Autor Tópico: Drones a detetar infrações  (Lida 2667 vezes)

Dezembro 20, 2021, 14:22:37, 14:22
Lida 2667 vezes

Lourenço

  • Motociclista: 3 estrelas ❇❇❇

  • Offline
  • ***

  • 816
  • Marca Motociclo: Honda
  • Modelo Motociclo: SH 125 - Silence S01
  • Localidade: Lisboa
Já por aqui houve tópicos acerca deste assunto, polémico, eficaz e a ser cada vez mais adotado por algumas policias de alguns países.
Nestes caso na Polónia com um vídeo partilhado pela polícia Polaca relativo a factos deste verão.

A Polícia da Polónia partilhou um vídeo em mostra uma operação de fiscalização de infrações na prática da condução em que recorreu às mais recentes tecnologias.

Esta caça aos infratores foi feita pelo departamento especial Speed WRD KWP em Olsztyn com recurso a drones – como lhe chamaram as autoridades: com recurso a veículo aéreo policial não tripulado.

O sistema de operação foi simples: numa faixa de rodagem extensa, mas com frequentes traços contínuos e zebras, por exemplo, o drone controlava o comportamento dos condutores e, mais à frente, os agentes tratavam de mandar parar os infratores.

Como se vê no vídeo e como também informaram as autoridades, as infrações detetadas passaram, entre outras, por incumprimento da sinalização rodoviária, uso de telefone durante a condução, condução de motos sobre uma roda, ultrapassagem incorreta ou desrespeito da proibição de ultrapassagem.







Dezembro 20, 2021, 22:24:39, 22:24
Responder #1

Joao_Cruz

  • Motociclista: 3 estrelas ❇❇❇

  • Offline
  • ***

  • 1439
  • Sexo
    Masculino

    Masculino
  • Marca Motociclo: Yamaha
  • Modelo Motociclo: Tracer 900 GT
  • Localidade: St.Marta Pinhal-Corroios
Eu não acreditava até ter visto mesmo. Em outubro,  quando estava a subir o Puerto de Pajares, lá estava a Guardia Civil com um drone e mais à frente, a mandarem parar os mais distraídos. Se for forma de evitar acidentes, pois muito bem. Se for para andar a multar, só porque sim....

Enviado do meu SM-A520F através do Tapatalk


Dezembro 20, 2021, 23:26:00, 23:26
Responder #2

JustGil

  • Motociclista: 2 estrelas ❇❇

  • Offline
  • **

  • 467
  • Sexo
    Masculino

    Masculino
  • Marca Motociclo: Honda
  • Modelo Motociclo: CB300R
  • Localidade: Vila Nova de Gaia, Porto
Parece que cada vez mais estamos limitados e controlados nas estradas, por um lado é bom, principalmente para capturar aqueles que andam sempre distraídos com o telemóvel. Já não me recordo onde vi a notícia, mas na semana passada vi em algum lado( não sei se é verdade ou não) que queriam impor o limite de velocidade de 30kmh dentro das localidades e 100kmh nas autoestradas(se alguém conseguir encontrar essa notícia, agradeço imenso).
Acho que aqueles esticões que de vez em quando um de nós manda já tem os seus dias contados  :D :'(

Dezembro 21, 2021, 11:34:12, 11:34
Responder #3

Gentleman rider

  • Motociclista: 2 estrelas ❇❇

  • Offline
  • **

  • 335
  • Localidade: Lisboa
Acho que aqueles esticões que de vez em quando um de nós manda já tem os seus dias contados  :D :'(

Cuidado com esses esticões na CB300R  :o

Isso é moto para levar à apreensão de carta ao mais pequeno descuido  ;D

Dezembro 21, 2021, 15:03:40, 15:03
Responder #4

dfelix

  • Motociclista: 4 estrelas ❇❇❇❇

  • Offline
  • ****

  • 4888
Cuidado com esses esticões na CB300R  :o

Isso é moto para levar à apreensão de carta ao mais pequeno descuido  ;D

Piada fácil.
Mas não deixa de ter piada.
 :)

Só que... não é preciso velocidades vertiginosas para se cair nas armadilhas do excesso de velocidade.
Este negócio paga-se pelos que circulam num excesso de velocidade que não é velocidade excessiva.



