Autor Tópico: E a cidade mais congestionada da Península Ibérica é....  (Lida 1762 vezes)

Junho 05, 2019, 07:58:04, 07:58
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Sapiens21

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E a cidade mais congestionada da Península Ibérica é....






Neste caso não é uma notícia de que o país se possa orgulhar minimamente, como p.ex. aconteceria com uma grande descida do défice, ou uma subida no Ranking da Fitch, ou a atracção cada vez maior de turistas de todo o Mundo e que vão gastando o seu dinheiro sobretudo na economia da hotelaria e restauração, fazendo andar muitos negócios

Mas não...o motivo é bem diferente.
A notícia aliás é bem recente e dá conta que Lisboa é de facto a cidade mais congestionada da Península Ibérica.

E o pior de tudo é que assim é considerada pela terceira vez consecutiva...

Para terem ideia, este 'galardão'...que naturalmente nenhuma cidade o quereria ter, significa muito simplesmente que é ainda mais congestionada do que grandes cidades como Madrid ou Barcelona.

Quem o afirma é o relatório anual TomTom Traffic Index 2019 e que analisa o congestionamento de trânsito em 403 cidades de 56 países, em seis continentes.

Isto no caso aqui em concreto traduz-se em números algo alarmantes, já que são perdidos uma média de 42 minutos por dia no trânsito!!

E repito...por dia!

Ao fim de um ano e novamente num cálculo médio, representa cerca de 160 horas de tempo gasto (a mais) em deslocações. 

Isto é muito tempo...muito tempo em que se está preso num congestionamento, muitas vezes em filas intermináveis.

Diria que são mais uns pontos favoráveis aos motociclos e às deslocações habituais em 2 rodas (ou 3...), já que estes números não seriam nem de perto comparáveis se também fossem objecto de estudo. ;)


Alguns artigos sobre o tema, começando desde logo com o relativo ao TomTom Traffic Index 2019:


https://www.tomtom.com/en_gb/traffic-index/

https://www.autofoco.pt/noticia/ver/791496

https://www.noticiasaominuto.com/pais/1265226/lisboa-e-pela-3-vez-a-cidade-com-mais-transito-da-peninsula-iberica
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Junho 05, 2019, 08:14:08, 08:14
Responder #1

mneves

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Nem vejo nada disso diariamente,acho que ja perdi 5 anos de vida so em 8 meses de Lisboa .
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Junho 05, 2019, 08:16:10, 08:16
Responder #2

Vasco Gama

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Eu diria que ganhas-te!!!

 :convivio: :convivio:
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Junho 05, 2019, 08:18:36, 08:18
Responder #3

mneves

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 :convivio: :convivio:
Não, o stress ,o trânsito, a poluição, ruído, não definitivamente, o meu pai andou 40 anos de camião la dentro e hoje nem no carro quer tocar,eu vou é fugir enquanto, ou quando puder
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Junho 05, 2019, 09:06:53, 09:06
Responder #4

pjmartinho

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A notícia aliás é bem recente e dá conta que Lisboa é de facto a cidade mais congestionada da Península Ibérica.

E o pior de tudo é que assim é considerada pela terceira vez consecutiva...

O transito não anda é verdade mas, em contrapartida, tem uns passeios bem largos para se estacionarem as bicicletas e trotinetas  ;)

Junho 05, 2019, 09:28:20, 09:28
Responder #5

Nuno YB

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Vou a Lisboa as vezes que sou obrigado. Actualmente, devido á condição alimentar da minha filhota ( é doente celíaca ), tenho uma consulta anual de controle uma vez por ano, no Hospital de Sta Maria.

Sendo assim, vou lá UMA vez por ano. Sou desafiado a ir ver a bola, a ir ao Zoo ( deste não me safo, um dia destes... ), ir passear á antiga Expo... epá, não, enquanto puder fugir de lá, vou continuar a faze-lo. Morando em Evora, e habituado á calma alentejana, não me vejo a mudar para nenhum centro urbano maior que este. Aliás, eu nem em Evora moro, resido num bairro dos arredores e nem daqui eu me vejo a mudar.
Dou "apenas" este exemplo: demoro 15 minutos de casa até ao serviço, com paragem para café e sempre nas calmas ( resido a cerca de 8 kilometros do serviço ). Não me vejo, nem neste mundo nem noutro, a levantar-me ás 5 da manhã para entrar ás 9, com todo o stress que isso implica...

Mas não me surpreende este "prémio", basta aquela unica vez em que lá vou ou ver um pouco de televisão, para se ter uma ideia do caos generalizado.
Certas pessoas são como aquelas molas mágicas: não servem para quase nada, mas é sempre engraçado atirá-las pelas escadas abaixo...

Junho 05, 2019, 09:40:20, 09:40
Responder #6

Svitre

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O transito na 25 de Abril (quase 2 horas para atravessar no sentido LIS-ALM) foi o click que me fez tirar a carta e comprar a mota. Fora isso, só passo em Lisboa quando tenho que ir a Almada, e é um stress.

Junho 05, 2019, 09:48:40, 09:48
Responder #7

Nuno YB

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O transito na 25 de Abril (quase 2 horas para atravessar no sentido LIS-ALM) foi o click que me fez tirar a carta e comprar a mota. Fora isso, só passo em Lisboa quando tenho que ir a Almada, e é um stress.

Imagino. Evora, que nada tem a ver com Lisboa, é uma cidade muito pobrezinha em termos de infraestruturas de transito. Basta cortarem uma avenida da cintura externa, por pintura de pavimento ou poda de arvores, para engarrafarem o transito todo. E isso tira-me do sério, quando dura 2 ou 3 dias. Ter que lidar com isso todos os dias... dava em doido...
Certas pessoas são como aquelas molas mágicas: não servem para quase nada, mas é sempre engraçado atirá-las pelas escadas abaixo...

Junho 05, 2019, 09:59:07, 09:59
Responder #8

Vasco Gama

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Eu diria que ganhas-te!!!

 :convivio: :convivio:
Não, o stress ,o trânsito, a poluição, ruído, não definitivamente, o meu pai andou 40 anos de camião la dentro e hoje nem no carro quer tocar,eu vou é fugir enquanto, ou quando puder

Referia o facto de andares de Mota, não andares em Lisboa!

