Autor Tópico: Inspeção obrigatória a motociclos...o eterno 'será que sim, será que não'  (Lida 39200 vezes)

Setembro 30, 2021, 22:17:21, 22:17
Responder #200

TMXR

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A tua opiniao é pertinente e concordo que motos que nao estejam de acordo com as condições mínimas de circulacao devem ser colocados fora da estrada, mas suscita-me as seguintes questoes:


- por os travoes estarem a chiar nao quer dizer que não travem. a minha moto atualmente esta com uma chiadeira a baixa velocidade e nao é por isso que nao trava, alias, com um sistema de 2 discos XXL e 2 bombas Brembo M50, arriscaria a dizer que trava melhor do que 95% das motos que estão a andar na estrada.

Quanto a chiadeira no motor, provavelmente será da transmissão, vulgo, do variador... também pode não estar nas melhores condições mas eventualmente não será por isso que ter de causar ou sofrer um acidente.


- A pcx que das como exemplo não esta abrangida no grupo de motos a ser inspecionada, portanto, o facto de haver inspeções não a colocariam fora da estrada

- o exemplo que das é de um veiculo usado para fim profissional e nao para fim particular. Existe uma diferença muito grande, tanto que no seguro ha uma pergunta que fazem acerca de qual a finalidade de utilização do veiculo. No caso dos veículos, todos os comerciais estão sujeitos a IPO desde o seu primeiro ano, o que se justifica devido a tipo de utilização intensiva e de maior desgaste. No caso das motos nao ha ou pelo menos nao se ouviu falar que este facto obrigasse a IPO. Sendo a maioria das motos utilizadas para a estafetagem, entrega de refeições, etc de muito baixa cilindrada, também não acredito que venham a ser.



Agora, o outro lado... tenho uma Multistrada 1260S e se a levasse amanha ao IPO teria problemas, segundo por um profissional da área na passada 4a feira poucos momentos depois de ter tirado a foto que postei acima. A moto esta no estado em que se vê, toda stock... tudo... não tem um parafuso que não tenha saído da linha de montagem e ate os pneus sao os mesmos.






E consegues adivinhar porque chumbaria no IPO???



Pois é, não meti alias aquelas linhas por acaso, as malas laterais com que a moto saiu de fabrica saem fora da linha do guiador o que seria um problema segundo ele. sao uns 10 a 15 cm para cada lado. Depois de lhe perguntar como é que teriam problemas com umas malas que sao inclusive desenhadas única e exclusivamente para este modelo, a resposta ipsis verbis foi "é a lei em Portugal, para umas coisas é melhor e para outras é pior"  :???:


Sinceramente, para mim, estou-me a marimbar... levo a moto a inspeção sem malas, se der problemas, também posso comprar outro modelo qualquer que não tenho problema nenhum com isso (a GS com malas vários encolhidas, elas ficam dentro da linha do guiador). Agora, aquilo que o Estado não tem direito e em pegar numa lei qualquer estupida, desatualizada e completamente arbitraria e me vir chatear ou ter de me sujeitar à boa disposição de algum policia ou funcionário de IPO ao empurrar-me para o lado de lá da lei, porque tenho a certeza de não estar a cometer qualquer crime. Mas como o tecnico muito bem referiu, estamos em Portugal e sabemos como as coisas funcionam.

por esse motivo, dia 16 estarei na manif  :nice:
Yamaha Tmax 500/530 * BMW C Evo/R1200GS/1250 GS/1200 GSA/1200 RT * KTM 1290 SAS *  Trimph Tiger 800 XRT / Street Triple RS * Ducati Multistrada 950S/1200S/1260S/Enduro *  Kawazaki Z900  * MV Agusta Turismo Veloce Lusso * Honda Crf300l

Outubro 08, 2021, 12:44:41, 12:44
Responder #201

PBarros

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Boa tarde a todos.
Só um pequeno update.....(que vale o que vale, claro):
Acabei de vir da inspeção com a viatura (ligeiro) da firma, e em "amena cavaqueira" com o inspecionador sobre as motas, ele disse que da parte dos centros de inspeção ainda não tinham uma única indicação/informação. E da parte dos inspetores ninguém sabia de nada sequer sobre a formação que irao ter.....
Ou seja, sabem tanto como nós.....o que circula na NET....

A ver vamos....

Cumprimentos ✌️
« Última modificação: Outubro 08, 2021, 12:45:58, 12:45 por PBarros »
“Viagem de moto, vontade de muitos, coragem de poucos.”

Outubro 08, 2021, 14:00:33, 14:00
Responder #202

ALCLCF

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Como dizia outro, ainda vou ser reprovado por falta de silenciador no sistema de escape.....

Outubro 08, 2021, 16:42:13, 16:42
Responder #203

dfelix

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E da parte dos inspetores ninguém sabia de nada sequer sobre a formação que irao ter.....

Este senhor não concorda...



Já em 2018 afirmava que os centros estavam preparados e os técnicos formados.
Provavelmente o da Dourasil que lhe pertence. Tal como os da INSPAUTO, CIV, CONTROLAUTO, BETOREL, etc que são propriedade de outros órgãos sociais da ANCIA.

Afinal, segundo as próprias palavras eles vão "continuar a ser chatos na defesa do setor"!

E aos poucos estão a conseguir.

« Última modificação: Outubro 08, 2021, 16:43:45, 16:43 por dfelix »

Outubro 08, 2021, 17:38:57, 17:38
Responder #204

PBarros

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De qualquer forma o tempo está a passar e rapidamente chega o Janeiro....
Vamos ver o que nos ( motociclistas) está reservado....
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Outubro 16, 2021, 18:02:04, 18:02
Responder #205

Sapiens21

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Outubro 18, 2021, 18:34:56, 18:34
Responder #206

SARider

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Aqui a reportagem motovlog do evento em Lisboa:


Ainda representa um belo numero de eleitores em potencial.... pode ser que faça a diferença.
 
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Outubro 18, 2021, 19:14:22, 19:14
Responder #207

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Não vai fazer nada....

Ainda que de certa maneira concorde com algumas (ou partes) das coisas que se podiam ler nas folhas de tamanho A4 que muitos motociclistas levantavam bem alto, a manifestação - seja a de Lisboa ou a do Porto - não resultarão em nada.


"Inspeções garantem receitas, não previnem a sinistralidade"
"Segurança sim, negócio não"
"Já chega, não nos roubem mais"
"IPO não previne 97,3% dos acidentes".


Se é para avançarem...que me desculpem mas incluam todas.
Não apenas a partir de 125cc.
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Dalai Lama

Outubro 18, 2021, 20:05:53, 20:05
Responder #208

SARider

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Não vai fazer nada....



É bem possivel que tenhas razão...
    Entretanto o pessoal enquanto protesta também se diverte!
 :convivio:
 
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Novembro 29, 2021, 21:45:00, 21:45
Responder #209

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Editei aqui o título do tópico que criei há uns anos sobre esta matéria, por forma a adaptá-lo à realidade que teremos em breve...

Ou seja, tudo aponta (e corrijam-me por favor se estou errado) para que de facto avancem as inspeções periódicas obrigatórias para as motas a partir de 125 centímetros cúbicos (cc), passando esta obrigação a entrar em vigor a 1 de Janeiro de 2022, cumprindo uma transposição da diretiva europeia.

