Autor Tópico: Apps são causa de maior aumento de sinistralidade nas estradas em 50 anos  (Lida 1959 vezes)

Novembro 25, 2016, 19:23:43, 19:23
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Sapiens21

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Apps são causa de maior aumento de sinistralidade nas estradas em 50 anos


Sim, na imagem obtida no site dailymail.co.uk está a bonita Kristen Stewart



Notícia obtida emhttps://www.noticiasaominuto.com


A aceleração dos regulamentos que permitam a circulação de carros autónomos é vista como uma solução para acabar com a sinistralidade nas estradas.

O facto de ser possível ligar os nossos smartphones a carros está a ser visto como a causa do maior aumento de sinistralidade nas estradas norte-americanas nos últimos cinco anos. Conta o The New York Times que apenas no primeiro semestre de 2016 o número de mortes em auto-estradas aumentou de 10,4% para 17,77%.

Como reação, o Departamento dos Transportes delineou um planto para reduzir a sinistralidade nas estradas dentro dos próprios 30 anos. Num primeiro momento o plano é aplicar leis de forma mais rígida, procurando aumentar a utilização de cintos de segurança em carros e capacetes em motociclos. Posteriormente, está nos planos acelerar os regulamentos e a introdução de veículos autónomos, que têm o potencial de diminuir drasticamente a probabilidade acontecerem acidentes.


    
Este é um problema para o qual já estão a trabalhar várias fabricantes de automóveis como a BMW, a Daimler, a Toyota, a Honda, a Tesla, a Uber e a Google, com todas a terem consciência da influência que estes sistemas podem ter na redução de sinistralidade.
« Última modificação: Dezembro 06, 2016, 23:17:29, 23:17 por Sapiens21 »
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Novembro 28, 2019, 18:41:10, 18:41
Responder #1

2low

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Passados 3 anos desde a publicação deste tópico e com todo o desenvolvimento que se tem verificado nos últimos anos relativamente a "condução autónoma" e/ou todos os sistemas de segurança que vão aparecendo nos novos veículos à venda ou anunciados, surgiu uma noticia que me parece pertinente, tanto para este tópico como alguns que se têm aqui debatido maioritariamente com o pretexto dos veículos eléctricos ou mais "ecológicos".

https://www.motor.nl/motornieuws/hulpsystemen-in-autos-leiden-tot-meer-ongelukken/
https://www.onderzoeksraad.nl/en/ (Dutch Safety Board)

A questão prende-se com todas essas novas tecnologias que tornam por um lado a condução aparentemente mais segura mas por outro lado pode provocar situações de perigo derivado a se confiar em demasia desses sistemas (inteligentes) e o condutor deixar de estar tanto alerta e atento, como era antes de haver estas todas tecnologias...

Num outro tópico comentei indirectamente a esta temática, sobre os tabliers dos automóveis (e motos) cada vez estarem mais preenchidos com TFT's (alguns de base Android, dando para acrescentar aplicações), botões analógicos ou "touch" e luzinhas que devem certamente influenciar e contribuir de certa parte para a distracção dos condutores.
Recordo-me de em tempos (década pelo menos) alguns modelos desportivos fazerem publicidade que eram feitos realmente pelo prazer de condução e que de tecnologia era praticamente toda a de apoio à parte mecânica, tanto que no interior era visível ainda as manetes de elevação manual dos vidros, manetes de regulação manual dos espelhos retrovisores, sem ar condicionado, e outras tantas coisas "em falta"...

Que acham?
Será que as apps estão também interligadas com as distracções dos condutores?
« Última modificação: Novembro 28, 2019, 18:43:32, 18:43 por 2low »
Grão a Grão, Comemos Feijão!
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Novembro 28, 2019, 19:13:10, 19:13
Responder #2

Moto2cool

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Não são as app que causam acidentes, são os condutores.
A maioria é por erro humano.
Se não forem as apps, é o cigarro, ou a miúda boa no banco ao lado, ou o condutor que tem a ousadia de nos ultrapassar, ou o competidor a ver que trava mais tarde ou arranca mais cedo, ou o "vício  da adrenalina ".
Há sempre boas desculpas para erros e comportamentos irresponsáveis, mas são apenas desculpas, agora as apps, antes os auriculares, já falam no futuro do alta voz......
Na verdade a fonte dos acidentes são as pessoas
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Dezembro 02, 2019, 09:08:16, 09:08
Responder #3

replicantz

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Não seria tão radical :)

Concordo que a base do problema são, de facto, as pessoas.

