Uma Rallye nos Alpes 2019 [FR] - Na Grand Route Des Alpes

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2 longos anos passados depois da minha última aventura pelas melhores curvas da Europa...   estava na altura de regressar!


O planeamento da viagem começou mais ou menos depois do regresso do Rodibook de 2018 com o início da escolha da zona dos Alpes que iria visitar, depois de ter estado nas Dolomites (a minha zona preferida) a minha vontade era visitar a zona do Stelvio e a Suíça onde já não ia há uns anos. A ideia seria ter um percurso o mais dinâmico e flexível possível, com capacidade de ser editado e alterado à última da hora devido aos caprichos da meteorologia, obras outros imponderáveis, que facilmente podem arruinar 1 ou 2 dias de viagem.

A grande dúvida era mandar a moto ou fazer por estrada, e no início do ano comecei a sondar empresas que efectuam o transportes de motos (Garland e Lusocargo) a fim de mandar a GS de Lisboa para Milão e apanha-la lá. Os orçamentos rondaram todos os 500 €, valor que não considerei nem caro, nem barato, mas que face ao benefício de não ter de rodar 2 dias para conseguir chegar a Itália e iniciar a viagem fresco como uma alface, aceitei. O regresso seria sempre por estrada pois o passeio incluiria também zonas de Espanha e França.


A nível de equipamento, o blusão de verão que costumo usar é um Dainese com mesh que é ótimo para temperaturas acimas dos 20 graus, como iria fazer muita montanha a alta altitude onde “ca em baixo” estaria calor e “la em cima” a temperatura iria rondar os 0 graus , iria necessitar de fazer um upgrade para evitar estar a meter e tirar layers. A escolha não foi muito facil, optei pelo blusão BMW RALLYE que permite uma panóplia de configurações, a maior parte deles fácil de serem feitas em andamento para fazer variar a ventilação e que vem com um forro que tanto pode ser térmico se usado por dentro como pode ser usado como impermeavel se usado por fora. Foi uma excelente escolha e o blusão é muito bom mesmo e perfeito para este tipo de aventuras, o único senão é o preço... (obrigado crédito BMW!)


A escolha da máquina para a viagem também exigiu alguma ponderação. A BMW GS 1200 era a melhor servia aquilo que pretendia, mas durante muito tempo equacionei a aquisição de uma na variante Adventure, tanto pela maior capacidade do tanque de combustível como pelas malas rígidas. 


Acabei antes por usar  troquei a minha GS Rallye de 2017 por outra de 2018 com poucos quilómetros e já com o sistema connectivity e com pneus Continental Trail Attack 2 que não são o último grito em termos de aderência mas que são uns pneus que são bastante honestos em toda e qualquer situação e que tem a grande vantagem de vir com cerca de 9 mm de borracha usável, permitindo grandes quilometragens ou grandes abusos sem se correr o risco de vir para casa em cima das lonas como em 2017



O setup usado foi o das 3 malas vario, o que foi um erro e que é praticamente a única coisa que me arrependo. O meu setup preferido é apenas as 2 malas laterais e pela forma light com que empacotei tudo, este setup tinha chegado e sobrado.


Este era o plano, entretanto “foi ao forno” com a minha complicada vida profissional e no início de Julho tudo se precipitou e cheguei a conclusão que poderia sair uma semana mais cedo e que infelizmente teria também de chegar uma semana mais cedo do que tinha antecipado, por isso, a viagem ate Italia teria de ser por estrada.



Rapidamente, elaborei o percurso que me levaria até ao Mónaco, de onde iniciaria a “Grand Route des Alpes”, um famoso percurso pelas montanhas que nos deixa 700 Kms depois em  Thonon-les-bains na beira do Lago Leman





Dia 1 -  Lisboa - Perpignan






Um dos dia mais chato e cansativos da viagem que se resumiu a comer Kms em AE e a repetidas paragens para abastecer. Fiquei algo desiludido por apenas conseguir chegar a Perpignan pois tinha previsto chegar a Narbonne ou Beziers, mas eu geralmente uso um truque para não pagar portagens após Zaragoza que é ir pela N II e depois apontar a Manresa, Vic e posteriormente Figueres e esta zona não só tinha mais trânsito do que tinha antecipado como tive de “fugir” a uma chuva de granizo mudando de rota à última da hora (como se já não bastasse a temperatura sempre perto dos 40 graus após Madrid). Mesmo assim foram 1350 Kms num dia.







