De que forma poderá a crise dos semicondutores afectar a produção de motociclos?

[Sapiens21]

De que forma poderá a crise dos semicondutores afectar a produção de motociclos?

Hoje mesmo estava a ver o noticiário e...novamente a 'nossa' fábrica Autoeuropa a encerrar uns quantos dias e os trabalhadores mandados para casa por causa (assim o disseram) da falta de semicondutores.

Mas isto é um problema que está a afectar praticamente todos os fabricantes, com fábricas em todo o Mundo a encerrar e sem haver uma solução rápida para o problema.

E já andamos nisto sensivelmente desde Abril de 2021, quando surgiram as primeiras notícias sobre uma escassez global de semicondutores.

E a realidade é que os mesmos estão presentes em imensas coisas que usamos todos os dias.

Sim...o Covid não veio ajudar nada!! Nada mesmo....
Isto porque passou a existir por um lado confinamento e por outro um gigantesco aumento do trabalho a partir de casa durante a pandemia, com a aquisição de equipamentos electrónicos nunca antes visto.

Smartphones, televisores, monitores, tablets, pc's, portáteis, consolas de jogos, etc...

Porém, também os mais recentes automóveis e motociclos dependem deles para que a sua tecnologia possa funcionar.

E a escassez de semicondutores não tem propriamente uma data em que tudo regressa ao normal....
Pelo contrário, alguns especialistas apontam para uma continuidade da escassez ainda durante o ano que vem.
É um problema que está para durar, com a dependência mundial a ser quase exclusivamente de um fabricante de Taiwan.

O impacto tem sido gigantesco e só a título de exemplo, na indústria automóvel mundial e segundo dados apurados aqui há umas semanas pela Bloomberg, estimasse que mais de 100 mil milhões de dólares em vendas não foram feitas.
Vou repetir...cem mil milhões!!!

Marcas de motociclos como a KTM, a gigante Bajaj, a Harley-Davidson, a Yamaha, entre outros construtores de motociclos, já passaram ou estão ainda a passar também por situações de falta destes 'chips' e que afectam a produção.

Deixo um vídeo da CNBC que pode ajudar a esclarecer quem não sabe muito bem da importância (e dependência) destes semicondutores.

[TMXR]

Ha 2 problemas neste problema


A primeira e que muita fábrica de semicondutores teve de se virar para os chips de smartphone, tablet e PCs que após a escassez já reverteu para os cios que originalmente estava a fazer

Mas porque o fabrico de chips e demorado, apenas agora se vai começar a sentir uma melhora

Ha o 2o problema que é o que não se constrói uma fábrica de semi condutores do dia para a noite. Provavelmente o prazo realista serão uns 24 meses desde início do fabrico da fábrica ao início do fabrico dos chips


Creio que neste momento, o presidente dos Estados Unidos está a pressionar ou ser pressionado para aumentar la a produção, contudo e um falso problema porque os Estados Unidos são precisamente quem desenha os chips mais caros e complicados e produz muitos, assim como Taiwan. A China produz o chamado low end e querendo os EU não ficar dependente da Ásia, creio que este low end será sempre aquilo que irão preferir fazer em outsourcing.


Quanto a tua questão dos chips dos carros e motos, estes são muito específico e estão no meio caminho entre o low e o high end e são fabricados em locais distintos: predominantemente na Tailândia e Malásia.

Aqui há uma questão extra que é o aumento de procura de semicondutores pela indústria automóvel, porque para além de teres construtores a terem integração de computação suprior ao de placas se vídeo das mais sofisticadas, tens que com a electrificação, medidas ambientais mais controladas, infotainment e medidas de segurança como radares e espelhos que foram substituídos por câmeras e ecrãs, a procura de chips disparou.

O mercado dos semicondutores, como em tudo na natureza tende a um equilíbrio… se há mais procura que oferta os preços disparam, e ou os fabricantes incorporam menos electrónica ou então mais fábricas aparecem a discutir o mercado… e uma questão de tempo

[Sapiens21]

O fabrico fora de Taiwan é totalmente insuficiente e, no presente, não se compara ao que sai da empresa TSMC.

O problema é que por mais que produzam, não chega para as encomendas e os especialistas e mesmo os CEO de muitas empresas estão a alertar que estas falhas no abastecimento podem prolongar-se ao longo de 2022.

