Autor Tópico: Mudar apenas o pneu traseiro ou os dois?  (Lida 4547 vezes)

Junho 26, 2017, 20:13:19, 20:13
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karloxilva

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Boas, companheiros/as.

Li que é aconselhável trocar os dois pneus nas maxiscooters. Os argumentos são plausíveis: as borrachas já não terão o mesmo tipo de elasticidade, no limite, a mesma resposta dinâmica do conjunto. Depois, há o piso, que não será exactamente o mesmo.
Partilho convosco algo que escrevi no fórum "Burgman Portugal", aguardando modesta e atenciosamente a réplica da gente que tem mais quilómetros disto do que eu:


O conselho de que se devem trocar os dois pneus quando um está no limite pode parecer estranho, "Mas o pneu da frente ainda está em boas condições, porque razão mudá-lo também?". Pelo que me apercebi pela minha própria experiência,  o que se segue pode ajudar a perceber a razão porque também eu acho que é um bom conselho.

Como sabeis, a Burgman 400 vem equipada de origem (vinha em 2014) com pneus Bridgestone Hoop.
Entretanto, a Bridgestone substituiu os "Hoop" por outro modelo, os Battlax SC. Sendo assim, na anterior mudança de pneus, ambos, foi deste modelo que coloquei. E, claro, com a curiosidade de saber se esta evolução anunciada pela marca valia a pena.
Primeira impressão: têm um piso bem mais redondo.
Quando me sentei após a mudança, estranhei, parecia que a mota estava equilibrada sobre uma linha mais fina, parecia que tinha tendência a desiquilibrar-se mais facilmente, não fosse aquela coisa que me convenceu ao primeiro contacto de a ergonomia da  Burgman permitir colocar os pés bem assentes no chão "a miúdos e a graúdos".
A andar, um toque e verifiquei que se deitava ainda com mais facilidade nas curvas. Depois habituei-me, e foi mesmo uma evolução: Bom agarre, excelente comportamento em piso húmido. Recomendo.


Depois desta primeira experiência com os Battlex SC chegou a hora de substituir o pneu traseiro por desgaste acentuado em relação ao da frente o é normal. O da frente ainda conservava um bom perfil, a marca de desgaste ainda estava longe da superfície.
Trabalho efectuado num representante oficial da Suzuki na margem sul (do Tejo).

Enquanto me preparava para pagar o estrago, eis que o mecânico que havia feito o trabalho se aproxima e eu pergunto-lhe se estava tudo bem.
A resposta foi a de que me devia preparar para substituir os rolamentos da colunas de direcção, "ainda não estão no limite", mas que quando experimentou a scooter notou um comportamento pouco "cómodo".

Bem... É sabido que quem anda todos os dias com uma mota muitas vezes não dá por defeitos que não aparecem de uma assentada, coisa que um estranho experimentado experiencia e denuncia em três tempos. A folga da direcção é um deles.
Eu não sou a pessoa muito experiente mas fiquei um bocado perplexo pela minha distracção de não dar por esse comportamento estranho da direcção.

Vou para "net", vejo uns vídeos e leio uns artigos e vou-me à mota: levanto a roda dianteira, rodo-a, não vejo nada de anormal, não sinto folgas, o curso é linear, apenas o ruído característico dos cabos que sobem pela coluna de direcção; empurro a roda, também nada. "Problema nos rolamentos"?

Andando na estrada, nada de especial a não ser um pisar algo diferente (pneu novo atrás, pneu a pouco mais de meio piso à frente, lembram-se?).
De facto, não é a mesma coisa...
"Espera aí, este comportamento apareceu depois da mudança do pneu traseiro. Será que fizeram bem o trabalho?"

Cheguei a passar um fio para ver se as rodas estavam alinhadas. Até que fui coerente com o que havia pensado acima ("Foi só depois da mudança do pneu") e olhei com atenção para o perfil dos pneus: O de trás, novo, redondinho da silva; o da frente com sulco, utilizável mas menos redondo.
Com esta diferença de formas, do que se estava à espera que não de um comportamento "esquisito"?

