Autor Tópico: Votação: "Com descida de preços e + propostas, compravas um motociclo eléctrico?  (Lida 6263 vezes)

Março 30, 2019, 20:30:03, 20:30
Lida 6263 vezes

Sapiens21

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Votação: "Com uma descida de preços e mais propostas, ponderavas comprar um motociclo eléctrico nos próximos 5-6 anos?"





Pareceu-me interessante avançar com esta votação no fórum, entre os seus membros.

A verdade é que a tecnologia no campo dos veículos eléctricos está a passar por avanços bastante significativos e o que era o ano passado uma possibilidade, já é uma realidade no presente ou virá a sê-li muito em breve.

E os motociclos eléctricos vão também fazer parte, de forma bem mais expressiva do que actuamente, de um futuro em que somos constantemente surpreendidos pelos avanços que influenciam a nossa vida.

Assim, a votação a que te convido que participes (visível apenas a membros registados) tem como título completo:
"Com uma descida de preços e mais propostas, ponderavas comprar um motociclo eléctrico nos próximos 5-6 anos?"


E as hipóteses dividem-se da seguinte forma:


- Sim, com mais propostas e preços próximos às de combustão, definitivamente que compraria mesmo um motociclo eléctrico;

- Neste momento estou ainda algo dividido, mas em 5-6 anos creio que poderia comprar um motociclo eléctrico;

- Não, mesmo que custassem o mesmo e com boas prestações, não me vejo a comprar tão depressa uma eléctrica, optando por uma com motor de combustão;

- Não compro, não comprarei, não me interessa, nem gastarei um único € num motociclo eléctrico;

- Já tenho/tive um motociclo eléctrico e não quero outra coisa.



Já agora e se for possível adiantarem/justificarem a vossa opção, tanto melhor. :)
« Última modificação: Março 31, 2019, 15:01:15, 15:01 por Sapiens21 »
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Março 30, 2019, 20:46:43, 20:46
Responder #1

TMXR

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Poderei comprar, mas como 2a moto e apenas para os percursos de trabalho aqui pela zona.


Para tal é preciso que os precos de PVP das moto baixem e que as autonomias sejam adequadas as minhas necessidade (200/250 kms) e que se mantenha a isenção de impostos (ISV, IUC, etc)
Yamaha Tmax 500/530 * BMW C Evo/R1200GS/1250 GS/1200 GSA/1200 RT * KTM 1290 SAS *  Trimph Tiger 800 XRT / Street Triple RS * Ducati Multistrada 950S/1200S/1260S/Enduro *  Kawazaki Z900  * MV Agusta Turismo Veloce Lusso * Honda Crf300l

Março 30, 2019, 21:09:38, 21:09
Responder #2

Moto2cool

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Não afasto a hipótese de vir a comprar no futuro, mas a tecnologia ainda tem que melhorar muito e será precisa uma rede de abastecimento. Não acredito que seja num prazo de 5-6 anos
Spritmonitor.de" border="0 Suzuki VStrom 650
"Viver a vida não é esperar que a tempestade passe, é aprender a andar à chuva"

Março 31, 2019, 10:41:00, 10:41
Responder #3

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São 4 votações até ao momento...

Vamos lá a aumentar isto.  ;D  :nice:
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Dalai Lama

Março 31, 2019, 18:57:41, 18:57
Responder #4

pjmartinho

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Neste momento tenho o seguinte:
  • "Recarga" energética, vulgo atestar o depósito, em 5 minutos (ou pouco mais dependendo do transito na bomba)
  • Locais de "recarga" energética disponíveis "ao pontapé"
  • Autonomia para 450Kms
Quando as motas eléctricas me puderem proporcionar o mesmo (ou próximo do que tenho), eu compro... mas não creio que isso aconteça no espaço de 5 ou 6 anos.

Abril 01, 2019, 20:22:11, 20:22
Responder #5

replicantz

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Parece-me que vamos todos bater na mesma tecla!

Sim/talvez mas só quando:
- Autonomia for maior
- Tempos recarga substancialmente inferiores
- Postos recarga em cada esquina (acaba por balancear/anular o anterior, em parte)
- "Escapes" com ronco!!! (Nem que seja umas colunas com MP3)

Independentemente de preços e outros descontos, julho que a maioria irá olhar para as eléctricas quando os pontos acima melhorarem.

E não sei se 5-6 anos não será suficiente, olhando á evolução dos últimos 2, e com outras techs na mesma área a puxarem da carola para melhorar ou criar baterias mais eficientes em todos os aspectos (Musk e companhia)



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Abril 01, 2019, 23:31:53, 23:31
Responder #6

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Em 5-6 anos as diferenças face ao que se tem no presente (2019) serão tantas, que aposto com qualquer um que se acaso fosse ler novamente este tópico em 2025, iria esboçar um sorriso, em face do existente nessa altura.  :)

Os avanços na àrea dos eléctricos são enormes e com um foco cada vez mais direcionado no mesmo sentido.
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Dalai Lama

Dezembro 27, 2020, 18:20:36, 18:20
Responder #7

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Aproveito este tópico que criei vai para 2 anos atrás, para dar a conhecer, em traços muito gerais, o estudo da Consumers Report nos Estados Unidos e que depois poderão ler no link.

E essa pesquisa realizada pela Consumer Reports revelou que 7 em cada 10 adultos americanos, com carta de condução válida, estão realmente interessados ​​em adquirir um veículo eléctrico no futuro.

As maiores dúvidas recaem essencialmente no número de postos de carregamento existentes (que mesmo assim são em muito maior número que por exemplo em Portugal) e também fazem notar os preços elevados. Pelo menos o investimento inicial de aquisição...

Nesse estudo, é de notar que 5 em cada 10 pessoas disseram: "não há estações de carregamento públicas suficientes."

E também, em face de um aumento de postos de carregamento, que " (....)provavelmente aumentariam o seu interesse na compra ou em alugar um veículo elétrico."


https://www.consumerreports.org/hybrids-evs/cr-survey-shows-strong-interest-in-evs/
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Dalai Lama

Dezembro 28, 2020, 00:05:36, 00:05
Responder #8

Pianoman

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Resposta à pergunta: Sim.

Actualmente não tenho um motociclo eléctrico porque as propostas existentes são miseráveis (ou quase) para o que eu preciso de um motociclo. Há sempre um factor que é "deal breaker" Para não comprar.

Por isso é que comprei dois carros electricos e fico à espera que saia algo que me sirva nas duas rodas (ou 3...).

A única que fica "quase lá" é a BMW (long range) mas ainda não é bem aquilo...
Daelim S3 125: Ago11->Jul12(14k) ; Maxsym 400i: Jul12->Mai13(21k) ; Maxsym 400i ABS: Jun13->Mai14(18k) ; Maxsym 600i ABS:Mai14->Jan15(12k)
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Dezembro 28, 2020, 13:04:12, 13:04
Responder #9

2low

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Em tempos nada melhor que um "niko eléctrico" que um "niko a combustão"

O panorama geral da mudança de veículos "tradicionais" por outros "de ligar à ficha" acaba por se ir mudando gradualmente quase sempre na medida de cada um decidir (e quando pod€) que é o momento certo para fazer essa troca, pela existência ou não do veículo "de ligar à ficha" que o totalmente satisfaz, por começarem a ter preços não tão dispares das propostas tradicionais, etc...

MAS meus amigos, se chamam aquilo incentivos?!
Ah... para empresas sempre foi dedutível o IVA, até nos veículos tradicionais. E no geral sempre apareceu alguma marca ou stand a fazer campanha de troca com valorização do anterior veículo para abate até 3000€ ou mais...
E sempre houve incentivos (IVA/ISV) para aquisição até do pior "tradicional" para as empresas de transportes particulares de serviço semi-publico (vulgares taxi e ubers).
E só agora muito recentemente é que as finanças começaram a cortar os incentivos às pessoas que até à pouco estavam em situação declarada medicamente de determinada percentagem de deficiência física (bastava alguém ter já tido um cancro).

Sobre a electricidade... aquilo que é hoje não será amanhã... porque os tipos que ganham alarvemente com o petróleo, são os mesmos que já têm acções em empresas estratégicas do fornecimento eléctrico... portanto... comessem as apostas para que quando tivermos um parque automóvel de 80% electrizado e 20% tradicional mas com enormes restrições às deslocações citadinas de veículos tradicionais que entretanto a electricidade dispare o preço...
Mas não quero alarmar!

Acima de tudo e não indo atrás das modas com umas palas colocadas... (a publicidade por vezes não indica realmente que se esteja perante reais campanhas com interesse em tornar a compra mais facilitada e com custos reduzidos e é mais técnica de marketing para apanhar papalvo, ou como alguém já me chamou de "sem filtros" mesmo que seja sem intenção de atingir alguém.)
(Não generalizando, obviamente que uma parte daqueles que são aficionados por estarem com desproporcionados graus de entusiasmo ligados à ficha sejam capazes de dizer o oposto mas já lá vamos...)