Mas também não podemos simplesmente desconsiderar as apps como factor adicional de distração: se não estiverem lá em 1º lugar passa a uma não-questão nesse sentido, pois deixam de ser um factor adicional a disputar a atenção do condutor/piloto.

Por mais que quem conduz seja consciencioso e não dê troco as apps, no momento em que cai um SMS e o smartphone faz o típico PING a nossa mente imediatamente processa a informação, no sentido de perceber/questionar/tomar acção. É inato, instintivo e dificilmente ignorado.

E obviamente representa uns quantos segundos em que repartimos a atenção entre a condução e aquela nova fonte de informação.

O que fazemos nesses segundos e nos seguintes como tentar ler a mensagem, pensar/usar comandos voz para que seja lida em alta-voz, etc,... ou simplesmente ignorar e deixar para mais tarde.

Isso é que realmente conta e aí reside o problema com o factor humano. Hoje em dia há um tal sentido de imediato/urgência(!?)/vício(?) que leva as pessoas a não conseguir ignorar e relegar a resposta para segundo plano ignorando alegremente a potencial situação de perigo em que se colocam e aos outros.

A alternativa mais segura será obviamente abdicar de tudo o que tem conectividade e seja fonte de distração, o que me parece muito, muito difícil de conseguir hoje em dia.
« Última modificação: Dezembro 02, 2019, 09:09:37, 09:09 por replicantz »

Dezembro 02, 2019, 10:02:57, 10:02
Responder #4

Nuno YB

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Como já tinha sido falado noutro topico, os sistemas de "infotainement" presentes nos modelos actuais mais não são do que MAIS uma distração na condução. Se olhar para o telemovel era mau, olhar para aquele enorme tablet, com todas as funções e informações que contem... é trinta vezes pior.

O meu velhinho Corsa tem 4 ou 5 botões na consola. Os novos modelos têm 20 botões, mais o tablet ( com funções e informações de rádio, DVD, GPS, modos de condução, ar condicionado multi-zona, computador de bordo, camaras, etc, etc, etc ). Mesmo que o condutor não seja muito adepto desse tipo de tecnologias, acaba sempre por perder mais tempo que o necessário com elas, desviando o olhar de onde deve porque algo de "esquisito" apareceu no ecrã.

Se a culpa é das Apps? Apesar de serem mais uma fonte de distração, o problema central é o ser humano. Se o ser humano fosse perfeito, até podia estar uma miuda nua sentada em cima do volante, que ele ia desviar-se o suficiente para tomar atenção á estrada e á condução.

O alcool é outra causa de acidentes. Há quem escolha beber e conduzir, há quem não o faça. A culpa é do alcool, ou de quem o vende? Ou será de quem o bebe e conduz em seguida?

Claro que se não existisse alcool, ninguem o bebia e não conduziam embriagados. E, com toda a certeza, se não existissem as Apps nos tablets dos automoveis, tambem ninguem as usava. Mas isso não iliba o condutor, nem culpa o Zé da tasca que vende a aguardente, ou os fabricantes dos automoveis que introduzem essas novas "ajudas" á condução nos automoveis.

Não se pode deitar a culpa ás Apps, ou ao alcool, quando quem falha é o condutor que dá uso a essas coisas enquanto conduz.
Certas pessoas são como aquelas molas mágicas: não servem para quase nada, mas é sempre engraçado atirá-las pelas escadas abaixo...

Dezembro 02, 2019, 10:06:54, 10:06
Responder #5

JEKU

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Não se pode deitar a culpa ás Apps, ou ao alcool, quando quem falha é o condutor que dá uso a essas coisas enquanto conduz.


Está tudo aqui.

Procuramos sempre uma maneira de nos desculparmos, a culpa não é minha porque X, Y ou Z.

Neste caso é pq o telefone tocou, ou o outro carro travou de repente, ou a miuda boa da paragem fez sei lá o que, as pessoas têm medo de assumir que erraram.