Só para se perceber como tem aumentado a produção na TSMC, basta ver este gráfico que saiu na revista FORTUNE, que ilustra uma subida quase a pique.



E um semicondutor começado a produzir há dois ou três anos apenas, não significa que permita acompanhar a tecnologia a bordo de determinados equipamentos ou veículos lançados agora.

Isto é um processo de evolução constante!!

E o problema é que a produção de um novo semicondutor envolve todo um processo (e período de desenvolvimento) que tem tudo...menos rápido.

Só mesmo com novas fábricas se pode pensar em acompanhar os saltos tecnológicos nos equipamentos e veículos, no futuro.
Se bem que...não basta fazer a fábrica (que entre edificação, colocação de equipamento de topo e produção, leva bem +2 anos!).
A realidade é que o know-how da TSMC é altamente cobiçado por alguma razão. 

Bem abaixo vem a Intel e a Texas Instruments.
Mas presentemente a 'dependência' por semicondutores de qualidade vem quase toda ela de Taiwan.

[TMXR]

Sim. A tendência será sempre o aumento de procura 

[JoãoPVCarvalho]

Por arrasto, todas as indústrias ligadas ao setor de produção automóvel, estão a sentir já as consequências com cancelamento de encomendas. O problema estende-se a indústrias ligadas à transformação de plásticos, tecidos, colas, tintas, componentes eletricos, etc...
A escassez desses chips afecta a nossa dependência económica a um nível muito mais vasto do que aparenta.
Só para dar uma ideia do impacto, a Saint Gobain Sekurit Portugal já tem data anunciada para o encerramento. Este encerramento vai afetar não só esta fábrica de Sta. Iria de Azoia mas, muitos dos seus fornecedores de bens e serviços.
Assim, e com apenas 1 exemplo, já podemos fazer uma pequena ideia do impacto desta situação.
A velha teoria instalada do "business by the numbers" levou a que fossem ignorados os imponderáveis dos mercados, deixando agora à mercê de um monopólio milhares de postos de trabalho distribuídos por todo o mundo.

Criar uma fábrica destas de raiz e colocar em funcionamento leva muito mais do que 24 meses. Já adaptar outras fábricas de semicondutores é muito mais rápido, contudo, implica que o "monopólio" partilhe informação e gradualmente perca poder. Eu tenho sérias dúvidas que isso venha alguma vez a acontecer.

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[Lourenço]

Os países do Quad vão estar reunidos esta semana em Washington com Joe Biden em pessoa.
Vão tomar medidas de verificação de capacidade e aumento de produção e de distribuição e tudo isto numa estratégia constante de colaboração anti Chinesa e de combate á supremacia desta em qualquer que seja o domínio. Neste grupo não há nenhum país europeu.

[Sapiens21]

Os prejuízos estimados parece que serão ainda piores do que se estimava até há poucos meses atrás.

E como se não bastasse...esta crise dos semicondutores poderá mesmo prolongar-se até 2023.
Não serão produzidos milhões de veículos à custa desta crise dos 'chips'.


https://observador.pt/2021/09/24/falta-de-chips-custara-a-industria-210-mil-milhoes-so-este-ano/

[JoãoPVCarvalho]

Os países do Quad vão estar reunidos esta semana em Washington com Joe Biden em pessoa.
Vão tomar medidas de verificação de capacidade e aumento de produção e de distribuição e tudo isto numa estratégia constante de colaboração anti Chinesa e de combate á supremacia desta em qualquer que seja o domínio. Neste grupo não há nenhum país europeu.

Parece que esse objectivo nunca esteve em cima da mesa.
Segundo o que tem vindo a ser veiculado nas notícias esta cimeira nada mais foi do que a China a fazer um discurso à Taveira, dizendo aos seus vizinhos "calma, não chora, não vai doer nada"

A Europa perdeu o brio e com ele vendeu a sua autonomia e liberdade aos interesses financeiros Asiáticos sob a promessa de fabricar barato para vender caro e agora gradualmente vamos sentindo o comprimento do seu (modere a sua linguagem) a entrar persistentemente no nosso (modere a sua linguagem)

Isto dos chips ainda é a ponta do icebergue!