Em tempos nada melhor que um "niko eléctrico" que um "niko a combustão"... (niko = carrinho telecomandado, apesar de existirem alguns dessa mesma marca e suspeito que nunca houve um da marca niko que fosse a combustão)
Esse paradigma que muito se enraizou no nosso intimo desde pequeninos começa agora aos poucos a se mudar e a nossa envolvente começa a dar-nos motivos para aceitar a mudança dessa "frase" que serve bem de exemplo para o que foi até então...

Portanto... sobre as questões financeiras já vimos que somos numa grande maioria uma cambada de pobretanas e só iremos substituir quando for possível "orientar uns euros" para talvez um veículo eléctrico usado com preço adequado ao que achamos justo ou então porque sendo que o dinheiro tem o valor que lhe quisermos dar, pode ter um valor bem mais importante para outras coisas como investimento real na nossa empresa (mesmo um trabalhador independente a recibos verdes pode ser considerado uma "empresa") e que torne sustentável recebermos dinheiro ao final de cada mês do que... desinvestir em algo com um preço desajustado para o que (pessoalmente) achamos justo e que nos coloquem em risco ao final de cada mês...
Há que saber fazer bem as contas... porque NEM TODOS para já têm qualquer beneficio em fazer já a troca, vai depender de muitos factores pessoais de cada um, pelo que deveremos aceitar que "o outro" faça a troca mas não é saudável nem o outro nem nós criticarmos por cada um ter feito ou não essa troca.
E repetindo... uma troca por um veículo eléctrico não altera a pessoa em questão, um parvo continua a ser um parvo mas ligado à ficha.  :lolol:

Já sobre outra questão pertinente... enquanto um veículo tradicional for capaz de satisfazer totalmente o proprietário, seja no prazer de condução, no conforto até na autonomia e perfomances e um gosto especial pelo carro em si ter um design que sempre o atraiu, e os custos de "operação e manutenção" continuarem dentro de valores baixos, será difícil alguém largar esse "veículo tradicional" pela incognita do que será possuir e usufruir de um "veículo de ligar à ficha" que não lhe possa transmitir todas essas qualidades.
Isto para mim significaria algo como: um TESLA model S (85 ou 100) se existisse em carrinha talvez fosse o adequado, tem no geral características que me atraiem mas o preço e pelo facto de ser Amaricano faz-me confusão...
Existe de facto um Tesla model S carrinha mas é de fabrico artesanal com base de uma carrinha jaguar e adereços julgo que maserati, e não me importava mesmo nadinha de ter essa carrinha, esta:

Não aprecio monovolumes nem carrinhos compactos e necessito de um carro esticado (carrinha) para levar coisas na mala.
MAS se fosse hoje que tivesse que mudar de carro, estaria num dialema entre voltar a ter um diesel ou algumas propostas de ligar à ficha mas teria que fazer um enorme esforço para ir contrariado para um "monovolume" tipo Skoda Enyaq (não aprecio totalmente o design da Seat leon ehybrid carrinha).

Já sobre motas... uma "energica Ego" (ou talvez a Zero SR/S) já me satisfazia...

Para concluir, votei em "Neste momento estou ainda algo dividido, mas em 5-6 anos creio que poderia comprar um motociclo eléctrico" mas não quer dizer que em 2/3 anos não tenha já um desses veículos que fica bem ter para não me chamarem de poluidor...  :D :lolol: :D 

A piadinha final: uma bufinha de vaca polui bem mais que o meu carro e nunca vi alguém pedir que as vacas se tornem eléctricas...



nota: faltou inserir no meio da dissertação a questão de falta ou não de postos de carregamento... isso já para o ano não deverá sequer ser colocado em questão, fica a nota....
« Última modificação: Dezembro 28, 2020, 13:46:42, 13:46 por 2low »
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Dezembro 28, 2020, 16:23:02, 16:23
Responder #10

dfelix

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Um ano e 9 meses depois do lançamento deste tópico, diria que estamos mais longe do que poderia ser o início de uma "transição" no que diz respeito a motociclos.

A percepção acerca da mobilidade eléctrica pode ter mudado.
Porque o sector automóvel já se tornou uma opção perfeitamente válida em diferentes segmentos e preços.
Mas a oferta no que diz respeito a motociclos que que não sejam pequenas soluções de mobilidade citadina é praticamente inexistente.  :-X

MAS meus amigos, se chamam aquilo incentivos?!

O tópico dos incentivos é este.

Não consigo perceber bem o teu ponto de vista.
Por um lado dás a entender que "não são incentivos" sugerindo que a ajuda é como que insuficiente para alguma coisa.
Por outro escreves um texto referindo "palas nos olhos" e designas por "papalvos", "parvos que continuam a ser parvos mas ligado à ficha" e uns quantos outros adjectivos e metáforas aplicadas a quem adquire um eléctrico.
 :D

Já percebi que te incomoda quem compra um Tesla (por status?) da mesma forma que te incomoda quem compra uma GS (recorrendo ao crédito?) e todo um vasto número de nichos de consumo que te dão argumentos para destilares os ódios do costume...  ;)

Mas hey...
Se há quem pode dar 60K ou mais por um Tesla em vez de andar num serie 5 ou Audi equivalente... qual a diferença?  :D

Até porque o principal parque de eléctricos a circular por aí são zoes e leafs.  ;)
Existindo a possibilidade de se ter wallbox na garagem, o custo por quilometro é substancialmente mais baixo que um diesel e sobretudo gasolina. A própria manutenção é substancialmente inferior. O que para quem faz um uso regular, permite mais rápido amortizar o investimento.

Portanto, se pensarmos em pouco, generalidade das pessoas está-se borrifando se é eléctrico ou combustão.
Até para o ambiente!
Vão comprar o que lhes ficar mais em conta dentro do que lhes apetece. E os eléctricos neste momento prometem bastante economia.

O incentivo ajuda?
Ajudou no passado. Conheço quem tenha feita opção porque dando para abate + incentivo justificou.

E tu como arquitecto devias saber perfeitamente que isto foi importante.
De outra forma andaríamos aqui em loop:
Não se venderia eléctricos por não haver infraestrutura. E não se investia em infraestrutura por não haver parque de electricos que justificasse.

Os incentivos foram positivos e funcionaram nesta medida.
Ajudaram a quebrar o gelo e levar muita gente a arriscar em algo novo e que gerava enorme cepticismo.
E levou a que muita gente no presente considere que justifique ir para um eléctrico mesmo sem ser pelo suposto "incentivo", que muita gente ainda está à espera de receber mesmo tendo o carro há mais de um ano.

A electricidade amanhã vai ser mais cara?
Certamente que sim. Quando subir, o mercado mudará novamente para a que for a solução.
Chama-lhe uma futura nova moda se preferires. E que certamente irás encontrar argumentos para odiar.  ;)



Dezembro 28, 2020, 17:25:37, 17:25
Responder #11

EML

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Para mim os elétricos ainda não são alternativa, e às vezes são um desperdício de recursos porque muitas vezes obrigam as famílias a ter 2 carros! :curtocircuito: :cost:
Para mim é mais poluidor ter um carro para andar na cidade e um carro para viagens maiores. É mais vantajoso nas cidades haver bons transportes públicos, a poupança ambiental é muito superior!
Tenho lido sobre experiências de viagens atravessando o nosso país de automóvel elétrico e parecem as viagens de há 40 anos atrás, quando não havia ainda autoestradas e as nacionais atravessavam todas as localidades!
Boas curvas! :scooter:
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Dezembro 28, 2020, 17:38:32, 17:38
Responder #12

2low

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(....)Mas hey...
Se há quem pode dar 60K ou mais por um Tesla em vez de andar num serie 5 ou Audi equivalente... qual a diferença?  :D

Até porque o principal parque de eléctricos a circular por aí são zoes e leafs.  ;)
Existindo a possibilidade de se ter wallbox na garagem, o custo por quilometro é substancialmente mais baixo que um diesel e sobretudo gasolina. A própria manutenção é substancialmente inferior. O que para quem faz um uso regular, permite mais rápido amortizar o investimento.

Portanto, se pensarmos em pouco, generalidade das pessoas está-se borrifando se é eléctrico ou combustão.
Até para o ambiente!
Vão comprar o que lhes ficar mais em conta dentro do que lhes apetece. E os eléctricos neste momento prometem bastante economia.

O incentivo ajuda?
Ajudou no passado. Conheço quem tenha feita opção porque dando para abate + incentivo justificou.

E tu como arquitecto devias saber perfeitamente que isto foi importante.
De outra forma andaríamos aqui em loop:
Não se venderia eléctricos por não haver infraestrutura. E não se investia em infraestrutura por não haver parque de electricos que justificasse.