Dezembro 02, 2019, 10:12:10, 10:12
Responder #6

IS

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Tambem acredito que as novas tecnologias introduziram um elemento extra na sinistralidade, na minha opinião uma possivel solução seria existir uma tecologia que desconectasse todos os aparelhos moveis e do proprio veiculo quando este estivesse em movimento.
Concordo que em última análise a responsabilidade é do condutor, mas todos sabemos que se estamos a espera que todos os que andam na estrada ganhem mais responsabilidade pelas acções que praticam bem podemos esperar sentados  :animated-smileys-angry-049:
« Última modificação: Dezembro 02, 2019, 10:13:29, 10:13 por IS »

Dezembro 02, 2019, 10:21:25, 10:21
Responder #7

JViegas

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Basta uma distração.

Ainda ontem fui abastecer o enlatado, ao entrar para a bomba de gasolina, após uma ligeira curva à entrada olhei para o manómetro da gasolina para saber em que lado abastecia (não ando muito naquele carro  :smiley: ), enquanto avançava com o carro.

Não reparei que em frente ao ponto de abastecimento para onde me encaminhava estava um pino alto (para indicar que não podia abastecer ali). Foram segundos. E... pimba... uma "trolitada" naquela porcaria.

A mulher que ia à pendura e que pensava que eu estava a ver disse-me que não compreendia como é que eu não vi aquela coisa ali.

Foram segundos. E bastou apenas isso. Segundos.

Parecia-me que a bomba nada tinha, mas como estava "preocupado" a olhar para o manómetro da gasolina, não reparei no pino (que tinha mais de um metro de altura - não era dos pequenos).

Basta uma distração para que tudo aconteça num instante.

Ao andar de mota por Lisboa (acredito que seja assim nos grandes centros urbanos onde as filas de transito são o dia-a-dia) reparo que para além de existirem imensos condutores a utilizar o telemóvel para falar, cada vez mais se veem pessoas que usam dentro dos enlatados, em fila, o telemóvel para utilizarem apps (waze, maps, face ou o wattsup).

Aceito que muitas pessoas possam utilizar o telemóvel para marcar um numero para utilizar o sistema de mãos livres do carro ou até escolher um destino no telemóvel.

No meu carro de serviço, o mesmo permite isso, com um ecrã xpto, onde se navega ao por diferentes opções do carro, e já tenho dado por mim a utilizar aquilo (para mudar de estação de rádio, ver a pressão dos pneus ou realizar uma chamada) "normalmente".

E é essa "normalidade" de utilização que reside o aumento de risco acidente. Eu ontem, porque apenas, estava a olhar para ver onde era o bocal para abastecer o carro "empurrei" um pino numa bomba de gasolina.


Dezembro 02, 2019, 14:18:50, 14:18
Responder #8

pjmartinho

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Como já tinha sido falado noutro topico, os sistemas de "infotainement" presentes nos modelos actuais mais não são do que MAIS uma distração na condução. Se olhar para o telemovel era mau, olhar para aquele enorme tablet, com todas as funções e informações que contem... é trinta vezes pior.

São uma distração para a condução e, pelos vistos, são legais pois ninguém é multado por estar a olhar para aquilo para saber onde está o botão que precisa carregar... mas falar ao telemovel é que é perigoso  :animated-smileys-angry-049:

Dezembro 02, 2019, 15:57:37, 15:57
Responder #9

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Nem de propósito.

Num tema que anda praticamente "de mãos dadas" com a questão das apps e do seu uso durante a condução, informo que um artigo, em português, dá destaque a algo que também já tinha referido há uns tempos.

Na Austrália estão a fazer uso da Inteligência Artificial para perceber se os condutores estão a fazer uso de smartphone durante a condução.
No entanto tem uma parte pedagógica inicial. A sério! :)

É que durante os primeiros três meses, os que forem "apanhados" a fazê-lo safam-se com apenas um aviso.
A partir daí são multados em cerca de 200 euros e perdem pontos na carta.

Já se for em zonas críticas, como nas imediações de escolas, passa para o dobro... :zangadoregras:

http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/mercados/2019-12-02-Australia-usa-camaras-com-Inteligencia-Artificial-para-detetar-condutores-ao-telemovel
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Dezembro 02, 2019, 19:32:54, 19:32
Responder #10

Moto2cool

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 Se o ser humano fosse perfeito, até podia estar uma miuda nua sentada em cima do volante, que ele ia desviar-se o suficiente para tomar atenção á estrada e á condução.


Bem, não exageremos.... :). Depende da miúda, afinal somos só de carne e osso :)
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