Estamos a cerca de 1 mês...mais coisa menos coisa.  :read.calm:
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Novembro 30, 2021, 12:14:34, 12:14
Responder #210

dfelix

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Estamos a cerca de 1 mês...mais coisa menos coisa. 

Aposto com qualquer um, que ninguém vai tocar neste tema antes das eleições.



Novembro 30, 2021, 12:42:32, 12:42
Responder #211

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Sim, entendo que sim. É o mais certo, de facto.

As 'preocupações' agora são outras.
No papel a coisa aparentemente está para iniciar a Jan/2022...mas na prática há muita coisa agora em suspenso, nomeadamente medidas previstas no orçamento e iniciativas legislativas na Assembleia da República.
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Novembro 30, 2021, 13:45:21, 13:45
Responder #212

ricardmag

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Boas,

alguém pode esclarecer se a regra de ir a primeira vez após 4 anos e depois 2, se mantém nas motas ?

Cumprimentos
"Quando a música acaba, apagam-se as luzes." The Door's


Novembro 30, 2021, 23:01:02, 23:01
Responder #213

EML

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Boas,

alguém pode esclarecer se a regra de ir a primeira vez após 4 anos e depois 2, se mantém nas motas ?

Cumprimentos

Acho que as inspeções às motas vão ter que esperar por um novo governo!
Se calhar, o melhor era um governo à belga que demorou anos a formar-se e, entretanto, o país teve um bom crescimento. :lolol:
Boas curvas!
Sym Symphony 125 ST (8/2018) - 2,65 l/100 km (19690 Km - 02/10/2023)

Dezembro 01, 2021, 15:00:15, 15:00
Responder #214

JoãoPVCarvalho

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Estamos a cerca de 1 mês...mais coisa menos coisa. 

Aposto com qualquer um, que ninguém vai tocar neste tema antes das eleições.
Como é óbvio...
Ninguém vai agora desperdiçar votos. Assim como nenhum partido depois de estar no poder vai perder a oportunidade de encaixar mais uns €uros em receita fiscal, já para não lembrar os grupos de interesse envolvidos nesta estória.

Enviado do meu VOG-L29 através do Tapatalk

Um planeamento cuidado é meio caminho andado.✌
by JDilemas

Dezembro 02, 2021, 10:03:29, 10:03
Responder #215

JViegas

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Ora do que leio do DL n.º 144/2012, de 11 de julho, com a ultima alteração feita pelo DL n.º 144/2017, de 29 de novembro, mais precisamente no n.º 2 do artigo 18º:

"Artigo 18º
Entrada em vigor e produção de efeitos
(...)
2 - A obrigatoriedade de inspeções periódicas a motociclos, triciclos e quadriciclos, bem como reboques e semirreboques referidos no n.º 3.1 do anexo i do presente diploma só produz efeitos a partir da publicação da portaria referida no n.º 5 do artigo 11.º"


Ora indo ao n.º 5 do artigo 11º, o mesmo diz o seguinte:

"5 - A calendarização das inspeções periódicas aos motociclos, triciclos e quadriciclos, bem como reboques e semirreboques referidos no n.º 3.1 do anexo i do presente diploma, é aprovada por portaria do membro do Governo responsável pela área dos transportes."

No dia 20 de setembro o secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, em declarações ao "Jornal de Negócios", disse o seguinte:

"A partir de 1 de janeiro de 2022 todas as motas de 125 centímetros cúbicos para cima passam a ter de ir à inspeção." (...) "O decreto-lei está em circuito legislativo e vai ser aprovado em conselho de ministros em breve", afiançou o secretário de Estado, em declarações ao mesmo jornal."

Aqui: https://www.jn.pt/economia/inspecao-obrigatoria-das-motas-arranca-em-janeiro-de-2022-14139327.html

Ainda fiz uma pesquisa no google mas não encontrei a portaria aprovada. Será porventura seguro afirmar que a mesma ainda não foi ainda publicada.
https://www.parlamento.pt/Paginas/Ultimosdiplomasaprovados.aspx

Será que a manifestação motard surtiu efeitos?
Será que a dissolução do governo "atrasou" esta portaria e outras tantas?

Dezembro 02, 2021, 18:31:27, 18:31
Responder #216

2low

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Ora do que leio do DL n.º 144/2012, de 11 de julho, com a ultima alteração feita pelo DL n.º 144/2017, de 29 de novembro, mais precisamente no n.º 2 do artigo 18º:

"Artigo 18º
Entrada em vigor e produção de efeitos
(...)
2 - A obrigatoriedade de inspeções periódicas a motociclos, triciclos e quadriciclos, bem como reboques e semirreboques referidos no n.º 3.1 do anexo i do presente diploma só produz efeitos a partir da publicação da portaria referida no n.º 5 do artigo 11.º"


Ora indo ao n.º 5 do artigo 11º, o mesmo diz o seguinte:

"5 - A calendarização das inspeções periódicas aos motociclos, triciclos e quadriciclos, bem como reboques e semirreboques referidos no n.º 3.1 do anexo i do presente diploma, é aprovada por portaria do membro do Governo responsável pela área dos transportes."

No dia 20 de setembro o secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, em declarações ao "Jornal de Negócios", disse o seguinte:

"A partir de 1 de janeiro de 2022 todas as motas de 125 centímetros cúbicos para cima passam a ter de ir à inspeção." (...) "O decreto-lei está em circuito legislativo e vai ser aprovado em conselho de ministros em breve", afiançou o secretário de Estado, em declarações ao mesmo jornal."

Aqui: https://www.jn.pt/economia/inspecao-obrigatoria-das-motas-arranca-em-janeiro-de-2022-14139327.html

Ainda fiz uma pesquisa no google mas não encontrei a portaria aprovada. Será porventura seguro afirmar que a mesma ainda não foi ainda publicada.
https://www.parlamento.pt/Paginas/Ultimosdiplomasaprovados.aspx

Será que a manifestação motard surtiu efeitos?
Será que a dissolução do governo "atrasou" esta portaria e outras tantas?

JViegas, iria ser aprovado brevemente o Decreto Lei... a Portaria (técnica) é outra coisa diferente e que ainda ninguém falou e que vai demorar uns bons meses ou anos a ajustar pelo que... suspeito que lá para 2023/2024 possa haver inspecções, isto se entretanto se se chegar à conclusão na fase da portaria das impossibilidades e dificuldades técnicas na realização das inspecções, pelo menos na uniformização de testes entre outros assuntos...

Sobre o Decreto Lei, estando este governo em gestão, julgo que não tenha sido possível realizar em tempo útil a fase de votação ou lá como eles decidem a coisa...

A manifestação motard julgo que não tenha tido efeito algum nas decisões tomadas e a tomar...
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Dezembro 03, 2021, 11:00:29, 11:00
Responder #217

JViegas

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Repara que o Decreto-Lei está aprovado desde 2012, mas à semelhança de muitos Decretos-Lei que existem por Portugal, alguns aguardam a publicação de Portarias, o que, como saberás, impedem a aplicação na totalidade ou entrada em vigor do mesmo Decreto-Lei.

