Autor Tópico: O paradigma dos motociclos eléctricos: debates sobre a transição  (Lida 17628 vezes)

Novembro 25, 2018, 03:16:50, 03:16
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2low

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Em França têm sido preparados por quase 150 pessoas (FMWC), debates ao longo deste ultimo ano sobre:
- o paradigma da substituição e transição de motociclos de motor de combustão por motociclos de motor eléctrico
- vantagens e desvantagens de ambas as motorizações
- perceber as espectativas, gostos e especificidades da maioria dos motociclistas e o que os motociclistas esperam vir a encontrar nos motociclos de motor eléctrico
- tentar encontrar forma de a transição ser gradual para garantir a pouca desvalorização do motociclo de combustão que possui em troca do motociclo de motor electrico
- e outros assuntos pertinentes

Parece-me interessante haver estes debates e espero vir a encontrar algo por cá do género.

Entretanto aqui fica a noticia: https://www.motomag.com/Les-Motards-en-colere-reflechissent-a-l-avenir-de-nos-deplacements.html#.W_oBOHd2uUk
« Última modificação: Novembro 25, 2018, 03:18:08, 03:18 por 2low »
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Novembro 25, 2018, 10:57:25, 10:57
Responder #1

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
A substituição...

Tema interessante, mas por enquanto ainda a "gravitar" pouco na cabeça dos motociclistas por via daquilo que o mercado dispõe.

O tema, na minha maneira de ver a questão, assenta e simplifica-se no que toca à procura (e em grande medida), no seguinte:

Preço
Autonomia
Rede de postos de carregamento ultra-rápidos


A expectativa actual de qualquer motociclista é que a transição, quando acontecer, se faça sem perda daquilo que tem nos dias de hoje.
Autonomia para fazer p.ex. 350kms...ter a possibilidade de parar em qualquer lado e atestar em brevíssimos minutos....e custos de aquisição do seu veículo que não sejam estratosféricos. E isto parece-me ser um "pedido" perfeitamente razoável por parte de qualquer pessoa.... acrescentando-se também que as prestações do seu V.E. se devem fazer sem perda daquilo que tinha com o motor de combustão.

Quanto à desvalorização futura do veículo com motor de combustão...hum...ou muito me engano, ou vai haver um momento muito particular (e dependendo do boost das marcas na colocação de V.E. no mercado) em que vai cair a pique!

Quando isso acontecer e salvo alguns casos muito particulares, seja manter um veículo com motor de combustão, ou mesmo vendê-lo, arrisco-me a dizer que vai ser quase de certeza um "mau negócio".
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Novembro 25, 2018, 11:13:24, 11:13
Responder #2

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Este será o tema mais "quente" dos próximos anos. Principalmente quando equacionarmos comprar mota nova.
Existem questões tecnológicas que têm que ser respondidas primeiro, que já foram aqui faladas.
A capacidade de carga, isto é a autonomia, e a rapidez como ela decresce com o tempo e a localização e duração de cada abastecimento.
No primeiro caso será preciso baterias que mantenham uma capacidade de carga perto dos 100% por muito tempo, isto é com perdas de 2 ou 3% ao ano e que permitam autonomias até 300 km ( pelo menos 250).
No segundo caso será mais fácil "obrigar" todos os postos de combustível a terem carregadores eléctricos mas não é viável que a mota fique parada mais do que os 10 min que fica no combustível atual.
Por último tenho uma preocupação, o mercado da electricidade é muito mais "cartelizado" que o dos combustíveis, quem garante quando a passagem for maciça para electricidade que os preços não disparam e vamos ter saudades da gasolina? É que não existe regresso.
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"Viver a vida não é esperar que a tempestade passe, é aprender a andar à chuva"

Novembro 25, 2018, 11:39:47, 11:39
Responder #3

JoãoPVCarvalho

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Pois Eu acredito que a solução vai passar obrigatoriamente por modelos de bateria standard e de fácil substituição para que seja possível chegar ao posto de abastecimento e em poucos minutos trocar uma bateria descarregada por outra pronta a circular, tanto nas motas como nos carros.
O resto funcionará tal como acontece com os operadores de telecomunicações em que temos um contrato com diferentes níveis de utilização e o consumidor escolhe o que melhor se adequar à sua utilização.

Para quem conhece a realidade da energia elétrica sabe que para transportar (entre gerador/carregador e bateria) uma quantidade de carga elevada necessita de uma de duas condições: ou condutores de grande secção,( logo volumosos e pesados), ou um período de tempo elevado para fazer o mesmo transporte de carga elétrica com um conjunto de condutores de secção mais reduzida.

Podem tomar como analogia o caso da água, imaginem que pretendem encher um determinado depósito, com uma mangueira de jardim demoram certamente mais tempo do que se utilizar uma mangueira dos bombeiros.

É claro que existem outras formas de conduzir energia elétrica em quantidade e de forma muito rápida mas para isso é necessário recorrer a alta tensão e a sua perigosidade excluí de imediato a sua utilização para este fim.

Honestamente, a menos que a tecnologia para o carregamento das baterias evolua muito, não há volta a dar, ou temos a possibilidade de adquirir uma bateria pronta a usar ou a ideia de ficar parado 40 ou mais minutos à espera de uma carga torna esta tecnologia impraticável.
Um planeamento cuidado é meio caminho andado.✌
by JDilemas

Novembro 28, 2018, 13:43:51, 13:43
Responder #4

JoãoPVCarvalho

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Esta ideia das baterias standard já está a ser explorada e por aqui acredito que a mobilidade eléctrica encontre viabilidade.

Deixo este artigo da Andar de Mota onde a questão é mencionada, mas acredito que seria matéria para um debate interessante.

  https://www.andardemoto.pt/moto-news/40577-kymco-supernex-uma-moto-superdesportiva-de-altas-prestacoes/ 
Um planeamento cuidado é meio caminho andado.✌
by JDilemas

Novembro 28, 2018, 13:57:26, 13:57
Responder #5

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Gostei de ler a tua análise sobre o tema.  :nice: :nice:

As baterias standard e facilmente substituíveis parece-me uma coisa capaz de funcionar no que toca à rapidez da operação, ou seja, deixar uma "vazia" e levar logo uma carregada.

Mas a questão que se levanta nisto (pelo menos a mim...), é...estarão as marcas receptivas a tal??

Pressupondo 3 ou 4 tipos de packs de bateria com diferentes potências/capacidade, será que haveria assim tamanha diferenciação entre modelos das marcas (usando o mesmo tipo de pack de baterias)?
Não desejarão as marcas ter independência nesse aspecto para conseguirem a dita diferenciação da concorrência?

Veja-se este caso com a novíssima PCX eléctrica, em venda desde há muito pouco tempo em solo asiático...
Baterias próprias, carregadores próprios...





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Novembro 28, 2018, 14:28:30, 14:28
Responder #6

JoãoPVCarvalho

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Compreendo a ideia da exclusividade e da relativa competitividade associada mas...

Nos dias de hoje todos dispomos do mesmo tipo de energia seja gasolina ou gasóleo, o que varia é a gestão que cada marca/modelo faz dessa energia.

Tentando exemplificar: temos vários motores de combustão com a mesma cc que oferecem performances diferentes, isto porque a tecnologia aplicada a cada um deles é ligeiramente diferente, e digo ligeiramente porque todos assentam no mesmo princípio de funcionamento.
Nos motores elétricos temos a mesma situação, o facto de ter disponível uma fonte de energia diferente (com mais ou menos potência/capacidade), não implica forçosamente uma vantagem ou desvantagem porque a forma como essa energia vai ser gerida é que vai ditar a diferença.

Como é do conhecimento geral os motores elétricos disponibilizam o seu binário total a partir do exacto momento do seu arranque por isso qualquer veículo elétrico a ser produzido tem potencial para ser muito rápido e com performances desportivas, por essa razão estou mais convencido que a diferenciação se irá pautar pela autonomia e nesse capítulo a gestão da energia disponível terá toda a relevância.
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by JDilemas

Novembro 28, 2018, 14:44:47, 14:44
Responder #7

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Achei também interessante a questão das baterias de substituição rápida.
Tentando utilizar um exemplo que para mim parece idêntico:
-capsulas nespresso ou capsulas deltaq
A questão que levanto é...
... será que se deveria encaminhar para baterias iguais para todos os veículos facilitando tudo o que daí deriva ou iremos assistir novamente a questões de diferenciação, orgulho e marcar posição pelas várias marcas tornando o futuro dos eléctricos não muito do que acontece actualmente nos de combustão tradicional e dos actuais híbridos ou a gpl que existe dificuldade em encontrar postos de abastecimento para esses que por enquanto ainda são em número residual?!
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Novembro 28, 2018, 14:57:06, 14:57
Responder #8

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Também pode depender largamente da velocidade de carregamento que a tecnologia permita daqui por alguns anos, assim como capacidade em gerá-la de forma limpa (este último talvez não seja tão simpl€s)...