Minha rica Serra Da Estrela!
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Junho 05, 2019, 10:16:38, 10:16
Responder #9

2low

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Não é justo comparar coisas não comparáveis.

A malha urbana de Lisboa é fácil perceber-se que é mais antiga que a maioria das cidades lá dos nestros hermanos.

Lisboa tem praticamente "como modernidade" o eixo central que vai dos Restauradores até ao Campo Grande que por sinal já foi pensada na fluência do trafego de carroças  :lolol:
A partir daí são ruas e ruelas sem grande capacidade de fluir o transito e depois temos a ajuda dos idiotas dos pseudo amigos do ambiente e contra os carros (os mesmos que nos anos 90 andavam de jipe ou de Citroen 2cv).
Os mesmos idiotas têm imposto limites de velocidade parvos - 80kmh na 2ª circular, uma estrada sem passeios, com 3 faixas ou mais para cada lado, fora do centro…
Recordo-me ainda daquela avenida que passa junto ao Beato e antes de Santa Apolónia, com radar nos 50kmh - passeia-se por lá muitos peões e até vão ver as lojas do outro lado da rua…  :lolol: :lolol: :lolol:

As cidades actuais foram todas pensadas na utilização do carro, isso não há forma de contrariar!

Agora o Rei Faraó Medina que caiu ali de paraquedas de cardamomo (agora já podem dizer que votaram nele, antes não!) parece que veio para cumprir a promessa que fez lá no Santuário de Fátima, em "vou acabar com os carros e tornar a vida num inferno para quem ande de carro" [faz o que digo, não o que faço] e para isso vou fazer estudos ali no software "Simcity" e tornar a cidade tão bonitinha...
A cidade de Lisboa deixou de permitir ao condutor, aquela típica escolha de percursos conforme a hora do dia e do transito, aquela sensação de se ir perdendo menos tempo por atalhos que ninguém sabe deles mas que vão todos por lá...  :lolol: [na Av Liberdade ao final do dia era bem mais rápido utilizar as vias laterais do que propriamente a zona central e agora é o que se sabe...]
Outra "ajuda" dos idiotas é terem mexido nos semáforos de toda a cidade e antes parecia que estavam feitos para os carros andarem, hoje é oposto, é obrigar a termos de apanhar o máximo de semáforos fechados e ainda termos de ficar lá parados mais tempo… E se julgam que os peões acabaram por ganhar mais tempo de semáforos abertos, muito se enganam!

Espero portanto que esses idiotas de meia tijela vejam bem o que andam a fazer, pensam que por prejudicar a vida dos automobilistas, obrigando a andarem em mais filas, tudo no para arranca que irá fazer eles deixarem de andar de veiculo próprio... aquilo que fazem é isto - aumento de poluição - porque há maior concentração de veículos quase parados num determinado local!!! Até uma criança pode perceber isso...

E não venham com a trampa do blá blá blá dos transportes públicos...
Têm actualmente mais direitos e confortos os animais que são transportados para os matadouros do que propriamente nós, pessoas…
"ah mas os passes agora são baratos…" MAS porra… tiram bancos para andarmos todos ali apertados aos encontrões?!
Isto é um retrocesso, recordo-me dos anos 80, era assim, autocarros apinhados até o máximo de o condutor conseguir fechar as portas…
(normalmente a tatuagem da época era alguém ficar com "utic" marcado na perna)
E está a acontecer com os restantes transportes…
Eu defendia o comboio da ponte (Fertagus) e agora já se vê as carruagens despidas de bancos que permitem levar mais pessoas...
O comboio Fertagus era o único bom transporte que havia da malta da margem sul... até isso conseguiram estragar!
Lá vou eu ter que andar mais de moto... que chatiçe…

A pergunta que faço é, se uma pessoa retirar os bancos do seu carro deixa de conseguir de forma legal circular na via publica por causa da homologação, e então o que acontece com os transportes públicos?
Não existem homologações?
É que um um autocarro sem bancos e com mais passageiros em pé, é mais peso e esforço para os eixos do próprio autocarro… e eu não sou mecânico e pouco percebo do assunto…

Portugal está cheio de "mentes idiotas" que apenas copiam as coisas vindas lá de fora, sem perceberem sequer o que estão a copiar.
"vamos fazer vias apertadinhas para que os carros circulem mais devagar…"
Recordo a esses idiotas e que até são os primeiros em determinadas ocasiões a nos fazerem lembrar que existe uma legislação (julgo que ainda em vigor) lá dos anos 40 (julgo que de 1945) que indica as dimensões técnicas de todas as vias de trafego, dentro e fora da localidade… [posso depois ir procurar, tenho ali algures…]
"vamos fazer os automobilistas andarem aqui em zigue-zague, aos saltos nas lombas para os obrigar a andar mais devagar"
Recordo que existem termos de responsabilidade de técnicos que desenham esses abortos urbanísticos e que em caso de bastantes acidentes com mortos, alguém ira responder em tribunal!
"vamos fazer os automobilistas pensarem duas vezes antes de quererem estacionar em cima do passeio - pois furam pneus - pois agora vamos fazer lancis com perfil recto e acutilante"
Recordo a esses criminosos que um peão ou ciclista ao cair sobre esse "perfil recto e acutilante" que se não for morte imediata… alguém se vai aleijar seriamente!
A própria legislação sobre acessibilidades indica um mínimo de curvatura… que não é cumprido!!! (a legislação que muitos conhecem pela "lei dos coitadinhos" ou "lei dos deficientes" mas que aquilo que é é apenas "lei universal" ou "desenho universal" - que serve para todos!)
etc...

