movimento, facilmente percebido quando vista de perfil.

Já quando vista a sua secção traseira estando de frente para a mesma, ou mesmo quando posicionados a ¾, a X10 mostra uma faceta que aprecio imenso. Aliás, isto do gosto pessoal é mesmo pessoal (passe a redundância) e para mim a X10 tem de facto um design sublime nesta secção. Não é rebuscado, nem foram atirados para ali uns farolins à toa. Está feito com imenso bom gosto e aquelas duas finas fileiras de stop, casam na perfeição com um certo futurismo que a marca parece ter tentado transmitir ao modelo.




Um dado curioso deste modelo diz respeito ao travão automático do descanso lateral. Podemos endireitar a scooter, que ela não anda nem um centímetro enquanto não for recolhido o seu descanso lateral. A marca conseguiu assim evitar a necessidade de colocar um comando destinado ao efeito que implicasse a intervenção do condutor, fazendo assim ela própria e de forma autónoma, esse bloqueio. Muito bem pensado para quando se coloca a scooter num plano descendente…simples e super eficaz!

A iluminação merece também uma palavra, com o seu LED em forma de "U" a destacar-se imediatamente.
Aliás, é de tal forma forte este LED, que a X10 tem ali quase uma imagem de marca que a identifica à distância.
Os faróis mostraram-se muito potentes, tendo apenas sentido necessidade em alguns momentos que os médios fossem um pouco elevados, pois apontavam um pouco para baixo.




A gama da X10 e como por certo alguns saberão, tem ainda as motorizações de 125cc e 500cc, pelo que o ter testado uma unidade que se encontrava a meio destas motorizações, satisfez-me bastante, mais não fosse porque considero este um óptimo escalão de cc’s (250cc-400c).

Sentado na X10 , revela-se muito fácil encontrar a posição naquele banco bem estofado, quase a adivinhar ter ali sábias mãos de artesãos italianos, num curioso material que me agarrava ao mais pequeno movimento e como que a dizer…”Está quieto e prepara-te para daqui a pouco apreciar a viagem”.

O banco tem de facto uma composição de espuma macia que ampara perfeitamente o meu peso, complementado por um pequeno encosto que encaixa sem dificuldades no fundo das costas. Não pretendo estar a bajular a questão do conforto em excesso, mas qualquer viagem que se faça, por mais pequena que seja a bordo deste modelo, realiza-se sem dificuldade…e é quase como termos um sofá Chateaux D’ax...com 2 rodas.

Sobre a zona mais recuada do banco e destinada ao lugar do pendura, é que estou em crer que será excessivamente largo. Não o testei como é natural, mas achei-o realmente largo e possivelmente implicará que o pendura que ali seja transportado tenha de levar as pernas num ângulo muito aberto, a que não será alheia igualmente a generosa largura da própria carroçaria.




Os meus 1,81m encontram com enorme facilidade os apoios para os pés, os braços ficam flectidos numa posição cómoda e longe de se tornar cansativa com o passar do tempo, e a coluna não se ressentiu em nenhum momento, sinal de que a X10 permite uma postura correcta ao afortunado condutor deste modelo.

E já que falo na postura aos comandos da máquina, é importante dizer que é daqui que se aprecia mais um dos elementos bem conseguidos pela equipa de design desta puro sangue italiana….o seu quadrante (painel de instrumentos).




Bastante completo, com o velocímetro à esquerda, o conta-rotações à direita, uma barra superior com diversas indicações e um grande ecrã multi-funções ao centro, não há quase nada que esta maxisccoter não indique e onde se desataca, entre outros, o consumo instantâneo, indicação da autonomia, temperatura ambiente com avisador de gelo, tempo já decorrido da viagem, voltagem da bateria, etc…

Outra característica deveras importante e bem pensada pela Piaggio, é o facto deste modelo ter todos os seus botões e comandos do guiador…iluminados! Poderá parecer uma coisa básica, mas serão muito poucos os modelos que os têm iluminados, dando um look de grande classe ao modelo e vincando a atenção ao detalhe que a marca quis dar a esta maxiscooter que se insere perfeitamente na categoria de Grand Tourer.