Vizinhos leia-se: vizinhos do Pacífico.

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[TMXR]

Concordo a 100% contigo, João.

Neste momento não há Europa. Há uma união meramente económica, formada por países com objectivos diferentes e mentalidades diferentes e sem qualquer identidade ou polícia externa ou sequer um exército.


A potência mundial para os próximas décadas ainda será os Estados Unidos que tiveram a sorte de nos últimos 4 anos de ter um presidente que não era político e economicamente foi bastante astuto e que com esta crise pandémica percebeu 2 coisas, o sistema de cadeia longa de fornecedores com assemblagem num pais terceiro não funciona e que os custos de fabrico de muita coisa na Ásia e praticamente o mesmo do fabrico nos USA devido a 2 factores importantíssimos: o custo da energia que é baixissimo e a maior quantidade de automação.

O presidente Macron bem pode chorar por perder os contratos bilionário dos submarinos Australianos mas o fornecimento estava para la de condenado pela ligação da Europa a China, e pelo facto de nos últimos anos os Americanos se estarem a alhear da presença militar no Afeganistão, da Nato que é uma aliança militar praticamente sem exército e da habitual presença no Golfo Pérsico onde ja não precisam estar presentes por não precisar de petróleo e onde já não tem interesse de estar presentes como garante militar dos interesses Sauditas.

A nova frente e a única frente e o pacífico. Toda está nova aliança militar, a que posteriormente provavelmente se juntará Japão e Coreia vai servir para evitar que a China faça algum disparate fruto da recessão económica em que irá mergulhar, que pela quantidade de países com forte industria tecnológica e com qual está com fricções diplomáticas, poderia levar a um agravamento desta crise.

[Lourenço]

Os países do Quad vão estar reunidos esta semana em Washington com Joe Biden em pessoa.
Vão tomar medidas de verificação de capacidade e aumento de produção e de distribuição e tudo isto numa estratégia constante de colaboração anti Chinesa e de combate á supremacia desta em qualquer que seja o domínio. Neste grupo não há nenhum país europeu.

Parece que esse objectivo nunca esteve em cima da mesa.
Segundo o que tem vindo a ser veiculado nas notícias esta cimeira nada mais foi do que a China a fazer um discurso à Taveira, dizendo aos seus vizinhos "calma, não chora, não vai doer nada"

A Europa perdeu o brio e com ele vendeu a sua autonomia e liberdade aos interesses financeiros Asiáticos sob a promessa de fabricar barato para vender caro e agora gradualmente vamos sentindo o comprimento do seu (modere a sua linguagem) a entrar persistentemente no nosso (modere a sua linguagem)

Isto dos chips ainda é a ponta do icebergue!

Vizinhos leia-se: vizinhos do Pacífico.

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The Quad announced several new pacts, including one to bolster supply chain security for semiconductors and to combat illegal fishing and boost maritime domain awareness.

Esteve en "cima da mesa" e foi discutido e vai continuar em grupo de trabalho.
A China não discursa, não faz parte do grupo, é um dos visados.

[JoãoPVCarvalho]

Os países do Quad vão estar reunidos esta semana em Washington com Joe Biden em pessoa.
Vão tomar medidas de verificação de capacidade e aumento de produção e de distribuição e tudo isto numa estratégia constante de colaboração anti Chinesa e de combate á supremacia desta em qualquer que seja o domínio. Neste grupo não há nenhum país europeu.

Parece que esse objectivo nunca esteve em cima da mesa.
Segundo o que tem vindo a ser veiculado nas notícias esta cimeira nada mais foi do que a China a fazer um discurso à Taveira, dizendo aos seus vizinhos "calma, não chora, não vai doer nada"

A Europa perdeu o brio e com ele vendeu a sua autonomia e liberdade aos interesses financeiros Asiáticos sob a promessa de fabricar barato para vender caro e agora gradualmente vamos sentindo o comprimento do seu (modere a sua linguagem) a entrar persistentemente no nosso (modere a sua linguagem)

Isto dos chips ainda é a ponta do icebergue!

Vizinhos leia-se: vizinhos do Pacífico.

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The Quad announced several new pacts, including one to bolster supply chain security for semiconductors and to combat illegal fishing and boost maritime domain awareness.