Dezembro 21, 2021, 15:17:24, 15:17
Responder #5

Gentleman rider

  • Motociclista: 2 estrelas ❇❇

  • Offline
  • **

  • 335
  • Localidade: Lisboa
Cuidado com esses esticões na CB300R  :o

Isso é moto para levar à apreensão de carta ao mais pequeno descuido  ;D

Piada fácil.
Mas não deixa de ter piada.
 :)

Só que... não é preciso velocidades vertiginosas para se cair nas armadilhas do excesso de velocidade.
Este negócio paga-se pelos que circulam num excesso de velocidade que não é velocidade excessiva.

Falando a sério, até consigo entender o aperto que as autoridades querem fazer às velocidades elevadas ou ultrapassagens em linhas contínuas.

Mas quando andar depressa ou ultrapassar uma linha contínua der frequentemente direito a multa acho que deixarei de andar de moto na estrada. A moto para mim só faz sentido se a puder conduzir depressa.

Dezembro 21, 2021, 15:37:10, 15:37
Responder #6

JustGil

  • Motociclista: 2 estrelas ❇❇

  • Offline
  • **

  • 467
  • Sexo
    Masculino

    Masculino
  • Marca Motociclo: Honda
  • Modelo Motociclo: CB300R
  • Localidade: Vila Nova de Gaia, Porto
Acho que aqueles esticões que de vez em quando um de nós manda já tem os seus dias contados  :D :'(

Cuidado com esses esticões na CB300R  :o

Isso é moto para levar à apreensão de carta ao mais pequeno descuido  ;D

  :D :lolol:
É pequena, mas deixa muitos enlatados para trás

Dezembro 21, 2021, 19:27:04, 19:27
Responder #7

dfelix

  • Motociclista: 4 estrelas ❇❇❇❇

  • Offline
  • ****

  • 4888
Falando a sério, até consigo entender o aperto que as autoridades querem fazer às velocidades elevadas ou ultrapassagens em linhas contínuas.

O único "aperto" está nos objectivos de receita para o orçamento de estado.
Valor que anda na casa 95 milhões de euros.
E que chegará aos 100 nos próximos anos.

A "velocidade" surge na equação como a forma mais fácil de atingir os objectivos.
Não exige grande custo operacional. E como em determinadas vias é muito fácil entrar excesso de velocidade sem que se vá a velocidades excessivas, acaba por ser rentável.

Depois, acaba por ser consensual a ideia que a sinistralidade deve-se sobretudo à velocidade.
Basta mostrar umas imagens de malta a andar realmente depressa.
Quando na realidade os objectivos são cumpridos apanhando a malta que vai a velocidades perfeitamente adequadas, mas que simplesmente não são legais.

Se és de Lisboa, sabes a que me refiro.
Andar 100 à noite na 2ª Circular... ou mais recentemente não abrandar para os 60 ao passar Benfica... sabe-se lá porquê.
Ou fazer a Padre Cruz acima dos 50, o que não é de todo difícil fora dos horários de engarrafamento.

O resultado desta palhaçada é que desde que se apertou com o controlo, ainda há mais trânsito e mais acidentes nas estradas que regularmente faço onde foram colocados diversos radares.



Dezembro 21, 2021, 19:51:46, 19:51
Responder #8

Gentleman rider

  • Motociclista: 2 estrelas ❇❇

  • Offline
  • **

  • 335
  • Localidade: Lisboa
Porque temos todos diferentes níveis de condução e temperamentos a velocidade excessiva varia de indivíduo para indivíduo. E claro, também varia de veículo para veículo.

O problema é que distinguir condutores e veículos seria impraticável e claro teria sempre uma dose de subjectividade inultrapassável.

Por exemplo, qual a velocidade que seria excessiva para o Marc Marquez fazer o IC19 montado numa Honda CBR1000RR-RRRRRR? E o Sr. António que tem 60 anos, começou a andar de moto aos 55 anos e tem uma Virago 1100 com 95.000km?

Há quem ache os actuais limites demasiado baixos, outros suficientes e ainda outros acham-nos demasiados altos.

