Autor Tópico: Mobilidade: a revolução pode chegar mais cedo do que o previsto  (Lida 3879 vezes)

Junho 12, 2017, 00:05:57, 00:05
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Mobilidade: a revolução pode chegar mais cedo do que o previsto





Notícia obtida em: Greensavers.sapo.pt LINK


“Estamos à beira da maior, mais rápida e mais profunda transformação no sistema de transportes da história da humanidade” defende o autor de “Rethinking Transportation 2020-2030”. O estudo foi produzido pela RethinkX, um grupo de pesquisa independente do qual faz parte Tony Seba que, além de principal responsável por esta análise, é também professor na Universidade de Stanford, nos EUA.

 
Não que o seu estudo seja particularmente inovador. Defende, como outros, que em pouco tempo vão deixar de se vender carros ou camiões movidos a combustíveis fósseis, os quais serão substituídos por veículos eléctricos. E defende, também, que o modelo neste mercado será o da economia de partilha, e muito poucas pessoas serão donas do seu próprio automóvel. Onde o seu trabalho cria realmente uma clivagem com outros estudos recentes é no prazo dessa mudança, porque segundo Tony Seba, bastarão apenas oito anos para deixarem de ser vender automóveis baseados numa fonte de energia fóssil. E aponta mesmo alguns números, no caso para o mercado norte-americano: os veículos em circulação vão passar de 247 milhões em 2020 para apenas 44 milhões em 2030.


Todo este processo será naturalmente acompanhado de políticas de mobilidade urbana muito mais restritivas ao nível do uso de veículo próprio, acrescentando que as cidades irão mesmo proibir a circulação de automóveis pessoais, primeiro no centro e posteriormente nas zonas periféricas. E isto sem esquecer a condução autónoma, que implicará, refere o autor, muito menos acidentes na estrada. Ou seja, os carros serão não só eléctricos como autónomos, e cada viatura fará muito mais quilómetros. E tudo em apenas oito anos. Aparentemente estamos mesmo “à beira da maior, mais rápida e mais profunda transformação no sistema de transportes da história da humanidade”. Não estava a exagerar quando o afirmou.
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Junho 12, 2017, 11:28:28, 11:28
Responder #1

JViegas

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A dependência pelos combustíveis fósseis é enorme. O seu uso polui cada vez mais assim como as variações do preço para a sua extração/produção está cada vez mais dependente a vontade dos mercados que apenas visam a obtenção de um maior lucro.

A consciencialização/compromisso para um melhor meio ambiente levou uma machadada forte com a recusa dos states em continuar a assumir os compromissos com o acordo de Paris.

As soluções tecnológicas ao nível do elétrico fazem parte da agenda dos maiores fabricantes do mundo com a apresentação de soluções cada vez mais viáveis.

No entanto penso que a mobilidade deve ser alcançada por outros meios para além da alternativa a meios de locomoção que usem outros combustíveis.

E a proibição de circulação nos meios urbanos não deve ser o único caminho.

Muitas pessoas deslocam-se aos centro urbanos com os seus próprios meios não só por comodidade mas pela grande ausência/défice de alterativas viáveis à sua deslocação: não só na completa compatibilidade de horários com o número de transportes públicos disponibilizados, a sua antiguidade aliada aos custos enormes nos títulos de aquisição e quase ausência de concorrência.

O utilizador normal/citadino por muita vontade que tenha em deixar o seu carro em casa ou por muita vontade ambiental que tenha, facilmente desmotiva pela completa ou absurda alternativa viária/mobilidade que tem disponível para o seu dia-a-dia.

Bom artigo, muito otimista, a ver vamos as aplicações das soluções apresentadas.


Junho 07, 2019, 19:29:19, 19:29
Responder #2

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A França proíbe venda de carros a gasolina ou diesel a partir de 2040...

https://observador.pt/2019/06/07/proibida-venda-de-carros-a-gasolina-ou-diesel-em-franca-a-partir-de-2040/


A revolução de que fala este tópico, tem assim mais do que justificadas razões para que se tenha atenção à mesma.

Dentro de cerca de 20 anos as coisas poderão (e estarão mesmo) bastante diferentes do presente.

E não será somente no que toca a uma mera troca de veículo de combustão por veículo eléctrico.
Será na verdade algo que vai para lá disso, já se verificando no presente sinais dessa mudança.

A partilha de veículos (cuja propriedade é de empresas ligadas a este sector que está em crescimento), será uma das facetas mais óbvias da mudança, em muitas cidades da Europa.

O agora e o amanhã (daqui por 20 anos) serão bastante distintos nesta matéria, numa altura em que os próprios fabricantes terão de seguir um caminho de emissões zero.

