Autor Tópico: Honda CB650R (2019)  (Lida 36496 vezes)

Maio 13, 2021, 15:08:52, 15:08
Responder #200

replicantz

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É isso, muito obrigado.

Notaste mesmo diferença ou é mais efeito placebo (e provavelmente o feeling normal de um óleo trocado)?

Maio 13, 2021, 15:24:16, 15:24
Responder #201

dfelix

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Já li algures sobre um determinado tipo de óleo para a embraiagem da CB650R.
Que é melhor, fica (ainda) mais leve e suave, é adequado para o nosso clima, etc.

Sabem dizer-me qual é?

Normalmente é o que tem a embalagem mais atractiva!  :D

Agora a sério...
As diferenças entre qualquer lubrificante com certificações de topo são mínimas.
A ideia de que as caixas ficam mais suaves é algo muito psicológico.
E estes elaborados estudos são habitualmente dissertações em conversas de café.


Maio 13, 2021, 15:39:44, 15:39
Responder #202

ThatsMe

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É isso, muito obrigado.

Notaste mesmo diferença ou é mais efeito placebo (e provavelmente o feeling normal de um óleo trocado)?


Na Kawasaki não posso falar porque o óleo que tinha antes era o de rodagem. Iam-lhe meter o 5100, mas fiz questão que fosse o 7100 porque em inúmeros sítios e casos ouvi dizer que justifica bem a diferença.

Na TRK notava-se efetivamente diferença, mas acredito que seja muito porque o óleo que me punham na Norboxe era fraco. Tive vários falsos neutros e com o 7100 deixei de ter e as passagens muito mais suaves (volta e meia o seletor meio que encravava).

Agora, não sei se se nota diferenças entre o 7100 e o topo de gama de outra marca... Assumo que não.

Maio 13, 2021, 15:49:24, 15:49
Responder #203

replicantz

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Obrigado, creio que ambos tem razão  :)

E a minha questão foi no sentido de saber marcas top para esta moto.
O que tem é o de origem e por isso duvido que seja "de topo" (tal como os pneus de origem: cumprem, mas nunca são top).

Maio 13, 2021, 16:36:36, 16:36
Responder #204

dfelix

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E a minha questão foi no sentido de saber marcas top para esta moto.
O que tem é o de origem e por isso duvido que seja "de topo" (tal como os pneus de origem: cumprem, mas nunca são top).

Nestas discussões habitualmente foco as certificações e não as marcas.
Porque em regra geral todas as marcas oferecem diferentes produtos com diferentes certificações.

Isto duns preferirem Motul e outros Castrol acaba por ser sobretudo gosto pessoal pela cor da embalagem.
Tal como de repente surge sempre alguém a falar maravilhas da AMSOL porque leram algo sobre isso nos fórums americanos.

Muito resumidamente, o Motul 7100 tal como o Castrol Power1 Racing 4T, Shell Advance Ultra, Silkolene Pro 4, Motorex Power Synt 4T são um 100% sintéticos com certificação API SN.
E haverá certamente outros de "topo" que não me ocorre.

Significa que superam estes requisitos face a certificações inferiores.

Haverá diferenças entre estes da lista? Certamente que sim.
Mas dificilmente será uma diferença tão relevante como muitas vezes se tenta fazer parecer.

Já usei vários desta lista e sinceramente não notei grande diferença.
Aliás.. nem notei grande diferença para outros supostamente inferiores.   
Mas lá está... não foi uma CB650R. Foi com motos cuja caixa é consideravelmente pior! :D

Há um bom tópico sobre este tema de lubrificantes aqui.
Recomendo pipocas para acompanhar a discussão.

« Última modificação: Maio 13, 2021, 16:38:24, 16:38 por dfelix »

Julho 13, 2021, 11:11:48, 11:11
Responder #205

JViegas

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Ora bem, quase um ano depois da compra, faço uma pequena avaliação da máquina para aqueles que tenham a paciência para ler e para aqueles que se estejam a preparar para fazer uma transição de mota de maior cilindrada e de estilo naked.

Uso diariamente a mesma para deslocações para o trabalho e durante o período escolar para transporte da minha filha. Também a tenho usado ao fim-de-semana em poucas deslocações, uma vez que devido ao confinamento não tenho tido a liberdade que desejaria para usufruir plenamente da máquina e do seu motor (ponto principal da minha compra).