Daqui por 10 anos, aquilo que conhecemos hoje pode estar bastante diferente...
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Novembro 28, 2018, 15:01:58, 15:01
Responder #9

JoãoPVCarvalho

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Achei também interessante a questão das baterias de substituição rápida.
Tentando utilizar um exemplo que para mim parece idêntico:
-capsulas nespresso ou capsulas deltaq
A questão que levanto é...
... será que se deveria encaminhar para baterias iguais para todos os veículos facilitando tudo o que daí deriva ou iremos assistir novamente a questões de diferenciação, orgulho e marcar posição pelas várias marcas tornando o futuro dos eléctricos não muito do que acontece actualmente nos de combustão tradicional e dos actuais híbridos ou a gpl que existe dificuldade em encontrar postos de abastecimento para esses que por enquanto ainda são em número residual?!

Acredito que vai depender inteiramente da disponibilidade e consequente preço dos combustíveis derivados do petróleo.
Se estes escassearem e a Lei de Mercado funcionar não há volta a dar e temos de procurar alternativas, mas sim os primeiros tempos vamos provavelmente assistir a uma oferta muito variada, tendo todas as marcas a querer impor o seu sistema ( à semelhança do que aconteceu no passado com as cassetes BetaMax e VHS ) mas a convergência é inevitável qualquer que seja a energia do Futuro...
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Novembro 28, 2018, 15:30:09, 15:30
Responder #10

2low

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Achei também interessante a questão das baterias de substituição rápida.
Tentando utilizar um exemplo que para mim parece idêntico:
-capsulas nespresso ou capsulas deltaq
A questão que levanto é...
... será que se deveria encaminhar para baterias iguais para todos os veículos facilitando tudo o que daí deriva ou iremos assistir novamente a questões de diferenciação, orgulho e marcar posição pelas várias marcas tornando o futuro dos eléctricos não muito do que acontece actualmente nos de combustão tradicional e dos actuais híbridos ou a gpl que existe dificuldade em encontrar postos de abastecimento para esses que por enquanto ainda são em número residual?!


Acredito que vai depender inteiramente da disponibilidade e consequente preço dos combustíveis derivados do petróleo.
Se estes escassearem e a Lei de Mercado funcionar não há volta a dar e temos de procurar alternativas, mas sim os primeiros tempos vamos provavelmente assistir a uma oferta muito variada, tendo todas as marcas a querer impor o seu sistema ( à semelhança do que aconteceu no passado com as cassetes BetaMax e VHS ) mas a convergência é inevitável qualquer que seja a energia do Futuro...

E não esquecer que antes da crise arrebentar, a Europa supostamente era a que estava mais avançada já com veículos eléctricos em produção mas que guerras de Marcas para imporem o standard das fichas/tomadas de ligação aos postos de abastecimento (ou sendo de electricidade será posto de ligação?) fez facilmente com que, com a crise a acalmar para os lados dos EUA, apareceu a Tesla que praticamente foi a responsável por o standard de ligação ficasse finalmente "decicidida".
Ainda me recordo, antes da crise arrebentar e ainda com o Eng Sócrates  como primeiro ministro de Portugal, a investir nas unidades fabris de produção de baterias de lítio, que Portugal é riquíssimo, e que mesmo as baterias para os "Nissan Leaf" seriam produzidas em Portugal… os Alemães e FMI boicotaram isto tudo… Onde é que eles podiam admitir que Portugal viesse a ter um papel importante no mercado de peças e acessórios para produção automóvel?! Também se falou ao mesmo tempo da produção de chips informáticos ao nível das unidades fabris mais avançadas do mundo… tudo boicote…

Portugal a meu ver vai ser de novo um subserviente dos grandes da UE e infelizmente não vejo maneira de Portugal seguir seu rumo…
Resta-nos sermos sempre iguais a nos próprios… os coitadinhos da UE, que pagam os impostos mais altos, ordenados mais baixos e importar todos os veículos que a Alemanha já não quer por considerar lixo ambiental (sim… veículos automoveis com 2/3anos e então nos autocarros é ver as carradas de entulho ambulante que a Barraqueiro lá vai buscar…)
É para isto que a UE serve… servir os desígnios da industria e economia Alemã…

Comecei no assunto do tópico, acabei por relacionar com assuntos do tema em termos de historia recente mas descambei um pouco…um desabafo... desculpem.

 :ok: :convivio: :sportbike:
« Última modificação: Novembro 28, 2018, 15:32:08, 15:32 por 2low »
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Novembro 28, 2018, 20:38:08, 20:38
Responder #11

saraiva

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    E a mim que me importa?
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Vocês deixam quase tudo dito...  :)

Ora, em relação à rede de postos de carregamento, não acredito que venha a ser um problema excepto num ponto: A rede vai depender do sucesso que tenha a implementação dos carros elétricos.

Para mim é claro que o nível de utilização de motos elétricas vai depender sempre da evolução do mesmo dos carros.

Em relação ao referido agora eu não acredito no boicote pelo boicote. Não me revejo no que escreveu  o 2low e não sinto que haja boicotes à tecnologia. (Outro assunto são Fundos Públicos, aí sim).

Alguns argumentos de pessoas que defendem que os motores elétricos não vão penetrar no mercado:

Uma solução de baterias para substituir iria exigir um enorme esforço financeiro e produção de montes de plásticos e químicos. Imaginem que este ano 1.000.000 de pessoas compravam carros elétricos. Quantas baterias seriam necessárias em postos para a troca para este milhão de veículos?

Um investigador sueco defende que só o custo de produção duma bateria é suficiente para pensarmos duas vezes antes de as produzir:

Enormous hope rests on electric cars as the solution by the motor industry to climate change. However the batteries of electric cars are not environmentally friendly when manufactured. Several tonnes of carbon dioxide are being released, even before electric batteries leave the factory.

The report shows that battery manufacturing leads to high CO2 emissions. For each kilowatt-hour storage capacity in the battery, emissions of 150 to 200 kilograms of carbon dioxide equivalent are generated, already in the factory.
(NEW STUDY: LARGE CO2 EMISSIONS FROM BATTERIES OF ELECTRIC CARS, Johan Kristensson Junho 2017) [1]




E se pensarmos que a vida útil duma bateria é oito anos (por exemplo, depende de vários fatores) o que acontece a todo esse lítio, plástico e afins?

Obviamente este problema está a ser pensado e já há muito investimento nesta questão, porque é essencial para a implementação do elétrico.

The drive to replace polluting petrol and diesel cars with a new breed of electric vehicles has gathered momentum in recent weeks. But there is an unanswered environmental question at the heart of the electric car movement: what on earth to do with their half-tonne lithium-ion batteries when they wear out?

(...)

However, in the EU as few as 5% (pdf) of lithium-ion batteries are recycled. This has an environmental cost. Not only do the batteries carry a risk of giving off toxic gases if damaged, but core ingredients such as lithium and cobalt are finite and extraction can lead to water pollution and depletion among other environmental consequences.

(...)

Umicore, which has invested €25m (£22.6m) into an industrial pilot plant in Antwerp to recycle lithium-ion batteries, has deals in Europe with both Tesla and Toyota to use smelting to recover precious metals such as cobalt and nickel. Grynberg says: “We have proven capabilities to recycle spent batteries from electric vehicles and are prepared to scale them up when needed.”
(The rise of electric cars could leave us with a big battery waste problem - Guardian, Agosto 2017 - [2])

E atenção, esta questão da reciclagem não tem apenas o aspecto técnico/tecnológico. Tudo aponta para que venha a ser um processo caro e sem interesses para os fins lucrativos (pode vir a ser mais barato produzir uma nova do que reciclar uma e repor a mesma em uso). Se isto for, terão os governos capacidade para subsidiar ou impor a reciclagem?

Além da questão da produção e da reciclagem da bateria, temos outra questão fundamental, que aliás se divide em duas:

1. A produção de energia eléctrica do ponto de vista dos recursos para a produzir
2. A produção de energia eléctrica do ponto de vista da capacidade que vai ser necessário ter disponível constantemente.

Há vários estudos que defendem que produzir tanta eletricidade vai libertar tanto CO2 como a actual combustão. Se a isso somarmos a questão da poluição causada pela produção e eventual reciclagem de baterias, aparentemente vamos poluir mais.