Aliás, a própria mudança na mentalidade humana vai acabar por levar a uma preferência, no futuro, para com os que sigam a neutralidade de carbono.
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Junho 07, 2019, 19:51:51, 19:51
Responder #3

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Desta equação estão a esquecer o hidrogénio e os combustíveis sintéticos que também produzem muito menos poluição e de que já existem experiências prometedoras.
Boas curvas! :scooter:
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Junho 07, 2019, 22:11:52, 22:11
Responder #4

Lourenço

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Desta equação estão a esquecer o hidrogénio e os combustíveis sintéticos que também produzem muito menos poluição e de que já existem experiências prometedoras.
Boas curvas! :scooter:

O hidrogénio sim, num horizonte de 15/20 anos, (resolvidos os problemas de produção e já existem redes de distribuição) que será uma grande e preponderante componente do mix de soluções e que deixará os elétricos (se as baterias continuarem baseadas em reações químicas e dependentes de metais (terras) raros) para os percursos meramente urbanos ou autónomos a não ser que, e isto num horizonte mais largo, algumas décadas, a fusão a frio avance.

Junho 08, 2019, 00:33:11, 00:33
Responder #5

JEKU

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A França proíbe venda de carros a gasolina ou diesel a partir de 2040...

https://observador.pt/2019/06/07/proibida-venda-de-carros-a-gasolina-ou-diesel-em-franca-a-partir-de-2040/



Isso é para "turista" ver, é uma ação politica, numa tentativa de acalmar a esquerda com uma medida com 21 anos de prazo (4 ou 5 eleições até lá), isto quando o Macron é muito mal visto pelos franceses...

Já a possivel resolução, claro que vai existir, agora de que forma? Eletricidade, Hdrogenio ou até mesmo um muito melhor aproveitamento dos atuais combustiveis, a caminho é para a frente, mas nem todos vamos conseguir lá chegar ao mesmo tempo.

Pegando neste exemplo Francês, dificilmente Portugal está preparado para abandonar a venda de carros a gasolina/gasoleo, e mesmo que essa data chegue, vais deixar de poder comprar carros novos, logicamente as bombas têm de continuar a existir.


Isto de nos preocupar-nos com uma cena que podemos nem chegar a ver...

Junho 08, 2019, 11:02:48, 11:02
Responder #6

Lourenço

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A França proíbe venda de carros a gasolina ou diesel a partir de 2040...

https://observador.pt/2019/06/07/proibida-venda-de-carros-a-gasolina-ou-diesel-em-franca-a-partir-de-2040/



Isso é para "turista" ver, é uma ação politica, numa tentativa de acalmar a esquerda com uma medida com 21 anos de prazo (4 ou 5 eleições até lá), isto quando o Macron é muito mal visto pelos franceses...

Já a possivel resolução, claro que vai existir, agora de que forma? Eletricidade, Hdrogenio ou até mesmo um muito melhor aproveitamento dos atuais combustiveis, a caminho é para a frente, mas nem todos vamos conseguir lá chegar ao mesmo tempo.

Pegando neste exemplo Francês, dificilmente Portugal está preparado para abandonar a venda de carros a gasolina/gasoleo, e mesmo que essa data chegue, vais deixar de poder comprar carros novos, logicamente as bombas têm de continuar a existir.


Isto de nos preocupar-nos com uma cena que podemos nem chegar a ver...

Penso o contrário, Portugal estará "preparado" para abandonar os motores de combustão e será mesmo um dos primeiros e a estar melhor preparado caso seja essa a tendência geral a nível Europeu.
Porquê? Pelas razões que governam o mundo atualmente, ou seja as económicas e entre outras existem quatro:
1-Portugal não possui reservas de matérias primas para combustíveis fósseis, apenas transforma algumas em pequena escala.
2-Portugal não tem marcas de veículos utilizando motores de combustíveis fósseis e não produz motores de combustão sendo que a industria automóvel existente é limitada á montagem e acessórios.
3-Portugal geograficamente tem uma configuração populacional concentrada numa determinada faixa contínua e mesmo nos casos excecionais as distancias são relativamente curtas para trajetos como para implementação de redes de abastecimento.
4-Portugal no contexto Europeu tem as melhores condições para a produção das atuais energias renováveis a que se juntam as vantagens do ponto 3.

A razão de "nos preocuparmos com uma cena que podemos nem chegar a ver..." é que mesmo que eventualmente não a vejamos ela, "a cena", já nos condiciona a vida hoje; já há pessoas a ganhar dinheiro com ela, a perder dinheiro, a perder postos de trabalho, fábricas a fechar e outras a abrir e que não conseguem encontrar mão de obra qualificada, marcas a alterar o plano de investimento, universidades a criar novos cursos, investigadores e muitos grupos de centenas de engenheiros a trabalhar para "a cena", políticos a tentar posicionar-se de forma oportunista ou legítima, países em autentica guerra fria mundial, etc.

Junho 16, 2019, 17:47:45, 17:47
Responder #7

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Ainda no seguimento daquilo que tinha escrito um pouco mais atrás, aqui ficam as palavras da Ministra francesa dos Transportes, Elizabeth Borne, num discurso feito há poucos dias e quanto à nova lei da mobilidade:

"Temos como objetivo ter neutralidade carbónica em 2050 e precisamos de uma trajetória credível rumo a esse objetivo, que inclui banir as vendas de veículos a gasolina e gasóleo a partir de 2040”(....)


Uma das grandes questões em torno desta decisão é que uma medida destas não se ficará por França. Isto terá reflexos em muitos outros países da Europa, que vão 'copiar' a mesma medida.