Dou-te um exemplo:

Desde 2018 que existem competências que vão passar do Governo (sua gestão) para as autarquias locais, no entanto essas (autarquias) podem decidir não aceitar as mesmas até ao termo de um prazo (em alguns casos terminam nos primeiros meses de 2022). No entanto e apesar da entrada "forçada" do Decreto-Lei o mesmo não pode ser aplicado sem a especificação por Portaria/Despacho da tutela.

O mesmo se passa (penso eu) com o das inspeções das motas. Apesar do prazo da aplicação da Diretiva Europeia estar a terminar, sem a publicação da Portaria nada pode entrar em vigor mesmo que os Centros de Inspeção digam que estão "preparadíssimos".

Logo um atraso "estratégico" relacionado com a publicação de uma Portaria como a que estamos a "falar" de um Governo que cessou funções veio mesmo a calhar junto da comunidade.

Dezembro 03, 2021, 11:59:36, 11:59
Responder #218

2low

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Repara que o Decreto-Lei está aprovado desde 2012, mas à semelhança de muitos Decretos-Lei que existem por Portugal, alguns aguardam a publicação de Portarias, o que, como saberás, impedem a aplicação na totalidade ou entrada em vigor do mesmo Decreto-Lei.

Dou-te um exemplo:

Desde 2018 que existem competências que vão passar do Governo (sua gestão) para as autarquias locais, no entanto essas (autarquias) podem decidir não aceitar as mesmas até ao termo de um prazo (em alguns casos terminam nos primeiros meses de 2022). No entanto e apesar da entrada "forçada" do Decreto-Lei o mesmo não pode ser aplicado sem a especificação por Portaria/Despacho da tutela.

O mesmo se passa (penso eu) com o das inspeções das motas. Apesar do prazo da aplicação da Diretiva Europeia estar a terminar, sem a publicação da Portaria nada pode entrar em vigor mesmo que os Centros de Inspeção digam que estão "preparadíssimos".

Logo um atraso "estratégico" relacionado com a publicação de uma Portaria como a que estamos a "falar" de um Governo que cessou funções veio mesmo a calhar junto da comunidade.

Continuo a pensar que o que esteja para breve seja um novo Decreto Lei a transpor a ultima Directiva Europeia, faltando depois a Portaria onde se define os aspectos técnicos...
Ou seja... um novo Decreto Lei que vem substituir o anterior de 2012 mas que introduz as ultimas directivas europeias... uma espécie de actualização.
Pelo menos nos artigos que li na comunicação social, falam em Decreto Lei e não em Portaria...

 :pensador:
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Dezembro 03, 2021, 15:15:41, 15:15
Responder #219

JViegas

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Repara, daquilo que entendo e dos meus parcos conhecimentos:

O que o Decreto-Lei refere é a "5 - A calendarização das inspeções periódicas aos motociclos, triciclos e quadriciclos, bem como reboques e semirreboques referidos no n.º 3.1 do anexo i do presente diploma, é aprovada por portaria do membro do Governo responsável pela área dos transportes."

O Decreto-Lei 144/2012, de 11 de julho teve 3 atualizações e mais 1 retificação:
https://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?nid=1762&tabela=leis&so_miolo=

Ora quando nos referimos ao Decreto-Lei das "inspeções" que na realidade se chama:  REGIME DE INSPEÇÕES TÉCNICAS DE VEÍCULOS A MOTOR E SEUS REBOQUES (desculpa o copy e paste) referimo-nos ao Decreto-Lei n.º 144/2012, de 11 de julho com as alterações do Decreto-Lei n.º 144/2017, de 29 de novembro. (curiosamente ficaram com o mesmo número - coincidência legal)

Penso que a Diretiva Europeia era de 2014 e foi com esta versão (144/2017, de 29/11) que o Legislador integrou a Diretiva... mas foi criada a ressalva através do n.º 5 que transcrevi em cima.

O IMTT também tem aqui competências (será que todos os pareceres já foram dados?), e ainda: segundo o Secretário de Estado "apenas" estaria a aguardar a votação em Conselho de Ministros.
Nas votações "a metro" que o Governo fez nada foi votado nessa matéria, atendendo ao site da Assembleia da República, logo esperamos por Governo novo, Ministro novo e submissão à Assembleia da República para votação e entrada em vigor.

Não acredito que seja em Janeiro de 2022.

Dezembro 03, 2021, 18:12:46, 18:12
Responder #220

dfelix

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A manifestação motard julgo que não tenha tido efeito algum nas decisões tomadas e a tomar...

Serviu para demonstrar que é uma medida pouco popular.
E medidas pouco populares não são muito apreciadas em períodos de eleições.

Mas descansa...
É uma directiva Europeia e como bom bom seguidor que Portugal é... naturalmente avançará.
Portanto é uma questão de tempo até poderes gritar vitória.
E orgulhosamente todos os anos pagares 30 ou 40 paus a troco dum papelinho que te dará a garantia que não fazes parte dos 0,3% de acidentes resultantes de falha mecânica.  :)

Dezembro 30, 2021, 01:13:25, 01:13
Responder #221

Cross

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Adiada!!! E a saga continuará...

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Bom Senso e Senso Comum nunca fez mal a ninguém!

Dezembro 30, 2021, 09:58:35, 09:58
Responder #222

Sapiens21

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Tinha lido logo pela manhã bem cedo o mesmo...

A dissolução da Assembleia da República adiou 'a coisa'.  :)

https://www.jn.pt/nacional/inspecao-obrigatoria-as-motas-aguarda-por-tecnicos-14449748.html

"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Dalai Lama

Dezembro 30, 2021, 13:47:28, 13:47
Responder #223

ALCLCF

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Uma dúvida (que já me lixei este ano com o veículo).

Se eu trocar amortecedor também tenho de averbar no livrete da mota?

Dezembro 30, 2021, 14:06:14, 14:06
Responder #224

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Não creio...mesmo!

Uma alteração que implica averbamento será...alteração da cor do veículo, alteração da lotação do veículo, alterações visuais (painéis, etc), alterações evidentes na iluminação, colocação de jantes mais largas / mais estreitas, entre outras.

Agora mudar o amortecedor na moto (presumindo que  tem homologação regulamentada por Diretivas da UE).  :pensador:
Não creio...
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Dezembro 30, 2021, 17:29:00, 17:29
Responder #225

ALCLCF

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A regulamentação europeia interessa pouco ou nada na minha experiência, porque basta deixarem a anotação.
Mesmo que o amortecedor seja de fornecedor europeu e haja certificação para marca/modelo, o que me dizem é » tem de submeter ao IMT e averbar

Vai a IPO e tenho sempre malta a implicar por tudo: alinhamento; amortecedores que não são de origem (boa sorte a encontrar amortecedores sejam eles quais forem com :'(), etc

Desta vez foi o mecânico e cito (dashcam :D) » "Não tem papelada vai para o caralh***o na próxima" :lolol:

Por acaso o amortecedor traseiro era coisa que queria trocar na mota numa próxima revisão

Dezembro 30, 2021, 17:58:48, 17:58
Responder #226

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Isso é muito estranho...
A bem dizer, o que diz o mecânico, não faz lei. :)

Uma troca do amortecador traseiro, sendo certificado para o modelo em questão e a cumprir lá às certificações CE, não percebo como terá de se submeter ao IMT para averbar.