Ora vindo eu de uma maxiscooter (300cc) que durante 6/7 anos foi o meu transporte diário o maior impacto na mudança foi o motor/potência, o peso da “bicha”, a utilização de uma caixa de velocidades e a ausência de espaço de transporte.

O motor/potência
Um sorriso permanente na cara. Uma potência mais do que suficiente, com uma entrega gradual, sem assustar desde que não se conduza com a “faca nos dentes”, pois se usamos os regimes mais altos do motor, a máquina transforma-se. Algo que apenas vi meia dúzia de vezes, pois a minha experiência/técnica é ainda muito limitada. Diga-se o que se disser sobre potência/cavalos/binário/cilindrada: saber que se tem potência dá-me garantias, acima de tudo, de uma melhor fluidez no trânsito.

O peso
Uma máquina muito diferente da minha “antiga” maxiscooter mas com um peso não muito longe: 194 kg para 202 kgs. Sente-se mais “plantada” na estrada o que me garante um maior controlo a velocidades médias/altas (140/150) mas mais notável em manobras que exigem maior rapidez em curvas e contra curvas em velocidades mais “rápidas” no uso da caixa de velocidades e dos travões.

Utilização da caixa de velocidades
Foi uma das maiores diferenças que senti ao passar da maxiscooter para uma caixa “tradicional”. A maior dificuldade foi no trânsito lento e em filas compactas, de resto nada assinalável. Pode-se circular a baixas velocidades em 6ª sem qualquer queixume da mesma. Entre o trânsito uma 3ª resolve serve para quase tudo: circular e sair a “bombar” quando o trânsito/via o permitem.

Ausência de espaço
Como utilizo a mota para dar boleia à pendura que vem da escola, a gestão de equipamento, mochilas, almoço, roupa impermeável no inverno, tem sido um verdadeiro desafio. O que me vale é que a mãe trabalha perto, logo o enlatado tem servido de arrumação daquilo que não conseguimos levar às costas. Nunca foi considerada uma topcase. Nem estou a pensar nisso, mas talvez um tank bag provavelmente irá levar.



De resto tem sido uma descoberta pessoal da máquina que escolhi, dos meus limites e de certa forma um respeito muito maior por aquilo que tenho nas mãos. Ou seja é uma mota “maior”, mais potente e em que tudo acontece muito rapidamente.

Tinha escolhido outra? Atualmente. Não.

Simples. “nua e crua” sem qualquer pretensão em ser mais do que aquilo que é: puro prazer em conduzir. Um motor e pouco mais. E afinal não é isso que queremos de uma mota?

MAS…
Nem tudo são rosas e apesar de ainda ficar enamorado cada vez que a conduzo alguns aspetos negativos que na minha opinião vão se tornando mais evidentes consoante vai crescendo o meu conhecimento da máquina: peso, o calor, o banco, corrente, visual, proteção aerodinâmica.

O peso (mais uma vez)
Se em cima refiro que o peso é uma “mais valia” comparado com a “leveza” da minha antiga montada (- 8 kilos), quando exijo um comportamento mais dinâmico da mota, por exemplo, numa sequência de curvas e contra curvas, o peso tem uma grande influência na minha condução e no posicionamento da mota na via.

Nota adicional: a suspensão apesar de me parecer competente, tenho notado que em velocidades proibidas e em curvas a mesma tem a tendência de oscilar negativamente. Ainda não entendi bem este comportamento mas parece-me que é mais feitio do que defeito. Tanto mais que a Honda atualizou a suspensão “apenas” um ano e pouco depois de lançar o modelo. Tenho curiosidade em saber como se comporta este modelo de 2021.

O calor
Sendo uma naked o calor do motor pode ser incomodativo. Nada de muito negativo, mas está lá e sente-se bem nos dias mais quentes. Se no inverno é um must, agora nestes tempos mais quentes tenho notado um calor significativo vindo debaixo.