Para concluir… Lisboa quanto muito poderá ser comparável a Paris mas dando um desconto de pelo menos 20% pois Paris é bem mais extensa…
Mas são duas cidades muito parecidas.

nota: A ponte 25 de abril é um mito que é fácil desmistificar pois perde-se bem mais tempo no transito ali na A5 e IC19 (ou final do eixo N-S em direcção a Loures/Odivelas) do que propriamente a atravessar a ponte, excepto determinados dias, mas isso são talvez quê… dois ou três num ano?! Esse mito é criado de certeza pelos da margem norte que apenas têm noção do que é a ponte 25 abril praticamente ao fim de semana e dias de ferias no Verão… quando todos rumam pelo deserto a dentro para irem ali aos osasis da Costa da Caparica…
[mas antes desta coisa dos transportes públicos baratos, notava-se claramente o mesmo transito e confusão que havia antes da Crise Financeira em que vivemos quase uma década…]

nota2: curiosidade - "...pelo terceiro ano consecutivo!..." há quantos anos está lá o Medina? [discípulo do cardamomo]
« Última modificação: Junho 05, 2019, 11:01:45, 11:01 por 2low »
Grão a Grão, Comemos Feijão!
"Nada é para sempre, nem mesmo os problemas", Charlie Chaplin


Junho 05, 2019, 11:09:43, 11:09
Responder #10

JViegas

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Apenas, em média, 42 minutos no trânsito?
Não. É muito mais.

Lisboa está congestionada porque muitas pessoas têm que se deslocar para os seus trabalhos sem qualquer alternativa em meios de transporte públicos viáveis.

E a solução? Passes mais baratos para transportes sem lugares para sentar...ou supressão de carreiras...ou greves (que agora até está mais "calmo"), etc. etc.  :pensador:

Há e a EMEL? Precisa de faturar não? (100€ por cada carro multado - 30€  e bloqueado - 70€).

Este é um prémio que deve envergonhar os governantes, principalmente os que gerem Lisboa.
Sem alternativas viáveis e sobrando apenas aquelas decisões que custam votos, os decisores políticos, vão adiando decisões fulcrais para a boa convivência citadina.

Junho 05, 2019, 13:29:50, 13:29
Responder #11

mneves

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Olhem que a polícia Municipal ja anda a recolher trotinetes e bicicletas  dos passeios,motas levam multa,quem anda no bus sem os direitos,também leva,andam bem atentos....
membro numero 16

Junho 05, 2019, 14:14:13, 14:14
Responder #12

JEKU

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Depende de que periferia se vem para o centro do Lisboa.

Se está um CAOS, está sim senhor, então passando de moto para carro como eu é um horror.

Como o 2low disse e bem, Lisboa é uma cidade do século XIX, foi pensada para aquela altura, e desde então falta tudo, até há boas vias no centro da cidade, mas sinais de 50 em 50 metros, simplesmente não resolve nenhum problema de escoamento de trânsito.

E se o senhor ganha as próximas eleições, quando começarem as obras da 2 circular, para por as árvores... uiiii



Junho 05, 2019, 15:20:31, 15:20
Responder #13

pjmartinho

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nota: A ponte 25 de abril é um mito que é fácil desmistificar pois perde-se bem mais tempo no transito ali na A5 e IC19 (ou final do eixo N-S em direcção a Loures/Odivelas) do que propriamente a atravessar a ponte, excepto determinados dias, mas isso são talvez quê… dois ou três num ano?! Esse mito é criado de certeza pelos da margem norte que apenas têm noção do que é a ponte 25 abril praticamente ao fim de semana e dias de ferias no Verão… quando todos rumam pelo deserto a dentro para irem ali aos osasis da Costa da Caparica…
[mas antes desta coisa dos transportes públicos baratos, notava-se claramente o mesmo transito e confusão que havia antes da Crise Financeira em que vivemos quase uma década…]

 :nice:

Antes de viver em Sesimbra, vivi em Carcavelos. De manhã apanhava a A5 para o centro de Lisboa e só tinha de fazer 17kms desde as portagens de Carcavelos até ao Marquês de Pombal... demorava entre 50 minutos a 1 hora.

De Sesimbra para Lisboa são cerca de 35Kms e, de carro, demoro entre 1:00 a 1:15. De facto, e de vez em quando, lá apanho uma estopada de 2 horas porque houve alguém que se esqueceu de meter gasolina no carro e ele parou em cima da ponte, ou então distraem-se a ver a paisagem e batem uns nos outros ou por outra razão qualquer.

A diferença destas filas de transito é que, para a ponte a fila está sempre a andar... muito devagarinho, mas está sempre a andar (e os momentos de paragem são reduzidos), enquanto na A5 uma pessoa está mais tempo parada do que a andar... quando anda, avança meia dúzia de metros e volta a parar.

Quanto ao IC 19, nem quero pensar o que aquelas alminhas sofrem diariamente  :???:

A vantagem da mota... Lisboa está a 30 minutos de distância a qualquer hora do dia  ;)

Junho 05, 2019, 18:42:00, 18:42
Responder #14

mneves

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Junho 05, 2019, 19:24:23, 19:24
Responder #15

Moto2cool

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Em primeiro lugar 42 minutos não representa o trânsito de Lisboa. A não ser que tenha melhorado muito nos últimos anos, mas do que ouço tem piorado.

Em segundo lugar andar de mota, mesmo sem ser para fintar o trânsito, melhora a qualidade de vida, juntando isso ao facto de se poder evitar paragens excessivas fica a pergunta:  "do que estão à espera?" :) :) :)
Spritmonitor.de" border="0 Suzuki VStrom 650
"Viver a vida não é esperar que a tempestade passe, é aprender a andar à chuva"

Junho 06, 2019, 08:00:11, 08:00
Responder #16

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Apenas, em média, 42 minutos no trânsito?
Não. É muito mais.

(....)

Por isso é uma média de tempo atribuída a cada condutor, numa base diária.

Sendo uma média, não exclui que haja quem, nos seus respectivos trajectos, fique parado mais tempo do que os 42 minutos...ou menos.  :)

Depende dos trajectos de cada condutor, das artérias da cidade que utiliza, das passagens na ponte, das vezes que ficou parado por via de um acidente à sua frente, por causa de obras, enfim... :)

Não faltam razões para que dois condutores, mesmo que vizinhos, não tenham resultados diferentes.  :nice:

A indicação do estudo faz portanto a média do resultado de todos os condutores em determinada cidade.
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Junho 06, 2019, 09:25:53, 09:25
Responder #17

Vasco Gama

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Apenas, em média, 42 minutos no trânsito?
Não. É muito mais.

(....)

Por isso é uma média de tempo atribuída a cada condutor, numa base diária.