Esteve en "cima da mesa" e foi discutido e vai continuar em grupo de trabalho.
A China não discursa, não faz parte do grupo, é um dos visados.

Desde quando a China precisa de estar presente fisicamente?
Está lá o parceiro económico Taiwan que neste momento teme o contágio da explosão da bolha imobiliária Chinesa.

E temo que a saída da Sra. Merkel seja o primeiro passo para o fim de uma Europa das dezenas para se transformar na europa a 2 ou 3...

Honestamente, já me interrogo se não seria melhor. Voltar a depender de uma economia real em vez de Bazucas.

Resumindo, não há chips, significa que não há motas novas, portanto preparem as carteiras para voltar a montar os catalizadores e trocar os Xinaprovikes e pagar o salvo conduto às Controlauto da vida!

Ahhh, e esqueçam lá a revolução elétrica porque sem a guita da Europa vão andar de bicicleta.

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[TMXR]

Taiwan não e o mesmo país a que chama os China, apesar do seu nome ser “república da China”. A China a que chamamos China e a China continental que se chama “República Popular da China”

No início do século passado, a China teve mais uma convulsão civil como já teve muitas durante a sua história e as coisas terminaram em guerra civil com os nacionalistas que estavam no poder a perderem para os comunistas e a terem de fugir para a ilha de Taiwan onde estabeleceram governo.

Por isso, hoje Taiwan e um espinho cravado na PRC e por isso todas as pressões diplomáticas por parte deste país para reunificar Taiwan com a China continental. Taiwan por sua vez considera-se o legítimo governo da China continental.

A retomada de taiwan militarmente sera certamente um objectivo da pRC, daí a sua marinha ter tantos barcos com essa função, contudo há o problema de os Estados Unidos estão por lei obrigados a defender Taiwan porque no início dos anos 80, o Deng Xiaoping decidiu abrir a economia chinesa com a criação das cidades estado no sul da china e foi buscar um parceiro capitalista (USA) e os Estados Unidos viram-se obrigados para seguir um relacionamento com a China a deixar de reconhecer a soberania de Taiwan, e o congresso fez aprovar essa lei para não deixar Taiwan a mercê da PRC

[Lourenço]

Os países do Quad vão estar reunidos esta semana em Washington com Joe Biden em pessoa.
Vão tomar medidas de verificação de capacidade e aumento de produção e de distribuição e tudo isto numa estratégia constante de colaboração anti Chinesa e de combate á supremacia desta em qualquer que seja o domínio. Neste grupo não há nenhum país europeu.

Parece que esse objectivo nunca esteve em cima da mesa.
Segundo o que tem vindo a ser veiculado nas notícias esta cimeira nada mais foi do que a China a fazer um discurso à Taveira, dizendo aos seus vizinhos "calma, não chora, não vai doer nada"

A Europa perdeu o brio e com ele vendeu a sua autonomia e liberdade aos interesses financeiros Asiáticos sob a promessa de fabricar barato para vender caro e agora gradualmente vamos sentindo o comprimento do seu (modere a sua linguagem) a entrar persistentemente no nosso (modere a sua linguagem)

Isto dos chips ainda é a ponta do icebergue!

Vizinhos leia-se: vizinhos do Pacífico.

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The Quad announced several new pacts, including one to bolster supply chain security for semiconductors and to combat illegal fishing and boost maritime domain awareness.

Esteve en "cima da mesa" e foi discutido e vai continuar em grupo de trabalho.
A China não discursa, não faz parte do grupo, é um dos visados.

Desde quando a China precisa de estar presente fisicamente?
Está lá o parceiro económico Taiwan que neste momento teme o contágio da explosão da bolha imobiliária Chinesa.

E temo que a saída da Sra. Merkel seja o primeiro passo para o fim de uma Europa das dezenas para se transformar na europa a 2 ou 3...

Honestamente, já me interrogo se não seria melhor. Voltar a depender de uma economia real em vez de Bazucas.

Resumindo, não há chips, significa que não há motas novas, portanto preparem as carteiras para voltar a montar os catalizadores e trocar os Xinaprovikes e pagar o salvo conduto às Controlauto da vida!