Sobre a capacidade de carga (com luz que se activa sempre que se eleva o banco), posso dizer que é deveras impressionante e estará de pleno direito entre as maiores da sua categoria. Seja na sua extenção, largura ou profundidade, a Piaggio conseguiu fazer um trabalho magistral no aproveitamento da capacidade de carga da X10. Sem o mínimo exagero, cabem perfeitamente 2 capacetes integrais e ainda sobra espaço para algum equipamento que seja necessário transportar.




Quanto ao peso, esta não é de facto uma maxiscooter leve e os seus €200Kg (a seco) notam-se bem quando está desligada e é preciso movê-la à força de braços. O banco situa-se a uma altura que não considero excessiva e a própria configuração descendente do banco permite acomodar sem dificuldade as pernas do condutor, sem necessidade de as arquear em demasia. Presumo que qualquer pessoa com uma estatura acima de 1,70m se sinta perfeitamente à vontade com este modelo, sem se sentir intimidado pelo peso ou possível dificuldade no seu controlo a baixa velocidade.

Analisada a parte estática, tratei de me equipar devidamente para uma noite escura, fria e à partida imprópria para um test-ride. Mas quando se gosta verdadeiramente das 2 rodas, tudo se deita para trás das costas e o frio dá lugar ao calor que se obtém com o prazer de testar um modelo com este.




A parte dinâmica…

Começo já por dizer que logo nos primeiros metros, houve algo que me intrigou bastante e que só passadas umas boas centenas de metros consegui deslindar… A X10 tinha um avisador ECO permanentemente ligado e com indicação no painel de instrumentos! Não é nada de especial, mas o que querem…aquilo mexeu comigo.

Não conduzia descansado com aquilo ali no painel e estava a dar em doido por não conseguir encontrar como o desligar através do comando do computador de bordo. Foi aí que me apercebi poder desligar o modo ECO num botão localizado no lado direito do guiador e que assim me permitiria explorar o motor sem olhar a consumos.
Digamos que desde esse momento em diante, não mais voltei a ver a tal indicação ECO no painel…desfrutando da viagem num ritmo rápido e autenticamente em classe executiva.

O trabalhar das suspensões, bem auxiliado por pneus largos em rodas de jante 15’-13’, tem um setting perfeito para o conforto, absorvendo sem grandes dificuldades a maioria dos percursos por onde passei, conseguindo igualmente transmitir ao condutor uma sensação de segurança que se manteve a todo o momento, independentemente da brusquidão que me atrevia a dar à direcção, não afundando em demasia em travagens mais fortes à entrada de rotundas, nem causando reacções estranhas em curva.


A tal não será estranho o nível estrutural da X10, com um berço que ampara (em conjunto com as boas suspensões), toda aquela massa de +200kg, mostrando-se este modelo muito competente e capaz de manter a trajectória desejada sem problemas e assim elevando bastante a confiança do condutor.

A Piaggio não se furtou minimamente em também conceder a este modelo o melhor que podia no sistema de travagem e por isso colocou-lhe duplo disco na frente de 280mm com pistão duplo, pinça flutuante e sistema de travagem combinada, bem auxiliado por um disco de 240mm com pistão duplo e pinça flutuante na traseira. Claro que tudo isto se encontra complementado pelo sistema ABS, que nesta versão Executive contava igualmente com o sistema ASR, que faz uso de sensores para detectar a eventualidade da roda traseira ter uma velocidade excessiva, actuando imediatamente o seu módulo de controlo inteligente no avanço e, se necessário, também na injecção, para estancar nesse momento (e são milissegundos!!) uma derrapagem e a consequente perda de controlo.

A força de travagem não merece globalmente da minha parte qualquer reparo, fazendo apenas a ressalva que achei o tacto das manetes um pouco duro demais, não tendo conseguido fazer uma leitura precisa da progressividade com que os mesmos actuavam, ainda que e como disse…não faltasse força de travagem. A este respeito (a questão das manetes) é importante dizer que a unidade em causa já tinha cerca de 5.500Kms de muitos test-rides em cima e por certo muitos abusos, desconhecendo eu se poderá ter já sido mexida entretanto e, por essa via, não estar exactamente conforme saída de fábrica, sentindo-me com dificuldade em encontrar a pressão correcta a exercer nas manetes, a cada momento.




Quanto ao seu motor….

