Autor Tópico: Harley-Davidson: União Europeia quer aumentar taxas de importação  (Lida 794 vezes)

Maio 24, 2021, 13:05:19, 13:05
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Lourenço

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Ainda no rescaldo do América first, make América great again e guerras comerciais da época Trump.




A União Europeia aprovou uma taxa de importação para as motos Americanas, será segundo o artigo de 56%, nomeadamente para a Harley que até agora estava sujeita a 6% visto os modelos (alguns ou todos?) serem fabricados na Tailândia, deixando de considerar este aspeto e partindo exclusivamente do principio de marca de origem americana.


A Comissão Europeia retirou informações vinculativas sobre a origem da Harley-Davidson, razão pela qual terá de pagar direitos aduaneiros de 56% sobre cada motocicleta vendida no Velho Continente.

O preço das Harley-Davidson pode mudar a partir de junho, e não exatamente para melhor. No passado mês de abril, a Comissão Europeia retirou da empresa sediada em Milwaukee a informação vinculativa sobre a origem (IVO), ou seja, a decisão escrita que atesta a origem das suas mercadorias e é vinculativa na União Europeia.

As consequências? Que um 'direito compensatório' terá de ser pago: aparentemente, a partir de 1 de junho de 2021, a Harley-Davidson terá que pagar direitos aduaneiros no valor total de 56% sobre cada motocicleta vendida no território da União Europeia.

os antecedentes
Esta situação não é de agora, por razões protecionistas, em junho de 2018 a administração Trump decidiu aplicar tarifas de 10% e 25% respectivamente aos produtos europeus de alumínio e aço, a UE contra-atacou publicando uma lista de produtos norte-americanos (incluindo motocicletas maiores que 500 cc), cuja importação está, desde então, sujeita a tarifas adicionais.

Para a Harley-Davidson, tudo isso significou passar da tarifa anterior de 6% para 31%. Ainda assim, os cofres americanos não repassaram a sobretaxa para sua clientela e, em vez disso, assumiram os custos aumentados por conta própria por algum tempo. A situação permaneceu inalterada por pouco mais de um ano: desde o final de 2019, quase todas as Harley-Davidson destinadas à Europa foram produzidas na Tailândia e, graças à informação vinculativa sobre a origem (BIO) concedida pela UE, atualmente um direito moderado de 6% está sendo aplicado novamente na importação dessas máquinas.

A UE quer revogar o IVO
A intenção da UE é revogar o referido IVO e, além disso, duplicar a partir de agora o “direito de compensação” para 50%. Resumindo, isso significa que, no futuro, as motocicletas Harley-Davidson movidas a gasolina estarão sujeitas a taxas de importação de 56%, independentemente de onde sejam fabricadas.

A associação espanhola e portuguesa de concessionários Harley-Davidson já discordou, já que tarifas de importação muito mais baixas se aplicam aos fabricantes europeus de motocicletas que exportam seus produtos para os Estados Unidos: 1,2% para motocicletas. Até 800cc, 2,4% para motocicletas acima de 800cc e 2,5% para automóveis.

Matthias Meier, Presidente da Associação Alemã, Austríaca e Europeia de Concessionários Harley-Davidson, explica que "A decisão da UE cria uma enorme desvantagem competitiva para nossas motocicletas em comparação com outras marcas e, conseqüentemente, um grande impacto em nossa atividade comercial como distribuidores". Antonio Perlot, Secretário-Geral da Associação Europeia de Fabricantes de Motos (ACEM), acrescenta: "Apelamos à Comissão Europeia e ao novo Governo dos Estados Unidos para que retomem um diálogo comercial transatlântico positivo. Continuaremos a fazer o nosso melhor para garantir que ambas as partes reconsidere e encontre uma solução. "

Conseqüências: 370 concessionárias e 5.500 empregos afetados


No momento, ainda não é possível prever que consequências a decisão da UE terá para o comércio Harley-Davidson na Europa e para os clientes europeus. “Uma coisa é certa: tudo isso é muito mais do que injusto, pois ameaça a continuidade do nosso negócio”, ressalta Meier. “Quase todos os nossos revendedores distribuem exclusivamente a marca Harley-Davidson. As possíveis consequências afetam cerca de 370 concessionárias e 5.500 empregos na Europa. E, de tudo isso, logicamente não podemos esquecer as consequências para os milhares de clientes na Europa. queremos sofrer, juntamente com os nossos clientes e fãs da marca, as consequências deste conflito comercial de natureza política. Por isso, acolhemos o fabricante Harley-Davidson para recorrer da decisão da UE ”, condenou.

Assim, a Harley-Davidson iniciou, por meio da plataforma change.org, uma petição para evitar a aplicação da referida tarifa. No momento da redação, a petição já tinha mais de 2.700 assinaturas.