Badajoz à vista...



Paragem para abastecimento em Alcorcon, Madrid. 5H30 até Madrid com apenas 15minutos de parabem para reabastecimentos (o CB adicionou 1 hora de diferenca horaria)



O termometro sempre à volta dos 40



Totais do dia...

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Dia 2 Manha  >   Perpignan - Menton





Mais 500 Kms de AE, mas com portagens.

Conforme já tinha comentado com vários companheiros, há uma classe para motos nas AE Francesas mas como eles dizem por lá, para usufruírem tem de “fazer atenção”: Nas praças de portagem tem de pagar nas mais à direita pois as mais a esquerda tem uma limitação de altura (quem transporta bicicletas no tejadilho tem geralmente uma atração por estas cabines) e tem a proibição de motos.


A passagem pelo Monaco foi apenas pelo simbolismo mas foi uma enorme estupidez, em primeiro lugar pela temperatura naquele dia, e em segundo lugar pelo trânsito e em terceiro, por estar tudo em obras... Apesar de lá ter almoçado foi uma perca de tempo e de energia, pelo que em futuras passagens pela zona irei evitar a todo o custo!










Dia 2 Tarde > Menton - Valdeblore



Após o almoço, estava na altura de finalmente começar a curtir umas curvas!!! Tomei a bela D2566 em direção a Sospel. Os mais familiarizados com o desporto automóvel reconhecerão estas estradas como o coração do Rallye de Monte Carlo, e apos Sospel iríamos fazer alguns clássicos desta mítica prova: Col du Turini e Col de Braus, seguindo depois em direção a Belvedere e uma serie de pitorescas vilas. Quando cheguei a esta zona o dia estava a terminar e percebi que os hotéis estavam quase todos completos, mas felizmente consegui o último quarto no Hôtel de Valdeblore. Se tivesse tido mais uma hora teria muito provavelmente ido dormir a Isola na fronteira com a Italia.


Como conclusão desta tarde, o Parque do Mercantour tem estradas fabulosas, qualquer uma que tomem parece ter sido desenhada para andar de moto, pelo que regressarei para explorar esta zona!











Col de Braus... local mítico do Rallye de Monte Carlo

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Dia 3 Manha  - Valdeblore - Barcelonette




Sai cedo do Hotel com vontade de fazer umas valentes curvas... de facto esta zona é quase perfeita para as 2 rodas: curvas para todos os gostos, temperatura agradável, bons pisos e pouco trânsito (tirando o em 2 rodas).

















https://i.postimg.cc/3xY1YPrt/IMG-5571.jpg[/img]

Ja estamos muito perto de uma das estradas mais amadas pelos motociclistas que é o Col de la Bonette. Mas não estava com ideias de ir já para lá directo pois queria fazer mais algumas estradas da zona, acabei por parar a Roubion uma pequena aldeia no topo de uma montanha que é desculpa quase perfeita para se parar e tirar umas fotos.

Foi quando percebi que  estava em cima da moto ha para aí uma hora (a estrada desde Saint Sauveur sur tinée que não é pera doce - Col de la Couillole) quando me lembrei que ainda não tinha tomado o pequeno almoço e tive de ir desenrascar qualquer coisa para comer.


O resto da manhã foi passado a riscar um item da bucket list: as Gorges de Daluis. São de facto fabulosas, a rocha tem uma coloração castanha única e a garganta onde passa o rio Var é brutal.













https://i.postimg.cc/5y85Mmhc/IMG-5602.jpg[/img]








Acho que fiquei tão impressionado que a seguir fiz uma das maiores parvoíces da viagem: teria de voltar quase ao ponto de início para tomar a direcção de Bonette mas em Guillaumes segui em frente em para o Col de la Cayolle (também lindíssimo) que me levaria a Barcelonnette (e ao Almoço!) 

No Col de La Cayolle aconteceu-me o momento insólito da viagem: uma abelha entrou dentro do blusão e picou-me nas costas! 