Sendo uma média, não exclui que haja quem, nos seus respectivos trajectos, fique parado mais tempo do que os 42 minutos...ou menos.  :)

Depende dos trajectos de cada condutor, das artérias da cidade que utiliza, das passagens na ponte, das vezes que ficou parado por via de um acidente à sua frente, por causa de obras, enfim... :)

Não faltam razões para que dois condutores, mesmo que vizinhos, não tenham resultados diferentes.  :nice:

A indicação do estudo faz portanto a média do resultado de todos os condutores em determinada cidade.

Parece a media dos salários,

1 ganha 4000 euros - 9 ganham 850 cada um, então cada um em  media ganha?! = 1165€!!
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Junho 07, 2019, 10:46:27, 10:46
Responder #18

Lourenço

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O excesso de transito em Lisboa não é originário de Lisboa. Aliás Lisboa, como Paris por exemplo, perderam habitantes e veículos nas últimas décadas.

Lisboa e Paris fazem parte de uma tendência que se resume ao seguinte: o numero de habitantes diminui e simultaneamente o numero de veículos por habitante também diminui, em 1990 46% das famílias tinham um veículo  e hoje só 36% o possuem, sendo que nos jovens de menos de 40 anos existe uma cada vez maior aversão á posse de veículo.
Em Paris estima-se que haja atualmente um excesso de estacionamento equivalente a 96 hectares (96 campos de futebol) a serem desafetados e destinados a outros fins.

Lisboa é uma cidade sobredimensionada para aos veículos dos próprios residentes.
Lisboa tem tuneis, viadutos, avenidas largas, estacionamentos, jardins e outras estruturas suficientes para os seus habitantes e mesmo em dias uteis os problemas existentes verificam-se nas horas de ponta em que entram e saem veículos estranhos á autarquia e aos contribuintes lisboetas, á noite e fins de semana, sobram vias e estacionamentos.

Quem vive nas periferias de Lisboa gostaria de a ver atravessada em estrela e em todos os sentidos por vias rápidas a 2x6 vias com nós de acesso a cada 200 metros e com limites de 120 km/h e viadutos também com muitas vias a rasar todas as varandas e janelas dos residentes, mas os que nasceram e habitam em Lisboa têm outra opinião e gostariam de ter menos transito, menos ruido, menos poluição e menos carros.

Londres e outras cidades resolveram o problema, criando portagens para entrar na cidade, coisa que Lisboa já tem e até foi pioneira em todos os eixos principais, mas cujo valor deve ser aumentado e expandido aos eixos secundários.

A grande diferença entre Paris e Lisboa, alem da escala, é a excelente rede de transportes públicos, dentro da cidade (em Lisboa não sendo tao boa também não é má), mas sobretudo da periferia, até 50/60 km, para a cidade. Nas cidades Portuguesas, no último ano fez-se o mais difícil, inesperadamente, criou-se procura pela diminuição de preços e agora forçosamente a oferta vai aumentar, não funcionaria de outra forma.

PS. Antes de começarem alguns a bater no ceguinho, fui eu que escrevi, mas com o objetivo concreto de realçar (provocar debate) alguns dos pontos de vista mais pertinentes nesta temática.
« Última modificação: Junho 07, 2019, 10:48:00, 10:48 por Lourenço »

Junho 07, 2019, 12:22:59, 12:22
Responder #19

JViegas

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Bom texto companheiro Lourenço numa outra visão de Lisboa.

Dou a minha:
Morei cerca de 30 anos em Lisboa (Olivais, em prédio junto à Gare do Oriente) e desde os meus 18 anos até aos 30 e muitos, trabalhei em Lisboa (Marquês de Pombal).
Fiz esse percurso de autocarro, depois com a Gare do Oriente construída, de metro e em algumas ocasiões no meu carro pessoal.

Do que me lembro dessa utilização (felizmente agora vou a Lisboa "só" para deixar e ir buscar a filha à escola e de mota, com a mãe ainda a ir para Lisboa de enlatado)

1 - Demorava de carro menos tempo do que autocarro e de metro a fazer o percurso Olivais-Marquês de Pombal
2 - Há cerca de 20 anos atrás, tinha algumas dificuldades em arranjar lugar para estacionar, mas era possível e não tinha a EMEL a "regular" o estacionamento.
3 - Na utilização dos meios de transporte públicos que existiam em número suficiente, quer fosse da Carris ou do Metro, andavam a horas e naturalmente mais cheios quando em horas de ponta. Numa greve os "alternativos" funcionavam mais ou menos bem, mas existiam.

O que mudou então?
Da minha visão pessoal e porque, atualmente (4 anos), "apenas" vou a Lisboa de carro por motivos profissionais (e já me chega), o que posso destacar:

1 - Existem determinadas horas em que se pode entrar em Lisboa via A1 muito bem. Mas em questão de minutos tudo muda. Por exemplo é extraordinário o que um acidente faz:
a) Se for na descida para Sacavém, ficam "pendurados" todos os utilizadores da A1, mas quem entra pelos Ralis na 2ª circular está como "peixe na água", não passa nada.
b) Se o acidente for por exemplo à entrada dos Ralis/Aeroporto, esquece...
c) Pior ainda se for pela 2ª Circular "a dentro".

É extraordinário o tempo que se espera pelas autoridades policiais para tomarem conta de um acidente.
Existe uma grande falência em mobilidade mas também nas estruturas de gestão e apoio no trânsito.

E o mesmo se passa para se sair de Lisboa.
Imaginem um terramoto daqueles a sério, com todos a fugirem de carro para longe de Lisboa.  :pensador:

2 - Este exemplo que dei em cima é, infelizmente, apenas 1, mas rapidamente dou outros:
a) Fazer a estrada nacional de Sesimbra em direção à Ponte;
b) Fazer Montijo (via sarilhos grandes) para a Vasco da Gama;
c) Fazer Santa Iria, via Nacional 10 em direção ao Parque das Nações;
d) Fazer o acesso a Camarate no sentido Eixo-Norte Sul em direção por exemplo a Telheiras;
e) Descer o Túnel do Grilo em direção aos Túneis de Benfica... quando ocorre um acidente junto à saída para o metro em Odivelas, ou um pouco mais à frente na área comercial de Odivelas, ou a saída para Belas...