Ahhh, e esqueçam lá a revolução elétrica porque sem a guita da Europa vão andar de bicicleta.

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Taiwan (Republica da China) "também não está lá" e em termos de "parceiro económico" com a Republica Popular da China não sei o que referes, o que Taiwan teme são os aviões de combate chineses que têm intensificado a invasão do seu espaço aéreo estes últimos tempos ou a construção de mais umas ilhas artificiais.

A crise dos semicondutores, reafirmo, fez e faz parte dos assuntos em discussão, ao contrario do que afirmas, foram tomadas resoluções para diminuir a dependência de determinados países e diversificar circuitos de distribuição. Normalmente as decisões e orientações deste grupo são conclusivas e avançam, como deves saber.

Não entendo, porque não existe, a pertinência ou relação da "Sr.ª Merkel", "as bazucas", " esqueçam lá revolução elétrica" e a "europa a 2 ou 3..." nos teus comentários e citação do meu post sobre a reunião do Quad, USA, Índia, Japão e Austrália; esta é uma aliança e grupo de países ativo desde 2007 que não tem absolutamente nada a ver com a tua interpretação.

[JoãoPVCarvalho]

Taiwan não e o mesmo país a que chama os China, apesar do seu nome ser “república da China”. A China a que chamamos China e a China continental que se chama “República Popular da China”

No início do século passado, a China teve mais uma convulsão civil como já teve muitas durante a sua história e as coisas terminaram em guerra civil com os nacionalistas que estavam no poder a perderem para os comunistas e a terem de fugir para a ilha de Taiwan onde estabeleceram governo.

Por isso, hoje Taiwan e um espinho cravado na PRC e por isso todas as pressões diplomáticas por parte deste país para reunificar Taiwan com a China continental. Taiwan por sua vez considera-se o legítimo governo da China continental.

A retomada de taiwan militarmente sera certamente um objectivo da pRC, daí a sua marinha ter tantos barcos com essa função, contudo há o problema de os Estados Unidos estão por lei obrigados a defender Taiwan porque no início dos anos 80, o Deng Xiaoping decidiu abrir a economia chinesa com a criação das cidades estado no sul da china e foi buscar um parceiro capitalista (USA) e os Estados Unidos viram-se obrigados para seguir um relacionamento com a China a deixar de reconhecer a soberania de Taiwan, e o congresso fez aprovar essa lei para não deixar Taiwan a mercê da PRC

Pois, eu estou a par (não com tantos pormenores), mas confesso que nunca acreditei nessa sobrania de Taiwan.
Já o receio do contágio foi anunciado por Taiwan, portanto não é mera especulação. Por este motivo também, acredito mais em Taiwan a defender interesses comuns com a China do que o contrário. Mas enfim... Seja como for, a deslocalização de indústrias da Europa para a Ásia é a raiz deste problema e mais uma vez a Europa fica de fora de qualquer iniciativa (seja ela credível ou não) por estar tão comprometida com a China a nível económico. Em suma, quem paga sempre a fatura somos nós.


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[JoãoPVCarvalho]

Os países do Quad vão estar reunidos esta semana em Washington com Joe Biden em pessoa.
Vão tomar medidas de verificação de capacidade e aumento de produção e de distribuição e tudo isto numa estratégia constante de colaboração anti Chinesa e de combate á supremacia desta em qualquer que seja o domínio. Neste grupo não há nenhum país europeu.

Parece que esse objectivo nunca esteve em cima da mesa.
Segundo o que tem vindo a ser veiculado nas notícias esta cimeira nada mais foi do que a China a fazer um discurso à Taveira, dizendo aos seus vizinhos "calma, não chora, não vai doer nada"

A Europa perdeu o brio e com ele vendeu a sua autonomia e liberdade aos interesses financeiros Asiáticos sob a promessa de fabricar barato para vender caro e agora gradualmente vamos sentindo o comprimento do seu (modere a sua linguagem) a entrar persistentemente no nosso (modere a sua linguagem)

Isto dos chips ainda é a ponta do icebergue!

Vizinhos leia-se: vizinhos do Pacífico.

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The Quad announced several new pacts, including one to bolster supply chain security for semiconductors and to combat illegal fishing and boost maritime domain awareness.