E ainda que um anúncio destes por agora não tenha grandes reflexos, acabará por os ter (que adivinho quase em avalanche) quando essa data se começar a aproximar...
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Dalai Lama

Junho 20, 2019, 22:30:07, 22:30
Responder #8

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Em si, as terras raras usadas em baterias não são realmente "raras". No entanto, elas exigem a abertura de operações de mineração. A Romênia decidiu reabrir alguns depósitos.

O projeto Airbus das baterias, iniciado pela Alemanha e pela França para permitir que a Europa seja menos dependente da China ou dos Estados Unidos para a fabricação de células necessárias para carros elétricos, poderia aceitar um novo membro. Depois do impulso franco-germânico, o envolvimento da Volkswagen ou da PSA e a chegada dos suecos de Northvolt, aqui está a Romênia. O país da Europa Central tem um forte argumento: As suas minas reabrirão. Isto foi confirmado pela Ministra da Economia, Niculae Badalau. Na França, também, há planos para abrir minas. No entanto, as autoridades e os promotores colidem com os moradores locais. Eles temem pela sua qualidade de vida, com minas difíceis de integrar na paisagem e causando incômodo e poluição.

Não tão raras assim:

- Existem 17 "elementos de terras raras" ou ETRs. Quando eles foram descobertos (tardiamente á escala humana) no século XVIII, metais "raros" receberam esse apelido porque eram difíceis de separar. De facto, eles são aglomerados em rochas e minérios. A técnica para isolá-los de maneira industrial e efetiva remonta apenas à década de 1950. Eles são bastante abundantes na crosta terrestre, mas desigualmente distribuídos em todo o mundo. Portanto, há alguns em toda a parte, especialmente na Suécia ou na Romênia. No entanto, a separação dos elementos requer um processo completo em várias fases: concentração mineral, ataque ácido, cloração, extração por solvente, precipitação seletiva e dissolução. E isso não é tudo. Óxidos puros são necessários para a fase final de "fabricação". Claramente: os riscos de poluição do solo, ar e água são altos.


Custos:

- A Romênia quer "tornar-se membro da European Battery Alliance", investindo pelo menos 50 milhões de euros para reabrir antigas minas abandonadas á mais de 30 anos. Existem depósitos para a extração de disprósio e európio. A reabertura desta operação de mineração, no entanto, pode representar problemas ambientais, especialmente para a refino. Enquanto na China, na Rússia e em alguns países da América do Sul, os padrões são menos rigorosos, o que necessariamente determina preços de venda mais baixos. O país da Europa Central também entrou em negociações com fabricantes de automóveis. O governo romeno tem a ambição de construir uma fábrica de baterias no seu território, ainda no âmbito da Airbus das baterias. Esses milhões romenos serão adicionados a um envelope muito maior, que sabemos que a Alemanha já destinou 1 bilhão de euros.


Baterias vs hidrogênio:

- Mineração e fabricação na Europa são fundamentais para o desenvolvimento do carro elétrico, obviamente, de uma perspetiva geopolítica e económica estratégica. Muitos países europeus tem previsto o fim dos motores de combustão interna, prevendo o fim de sua distribuição para mais ou menos curto prazo (2025, 2030, 2040 ou 2050, dependendo do país). Então tem que se ter a matéria-prima para fazer as baterias. A China é o líder indiscutível na extração dessas ETRs. E ainda assim, o Império do Meio parece ter virado a fundo e foca-se agora apenas no hidrogênio. O país apercebeu-se talvez dos limites desta tecnologia e o impacto ambiental dos locais de mineração, preferindo então tomar outro caminho, uma posição que será determinante finalmente para todo o planeta. Portanto, a pergunta deve ser feita: A Airbus das baterias ainda terá significado dentro de 10 anos? Do ponto de vista económico certamente porque os veículos a pilha de combustível certamente não serão muito comuna em 10 anos que eles também são carros elétricos e uma bateria está sempre presente. No entanto, permanece a poluição das minas e técnicas de separação do ETR ...

https://www.moniteurautomobile.be/actu-auto/industrie-et-economie/voitures-electriques-roumanie-rouvrir-mines.html
https://www.moniteurautomobile.be/actu-auto/industrie-et-economie/chine-abandonne-voiture-electrique-batterie-au-profit-hydrogene.html



Junho 20, 2019, 23:07:19, 23:07
Responder #9

NunoMiguel

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Espero que com tanta coisa, a gasolina baixe para uns 30 cents/Lt...

 :megafeliz:

Junho 20, 2019, 23:08:44, 23:08
Responder #10

Moto2cool

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Artigo muito interessante e a exemplo de algumas coisas aqui escritas mete o dedo na ferida sobre a melhor decisão a tomar, tendo - se apenas como certo que será preciso tomar uma decisão
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Junho 21, 2019, 20:04:49, 20:04
Responder #11

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Interessante artigo esse que partilhas.

De facto estão a ocorrer muitas mudanças e grandes fabricantes automóveis estão a posicionar-se para ter acesso às mais recentes tecnologias, assim como assegurar contratos que lhes permitirão continuar de forma firme o seu negócio.  :-\

Quanto aos veículos eléctricos, sinceramente não tenho assim muitas dúvidas que irão inundar o mercado dentro de pouco tempo e assim se manterão uns quantos anos.