O banco
Em voltas pequenas ou nos trajetos diários nada a destacar mas em viagens maiores (mais de 300 kms) a coisa já não mete graça, obrigando-me a fazer mais paragens. O banco do pendura é algo desconfortável e provavelmente deveria fazer um upgrade a ambos e a ausência de topcase provoca algumas queixas das penduras que têm que se agarrar a mim. A idade não perdoa e provavelmente no futuro irei para uma mota mais confortável para condutor e pendura. Mas... enquanto me continuo a divertir com a mesma não considero esta questão do banco uma razão para trocar.

Nota adicional: Em viagens grandes o depósito pequeno é uma chatice (15 litros). Sei que esta não é uma mota de viagens grandes, que o espirito da mesma aponta para outra direção, mas mais 5 litros não ficaria um depósito assim tão diferente. A CB500F tem 17,5 litros e o depósito não é assim tão disforme comparativamente ao tamanho da mota.
Posso sempre conduzir mais devagar. a 100 kms/h faço 5.4 - 4.8, mas quando vejo uma estrada boa, com curvas e desimpedida... podem imaginar.

A corrente
Bolas. Primeiro que acertasse na quantidade certa, no local certo para colocar o spray e na periodicidade, foi uma autentica aventura.
A quantidade certa é a suficiente para que não se projete na jante, no pneu, nos piscas, na matricula, na mochila ou nas costas do blusão.
O local certo é por dentro da corrente e de preferência com a mesma quente (após utilização da mota).
A periodicidade não se resume aos kms mas sim ao tipo de uso. Atualmente estou a colocar todas as semanas (mais ou menos 250 kms). Em menor quantidade, sem sujidade adicional sem stress. MAS que é chato é chato.

Nota adicional: Outra questão é a afinação da corrente. Como a mota tem apenas descanso central e como ainda não comprei um cavalete, esticar a corrente teve que ser feita no stand oficial. E confesso que desapertar parafusos, apertar parafusos não é a minha habilidade natural e o receio de fazer mda tem me impedido de arriscar.

O visual
Apesar de ser muito “bonita”, não gosto do “bacalhau” traseiro. Se existisse uma opção tipo a utilizada na CB1000 mas que não parecesse “xuning” até que trocava.

Proteção aerodinâmica
Sim eu sei: é uma naked e quando se vai acima dos 160 a força que se faz para agarrarmos a mota é incrível. Apesar do vento frontal e os mosquitos que nos castigam o corpo não sei se um vidro frontal deixa a mota mais suportável a estas velocidades. Não gosto do visual dos originais da Honda e ainda não encontrei nada que me seduza. Até lá é aguentar o impacto no corpo se quero andar depressa... mas o corpo começa a não gostar.

Recomendava esta mota?
Sim a quem queira uma naked, sem qualquer qualauer pretensão a ser mais do que aquilo que é: um motor, rodas, guiador e pouco mais. Alguém que queira tirar a "água do poço" sem qualquer ajuda significativa, alguém que queira uma maior proximidade entre moto/humano.
Alguém que queira a estrada bem perto sem qualquer vidro a tapar ou a fazer bufeting no capacete.
Um motor que na minha opinião é a razão maior desta mota. Um motor dócil q.b. mas cheio de potência sem entrar na loucura dos +100cv. Uma sonoridade fantástica que nos coloca um sorriso na boca. Uma máquina que quando chegamos ao destino queremos andar mais apesar do corpo dorido.

Julho 13, 2021, 16:02:02, 16:02
Responder #206

saraiva

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Obrigado pelo resumo, que li com atenção uma vez que um dia virá uma, apesar de ser mais provável um estilo mais cruiser.

Se não for indiscrição, quanto é que tu pesas?

Gostava que aprofundasses mais, o handicap que sentes na ciclistica da mota, que referes ser responsabilidade do peso.

Isto porque 8 kg de diferença para a Scooter é tão mais significatico quanto mais leve fores.

Fiquei um pouco confuso com a questão das curvas e contra-curvas: É boa ou má? Ou é melhor que a Scooter, mas querias que fosse ainda melhor:

Offtopic: Estou muito pouco confiante a fazer rotundas na UM Renegade SportS em relação à Scooter e à KSL, daí o tema me ter chamado a atenção.
Há rosas cor-de-laranja mas não há laranjas cor-de-rosa. No entanto há laranjas verdes e rosas verdes não há.
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Julho 13, 2021, 20:20:09, 20:20
Responder #207

lferreira

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...