Poderia estar aqui a referir mais exemplos (dos que já experienciei ou dos que vou comentado com amigos que moram fora de Lisboa e utilizam esses acessos). E nem vale apena estar a referir quem utiliza os meios de transporte públicos: vindo do Barreio para atravessar o tejo de barco, ou para vir de comboio de Cascais para Lisboa.

São demasiados exemplos que temos todos conhecimento. E nem abordo a questão dos radares, da má sinalização, do mau estado de algumas vias e da falta de civismo/paciência de uma parte dos condutores.

Lisboa está como muitas outras cidades europeias ou mundiais, é um problema global: muitos veículos a entrarem na cidade sem espaço para os receber: seja por infraestruturas deficientes ou pelo número significativo de veículos.

Soluções?
Algumas ideias:

1 - Acredito que uma das soluções seja uma maior mobilidade melhorando o sistema de transportes coletivos na cidade através da concorrência. Mais empresas a operar, maior escolha e talvez melhor qualidade.
2 - Melhorar a gestão da Carris, CP, Metropolitano, Soflusa, entre outros. São demasiadas as queixas da má qualidade e funcionamento deficitário dos equipamentos. O que acontece ao dinheiro que recebem?
3 - Porque fogem as pessoas de Lisboa? Provavelmente pela especulação imobiliária, onde, por exemplo, uma casa com mais de 30 anos é vendida como nova. Ganham o vendedor (que tem de declarar as mais valias - 50% para o fisco), os bancos com as taxas, as imobiliárias com as comissões e as finanças com impostos.
« Última modificação: Junho 07, 2019, 12:26:41, 12:26 por JViegas »

Junho 07, 2019, 12:44:59, 12:44
Responder #20

2low

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Se não se concorda com o sistema capitalista, então acaba-se com ele.

Trabalhemos todos de borla, sem haver trocas monetárias - acredito que muitos dos problemas mundiais acabariam…

Mas como isso é uma utopia...

Há que haver bom senso geral de todas as pessoas:
- os moradores de Lisboa deverão conseguir estacionar as suas viaturas pessoais mas se tiverem lugares de estacionamento na garagem do prédio não deveriam ter direito a duplicação de lugares na via publica
- os moradores de Lisboa têm de perceber que para muitas pessoas que trabalham em Lisboa e que vêm das periferias, o transporte privado é na grande maioria a única hipótese de se deslocarem - greves dos transportes, horários dos transportes, falta de conforto e qualidade dos transportes e até à pouco tempo atraás o próprio custo dos transportes era exorbitante...  (da margem sul o único transporte que era bom era o Fertagus, até isso estão a estragar... começam a atrasar e estão a deixar de proporcionar conforto...
- os moradores de outros concelhos que se deslocam diariamente no seu transporte privado deverão cumprir a sinalética não estacionando em zonas reservas a moradores
- os moradores de Lisboa têm de entender que a gestão de trefego é da responsabilidade da CMLisboa e que actualmente a politica é "vamos lixar os carros", tendo o sistema de gestão de semáforos que foi sempre melhorado até pelo menos 2014, agora foi alterado e aparentemente foi um retrocesso de pelo menos 15anos - os veículos agora param mais e ficam la mais tempo... o objectivo é também fazer com que as pessoas em vez de seguirem de A para B em linha recta, tenham de sair do centro, contornar a cidade toda para então irem para o ponto B... se isto é politica amiga do ambiente... -> um veiculo para ir de A a B, se for em 800m gasta X lt/100km e polui X mas se for obrigado a ter de fazer um percuso maior de por exemplo o dobro para 1600m, gastará 2X lt/100km e poluirá talvez mais que 2X...  <-
Mas o presidente da câmara municipal ficará descansado que terá menos carros a circular no centro da cidade... uma realidade distorcida portanto...
- .... (vou almoçar, não deu tempo para mais...)

Editado (depois de almoço):
- já estou parado na fila (<0,1kmh) na nova 2ª circular com 1 faixa para cada lado porque para ir do Marquês Pombal à Expo não me apetecia ir ter que ir dar a volta pela Ponte 25 de Abril e depois pela Ponte Vasco da Gama…  (ironia para quem não entendeu) :lolol:
-o faraó Medina a tomar conta das principais vias do país deveria ser giro... A1 transformada com ciclovia, via exclusiva para autocarros e o que sobrasse para os restantes reviculos...
(realmente o software Simcity dá-lhe cá umas ideias... deve usar cheats, só pode! :lolol: :lolol: :lolol:
« Última modificação: Junho 07, 2019, 16:31:53, 16:31 por 2low »
Grão a Grão, Comemos Feijão!
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Junho 07, 2019, 21:29:17, 21:29
Responder #21

Lourenço

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Há que haver bom senso geral de todas as pessoas:
- os moradores de Lisboa deverão conseguir estacionar as suas viaturas pessoais mas se tiverem lugares de estacionamento na garagem do prédio não deveriam ter direito a duplicação de lugares na via publica

Não percebi. Então eu que pago as meu impostos autárquicos, diretos e indiretos, em Lisboa porque resido em Lisboa, tal como os meus vizinhos, se tiver uma garagem própria tenho menos direitos que os meus vizinhos e não posso estacionar no meu bairro como eles podem? A CML vai exigir-me menos impostos ou taxas a mim que aos meus vizinhos? Não, pelo contrário, pelo menos no IMi e outras taxas vai ainda carregar-me mais e teria menos direitos, como não ter o direito de estacionar na minha rua quando os outros teriam? E se eu que moro e pago os meus impostos em Lisboa e entrego as minhas taxas a Lisboa não tiver direito a estacionar na minha rua, quem tem esse direito que eu não tenho? Os que pagam impostos noutros concelhos a outras autarquias porque aí residem mas cujos direitos se sobrepõem ao meu onde eu resido?

- os moradores de Lisboa têm de perceber que para muitas pessoas que trabalham em Lisboa e que vêm das periferias, o transporte privado é na grande maioria a única hipótese de se deslocarem - greves dos transportes, horários dos transportes, falta de conforto e qualidade dos transportes e até à pouco tempo atraás o próprio custo dos transportes era exorbitante...  (da margem sul o único transporte que era bom era o Fertagus, até isso estão a estragar... começam a atrasar e estão a deixar de proporcionar conforto...