Esteve en "cima da mesa" e foi discutido e vai continuar em grupo de trabalho.
A China não discursa, não faz parte do grupo, é um dos visados.

Desde quando a China precisa de estar presente fisicamente?
Está lá o parceiro económico Taiwan que neste momento teme o contágio da explosão da bolha imobiliária Chinesa.

E temo que a saída da Sra. Merkel seja o primeiro passo para o fim de uma Europa das dezenas para se transformar na europa a 2 ou 3...

Honestamente, já me interrogo se não seria melhor. Voltar a depender de uma economia real em vez de Bazucas.

Resumindo, não há chips, significa que não há motas novas, portanto preparem as carteiras para voltar a montar os catalizadores e trocar os Xinaprovikes e pagar o salvo conduto às Controlauto da vida!

Ahhh, e esqueçam lá a revolução elétrica porque sem a guita da Europa vão andar de bicicleta.

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Taiwan (Republica da China) "também não está lá" e em termos de "parceiro económico" com a Republica Popular da China não sei o que referes, o que Taiwan teme são os aviões de combate chineses que têm intensificado a invasão do seu espaço aéreo estes últimos tempos ou a construção de mais umas ilhas artificiais.

A crise dos semicondutores, reafirmo, fez e faz parte dos assuntos em discussão, ao contrario do que afirmas, foram tomadas resoluções para diminuir a dependência de determinados países e diversificar circuitos de distribuição. Normalmente as decisões e orientações deste grupo são conclusivas e avançam, como deves saber.

Não entendo, porque não existe, a pertinência ou relação da "Sr.ª Merkel", "as bazucas", " esqueçam lá revolução elétrica" e a "europa a 2 ou 3..." nos teus comentários e citação do meu post sobre a reunião do Quad, USA, Índia, Japão e Austrália; esta é uma aliança e grupo de países ativo desde 2007 que não tem absolutamente nada a ver com a tua interpretação.

Companheiro Lourenço.

Concordo CONSIGO.

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[Cross]

Em outra perspectiva que a não politica e não de "global world domination by PRC"...

É uma situação de oferta e de procura também. No backend onde se produz os waffers a produção base de muitos chips sempre existiu, no frontend para o producto final é baseado na procura que têm.
Existe uma capacidade finita de produção em todo o mundo e Taiwan, Malásia, Japão, e outros na Ásia são especialistas nos semi-condutores. A mão de obra é barata e abundante e não têm sistemas de saúde a chatear porque jovens de 16 anos usam todos óculos com lentes garrafais?!? Se existisse mais frabrica então o negócio não era viável e iam a falência quandonisto acalmar... crises de 2008, 2015 etc...

O lead time destes componentes têm um periodo longo e as ordens firmes na industria automóvel não é famoso. Se o consumo de telemóveis, de placas gráficas,  discos, memórias, maquina de respiração assistida, cresceu exponencialmente pelas melhores ou piores razões foi esse que foi prioritário. A samsung, apple, huawei, cagaram pura e simplesmente na industria automóvel porque até o mundo queria sedentarismo (fechados e ligados) e não mobilidade... existindo uma fabrica em portugal estava a trabalhar igualmente para quem desse mais.

Se a industria automóvel não se ter acautelado como outras, que sim prosperam, até muito com isso. Nas placas gráficas agora que o coin mining tambem abrandou não existe problema, no armazenamento, discos, memórias controladores etc, vão entrar em descontos brevemente vão ver...
No automóvel têm que aguardar pela mudança de prioridades... a crise paralela com a pandemia repentina que é a do ambiente e as suas metas respectivas, 2050, 2030 totalmente irresponsáveis vai ainda mais alargar este fosso. Outros 500s.
Hoje em dia é mais importante a flexibilidade do que a capacidade de produção!

Temos que viver com a nova realidade de extremos e adaptarnos a ela. O supply chain não poderá ser o mesmo e temos que aceitar em pagarmos mais para ternos mesmo productos quando produzidos localmente (ou quem não pode como nós paises pequenos, vir da china mas por medidas proteccionismo ser muito mais caro, ou estão à espera que o Alemão vai enviar para Portugal o que ainda faz falta na Alemanha?!?!). É um pau de dois bicos!