Mas os limites de velocidade universais iguais para todos são objectivos e não discriminatórios. Não creio que pudesse ser de outra forma

A mesma coisa em relação aos traços contínuos. É inegável que uma moto consegue fazer ultrapassagens em segurança em troços que um carro não consegue, muito menos um camião. Mas os traços contínuos são os mesmos para todos os tipos de veículos. Podia ser de outra forma? Enquanto a condução dos veículos não for totalmente monitorizada creio que não.

Na prática, se as forças policiais me forçarem a respeitar as mesma regras de que goza um veículo pesado eu perco o interesse. Conduzir um veículo que pesa menos de 200kg e não ocupa quase espaço nenhum na estrada dentro das restrições pensadas para um veículo que pesa várias toneladas e pode atingir 18metros de comprimento tem pouca piada.



« Última modificação: Dezembro 21, 2021, 19:54:02, 19:54 por Gentleman rider »

Dezembro 21, 2021, 23:09:57, 23:09
Responder #9

Sapiens21

  • Motociclista: 5 estrelas ❇❇❇❇❇

  • Offline
  • *****

  • 18419
  • Sexo
    Masculino

    Masculino
  • Texto Pessoal
    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
(....)
Na prática, se as forças policiais me forçarem a respeitar as mesma regras de que goza um veículo pesado eu perco o interesse. Conduzir um veículo que pesa menos de 200kg e não ocupa quase espaço nenhum na estrada dentro das restrições pensadas para um veículo que pesa várias toneladas e pode atingir 18metros de comprimento tem pouca piada.


Entendo.
Mas acredita que dentro de uns aninhos nem será propriamente (ou somente) a autoridade a verificar quem cumpre e quem não cumpre os limites de velocidade.

Se as ideias vindas de Bruxelas passarem à prática e transpuseram dos automóveis para as motos aquilo que pretendem, então vai chegar uma altura em que os veículos de 2 rodas terão instalados um dispositivo que dá pelo nome de Intelligent Speed Assistance (ou ISA).

Trocando por miúdos, a tecnologia ISA procura conectar um sistema GPS com um mapa digital a bordo que pode informar ao veículo qual é o limite de velocidade nesse local e consequentemente limitar o motor para circular com segurança.

Isto pode parecer muito distante, mas não o será tanto como se pode julgar (a avaliar pela velocidade com que novas medidas têm chegado para prevenção da sinistralidade).
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Dezembro 22, 2021, 00:05:44, 00:05
Responder #10

Gentleman rider

  • Motociclista: 2 estrelas ❇❇

  • Offline
  • **

  • 335
  • Localidade: Lisboa
(....)
Na prática, se as forças policiais me forçarem a respeitar as mesma regras de que goza um veículo pesado eu perco o interesse. Conduzir um veículo que pesa menos de 200kg e não ocupa quase espaço nenhum na estrada dentro das restrições pensadas para um veículo que pesa várias toneladas e pode atingir 18metros de comprimento tem pouca piada.


Entendo.
Mas acredita que dentro de uns aninhos nem será propriamente (ou somente) a autoridade a verificar quem cumpre e quem não cumpre os limites de velocidade.

Se as ideias vindas de Bruxelas passarem à prática e transpuseram dos automóveis para as motos aquilo que pretendem, então vai chegar uma altura em que os veículos de 2 rodas terão instalados um dispositivo que dá pelo nome de Intelligent Speed Assistance (ou ISA).

Trocando por miúdos, a tecnologia ISA procura conectar um sistema GPS com um mapa digital a bordo que pode informar ao veículo qual é o limite de velocidade nesse local e consequentemente limitar o motor para circular com segurança.

Isto pode parecer muito distante, mas não o será tanto como se pode julgar (a avaliar pela velocidade com que novas medidas têm chegado para prevenção da sinistralidade).

Essa é uma não questão porque qualquer moto produzida em 2022 tem uma vida útil de mais de 30 anos. Isso significa que eu nunca terei necessidade de comprar uma moto com ano de fabrico posterior.

A menos que proíbam a circulação de motos sem ISA

Dezembro 22, 2021, 00:19:49, 00:19
Responder #11

dfelix

  • Motociclista: 4 estrelas ❇❇❇❇

  • Offline
  • ****

  • 4888
Mas os limites de velocidade universais iguais para todos são objectivos e não discriminatórios. Não creio que pudesse ser de outra forma

Não está em causa a existência de limites.
Está em causa os mesmos serem ou não adequados ás vias em que são aplicadas.
E o aproveitamento que possa existir disso.