Os moradores de Lisboa tem de perceber? Perceber o quê? Que os transportes públicos de acesso a Lisboa são maus e que por isso terão de ir estacionar o seu carro da Ajuda, Olivais, Lumiar, Entrecampos, etc, para a Amadora, Cacem, Corroios, Alverca ou Cascais para providenciar á sua porta, no seu bairro de residência, estacionamento aos restantes que habitam e pagam os seus impostos autárquicos a dezenas de quilómetros? Ou que tem de financiar através da altíssima carga fiscal a que estão sujeitos, a mais alta a nível autárquico do país, as necessidades dos residentes dos concelhos limítrofes em infraestruturas porque os concelhos limítrofes não resolvem os seus próprio problemas a começar pelos transportes públicos, tal como aconteceu com as vagas escolares em que crianças e jovens alunos de bairros centrais de Lisboa tiveram de ser matriculados muito fora do seu local de residência, noutros concelhos, porque os concelhos limítrofes com a responsabilidade do ensino básico e secundário não resolveram os seu problemas de vagas e também por conveniência dos residentes desses concelhos em ocupar as vagas existentes em Lisboa muitas vezes com recurso a moradas falsas?


-o faraó Medina a tomar conta das principais vias do país deveria ser giro... A1 transformada com ciclovia, via exclusiva para autocarros e o que sobrasse para os restantes reviculos...
(realmente o software Simcity dá-lhe cá umas ideias... deve usar cheats, só pode! :lolol: :lolol: :lolol:

O faraó (?) Medina, sendo presidente da CML de Lisboa foi eleito para defender os direitos dos seu eleitores que são os habitantes e residentes de Lisboa, não dos que diariamente se deslocam para lisboa e são eleitores de outras autarquias, tal como os outros presidentes de camaras foram eleitos para defenderem os direitos dos seus eleitores nas respetivas autarquias e se os eleitores dessas autarquias fiscalizassem e fossem exigentes quanto á prestação dos seus órgãos autárquicos há muito que teriam resolvido o problema dos transportes nos seus concelhos conforme as necessidades de deslocação dos seu eleitores.

Foi Medina (com quem até nem tenho grande afinidade politica mas nem por isso deixo de participar nas discussões publicas e usar da palavra individualmente ou através do meu grupo), no seio da AML que impulsionou uma série de medidas recentes para favorecer os transportes públicos tendentes a criar mais procura para ver se por inerência a oferta aumenta e consequentemente evitar as centenas de milhares de veículos que todos os dias entram.

O estacionamento pago em Lisboa é caríssimo e porquê? Devido á pressão do excesso de veículos que entram na cidade todos os dias de manhã e que á noite saem deixando algumas das zonas desertas e indo passar a noite e fins de semana na localidade onde os seus proprietários são residentes, (onde os lugares são de borla a qualquer hora do dia e da semana), sendo que se assim não fosse os lugares em Lisboa seriam mais que suficientes para os residentes e por força da oferta e procura talvez nem fossem pagos ou talvez por muito menos valor tarifário.

É crucial viver a experiência de outras metrópoles europeias e quando os acessos que existem forem reduzidos para metade ou menos por via da criação de corredores e vias exclusivas a transportes públicos, autocarros, trams etc. a circularem em vias exclusivas e prioritárias sem se misturarem com os privados, estaremos a a fazer o que já se fez algures há algumas décadas de forma eficaz. Quando a linha do Oeste for uma alternativa, a linha de Sintra comunicar com a de cascais no exterior, a terceira ponte só ferroviária e para transportes públicos estiver construída e nela circular o ML ou MST, existir a circular SUL intermunicipal ribeirinha, o ML for até 15 ou 20 km de Lisboa, os barcos voltarem ao Oriente, a Vasco da Gama e 25 de Abril tiverem uma via exclusiva a TP com CP e metros ligeiros e com a carris de Lisboa ou outros a circular, a A1, A5, IC19, IC1, etc., a chegar a lisboa estiverem com uma via BUS e idem para a 2ª circular, etc., estaremos a começar a resolver o problema.

As capelinhas são um contrassenso;
A carris só funciona em Lisboa obrigando os clientes a saír no fim do percurso e a seguir noutras empresas até ao destino.
A Rodoviária, Vimeca e outras não podem apanhar clientes a entrar em Lisboa quando já entraram no limite da cidade deixando clientes para o mesmo destino nas paragens.
Os táxis de lisboa levam alguém a Almada, Loures o Setúbal e estão impedidos de apanhar cliente na volta e obrigatoriamente tem de viajar vazios pagando o cliente o retorno e vice versa para os táxis dos concelhos limítrofes.
Etc., etc.
Aberrações que o "faraó" e os alfacinhas gostavam de ver terminadas mas que os presidentes de camaras limítrofes não querem ouvir falar e tem sido assim ao longo de décadas para proteger as sua paróquias desprotegendo os seu munícipes e culpando Lisboa de todos os males e tal como afirmado  "os moradores de Lisboa têm de perceber"...
« Última modificação: Junho 07, 2019, 21:38:01, 21:38 por Lourenço »

Junho 07, 2019, 21:57:32, 21:57
Responder #22

Lourenço

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Bom texto companheiro Lourenço numa outra visão de Lisboa.

Dou a minha:
Morei cerca de 30 anos em Lisboa (Olivais, em prédio junto à Gare do Oriente) e desde os meus 18 anos até aos 30 e muitos, trabalhei em Lisboa (Marquês de Pombal).
Fiz esse percurso de autocarro, depois com a Gare do Oriente construída, de metro e em algumas ocasiões no meu carro pessoal.

Do que me lembro dessa utilização (felizmente agora vou a Lisboa "só" para deixar e ir buscar a filha à escola e de mota, com a mãe ainda a ir para Lisboa de enlatado)

1 - Demorava de carro menos tempo do que autocarro e de metro a fazer o percurso Olivais-Marquês de Pombal
2 - Há cerca de 20 anos atrás, tinha algumas dificuldades em arranjar lugar para estacionar, mas era possível e não tinha a EMEL a "regular" o estacionamento.
3 - Na utilização dos meios de transporte públicos que existiam em número suficiente, quer fosse da Carris ou do Metro, andavam a horas e naturalmente mais cheios quando em horas de ponta. Numa greve os "alternativos" funcionavam mais ou menos bem, mas existiam.