Mas se o estado de desenvolvimento do hidrogénio for bastante superior ao actual (e acredito que o será), então dentro de hipotéticos 20 anos não vejo como estranho começar a haver mudanças graduais.

A questão é que ambas as possibilidades estarão muito melhores do que actualmente.

Apenas como analogia, basta recordar como eram as câmaras de telemóveis há 8 anos atrás...e aquilo que fazem agora. :)
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Dalai Lama

Junho 23, 2019, 10:38:52, 10:38
Responder #12

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E mais um governo na Europa decide colocar o seu deadline para os motores de combustão.

O Governo Irlandês, no âmbito de 180 medidas que pretende implementar, incluiu uma que fez eco em vários órgãos de comunicação social....

isto porque em 2030 não vão ser permitidas mais vendas de veículos com motor de combustão.  :o

Estamos a falar de apenas 11 anos. Apenas 11 anos ..

https://www.electrive.com/2019/06/18/ireland-opts-for-2030-combustion-ban/
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Junho 27, 2019, 17:52:33, 17:52
Responder #13

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Infelizmente nem tudo é bom nesta transição...e há que apontá-la!

Aliás, foi a própria Amnistia Internacional quem denunciou condições de produção de baterias onde existe uma degradação muito evidente de ecossistemas, assim como trabalhadores explorados e direitos humanos não respeitados.

E a Amnistia Internacional veio assim denunciar as condições de extracção de matérias-primas usadas na composição de baterias de veículos eléctricos.

A imagem que deixo mais abaixo vem da República Democrática do Congo...e é bastante ilustrativa. Também podem ler o artigo Aqui.

Claro que não será assim em todo o Mundo a extracção de material necessário às baterias eléctricas, como por exemplo o cobalto, mas o Secretário Geral da Amnistia Internacional não deixa de dizer que os grandes fabricantes podem de facto (querendo...) fazer a diferença:

"(....)The big multinationals that dominate the electric car industry have the resources and expertise to create truly clean and equitable energy solutions, and we challenge them to come back next year to Oslo with evidence of real progress (....)"


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Junho 27, 2019, 19:59:38, 19:59
Responder #14

EML

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Há ainda o problema das empresas mineiras quando o minério deixa de ser rentável abrirem falência e deixa o passivo ambiental para outros (nós) limparmos e pagarmos. Temos muitos exemplos em Portugal!
Além disso, neste momento as baterias precisam de lítio, mas as descobertas tecnológicas têm sido tão rápidas que daqui a 5 anos pode ser outro material!
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Junho 27, 2019, 20:22:57, 20:22
Responder #15

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Sim, a evolução tem sido incrível e aquilo que ontem era o "último grito" da tecnologia, amanhã poderá estar longe de o ser.

Aproveito para dizer que temos nesta área uma investigadora muito conceituada, que se chama Maria Helena Braga.

De tal forma que os seus trabalhos a conduziram ao eletrólito vítreo (que captou a atenção da comunidade científica), nomeadamente pela capacidade face ao existente nas baterias actuais. Chegou mesmo a demonstrar nos EUA o trabalho que levou a cabo no Laboratório Nacional de Energia e Geologia.

Se pesquisarem sobre o seu trabalho e o eletrólito vítreo, vão encontrar referências sobre aquilo que se trata...especialmente a maior amplitude de temperaturas que é permitida e também o incremento da voltagem e maior densidade energética para um mesmo volume.

Trocado por miúdos, permite ter muito mais energia numa bateria bem mais compacta, com todos os ganhos que daí facilmente se adivinham.  :nice:
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Dalai Lama

Julho 01, 2019, 22:34:24, 22:34
Responder #16

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Arnold Goes Undercover as a Used Car Salesman to Prank Customers



Julho 02, 2019, 14:04:03, 14:04
Responder #17

2low

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Por muita expectativa na evolução rápida dos automóveis ligeiros após a Tesla ter funcionado como Exemplo a seguir (por muito bem falado que fosse o nissan leaf ou os agora híbridos da Toyota) é de estranhar que a maioria da industria automóvel tenha recuado na vontade de cada vez ir desistindo das motorizações de combustão tradicionais e para agora (noticias das ultimas semanas) ter publicitado em estilo de força e união (pelo menos das grandes marcas alemãs) que afinal iriam retomar o desenvolvimento e investimento nessas motorizações de combustão tradicionais.
Há um fenómeno que tem acontecido no Norte da Europa que é o sentimento que os híbridos não dão a resposta esperada e que não trazem vantagens para os utilizadores finais - aqueles que os compram para os usufruir e para cumprirem seus planos de amortizamento do valor do próprio veiculo e de seu consumo expectado… [são frotas e frotas desses veículos até bem recentes mas que são considerados lá como lixo e que estão a vir enchendo camiões e camiões para o nosso mercado de usados…]
Os países Nórdicos é ligeiramente diferente pois estão a caminhar para cada vez mais a exclusividade de veículos eléctricos.
Também é estranho entretanto esse investimento em veículos eléctricos agora ter passado para 2º plano nos automóveis ligeiros e passar a assumir maior "pragmatismo" nos veículos de 2 rodas, tal como foi falado: https://www.clubeportuguesmotociclismo.pt/index.php?topic=6287.msg75326;topicseen#new e aqui: https://www.clubeportuguesmotociclismo.pt/index.php?topic=4655.msg75320;topicseen#new
Será que isto tem a ver com essa revolução da mobilidade?
Veículos particulares quanto muito serem de 2 rodas e os restantes veículos serem comunitários e de partilha ?