O Sr. António não precisa de ser um Marc Marquez para receber uma multa em casa.
Basta que se distraia com a sinalização vertical.
Basta que passe com a sua Virago a mais de 60 ali em frente ao Fonte Nova num domingo de manhã que decida ir à Roca.

A ideia que o controlo de velocidade é para apanhar os "aceleras" é uma fraude.
Certamente que alguns são caçados. Mas a generalidade do público alvo são condutores que estão mais preocupados com a condução que o velocímetro.

Na minha opinião, hoje em dia está mais difícil conduzir que nunca.
Porque manter um veículo ás velocidades legais exige mais atenção e concentração que uma condução natural e fluída.

E se de carro isto até é menos complicado, pois pode-se ir confortavelmente a ouvir musica ou discretamente a fazer swipes no Tinder... de moto já nem por isso.
Há menos distracções. Todo o foco está na condução. E tudo passa muitos mais devagar.

Na prática, se as forças policiais me forçarem a respeitar as mesma regras de que goza um veículo pesado eu perco o interesse.

Porque é um interesse predominantemente por lazer.
E a condução por lazer é um alvo a abater por uma ideologia que acha que deves te deslocar de transportes públicos.



Dezembro 22, 2021, 00:33:29, 00:33
Responder #12

ALCLCF

  • Visitante
Lazer é 5% da minha velocidade excessiva...e acho que qualquer transportador(a) e outras pessoas que precisam de andar a ziguezaguear no dia a dia, dirão o mesmo.

No dia que apertarem o cerco dessa maneira, deixo de fazer recolhas e entregas e perderei alguns clientes e provavelmente deixarei de andar de mota, que foi comprada para esse propósito.

Dezembro 22, 2021, 00:43:36, 00:43
Responder #13

Gentleman rider

  • Motociclista: 2 estrelas ❇❇

  • Offline
  • **

  • 335
  • Localidade: Lisboa
E se de carro isto até é menos complicado, pois pode-se ir confortavelmente a ouvir musica ou discretamente a fazer swipes no Tinder... de moto já nem por isso.
Há menos distracções. Todo o foco está na condução. E tudo passa muitos mais devagar.
Por essa razão e pelo facto de que a maioria das motos com +500cc estarem preparadas parar andar com segurança acima dos limites legais faria sentido as motos +500cc terem limites mais elevados em estrada e AE, talvez 110 e 150 km/h respectivamente. Mas sabemos que isso não acontecerá.

De resto acho a nossa polícia muito benevolente com o trânsito e em geral as estradas portuguesas não são muito seguras.

Dezembro 22, 2021, 09:14:37, 09:14
Responder #14

Lourenço

  • Motociclista: 3 estrelas ❇❇❇

  • Offline
  • ***

  • 816
  • Marca Motociclo: Honda
  • Modelo Motociclo: SH 125 - Silence S01
  • Localidade: Lisboa
E se de carro isto até é menos complicado, pois pode-se ir confortavelmente a ouvir musica ou discretamente a fazer swipes no Tinder... de moto já nem por isso.
Há menos distracções. Todo o foco está na condução. E tudo passa muitos mais devagar.
Por essa razão e pelo facto de que a maioria das motos com +500cc estarem preparadas parar andar com segurança acima dos limites legais faria sentido as motos +500cc terem limites mais elevados em estrada e AE, talvez 110 e 150 km/h respectivamente. Mas sabemos que isso não acontecerá.

De resto acho a nossa polícia muito benevolente com o trânsito e em geral as estradas portuguesas não são muito seguras.

Essa é a minha opinião. A polícia e militares que existem em Portugal não cumprem competentemente a sua função que é fiscalizar, aplicar a lei e encaminhar para a justiça.
Há estatísticas, há comprativos de eficiência internacionais e cada um de nós verifica o modo de atuação de outras polícias noutros países a começar por Espanha.