O que mudou então?
Da minha visão pessoal e porque, atualmente (4 anos), "apenas" vou a Lisboa de carro por motivos profissionais (e já me chega), o que posso destacar:

1 - Existem determinadas horas em que se pode entrar em Lisboa via A1 muito bem. Mas em questão de minutos tudo muda. Por exemplo é extraordinário o que um acidente faz:
a) Se for na descida para Sacavém, ficam "pendurados" todos os utilizadores da A1, mas quem entra pelos Ralis na 2ª circular está como "peixe na água", não passa nada.
b) Se o acidente for por exemplo à entrada dos Ralis/Aeroporto, esquece...
c) Pior ainda se for pela 2ª Circular "a dentro".

É extraordinário o tempo que se espera pelas autoridades policiais para tomarem conta de um acidente.
Existe uma grande falência em mobilidade mas também nas estruturas de gestão e apoio no trânsito.


E o mesmo se passa para se sair de Lisboa.
Imaginem um terramoto daqueles a sério, com todos a fugirem de carro para longe de Lisboa.  :pensador:

2 - Este exemplo que dei em cima é, infelizmente, apenas 1, mas rapidamente dou outros:
a) Fazer a estrada nacional de Sesimbra em direção à Ponte;
b) Fazer Montijo (via sarilhos grandes) para a Vasco da Gama;
c) Fazer Santa Iria, via Nacional 10 em direção ao Parque das Nações;
d) Fazer o acesso a Camarate no sentido Eixo-Norte Sul em direção por exemplo a Telheiras;
e) Descer o Túnel do Grilo em direção aos Túneis de Benfica... quando ocorre um acidente junto à saída para o metro em Odivelas, ou um pouco mais à frente na área comercial de Odivelas, ou a saída para Belas...

Poderia estar aqui a referir mais exemplos (dos que já experienciei ou dos que vou comentado com amigos que moram fora de Lisboa e utilizam esses acessos). E nem vale apena estar a referir quem utiliza os meios de transporte públicos: vindo do Barreio para atravessar o tejo de barco, ou para vir de comboio de Cascais para Lisboa.

São demasiados exemplos que temos todos conhecimento. E nem abordo a questão dos radares, da má sinalização, do mau estado de algumas vias e da falta de civismo/paciência de uma parte dos condutores.

Lisboa está como muitas outras cidades europeias ou mundiais, é um problema global: muitos veículos a entrarem na cidade sem espaço para os receber: seja por infraestruturas deficientes ou pelo número significativo de veículos.

Soluções?
Algumas ideias:

1 - Acredito que uma das soluções seja uma maior mobilidade melhorando o sistema de transportes coletivos na cidade através da concorrência. Mais empresas a operar, maior escolha e talvez melhor qualidade.
2 - Melhorar a gestão da Carris, CP, Metropolitano, Soflusa, entre outros. São demasiadas as queixas da má qualidade e funcionamento deficitário dos equipamentos. O que acontece ao dinheiro que recebem?
3 - Porque fogem as pessoas de Lisboa? Provavelmente pela especulação imobiliária, onde, por exemplo, uma casa com mais de 30 anos é vendida como nova. Ganham o vendedor (que tem de declarar as mais valias - 50% para o fisco), os bancos com as taxas, as imobiliárias com as comissões e as finanças com impostos.


Exato, também nunca percebi a demora na resolução dos acidentes; um simples toque origina a perda de milhares de horas potencialmente produtivas. Alguem já equacionou numa tese de mestrado que a demora na resolução atempada dos toques e acidentes numa aglomeração idêntica a AML correspondem em numero de horas perdidas a uma empresa com alguns milhares de trabalhadores a tempo inteiro o que em custos económicos e sociais justificaria mais prevenção, fiscalização e formas mais eficazes de resolução.

Lisboa perdeu habitantes, como outras cidades europeias (apesar de existir atualmente uma reversão) pelos preços mas sobretudo porque onde viviam agregados de 4,5,6 ou mais pessoas é frequente existirem apartamentos de grandes tipologias onde vivem só uma ou duas pessoas, geralmente idosas, alem da terciarização.

Sem duvida que a solução é o transporte coletivo publico diversificado, eficaz, cómodo, rápido e barato mas sobretudo pensado no conjunto de uma grande área metropolitana alem das capelinhas de cada município e com tarifas e bilhética comum a todos sem fronteiras na grande região e felizmente embora alguns estejam contra foi em minha opinião um GRANDE passo que foi dado recentemente e se me tivessem dito há um ano que tal iria acontecer eu não acreditaria. Este transporte coletivo tem de circular e funcionar em vias próprias sem estar sujeito aos acidentes e congestionamentos do transito particular.

Junho 07, 2019, 22:58:00, 22:58
Responder #23

2low

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Parei a meio do que ali li e prefiro não dar seguimento ao que penso, mas antes acrescento que:
-vejo as coisas numa perspectiva técnica da minha área profissional e sempre tento ser justo e diplomático com todos
-durante anos as camaras municipais foram responsáveis por permitirem edifícios habitacionais plurifamiliares que foram construídos com garagens, em os construtores terem oportunidade de vender as garagens à parte das fracções e de muitas delas entretanto terem sido alteradas o uso para que foram feitas e hoje encontramos serviços em pleno funcionamento (garagens, stands e outros); muitos desses edifícios seriam a chave para não haver actualmente tantos problemas de estacionamento nas cidades…(muitos desses serviços também provocam um agravamento do estado de falta de estacionamento nas cidades - stands e oficinas que espalham a frota em redor do stand/oficina, etc...)
-nota: o medina caiu mesmo de paraquedas na cidade de Lisboa porque o cardamomo é o que é, faz o que faz, vale tudo para trepar até ser oportunista e esfaquear nas costas (deve ser do apelido) pessoas da mesma área politica [mas legitimamente o Medina agora é presidente da camara, não era!]