Os incentivos foram positivos e funcionaram nesta medida.
Ajudaram a quebrar o gelo e levar muita gente a arriscar em algo novo e que gerava enorme cepticismo.
E levou a que muita gente no presente considere que justifique ir para um eléctrico mesmo sem ser pelo suposto "incentivo", que muita gente ainda está à espera de receber mesmo tendo o carro há mais de um ano.

A electricidade amanhã vai ser mais cara?
Certamente que sim. Quando subir, o mercado mudará novamente para a que for a solução.
Chama-lhe uma futura nova moda se preferires. E que certamente irás encontrar argumentos para odiar.  ;)

Para quem possa comprar o que bem lhes apetece poderiam optar por um veiculo de origem Europeia em vez de um veiculo de origem Amaricana, mesmo que o país Europeu não se porte bem com Portugal ou então deveríamos sair da UE e fazer o que bem nos apetecia dentro das nossas possibilidades...

Da Tesla o modelo mais vendido é o 3 e se o ZOE e LEAF ganha nas vendas para carros de frotas... já nos veículos particulares de família obviamente que optam pelo TESLA model 3, mesmo que seja o modelo mais problemático da marca... e tem sido esse modelo da TESLA que tem batido quase recordes de vendas um pouco por toda a Europa...
Já o model S... obviamente que não tem um preço adequado à maioria da carteira nacional mas já tem concorrência de peso que deveria ser privilegiada: os eléctricos da Jaguar ou da Porsche e alguns modelos da Mercedes/Audi

Sobre os incentivos, a critica (não é disparar ódio como foi como interpretaste) é pela diferença real que acontece em Portugal face por exemplo ao que acontece lá fora dito países ricos da UE... onde EXISTEM REAIS incentivos quase que anualmente para ires substituindo o veiculo que é dito em final de vida mas que irá iniciar certamente o inicio de vida em Portugal...
E esse veiculo chamado de entulho alemão não deixa de ser um veiculo com boas características e que vai certamente contentar o futuro proprietário, a não ser que tenha tido o azar de ser enganado com algum modelo daqueles que vem com 100.000km de painel mas que na pratica já rodou 500.000km... e de todos os custos envolvidos na manutenção e substituição de peças que um veiculo com essa quilometragem assim exige...
Mas no passado os incentivos para abate chegaram a ser interessantes onde por exemplo um tipo que tinha um fiat uno dos primeiros a cair de podre conseguisse que o valorizassem em quase o equivalente a 4000€ para abater no valor final do carro que iria adquirir, já de sim com um preço de campanha bem simpático...
Deveriam era haver esses incentivos que uma pessoa sentisse realmente que estão perante REAIS INCENTIVOS... e que não são meras esmolinhas a fingir...

Dfelix,
Actualmente não tenho nada que odeio, acredita e se já tive no passado fiz o suficiente para me ver livre.
Tenho é uma forma de me exprimir como alguém já apelidou de "sem filtros" onde sou por vezes bruto mas não pretendo 99,99% das vezes atingir seja quem for...  :D
Sobre as GS's já te disse que tenho curiosidade por conduzir uma e que deverá ser uma excelente moto, portanto... retira lá da equação essa parte.  ::P:

Para mim os elétricos ainda não são alternativa, e às vezes são um desperdício de recursos porque muitas vezes obrigam as famílias a ter 2 carros! :curtocircuito: :cost:
Para mim é mais poluidor ter um carro para andar na cidade e um carro para viagens maiores. É mais vantajoso nas cidades haver bons transportes públicos, a poupança ambiental é muito superior!
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Boas curvas! :scooter:

 :nice: :convivio:


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Dezembro 28, 2020, 17:49:58, 17:49
Responder #13

JoãoPVCarvalho

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De outra forma andaríamos aqui em loop:
Não se venderia eléctricos por não haver infraestrutura. E não se investia em infraestrutura por não haver parque de eléctricos que justificasse.

Os incentivos foram positivos e funcionaram nesta medida.
Ajudaram a quebrar o gelo e levar muita gente a arriscar em algo novo e que gerava enorme cepticismo.
E levou a que muita gente no presente considere que justifique ir para um eléctrico mesmo sem ser pelo suposto "incentivo", que muita gente ainda está à espera de receber mesmo tendo o carro há mais de um ano.

A electricidade amanhã vai ser mais cara?
Certamente que sim. Quando subir, o mercado mudará novamente para a que for a solução.
Chama-lhe uma futura nova moda se preferires. E que certamente irás encontrar argumentos para odiar.  ;)

Subscrevo ipsis verbis.
Um planeamento cuidado é meio caminho andado.✌
by JDilemas

Dezembro 28, 2020, 17:55:56, 17:55
Responder #14

nfkart

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Existe um caminho ainda longo a percorrer!

Estou no sector automovel, e vejo que antes de 2030, os motores a combustão ainda vão existir, o lobby do petróleo não deixará cair, embora a quota de eletricos vá subindo aos poucos.

Nas motos então será muito mais tarde, dada a economia de escala ser menor.

Dezembro 28, 2020, 18:16:00, 18:16
Responder #15

Cross

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Interessante ver a evolução desde o início deste tópico. A minha opinião continua a ser não à pergunta inicial!

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Bom Senso e Senso Comum nunca fez mal a ninguém!

Dezembro 28, 2020, 21:01:46, 21:01
Responder #16

Pianoman

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Uma coisa que não referi, mas que o dfelix aflorou, e que é um factor para o lado dos "pros" é a rede de carregadores.
Actualmente, junto às principais vias de circulação, já há carregadores em quantidade razoável. Claro que maioritariamente em Lisboa, Porto e litoral, mas a rede está a crescer em quantidade e, não menos importante, em qualidade, com carregadores rápidos a surgirem frequentemente.
A título de exemplo, há umas duas semanas foi inaugurado o primeiro carregador ultra-rápido no nosso país (em Algés).

Outras questões importantes são (já referidas por outros): consumos, ambientais, manutenção e...vá...vamos lá...prazer de condução.

Posso-vos dizer que, para mim, em TODAS elas um VE dá 10 a 0 a um de combustão.

Consumos: menos de metade DA MINHA MOTA (NC 750x);

Ambientais: as opiniões dividem-se, principalmente em relação à reciclagem das baterias (não tenho opinião formada sobre isso) mas em termos de emissões...nem vale a pena falar;

Manutenção: nem sei a percentagem, mas, posso dizer que o maior custo de manutenção que tenho com os 2 VE é...no líquido do limpa pára-brisas! Hehehehehe
Agora a sério, mudam apenas liquido de travões, filtro do habitáculo, pneus e pastilhas dos travões (raramente, graças à travagem regenerativa);

Prazer de condução: aqui, claro, a coisa entra no gosto pessoal. Eu ADORO conduzir um VE. A condução com um pedal (não me enganei, é com um pé - não tem pedal de embraiagem - e praticamente com um pedal apenas, graças à travagem regenerativa) é fascinante. Se eu já tinha uma condução "previdente" com a mota, gastando poucas pastilhas de travão, agora então é o Nirvana desse tipo de condução.
Outro factor de prazer é a ausência de ruído. Sempre me incomodou o barulho dos motores (curiosamente, na mota não me incomoda tanto...) e agora estou no paraíso.
Depois disto tudo, se quisermos sentir (quase) o que provavelmente um astronauta sente no "lift off" do space shuttle...então é pisar o pedal a fundo num VE e ficar com o estômago colado às costas. Faço ultrapassagens em troços pequenos onde não conseguiria com a minha mota. A potência é instantânea e isso dá muito gozo. Claro que isso tem consequências no primeiro ponto que referi...

Daelim S3 125: Ago11->Jul12(14k) ; Maxsym 400i: Jul12->Mai13(21k) ; Maxsym 400i ABS: Jun13->Mai14(18k) ; Maxsym 600i ABS:Mai14->Jan15(12k)
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Membro nº14

Dezembro 28, 2020, 21:55:14, 21:55
Responder #17

Krueger

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- Neste momento estou ainda algo dividido, mas em 5-6 anos creio que poderia comprar um motociclo eléctrico.

Justificação: Acabei de comprar uma mota nova que, por sinal, é bastante económica e, como tal, o meu orçamento para os próximos tempos está bastante limitado.
No entanto, caso a evolução do mercado dos elétricos tendesse para uma generalização total do parque motociclístico (o que não me acredito que aconteça nos próximos 5-6 anos) e se a carteira permitisse poderia ponderar a troca.
Não me oponho ao avanço da tecnologia elétrica, pelo contrário, aguardarei com muita expectativa as soluções viáveis e económicas do futuro (desde que se tenha em conta o fator segurança - sinalização sonora da presença do motociclo ou evolução da tecnologia do automóvel de modo a evitar acidentes - através de sensores ou GPS).
O caminho faz-se rodando o punho... 🌏🏍️

Dezembro 28, 2020, 23:54:01, 23:54
Responder #18

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Percebo a menção (expressão, vá...) de um veículo eléctrico dar '10 a 0' a um veículo de combustão, mas é preciso alguma reflexão para uma ou outra questão de permeio...  ;) mesmo sendo eu uma das pessoas que mais por aqui no fórum tem falado nos V.E. e das potencialidades conseguidas com os mesmos.