O estudo mais citado é o de Virgínia MacConnell [3]- If you use coal-fired power plants to produce the electricity, then all-electrics don’t even look that much better than a traditional vehicle in terms of greenhouse gases (How ELECTRIC CARS Can Increase GREENHOUSE GAS EMISSIONS - Resources for the future Setembro 2013) - [4]

No mesmo artigo, esta investigadora da área dos transportes sugere ser necessário uma política de controlo das produtoras de eletricidade e das suas emissões. E isto para mim cheira a problemas. Falta de eletricidade, preços mais caros.

O sueco que referi por causa do CO2 na produção, também sugere o caminho da regulação: It’s great for companies and government to embark on ambitious environmental policies and to buy climate-smart cars. But these results show that one should not think of choosing an electric car with a larger battery than necessary, he says, and points out that politicians should also address this in the design of instruments. [1]

Mais uma vez regulação. A sugestão é que o governo limite a capacidade das baterias de acordo com o necessário. (Já estou a ver governos a imporem limites de velocidade e autonomia).

No que respeita à capacidade instalada, é outro problema.

Dado que a armazenagem de eletricidade é complicada (apesar de ter lido em tempos um artigo que defendia ser um mito, que se podia armazenar) actualmente os países funcionam por uma coisa chamada capacidade instalada. Ou seja toda a energia que consumimos está a ser produzida neste preciso momento (simplificando).

De acordo com um post no pplware em que citou a Lusa atualmente o nosso país conta com 20.758 megawatts de capacidade instalada de produção de eletricidade, dos quais 5.313 megawatts correspondem a energia eólica e 291 megawatts são de origem fotovoltaica. (Portugal vai ter 14 novas centrais solares fotovoltaicas - Agosto 2017) [5]

E como funciona actualmente. Imaginem que a capacidade instalada de barragens e éolicas é 100. Durante a noite o consumo de energia é 20. O cenário perfeito para as eléctricas - mesmo que uma barragem avarie por algum motivo, tem uma margem de 80, porque o país só precisa de 20.

Com o chegar da madrugada, as pessoas acordam e os padeiros começam a fazer o pão e é necessário 80 de eletricidade. Tudo ok.

Às 08:00 da manhã abrem as fábricas e é necessário 140 de eletricidade. Automaticamente entra em funcionamento a produção de energia através da combustão.

Ora, na última fatura que recebi da EDP, 30% da energia que consumi veio de combustão. 13% de carvão, 8% de Petróleo e 8% de Gás.

A questão é mesmo esta: Valerá a pena a poluição por todos estes fatores, quando na prática pelas infraestruturas de hoje já nos fartamos de queimar para ter eletricidade?

Vamos desatar a construir barragens e parques éolicos? (Temos dinheiro?).

Vamos racionar certas utilizações para a noite, quando as renováveis eventualmente produzem em excesso?

Não será um incentivo ao nuclear?

São mais as questões que a opinião, mas aqui fica a minha participação.


1 - http://www.thegwpf.com/new-study-large-co2-emissions-from-batteries-of-electric-cars/
2 - https://www.theguardian.com/sustainable-business/2017/aug/10/electric-cars-big-battery-waste-problem-lithium-recycling
3 - http://www.rff.org/research?researcher[]=3690&type[]=work
4 - http://www.rff.org/research/publications/how-electric-cars-can-increase-greenhouse-gas-emissions
5 - https://pplware.sapo.pt/informacao/portugal-14-novas-centrais-solares-fotovoltaicas/
« Última modificação: Novembro 28, 2018, 20:44:52, 20:44 por saraiva »
Há rosas cor-de-laranja mas não há laranjas cor-de-rosa. No entanto há laranjas verdes e rosas verdes não há.
Sym Jet14 0km --> 17147km | Keeway SuperLight 7041km --->10500km | UM Sport S 0km-->

Novembro 28, 2018, 21:45:11, 21:45
Responder #12

JoãoPVCarvalho

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Companheiro Saraiva.

Abordas de forma clara e concisa a questão da geração eléctrica, que ainda que não seja o tema central deste tópico é por demais pertinente.

Tentando responder a algumas das questões que assertivamente levantas:

De facto as renováveis ficam muito aquém das necessidades atuais, quanto mais abastecer um parque automóvel, mas por outro lado e como tão bem exemplifica-te, durante o período noturno produzimos energia elétrica que não utilizamos na totalidade, contudo parte dela e apenas em alguns casos onde é possível essa energia em excesso é usada para bombear água de volta à albufeira que abastece a barragem.
Ainda assim o recurso aos combustíveis fósseis para gerar energia elétrica continua a ser imperativo, resta saber até que ponto os veículos elétricos do ponto de vista ambiental são mais eficientes tendo em conta a origem da energia que consomem.

Produção e reciclagem de baterias. Mais uma vez o fator "evolução tecnológica" vai ser determinante, como é sabido, para além dos plásticos a composição das baterias conta com ácidos e metais pesados, tudo matérias muito poluentes e difíceis de tratar mas estão já a ser conduzidos testes com matéria orgânica com vista a resolver o problema das baterias "sujas"... Tenhamos fé.

O armazenamento de energia elétrica é possível apenas com recurso a baterias que com a atual tecnologia disponibilizam uma quantidade de energia muito reduzida face à dimensão do acumulador.

Legislação/regulamentação a impor limites... é ainda uma incerteza mas acredito que será uma inevitabilidade.
Por outro lado a evolução tecnológica dos veículos autónomos vai retirar por completo o fator humano da condução do veículo formatando a forma como encaramos as nossas deslocações. Não será certamente no nosso tempo útil de vida mas acredito naquela imagem idílica e futurista do filme Metropolis
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by JDilemas

Novembro 28, 2018, 23:22:26, 23:22
Responder #13

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Interessante debate aqui deixado e numa troca de opiniões como já não lia há algum tempo.  :nice:

Falou-se mais atrás nas renováveis e gostaria de lembrar (ou dar conhecimento a quem não o sabia), que o site da APREN mostra com bastante clareza as fontes para a produção de energia.

Pesquisem o site e vejam os gráficos...
A nível das renováveis digamos que ainda há trabalho a fazer, mas...existem países bem piores...


"No período entre janeiro e outubro de 2018, a eletricidade produzida no continente teve uma repartição de 52,7 % de origem renovável, sendo os restantes 47,3% provenientes de fontes de energia fóssil, num total de eletricidade gerada de 45 873 GWh."


https://www.apren.pt/pt/energias-renovaveis/producao
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Novembro 29, 2018, 13:57:15, 13:57
Responder #14

JoãoPVCarvalho

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Interessante debate aqui deixado e numa troca de opiniões como já não lia há algum tempo.  :nice:

Falou-se mais atrás nas renováveis e gostaria de lembrar (ou dar conhecimento a quem não o sabia), que o site da APREN mostra com bastante clareza as fontes para a produção de energia.

Pesquisem o site e vejam os gráficos...
A nível das renováveis digamos que ainda há trabalho a fazer, mas...existem países bem piores...


"No período entre janeiro e outubro de 2018, a eletricidade produzida no continente teve uma repartição de 52,7 % de origem renovável, sendo os restantes 47,3% provenientes de fontes de energia fóssil, num total de eletricidade gerada de 45 873 GWh."


https://www.apren.pt/pt/energias-renovaveis/producao

Sem dúvida dados animadores, mas ainda assim estranho que num País onde o número de horas de sol é tão elevado e com tantas áreas sem utilidade onde o vento é normalmente fraco não exista mais investimento na geração fotovoltaica.
Voltando ao tópico: À semelhança do que acontece hoje em dia, com a liberalização do mercado da energia elétrica vieram uns quantos novos fornecedores e estou convencido que à medida que a procura aumente os atuais fornecedores de combustíveis também vão entrar no jogo, com uma vantagem, não necessitam de recorrer à importação de matéria prima, certamente vão investir na produção local.
Já estou a imaginar por exemplo as estações de serviço das autoestradas cobertas de painéis fotovoltaicos a produzir grande parte da energia que vão comercializar porque a grande vantagem deste sistema é que não necessita de instalações complexas nem de recursos humanos para produzir e distribuir energia, na verdade, com a tecnologia de que dispomos hoje já é possível ter postos de abastecimento de eletricidade 100% autónomos.
Um planeamento cuidado é meio caminho andado.✌
by JDilemas

Dezembro 05, 2018, 03:28:13, 03:28
Responder #15

dfelix

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...estranho que num País onde o número de horas de sol é tão elevado e com tantas áreas sem utilidade onde o vento é normalmente fraco não exista mais investimento na geração fotovoltaica.

Porque a geração fotovoltaica é uma energia bastante cara.