 :backup.to.topic:
-é da responsabilidade do faraó Medina Lisboa ter parado e todas estas noticias que têm vindo a publico, e virão mais…

-cada vez mais as pessoas estão revoltadas com o que lhes sucede, pensam que são casos únicos de problemas e injustiças e em vez de todos juntos tentarem defender os direitos de todos, preferem destilar ódios (se eu quiser também sei jogar nisso, com a mesma face da moeda, posso começar por dizer que não consigo ir ali a praia entre outras tantas coisas) e sempre de forma egoísta virados para o seu umbigo - julgo que se deveria apontar espadas era aos "berardos" deste país - e não greves pontuais e sectárias que apenas vai beneficiar alguns até ainda haver margem de manobra do governo…
-antigamente as pessoas deixavam de se falar por serem de outro clube de futebol, da religião e da diferente cor politica, pelos vistos caminhamos para uma nova forma de as pessoas deixarem de se dar - a localização geográfica dentro da mesma área metropolitana [é cada vez mais insuportável de ver o odio destilado em vários grupos de facebook de moradores de varias cidades da margem sul como tambem de Lisboa e restantes cidades da perfiria na margem norte] [andarem os de vila de cima à guerra com os de vila de baixo não resolve nada, só pela piada do anuncio do detergente Fairy...]
-e como acabei por dizer algumas coisas que penso, fico por aqui

« Última modificação: Junho 07, 2019, 23:04:01, 23:04 por 2low »
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Junho 07, 2019, 23:58:05, 23:58
Responder #24

Lourenço

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Posso estar enganado mas identifico algum azedume talvez em relação a outras questões. E insisto, todos temos os mesmos direitos (e deveres) de uma forma geral e não é por determinada pessoa ter uma garagem ou acesso a uma, que deixa de ter o direito de estacionar o seu carro ou mota onde os demais podem estacionar nomeadamente na via publica e nem percebo em que é que os erros ou incompetência dos eleitos ou as chico espertices dos patos bravos tem a ver com a questão, (e muito menos o paraquedas do Medina).

A convivência cívica de muitas pessoas em determinada área, sobretudo se em grande densidade, pressupõe regras ainda mais elaboradas mas iguais para todos e o interesse do coletivo predomina de forma absoluta sem nunca, mas mesmo nunca, privar alguém ou um grupo de um seu direito de forma discriminatória em relação aos demais.

Quanto a umbigos, clubes, religiões, cores politicas, etc, são tudo faces de uma moeda que não tem curso aqui, pelo menos para mim. O que tem importância aqui é que se devem abolir as fronteiras de municípios em termos de transportes públicos coletivos e mobilidade sendo que se os problemas são comuns e transversais á região ou grande área metropolitana devem ser resolvidos em conjunto e não é denegrindo A, B ou C que se vai na direção certa e muito menos descriminando, atribuindo ou retirando direitos conforme as conveniências ou património de cada um ou sob que critério seja ele qual for. Os problemas próprios e exclusivos a cada município devem ser resolvidos por cada um e os seus munícipes chamados a pagar a respetiva fatura ou a recolher os frutos do seu empenho, nem mais nem menos. Que venha a regionalização, pura e dura, de que aliás a transferência de competências para as AMLs em matéria de transportes é um bom exemplo, para que cada qual se interesse mais pela gestão próxima do bem comum e deixar de fazer parte dos 70% perdendo o seu tempo a ver a banda passar ou a sonhar com privilégios imaginando o direito de retirar arbitrariamente direitos aos outros.


Junho 08, 2019, 08:14:11, 08:14
Responder #25

Moto2cool

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Algumas notas, umas das quais já são faladas.

As políticas de estradas têm sido orientadas para a facilitação do acesso à cidade. Isto reduz as filas para entrar mas aumenta a confusão dentro da cidade.
As estradas para chegar a Lisboa normalmente têm decisão do governo central.

Dentro de Lisboa o aumento de veículos cria problemas de estacionamento. Que sendo escasso tem como consequência um valor económico que não se pode desprezar isto é o preço depende da procura, por isso existem zonas.
Mas as excepções para habitantes limitam muito o estacionamento disponível e qualquer alteração deste status teria consequências políticas (a gestão do estacionamento é municipal logo que tem o poder são os moradores)

Por último não existem políticas consistentes no uso de transportes públicos, enquanto forem mais lentos que o uso de viatura própria e de horário aleatório (para não falar do incómodo) é preciso ser um pouco esquizofrénico para preferir ir de autocarro.

Resumindo, o poder central quer agradar a todos por isso facilita o acesso à cidade de viaturas particulares, o poder local quer agradar aos residentes por isso reserva muito do escasso estacionamento para os locais = mais carros a chegar e menos locais para estacionar logo mais caos.

Estes nó só pode ser resolvido com transportes públicos mas a última grande revolução nesta área foi a criação do metropolitano e já vão umas décadas, o resto são soluções desgarradas e pouco credíveis.

Uma solução intermédia é o incentivo ao uso de transportes individuais, que ocupem pouco espaço nas filas e no estacionamento, como bicicletas e motas, e podia ser feito com aumento de locais de estacionamento reservado com estruturas fixas de segurança, com políticas de corredores mais extensivas devendo vir desde o exterior da cidade, com espaço reservado imediatamente antes dos semáforos, com revisão dos pisos.
Já agora com redução da carga fiscal nas motas e bicicletas, na redução de portagens (cá estou a puxar a brasa à minha sardinha :))
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"Viver a vida não é esperar que a tempestade passe, é aprender a andar à chuva"

Março 24, 2020, 07:42:32, 07:42
Responder #26

Sapiens21

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Reabro este tópico para dar conta daquilo que, em boa medida, já era esperado que assim viesse a suceder....

Ou seja, no levantamento mais recente relativamente ao tráfego rodoviário, houve uma diminuição nas autoestradas portuguesas, em média, de cerca de 75%, entre a semana que terminou a 14 de março e até ao dia 22, altura em que o Marcelo decretou o estado de emergência.

Vale isto por dizer que as A.E. passaram a ficar "às moscas" quase de um momento para o outro e não se vislumbra, segundo vamos ouvindo nas notícias, precisão certeira para que isto se venha a inverter...

Um link para vossa leitura:

https://www.autofoco.pt/noticia/ver/835485
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Março 24, 2020, 08:52:35, 08:52
Responder #27

Moto2cool

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Pelo menos devem reduzir-se os acidentes e as mortes na estrada
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