Tenho serias duvidas quanto a algumas pessoas, nomeadamente responsáveis de empresas de varias áreas profissionais em como conseguirão:
-substituir frotas de veiculos
-substituir métodos de deslocação e entrega de mercadorias
-substituir e despedir funcionarios (motoristas) uma vez que os veiculos terão conduçao autonoma
-substituir e despedir ou contratar funcionarios para "call centers" e de activaçao dos tais veiculos de conduçao autonoma
-etc...
…e em como aceitarão esta mudança se for "obrigatória" sem ser ou sem ter fases de transição...!
Por exemplo: uma empresa de transportes de mercadorias que investiu milhares de euros em 20 camiões precisamente este ano terão de amortizar o valor desses camiões e uma outra empresa da mesma área mas com frota bem envelhecida que agora seja "obrigada" a investir na substituição por veiculos electricos ou hibridos... quanto a essa obrigação entre " " é fácil de entender, as inspecções periódicas deveriam talvez ter ou ganhar um papel mais activo nesta "(re)evoluçao"... [se já é possível haver retroactividade nos impostos…]

« Última modificação: Julho 02, 2019, 14:09:01, 14:09 por 2low »
Grão a Grão, Comemos Feijão!
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Julho 04, 2019, 21:38:14, 21:38
Responder #18

Moto2cool

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O preço de venda dos veículos eléctricos, a sua longevidade, preço do combustível (a palavra combustível aqui ?) e a rede de abastecimento são variáveis dependentes que dominam as decisões em investir nestes veículos.
Nestes momento estamos longe de poder garantir estas variáveis num futuro a10 anos. Quem tem que tomar decisões não arrisca.
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Julho 07, 2019, 16:17:16, 16:17
Responder #19

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Li há momentos uma notícia que me prendeu por completo a atenção, designadamente por ser mais um enorme empurrão para os veiculos eléctricos.

Presentemente, no mercado mundial o lítio tem um valor de mercado que oscila entre 10.600€ e 17.800€ a tonelada.

Pois não é que veio agora a público que os chineses afirmam ser possível comercializar a apenas 1.900€ a tonelada!?!?

Estamos a falar de uma diminuição do custo que representa 1/9 do preço actual.

A revolução, a competitividade e especialmente a tecnologia exigida para o conseguir é tal nesta área, que a Qinghai Lithium Industry já prática estes preços...

Não foi é divulgado em que consiste essa tecnologia por forma a extrair o lítio e praticá-lo a esses preços por tonelada.

Vejam aqui a notícia integral: https://observador.pt/2019/07/06/china-promete-litio-nove-vezes-mais-barato/
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Dalai Lama

Julho 17, 2019, 20:17:46, 20:17
Responder #20

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
(....)
Dentro de cerca de 20 anos as coisas poderão (e estarão mesmo) bastante diferentes do presente.

E não será somente no que toca a uma mera troca de veículo de combustão por veículo eléctrico.
Será na verdade algo que vai para lá disso, já se verificando no presente sinais dessa mudança.

A partilha de veículos (cuja propriedade é de empresas ligadas a este sector que está em crescimento), será uma das facetas mais óbvias da mudança, em muitas cidades da Europa.
(....)

Cito aquilo que escrevi porque as coisas parecem estar neste momento a ter mudanças que passam mesmo por colocar em prática iniciativas pioneiras.

Sim, a partilha de veículos, no que toca a uma tentativa de descongestionamento das cidades, é algo que tem recebido cada vez mais iniciativas.

Mas esta última notícia dentro do tema é um exemplo claríssimo. Sendo-o também pela surpresa (pelo menos por mim falo) de quem lançou esta iniciativa que podem ler no link que se segue...

https://automonitor.sapo.pt/2019/07/16/novidades/noticias/lisboa-aposta-forte-na-mobilidade-partilhada/
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Julho 22, 2019, 10:13:54, 10:13
Responder #21

danteMdie

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Muito honestamente creio que estamos a chegar ao ponto em que os sonhadores querem acreditar demasiado numa mudança.

Que é preciso mudar disso ninguém tem dúvidas e de momento estão os fabricantes de automóveis completamente às aranhas sem certezas do que devem ou não fazer. Para quem não sabe, Portugal tem uma indústria muito forte a nível de produção de peças para indústria automóvel - sejam peças maquinadas, peças plásticas, peças fundidas ou mesmo moldes metálicos.

Especialmente o sector de moldes está de rastos, com algumas das empresas de referência a registarem quebras de aproximadamente 50% no volume de pedidos por parte dos fabricantes. Isto diz muito sobre o clima de incerteza em que vivemos.