O custo das infraestruturas é elevado.
Requer uma vasta extensão de terreno com posicionamento adequado.
Envolve manutenção presencial recorrente.
A produção só ocorre durante um período de cerca de 9 (inverno) a 15 (verão) horas diárias.
A produção poderá variar consideravelmente de acordo com a meteorologia.
O equipamento tem um tempo de vida útil optimista, mas com perdas graduais de eficiência a medio-longo prazo.

Isto é financeiramente pouco atractivo a investidores que pretendam apostar neste tipo de produção eléctrica.
Somando custos da infrastrutura, instalação, renda do espaço, manutenção dos equipamentos, taxas/ impostos, etc... poderá implicar vários anos até amortizar o investimento.

...com a liberalização do mercado da energia elétrica vieram uns quantos novos fornecedores e estou convencido que à medida que a procura aumente os atuais fornecedores de combustíveis também vão entrar no jogo...

O que se assistiu com a liberalização nos fósseis e de certa forma agora mais recentemente na energia elétrica foi a uma cartelização.

...as estações de serviço das autoestradas cobertas de painéis fotovoltaicos a produzir grande parte da energia que vão comercializar ...

Considerando uns optimistas 150W por m2 ...
Só para alimentar uma trifásica standard de carregamento rápido (que deve ser uns 380v 70 amp) duvido que a cobertura das actuais estações de serviço convencionais forrada a paineis chegasse...


Dezembro 05, 2018, 05:09:15, 05:09
Responder #16

JoãoPVCarvalho

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...estranho que num País onde o número de horas de sol é tão elevado e com tantas áreas sem utilidade onde o vento é normalmente fraco não exista mais investimento na geração fotovoltaica.



Considerando uns optimistas 150W por m2 ...
Só para alimentar uma trifásica standard de carregamento rápido (que deve ser uns 380v 70 amp) duvido que a cobertura das actuais estações de serviço convencionais forrada a paineis chegasse...

Também não acredito que fosse suficiente, mas estou convencido que faria parte do abastecimento e a propria EDP já disponibiliza paineis com pouco mais 1m2 com potencia de 400W mas ainda assim continua a não ser suficiente...

Veremos com a evolução técnologia onde vamos parar.
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by JDilemas

Dezembro 05, 2018, 22:24:14, 22:24
Responder #17

dfelix

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A dependência da rede será sempre enorme.

E há sempre a possibilidade de terem geradores a diesel...  :)
Algo que não me espantaria como até me parece bem provável que venha a acontecer. Não fosse toda esta transição estar sustentada por uma certa dose de hipocrisia.

Dezembro 07, 2018, 09:21:11, 09:21
Responder #18

JoãoPVCarvalho

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by JDilemas

Fevereiro 09, 2019, 20:32:23, 20:32
Responder #19

2low

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Sem haver um directo relacionamento com os motociclos eléctricos, encontrei um texto "provocativo" (relacionado com França) mas que julgo ser interessante ser debatido, ou por outras palavras "meter tudo na balança e depois escolher a quantidade pretendida".

"
4 de março de 2018
Carlos Tavares - O homem que não deixa que lhe lavem o cérebro.
Carlos Tavares (CEOA da PSA): " o Mundo é louco. O facto de as autoridades nos terem pedido para ir numa direcção tecnológica, a do veículo eléctrico, é um grande ponto de viragem.
Não gostaria que daqui a 30 anos se descobrisse algo que não é tão bonito como parece, sobre a reciclagem de baterias, a utilização de matérias raras do planeta, sobre as emissões electromagnéticas da bateria em situação de recarga?
Como é que vamos produzir mais energia elétrica limpa?
Como fazer para que a pegada de carbono do fabrico de uma bateria do veículo elétrico não seja um desastre ecológico?
Como assegurar que a reciclagem de uma bateria não seja um desastre ecológico?
Como encontrar suficiente matéria-prima rara para fazer as pilhas e os químicos das baterias na duração?
Quem trata a questão da mobilidade própria na sua globalidade?
Quem está agora a colocar a questão de forma suficientemente ampla de um ponto de vista social para ter em conta todos estes parâmetros?
Preocupo-me como cidadão, porque, como fabricante de automóveis, não sou audível.
Toda esta agitação, todo este caos, vai virar-se contra nós, porque teremos tomado decisões erradas em contextos emocionais."
Stéphane Homem, Director do Observatório da energia nuclear:
"O ciclo de vida de um veículo eléctrico torna-o tão poluente como um veículo térmico".
Subsidiar não faz sentido, explica Stéphane Homem.
O fabrico das baterias é tão emissor de Co2 que é necessário ter percorrido de 50 000 a 100 000 km de carro eléctrico.
Para começar a ser menos produtor de Co2 do que um carro térmico. 15 a 30 km por dia, 365 dias por ano, durante 10 anos!
AFP / Daniel Roland: "Ora, ao contrário do que acreditam a maioria das pessoas, sujeito a uma propaganda contínua das políticas e industriais, o carro elétrico não é mais virtuoso para o clima do que o carro térmico, gasolina ou diesel". Estas são as conclusões de um estudo, já antigo, da agência do ambiente e do controlo da energia (ademe), ignorado deliberadamente pelo governo (elaboração de acordo com os princípios da acv dos balanços energéticos, das emissões de gás em efeito de estufa e outros impactos ambientais induzidos pelo conjunto das vias de veículos eléctricos e de veículos térmicos até 2012 e 2020, (Novembro de 2013)
Sabendo que estes carros servem essencialmente para trajectos curtos, é provável que a quilometragem necessária para se estimar "Virtuoso" nunca será atingida.
Além disso, todo o co2 emitido por um carro eléctrico é enviado para a atmosfera antes mesmo de ter percorrido um quilómetro, enquanto que, por outro lado, está-se a tentar fazer passar a ideia de que o carro eléctrico não emite partículas finas, mas, como assinala a revista ciência e vida (Janeiro de 2015): "os pneus, os travões e o desgaste das estradas emitem quase tantas micropartículas como os gases de escape.
O carro elétrico emite menos partículas do que o carro térmico, uma vez que não tem um escape, mas tem muitos freios, pneus, e rola sobre o alcatrão!
No final, o carro eléctrico não é mais ecológico do que o carro térmico. O dinheiro público consagrado ao seu desenvolvimento é, por conseguinte, totalmente injustificado, tratam-se de somas astronómicas:
• O GOVERNO LANÇOU UM PLANO DE INSTALAÇÃO DE 7 milhões de terminais de recarga por cerca de 10 000 euros cada, ou seja, um custo de cerca de 70 mil milhões de euros.
É também aliás vulgar, ver os eleitos de pequenos municípios, acreditando fazer um gesto pelo ambiente, quebrar o mealheiro municipal para se oferecer um posto de carregamento;
O BÓNUS "Ecológico" à compra de um carro eléctrico ultrapassa 10 000 € por veículo, muitas vezes completado por um prémio da região.
Quase todos os compradores são famílias ricas, pois estes veículos são muito caro,: uma vez mais, o dinheiro de todos é oferecido aos mais privilegiados.
Na realidade, no país do átomo, todos os meios são bons para "impulsionar" o consumo de electricidade, em baixa contínua há anos.
Porque o carro eléctrico em França pode ser considerado como um "carro nuclear": quase todos os terminais de recarregamento instalados são ligados à rede eléctrica normal, que é em cerca de 80 % nuclear.
Não devemos deixar-nos levar pelas declarações do Sr. Bolloré e os seus Autolib (Paris), Bluecub (Bordéus) e Bluely (Lyon), que asseguram que as baterias são recarregadas com recurso a energias renováveis, tratam-se apenas de jogos de escrita, a electricidade utilizada é a mesma que noutros locais.
Não estamos a fazer aqui a promoção do automóvel térmico, ela própria uma calamidade ambiental.
Mas, precisamente, ninguém teria a ideia de oferecer 10 mil euros à compra de um carro diesel, reservar-lhe lugares de estacionamento e encher o seu tanque com preço partido...
É uma análise muito boa que demonstra que as nossas políticas (e os verdes) fazem-nos um espectáculo:
A paranóia do diesel só diz respeito aos automobilistas!!!
Os veículos pesados, autocarros, navios, estão excluídos!
Só para situar o grau de paranóia dos mais virulentos críticos do veículo diesel, é necessário revelar-lhes os dados da indústria marítima que demonstrou que, considerando o tamanho dos motores e a qualidade do combustível utilizado, os 40 maiores navios - Cargueiros do mundo poluem tanto como todos os 760 milhões de automóveis do planeta.
Sabe, estes porta-contentores que nos alimentam em produtos que se fabricava nas nossas fábricas deslocalizadas, hoje em dia, queimam cada um 10.000 toneladas de combustível para uma viagem e regresso entre a Ásia e a Europa.
Estes infelizes 40 navios fazem parte de uma frota de 3.500, aos quais há que acrescentar os 17.500 petroleiros que compõem o conjunto dos 100.000 navios que percorrem os mares.
Para não deixar o domínio marítimo, recorde-se que a frota de recreio francesa é de cerca de 500.000 unidades, dos quais 5.000 iates com mais de 60 metros, e que o mais médio destes queima cerca de 900 litros de combustível em apenas uma hora, enquanto os 24 % de lares franceses que se aquecem ao fuelóleo têm dificuldade em encher o seu tanque para o inverno.
Para continuar no caminho da esquizofrenia paranóica, vamos ter em conta toda a frota de pesca e os 4,7 milhões de veículos pesados em trânsito através da França e milhares de aviões que percorrem o céu.
Para completar esta pequena fábula, não esqueçamos o indispensável domínio agrícola em que o consumo médio de energia é de 101 litros de combustível por hectare.
Isso também prova que os jornalistas são comprados pelo poder para calar a boca e lavar-nos os cérebros.
"