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Dia 3 Tarde > Barcelonnette - Cesana Torinese

https://i.postimg.cc/BnGYkN6s/Screenshot-13.png[/img]


Depois do Almoço, e como a passagem pela bonette era um dos pontos altos da viagem, comecei a subir (pelo lado onde deveria ter descido) para o ponto mais alto da viagem: o Cime de la Bonette que fica a 2802 metros de altura!

Na verdade o Col de Bonette atinge apenas os 2715 metros, mas acredito que a determinada altura quisessem roubar o título ao vizinho Col D´Iseran que atinge os 2770 e criaram uma estrada que tem para aí uns 2 kms e que sai do topo do Col de la Bonette e que sobe um pouco é dá volta ao cume e reencontra o topo da Bonette quase no mesmo ponto.

Mas as altitudes são apenas números, que na verdade nao sao valem de nada. Aquilo que realmente vale é o percurso do que é verdadeiramente fabuloso desde Jausiers ate ao topo, tanto em termos de beleza como em condução e depois de la passar percebe-se o porque do carinho que existe por esta estrada.

Regressei a Jausiers para seguir viagem pois a ideia seria ficar em Briançon e ainda tínhamos o Col de Vars e o Col d´Izoard pela frente. A qualidade das estradas nao baixou, mas com o Izoard a bater claramente o Vars não só em termos de altitude, como em rapidez de ascensão, como em gozo de condução e de dificuldade.

De facto esta zona merece ser melhor explorada pois olho para ela sempre como uma passagem para chegar mais a norte, mas tenho a certeza que iria encontrar alguns recantos muito interessantes, também porque gostaria de revisitar a visita a algumas cidades interessantes tais como Grenoble e a não fazer talvez uma das pérolas Europeias a nível de estradas nacionais: A famosa N86, a route Napoléon. Por isso cheguei a Briançon com a sensação que iria de novo rodar por estas zonas em breve.


O dia seguinte trazia alguma complexidade meteorológica, pelo que tomei a opção estratégica de me desviar para Piemonte, mas como entretanto também necessitaria de visitar Milão em trabalho optei por dormir em Cesana Torinese e na manhã seguinte ir até Milão de onde depois sairia em direção aos Lagos





Tinha planeado retomar a Grand Route des Alpes, saindo de Geneve no retorno a casa.

Infelizmente tal nao veio a acontecer apesar de ter cruzado parte desta rota na zona de Albertville e Monte Branco, mas sem hipótese de fazer os trocos mais famosos tais como Courmet de Roselend ou Col du Galibier pelo que tenho a desculpa perfeita para  regressar, mas com mais tempo e apenas com programação para esta zona por forma a explorar exaustivamente todas as estradas da zona

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[TMXR]

  

[LeoLopes]

Muito bom ... 

[twin-pt]

Bom é um eufemismo... Que inveja...
 


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[Joao_Cruz]

Pois esses Alpes do Sul/Maritimos são muito conhecidos dos rallys, mas do mototurismo muitas vezes são preteridos pelos Alpes do Norte. Não sei se por serem menos verdes, por mais isolados, por poucas infraestruturas turísticas de apoio.
Muito boa reportagem Tmaxer. Imagino o que ainda para aí vem...
Abc,
JpC

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[Sapiens21]

Fantástico.

Tive de ler em dois momentos pois era bastante extenso.

Este tipo de tópicos de viagens são por um lado criadores de um nadinha de inveja (da boa, atenção!)...e por outro lado passam a fazer parte de um acervo de informação que pode inspirar muitos outros e lhes vai servir certamente de guia.
Parabéns. 

Sobre a Rallye já sei que se portou à altura e a única coisa que lhe trocavas, em alguns momentos, era menos peso para manobras. 

Nota: O que estaria um desportivo como o Lotus Elise/Exige a fazer nesses caminhos!?!? 

[Falcão]

Uma verdadeira inspiração... e aspiração.

continuação de boas e lindas curvas.

Abraço.

[2low]

Uma verdadeira inspiração... e aspiração.

continuação de boas e lindas curvas.

Abraço.

Já anotaste na agenda? Quando? 

[carlospira]

Boas,

Que loucura de viagem que deve ter sido !!!!!!!!!!!!!!
Pelas fotos e pelo que escreves foi FANTABULÁSTICO !!!