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[TMXR]

Pois, eu estou a par (não com tantos pormenores), mas confesso que nunca acreditei nessa sobrania de Taiwan.
Já o receio do contágio foi anunciado por Taiwan, portanto não é mera especulação. Por este motivo também, acredito mais em Taiwan a defender interesses comuns com a China do que o contrário. Mas enfim... Seja como for, a deslocalização de indústrias da Europa para a Ásia é a raiz deste problema e mais uma vez a Europa fica de fora de qualquer iniciativa (seja ela credível ou não) por estar tão comprometida com a China a nível económico. Em suma, quem paga sempre a fatura somos nós.

So mais uma achega geopolitica: o que protege Taiwan da China é precisamente os chips. Um escritor ha uns bons anos escreveu um livro onde descrevia esta dinamica e chamou-lhe o "escudo de silicio", termo que ficou e que ainda hoje e usado. No fundo, a garantia de paz de taiwan é o seu know how, que é complexo e exige muito tempo e dinheiro para adquirir, e que fornece chips das quais a economia mundial é fortemente dependente, logo isto leva a que haja na comunidade internacional um desejo e necessidade a que este fornecimento se mantenha sem interrupções.

[saraiva]

Estive agora (hoje estou numa folga extra a aproveitar para por o CP-Motos em dia) a ler este tópico todo e não tenho nada a acrescentar que dê valor ao que já aqui foi escrito.

Agora uma achega do ponto de vista da performance empresarial.

Na revolução industrial, surgiram as Mega fábricas. Estas fábricas produziam tudo da raíz ao produto acabado.

Por exemplo uma fábrica de canetas, tinha a produção de plástico, de tintas, de tampas, de esféricos, etc.

Uma fábrica de motas, produzia os cabos, a fuselagem, o chassi, o motor, etc.

Isto é, as compras eram sempre das matérias-primas mais básicas.

Como o desenvolvimento que ocorreu no Século XX, começou a "moda" do outsourcing e do just in time.

Em vez de fazermos a tinta, compramos a tinta feita; Em vez de fazermos os esféricos compramos os esféricos feitos; Em vez de fazer as embalagens compramos as embalagens feitas, etc.

Conceptualmente, isto é mais eficiente e barato.

Porém, tem este problema que é a dependência de terceiros que não controlamos. Porque depois é como dizia o Tmaxer. Se posso fazer coisas para smartphones, até pagam melhor e gasto menos material, é para esses que vou fazer, os carros e motas ficam para depois.

Ter fábricas que fazem tudo desde a raíz, pode parecer bonito e isto não acontecia, mas seria viável e gerível?

[Lourenço]

Elon Musk, Tech Week event in Turin on Sept. 24, 2021.

"É preciso dizer que muitos grupos automóveis já lançaram e ou vão lançar a construção de novas fábricas dedicadas à produção de chips eletrônicos. Uma indústria dominada pela Ásia, liderada pela China, e que deve, portanto, rapidamente ver sua capacidade de produção geral aumentar substancialmente, enquanto testemunha um reequilíbrio geográfico dessa produção com unidades na América do Norte e na Europa."

https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2021/09/epoca-negocios-novas-fabricas-de-semicondutores-vao-acabar-com-escassez-de-chips-em-2022-diz-musk.html
https://www.reuters.com/technology/teslas-musk-says-new-chip-plants-should-make-shortage-short-term-2021-09-24/

[Sapiens21]

Isto poderá ir de mal....a pior!!

Com a crise dos semicondutores sem ter propriamente um fim à vista (fala-se num continuar dos problemas ao longo de todo o ano 2022) e agora surge outro problema... 🤦‍♂️
E bem sério, a avaliar pelo que se vai agora sabendo.

A falta de magnésio, que é uma matéria-prima sem a qual a produção mundial corre o risco de parar, dela dependendo por exemplo a produção da liga de alumínio.

A China fornece ao Mundo 85% desta matéria prima...e está a fechar fábricas devido a uma crise energética.