Offtopic: Estou muito pouco confiante a fazer rotundas na UM Renegade SportS em relação à Scooter e à KSL, daí o tema me ter chamado a atenção.

Saraiva, segundo o João Carvalho, os pneus das UM, só servem para as tirar do Stand e ir à loja de pneus trocar por outros sem serem pretos e redondos!  :)
Como tal, não facilites muito, agora no verão se calhar ainda podes dar uma abébiazinha, mas mal as estradas comecem a ficarem húmidas, já sabes o que tens de fazer!

Julho 13, 2021, 20:39:07, 20:39
Responder #208

2low

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Offtopic: Estou muito pouco confiante a fazer rotundas na UM Renegade SportS em relação à Scooter e à KSL, daí o tema me ter chamado a atenção.

Saraiva, segundo o João Carvalho, os pneus das UM, só servem para as tirar do Stand e ir à loja de pneus trocar por outros sem serem pretos e redondos!  :)
Como tal, não facilites muito, agora no verão se calhar ainda podes dar uma abébiazinha, mas mal as estradas comecem a ficarem húmidas, já sabes o que tens de fazer!


...comprar uma moto?!
 :corado: ::P:
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Julho 13, 2021, 22:50:30, 22:50
Responder #209

saraiva

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Saraiva, segundo o João Carvalho, os pneus das UM, só servem para as tirar do Stand e ir à loja de pneus trocar por outros sem serem pretos e redondos!  :)
Como tal, não facilites muito, agora no verão se calhar ainda podes dar uma abébiazinha, mas mal as estradas comecem a ficarem húmidas, já sabes o que tens de fazer!

Isso é claramente um exagero.. Serve para fazer a rodagem :D

Já está pedido o orçamento para trocar quando for a revisão dos 1000, na próxima semana.
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Julho 13, 2021, 23:14:25, 23:14
Responder #210

2low

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Saraiva, segundo o João Carvalho, os pneus das UM, só servem para as tirar do Stand e ir à loja de pneus trocar por outros sem serem pretos e redondos!  :)
Como tal, não facilites muito, agora no verão se calhar ainda podes dar uma abébiazinha, mas mal as estradas comecem a ficarem húmidas, já sabes o que tens de fazer!

Isso é claramente um exagero.. Serve para fazer a rodagem :D

Já está pedido o orçamento para trocar quando for a revisão dos 1000, na próxima semana.

CBR1000R parece bem!  8) :yeah:
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Julho 14, 2021, 10:12:21, 10:12
Responder #211

JViegas

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Saraiva:
Peso cerca de 99 kg (precisava de perder muitos kg eu sei), mas sou rapaz alto. 1,80. LoL

Vou dar-te um exemplo:
Vê este link:
https://goo.gl/maps/XuzMrBtPSUPsZxwj9

(usa o street view para veres como é a estrada)

São cerca de 2 kms de uma estrada a subir/descer uma pequena serra num percurso que de vez em quando faço a caminho do trabalho/casa.

Com a maxiscooter, o único “trabalho” que tens é travar/acelerar. Pneus mais pequenos e mais estreitos (e de marca: os últimos eram os Angel Scooter da Pirelli – minha marca favorita). Depois de quentes as curvas eram feitas com uma velocidade e agilidade que eu considerava aceitável dado o estado da via e das condições do trânsito e do clima sentido.

Conheço essa estrada à mais de 20 anos, passava por lá de carro e há 8 anos para cá em duas rodas.

Com a CB, as mudanças entram na equação, assim como a forma de travar muito diferente: enquanto a maxiscooter tinha travagem combinada, esta tens que utilizar mais o travão da frente (fantástico) com um cheiro do de trás, ou seja, uma maior combinação de travagem com a correta engrenagem (mudança).

Juntando a isto temos a posição de condução. Se na maxiscooter conduzes sentado a perceção é totalmente diferente quando vais “montado” na mota e a conduzir mais "animado" entendes?

Quando vais “normalmente” a conduzir tudo acontece gradualmente e com tempo.
Agora quando vais mais depressa vais mais alerta e com mais “coisas” na cabeça para controlares a mota. Vais, mentalmente, olhando para a estrada e pensar:
Reduzo agora? Inclino-me agora? Travo agora? – curva feita – Acelero agora? Endireito-me agora no banco?