Além disto, ainda existe a possibilidade de os veículos eléctricos não serem a solução: https://www.turbo.pt/carlos-tavares-alerta-os-problemas-dos-eletricos/
A tecnologia é relativamente recente e ainda não estão verdadeiramente contabilizadas as consequências (como já vários mencionaram acima) de tudo o que implica o fabrico e reciclagem de baterias eléctricas.

Por fim, e opinião pessoal: o mundo está assente sobre os combustíveis fósseis há séculos. A economia mundial precisa de energia e há demasiados países (e dinheiro) que dependem disto. Besides, os lobistas vão preferir que o mundo se destrua a perderem o seu negócio.

Julho 22, 2019, 10:46:54, 10:46
Responder #22

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Se aqui há uns 3 anos atrás até concordaria que o mercado estaria ainda um pouco "às aranhas" sobre avançar ou não para os veículos eléctricos, neste momento não creio.

E de tal forma assim é que são já mesmo vários os países a colocar um deadline para que os motores de combustão deixem de ser vendidos.

A Europa tem sido quase uma "líder" no que toca a países que vão avançando com datas limites, que variam sobretudo entre 2030 e 2040.
Se pensarmos bem, estamos a falar de apenas 10-11 anos em muitos casos.

A Áustria, a Dinamarca, a França, a Alemanha, a Irlanda, a Holanda, a Noruega, o Reino Unido e a Escócia são alguns dos que já o fizeram à relativamente pouco tempo.
E isto influenciará dentro de muito pouco tempo as opções de compra. Não haja a menor dúvida disso, levando a um novo adoptar de estratégias de mercado e produto (que é o que acontece presentemente)...

Mas depois os gigantescos mercados da China e da Índia também já colocaram datas limites para os motores de combustão, assim como Taiwan e o Japão.

Este gráfico demonstra o que se avizinha, não sendo de descartar que muitos outros se lhes sigam ou que coloquem fortes restrições à aquisição de veículos com motor a combustão.


link


Agora se me perguntarem se depois de 2040 eu acho que vão deixar de se usar motores de combustão...eu acho que por cá continuarão.
O seu uso na esmagadora maioria dos veículos é que não terá nada a ver com o presente.
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Julho 22, 2019, 10:58:16, 10:58
Responder #23

danteMdie

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Se aqui há uns 3 anos atrás até concordaria que o mercado estaria ainda um pouco "às aranhas" sobre avançar ou não para os veículos eléctricos, neste momento não creio.


Acredita... 85% dos meus clientes são fabricantes da indústria automóvel. Eles bem estão a sentir.

Seja como for, isso não invalida que a Europa esteja a tomar medidas efectivas para contrariar o fabrico de motores de combustão.

Por outro lado, na Europa (ou talvez seja melhor dizer na União Europeia...) as decisões são tomadas de ânimo algo leve. Define-se uma deadline e na realidade quando lá chegamos, se há complicações, não há qualquer tipo de problema em adiar a sua definição. Politiquices


Julho 22, 2019, 19:20:47, 19:20
Responder #24

Moto2cool

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Momentos de mudança, que são muito fáceis para os políticos pois o discurso varia diametralmente em pouco tempo (no deserto da margem esquerda? Jamais!) :) para os empresários não é fácil porque arriscam muito, por vezes tudo, e não podem mudar de percurso a qualquer momento.
Se um político pode de repente dizer que as metas para  30 passam para 40, um investidor nesse espaço de tempo perde tudo.
Compreendo o receio, com a qualidade da classe política que temos que se atreve a arriscar?
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Outubro 25, 2019, 13:47:26, 13:47
Responder #25

Lourenço

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Uma entrevista a um dos pais do Hidrogénio

https://www.dinheirovivo.pt/economia/descarbonizacao-com-hidrogenio-o-que-falta-para-dar-o-salto/


E um aspeto menos positivo sobre os EVs, que alguns tentam esconder mas inevitável. Infelizmente as marcas têm subsidiado o custo e mão de obra das poucas baterias e mesmo dos elementos quando se verifica a necessidade de substituição que apesar de alguma descida de custo ainda é pesado. Por um lado este esforço é bom porque facilita a transição mas por outro deturpa o mercado e cria falsas expectativas.
A Nissan com o Leaf não "aguentou" mais o esforço e estalam casos como este (já há muitos outros pelo mundo fora mas tratados com pinças).

https://sicnoticias.pt/pais/2019-10-24-Proprietario-de-um-Nissan-Leaf-obrigado-a-pagar-30.000-euros-para-substituir-uma-bateria

Outubro 25, 2019, 14:10:27, 14:10
Responder #26

JViegas

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Bolas... não tinha ideia que substituir uma bateria fosse tão caro... mais de 30 mil euros... pelo menos a BMW permite substituir a bateria de 8 módulos se um dos mesmos estiver avariado (mas mesmo assim são mais de mil euros).

Porra e ainda se falava nos custos das FAP's nos diesel...