Tradução Google

https://www.formulamoto.es/harley-davidson/2021/05/24/harley-davidson-union-europea-quiere/30539.html

Maio 24, 2021, 13:44:45, 13:44
Responder #1

TMXR

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Deixem tirar um momento para me rir com a situação.  :lolol: :lolol:


Assim que vi que tinham colocado a Katherine Tai (uma política de carreira de Washington sem experiência de negociação ou qualquer conhecimento de comércio) como representante de comércio dos USA que  percebi que o governo Biden não tem interesse nenhum em parar as tarifas criadas pelo odioso pato Donald  :lolol:

Bem pelo contrário, não me admiraria que as tarifas subissem. (Cá vamos estar para ver)

Também não me admiraria muito que está nomeação fosse feita só para chatear os chineses uma vez que a senhora e de origem Taiwanesa  e os UsA tem interesse nulo em fazer acordos comerciais com os chineses… mas vão ter que negociar com eles

O único acordo a ser assinado, que acredito que seja neste mandato será o com o Reino Unido.

Os USA não precisam nada da Europa… a Europa e que precisa dos USA, tanto comercialmente como em matéria de defesa


Podem fazer brincadeiras destas a vontade, o governo dos USA do Biden vai ser o mais nacionalista e nativista de sempre e não se vai impressionar

A Europa precisa infinitamente mais de exportar BmW, Mercedes e Audis para os USA, do que os USA precisam de exportar harleys


Já agora… adorei a “associação de concessionários da harley”…. Isso deve ser um número de pessoas de dimensão apenas igual ou superior a “associação das ciclovazias de Lisboa”   :D :D :D :D
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Maio 24, 2021, 21:57:03, 21:57
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Sapiens21

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Estranho...

Deve então ter ocorrido algo (entretanto) e que deu cabo das 'tréguas comerciais' que foram anunciadas.

E digo isto porque ainda há questão de dias passou na RTP um artigo que dava conta da suspensão das tarifas e que incluíam aqui a questão da Harley, entre outros produtos. :pensador:

Terá ocorrido algo entretanto nestes dias mais próximos e que deitou por terra esse 'acordo'?

Esta foi a peça jornalística que passou na RTP1.

https://www.rtp.pt/noticias/economia/uniao-europeia-e-eua-unidos-declaram-tregua-na-guerra-comercial_v1320684

"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Maio 24, 2021, 22:30:58, 22:30
Responder #3

2low

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(...) a “associação das ciclovazias de Lisboa”   :D :D :D :D

 :lolol:
Vá lá... não sejas mauzinho... anda lá meia dúzia por dia!
 8)

Estranho...

Deve então ter ocorrido algo (entretanto) e que deu cabo das 'tréguas comerciais' que foram anunciadas.

E digo isto porque ainda há questão de dias passou na RTP um artigo que dava conta da suspensão das tarifas e que incluíam aqui a questão da Harley, entre outros produtos. :pensador:

Terá ocorrido algo entretanto nestes dias mais próximos e que deitou por terra esse 'acordo'?

(...)



Outra situação que tenho acompanhado é o caso "Huawei" e recentemente o que li é que a ex 2ª marca da Huawei foi vendida, a Honor, e que esta continua a ser comercializada nos EUA mesmo sem chips da Qualcomm... e não se prevê que venha a ter os problemas que a Huawei enfrenta...

Em termos de comércio/distribuição e empresas de transporte (barcos, etc) na sua maioria já pertencem aos Chineses e andam a subir os preços como podem (e querem) e no inverso o que acontece é o boicote para ver se os preços baixam... mas... quem se lixa somos nós pois já escasseia muita matéria prima (plasticos, ferro, etc...).

Sobre a Harley, que já na sua maioria só é montada nos EUA, tanto o pato Donaldo como o Biden certamente percebem ou perceberam que a Harley traz aos EUA meros números insignificantes para a economia nacional, pelo que... se a HD ir ao ar eles não se importam...

Mas pessoalmente gostava de ver a economia mundial já mais benéfica para todos incluindo a Europa... Europa essa que está a servir de saco de boxe e no meio de uma aparente batalha (de outros) entre a China e os EUA, ou essa batalha só serve de pretexto para ambos lixarem a economia Europeia....  :pensador:

nota:
1. quem lixou a economia Africana (Angola) provocando a baixa de preço do petróleo africano?
2. quem lixou a economia Brasileira provocando o aumento de pobreza e redução da própria economia Brasileira?
Não seria de estranhar que fosse sempre "o mesmo" e que esse "mesmo" fosse capaz de estar por trás da tentativa de "lixar a economia Europeia".
Dfelix, gostas destas especulações? Já tinhas saudades?  :D :stuck_out_tongue_winking_eye: :convivio:
« Última modificação: Maio 24, 2021, 22:33:33, 22:33 por 2low »
Grão a Grão, Comemos Feijão!
"Nada é para sempre, nem mesmo os problemas", Charlie Chaplin


Maio 25, 2021, 08:13:05, 08:13
Responder #4

TMXR

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Quem deu cabo de Angola foram eles próprios….  Isto e… deram cabo para os pobres porque a elite nunca esteve tao bem  :D

Angola e o típico exemplo de que o maior inimigo de um comunista não e um capitalista…. Mas sim outro comunista que não e seu amigo  :D :D :D :D


O Brasil também se arrebentou a ele proprio… ou melhor a corrupção de Brasília…. Aquilo não são políticos nem governantes… e uma praga de gafanhotos que limpa tudo a sua passagem  :D

Quem anda a lixar a UE… são novamente os próprios!!!! “ União Europeia” implicaria uma união e não uma desunião onde há claros conflitos de interesses entre grupos de membros e políticas económicas e monetárias discutíveis e onde não há nem liderança nem consenso na direção a tomar.


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