Repara que não vou feito doido a acelerar. Nada disso. É numa condução mais apimentada, puxando “apenas” dos cavalos até às 7/8 mil rpm (ela faz 12 mil) – Ela põe o binário todo às 9.500 (acho eu) logo ainda estou longe de entrar no ponto de “não controlo”. É uma condução viva mas não uma condução de arriscar, entendes? Sou velho, pai de família e quero chegar sempre a casa vivo e direito.

Os pneus que a mesma tem são os Metzeler Roadtec, sendo que é a primeira vez que estou a usar. Depois de quentes podemos inclinar um pouco mais, mas sinto que não me dão confiança. Os próximos serão certamente Pirelli.

O que acontece então? E porque é que escrevo o que escrevi relativamente ao peso?

Como vou montado (e não sentado) com uma posição totalmente diferente (não para pior), inclinar a mota nas curvas sente-se mais o peso, enquanto que com a maxiscooter era quase imediato. Tens que jogar mais com o teu corpo de um lado para o outro. Muuuuiito diferente do que eu fazia com a maxiscooter.

É portanto uma condução mais "emotiva", mais "envolvente". Melhor na minha opinião principalmente quando puxas de uma 3ª para meter uma 4ª e depois reduzir para uma 3ª, travar, inclinar e sair novamente da curva. Vais melhorando com as passagens pelo local e tirando mais "sabor" do motor, entendes?

E para tirares essa satisfação, o peso que a mesma me transmite "alerta-me" para: SE te queres divertir tens de te deitar comigo e não "empurrares-me" nas curvas. É como se me estivesse a "falar" ao ouvido. Uma dança. Algo que apenas se sente quando se conduz, quando tudo resulta bem, quando és só tu e a estrada... e ela... a mota.

Sabes: dou por mim a procurar uma estrada e não um destino. Dou por mim a aproveitar cada curva em vez da paisagem. Será normal?  :stuck_out_tongue_winking_eye:

Entrar numa curva e depois surgir outra curva oposta para além do enorme gozo que me dá entrar na mudança certa, no posicionamento correto e acelerar dali para fora é algo que só entende quem conduz em duas rodas. E quanto mais procuro essa sensação sinto que tenho que “trabalhar” mais a mota do que a maxiscooter no que diz respeito em interligar-me com a maquina. Não sei se me consigo fazer entender. E isto de estar a escrever sobre “feelings” de conduzir é muito diferente se estivéssemos frente-a-frente a “falar” de motas e como as conduzir, pois cada um tem uma experiência diferente e motas diferentes.

Talvez com mais experiência e de ir trocando impressões com pessoal em próximos encontros/saídas conjuntas me permita entender melhor a minha mota e a forma como abordo a estrada quando me ando a “divertir” a conduzir a mesma.

Mas destaco aqui que os pneus e a pressão correta têm muita influência na forma como conduzimos e interagimos com a estrada.

Espero que tenhas entendido Saraiva e sim troca de pneus.  :nice:


Quero deixar mais uma nota: quando falo desta mota que é “apenas” motor e pouco mais, convêm esclarecer que apesar de não ter muita eletrónica, o controlo de tração, é um sistema que já me “salvo” a pele em duas situações:
1ª Numa subida num dia de chuva em que parei a meio devido a um camião a subir no mesmo sentido, quando arranquei, o controlo de tração funcionou impedindo-me de arrancar de “lado”.
2ª Depois de parar numa passadeira ao arrancar com um pouco mais de velocidade, ao perder aderência, o controlo de tração entrou em funcionamento para que eu, mais uma vez, não saísse de lado.
Potência sim, mas controlável. Acredito que nunca nos divertiríamos sabendo que a mota nos pode atirar ao chão ao mínimo sinal de erro.

« Última modificação: Julho 14, 2021, 10:14:50, 10:14 por JViegas »

Julho 14, 2021, 11:43:29, 11:43
Responder #212

saraiva

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    E a mim que me importa?
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Entendi..

Por coincidencia, apanhei uma scooter onde larguei o boneco   :feliz:



Percebi o que disseste, sendo que entendo que a percepção da nossa posição, aliada a alteração do centro de gravidade, faz toda a diferença.