Mais a Norte, culturalmente existe uma diferença com os países do Sul que consiste numa diferenciação entre o papel da polícia e a lei.
Á polícia exige-se que fiscalize de acordo com a lei e que o faça de forma competente e abrangente, se algo está errado a contestação e o foco estarão na lei, não na polícia que cumpre a sua função. Um polícia é visto como um funcionário que somos nós que pagamos e que tem de ser competente de acordo com a lei de forma a que esta seja cumprida e as pessoas querem policia na estrada, quanto mais melhor e reclamam quando não há policia.

Em Portugal, na generalidade, há receio da polícia, brinca-se á escondidas, a polícia não tem meios, se a policia executa a sua função mesmo que na maior parte das situações de forma incompleta, é acusada de repressão e de caça á multa quando de facto o que tem de fazer é cumprir as suas funções como qualquer um de nós, é para isso que existe e é paga.

Há leis que são parcialmente ou nada cumpridas e fiscalizadas e a revolta vira-se para quem a quer cumprir ou fazer cumprir em vez de se focar na pertinência da própria lei. Isto leva a uma constante bipolaridade, quer-se que os homens e mulheres que pagamos com os nossos impostos para fazer cumprir a lei abdiquem das suas funções quando nos "dá jeito" a nós e que se mantenham as leis para os outros cumprirem.

Depois e no caso das leis de circulação rodoviária os padrões de sinalização e o próprio código estão cada vez mais uniformizados na Europa e o que para alguns pode parecer absurdo, como a redução de velocidade num determinado local ou uma curva a 40, é decorrente de métricas e padrões estudados e apesar de existirem ainda excepções a sinalização obedece a determinados padrões e cálculos uniformes e ainda ao índice de sinistralidade local.

Numa autoestrada ou via rápida, se eu circulasse por lá sozinho pois acho que os limites não teriam razão de ser mas as estradas são de todos e para todos e há mortos e feridos demais que sendo passageiros ou conduzindo nos limites legais morreram ou ficaram feridos por alguém que pensava que os limites eram ridículos para a sua máquina e para a sua extraordinária perícia.

Dezembro 22, 2021, 09:35:13, 09:35
Responder #15

2low

  • Motociclista: 5 estrelas ❇❇❇❇❇

  • Offline
  • *****

  • 5297
  • Marca Motociclo: Triumph
  • Modelo Motociclo: Sprint ST 1050 ABS (2006)
  • Localidade: Margem Sul
(...)

De resto acho a nossa polícia muito benevolente com o trânsito e em geral as estradas portuguesas não são muito seguras.

A minha opinião julgo ser fora da caixa e sem seguir a opinião de outros só para tentar arranjar amigos e é uma autocrítica que eu faço constantemente - já evitei bastantes acidentes pela minha alteração de comportamento na estrada:

A acção da policia é tudo menos de prevenção e educação e serve apenas o lado monetário da coisa, ou então que sejam aqui capazes de demonstrar o oposto!
As estradas portuguesas no geral são seguras excepto algumas que são autênticos campos de batalha tipo beirute e onde apenas jipes à antiga se safam sem um furo ou jante amolgada...
Os portugueses é que no geral são inconscientes e são ingénuos em acreditar demasiado que os outros não cometem erros ao volante/guiador.
Os portugueses negligenciam demasiado quando conduzem em regimes mais elevados e não estão sempre em alerta quando chegam a cruzamentos, a localidades onde há sempre alguém a virar para o parque estacionamento do restaurante, etc...
Se formos ver, a maioria dos acidentes com motociclos dão-se quase sempre quando algum automóvel não nos vê (na realidade nem vêem também outros veículos mas estes têm maior facilidade em travar...) e se atravessa à nossa frente e normalmente em estradas dentro da localidade ou pequenos ajuntamentos de casas/quintas.
Portanto...com drones, com mais radares e tal... vai continuar tudo igual!
Simplesmente andaremos mais pobres na carteira mas em termos de segurança na estrada (a relação com os outros condutores) continuará sempre igual!
É tudo virado para o umbigo!

Sobre os excessos de velocidade que são a cartilha dos agentes de autoridade publica, é uma autentica demagogia!
Deveria existir obrigação de velocidades mínimas em cada faixa de uma autoestrada ou via rápida ou então haver maior fiscalidade contra os condutores de complexo da faixa do meio na ponte 25 abril por exemplo ou contra todos os que evitam sempre a faixa da direita!
Por outro lado deveria haver maior fiscalidade contra os que não avisam as manobras com o uso de pisca ou que o utilizam em cima do acontecimento...são tantos...