…mostrou-se sempre bastante disponível e quanto ao mesmo julgo que deverei fazer um parágrafo do género sensorial…
E faço-o porque esta unidade que me foi cedida tinha um trabalhar delicioso, tendo-me ficado gravado o seu leve assobio sempre que desacelerava.

Este monocilíndrico de tecnologia e desenvolvimento italiano com 330cc, uns pujantes 33,3cv e um binário de 32,3Nm às 6250Rpm., mostrou-me uma faceta de grande voluntarismo.
Tratando o punho direito sem cerimónias, mesmo sabendo que o frio que se fazia sentir me iria custar caro, a X10 350 mostrou uma grande raça na entrega da potência, acompanhando essa disponibilidade com um ronco abafado.

A velocidade atingida por esta unidade fixou-se nos 130Km/h simplesmente porque não a quis levar mais longe, nomeadamente porque estavam 5º de temperatura, capazes de entrar de forma abrupta por dentro das minhas luvas bem gastas (como aconteceu!) e depois tornando o teste naquilo que não queria que se tornasse… Na verdade achei completamente desnecessário entrar no campo do sacrifício, só para ver quanto é que atingia de velocidade máxima!

“Voltando à terra” e depois de circular a um ritmo mais prazenteiro, foi possível negociar algumas curvas, com os seus fantásticos Michelin CityGrip a darem-me a confiança necessária para me sentir aos seus comandos como se já a conhecesse há muito tempo.

O seu peso nunca se fez sentir negativamente com a X10 em movimento, levando a que o curvar se fizesse sem a mínima dificuldade, independentemente se o fazia em rotundas de velocidade mais reduzida ou curvas rápidas enfrentadas sem cerimónias e com rapidez.




Qualquer ultrapassagem que realizei era feita com imensa confiança no motor que equipava este modelo, com uma resposta imediata e uma subida de velocidade sem quebras de regime. Aliás, a este respeito considero importante mencionar que fiquei completamente rendido à forma como que este bloco ganha rapidamente velocidade, seja à saída de um semáforo ou mesmo numa retoma de velocidade desde regimes mais baixos.

Já conduzi modelos de motos com mais de 3x a potência da X10 350 e posso dizer sem problemas que esta maxiscooter me impressionou muito positivamente na entrega da sua potência, levando-me em alguns momentos a crer que conduzia um modelo mais potente do que era na realidade.

Notei apenas uma ligeira vibração que era sentida no banco e apoios para os pés, sempre que circulava em velocidades mais ou menos constantes entre os 20 e os 30Km/h. A correia desta unidade possivelmente já tinha passado por muito e fazia passar uma certa vibração a muito baixa velocidade, desaparecendo por completo logo que o regime de velocidade aumentava.

Sobre a protecção aerodinâmica e para o tipo de velocidade a que maioritariamente circulei (90-110km/h), posso dizer que a X10 está bem acima da média nesse campo, diminuindo drasticamente a turbulência que seria suposto sentir e a que não será alheia a própria configuração da zona superior do vidro. É verdade que ouvia alguns silvos a passar na zona superior do capacete…mas quase posso considerar um mal menor face ao nível de protecção aerodinâmica que é oferecida pela X10.




A Piaggio X10 é no fundo uma maxiscooter com fortíssimos argumentos na sua categoria e que infelizmente…digo-o com pena…infelizmente muito poucos conhecem como eu tive agora oportunidade de conhecer.

Não direi que foi um “open mind”, até porque sou um dos que reconhece a qualidade dos produtos Piaggio, assim como o potencial e durabilidade da sua mecânica, mas não deixou de constituir uma boa surpresa o contacto que tive com este modelo num final de tarde muito escuro e frio.

A X10 conseguiu assim iluminar ainda mais o que dela já pensava e aquecer o coração de um scootard que vive as 2 rodas com um sorriso nos lábios!

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NOTA: Agradeço ao concessionário Motodiana pela habitual disponibilidade concedida e à Piaggio Portugal pela cedência desta fabulosa unidade de test-ride.   :)
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Dalai Lama

Dezembro 12, 2018, 17:42:18, 17:42
Responder #1

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Este teste já faz um bom tempinho que o fiz...e só hoje, por via de outro tópico, me apercebi que nunca o tinha deixado no CP-Moto.