Ficamos todos á espera do resto...
Um abraço

 

[Sapiens21]

Esta imagino que foi também uma demonstração da capacidade e fiabilidade nas indicações dadas pelo sistema de navegação da BMW Motorrad.

Na foto relativa ao "La Bonette" é indicado estar a 2802m de altitude.
Ora olhamos para a indicação no sistema de navegação e a diferença, no mesmo local, é ínfima. 

Muito provavelmente a indicação no GPS até será a mais fidedigna...

[Raminhos]

Que delicia de leitura.

Isto serve de inspiração claramente para outras pessoas (eu incluído).
O que me faz confusão nestas viagens é o planeamento da rota necessária.

Existem n opiniões, nunca se dá para ver tudo, como ver o melhor.. enfim. Existe uma panóplia de opções.

Essa da abelha já me aconteceu mas de carro. Foi tramado!

[TMXR]

Fantástico.

Tive de ler em dois momentos pois era bastante extenso.

Este tipo de tópicos de viagens são por um lado criadores de um nadinha de inveja (da boa, atenção!)...e por outro lado passam a fazer parte de um acervo de informação que pode inspirar muitos outros e lhes vai servir certamente de guia.
Parabéns. 

Sobre a Rallye já sei que se portou à altura e a única coisa que lhe trocavas, em alguns momentos, era menos peso para manobras. 

Nota: O que estaria um desportivo como o Lotus Elise/Exige a fazer nesses caminhos!?!? 

E com matricula de Munique  Passas os dias a ver maquinas exoticas....









Quanto ao peso, depois de habituares passa a ser normal... era pior para mim ir com pendura  

[TMXR]

Muito bom ... 

 

Bom é um eufemismo... Que inveja...
 

  temos de combinar o almoco para te contar as historias que acompanham as imagens 

Pois esses Alpes do Sul/Maritimos são muito conhecidos dos rallys, mas do mototurismo muitas vezes são preteridos pelos Alpes do Norte. Não sei se por serem menos verdes, por mais isolados, por poucas infraestruturas turísticas de apoio.
Muito boa reportagem Tmaxer. Imagino o que ainda para aí vem...
 

Boas!

Sem duvida que são um destino alternativo e que tens menos hotéis… mas em termos de estradas não desiludem nada, bem antes pelo contrario!!! A regressar quase de certeza em 2020

Uma verdadeira inspiração... e aspiração.

Já anotaste na agenda? Quando? 

É marcar!!! depois da vossa aventura a Espanha, Franca é o passo seguinte 

[TMXR]

Esta imagino que foi também uma demonstração da capacidade e fiabilidade nas indicações dadas pelo sistema de navegação da BMW Motorrad.

Na foto relativa ao "La Bonette" é indicado estar a 2802m de altitude.
Ora olhamos para a indicação no sistema de navegação e a diferença, no mesmo local, é ínfima. 

Muito provavelmente a indicação no GPS até será a mais fidedigna...

Nao sei... sabes que a estrada esta num declive muito elevado e que quando estas em montanha o GPS tem sempre recepcao de menos satelites do que quando estas em terreno aberto.

Os GPS sao sempre mais dependentes dos satelites que estao perto da linha do horizonte pois sao esses que oferecem as melhores posicoes para fazer a triangulacao que te da a tua posicao e sobretudo a que te indica a tua direcao 


Mas, esta pequena estrada do "Cime de La Bonette" deixou-me muito na duvida, porque ela foi construida ha relativo pouco tempo. Este col tinha um importancia muito grande para defesa da Franca, alias, uma das peças de artilharia maiores da europa esta precisametne aqui localizada (faz google por restefond) e foi colocado la depois da ascensao do Mussulini ao poder para evitar uma potencial invasao da Franca por parte da Italia 


Mas voltando a estrada, ela é apenas a linha verde... sao uns 2 kms que dao a volta ao cume e que sobem mais uns metros do que o col de la bonette.

A parte que me deixou confuso é que colocaram o marco onde meti o + e fiquei com a impressao que a parte mais alta da estrada seria onde esta da a curva ao cume.... acho que meteram so ali a pedra porque é o ponto mais fotogenico 

[TMXR]

Que delicia de leitura.