Caramba, é um amortecedor.

É que assim, por esse andar, daqui a pouco até se implica com umas simples peseiras.  :pensador:
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Dalai Lama

Janeiro 04, 2022, 07:32:32, 07:32
Responder #227

MotardFeio

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Sombra, Saúde e "não vamos ferir susceptibilidadezinhas"...
Que deus não pode dar tudo!!!

A tua liberdade acaba onde começa a minha

Janeiro 04, 2022, 10:00:29, 10:00
Responder #228

ALCLCF

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Isso é muito estranho...
A bem dizer, o que diz o mecânico, não faz lei. :)

Uma troca do amortecador traseiro, sendo certificado para o modelo em questão e a cumprir lá às certificações CE, não percebo como terá de se submeter ao IMT para averbar.

Caramba, é um amortecedor.

É que assim, por esse andar, daqui a pouco até se implica com umas simples peseiras.  :pensador:

Estranho?

Muito simples, tenho um veículo que teve de substituir 3 amortecedores de origem com 60mil km todos rebentados. Dado o veículo e contexto actual só consegui arranjar 4 Koni Sport (infelizmente reguláveis no rebound) específicos.

Achas que passa numa inspecção normal? Não passa. E só passou por especial favor porque a troca de amortecedores tinha sido no dia anterior.

Portanto vem a saga de tentar (independentemente do custo) averbar em livrete....amortecedores.

Estória da semana passada. Em Portugal, qualquer alteração é para ser averbada, seja legal ou não.

Janeiro 04, 2022, 10:30:46, 10:30
Responder #229

Sapiens21

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(....)Em Portugal, qualquer alteração é para ser averbada, seja legal ou não.

É precisamente isso que não "encaixa".

O que pode ser considerado então uma...alteração??

Eu mudei as escovas por umas Bosch, com as mesmas características...não houve nada, nem anotação.

Eu troquei os discos e pastilhas (frt.) há um ano atrás no veículo da minha mulher, sensivelmente com as mesmas especificações do que tinha de origem...não houve nada, nem anotação.

Em que é que uns amortecedores no meu veículo, se acaso os trocasse, iriam implicar a reprovação do mesmo?
Só se fossem manifestamente desadequados para o veículo em questão, não tivessem certificação CE, ou então viessem mesmo a alterar a altura ao solo original do veículo, fosse para o rebaixar ou aumentar a sua altura.

Por favor não leves a mal a minha incredulidade nisto meu caro  :nice: :nice: e naturalmente acredito nas vicissitudes por que tens passado (ou excesso de minudências dos examinadores)  8) mas reportando-me ao meu caso e ao meu veículo, uns amortecedores idênticos aos de origem, se acaso mudados por os anteriores estarem nas lonas, não consigo conceber como tratando-se de uma alteração.

Eu se calhar, na mesma situação por que passaste e estando a falar de amortecedores com idênticas especificações ou mesmo destinados ao mesmo modelo...se calhar batia o pé e pedia para me mostrar onde está escrito que tinha de ser averbado.  :zangadoregras:
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Janeiro 04, 2022, 12:06:38, 12:06
Responder #230

VCS

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Estranho?

Muito simples, tenho um veículo que teve de substituir 3 amortecedores de origem com 60mil km todos rebentados. Dado o veículo e contexto actual só consegui arranjar 4 Koni Sport (infelizmente reguláveis no rebound) específicos.

Achas que passa numa inspecção normal? Não passa. E só passou por especial favor porque a troca de amortecedores tinha sido no dia anterior.

Portanto vem a saga de tentar (independentemente do custo) averbar em livrete....amortecedores.

Estória da semana passada. Em Portugal, qualquer alteração é para ser averbada, seja legal ou não.

Por estarem novos a brilhar o examinador reparou e se calhar porque está mais familiarizado com o carro em questão reparou que tinham características diferentes. Penso que será essa a razão de ter referido que a alteração devia ser necessária, pois é essa a interpretação mais literal das normas.

É o problema de termos uma lei inflexível que quer abarcar tudo e acaba por tudo proibir: o que faz sentido e o que não faz sentido nenhum.


Janeiro 04, 2022, 13:42:41, 13:42
Responder #231

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Estranho?

Muito simples, tenho um veículo que teve de substituir 3 amortecedores de origem com 60mil km todos rebentados. Dado o veículo e contexto actual só consegui arranjar 4 Koni Sport (infelizmente reguláveis no rebound) específicos.

Achas que passa numa inspecção normal? Não passa. E só passou por especial favor porque a troca de amortecedores tinha sido no dia anterior.

Portanto vem a saga de tentar (independentemente do custo) averbar em livrete....amortecedores.

Estória da semana passada. Em Portugal, qualquer alteração é para ser averbada, seja legal ou não.

Por estarem novos a brilhar o examinador reparou e se calhar porque está mais familiarizado com o carro em questão reparou que tinham características diferentes. Penso que será essa a razão de ter referido que a alteração devia ser necessária, pois é essa a interpretação mais literal das normas.

É o problema de termos uma lei inflexível que quer abarcar tudo e acaba por tudo proibir: o que faz sentido e o que não faz sentido nenhum.


A lei pode ser inflexivel, mas o veiculo tem que ter amortecedores. O que deve ser analisado é o seu funcionamento/desempenho e não se são do xinoca, da ferrarri ou outra marca qualquer. A mim, o inspector tinha que explicar tim-tim por tim-tim essa situação.
Em termos genéricos, pode levar "50" marcas diferentes de amortecedores, sem que tenham os mesmos que ser averbados.
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Janeiro 04, 2022, 13:57:55, 13:57
Responder #232

Cross

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Qualquer veículo pode levar material seja de desgaste ou não segundo a especificações do contrutor do veículo rm ququer manutenção. Não tem que ser igual ao que estava e nem da mesma marca. Isso é válido em qualquer caso seja inspecção periódica como garantia official do contrutor que continua válida, mesmo que alguns interesses de alguns sejam beliscados... não é por eles dizerem que é assim ou assado que o torna verdadeiro!

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Janeiro 04, 2022, 14:05:42, 14:05
Responder #233

ALCLCF

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Podem dourar a pílula como quiserem, numa IPO ou numa OS se quiserem dizem » esse componente não é de origem e levam anotação e inspecção B e acabou.

Mesmo componentes opcionais na linha de acessórios da própria marca podem implicar e o cidadão ter de fazer o seguinte e cito:

"Relativamente à sua solicitação indicamos que deverá verificar junto de um concessionário se os acessórios em questão se encontram disponíveis para a sua viatura.

 A marca somente pode emitir declarações para acessórios do fabricante, pelo que para o efeito, necessitamos dos números de acessórios correspondentes, assim como uma declaração do concessionário com essas mesmas indicações."

Janeiro 04, 2022, 15:23:45, 15:23
Responder #234

dfelix

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(...) ou numa OS se quiserem dizem » esse componente não é de origem e levam anotação e inspecção B e acabou.

Esse foi padrão nos últimos dois anos.

Assistiu-se a um aperto na fiscalização aos motocicliclos sob o argumento da prevenção da sinistralidade.

Argumento que apesar de já desmascarado e nem sequer ser a opinião dos próprios técnicos continua a ser uma das bandeiras para a ANCIA defender o seu sector custe o que custar.