Querem mesmo continuar a falar de prevenção e educação na estrada ou preferem continuar a seguir as linhas erradas que nos tentam passar como melhorias?
É que não sei se já disse...só existem para sacar dinheiro!
(como muitos já aqui disseram, se fosse algo positivo não estaria escarrapachado nos orçamentos do estado)
« Última modificação: Dezembro 22, 2021, 09:48:24, 09:48 por 2low »
Grão a Grão, Comemos Feijão!
"Nada é para sempre, nem mesmo os problemas", Charlie Chaplin


Dezembro 22, 2021, 23:40:59, 23:40
Responder #16

dfelix

  • Motociclista: 4 estrelas ❇❇❇❇

  • Offline
  • ****

  • 4888
Por essa razão e pelo facto de que a maioria das motos com +500cc estarem preparadas parar andar com segurança acima dos limites legais faria sentido as motos +500cc terem limites mais elevados em estrada e AE, talvez 110 e 150 km/h respectivamente. Mas sabemos que isso não acontecerá.

Nem vejo sentido de existirem limites excepcionais para as motos.
Até porque porque no sector automóvel certamente que existe até mais oferta de veículos que oferecem até maior segurança para "andar acima dos limites legais".

Aliás, a generalidade dos limites de velocidade existente foram decididos há 50 ou 60 anos.
A tecnologia evoluiu. Os limites mantiveram-se.

Essa é a minha opinião. A polícia e militares que existem em Portugal não cumprem competentemente a sua função que é fiscalizar, aplicar a lei e encaminhar para a justiça.

O problema é que "fiscalizar, aplicar a lei e encaminhar para a justiça" envolve custos operacionais.
A tendência está em aliviar esta despesa em detrimento de estratégias cujo fim é obter maior receita.

Daí que seja cada vez mais raro encontrar uma operação stop.

Em Portugal, na generalidade, há receio da polícia, brinca-se á escondidas, a polícia não tem meios, se a policia executa a sua função mesmo que na maior parte das situações de forma incompleta, é acusada de repressão e de caça á multa quando de facto o que tem de fazer é cumprir as suas funções como qualquer um de nós, é para isso que existe e é paga.

Não é um fenómeno exclusivo nacional.
Espanha sempre levou a "caça à multa" muito a sério.
E França está tão empenhada na receita que delegou a responsabilidade a privados.

O que poderá diferir são mesmo os meios.
Mas até mesmo esses são discutíveis, já que muitas vezes a obtenção dos equipamentos dá-se por negociatas suspeitas.

Isto leva a uma constante bipolaridade, quer-se que os homens e mulheres que pagamos com os nossos impostos para fazer cumprir a lei abdiquem das suas funções quando nos "dá jeito" a nós e que se mantenham as leis para os outros cumprirem.

O "fazer cumprir a lei" é algo muito abstracto.
Existe vida além do "código da estrada".

Se te agredirem à porta de casa, roubarem a moto ou grafitarem um pirete na porta do teu carro é tarefa para a polícia.
E habitualmente é a ineficácia neste tipo de situações que gera indignação.

O problema é que... nem podem fazer grande coisa.
Cabe-lhes identificar o individuo. Mas a partir daí inicia-se um longo processo com uma apreensão que não vai dar em nada.
Na realidade, pouco mais podem "fazer cumprir a lei" que atrás dum radar.

Depois e no caso das leis de circulação rodoviária os padrões de sinalização e o próprio código estão cada vez mais uniformizados na Europa e o que para alguns pode parecer absurdo, como a redução de velocidade num determinado local ou uma curva a 40, é decorrente de métricas e padrões estudados e apesar de existirem ainda excepções a sinalização obedece a determinados padrões e cálculos uniformes e ainda ao índice de sinistralidade local.

Padrões e cálculos uniformes para obtenção de receita.
E quando os condutores se começarem a habituar aos novos limites e a receita baixar.. simples... baixa-se mais os limites!

Mas vão continuar sempre a existir sinistros.
Mas a retórica será sempre a mesma.