Há uns tempos, numa quinta privada, andei 200 metros numa Hayabusa. (100 m e voltar).

Senti um desconforto como se estivesse em cima dum muro a 200 metros de altura. .


« Última modificação: Julho 14, 2021, 13:51:52, 13:51 por saraiva »
Há rosas cor-de-laranja mas não há laranjas cor-de-rosa. No entanto há laranjas verdes e rosas verdes não há.
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Julho 14, 2021, 17:04:48, 17:04
Responder #213

Reiner

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JViegas, 
O scooter "deita" mais rápido e fácil devido à jante menor, efeito giroscópio interfere menos. Experimente fazer as curvas usando o sobre-esterco, você fará as curvas com muito mais facilidade, depois que praticar....

Enviado de meu SM-A530F usando o Tapatalk


Julho 14, 2021, 17:42:02, 17:42
Responder #214

saraiva

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Saraiva, segundo o João Carvalho, os pneus das UM, só servem para as tirar do Stand e ir à loja de pneus trocar por outros sem serem pretos e redondos!  :)
Como tal, não facilites muito, agora no verão se calhar ainda podes dar uma abébiazinha, mas mal as estradas comecem a ficarem húmidas, já sabes o que tens de fazer!

Isso é claramente um exagero.. Serve para fazer a rodagem :D

Já está pedido o orçamento para trocar quando for a revisão dos 1000, na próxima semana.

CBR1000R parece bem!  8) :yeah:
Pode ser, não era mau não.
Há rosas cor-de-laranja mas não há laranjas cor-de-rosa. No entanto há laranjas verdes e rosas verdes não há.
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Julho 14, 2021, 18:01:51, 18:01
Responder #215

dfelix

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(usa o street view para veres como é a estrada)

Aquele curvão de 180º onde faz entrada pra Unhos é bem catita!

 :megafeliz:

Julho 15, 2021, 12:12:38, 12:12
Responder #216

JViegas

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Reiner: já o faço desde os tempos da maxiscooter. A questão é do posicionamento na mota em que estás em "movimento" no banco enquanto que na maxiscooter vais sentado.

Vai da experiência que vou adquirindo. Obrigado.

dfelix:
Imagina vires a andar bem... reduzir e fazer aquela curva toda a subir coma mudança certa e rodar o punho até aos 100 para travares forte para uma curva "cega" à direita e depois uma sequência de esquerda/direita, onde controlas o teu posicionamento, o da mota, o punho direito à espera de rodar para ouvir os 4 cilindros a gritarem... e se tudo corre bem... puro prazer bolas... :smiley:

Feito depressa dá-me um gozo enorme. Só por causa disso hoje está bom tempo se calhar faço o desvio por lá. Se não apanhar ninguém na estrada vou chegar sorridente a casa.

Fevereiro 19, 2022, 16:13:22, 16:13
Responder #217

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Num recente vídeo do YouTuber 'Quim da Aldeia'....a CB650R foi a protagonista.

Ok...são cometidas algumas loucuras e a condução é tudo menos segura, mas trago este vídeo porque a unidade em questão foi alvo de uma repro e...para além das prestações que ficaram ainda melhores para uma 'seis e meio', o som da moto em subida de rotação ficou uma coisa espetacular e viciante!!

O vídeo é longo, mas sensivelmente a partir do minuto 9:00 já dá para se perceber como ficou a máquina.

"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Fevereiro 21, 2022, 09:34:42, 09:34
Responder #218

JViegas

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As jantes dão-lhe um "toque" MT que não gosto.

Quanto à "repro" vai do seu proprietário. Pessoalmente não faria isso. Não acho necessidade. Se quisesse uma mota mais "reativa" tinha comprado por exemplo uma MT ou uma Triple.

Achei que em velocidade proibida a direção tremia bastante, não sei se era de ele passar pelas passadeiras empedradas a alta velocidade ou da qualidade do alcatrão.

Quanto à condução... cada um é que sabe de si.

O motor é como dizes "viciante" e que nos pode levar a velocidades proibidas num instante.
Penso que será preciso ter alguma consciência (mais do que mãos) para não cair no erro fácil de ir a conduzir e a correr riscos desnecessários como é o caso do vídeo.
Pessoalmente prefiro uma estrada de curvas do que retas para andar de roda no ar.