Moral da estória: sim, custa à carteira mas é bom conselho (pelo menos neste modelo de pneus): Substituir os dois pneus ao mesmo tempo. Já que falo de pneus:
Ter em atenção a data de fabricação dos pneus, há "promoções" que não passam do "despachar" de pneus que estão em armazém há muito tempo, cuidado.


A título de informação, o "kit" de rolamentos de direcção de origem da Suzuki, cento e tal euros?, é uma fortuna, esqueçam-no. A fama de uma Suzuki ser "má compra" por causa do "preço caro da manutenção" ganha-se nesta coisas, mas reparo que a marca está apostada em manter a "tradição".. e perder clientes.

"Kits", há-os de boas marcas (se calhar de marcas que os fabricam para a Suzuki...) e de melhor preço . O preço de um "kit" de uma marca fiável da concorrência andará  a partir dos 70 euros, há mais caros. Só que não é só...
Depois, há muito plástico para tirar, "horas de trabalho", factura prevista: cerca de 200 euros para amigos.
A minha, conforme (eu) verifiquei, (ainda) não precisa, algo que o mecânico também podia ter visto ao invés de lançar o alarme.

Mais uma coisa:
Quando tiverem de fazer esta operação, exceptuando um desgaste fora do comum, isso significará que a sccoter já tem uns quilómetros sigam o conselho que o mecânico deu, este sim de valor: já que tiraram carenagem frontal, aproveitem para mudar o óleo da suspensão dos amortecedores dianteiros. E não poupem na marca, se o concessionário quiser meter uma marca manhosa porque  tem desconto, não arrisquem, o que não falta aí na "net" são lojas de vendas de óleo de marca e a bom preço.

Boas curvas.
« Última modificação: Junho 26, 2017, 20:16:33, 20:16 por karloxilva »
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Junho 26, 2017, 20:58:47, 20:58
Responder #1

Sapiens21

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Percebo o conselho e as vantagens, mas o "problema" é que por vezes estar a colocar de lado um dos pneus para trocar logo os dois (mesmo estando bom e com muito rasto), custa um bocado...e nem falo do aspecto monetário.

Conheço quem aqui em Évora use o mesmo pneu frontal por cada 2 traseiros mudados (velhinha CBF)...e isso acontece porque o desgaste é diferente.

Sei também que varia de moto para moto, pelo que se o desgaste for aproximado, entendo perfeitamente a lógica da troca em simultâneo.  :nice:

As vantagens estão bem enumeradas neste teu belo tópico, mas chegar ao momento da troca e alguém perante isso vir a "forçar-se" na troca de ambos os pneus... ou fazê-lo só para ter a mesma marca e modelo na roda da frente e traseira (também há quem o faça), parece-me que se justificará sim...caso a caso, conforme o desgaste. :)

Obrigado pelo tópico.
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Dalai Lama

Junho 26, 2017, 21:29:02, 21:29
Responder #2

karloxilva

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Boas Sapiens.
Percebo-te, como me percebo-me a mim que não o fiz. Por razões objectivas, limitadoras de... preciosismos técnicos.
Vale pela informação, já que na minha curta relação com a duas rodas, que inclui diversas mudas de pneus de outras marcas e modelos, nunca me havia apercebido da questão que descrevi.
Pneus de marcas diferentes na mesma mota com pisos/racunhas diferentes, não tenho experiência, procurei sempre evitar isso.
Nos carros, uma coisa que sempre fiz e que até agora me deu bom resultado, foi andar de olho no desgaste e rodar os pneus ciclicamente. Quando substituo os pneus, faço-o aos quatros de uma vez.
E lá regressamos ao mesmo. Ao confronto entre o ideal e a realidade...
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Junho 26, 2017, 21:46:35, 21:46
Responder #3

Sapiens21

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Sim, com 4 rodas faço o mesmo (rotação dos pneus), por forma a uniformizar o desgaste. :cool:

O mal é que no caso dos motociclos, quase que se contam pelos dedos aqueles que têm a mesma medida... ;)
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Junho 26, 2017, 21:56:40, 21:56
Responder #4

TMXR

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o de tras gasta sempre mais do que o da frente... 