Reconheço que ainda à pouco se falava seriamente desta questão das baterias e de produção das mesmas… algo que remonta a 2015/2016 mas o que não esperava era a descrição de "barcos que poluem tanto quanto milhões de automóveis e tudo devido a esta descentralização louca do capitalismo" ou "esta paranoia concertada contra APENAS os automóveis ligeiros a gasóleo"...
A outra "paranoia" que aqui não se falou foi a questão dos plásticos...  a meu ver se se acaba o petróleo a humanidade não chega a tempo de inovar e desenvolver novos materais com as características dos plasticos. Aí sim será o ai jesus... Portanto todas estas instabilidades que têm acontecido no mundo, será que gira tudo à volta da questão "petróleo está quase no fim e a culpa é do outro" ou "petroleo esta quase no fim e é melhor eu sacar todas as reservas para o meu pais durar mais que os outros" ou...

« Última modificação: Fevereiro 09, 2019, 20:41:54, 20:41 por 2low »
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Fevereiro 09, 2019, 23:42:29, 23:42
Responder #20

Sapiens21

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Este tema que trazes ao tópico é de facto muito bom e efectivamente existem no presente estudos que esgrimem diferenças nas vantagens e desvantagens, assim como o peso de cada uma das opções.

A este respeito da comparação da "pegada de carbono" no presente, lembro que foi levado a cabo um estudo em que punham em análise o elétrico Tesla Model S P100D e um Mitsubishi Mirage convencional.

Os investigadores do MIT depararam-se com um dilema que enfrentam agora os reguladores.

É que de acordo com os dados resultantes desse estudo, um Tesla produzido nos EUA produz 226g de dióxido de carbono por quilómetro ao longo do seu ciclo de vida, que é muito inferior aos 385g emitidos por um série 7 da BMW.
No entanto, o pequeno Mirage com motor de combustão produz ainda menos CO2, ficando em 192g.

A questão que se levanta no meio disto e capaz de operar grandes reduções na dita "pegada de carbono", prende-se com algo que o artigo postado pelo 2low não me parece que tenha em linha de conta...que é a da própria evolução na produção e posterior reciclagem de baterias.

Ou seja, o estado de desenvolvimento e todo o processo, em termos de eficiência, vai chegar um ponto em que irá fazer decrescer de forma efectiva e notória essa "pegada".

Olhar para números de forma estacionária, parece-me que enferma de algum erro de análise.
A evolução tenderá a eliminar boa parte da poluição hoje feita para a produção de cada bateria.

O petróleo, numa utilização como a que hoje lhe é dado, não tem mais do que algumas (poucas) décadas por diante.

Se seria preferível outra opção mais limpa que os eléctricos? Sim...

Mas o hidrogénio, pelo que tenho lido...também oferece desafios que a tornam bastante cara. Bastante mesmo
..  :-X
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Dalai Lama

Fevereiro 10, 2019, 07:03:37, 07:03
Responder #21

Scooterado

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.....Espero ainda assistir no meu tempo de vida ao nascimento do motor "Warp" ou pelo menos ver 1 Delorean a bombar por aí,hehe.

Mas, o mais natural será o evoluir das baterias que serão feitas com materiais menos poluentes + baratas + pequenas + moldáveis + leves e com + power para o mesmo espaço que ocupam hoje em cada veículo e com a produção das mesmas a recorrer a energias renováveis e materiais quase 100% recicláveis / reutilizáveis, isto agora já está imparável até surgir outra tendência ( o Hidrogénio para os pesados tem pernas para andar e pode-se aproveitar as infraestruturas das gasolineiras para os abastecer).
Enfim, as motas elétricas também irão a pouco e pouco aumentando a sua quota de mercado, quando os preços ( falo daquelas tipo C-Evolution ou da Zero ) baixarem um bocado e acima de tudo quando as autonomias elevadas e/ou a rapidez da recarga for algo normal, Quando as motas tiverem 300/400 km de autonomia com uma carga e tiverem uns designs apelativos e até com barulho Harley artificial com 1 simples click ( tipo o Jaguar I - Pace já no mercado ) vão vender que nem pãezinhos quentes. Não me espantaria nada ver a circular na cidade daqui a 5/6 anos por exº uma bela Xmax Electron ( talvez sacrificando 1 pouco da bagageira ) com autonomia de 150/200 Km e de preferência com custos controlados e subsidiados numa primeira fase.
Se conseguirmos acabar com a poluição nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto fica o problema quase solucionado e já agora, devia-se incentivar fortemente o uso das 2 rodas nestas 2 grandes urbes por motivos óbvios ( são milhares os carros com 1 só pessoa lá dentro a entrar/sair nestas 2 cidades diariamente) a par de uma política de transportes públicos realmente eficaz, porque não, fazer uma experiência de 6 meses de transportes públicos grátis para analisar as mudanças de comportamentos, estudar os fluxos das massas e pelo menos ajudar a mudar algumas mentalidades . :pensador:
Claro que isto ajudaria a melhorar a Saúde das pessoas dos animais e das plantas nas nossas cidades mas não resolveria o problema geral do CO2 e alterações climáticas, Para isto só mesmo uma política à escala Mundial e reduzir drasticamente a queima do carvão e restantes combustíveis fósseis, prevenir ao máximo os grandes incêndios, Aviação comercial, Marinha Mercante a mudar para tecnologias + limpas e não menos importante e até determinante, o Sector da alimentação e a forma como nos alimentamos terá mesmo de mudar pois neste momento necessitamos de + do que 1 planeta para continuarmos com o nosso estilo de vida e isto não é sustentável.

Terá de se inventar uma tecnologia acessível para se purificar a água dos Oceanos/Mares e com isso a falta de água doce acabaria na maior parte do Mundo e porque não, irrigar os desertos ( a começar pelo Sahara por exº  que em tempos já foi verde e luxuriante ) para a produção alimentar que tanta falta faz e irá fazer muito + no futuro.
Se tivéssemos baterias/acumuladores realmente acessíveis, limpos e de elevada capacidade e a serem abastecidos via energia solar/ eólica uma boa parte das nossas necessidades energéticas ficaria resolvida e cada casa/fabrica/edifício seria um centro de produção para abastecer a rede e os veículos.......Deixem-me sonhar.

Mas, tudo é relativo, e nós aqui com preocupações no nosso grão de areia cósmico e bastará um asteroide jeitoso (  a 65.000 km/h ou mais ) e lá vai o CO2 todo para o espaço e só sobrarão algumas baratas, bactérias e alguns F.D.P... que estes escapam sempre!!
1 abraço
Scooterado  :scooter: SLB...A pouco e pouco estamos a chegar lá....

Fevereiro 10, 2019, 09:45:07, 09:45
Responder #22

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Essa da conversão dos telhados das nossas habitações para se tornarem autênticas micro-centrais se produção de energia....hum....deixa-me também sonhar , companheiro. Essa já por várias vezes que me passou pela cabeça... :love0001:

Tenho aqui área de telhado para utilizar...se a EDP quiser avançar com +1 um de entre tantos outros estudos piloto que vai fazendo. Desde que eu não tenha de entrar com o guito...  :stuck_out_tongue_winking_eye:
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Fevereiro 10, 2019, 10:30:40, 10:30
Responder #23

Lourenço

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No campo das células fotovoltaicas há uma baixa significativa de preço, diversas inovações, aumento de rendimento, a mais prometedora e que está a atingir preços da ordem de 50€ m2, com rendimentos melhores com ampla facilidade e leques de aplicação; a palavra chave é "perovskites":


-https://www.futura-sciences.com/sciences/actualites/physique-cellules-solaires-photovoltaiques-perovskites-plus-efficacite-63516/
-https://solutions-alternatives.org/solaire-a-perovskite/
-https://sciencepost.fr/2019/01/une-nouvelle-technologie-solaire-a-base-de-cellules-perovskites/

No campo das baterias ou condensadores, vai avançando, é outro domínio, mais complexo e de investigação cara ao alcance de poucos, os progressos foram enormes.