Minha rica maxiscooter a gasolina que tanta falta me fazes.  :pensador:

Outubro 25, 2019, 17:03:00, 17:03
Responder #27

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Bolas... não tinha ideia que substituir uma bateria fosse tão caro... mais de 30 mil euros...(....)

E no geral custa-me crer que será assim....ou seja, cobrarem praticamente o mesmo que o veículo completo.
O caso da Nissan que "rebentou" por cá (e como disse o Lourenço não será único), é que realmente foge bastante do normal.

Entendo a questão de vender veículos eléctricos com margens muito curtas, mais ainda nesta altura de grande alavancagem para os mesmos, mas uma marca fazer isso a um cliente é um rastilho que destrói (na minha opinião) de forma demasiado nefasta a credibilidade de uma marca.

Aproveito para indicar este artigo, nomeadamente os preços das baterias que se encontram +/- a meio do mesmo (artigo deste ano):

https://www.e-konomista.pt/trocar-bateria-carro-eletrico/
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Outubro 25, 2019, 17:53:00, 17:53
Responder #28

2low

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Bolas... não tinha ideia que substituir uma bateria fosse tão caro... mais de 30 mil euros... pelo menos a BMW permite substituir a bateria de 8 módulos se um dos mesmos estiver avariado (mas mesmo assim são mais de mil euros).

Porra e ainda se falava nos custos das FAP's nos diesel...

Minha rica maxiscooter a gasolina que tanta falta me fazes.  :pensador:

Ainda muito recentemente (final 2016) um ex-proprietário de um BMW i3 fez uma campanha de publicidade negativa contra a BMW porque ao final de julgo que 2 anos estava a precisar de mudar as baterias e pediram acho que 25.000€ por essa subtituição...


Desconheço assim se realmente com a BMW já é possível substituir apenas módulos estragados e por valores a rondar os "apenas" 1000€...

Quanto ao panorama geral, finalmente as coisas agora estão a chegar ao ponto que se vê os reais problemas de um automóvel eléctrico vitima de tecnologias novas por vezes trazem dissabores a médio prazo... tanto que só agora estamos a assistir a uma renovação para a 2ª geração de eléctricos - obviamente excluindo da equação os modelos de luxo da Tesla e da Jaguar - pois só agora começam a aparecer todas as avarias de tecnologia ainda pouco desenvolvida da 1ª geração...
E este Leaf que vem na noticia já é da 2ª geração...

Provavelmente só na 3ª geração de eléctricos é que vamos ver uma maior aceitação pela malta... e sem grandes dores de cabeça...

Pessoalmente talvez só venha a "aceitar" numa 5ª geração ou se me obrigarem antes disso...
« Última modificação: Outubro 25, 2019, 17:58:50, 17:58 por 2low »
Grão a Grão, Comemos Feijão!
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Outubro 25, 2019, 18:43:06, 18:43
Responder #29

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Não sei se se poderá falar de "reais problemas" de um veículo eléctrico. :)
Aliás, com o maior respeito por opinião diversa, parece-me no meu ver algo excessivo, como explicarei.. ..

A questão é que os casos muito dispersos que são conhecidos acabam por ter alguma mediatização.
É normal que aconteça esse tipo de mediatização, especialmente numa altura em que são cada vez mais os V.E. a circular.

Existe uma atenção redobrada sobre os mesmos, às suas capacidades, às diferenças, às facilidades e dificuldades criadas...assim como grande atenção a eventuais problemas.
Mas uma máquina pode avariar.
Estranho seria nunca terem problemas.  :)

Relembro a este propósito dos problemas que...os veículos com motor de combustão, mesmo com várias décadas de desenvolvimento e testes a que são sujeitos, acabam por encher páginas e páginas de fóruns com malta a reclamar porque ao seu motor aconteceu isto ou aquilo, tendo uma conta brutal para pagar.  :)

É verdade que a questão das baterias estará numa fase ainda de cada vez maior aprimoramento tecnológico, mas não tenho grandes dúvidas em afirmar que no geral são bem mais fiáveis do que a maioria das pessoas pensa e receia das mesmas. :)
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Outubro 25, 2019, 19:51:15, 19:51
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JoãoPVCarvalho

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O paradigma vai mudar, quando digo que vai mudar não me refiro apenas ao tipo de energia usada, ao tipo de utilização ou ao tipo de propriedade, estou convencido que a adopção de uma energia por um grande período de tempo também vai mudar, ou seja, não me surpreendia nada que o mesmo veículo que hoje usa uma bateria de lítio amanhã possa usar uma outra compatível com origem numa outra matéria e ainda temos de considerar a constante evolução tecnológica que pode ditar desenvolvimento significativo por exemplo na fusão a frio ou sei lá o que podemos ainda inventar/descobrir.
Com a alteração do tipo de propriedade de um veículo que deixará certamente de ser um pertence pessoal para passar a ser um serviço contratado, não será muito difícil assistir a mudanças do tipo de energia utilizada em curtos espaços de tempo.
A indústria automóvel será afetada apenas no que diz respeito à produção de motores de combustão porque tudo o resto continuará a ser fabricado, vão continuar a existir veículos pessoais em tudo semelhantes aos que usamos hoje, talvez passem a ser alugados, talvez não necessitem de condutor mas certamente iremos continuar a precisar de nos deslocar em transporte privado, e mesmo que a disponibilidade de transportes públicos aumente estes veículos têm de ser produzidos por uma qualquer empresa/marca já bem enraizada no mercado de modo que é tudo uma questão de evolução.
Quanto aos produtores de petróleo, esses somaram gigantescas fortunas e têm hoje capacidade económica para investir nas novas indústrias produtores de energia e assim continuarem no topo do negócio.
Eu não tenho dúvidas, a mudança vai ser rápida e profunda.
Um planeamento cuidado é meio caminho andado.✌
by JDilemas