trocar os 2 ao mesmo tempo significa sempre trocar o dianteiro que ainda dura mais uns Kms  :nice:
Yamaha Tmax 500/530 * BMW C Evo/R1200GS/1250 GS/1200 GSA/1200 RT * KTM 1290 SAS *  Trimph Tiger 800 XRT / Street Triple RS * Ducati Multistrada 950S/1200S/1260S/Enduro *  Kawazaki Z900  * MV Agusta Turismo Veloce Lusso * Honda Crf300l

Junho 26, 2017, 22:23:04, 22:23
Responder #5

dfelix

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Em scooters não sei como funciona.
Em motos depende muito do tipo de moto, estilo de condução e pneu escolhido.

Motos com muito binário ou que habitualmente levam grandes esfregas tendem a ter consumos absurdos de pneu traseiro.
O que dá perfeitamente para duas trocas de traseiro por cada pneu frontal.

No entanto, muitos pneus actuais de características mais sport-tourer utilizam compostos mais soft no pneu frontal.
O que significa que muitas vezes, sobretudo quando se circula de forma recorrente em estradas mais abrasivas, o pneu já está a 2/3 de vida quando o traseiro atinge o limite.
E muitas vezes estes desgaste não é aparente, pois ainda tem bastante borracha, estando apenas "escadeado".
O ideal será sempre avaliar.


Junho 27, 2017, 09:46:14, 09:46
Responder #6

rodrigues

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Aproveito o excelente tópico chamando a atenção para a data de validade dos pneus principalmente os comprados na net.

Acabei de comprar há poucos dias o pneu traseiro e como podem verificar na foto foi fabricado na semana 11 de 2016 (  4 últimos dígitos ) e como só me duram no máximo 2 anos ficam dentro dos 4 anos de validade.

Se tiverem mais de 2 anos recusem o pneu.



« Última modificação: Junho 27, 2017, 09:47:27, 09:47 por rodrigues »

Junho 27, 2017, 10:09:56, 10:09
Responder #7

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Validade de 4 anos, Rodrigues??  :pensador:

Tenho ideia de ter lido recentemente de um prazo de validade mais alargado...
Vou tentar encontrar.  :)
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Dalai Lama

Junho 27, 2017, 10:17:42, 10:17
Responder #8

JViegas

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Já mudei com cerca de 26 mil kms duas vezes de pneus. Na primeira vez os Dunlop Scootsmart antigos foram substituídos  (os dois) por uns da mesma marca.

No entanto face ao desgaste rápido que o 2º conjunto teve devido ao meu estilo de condução/tipo de condução, vias utilizadas, etc. etc., resolvi trocar para os Bridgestone Hoop.

Borracha mais rígida e tive a mesma sensação do que tu: a maxi parecia estar equilibrada numa "linha mais fina".
Pode ser impressão minha mas estes pneus desgastam-se mais devagar.

Pode ser bom, mas devido à rigidez dos mesmos, aparecem-me barulhos parasitas nos plásticos da maxi.

A solução? A continuar assim (mesmos percursos, com a pendura e mesma bagagem) irei optar pelos Scootsmart, pois apesar de gastarem mais depressa dão-me melhor qualidade de utilização.

A trocar? Sempre os dois devido mesmo ao tipo de utilização que lhe dou e ao tipo de "montada" que conduzo.

Bom tópico.

Off-topic:
É sabido o custo demasiado alto de diferentes marcas, se em alguns casos a qualidade paga-se, não se entende porque é que em certas operações de manutenção/revisão ou avaria, os custos associados (principalmente nas scooters/maxi) são enormes o que pode em ultima avaliação afastar as pessoas das marcas.
A Suzuki é uma das minhas marcas favoritas: Vstorm, Burgman ou a GSX-F adorava ter uma delas, mas o racional tem que fazer sempre parte das minhas escolhas, pelo que a vertente económica é sempre um fator a considerar e quanto maior qualidade se adquire maior é o preço para manter essa qualidade.

Junho 27, 2017, 10:21:33, 10:21
Responder #9

rodrigues

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Validade de 4 anos, Rodrigues??  :pensador:

Tenho ideia de ter lido recentemente de um prazo de validade mais alargado...
Vou tentar encontrar.  :)

Desculpem se me expliquei mal, referia-me à validade da garantia que era de 4 anos, não sei se foi alargada.