Neste momento a fiscalização está nas mãos dos agentes de autoridade.
Apesar de alguns seguirem directivas não oficiais para facilitar o trabalho ou recorrem a esquadras foram convertidas para esse efeito não faltaram situações reportadas (algumas aqui) onde o agente opera sob interpretação individual da lei.

Portanto, é sempre uma questão de sorte.
Não estar no local errado à hora errada onde um agente ou brigada de fiscalização esteja a operar para fazer cumprir os seus objectivos.

Senão, uma simples manutenção adequada duma moto antiga que tenha precisado de componentes substituídos ou melhorados facilmente representará 250€ para o Orçamento de Estado e cerca de 120€ para uma inspecção do tipo B num dos centros que se for associado da ANCIA é mera coincidência.


Janeiro 04, 2022, 15:45:01, 15:45
Responder #235

ALCLCF

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Exactamente....é ao critério individual de quem faz a inspecção, por isso há quem ande a averbar acessórios da marca colocados  :napodeser: na marca no livrete para não se chatear.




Janeiro 07, 2022, 16:07:01, 16:07
Responder #236

ALCLCF

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Só para dissipar dúvidas, agora que já falei com IPO, IMT, Entidade capacitada a homologar alterações/transformações sobre uns simples amortecedores fora do catálogo de acessórios da marca.

Na legalidade só com projecto de transformação e submissão do mesmo ao IMT. É lei, estúpida que nem (porque só fazem o projecto....com certificação europeia e/ou TUV) mas estúpida.

Janeiro 07, 2022, 16:23:27, 16:23
Responder #237

Cross

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Amortecedores não é acessório mas material de desgaste! Algo estranho nisso

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Janeiro 07, 2022, 17:23:54, 17:23
Responder #238

ALCLCF

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Amortecedores, tal como travões e afins são componentes.

Mesmo componentes acessórios podem ser alvo de nota e eles têm a lei do lado deles.
Por isso (por exemplo) uma molas eibach para o meu carro (que vem no catálogo de acessórios) posso de ter de averbar no livrete. A diferença é que basta uma declaração da marca e um relatório (T.D.S) e entregar no IMT (~50€)

Se não for componente de origem ou opcional de origem....projecto de transformação » averbamento no IMT.

Isto é o que vale no limite. Agora se uma pessoa pinta de preto o amortecedor, passa a mão pelas costas do inspector isso são outras opções.

Janeiro 07, 2022, 18:17:14, 18:17
Responder #239

Sapiens21

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Por favor, explica essa parte em que referes atrás "alterações/transformações". :) :nice:

É que uns amortecedores enquadram-se como material de desgaste.

A não ser que os amortecedores que se coloquem num veículo sejam manifestamente diferentes e aí compreendo o enquadramento para "alterações/transformações". Mas só nesse caso....

« Última modificação: Janeiro 07, 2022, 18:32:43, 18:32 por Sapiens21 »
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Janeiro 08, 2022, 00:33:13, 00:33
Responder #240

ALCLCF

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IMT

Citar
Considera-se transformação a alteração da estrutura, carroçaria, motor, sistemas ou componentes, de um veículo matriculado de modelo aprovado.
 
As transformações que impliquem alteração das características regulamentares dos veículos, nomeadamente no que se refere aos seus elementos de identificação ou classificação, que alterem sistemas componentes ou acessórios objeto de homologação ou possam constituir risco para a segurança rodoviária, só podem ser efectuadas mediante autorização prévia do IMT.

Portanto ou é o componente de origem ou no limite da lei a IPO pode chumbar/anotação.

Uma das duas empresas que fazem projectos de alteração

Citar
Sim tratamos.
Os componentes que alterou, neste caso os amortecedores terão de ter
certificado CE ou TUV de fabrico.
Esse certificado terá de ter umas referencias e fazer menção à marca e
modelo do seu veiculo
.

Se for o caso dá para averbar.

Qualquer duvida estamos ao dispor.

Idem aspas ao que o IMT me informou, o IPO me avisou e o mecânico praguejou.

Não é bonito é uma lei de ***** e redundante. Porque temos de fazer um "projecto" mas este só é possível com certificado(s) do componente em causa.
Portanto a lógica seria chegar ao IMT com um CE do componente e averbar directamente e projectos de transformação teriam de envolver componentes sem certificação europeia/TUV para a marca/veículo em questão.

* O manifestamente diferentes é subjectivo. Porque o mesmo amortecedor preto passa em todo lado, o mesmo amarelo não passa em muito lado ;)
« Última modificação: Janeiro 08, 2022, 00:39:35, 00:39 por ALCLCF »

Janeiro 08, 2022, 10:57:54, 10:57
Responder #241

Cross

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No meu ponto de vista algo não quadra aqui.

Isso é valido em transformações ou alterações das estruturas ou  componentes dos veículos.

O próprio artigo define as transformações/alterações e mudar um armortecedor por outro de qualquer marca do mercado desde que seja da mesma especificação não é uma transformações nem uma alteração por definição! Se o componente a substituir carece de homologação então também o novo tem que ser homologado mas com a mesma especificação é o que é mais importante. Isto pode incluir pintura, estrutura etc e representa transformação, atenção.

Se realmente alteraste a especificação do amortecedor por exemplo maior, curso, diametro, outra tinta se signifique transformação etc... então é uma alteração sim. Se for um accessório da marca, homologado etc com diferente especificação do que vem no manual do veículo é uma alteração.
O que a malta pensa é que porque é o veículo que o pode alterar sem problemas e não pode, ou melhor pode mas não pode andar na via pública.

Se pedires à empresa se te podem ajudar a averbar uma "alteração de amortecedor" eles dizem que sim obviamente $$$ mas pedem certificação e homologação etc... o que é estupido porque depois as autoridades não têm capacidade técnica de o fazer então é um bocado a olho e o resto à vista avaliar as alterações!

Não comento sobre o que te disseram os mecânicos, nada mais além do seguinte. Acredito que te disseram isso...

Aliás isso iria de encontro a outra lei europeia que os concessionários não gostam nada que é a assistência em periodo de garantia. Não é necessário fazer qualquer manutenção nos concessionários da marca nem utilizar componentes de desgaste OEM para manter a garantia. E põem problemas e bl bla bla...  isso é só tanga para deixar o dinheiro!!! Façam na marca se tiverem vantagens senão é mesmo em qualquer lado certificado pelo OEM.

 Desde que a assistência seja feita por um técnico qualificado e o material tenha a mesma especificação de outra marca todos os direitos são salvaguardados. Senão oficinas multimarca não podiam trabalhar e existia monopólio.
Já tive uma vez, um concessionário a telefonar a pedir me desculpa pela informação que me deram isto depois de eu claro pedir explicações à marca sobre a burla que estavam a fazer em nome deles!





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Janeiro 08, 2022, 15:32:44, 15:32
Responder #242

ALCLCF

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Como disse desde no ínicio da minha intervenção: IPO's já passei por muitas, veículos idem e nos últimos 2 anos o que não me falta são interacções com o IMT.
Estão aí citações e atitudes no tópico das IPO's e IMT locais; Empresa de homologação e não foi "diz que disse" ;)

Alteração no dicionário pode ir desde uma simples mudança de cor, característica, feitio, forma, etc, etc, etc.