E aquilo que ainda merece alguma reflexão, para além naturalmente do preço e da autonomia (numa comparação directa com o veículo de combustão), prende-se desde logo com o peso...e que em determinadas condições e tipo de veículo, poderá influenciar na agilidade.
O peso das baterias pode significar facilmente 300-400kg de diferença para um veículo 'equivalente' a combustão. Isto é um facto.
Dou o exemplo do novo Clio vs Zoe e em que a diferença de peso é muito relevante.

Depois temos as limitações electrónicas no top-speed, que cada vez mais as marcas, salvo excepções, estão a adoptar nos eléctricos.

Eu próprio pretendo também comprar um eléctrico e sei que o modelo que me tem feito devorar reviews atrás de reviews, está limitado de fábrica a 160kmh.
Ok...chega.  Mas é outro dado que pretendo que mereça reflexão. Existem-nos limitados até a menos, como algo a rondar os 140kmh, no caso do Zoe ZE 40, por exemplo.
E mesmo a aceleração 0-100 desse em particular não se destaca de um modesto veículo de combustão.
Isto sem desprimor de vantagens noutros campos, obviamente.

Além disso, os tempos de carregamento estão ainda, de uma forma geral, algo distantes do ideal...seja esse 'ideal' qual for, mas que por defeito penso sempre nos ~2 minutos que me leva a encher um depósito de 60L e que me permite actualmente fazer 800kms.
Se um veículo eléctrico se poder aproximar disto nos próximos anos...óptimo!!👌

Parece que estou à procura das coisas menos boas, mas não poderia essa ideia estar mais longe da verdade.
O que pretendo é levantar algumas questões que devem ter também a sua reflexão e até acredito que a questão do peso pode vir a ser resolvida em pouco mais de uma década, com novas gerações de baterias.

O conforto acústico, a par da capacidade de aceleração de alguns modelos e a facilidade de condução em cidade que já pude testemunhar, é das coisas que mais me captam a atenção.

E por isso sou das pessoas que está na calha para adquirir um.

Já se falarmos de um motociclo eléctrico e como já abordado aqui e acolá, também não vejo por enquanto nada que consiga m€smo atrair.  :(

A minha única experiência nas 2 rodas neste campo foi com a Vespa Elletrica e foi um pouco a pender para a desilusão.  :-X
Mas como a experiência de condução recaiu se calhar no pior exemplo possível, é coisa que não mancha de modo algum o potencial e vantagens que também vejo na electrificação das 2 rodas.
Assim haja vontade das marcas em as lançar no mercado...  :-\
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Dezembro 29, 2020, 03:38:58, 03:38
Responder #19

Pianoman

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Percebo a menção (expressão, vá...) de um veículo eléctrico dar '10 a 0' a um veículo de combustão, mas é preciso alguma reflexão para uma ou outra questão de permeio...  ;) mesmo sendo eu uma das pessoas que mais por aqui no fórum tem falado nos V.E. e das potencialidades conseguidas com os mesmos.

E aquilo que ainda merece alguma reflexão, para além naturalmente do preço e da autonomia (numa comparação directa com o veículo de combustão), prende-se desde logo com o peso...e que em determinadas condições e tipo de veículo, poderá influenciar na agilidade.
O peso das baterias pode significar facilmente 300-400kg de diferença para um veículo 'equivalente' a combustão. Isto é um facto.
Dou o exemplo do novo Clio vs Zoe e em que a diferença de peso é muito relevante.

Depois temos as limitações electrónicas no top-speed, que cada vez mais as marcas, salvo excepções, estão a adoptar nos eléctricos.

Eu próprio pretendo também comprar um eléctrico e sei que o modelo que me tem feito devorar reviews atrás de reviews, está limitado de fábrica a 160kmh.
Ok...chega.  Mas é outro dado que pretendo que mereça reflexão. Existem-nos limitados até a menos, como algo a rondar os 140kmh, no caso do Zoe ZE 40, por exemplo.
E mesmo a aceleração 0-100 desse em particular não se destaca de um modesto veículo de combustão.
Isto sem desprimor de vantagens noutros campos, obviamente.

Além disso, os tempos de carregamento estão ainda, de uma forma geral, algo distantes do ideal...seja esse 'ideal' qual for, mas que por defeito penso sempre nos ~2 minutos que me leva a encher um depósito de 60L e que me permite actualmente fazer 800kms.
Se um veículo eléctrico se poder aproximar disto nos próximos anos...óptimo!!

Parece que estou à procura das coisas menos boas, mas não poderia essa ideia estar mais longe da verdade.
O que pretendo é levantar algumas questões que devem ter também a sua reflexão e até acredito que a questão do peso pode vir a ser resolvida em pouco mais de uma década, com novas gerações de baterias.

O conforto acústico, a par da capacidade de aceleração de alguns modelos e a facilidade de condução em cidade que já pude testemunhar, é das coisas que mais me captam a atenção.

E por isso sou das pessoas que está na calha para adquirir um.

Já se falarmos de um motociclo eléctrico e como já abordado aqui e acolá, também não vejo por enquanto nada que consiga m€smo atrair.  :(

Olha que mesmo com a diferença de peso, o EV dá mesmo 10 a 0 na aceleração!

Tomemos como exemplo o Hyundai Kauai porque tem versões de todos os tipos:

- Gasolina, 1.0 T-GDi 120cv, 1775kg, 172Nm
0-100km/h: 12s; vel. máx: 181km/h

- Gasolina, 1.6 T-GDi, 177cv, 1910kg, 265Nm
0-100km/h: 7,9s; vel. máx: 205km/h

- Diesel, 1.6 T-CRDi, 115cv, 1850kg, 320Nm
0-100km/h: 12s; vel. máx: 183km/h

- Diesel, 1.6 T-CRDi, 136cv, 1880kg, 320Nm
0-100km/h: 12s; vel. máx: 191km/h

- Eléctrico, 39Kwh, 136cv, 2020kg, 395Nm
0-100km/h: 9,9s; vel. máx: 155km/h

- Eléctrico, 64Kwh, 204cv, 2170kg, 395Nm
0-100km/h: 7,9s; vel. máx: 167km/h (já marcou 178km/h de ponteiro)

- Híbrido, 105cv/43,5cv, 1880kg, 147Nm/170cv
0-100km/h: 11,6s; vel. máx: 160km/h

Assim facilmente se vê que as duas versões eléctricas, mesmo sendo bastante mais pesadas, têm uma aceleração superior.
A velocidade máxima é, efectivamente, inferior a qualquer outra versão, mas, convenhamos...a diferença é assim tão grande?
E claro...é inferior porque (como disseste), está limitada electronicamente.

Quanto aos tempos de carregamento, deixo os dados para a versão de 64kWh, carregando dos 0% aos 100% (que NUNCA acontece!):

Em casa:
A 2.3 kW, 230V, 1x10A -
Carrega a 2.3 kW e demora 32h45m (12 km/h)

A 3.7 kW, 230V, 1x16A -
Carrega a 3.7 kW e demora  20h30m (20 km/h)

A 7.4 kW, 230V, 1x32A -
Carrega a 7.4 kW e demora 10h15m (39 km/h)

A 11kW, 400V, 3x16A -
Carrega a 11 kW e demora 7h (57km/h)

A 22kW, 400V, 3x32A -
Carrega a 11kW, 3x16A e demora 7h (57km/h)
(igual ao anterior por limitação do carro).



Carregamentos rápidos (fora de casa):
A 50kW DC, carrega a uma média de 45kW (limitação do carro) e demora 63m (269km/h)

A 175 kW DC, carrega a uma média de 64kW (limitação do carro) e demora 44m (380km/h)

A 350 kW DC, carrega a uma média de 64kW (limitação do carro) e demora 44m (380km/h)
(igual ao anterior por limitação do carro).


Com todos estes dados, parece-me que, tendo as condições certas, nomeadamente uma garagem onde carregar e, gerindo bem a situação (eu faço a gestão dos carregamentos de 2 veículos e nunca tive problemas de não poder sair com um deles por não ter carga suficiente), a mobilidade eléctrica de 4 rodas é o ideal para algumas pessoas no presente.

Claro que cada um deverá avaliar a sua situação e decidir se vale a pena investir, ou investir e fazer mudanças de estilo e rotinas de vida ou ainda...estar quieto e não ser parvo.