Junho 27, 2017, 12:04:04, 12:04
Responder #10

karloxilva

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Borracha mais rígida e tive a mesma sensação do que tu: a maxi parecia estar equilibrada numa "linha mais fina".
Pode ser impressão minha mas estes pneus desgastam-se mais devagar.

Pode ser bom, mas devido à rigidez dos mesmos, aparecem-me barulhos parasitas nos plásticos da maxi.

A solução? A continuar assim (mesmos percursos, com a pendura e mesma bagagem) irei optar pelos Scootsmart, pois apesar de gastarem mais depressa dão-me melhor qualidade de utilização.


Se percebi bem, o companheiro JViegas estará a falar dos Bridgestone Hoop, os que equipavam de origem a Burgman. Fiz duas trocas desses pneus até eles serem substituídos pelos Battlax (os Battlax SC são os que aparentam serem mais "finos").

Curioso, num e noutro caso nunca me apercebi de qualquer passagem de vibrações para a carroçaria, aliás considero ambos bem macios.
Uma suspensão diferente? A B400 tem a característica,  segundo sei única nas 400, de ter apenas um amortecedor traseiro montado de forma longitudinal, terá significado?
Aqui está mais um exemplo de que ao apreciar as coisas não devemos generalizar.
« Última modificação: Junho 27, 2017, 12:12:02, 12:12 por karloxilva »
"O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm." René Descartes

Junho 27, 2017, 12:50:11, 12:50
Responder #11

Sapiens21

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Validade de 4 anos, Rodrigues??  :pensador:

Tenho ideia de ter lido recentemente de um prazo de validade mais alargado...
Vou tentar encontrar.  :)

Desculpem se me expliquei mal, referia-me à validade da garantia que era de 4 anos, não sei se foi alargada.


 :nice: :nice:
A referência que tinha era de pneus de veículos ligeiros e que a Michelin indica desta forma:

"Como medida de precaução, se os pneus não forem trocados em 10 anos desde a data de fabrico, a Michelin recomenda trocá-los por outros novos" LINK

No entanto li referências a 5 anos para pneus de motociclos LINK

Quanto à validade da garantia e que de facto é algo diferente disto, desconheço para poder falar da mesma.  :)
Mas sendo um produto de desgaste, os 4 anos... :pensador: :pensador:
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Dalai Lama

Junho 27, 2017, 13:09:19, 13:09
Responder #12

dfelix

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Se tiverem mais de 2 anos recusem o pneu.

Se te referes a novos, não te esqueças que depois de produzidos levam com a célebre "goma" para evitar oxidação e deterioração da borracha por contacto com humidades, etc.

Desde que sejam armazenados como deve ser não há problema em aguentar 2 ou mais anos.
Já um pneu mal acondicionado nem precisa de 2 anos para ficar deformado e causar outros problemas que nem tem a ver com a qualidade da borracha.

Mas sendo um produto de desgaste, os 4 anos...

Se durarem 4 meses já não é mau...  :D
« Última modificação: Junho 27, 2017, 13:11:45, 13:11 por dfelix »

Junho 27, 2017, 13:59:53, 13:59
Responder #13

rodrigues

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A data do início da garantia só é válida desde a montagem do pneu e não da data do fabrico porque como diz e bem o companheiro dfelix estão armazenados com a referida goma que os protege da deterioração.

Apenas por precaução pois não sabemos como estão armazenados é sempre bom não aceitar pneus com data de fabrico muito antigas.

Quanto aos anos de garantia depende muito das marcas e campanhas em vigor chegando a dar 5 anos de garantia pelos pneus superando os 2 anos de lei.

Os 4 anos que referi foi o que a Midas deu para os pneus montados na minha carrinha, deduzi que seria o mesmo para as motas, se estiver errado peço desculpa.

https://www.deco.proteste.pt/auto/pneus/noticias/pneus-garantia-de-2-anos
« Última modificação: Junho 27, 2017, 14:04:52, 14:04 por rodrigues »

Junho 27, 2017, 14:35:28, 14:35
Responder #14

dfelix

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A "garantia" nos pneus é sempre um problema...  :(

Há uns quantos anos atrás meti um par de D207 que ao fim de poucas semanas de utilização começou ficou com uma "bochecha".
Só me apercebi porque a direcção vibrava a baixas velocidades.