Portanto, no meu IMT (que por acaso até 2020 era o único no país que tratava de homologações) e nos "meus" IPO's, segundo a lei da minha área de residência, para andar descansado (e por descansado é não ficar pendurado num qualquer IPO; sair à noite, de um track day, ou OS mais "exótica" e não levar uma inspecção extraordinária):
- componente de origem se implicarem (exemplo: bilstein b6 amarelinhos) » declaração da marca
- componente de origem mas opcional/acessório (exemplo: bastuck, molas eibach vermelhinhas como eles gostam) » declaração de conformidade da marca como sendo componente opcional » T.D.S (ou outra) » averbar
- componentes fora do catálogo da marca com CE e/ou TUV com específica para o modelo em causa » projecto alteração (individual) numa LTA (que parece morta) ou na outra (porque só há duas empresas aprovadas) » averbar.

Também andei um ano sem documentação (além do seguro e de uma chapa de matrícula) por falta de homologação, numa mota. Agora cada uma faz o que entender. Eu gosto mais de ter a liberdade de mandar alguém dar uma curva se estiver dentro na interpretação estrita da lei.




Janeiro 08, 2022, 16:49:02, 16:49
Responder #243

Lourenço

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IMT

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Considera-se transformação a alteração da estrutura, carroçaria, motor, sistemas ou componentes, de um veículo matriculado de modelo aprovado.
 
As transformações que impliquem alteração das características regulamentares dos veículos, nomeadamente no que se refere aos seus elementos de identificação ou classificação, que alterem sistemas componentes ou acessórios objeto de homologação ou possam constituir risco para a segurança rodoviária, só podem ser efectuadas mediante autorização prévia do IMT.

Portanto ou é o componente de origem ou no limite da lei a IPO pode chumbar/anotação.


A minha interpretação da questão e que nunca me causou qualquer tipo de problemas nas inspeções em variados centros de inspeção, de vários veículos, alguns com mais de 300 000 km feitos por mim, ao longo dos anos com bastantes intervenções.

Num veículo matriculado de modelo aprovado considera-se transformação a alteração de :
-Da estrutura
-Da carroçaria
-Do motor
-Dos sistemas
-Dos componentes

Substituição numa ótica de manutenção não é uma alteração.

O que está em causa e motivo desta troca de opiniões é uma questão de amortecedores.

Amortecedores são tal como pastilhas e discos de travão, escovas limpa para-brisas, velas de motor, filtros diversos, pneus, bateria, etc., peças sujeitas a substituição e nada nem ninguém obriga a colocar de origem, antes pelo contrário, há muitos anos que as marcas deixaram de ter esse poder e monopólio e aliás mesmo quando as marcas queriam impedir as oficinas multi marcas e a homologação de acessórios generalistas, elas próprias não conseguiam substituir por órgãos e acessórios da mesma marca e origem idênticas aos instaladas no veículo a novo.
E nem sequer vamos falar de elementos de carroçaria, vidros ou habitáculo.

Os acessórios ou sistemas substituídos devem estar homologados e não modificar o comportamento, caraterísticas e segurança do veículo e nesse sentido alguns acessórios e sistemas são verificados nas IPO.

Nos nossos veículos quando substituímos amortecedores desde que homologados e que não alterem em nada o veículo não estamos a realizar nenhuma alteração.
Aliás, embora pareça ser o caso para alguns companheiros, comigo ou com alguém de que tenha conhecimento direto e com várias centenas de veículos de função e de frota na empresa durante anos,  nenhum funcionário dos centros de inspeção alguma vez levantou alguma questão sobre utilização de acessórios de marcas diferentes das que o veículo trazia em novo, seja amortecedores ou qualquer outro acessório ou sistema no âmbito das substituições sendo que relativamente ás alterações só tive uma vez um problema com um importado porque tinha umas peliculas nos vidros e jantes com pneus muito estreitos de neve, de medidas diferentes, questão que se resolveu retirando as películas e colocando jantes e pneus de acordo com as características do veiculo porque de facto tudo isto consubstanciava uma alteração.

O que penso que deveria ser feito com mais rigor nas inspeções seria justamente a verificação das homologações como acontece noutros países sendo que em Portugal seria mais difícil porque a competência homologativa não é da responsabilidade da mesma entidade de quem dependem os centros de inspeções, e também a existência de uma maior fiscalização do comércio e importação de peças e acessórios no sentido de detetar produtos não conformes e ilegais
« Última modificação: Janeiro 08, 2022, 16:50:04, 16:50 por Lourenço »

Janeiro 09, 2022, 12:15:29, 12:15
Responder #244

2low

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Felizmente e de acordo com o manual do tal agente de autoridade...
https://www.clubeportuguesmotociclismo.pt/index.php?topic=8239.msg104961#msg104961
.... nas MOTOS temos apenas que salvaguardar alguns parâmetros:

- Motociclos (e triciclos) têm de circular com 2 espelhos retrovisores e ciclomotores podem circular com apenas 1 espelho (já que não existe informação complementar, preferencialmente o esquerdo) 
- Não se pode colocar turbos ou compressores a não ser que se proceda a processo de homologação
- Não podemos colocar uma tampa aerodinâmica sobre o banco do pendura por limitar o numero de lugares homologados de 2 para 1, embora seja possível os camiões tipo TIR circularem com adereços/apêndices aerodinâmicos na traseira dos reboques de carga, mesmo que ultrapassem as dimensões do reboque... (já nos ligeiros se ultrapassarmos as dimensões do veiculo pimbas...
- Podemos circular com topcase e malas laterais, independentemente das dimensões das mesmas (ou há informação complementar a obrigar que não ultrapassem as dimensões da moto? No manual do agente não consta...)
- Iluminação LED só é possível se a óptica tiver projector tipo olho de boi, com ajuste e regulador automático de altura e lava-farois se a iluminação for superior a 2000lumen...

(afinal a trampa do lava-forois não é exclusivo ao XENON...)


Grão a Grão, Comemos Feijão!
"Nada é para sempre, nem mesmo os problemas", Charlie Chaplin


Janeiro 09, 2022, 17:33:07, 17:33
Responder #245

dfelix

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A minha interpretação da questão e que nunca me causou qualquer tipo de problemas nas inspeções em variados centros de inspeção, de vários veículos, alguns com mais de 300 000 km feitos por mim, ao longo dos anos com bastantes intervenções.

(...)

Aliás, embora pareça ser o caso para alguns companheiros, comigo ou com alguém de que tenha conhecimento direto e com várias centenas de veículos de função e de frota na empresa durante anos,  nenhum funcionário dos centros de inspeção alguma vez levantou alguma questão (...)

Não será certamente "caso" para todos os membros deste fórum.  :)
Aliás, a situação descrita não me causa qualquer estranheza.

Costumo usar um carro "semi-herdado" que tem 23 anos e a caminho dos 500.000km.
Os amortecedores são os originais e estão completamente pasmados.
Mas ainda em Dezembro passou sem qualquer anotação.
Nem sei como!

Também sei que se tiver algum stress... basta pedir ao meu pai para que seja ele a leva-lo à inspecção.
Até se reformar, uma das funções que durante anos teve foi essa!
Levava a inspeccionar veículos da frota duma conhecida prestadora de transportes públicos.
E como tal, era "cliente habitual" da casa.