Esta quase total dependência da China para sectores tão importantes, está a correr mal. Muito mal.... 


https://www.razaoautomovel.com/2021/10/reservas-de-magnesio-perto-de-esgotar

https://multinews.sapo.pt/atualidade/falta-catastrofica-de-magnesio-ameaca-paralisar-industria-automovel-e-nao-so/

[Sapiens21]

Alguns CEO's (poucos) de grandes empresas ligadas ao Mundo motorizado, iam verbalizando há largos meses atrás (para quem os quisesse ouvir, claro) que esta crise dos microchips estava para durar.

Uns acreditavam, outros nem por isso...crendo que isto ia passar num instante e o sector se ia adaptar bem.

Mas acontece que nem por isso!

O problema é complexo e a solução não se consegue de um momento para o outro. Nem lá perto.

Para se perceber o que isto tem estado a provocar, basta dizer que há fábricas que já pararam e outras estão com limitações gigantescas (uma delas - recente - e por falta de semicondutores, mandou de férias mais de 5 mil trabalhadores de férias coletivas... forçadas).

Existem marcas que até estão a usar semicondutores de geração mais antiga, em veículos recentes, para poder vender.
Isto é verídico!

[TMXR]

E para os poucos distraidos, nestes ultimos tempos aconteceram uma serie de coisas que poderão complicar a medio prazo a vida nos chips, com a administração Norte Americana a colocar a diminuir o acesso que os Chineses tem a tecnologia Americana. A maioria dos chips mais complexos sao criados nos Estados Unidos e depois fabricados geralmente países como Taiwan, Coreia e Japao.

Os chips de complexidade intermedia, que sao os mais usados nos veículos sao geralmente fabricados na Tailandia e Vietname, pelo que as cadeias de produção automóvel poderão nao ser atingidas por esta medida.


O embargo Americano, não só impossibilita o fornecimento de chips de alta e media tecnologia como impossibilita a aquisição de maquinaria pelos Chineses para a fabricar e também os impossibilita de comprar pecas ou material de produção de chips de mais baixa tecnologia.



E como isto nao sao so boas noticias, esta a haver um problema com o fornecimento de neon que é um gas que e usado no processo de litografia dos semicondutores. isto deve-se a guerra na Ucrania pois a Russia detem 80% do mercado mundia de fornecimento.



Melhor não deitarem o vosso Nokia 3310 ja para o lixo, porque a reliquia ainda pode vir a fazer falta 

[TuCa]

E para os poucos distraidos, nestes ultimos tempos aconteceram uma serie de coisas que poderão complicar a medio prazo a vida nos chips, com a administração Norte Americana a colocar a diminuir o acesso que os Chineses tem a tecnologia Americana. A maioria dos chips mais complexos sao criados nos Estados Unidos e depois fabricados geralmente países como Taiwan, Coreia e Japao.
Os chips de complexidade intermedia, que sao os mais usados nos veículos sao geralmente fabricados na Tailandia e Vietname, pelo que as cadeias de produção automóvel poderão nao ser atingidas por esta medida.
O embargo Americano, não só impossibilita o fornecimento de chips de alta e media tecnologia como impossibilita a aquisição de maquinaria pelos Chineses para a fabricar e também os impossibilita de comprar pecas ou material de produção de chips de mais baixa tecnologia.
E como isto nao sao so boas noticias, esta a haver um problema com o fornecimento de neon que é um gas que e usado no processo de litografia dos semicondutores. isto deve-se a guerra na Ucrania pois a Russia detem 80% do mercado mundia de fornecimento.
Melhor não deitarem o vosso Nokia 3310 ja para o lixo, porque a reliquia ainda pode vir a fazer falta 

A adicionar a isso, no diploma que foi assinado, "Biden" proibiu americanos de trabalhar nas empresas chinesas

[TMXR]

Sim, quem quiser trabalhar perde imediatamente a nacionalidade norte americana 

[TMXR]

O Carlos Tavares discorda no caso dos automóveis. Esperemos que tenha razão


https://www.noticiasaominuto.com/auto/2094646/crise-dos-microchips-tem-os-dias-contados-e-e-carlos-tavares-quem-o-diz

[TuCa]

Vários produtores de chips mais vocacionados para a computação, estão a mudar a estratégia e estão a adaptar as produções aos chips automóveis
a procura por equipamentos informáticos baixou consideravelmente, e a produção de chips para automóveis é mais rentável, por isso em breve, a produção irá atingir níveis bastantes satisfatórios