Quando voltei ao local onde os comprei, insistiram a todo o custo que o problema derivava de má utilização.
Só com alguma dificuldade aceitaram trocar.

Escusado será dizer que o novo ao fim de poucos dias já estava igual.
Mas nesta segunda visita foi tudo mais fácil...
Aparentemente já outros tinham lá aparecido a queixar do mesmo! E num dos casos a borracha tinha mesmo "descolado" da tela.

Foi certamente um defeito de fabrico naquele lote de pneus.
Ainda assim, optei por terminar a minha relação com a Dunlop.  :-X


Junho 27, 2017, 19:08:14, 19:08
Responder #15

rodrigues

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Regressando ao tema principal do tópico eu diria que nunca mudo os dois pneus ao mesmo tempo mas mantenho a tradição de colocar sempre da mesma marca e modelo.

O dianteiro da CB ainda faz uns bons 6000 kms, não noto nada de anormal na borracha nem na condução por isso acho que é dinheiro mal gasto colocar já uma vez que acabei de colocar o traseiro.

Verifico os pneus regularmente e foi o que me safou uma vez com a Sym Gts !!!!!

Nunca deixem chegar a este estado, neste caso eram os Maxi-Pro  :(







Junho 27, 2017, 19:30:32, 19:30
Responder #16

João_Santos

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Com segurança nunca brinco, mas nas minhas motos sempre mudei os dois, mesmo que o da frente ainda tenha bom piso.

João  :scooter: :scooter:

Junho 27, 2017, 19:50:46, 19:50
Responder #17

rodrigues

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Também nunca brinco com a segurança, sou muito picuinhas nesse aspeto, além dos pneus ando sempre a verificar travões, e etc.

Não creio que uma diferença de poucos meses na troca de pneus possa causar assim tantos estragos, o mesmo não diria se fosse de um ano por exemplo.

Concordo com o Velasquez, provavelmente trocando os dois de uma acentada pouparia alguns €€€€€.

Fica para a próxima muda.

Junho 27, 2017, 19:58:09, 19:58
Responder #18

João_Santos

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Rodrigues quando falo em segurança é em relação a mudar um pneu hoje e como o da frente está bom só passado um ano ou mais, mudamos o outro.

A moto fica desequilibrada na questão de borrachas dos pneus, uma dura e outra macia.

João  :scooter: :scooter:

Junho 27, 2017, 22:25:14, 22:25
Responder #19

Moto2cool

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Concordo com o Rodrigues, na minha opinião nada justifica mudar os dois pneus se um deles ainda está bom, mas convém manter a mesma receita  ;)
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"Viver a vida não é esperar que a tempestade passe, é aprender a andar à chuva"

Junho 28, 2017, 01:29:30, 01:29
Responder #20

dfelix

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Nunca deixem chegar a este estado, neste caso eram os Maxi-Pro  :(

Vejo aí muita borracha para gastar!  :D

A moto fica desequilibrada na questão de borrachas dos pneus, uma dura e outra macia.

Isso não é problemático assim...
Até porque há uns anos atrás era perfeitamente habitual combinar-se pneus diferentes.
Era quase uma moda quem usava moto no dia-a-dia colocar um BT020 atrás e um BT016 na frente.
A ideia era obter um compromisso de maior durabilidade no traseiro e maior confiança na frente.

Porém com o aparecimento dos pneus com vários compostos isto foi deixado de fazer sentido.
E no presente muitos pneus de característica mais sport-tourer seguem um pouco esta filosofia.

O único problema que vejo nas trocas à medida da necessidade... é que muitas vezes o pneu da frente já não presta apesar de parecer ainda bom.
É que enquanto um pneu traseiro gasta sobretudo no centro e pouco influencia o equilibro em curva, os da frente tendem a ficar "bicudos" e irregulares muito antes de aparentarem total desgaste.