EDITO:
Como sabem as fábricas de paineis Europeias foram aniquiladas pelas celulas chinesas, com as leis europeias, mas o fecho recente de muitas, incluindo em Portugal, será tamebm consequencia do que está acima, segundo algumas opiniões algo oficiosas e pouco fundamentadas.
« Última modificação: Fevereiro 10, 2019, 10:37:51, 10:37 por Lourenço »

Fevereiro 10, 2019, 17:56:10, 17:56
Responder #24

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Diga-se o que se disser, a angolana Isabel dos Santos tem olho para o n€gócio.

Os investimentos da EFACEC em produção de carregadores rápidos e ultra-rápidos, está numa fase de fortíssimo crescimento...


Link...
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Dalai Lama

Fevereiro 25, 2019, 10:42:27, 10:42
Responder #25

2low

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Sobre o assunto dos motociclos e veículos eléctricos no geral tem sido debatido em pelo menos dois tópicos, incluindo este.
[ https://www.clubeportuguesmotociclismo.pt/index.php?topic=5019.msg66217;topicseen#new ]

Venho acrescentar mais uma informaçãozinha em tom de desabafo:

Já tinha dito que a partir de Setembro/Outubro 2018 qualquer projecto de licenciamento para construção obriga a haver tomada(s) eléctrica(s) para veículos eléctricos.
Agora a parte escandalosa ou como decifrar os idiotas que nos continuam a ir ao bolso, favorecendo amigos/primos/tios ou desde que lhes dê vantagens financeiras (só para eles) - corrupção à frente de todos mas "legalizada" - "o povinho paga e não faz mal que ele é manso e não faz mal a ninguém".
Então é assim…

Se forem pensar construir uma moradia…
Antigamente safavam-se com a potencia contratada de electricidade de 6,9Kva ou menos (dependendo dos equipamentos eléctricos utilizados), e na fase de projectos, bastaria entregar uma ficha electrotécnica com um valor "residual" dentro do bolo de todos os projectos de Arquitectura e Engenharias(especialidades).
Agora... (e após Setembro/Outubro 2018), tem de garantir a tal tomada eléctrica para o veiculo que quase de certeza que não têm e provavelmente tão cedo não vão ter.
A questão começa logo na fase de projecto... com tanto aparelho eléctrico (há já placas de indução com consumo de 11.000W... e em conjunto com esquentador/termoacumulador, ar condicionado e/ou aquecedeores, electrodomesticos, tv, computadores, iluminaçao em geral,etc) e para o quadro não andar sempre a disparar quando estao a cozinhar na placa de indução, ao mesmo tempo que ligam o forno e por acaso têm a maquina de lavar roupa a funcionar... então esses 6,9Kva são mesmo muito poucos, e mesmo os 10,35Kva pode ser pouco...
E agora a parte mais irritante... só para essa tal tomada do veiculo, é preciso garantir à parte mais 5,75Kva...
Portanto... ou garantem um quadro trifasico ou no minimo o tal de 10,35Kva e ainda assim terem de andar a fazer ginastica mental de não se ligar coisas em simultaneo...
Quanto à fase de projectos, acima de 6,9Kva, a tal ficha electrotecnica agora tem mesmo de se entregar um projecto electrotecnico e em vez de um valor mais simbolico, preparem-se para pelo menos 800/1000€...

E agora o que irrita mesmo... mesmo…

A legislação(uma determinada) foi alterada recentemente e anda tudo sem saber como é, se há inspecções em obra da tal "Certiel" ou como é "por a Certiel ter acabado ou ficado com um papel menos activo em obra", obrigando a projectos mesmo com 10,35Kva, quando antigamente só mesmo se fosse superior a esse valor.
Ao mesmo tempo, para quem se lembrar ou estiver dentro do assunto... tambem há/houve um pseudo alivio no custo de electricidade, que foi bastante publicitado pela comunicação social e que terá sido inserido no actual orçamento de estado... só que esses "saldos energeticos é só para ingles ver" pois só para potencia contratada até 3,45Kva, que nos dias de hoje são cada vez menos as pessoas...

Estou (hoje) com dificuldade em resumir e sintetizar a coisa mas acho que já perceberam aonde quero chegar...
"impostos, taxas e taxinhas" + favorecimento a terceiros (EDP é que ganha) + etc... = quase todos nós com cada vez menos poder de compra e quase que obrigatoriamente termos de contribuir para isso… [é também tudo muito bonito, a "cena verde e amigo do ambiente mas…"]

São por coisas como esta que cada vez mais sou a favor de manter as coisas como estão, porque tudo o que aparece só serve para nos lixarem e ir ao bolso!
[mas se Portugal fosse um país mais decente e como os do Norte da Europa... haveria muito politico/banqueiro/etc preso - como não é... o povinho paga que é mansinho!]
« Última modificação: Fevereiro 25, 2019, 10:48:00, 10:48 por 2low »
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Abril 04, 2019, 13:27:26, 13:27
Responder #26

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É já a partir deste mês de Abril que os parques de estacionamento privados de acesso público (como os dos centros comerciais) vão passar a poder ter instalados postos de carregamento, com a electricidade a ser paga por cada utilizador.

Para quem não sabe, esta é mesmo uma medida do Estado, por via do Fundo Ambiental, que vai investir em 100 novos supercarregadores, a acrescentar aos já existentes.

E os planos são para ampliar depois a oferta deste tipo de carregadores, o que por acaso não me surpreende que venha a ser muito rápido....dadas as mudanças que se verificam no presente.  :)
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Dalai Lama

Abril 04, 2019, 14:12:23, 14:12
Responder #27

pjmartinho

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Sobre o assunto dos motociclos e veículos eléctricos no geral tem sido debatido em pelo menos dois tópicos, incluindo este.
...
Infelizmente as coisas estão feitas para não funcionarem, ou melhor, parece que tudo vai mudar e depois fica tudo na mesma... com mais custos para o consumidor final  :toma:

Mas não é só em Portugal que isso acontece. Na Holanda, por exemplo, também acontece o mesmo mas, como têm um nivel de vida superior ao nosso, não notam tanto como nós.

Abril 19, 2019, 12:59:04, 12:59
Responder #28

2low

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Abril 20, 2019, 10:31:28, 10:31
Responder #29

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A corrida já vai bem adiantada, mas aquilo que o país (e os portugueses) vão ganhar com este "novo petróleo" ainda se está para perceber.

Ok, já falam em algumas centenas de postos de trabalho em Montalegre, mas é preciso mais...já que se lêem em vários jornais os milhões de €€€'s que se podem dali extrair.

Já disse isto por cá em tempos, mas a captação de interesse por um grande fabricante em ter por cá uma fábrica de baterias eléctricas top of the art seria mesmo o ideal.
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Abril 20, 2019, 13:27:36, 13:27
Responder #30

replicantz

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Agora é tudo "pró-electrico" mas estou curioso sobre como evoluiu a seguinte questão, que há uns anos atrás era quase  tema-tabu, inclusive na imprensa...

Fazendo uma projeção da quantidade e potência/capacidade do total de baterias que serão necessárias para os veículos de 2020 (vamos assumir que as vendas disparam 40% por exemplo), e juntando a quantidade de energia necessária para alimentar essas baterias durante um ano... quanto será necessário queimar/poluir com energias fósseis e  derivados para alimentar usos tudo?

Contas feitas no final, em termos de produção das baterias e energia necessária, com recurso às poluentes fontes tradicionais.... será mesmo assim tão "verde" como apregoam? Será que o balanço final da pegada verde é assim tão melhor?

É que tanto falam e apregoam os benefícios dos eléctricos, mas e que tal começarem a fundamentar isso com números concretos e reais - afinal os eléctricos já não são de agora, já aí andam há uns anos, dados para criarem projeções e estatísticas não devem faltar, digo eu. Mas as motivações devem ser outras, obviamente.



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Abril 20, 2019, 15:39:44, 15:39
Responder #31

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Experimenta ver esta reportagem que deu na SIC há bem poucos dias....