Novembro 14, 2019, 21:32:20, 21:32
Responder #31

JoãoPVCarvalho

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by JDilemas

Janeiro 01, 2020, 22:29:42, 22:29
Responder #32

EML

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Barcelona vai restringir circulação de carros com matrícula anterior a 2000
Os políticos continuam a empurrar os carros para fora das cidades, mas espero que sejam substituídos por transportes públicos eficazes! :pensador:
https://www.dn.pt/mundo/barcelona-vai-restringir-circulacao-de-carros-com-matricula-anterior-a-2000-11664752.html
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Janeiro 02, 2020, 08:00:01, 08:00
Responder #33

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E pelo que li no artigo, a restrição não será somente a automóveis.

Os motociclos e ciclomotores anteriores a 2003 também serão visados nas restrições à circulação em Barcelona.

Ou muito me engano, ou este tipo de "iniciativas" vai ser cada vez mais utilizada nos anos mais próximos.
Na Alemanha então, são já várias as cidades que fazem algo semelhante...
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Dalai Lama

Janeiro 02, 2020, 09:51:44, 09:51
Responder #34

rookie

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Na Alemanha então, são já várias as cidades que fazem algo semelhante...

já é uma realidade há uns anitos para cá pelo menos nos pesados mercadorias, tenho camionistas conhecidos, que senão tiverem um camião com norma recente (não tenho a certeza se é euro 4 / euro 5) simplesmente não entra... houve empresas que tiveram de abrir os cordões à bolsa €€€

Janeiro 03, 2020, 02:52:50, 02:52
Responder #35

Scooterado

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    Tmax 530 será que vem aí uma Tmax600 ?
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...Lá continuarão os "chico-espertos" a ir buscar à Alemanha ( e não só ) as viaturas quase proibidas nesses países e a trazer essa poluição para cá. Andamos sempre atrasados no que toca a iniciativas + restritivas em favor do ambiente com honrosas exceções, ( o município de Cascais por exº está com ideias muito meritórias para incentivar o transporte público e a mobilidade elétrica).
O nosso Governo deveria proibir imediatamente a importação dos veículos mais poluentes ou então taxar de tal maneira essa importação que tornasse inviável esse autentico vai vem de idas ao estrangeiro comprar viaturas que em breve serão banidas nesses países.
Que importem Híbridos plug-in e/ou elétricos, isso sim.
1 abraço
Scooterado  :scooter:

Janeiro 03, 2020, 10:52:38, 10:52
Responder #36

dfelix

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O nosso Governo deveria proibir imediatamente a importação dos veículos mais poluentes ou então taxar de tal maneira essa importação que tornasse inviável esse autentico vai vem de idas ao estrangeiro comprar viaturas que em breve serão banidas nesses países.

O tempo dos 190D importados foi no século passado.
Desde 2007 que o cálculo do ISV tem em conta as emissões...


Janeiro 21, 2021, 18:57:48, 18:57
Responder #37

2low

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Com a recente alteração ao código de estrada não ter trazido nenhuma novidade boa para nós motociclistas... contudo parece que vem com maiores aborrecimentos para os fanáticos das bicicletas...
(e parece que vem resolver algumas questões já aqui debatidas noutros tópicos da mesma temática)

https://greenfuture.pt/2021/01/21/fujam-todos-vem-la-o-fim-do-mundo-em-bicicleta/?fbclid=IwAR27jWfbQgwTe7YNpRkibvgZA-3AM9JsZsf8QhM4TF8wBb81NhFe786Jy1c

 :pensador:

"Ciclistas, a 30 ou 40 à hora, seja em exercício físico ou em deslocação, deverão circular na estrada. Estamos de acordo. Ou, muito cuidadosamente, nas ciclovias. Já os restantes utilizadores de bicicleta, com as devidas cautelas, deverão poder andar… EM TODO O LADO!"

Até defendo grande parte das coisas MAS um passeio e uma rua pedonal é precisamente isso, exclusivo a peões e aí não dou o braço a torcer... não concordo nem tem sequer lógica pensar em concordar!
« Última modificação: Janeiro 21, 2021, 19:02:27, 19:02 por 2low »
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Janeiro 21, 2021, 21:39:10, 21:39
Responder #38

EML

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Eu adoro andar de bicicleta, principalmente no monte, mas quando ando em ciclovia ajusto a velocidade. E se tiver que fazer um percurso numa rua pedonal, vou à mesma velocidade dos peões se forem poucos e desmonto se forem muitos e eu possa magoar algum.
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