Esta é uma das razões pelo qual também não confio nestas entidades pseudo-fiscalizadoras.
Porque há este tratamento diferencial.

Agora... algo que convém se ter em atenção é que estamos a falar de motociclos.
E nestes, o papel da fiscalização no presente está delegado aos agentes de autoridade.
E aqui existe também tratamento diferencial.

Já me aconteceram situações caricatas de fiscalização em "operações stop" enquanto circulava de automóvel.
Mas nunca passei por situações em que os agentes quase se espumavam pela boca a tentar encontrar algo por onde implicar como me acontece de forma recorrente com motociclo.
Algo que se intensificou nos últimos dois anos.

Felizmente ainda não fui multado.
Já estive quase para o ser com a BMW que "tecnicamente" está 100% legal.
Implicaram com o escape. Que é homologado mas não está nas anotações do DUA. Porque há 16 anos atrás não existia essa preocupação.
E já me questionaram se as ohlins são originais ou é alteração minha.

Muito honestamente, no que diz respeito a este tema das suspensões... tal como qualquer alteração, dependerá muito do agente.
Basta o mesmo decidir que é "tuning" para facilmente passar a multa por alteração de características que envolve inspecção B.
Porque a premissa é que estiver legal... não há problema.
Só que não deixa de envolver custos. E que mesmo havendo razão dificilmente serão recuperados.

No caso das motos, a forquilha dificilmente pode ser considerada uma "peça de desgaste".
Ninguém irá multar por substituir os retentores, a mola ou algum componente interno danificado ou desgastado.
Mas a substituição completa por uma peça que até seja homologada mas que tenha um aspecto diferente rapidamente passa por "tuning".  :-\

No caso dos amortecedores traseiros isto será mais complicado.
Porque a grande generalidade é descartável. 
E no momento da substituição é sempre tentador olhar para opções mais eficientes e com mais possibilidades de afinação.
Mas se fugirem muito ao aspecto do oem... também rapidamente passam por "tuning".

E é isto que torna tudo muito complicado.
Se o agente achar que é "tuning" mediante a sua disposição poderá achar que é uma alteração de características.
E cabe ao condutor correr atrás do prejuízo, provando a sua "inocência" numa inspecção B.

Não sei ao certo o que acontece caso o veículo depois de inspeccionado mostre estar legal.
Desconheço se só será reembolsado do depósito que fez da multa ou também indemnizado pelo custo da inspecção.
Mas a minha experiência no que diz respeito a reclamações relativamente a coimas é que os processos expiram por falta de resposta.
Esse dinheiro não se volta a ver.
A não ser que se recorra à justiça, embora os custos de um advogado em regra geral não justificam o que se tem a receber.
« Última modificação: Janeiro 09, 2022, 17:37:05, 17:37 por dfelix »

Janeiro 09, 2022, 19:30:53, 19:30
Responder #246

Lourenço

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A minha interpretação da questão e que nunca me causou qualquer tipo de problemas nas inspeções em variados centros de inspeção, de vários veículos, alguns com mais de 300 000 km feitos por mim, ao longo dos anos com bastantes intervenções.

(...)

Aliás, embora pareça ser o caso para alguns companheiros, comigo ou com alguém de que tenha conhecimento direto e com várias centenas de veículos de função e de frota na empresa durante anos,  nenhum funcionário dos centros de inspeção alguma vez levantou alguma questão (...)

Não será certamente "caso" para todos os membros deste fórum.  :)
Aliás, a situação descrita não me causa qualquer estranheza.

Costumo usar um carro "semi-herdado" que tem 23 anos e a caminho dos 500.000km.
Os amortecedores são os originais e estão completamente pasmados.
Mas ainda em Dezembro passou sem qualquer anotação.
Nem sei como!

Também sei que se tiver algum stress... basta pedir ao meu pai para que seja ele a leva-lo à inspecção.
Até se reformar, uma das funções que durante anos teve foi essa!
Levava a inspeccionar veículos da frota duma conhecida prestadora de transportes públicos.
E como tal, era "cliente habitual" da casa.

Esta é uma das razões pelo qual também não confio nestas entidades pseudo-fiscalizadoras.
Porque há este tratamento diferencial.

Agora... algo que convém se ter em atenção é que estamos a falar de motociclos.
E nestes, o papel da fiscalização no presente está delegado aos agentes de autoridade.
E aqui existe também tratamento diferencial.

Já me aconteceram situações caricatas de fiscalização em "operações stop" enquanto circulava de automóvel.
Mas nunca passei por situações em que os agentes quase se espumavam pela boca a tentar encontrar algo por onde implicar como me acontece de forma recorrente com motociclo.
Algo que se intensificou nos últimos dois anos.

Felizmente ainda não fui multado.
Já estive quase para o ser com a BMW que "tecnicamente" está 100% legal.
Implicaram com o escape. Que é homologado mas não está nas anotações do DUA. Porque há 16 anos atrás não existia essa preocupação.
E já me questionaram se as ohlins são originais ou é alteração minha.

Muito honestamente, no que diz respeito a este tema das suspensões... tal como qualquer alteração, dependerá muito do agente.
Basta o mesmo decidir que é "tuning" para facilmente passar a multa por alteração de características que envolve inspecção B.
Porque a premissa é que estiver legal... não há problema.
Só que não deixa de envolver custos. E que mesmo havendo razão dificilmente serão recuperados.

No caso das motos, a forquilha dificilmente pode ser considerada uma "peça de desgaste".
Ninguém irá multar por substituir os retentores, a mola ou algum componente interno danificado ou desgastado.
Mas a substituição completa por uma peça que até seja homologada mas que tenha um aspecto diferente rapidamente passa por "tuning".  :-\

No caso dos amortecedores traseiros isto será mais complicado.
Porque a grande generalidade é descartável. 
E no momento da substituição é sempre tentador olhar para opções mais eficientes e com mais possibilidades de afinação.
Mas se fugirem muito ao aspecto do oem... também rapidamente passam por "tuning".

E é isto que torna tudo muito complicado.
Se o agente achar que é "tuning" mediante a sua disposição poderá achar que é uma alteração de características.
E cabe ao condutor correr atrás do prejuízo, provando a sua "inocência" numa inspecção B.

Não sei ao certo o que acontece caso o veículo depois de inspeccionado mostre estar legal.
Desconheço se só será reembolsado do depósito que fez da multa ou também indemnizado pelo custo da inspecção.
Mas a minha experiência no que diz respeito a reclamações relativamente a coimas é que os processos expiram por falta de resposta.
Esse dinheiro não se volta a ver.
A não ser que se recorra à justiça, embora os custos de um advogado em regra geral não justificam o que se tem a receber.

O que eu afirmo e escrevo e que fica completamente fora de contexto com a citação parcial do que escrevi, é que:

-Ao longo dos anos e em centenas de IPOs entre os meus veículos pessoais, familiares e da empresa, nunca tive qualquer problema com peças ou acessórios colocados nos veículos mesmo não sendo de origem a maior parte deles, porque simplesmente não é possível mesmo com assistência sempre em concessionários da marca porque estes recorrem ao longo da vida dos veículos a marcas e fornecedores diferentes de peças e acessórios de substituição e quando a assistência foi realizada em multi marcas (poucas vezes, talvez 1/50) o que verificámos é que as marcas e origens das peças eram frequentemente as mesmas dos concessionários oficiais também de origens diversas.