Quanto à questão dos abastecimentos em "2 minutos" (uma hipérbole, mas que compreendo), acho que é uma não-questão.
Alguns pontos sobre isso:
- por ser mais cómodo, não vale a pena mudar e ficar livre de combustíveis fósseis. Para mim, essa é uma atitude reprovável, partindo da justificação da comodidade (que, como verás no ponto seguinte não é assim tanta).
- consegues abastecer o carro a combustão em casa, tranquilamente durante a noite? Eu consigo, e isso, para mim, é muito mais cómodo. Chego, ligo e pronto. Ele faz o a carregamento na altura mais favorável em termos de custos.
- grande vantagem que me lembrei agora: em futuras greves de camionistas de pesados, estás tranquilo.
- autonomia de mais de 400km. Estas autonomias, já muito comuns, permitem gerir os carregamentos de uma maneira muito tranquila e não te provocam aquela "ansiedade da autonomia".

Bom...já escrevi muito.
Grande abraço, Isaac.
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Membro nº14

Dezembro 29, 2020, 07:50:59, 07:50
Responder #20

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Gosto das comparações minimamente justas...
Mesmo estando eu totalmente 'formatado' para eléctrico, parece-me que só sendo justo na comparação se consegue passar a mensagem para quem ainda está indeciso.  :nice:

Deste exemplos com potências imensamente díspares e mesmo assim, uma delas com potência quase 30cv inferior (T-GDi), mostrou uma capacidade de aceleração muitíssimo próxima.

Comparando potências suficientemente próximas (e só assim me parece justo neste tocante em específico), não vejo que se possa dizer que seja '10 a 0'
...além de que a expressão fiquei com ideia que foi usada mais acima de uma forma mais generalizada.

Isso parece-me que seria uma expressão aqui em concreto reservada para uma capacidade esmagadora de aceleração e que, sinceramente, creio estar mais reservada para veículos elétricos com outros preços...onde, verdade seja dita, também se encontram os 'equivalentes' a combustão.

Percebo perfeitamente e concordo quando me dizem que a sensação de binário imediato é algo cativante e até mesmo que voltar a um veículo de combustão é algo que não consideram. Eu por exemplo adorei o silêncio a bordo e a brutal facilidade de condução.

Do que já pude experienciar em veículo eléctrico...a sensação é muito boa.

Mas para ser '10 a 0' (expressão de que faço leitura de forma muito mais geral e não ponto por ponto), sou de opinião que ainda não se está por lá.
Existem algumas coisas - referidas atrás - que não me permitem um juízo de valor tão rotundo.

Mesmo admitindo que o próximo veículo cá de casa será com toda a certeza eléctrico...

E porquê?

Entendo que as vantagens que têm os veículos eléctricos são mais que suficientes e até mesmo justificativas do preço (substancialmente) acrescido...
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Dezembro 29, 2020, 09:48:33, 09:48
Responder #21

Pianoman

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Gosto das comparações minimamente justas...
Mesmo estando eu totalmente 'formatado' para eléctrico, parece-me que só sendo justo na comparação se consegue passar a mensagem para quem ainda está indeciso.  :nice:

Deste exemplos com potências imensamente díspares e mesmo assim, uma delas com potência quase 30cv inferior (T-GDi), mostrou uma capacidade de aceleração muitíssimo próxima.

Comparando potências suficientemente próximas (e só assim me parece justo neste tocante em específico), não vejo que se possa dizer que seja '10 a 0'
...além de que a expressão fiquei com ideia que foi usada mais acima de uma forma mais generalizada.

Isso parece-me que seria uma expressão aqui em concreto reservada para uma capacidade esmagadora de aceleração e que, sinceramente, creio estar mais reservada para veículos elétricos com outros preços...onde, verdade seja dita, também se encontram os 'equivalentes' a combustão.

Percebo perfeitamente e concordo quando me dizem que a sensação de binário imediato é algo cativante e até mesmo que voltar a um veículo de combustão é algo que não consideram. Eu por exemplo adorei o silêncio a bordo e a brutal facilidade de condução.

Do que já pude experienciar em veículo eléctrico...a sensação é muito boa.

Mas para ser '10 a 0' (expressão de que faço leitura de forma muito mais geral e não ponto por ponto), sou de opinião que ainda não se está por lá.
Existem algumas coisas - referidas atrás - que não me permitem um juízo de valor tão rotundo.

Mesmo admitindo que o próximo veículo cá de casa será com toda a certeza eléctrico...

E porquê?

Entendo que as vantagens que têm os veículos eléctricos são mais que suficientes e até mesmo justificativas do preço (substancialmente) acrescido...
O objectivo numéro um de um veículo eléctrico será a potência?
Porque deverá esse factor ser a base comparativa entre veículos? Não me parece justo.

O que quis demonstrar com os dados que facultei é que, PARA UMA MESMA PLATAFORMA E SEGMENTO, as prestações de um VE são superiores. E acho que isso é claro, mesmo com o peso bastante superior.

Dizes que com menos 30cv tem prestações semelhantes. Então quero ver fazeres uma ultrapassagem como eu faço em poucos metros. Se fosse noutro veículo (a combustão) do mesmo segmento, ainda estava atrás daquela carrinha em marcha lenta na EN10...

As características gerais do veículo, a função para a a qual foi criado é que o colocam num determinado segmento e é aí apenas que devemosfazer comparações. Com os seus iguais.

Não vamos trazer à baila o Tesla Roadster ou o model S performance que fazem pouco mais de 2 segundos dos 0-100km/h...
« Última modificação: Dezembro 29, 2020, 09:53:34, 09:53 por Pianoman »
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Membro nº14

Dezembro 29, 2020, 10:46:01, 10:46
Responder #22

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
O objectivo numéro um de um veículo eléctrico será a potência?
Porque deverá esse factor ser a base comparativa entre veículos? Não me parece justo.
(....)

Parece-me que não leste correctamente o que escrevi... :)

Limitei-me a dar resposta em função da específica comparação de aceleração que tu próprio fizeste mais atrás e que vinha na sequência dos '10 a 0'.

Naturalmente que existe muito mais que isto e por essa mesma razão faço uma leitura muito mais vasta. Quando escrevi "'10 a 0' (expressão de que faço leitura de forma muito mais geral e não ponto por ponto)" acho que fica bem patente que olho de uma forma mais geral para um veículo eléctrico do que somente a sua capacidade de aceleração. Tendo aliás mencionado aquilo que mais me agrada nos mesmos...

As vantagens dos veículos eléctricos são inegáveis e por favor não tomes a minha opinião como contrária aos mesmos, porque não o é.
Mas nem de perto.

E nem sequer é contrária à tua opinião na esmagadora maioria das vantagens que lhes vês e com as quais concordo.

Limitei-me a indicar que a base comparativa, quando se fala especificamente em aceleração como foi o que fizeste, deve ser o mais aproximada possível.

Tens mais que razões para teres feito uma boa escolha. E a maioria das vantagens que lhes vês, eu também as vejo. Provavelmente há bastante mais tempo do que a maioria dos users neste fórum, para ser franco!
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Dalai Lama

Dezembro 29, 2020, 11:35:40, 11:35
Responder #23

dfelix

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...um desperdício de recursos porque muitas vezes obrigam as famílias a ter 2 carros!
Para mim é mais poluidor ter um carro para andar na cidade e um carro para viagens maiores.

Essa é uma realidade recorrente com veículos a combustão.
Haver 2 carros na familia.

...se o ZOE e LEAF ganha nas vendas para carros de frotas... já nos veículos particulares de família obviamente que optam pelo TESLA model 3,...

Desconheço estatísticas sobre a realidade das familias que adoptaram EV em Portugal.
Por entre o meu circulo de amigos e conhecidos que decidiram trocar, a escolha predominante é o Zoe.
E não há um único Tesla.
Mas reconheço que a amostra é demasiado reduzida para servir de estatística.

Sobre os incentivos, a critica (não é disparar ódio como foi como interpretaste) é pela diferença real que acontece em Portugal face...

Refiro "ódio" sempre que recorres a uma série de adjectivos e metáforas que acredites ou não... são ofensivos.
Neste caso são os "parvos que continuam a ser parvos mas ligado à ficha". Mas isto já aconteceu em outras discussões de outros temas.
Esquivas-te sempre dizendo que é apenas dirigido apenas a alguns.
Seja como for, isto não é nada fofo!

Deveriam era haver esses incentivos que uma pessoa sentisse realmente que estão perante REAIS INCENTIVOS... e que não são meras esmolinhas a fingir...

Os incentivos é dinheiro nosso, obtido através dos nossos impostos.
Para haver dinheiro para incentivos, tem de haver maior receita.
E economias mais robustas obviamente permitem outros luxos.