Não sendo os eléctricos perfeitos, estão cada vez melhores...
Dentro de 5-10 anos nada terá que ver com a situação presente.

https://sicnoticias.pt/programas/reportagemespecial/2019-04-13-Reportagem-Especial-Ligado-a-Corrente-tenta-antecipar-o-futuro-da-mobilidade
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Abril 28, 2019, 21:11:53, 21:11
Responder #32

2low

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Apesar de ser sobre automóveis, o conteúdo interessante tanto acontece com automóveis electricos como motociclos electricos…

Portanto… da seguinte publicação retiro pelo menos as seguintes frases:

https://www.motor24.pt/noticias/estudo-garante-que-eletricos-nao-sao-solucao-para-travar-alteracoes-climaticas/?utm_source=ojogo.pt&utm_medium=recomendadas&utm_campaign=afterArticle&_ga=2.4853811.1677017376.1556481838-1481993789.1556481838

"De acordo com aquele estudo, que tem em conta a situação local, os “veículos elétricos pouco ajudarão a cortar as emissões de CO2 na Alemanha nos próximos anos, já que a introdução de veículos elétricos não significa necessariamente a redução das emissões de CO2 dos transportes rodoviários”."

"O resultado aponta que “mesmo com a tecnologia atual, as emissões totais de um motor de combustão alimentado a gás natural são já quase um terço inferiores às de um motor Diesel e aponta que, no futuro, o hidrogénio poderá ser a solução indicada."

Aparentemente a melhor solução actual é ter veículos a gasolina com GPL.
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Abril 28, 2019, 21:21:44, 21:21
Responder #33

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Penso que com a evoluçao vertiginosa da tecnologia é cada vez mais arriscado definir com segurança a melhor solução do futuro.
Por isso tenho receio dos fundamentalismos, ão cegos como todas as missões que apenas apontam para o objectivo e não são sensíves ao ambiente.
Veja-se os biocombustíveis, que vieram trazer a competição entre os mercados de combustíveis e da alimentação, com consequências desastrosas para os mais pobres. Quantas mais pessoas poderiam comer se não desviassem a agricultura para fazer combustível?
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Abril 29, 2019, 00:01:27, 00:01
Responder #34

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Li já qualquer coisa sobre esse estudo de Munique e postado mais acima, estar a ser "mandado abaixo" por não ter em linha de conta uma série de aspectos que o levam a ser classificado como "estudo encomendado".

Aliás, existe algo particularmente relevante em toda esta revolução no campo dos veículos eléctricos, que é a criação de fábricas que apostam na produção com emissões zero, assim como previsões seguras que dão conta de um crescimento imparável nas vendas desse tipo de veículos, na ordem dos largos milhões nos próximos anos.

Claro que se trata de um esforço económico gigantesco (com diferenças relevantes para o existente no presente na indústria automóvel), mas que modificam o resultado desse estudo de Munique.

Quanto ao hidrogénio, a Toyota continua determinada e tem sido uma das pioneiras. A Honda também tem mostrado os seus avanços, mas com menos 'fulgor'...
No entanto e apesar disso, até a Toyota se rende à tendência geral do mercado, tendo já vindo a público que estão para sair vários novos Toyota eléctricos.
Isto sem deixar de lado o contínuo desenvolvimento do hidrogénio...  :nice:
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Abril 29, 2019, 10:18:03, 10:18
Responder #35

Moto2cool

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Li já qualquer coisa sobre esse estudo de Munique e postado mais acima, estar a ser "mandado abaixo" por não ter em linha de conta uma série de aspectos que o levam a ser classificado como "estudo /encomendado".

Mas não são todos estudos  "encomendados"?
Lembro-me um professor catedrático que foi ministro dizer uma dia quando rebate um argumento recorrendo a um estudo internacional : " pois, eu sei o que são esses estudos internacionais, eu também os faço"
« Última modificação: Abril 29, 2019, 10:19:30, 10:19 por Moto2cool »
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Abril 29, 2019, 18:59:37, 18:59
Responder #36

EML

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Enquanto a energia elétrica for produzida em centrais térmicas ou nucleares a poluição do carro/mota elétrico só muda de local. Além disso, ninguém fala do transporte marítimo que queima tudo o que pode! Também não se pode esquecer que era preciso investir e muito no aumento de capacidade da rede elétrica. Mais transportes públicos de qualidade e gás nos carros se calhar era uma opção mais lógica pois o gás parece poluir menos!
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Abril 29, 2019, 19:18:31, 19:18
Responder #37

2low

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Por falar em gases…

Encontrei esta recente publicação sobre o futuro de motociclos (talvez) vir a ser através de "OxiHidrogénio" (HHO), sendo um gás produzido através da eletrólisec da Água…

Publicação (necessário tradutor) https://www.motociclismo.it/combustibili-alternativi-special-green-alien-bardahl-72500

Em complemento… um provável veiculo a Hidrogénio em desenvolvimento pela Honda:
https://www.motociclismo.it/honda-arrivo-moto-idrogeno-72473
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Maio 13, 2019, 22:58:51, 22:58
Responder #38

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Não será propriamente sobre motociclos eléctricos, mas sim sobre uma curiosa vantagem concedida aos proprietários de veículos eléctricos....o  estacionamento sem se pagar parquímetro!

Devem haver muitos mais casos do género em Portugal, mas foi por acaso na cidade de Beja que me apercebi disto e decidi fotografar...



E tomem nota que é exclusivamente para eléctricos.
Como bem lembrou um dos companheiros aqui do fórum e que seguia bem perto, os híbridos não estão abrangidos pela isenção.

Já só falta o passo mais importante neste género, que é as portagens gratuitas, com circulação sem custos em todas as A.E. do país.  :feliz:
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Maio 14, 2019, 20:52:43, 20:52
Responder #39

Moto2cool

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Há uns postes semelhantes nos jardins com sacos para dejectos de cão :)
Provavelmente estes, como os outros, ficam desertos :)
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Maio 14, 2019, 21:15:37, 21:15
Responder #40

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??

Mesmo com algum "treino de leitura", infelizmente a minha interpretação de frases nem sempre resulta na sua compreensão. :(

------------------------------------------------------

A vantagem em ter um v.e., consubstanciada na obtenção de um espaço gratuito, se acaso for algo para se prolongar no tempo, certamente que vai levar a cada vez maior ocupação pelos mesmos.

Claro que não é só este pequeno 'bónus' que levará a que alguém troque o seu veículo de combustão por um eléctrico, mas também ajuda..
Aliás, ajuda e não é pouco, pois multiplicado isto por largas dezenas de vezes ao longo do ano, deve representar qualquer coisa... :)
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Maio 14, 2019, 21:39:18, 21:39
Responder #41

tiagofo20

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Já só falta o passo mais importante neste género, que é as portagens gratuitas, com circulação sem custos em todas as A.E. do país.  :feliz:

Este ponto eu não concordo. Eu entendo a vontade de dar um empurrão à compra deste tipo de carros, mas alguém acaba sempre por pagar os incentivos, neste caso, o Estado teria de pagar essa "fatura" à Brisa e outras empresas idênticas.

Mais depressa concordaria com a isenção por parte de veículos de 2 rodas, porque devido ao seu peso não causam praticamente desgaste nenhum às AE.

Enviado do meu Redmi 4X através do Tapatalk


Maio 14, 2019, 21:51:43, 21:51
Responder #42

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Claro que uma coisa dessas só seria viável se limitada no tempo.
Estou perfeitamente ciente que seria incomportável uma situação destas a longo prazo. :)

Já se inserida numa medida 'estilo eleitoralista' para promover a aquisição de veículos eléctricos (e aqui obviamente estou igualmente a colocar motociclos na balança) acho que seria benéfico.

Nunca seria comportável uma situação destas por mais de 1 ano, mas podia ser o bastante para que algumas coisas mudassem.

E sim, concordo também que um incentivo por forma a fazer baixar de forma evidente o custo na aquisição de um v.e. seria sempre muito mais bem vindo, pois seria um ganho imediato e não em função de suposta utilização de rede de A.E.  :)
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Maio 14, 2019, 22:27:35, 22:27
Responder #43

Moto2cool

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Atenção que qualquer medida é discriminação positiva envolve um custo suportado pela sociedade, ou parte da sociedade.
Por exemplo um aumento um pouco superior nas portagens podia cobrir esta isenção.
Como acontece os exemplo na electricidade "renovável" cujos custos são pagos por todos nós.
Qualquer medida é sempre paga, o benefício será em primeira linha dos políticos que a adoptam, mas os custos são pagos pelos outros,.
Esta é a beleza da política.
No empresariado as decisões têm custos e o empresário suporta os erros nas decisões. Na política as decisões têm custos mas o político não paga nada :)
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Maio 19, 2019, 23:36:35, 23:36
Responder #44

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Portugal, com a EFACEC, parece que continua a 'dar cartas' no estrangeiro.  :)

Agora conseguiu um contrato (a que por certo se seguirão outros) para a instalação dos seus super-carregadores no Mónaco.