-Nunca tive problemas porque os veículos não estavam nem estão alterados.

-Em relação ao assunto em discussão acho estranho que uma IPO reprove um veículo porque as peças de substituição não sejam as de origem, no caso do companheiro os amortecedores, porque a exigência legal é que os mesmo sejam homologados e intrinsecamente não alterem as características do veiculo configurando assim uma substituição em termos de manutenção e não uma alteração. De qualquer maneira a lei prevê arbitragem, inspeção B e outros procedimentos em caso de desacordo o relatório de inspeção. Não estávamos a escrever sobre "tuning" nem sobre alterações mas sim de uma troca de amortecedores, uma peça de desgaste, de necessária e programada substituição.

-Nunca subornei de qualquer forma nem pedi que subornassem nem admitiria que subornassem em meu nome ou da empresa um funcionário de um centro de inspeções como parece ser usual e banal para alguns, infelizmente.
Acredito que tanto particulares como empresas, algumas até minhas concorrentes, e pelo que leio é mais comum ainda do que supunha, recorram a subornos para poderem circular com veículos como alguns que vemos nas estradas todos os dias, mas penso que tão criminoso é o funcionário como o cliente e ambos deveriam estar sujeitos a penas pesadas sobretudo aqueles empregadores que colocam a vida dos funcionários em risco á conta desta prática mas igualmente os papás que para os filhos ou vice versa pagam a insegurança própria e alheia com subornos pois em caso de acidente com consequências o pior castigo será em consciência se a tiverem.

-O que já me aconteceu foi um chefe de armazém, um senhor que na altura já estava nos 60 e poucos anos, me relatar que lhe pareceu que uma inspetora num centro estava a dificultar e a com afirmações do género "sabe se eu fosse mázinha isto não estaria bem" "há também isto, assim não sei não", o veículo passou, o primeiro do dia e naquele dia o homem tinha os 4 veículos daquele mês para lá levar e nos restantes 3 que acabaram por só ir da parte da tarde imagem e som foram gravados e se alguma conversa daquele género se tivesse repetido a situação teria sido imediatamente denunciada. Só o 4º veículo calhou novamente com aquela senhora mas não houve mais história, acredito que seja uma prática corrente mas que devia ser bem denunciada e fiscalizada. Aquele centro pertence a uma rede que deixou de ser nosso parceiro desde esse dia.

-As únicas vezes que tive alguma questão num IPO em dois centros diferentes e com um veículo pessoal importado por mim, já importei mais de uma dezena, foi porque como citei os veículos estavam alterados e fora da lei e afinal é para isso que existem os centros e as IPO, para detetar inconformidades técnicas e legais.

-Como referes há uma diferença de atitude na fiscalização entre automóveis e motociclos e essa diferença é uma das consequências da diferença legal existente entre automóveis e motociclos, uns estão sujeitos a IPO e os outros ainda não.

-A inspeção tipo B está prevista na lei e o seu custo igualmente e a não ser que haja prova de manisfesta má fé ou desenquadramento de procedimentos, os custos são sempre a suportar pelo detentor do veículo e sem possibilidade de contestação. Da decisão da inspeção B é que pode existir processo administrativo e/ou civil em caso de desacordo com a decisão cujo desfecho é decisivo relativamente ás custas (parte delas).

-Em relação a motos e ás histórias das malas laterais, top cases, amortecedores, windshields, desde que homologados e outras tretas de Facebook que apaixonam tanta gente considero que é o mesmo que as telenovelas da TV, ocupam as pessoas e entretêm e enquanto assim é estão... ocupadas.
« Última modificação: Janeiro 09, 2022, 20:00:48, 20:00 por Lourenço »

Janeiro 09, 2022, 23:37:50, 23:37
Responder #247

ALCLCF

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Quando tiveres veículos "mais coloridos" originais, com acessórios ou componentes homologados (mas que tens de fazer prova) para levar às IPO's, experimenta por estes lados a ver se corre  :D

NOTA: E com isto corrijo-me :lolol: e recomendo quando têm IPO e outras entidades credenciadas com determinada posição, meterem a marca do componente ao barulho....que muda o discurso :pensador:

Troca de correspondência de hoje:

Citar
OK, please read this that we have been sent from Koni below.
 
For this model we only offer the Sport dampers, and dampers are not subject to TUV approval and therefore these dampers are not TUV approved. It is not a matter of adding parts to make them TUV compliant.

If the customer has fitted these with lowering springs, then the TUV he would need is for the springs and not for the dampers.

Ao que confrontados com este pergunta:

Citar
Bom dia,

O fornecedor enviou-me a seguinte resposta da Koni:
(.......)
O certificado/TUV necessário para averbamento aplica-se às molas aos amortecedores ou aos dois?

Com os melhores cumprimentos,

e voilá

Citar
Boa tarde,

Os amortecedores não precisam de ser homologados, mas sim as molas dos
amortecedores se não forem as originais. As molas é que é preciso
possuir certificado TUV.

Portanto segundo esta versão, amortecedores (com ou sem regulação e posições múltiplas....para rebaixar :lolol:) aparentemente não precisam de averbamento (aliás nem TUV/CE têm :pensador:).
Só as molas....excepto se formos a uma IPO :lolol:


« Última modificação: Janeiro 10, 2022, 17:23:26, 17:23 por ALCLCF »

Janeiro 20, 2022, 09:56:26, 09:56
Responder #248

2low

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Com as eleições à porta, vamos ver o que sucede...

Pelo que li à pouco tempo e aqui deixei algures o link, em França voltaram atrás na decisão e pelo menos até 2030 não haverá inspecções (*).
Sendo que França é um país politicamente tendencialmente Socialista... que o Socialismo por cá tenha também "bom senso" nessa matéria.

(*) as recentes noticias de em Paris quererem abolir as motos de combustão é vista como uma medida alternativa à não realização de inspecções mas é de certa forma uma medida totalmente inconstitucional autoritária ditatorial. 

Eu continuo na expectativa que esta "novela" vai continuar mais uns anos mas...

E uma vez que já estamos a chegar ao final de Janeiro alguém com moto de matricula de Janeiro já foi ao centro de inspecções perguntar pela inspecção ou informação da mesma?

Para concluir...
Lá fora já existem linhas especificas para fazer as inspecções aos motociclos...
Aqui neste exemplo o ABS não funcionou...
https://www.facebook.com/100000398988726/videos/3042295579344191/
 :lolol: :lolol: :lolol:
« Última modificação: Janeiro 20, 2022, 10:02:59, 10:02 por 2low »
Grão a Grão, Comemos Feijão!
"Nada é para sempre, nem mesmo os problemas", Charlie Chaplin


Janeiro 26, 2022, 09:22:02, 09:22
Responder #249

Cross

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https://www.jn.pt/nacional/nova-plataforma-do-imt-visa-acelerar-homologacoes--14523280.html

Mais rapidez pode ajudar mas não é resposta no meu ponto de vista!

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Bom Senso e Senso Comum nunca fez mal a ninguém!