Em regra geral até sou contra incentivos. Porque acho que o nosso país sofre de graves deficiencias onde a receita dos impostos faz mais falta.
Mas reconheço que, pelas razões que referi na minha resposta anterior, estes incentivos para "quebrar o gelo" parecem ter superado as expectativas no que diz respeito a aumentar o parque de EV a ponto que justifique haver investimentos de infrastura.

Estou no sector automovel, e vejo que antes de 2030, os motores a combustão ainda vão existir, o lobby do petróleo não deixará cair, embora a quota de eletricos vá subindo aos poucos.

Não me parece que os motores a combustão "deixem de existir" até porque existem milhões de veículos em circulação que vão continuar a circular.
O que certamente acontecerá é passarem a ser a principal escolha enquanto novos.

E o "lobby do petróleo" é irrelevante.
Pois há muito que isto se convergeu no lobby da energia onde os intervenientes são os mesmos.

Interessante ver a evolução desde o início deste tópico. A minha opinião continua a ser não à pergunta inicial!

A minha resposta também.
Porém, a pergunta é aplicada a motos electricas.
E o tema da discussão abrange sobretudo o sector automóvel.

Prazer de condução: aqui, claro, a coisa entra no gosto pessoal. Eu ADORO conduzir um VE. A condução com um pedal (não me enganei, é com um pé - não tem pedal de embraiagem - e praticamente com um pedal apenas, graças à travagem regenerativa) é fascinante. Se eu já tinha uma condução "previdente" com a mota, gastando poucas pastilhas de travão, agora então é o Nirvana desse tipo de condução.

A minha condução em motos é certamente o oposto da tua.
E embora nunca tenha conduzido uma moto eléctrica, tenho dúvidas que seja diferente.

Porém, sempre que tenho pegado num automóvel eléctrico não senti que perdesse prazer na condução.
É um paradigma diferente e acaba-se por ir a brincar muito com a travagem regenerativa.
Mas quando é preciso pisar... a resposta é muuuiiittoo interessante.

Dou o exemplo do novo Clio vs Zoe e em que a diferença de peso é muito relevante.

Ultimamente tenho andado bastante com um Zoe.
E em circunstância alguma acho que o carro transmita a sensação de ser pesado.

Mas as minhas referências também não são as melhores.
Não tenho nem nunca tive sequer carro próprio. E o que uso regularmente é um golf tdi mk4 da minha mãe.
E esse sim... transmite a sensação de ser pesado.

Depois temos as limitações electrónicas no top-speed, que cada vez mais as marcas, salvo excepções, estão a adoptar nos eléctricos.

Essa é a parte mais frustrante...
Decidirmos ultrapassar em AE, o motor até responder energicamente... mas chegar aos 140 e cortar.
Nada adequado sempre que sei vai para a autobahn.

Além disso, os tempos de carregamento estão ainda, de uma forma geral, algo distantes do ideal...seja esse 'ideal' qual for, mas que por defeito penso sempre nos ~2 minutos que me leva a encher um depósito de 60L e que me permite actualmente fazer 800kms.

Esse era dos argumentos que mais me fazia confusão.
Depois de passar pela experiência apercebi-me que não é um drama.
Acredito que poderá extremamente limitativo para faz entregas ou tem necessáriamente de fazer muitos quilómetros seguidos.
Mas num contexto de "viagens simples" de automóvel, mesmo com veículos a combustão para-se muito mais vezes e por mais tempo que aquilo que temos consciência.

Claro que estou a falar de automóveis.
No contexto das motos... a realidade será muito diferente.

Dezembro 29, 2020, 11:49:38, 11:49
Responder #24

Sapiens21

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Num contexto de viagens pequenas não é de facto problema algum a capacidade da bateria.

E com as capacidades de alguns veículos mais recentes, diria até que 'viagens pequenas' tende a ser cada vez mais uma ideia obsoleta. Mesmo!

A questão centra-se mais quando não se está em casa e, por conseguinte, se proporciona a enorme vantagem e comodidade que é carregar em casa.
Nessas situações fora de casa e em viagens bem maiores, na minha opinião, ainda se está algo distante do ideal.

Claro que estou mais do que convencido que será uma questão de tempo até estes tempos de carga diminuírem imenso, mas convém existir muito mais oferta de postos e até mesmo (porque não!) a conversão/adaptação de muitos mais actuais postos para veículos de combustão...passando a servir veículos eléctricos.

Não faltam pessoas que passam pela experiência de chegar a um posto de carga e o mesmo estar ocupado. Com o crescimento dos v.e. parece-me que as infraestruturas existentes em Portugal não estarão a acompanhar (tanto) como deviam.
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Dalai Lama

Dezembro 29, 2020, 12:47:02, 12:47
Responder #25

Lourenço

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Autonomia e tempo de recarga, duas fontes de ansiedade e preocupação para potenciais aderentes á mobilidade elétrica são questões que começam a ser ultrapassadas, a par da questão da longevidade da bateria.

Os modelos em venda têm opções de autonomias na ordem dos 400 Km em cidade e 250 em AE e em PCRs a recarga faz-se no tempo de um café e satisfação de alguma necessidade premente.
Em Portugal a questão é a que preço e em que condições se fazem estas recargas.

Tinha-mos um esboço de modelo avançado, pioneiro mesmo e acabou por ser um monstro incompreensível e caro, diria mesmo dissuasor.
Impossível saber quanto custa uma recarga e paga-la no momento da mesma, só algumas semanas, meses, depois.
Impossível recarregar sem um cartão e é mais do que aconselhável possuir pelo menos três.
Roaming inexistente salvo alguma expertise no sistema.
Entre O CEME, o OPC e outros, cada qual com a sua parcela no preço final de uma recarga, que na maior parte das vezes é ao minuto e não á unidade de energia a recarga de um veículo elétrico fica em Portugal amiúde mais cara ao km que um diesel e mesmo que um gasolina.

Há excepções com a recente rede do Continente que vende estacionamento ao minuto com um serviço acrescido de eletricidade (calculo que a polémica entre operadores vai seguir), a Tesla que cobra 0.30€ kW/h (valor razoável).
Depois para minorar a fatura, na maior parte dos postos  e conseguir o kW/h abaixo dos 40 ou 50 cêntimos ou mais caro (não esquecer que 10 ou 15% dos kW/h faturados se perdem na ineficiência da recarga), ter presente questões como esta; a maior parte dos PCNs recentes carregam até 22 kw mas apenas um modelo admite esta carga, os restantes vão quando muito até 11 kW e como estes postos faturam ao minuto o carrito está a pagar minutos a 22 kW mas só recebe em condições ótimas metade ou menos, em AC porque em DC embora não seja exatamente a mesma situação há similitudes.

Quem tem possibilidade de carregar em casa, moradia ou condomínio (já com as novas normas ou atualizado, segundo a nova legislação facilitadora de instalação de tomadas individuais), consegue preços (diluindo todas as taxas e impostos) na ordem dos 1.5/2.5€ para 100km, mas quem não tem essa possibilidade os mesmos km podem subir até bem mais de 10€.

Em Espanha, posso carregar por todo o lado a 0.30 cêntimos kW e pagar e andar.

Dezembro 29, 2020, 13:08:58, 13:08
Responder #26

dfelix

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Nessas situações fora de casa e em viagens bem maiores, na minha opinião, ainda se está algo distante do ideal.

A única coisa distante do ideal é mesmo a disponibilidade dos postos de carregamento, sobretudo fora dos grandes centros o que pode limitar os destinos e a escolha dos percursos.
E depois, a frustração de existirem e depois estarem avariados. Ou por alguma razão não funcionarem.

Mas fora isso não vejo grandes dramas.

As únicas duas viagens "maiores" que fiz num EV não senti grandes limitações.
Inclusive fez-me ter consciência que nunca faço paragens só para abastecer.
O normal é abastecer. E parar um pouco mais à frente para ainda ir ao wc, comer qualquer coisa, esticar as pernas, etc.
E rapidamente se passa meia horinha nisto...

Este é tempo que se pode gerir para dar alguma carga num EV.
Mesmo que ainda se tenha autonomia disponível. Mesmo que não se encha a bateria até ao "gargalo".

A ideia que se chega sempre a um posto a "vapores" e tem que se sair de lá só com a carga completa é algo que rapidamente se desmistifica na prática.