São tão rápidos, que p.ex. uma BMW C Evolution (se acaso a bateria o permitisse) seria carregada totalmente em brevíssimos minutos.
É que, diga-se de passagem, sempre se trata de uma potência máxima de 160 kW a destes super-carregadores. Não é nada pouco....  :nice:




http://exameinformatica.sapo.pt/mobilidade_inteligente/2019-05-15-Efacec-instala-primeiro-carregador-ultrarrapido-no-Monaco
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Maio 21, 2019, 17:04:31, 17:04
Responder #45

marcopns

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Relativamente a duração das motas eléctricas, tenho um amigo que acabou de ultrapassar os 140 000km com uma mota eléctrica chinesa de 2010. Motor e baterias originais, sem qualquer tipo de revisão programada. E continua feliz a utilizar a mota no dia a dia. Estima que a mota tenha perdido uns 25% da capacidade original, no entanto não interfere com a utilização diária. São números impressionantes, mais de 5 500€ em gasolina, considerando consumo de 2,5L/100km.
O odometro deu a volta aos 99 999km
« Última modificação: Maio 21, 2019, 17:09:08, 17:09 por marcopns »

Maio 21, 2019, 19:07:01, 19:07
Responder #46

2low

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Relativamente a duração das motas eléctricas, tenho um amigo que acabou de ultrapassar os 140 000km com uma mota eléctrica chinesa de 2010. Motor e baterias originais, sem qualquer tipo de revisão programada. E continua feliz a utilizar a mota no dia a dia. Estima que a mota tenha perdido uns 25% da capacidade original, no entanto não interfere com a utilização diária. São números impressionantes, mais de 5 500€ em gasolina, considerando consumo de 2,5L/100km.
O odometro deu a volta aos 99 999km


Habitualmente há sempre uma gerigonça chinoca que foge ao controlo de "falta de qualidade" e acaba por se tornar numa excelente compra.
Esse teu amigo teve sorte e ainda bem que lhe dá o uso mais que esperado.
No meu caso a única coisa chinoca que comprei e que inesperadamente é uma maravilha de fiabilidade foi um berbequim de 9,99€ que comprei lá para 2009 no Jumbo… pelas contas de vários intervenientes nas obras, aquilo já deveria ter queimado à muito…  :lolol: :lolol: :lolol:

Voltando à moto do teu amigo... qual é o modelo?
Será uma tipo "aquelas coisas" muito pequenas, estreitas e curtas, com uns pedais auxiliares e que não têm matricula?

Entretanto… algures no fórum já se falou em motos chinocas a copiar modelos de marcas conhecidas… se alguém quiser uma Ninja electrica da kEwEsaki…
https://pt.made-in-china.com/co_bodevehicle/image_China-Pocket-Bike-Racing-Adult-Electric-Motorbike_rnhsyyurg_ZGEUNszRgIkK.html
[a malta junta-se, mandamos vir um contentor e depois vendemos as excedentes… cada uma fica a pouco mais de 700$... aproximadamente 650€]
« Última modificação: Maio 21, 2019, 19:14:30, 19:14 por 2low »
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Maio 21, 2019, 19:19:14, 19:19
Responder #47

marcopns

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O odometro deu a volta aos 99 999km


Habitualmente há sempre uma gerigonça chinoca que foge ao controlo de "falta de qualidade" e acaba por se tornar numa excelente compra.
Esse teu amigo teve sorte e ainda bem que lhe dá o uso mais que esperado.
No meu caso a única coisa chinoca que comprei e que inesperadamente é uma maravilha de fiabilidade foi um berbequim de 9,99€ que comprei lá para 2009 no Jumbo… pelas contas de vários intervenientes nas obras, aquilo já deveria ter queimado à muito…  ol: ol: ol:

Voltando à moto do teu amigo... qual é o modelo?
Será uma tipo "aquelas coisas" muito pequenas, estreitas e curtas, com uns pedais auxiliares e que não têm matricula?

Entretanto… algures no fórum já se falou em motos chinocas a copiar modelos de marcas conhecidas… se alguém quiser uma Ninja electrica da kEwEsaki…
https://pt.made-in-china.com/co_bodevehicle/image_China-Pocket-Bike-Racing-Adult-Electric-Motorbike_rnhsyyurg_ZGEUNszRgIkK.html
Esqueci-me de referir a marca da mota. É uma Jonway, vendida por cá como SW Predator, marca entretanto extinta. Equivalente a 125cc.

Chineses em carros e motas é para esquecer, sejam eletricas ou a combustão,  as fragilidades começam logo no quadro e plásticos. Arrisco a dizer que não há 2 quadros iguais

Maio 21, 2019, 19:25:11, 19:25
Responder #48

2low

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Habitualmente há sempre uma gerigonça chinoca que foge ao controlo de "falta de qualidade" e acaba por se tornar numa excelente compra.
Esse teu amigo teve sorte e ainda bem que lhe dá o uso mais que esperado.
No meu caso a única coisa chinoca que comprei e que inesperadamente é uma maravilha de fiabilidade foi um berbequim de 9,99€ que comprei lá para 2009 no Jumbo… pelas contas de vários intervenientes nas obras, aquilo já deveria ter queimado à muito…  ol: ol: ol:

Voltando à moto do teu amigo... qual é o modelo?
Será uma tipo "aquelas coisas" muito pequenas, estreitas e curtas, com uns pedais auxiliares e que não têm matricula?

Entretanto… algures no fórum já se falou em motos chinocas a copiar modelos de marcas conhecidas… se alguém quiser uma Ninja electrica da kEwEsaki…
https://pt.made-in-china.com/co_bodevehicle/image_China-Pocket-Bike-Racing-Adult-Electric-Motorbike_rnhsyyurg_ZGEUNszRgIkK.html
Esqueci-me de referir a marca da mota. É uma Jonway, vendida por cá como SW Predator, marca entretanto extinta. Equivalente a 125cc.

Chineses em carros e motas é para esquecer, sejam eletricas ou a combustão,  as fragilidades começam logo no quadro e plásticos. Arrisco a dizer que não há 2 quadros iguais

Confesso então que já vi algures uma scooter destas… mas desconhecia que era eléctrica e sendo eléctrica é de salientar que é de 2010... altura que não se falava mesmo quase nada de "mobilidade eléctrica"...

Entretanto a fazer uma pesquisa rápida descobri este "blog/site"... será o teu amigo?
http://www.scooters-eletricas.com/forum/viewtopic.php?f=12&t=34
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Maio 21, 2019, 19:32:18, 19:32
Responder #49

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Habitualmente há sempre uma gerigonça chinoca que foge ao controlo de "falta de qualidade" e acaba por se tornar numa excelente compra.
Esse teu amigo teve sorte e ainda bem que lhe dá o uso mais que esperado.
No meu caso a única coisa chinoca que comprei e que inesperadamente é uma maravilha de fiabilidade foi um berbequim de 9,99€ que comprei lá para 2009 no Jumbo… pelas contas de vários intervenientes nas obras, aquilo já deveria ter queimado à muito…  ol: ol: ol:

Voltando à moto do teu amigo... qual é o modelo?
Será uma tipo "aquelas coisas" muito pequenas, estreitas e curtas, com uns pedais auxiliares e que não têm matricula?

Entretanto… algures no fórum já se falou em motos chinocas a copiar modelos de marcas conhecidas… se alguém quiser uma Ninja electrica da kEwEsaki…
https://pt.made-in-china.com/co_bodevehicle/image_China-Pocket-Bike-Racing-Adult-Electric-Motorbike_rnhsyyurg_ZGEUNszRgIkK.html
Esqueci-me de referir a marca da mota. É uma Jonway, vendida por cá como SW Predator, marca entretanto extinta. Equivalente a 125cc.

Chineses em carros e motas é para esquecer, sejam eletricas ou a combustão,  as fragilidades começam logo no quadro e plásticos. Arrisco a dizer que não há 2 quadros iguais

Confesso então que já vi algures uma scooter destas… mas desconhecia que era eléctrica e sendo eléctrica é de salientar que é de 2010... altura que não se falava mesmo quase nada de "mobilidade eléctrica"...

Entretanto a fazer uma pesquisa rápida descobri este "blog/site"... será o teu amigo?
http://www.scooters-eletricas.com/forum/viewtopic.php?f=12&t=34
Epa, esse sou eu mas é igual.
Tive uma até aos 60 000km mas devido a novos desafios profissionais tive que passar a usar carro no dia a dia. Passei a fazer pouco mais de 2 000km por ano e preferi vender.

A minha também era de 2010. Nesse tempo eramos poucos, faziamos encontros quase mensais. Bons e velhos tempos.