Isto serve de inspiração claramente para outras pessoas (eu incluído).
O que me faz confusão nestas viagens é o planeamento da rota necessária.

Existem n opiniões, nunca se dá para ver tudo, como ver o melhor.. enfim. Existe uma panóplia de opções.

Essa da abelha já me aconteceu mas de carro. Foi tramado!

É uma das parte mais complicadas pois a vontade é mesmo como diz: ver tudo e fazer tudo 

Ha que fazer escolhas, mas para fazer uma viagem para estes lados é preciso ter uma grande dose de flexibilidade pois as variaveis sao imensas: tanto o tempo pode pregar uma partida como por motivo de obras se pode apanhar qualquer estrada fechada (quem diz obras diz provas de ciclismo ou outras condicionantes do genero) 

[TMXR]

Oportunamente criarei topicos para os outros dia da Aventura com mais fotos, percursos e algumas historias.


Deixo-vos um video de parte do dia seguinte... se nao tiverem com muita paciencia vao para o minuto 8 para algo "diferente" 

[Joao_Cruz]

Possas, grande picadeiro o Tmaxer. Eu com a Tracer, não fazia aquilo. Já percebi porque é que o panda 4x4 se vendeu bem por ali. A estrada deveria dar acesso ais abrigos da 1° guerra mundial, não?
Abc

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[TMXR]

Grande Joao...       Excelente cultura geral 



De facto, esta estrada foi uma das que foi aberta a picareta mas nao inicio do século passado como linha defensiva da I Grande Guerra, mas ainda na era Napoleónica 


Precisamente do outro lado do Lago Garda, tens a mais famosa deste tipo de estradas: a estrada das 52 galerias mas que é tao precária que so da para fazer mesmo a pé 

O meu percurso passava aqui mesmo ao lado... Giogo del Maniva > Croce Domini mas por ser um passo tao diferente era deveras tentador  é um bocado arriscado tanto pelo "buraco" que vai sempre ali ao lado, como pelo elevado risco de derrocada de rochas  .... Enfim... uma aventura 

[Sapiens21]

Pelo visionamento desse vídeo do YouTube, de facto aquilo é assustador...

Só mesmo com muito boa vontade se pode chamar "estrada" a essa estrada das 52 galerias.

Até mesmo a pé se percebem os evidentes perigos, quanto mais de moto. 

Se fosse vivo, acho que nem o Evel Knievel, aos comandos da sua Harley-Davidson XR750, se aventuraria a tal loucura. 

[TMXR]

Nao é a mais "hairy" da zona!




Esta zona sempre foi muito dada a guerras devido á enorme apetência que o anexacao do Tirol tinha para qualquer pais ou imperio.

Durante a I GG, todo o sul do Tirol foi uma frente de guerra... sem que em todo o conflito nenhum dos beligerantes tenha conseguido avancar muitos metros.

Foi uma guerra de grande sofrimento, (muito devido ao frio extremo), pois foi praticamente discutida entre divisoes de alpinistas que tomavam o terreno mais elevado e divisoes de engenharia que à impossibilidade de conseguirem tomar as posicoes inimigas por maior que fosse a troca de bombardeamentos, faziam tuneis por debaixo das montanhas onde estava o inimigo e faziam explodir toneladas de TNT fazendo derrocar montanhas. Uma tactica que teve o seu exemplo mais famoso no inicio da batalha de Messines na Belgica em que os aliados fizeram os Alemaes recuar.


Nessa altura ouve uma alteracao grande na orologia de muitas areas devido a este tipo de guerra, uma das montanhas que tenho a nocao que ficou bastante alterada foi a montanha de Marmolada que fica do lado do Lago Fedaia e do passe com o mesmo nome (tenho fotos la na minha viagem de 2017). O monte Pasubio tambem foi bastante explodido 


Nesta zona é normal encontrar indicacoes de "via ferrata". Sao vias muita vezes verticais que vem da altura da I GG... para alem de assustador nao convem ter vertigens 













Esta ultima foto é perto da Kaiser Jagger Strasse onde estive em 2017. A Kaiser Jagger era uma divisao de infantaria do Imperio Austrohungaro originaria do Tirol e esta estrada é uma das suas vias previligiadas para defender a fronteira sul do Imperio.