Dezembro 29, 2020, 13:10:02, 13:10
Responder #27

2low

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Como não tenho forma de me queixar dos meus veículos de certificado E ou por aí, e estou plenamente satisfeito com as suas perfomances e pelo menos a moto ainda supera com larga margem grande parte dos veículos de certificado A+, estou a pensar adquirir dois veículos eléctricos para mim e minha esposa irmos às compras ou simplesmente fazer passeios de fim de semana.
O veículo em questão insere-se no fórum porque primeiro tem precisamente 2 rodas e neste caso já é também certificado A+.
É uma trotinete da Seat mas apesar de dizerem que não anda nada, é mesmo isso que procuro, ir calmamente às compras e passear sem ter de sentir todos os normais solavancos em que fico agarrado ao banco quando acelero poluo o ar publico ou quando da mesma forma tenho que me agarrar bem na moto para não ir disparado para trás.
É no fundo o veículo antítese ao que já tenho e que estou satisfeito.
Tanto que por vezes há que tomar estas decisões difíceis e caras!
Afinal são 2x599€, não é para a carteira de qualquer um!
Sou um felizardo por finalmente ter um veículo certificado A+, que posso até levar para dentro de casa, dispensando o espaço da garagem para fazer a minha piscina e também é muito silencioso e tem a vantagem que consigo andar agarrado à minha esposa na mesma trotinete, algo difícil de se fazer num outro veiculo a não ser uma moto...
Há sempre vantagens! Há que saber procurar as que nos interessam!
MAS Amigos, não posso nem quero influenciar ninguém e como já disse, a trotinete é uma valente porcaria e é cara mas serve pelo menos a mim.
Amigos como Antes! E como a Seat indica na carta de apresentação "Suba e Siga"

 :convivio:

Bom dia!
Grão a Grão, Comemos Feijão!
"Nada é para sempre, nem mesmo os problemas", Charlie Chaplin


Dezembro 29, 2020, 13:26:37, 13:26
Responder #28

dfelix

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Pode não ser uma solução que faça sentido para ti.
Pode ser uma solução que faz todo o sentido para outros.

Não vejo razão para se descredibilizar uma opção de mobilidade perfeitamente ser legítima.

Não vejo razão para que não se possa inclusive optar por algo deste género para as deslocações casa-trabalho-casa sobretudo em cidade ... e ao mesmo tempo ter um canhão poluidor para curtir umas curvas ao fim-de-semana.


Dezembro 29, 2020, 13:29:16, 13:29
Responder #29

JoãoPVCarvalho

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Como não tenho forma de me queixar dos meus veículos de certificado E ou por aí, e estou plenamente satisfeito com as suas perfomances e pelo menos a moto ainda supera com larga margem grande parte dos veículos de certificado A+, estou a pensar adquirir dois veículos eléctricos para mim e minha esposa irmos às compras ou simplesmente fazer passeios de fim de semana.
O veículo em questão insere-se no fórum porque primeiro tem precisamente 2 rodas e neste caso já é também certificado A+.
É uma trotinete da Seat mas apesar de dizerem que não anda nada, é mesmo isso que procuro, ir calmamente às compras e passear sem ter de sentir todos os normais solavancos em que fico agarrado ao banco quando acelero poluo o ar publico ou quando da mesma forma tenho que me agarrar bem na moto para não ir disparado para trás.
É no fundo o veículo antítese ao que já tenho e que estou satisfeito.
Tanto que por vezes há que tomar estas decisões difíceis e caras!
Afinal são 2x599€, não é para a carteira de qualquer um!
Sou um felizardo por finalmente ter um veículo certificado A+, que posso até levar para dentro de casa, dispensando o espaço da garagem para fazer a minha piscina e também é muito silencioso e tem a vantagem que consigo andar agarrado à minha esposa na mesma trotinete, algo difícil de se fazer num outro veiculo a não ser uma moto...
Há sempre vantagens! Há que saber procurar as que nos interessam!
MAS Amigos, não posso nem quero influenciar ninguém e como já disse, a trotinete é uma valente porcaria e é cara mas serve pelo menos a mim.
Amigos como Antes! E como a Seat indica na carta de apresentação "Suba e Siga"

 :convivio:

Bom dia!

E para que vais tu comprar uma coisa dessas quando fica mais barato utilizar uma da Uber ou afins?
Até porque tenho a certeza que se comprares isso vais usar uma ou duas vezes e depois é mais um mono a encher a despensa lá de casa!

Cada vez acredito mais que os veículos eléctricos, especialmente os de utilização urbana vão seguir esta corrente do pay per use e as compras por particulares serão apenas residuais. Tal como já hoje encontras espalhadas pela cidade bicicletas e trotinetes eléctricas, acredito que num futuro próximo vais encontrar scooters e até mini carros que utilizas com recurso a uma APP. No futuro esta modalidade pode dar resposta ao problema da concentração da poluição atmosférica e sonora nas grandes cidades, ao problema do estacionamento, da falta de transportes públicos para zonas periféricas da metrópole, etc... Vai certamente dar lugar a uma nova industria de serviços e criar inúmeros postos de trabalho directos e indirectos para gerir e manter estas frotas. Sim Eu sei, estou apenas a sonhar...

Vamos esperar para ver.
Um planeamento cuidado é meio caminho andado.✌
by JDilemas

Dezembro 29, 2020, 13:55:26, 13:55
Responder #30

dfelix

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Vai certamente dar lugar a uma nova industria de serviços e criar inúmeros postos de trabalho directos e indirectos para gerir e manter estas frotas. Sim Eu sei, estou apenas a sonhar...

Não estás a sonhar porque existe... e deste inclusive exemplos.

Porém... a ideia que fica é que o negócio não parece funcionar por cá.

Nas scooters e trotinetas algumas resistem.
Mas grande parte já abandonou o negócio em Portugal.
Sobretudo porque em Lisboa a CML decidiu meter o bedelho e tornar-se um concorrente desleal.

Mesmo soluções auto como o DriveNow ... acabou.

Dezembro 29, 2020, 14:01:12, 14:01
Responder #31

Lourenço

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Como não tenho forma de me queixar dos meus veículos de certificado E ou por aí, e estou plenamente satisfeito com as suas perfomances e pelo menos a moto ainda supera com larga margem grande parte dos veículos de certificado A+, estou a pensar adquirir dois veículos eléctricos para mim e minha esposa irmos às compras ou simplesmente fazer passeios de fim de semana.
O veículo em questão insere-se no fórum porque primeiro tem precisamente 2 rodas e neste caso já é também certificado A+.
É uma trotinete da Seat mas apesar de dizerem que não anda nada, é mesmo isso que procuro, ir calmamente às compras e passear sem ter de sentir todos os normais solavancos em que fico agarrado ao banco quando acelero poluo o ar publico ou quando da mesma forma tenho que me agarrar bem na moto para não ir disparado para trás.
É no fundo o veículo antítese ao que já tenho e que estou satisfeito.
Tanto que por vezes há que tomar estas decisões difíceis e caras!
Afinal são 2x599€, não é para a carteira de qualquer um!
Sou um felizardo por finalmente ter um veículo certificado A+, que posso até levar para dentro de casa, dispensando o espaço da garagem para fazer a minha piscina e também é muito silencioso e tem a vantagem que consigo andar agarrado à minha esposa na mesma trotinete, algo difícil de se fazer num outro veiculo a não ser uma moto...
Há sempre vantagens! Há que saber procurar as que nos interessam!
MAS Amigos, não posso nem quero influenciar ninguém e como já disse, a trotinete é uma valente porcaria e é cara mas serve pelo menos a mim.
Amigos como Antes! E como a Seat indica na carta de apresentação "Suba e Siga"

 :convivio:

Bom dia!

E para que vais tu comprar uma coisa dessas quando fica mais barato utilizar uma da Uber ou afins?
Até porque tenho a certeza que se comprares isso vais usar uma ou duas vezes e depois é mais um mono a encher a despensa lá de casa!

Cada vez acredito mais que os veículos eléctricos, especialmente os de utilização urbana vão seguir esta corrente do pay per use e as compras por particulares serão apenas residuais. Tal como já hoje encontras espalhadas pela cidade bicicletas e trotinetes eléctricas, acredito que num futuro próximo vais encontrar scooters e até mini carros que utilizas com recurso a uma APP. No futuro esta modalidade pode dar resposta ao problema da concentração da poluição atmosférica e sonora nas grandes cidades, ao problema do estacionamento, da falta de transportes públicos para zonas periféricas da metrópole, etc... Vai certamente dar lugar a uma nova industria de serviços e criar inúmeros postos de trabalho directos e indirectos para gerir e manter estas frotas. Sim Eu sei, estou apenas a sonhar...

Vamos esperar para ver.

Paris, Londres e utras metrópoles tem hoje menos veículos a circular e terão ainda menos, se tivermos em conta os veículos privados, por força de medidas restritivas legal e financeiramente impostas aos cidadãos mas também porque há cada vez menos possuidores de veículos particulares sobretudo habitando em grandes metrópoles, e eté menor percentagem de jovens a possuir carta de condução.
Esta geração abdicou em maior percentagem do veículo privado, do ponto de vista financeiro tem lógica e existem alternativas para tudo muito mais baratas, sem seguros, amortizações, estacionamentos, multas e manutenções, desde os transportes públicos aos Ubers até ao aluguer ocasional.