Corrijo assim o lapso deixando também por cá, sendo relevante dizer que se trata de uma excelente proposta nas maxiscooters e presentemente à venda na marca pelo preço de 6.770€ (na versão de 350cc).  :nice:
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Dezembro 13, 2018, 11:26:41, 11:26
Responder #2

SJP

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Curioso que no site da Piaggio esse modelo ainda aparece mas, nos concessionários que vendem a marca, ele já não consta.

Também não existe no site internacional da marca. Penso que deve estar descontinuado.

É pena, porque é um modelo muito elegante. Quando tirei a carta era um da minha lista. E para mim esse motor é um dos melhores 300 (350) do mercado.
 

Dezembro 13, 2018, 12:01:14, 12:01
Responder #3

mneves

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Um modelo de topo,penso que o motor será o mesmo da Beverly 350 que testei .
Se a descontinuaram é pena mas o preço não deve ajudar num segmento que tem outras procuras.
Bom teste,como sempre, obrigado pela disponibilidade de o trazeres.
membro numero 16

Dezembro 13, 2018, 13:16:02, 13:16
Responder #4

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Talvez tenham unidades ainda em stock.

É possível que seja essa a razão para continuar a figurar no site oficial em Portugal.

Trata-se de uma maxiscooter que infelizmente não teve por cá quase expressão.
Mas para uma 350cc não acho que seja um preço excessivo.
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Dezembro 13, 2018, 14:39:58, 14:39
Responder #5

Lourenço

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"Homologação EURO 3"


Ou as fichas técnicas não estão atualizadas ou a Piaggio tem bastantes modelos ainda "só" com EURO 3".
« Última modificação: Dezembro 13, 2018, 14:43:41, 14:43 por Lourenço »

Dezembro 13, 2018, 15:33:40, 15:33
Responder #6

Sapiens21

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No caso concreto da Piaggio X10...não esquecer que chegou ao mercado no final de 2012, quase 2013...
Como tal, a ficha técnica da mesma está correcta.

Nessa altura ou já era o Euro 3 ou estava para entrar.
Estando já produzidas e mesmo tendo hipotéticamente algumas em stock, julgo que continuarão a poder ser vendidas.

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Dezembro 13, 2018, 20:02:59, 20:02
Responder #7

karloxilva

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Conforme parece, a Piaggio não deu continuidade ao projecto X10. É pena, os  argumentos do modelo estão perfeitamente actuais. Aliás, julgo saber que foi a primeira scooter a introduzir coisas como o controlo de tracção e a possibilidade de interagir com o "smartphone". Na altura em que surgiu pretendeu meter-se no campeonato da Burgman 400, da Honda SWT 400 e de outros modelos "de estrada" que perseguiam o conforto. Marca um tipo de scooter que marcou uma época, antes das "motas com baús" que fazem a tendência do mercado.
O "design" é descomunal, não deixa ninguém indiferente, ou gosta-se ou odeia-se. Eu acho-o algo opulento não sei sem encontrar pormenores de estilismo que... só os italianos - eu sei, é um lugar-comum dizê-lo mas é verdade.
O preço, hoje, nem é "caro", isto se atendermos ao que pedem outras marcas - que até oferecem menos.
Conforme o Sapiens, também acho a largura daquele banco... descomunal. Foi o item que me fez recuar quando andava a namorar as 400 - um/a pendura mais baixinho/a teria de ir fazer uma espargata, conforme li num artigo que descobri quando andava à procura de ensaios da X10. Partilho-o: https://www.alguersuari.com/2012/12/piaggio-x-10-350-la-nave-de-julio-verne.html
(foi então que descobri e me tornei leitor assíduo deste blogue).
« Última modificação: Dezembro 14, 2018, 11:02:05, 11:02 por karloxilva »
"O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm." René Descartes

Dezembro 13, 2018, 20:48:48, 20:48
Responder #8

Sapiens21

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Sim, era uma maxiscooter de alguma forma "à frente do seu tempo" no que toca a algumas coisas hi-tech que tinha face à concorrência.

Quando ao design, esta X10 mesmo nos dias de hoje (e relembro que foi lançada há 6 anos atrás), tem uma presença que não deixa nada a desejar face a qualquer outra actual.  :nice:

Quanto à motorização...sim, era partilhada com a Beverly.
« Última modificação: Dezembro 13, 2018, 20:49:53, 20:49 por Sapiens21 »
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