Em breve, mesmo os possuidores de veículos privados, alem de todos os custos inerentes, pagarão uma taxa ao km percorrido, verificado e faturado em tempo real e liquidado periodicamente; esta será a forma de diferenciar o preço da energia para mobilidade da restante residencial, industrial, comercial, etc..
« Última modificação: Dezembro 29, 2020, 14:04:06, 14:04 por Lourenço »

Dezembro 29, 2020, 17:42:38, 17:42
Responder #32

Pianoman

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Autonomia e tempo de recarga, duas fontes de ansiedade e preocupação para potenciais aderentes á mobilidade elétrica são questões que começam a ser ultrapassadas, a par da questão da longevidade da bateria.

Os modelos em venda têm opções de autonomias na ordem dos 400 Km em cidade e 250 em AE e em PCRs a recarga faz-se no tempo de um café e satisfação de alguma necessidade premente.
Em Portugal a questão é a que preço e em que condições se fazem estas recargas.

Tinha-mos um esboço de modelo avançado, pioneiro mesmo e acabou por ser um monstro incompreensível e caro, diria mesmo dissuasor.
Impossível saber quanto custa uma recarga e paga-la no momento da mesma, só algumas semanas, meses, depois.
Impossível recarregar sem um cartão e é mais do que aconselhável possuir pelo menos três.
Roaming inexistente salvo alguma expertise no sistema.
Até aqui...de acordo!

Entre O CEME, o OPC e outros, cada qual com a sua parcela no preço final de uma recarga, que na maior parte das vezes é ao minuto e não á unidade de energia a recarga de um veículo elétrico fica em Portugal amiúde mais cara ao km que um diesel e mesmo que um gasolina.
Como podes dizer isso? Um exemplo prático:
Quando carregamos na rede pública, os valores a pagar são:
1- custo por kWh indicado no contrato com o CEME;
2- a tarifa do operador do posto;
3- taxas e impostos.

Tomando como exemplo o tarifário da EDP Comercial (sem descontos especiais que há!):
1- custo por kWh: 0,1680€;
2- a tarifa do operador: 0,15€ de valor fixo por carregamento e 0,11€/kWh;
3- taxas e impostos: 0,001€/kWh pelo IEC (Imposto Especial ao Consumo de Energia Elétrica) e o IVA do carregamento.

Assim, utilizando um carro com uma bateria de 38,3kWh, como o Hyundai Ioniq ou o Kauai 39, ficam, para 100% da bateria, os seguintes custos:
1- custo total kWh: 6,4344€;
2- tarifa do operador: 4,363€;
3- taxas e impostos: 0,0383€ pelo IEC e 2,4322€ de IVA.

Assim, o carregamento de 100% da bateria ficariam no total de 13,3279€

Estes carros que indiquei, têm uma autonomia estimada de cerca de 300 km (até dá mais...), portanto dá 0,0433€ por quilómetro.

Se compararmos estes veículos a outros veículos a combustão:

- a gasolina, com um consumo médio de 7 L/100 km, considerando 1,45€ por litro (estou a ser bonzinho...), resulta em 0,1015 por quilómetro
- a diesel, com um consumo médio de 5 L/100 km, considerando 1,34€ por litro, resulta em 0,067€ por quilómetro
- mota a gasolina, com um consumo médio de 3,6 L/100 km (estou a considerar a minha experiência pessoal com a NC750X), considerando 1,45€ por litro, resulta em 0,0522€ por quilómetro

Resumindo (custo por quilómetro):
1º- Eléctrico, carregado num posto rápido público: 0,0433€;
2º- Mota a gasolina: 0,0522€;
3º- Carro a diesel: 0,067€;
4º- Carro a gasolina: 0,1015€.

Para vermos melhor a diferença, custos para 300 quilómetros (valores arredondados):
1º- Eléctrico, carregado num posto rápido público: 13€;
2º- Mota a gasolina: 16€ (+3);
3º- Carro a diesel: 20€ (+7);
4º- Carro a gasolina: 30€ (+17).
Logo, NÃO é verdade que "a recarga de um veículo elétrico fica em Portugal amiúde mais cara ao km que um diesel e mesmo que um gasolina."

Quem tem possibilidade de carregar em casa, moradia ou condomínio (já com as novas normas ou atualizado, segundo a nova legislação facilitadora de instalação de tomadas individuais), consegue preços (diluindo todas as taxas e impostos) na ordem dos 1.5/2.5€ para 100km, mas quem não tem essa possibilidade os mesmos km podem subir até bem mais de 10€.
Quase tudo certo, mas depende, obviamente, de que carro eléctrico estamos a falar. Aliás, é também assim nos veículos a combustão.

Em Espanha, posso carregar por todo o lado a 0.30 cêntimos kW e pagar e andar.
Verdade. E aqui em Portugal falou-se (e fala-se) em pagamentos por app, multibanco, MBWay, etc. mas ainda não existe nada disso...
Daelim S3 125: Ago11->Jul12(14k) ; Maxsym 400i: Jul12->Mai13(21k) ; Maxsym 400i ABS: Jun13->Mai14(18k) ; Maxsym 600i ABS:Mai14->Jan15(12k)
Honda NC750XD
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Membro nº14

Dezembro 29, 2020, 19:21:25, 19:21
Responder #33

Rodrigues1

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Até era capaz de comprar uma mota elétrica mas depois os DB passariam a ser muito monótonos sem mudanças de óleo nem líquido de refrigeração nem limpeza de correntes.


Dezembro 29, 2020, 20:04:00, 20:04
Responder #34

Lourenço

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Entre O CEME, o OPC e outros, cada qual com a sua parcela no preço final de uma recarga, que na maior parte das vezes é ao minuto e não á unidade de energia a recarga de um veículo elétrico fica em Portugal amiúde mais cara ao km que um diesel e mesmo que um gasolina.
Como podes dizer isso? Um exemplo prático:
Quando carregamos na rede pública, os valores a pagar são:
1- custo por kWh indicado no contrato com o CEME;
2- a tarifa do operador do posto;
3- taxas e impostos.

Tomando como exemplo o tarifário da EDP Comercial (sem descontos especiais que há!):
1- custo por kWh: 0,1680€;
2- a tarifa do operador: 0,15€ de valor fixo por carregamento e 0,11€/kWh;
3- taxas e impostos: 0,001€/kWh pelo IEC (Imposto Especial ao Consumo de Energia Elétrica) e o IVA do carregamento.

Assim, utilizando um carro com uma bateria de 38,3kWh, como o Hyundai Ioniq ou o Kauai 39, ficam, para 100% da bateria, os seguintes custos:
1- custo total kWh: 6,4344€;
2- tarifa do operador: 4,363€;
3- taxas e impostos: 0,0383€ pelo IEC e 2,4322€ de IVA.

Assim, o carregamento de 100% da bateria ficariam no total de 13,3279€

Estes carros que indiquei, têm uma autonomia estimada de cerca de 300 km (até dá mais...), portanto dá 0,0433€ por quilómetro.

Se compararmos estes veículos a outros veículos a combustão:

- a gasolina, com um consumo médio de 7 L/100 km, considerando 1,45€ por litro (estou a ser bonzinho...), resulta em 0,1015 por quilómetro
- a diesel, com um consumo médio de 5 L/100 km, considerando 1,34€ por litro, resulta em 0,067€ por quilómetro
- mota a gasolina, com um consumo médio de 3,6 L/100 km (estou a considerar a minha experiência pessoal com a NC750X), considerando 1,45€ por litro, resulta em 0,0522€ por quilómetro

Resumindo (custo por quilómetro):
1º- Eléctrico, carregado num posto rápido público: 0,0433€;
2º- Mota a gasolina: 0,0522€;
3º- Carro a diesel: 0,067€;
4º- Carro a gasolina: 0,1015€.

Para vermos melhor a diferença, custos para 300 quilómetros (valores arredondados):
1º- Eléctrico, carregado num posto rápido público: 13€;
2º- Mota a gasolina: 16€ (+3);
3º- Carro a diesel: 20€ (+7);
4º- Carro a gasolina: 30€ (+17).
Logo, NÃO é verdade que "a recarga de um veículo elétrico fica em Portugal amiúde mais cara ao km que um diesel e mesmo que um gasolina."

Quem tem possibilidade de carregar em casa, moradia ou condomínio (já com as novas normas ou atualizado, segundo a nova legislação facilitadora de instalação de tomadas individuais), consegue preços (diluindo todas as taxas e impostos) na ordem dos 1.5/2.5€ para 100km, mas quem não tem essa possibilidade os mesmos km podem subir até bem mais de 10€.
Quase tudo certo, mas depende, obviamente, de que carro eléctrico estamos a falar. Aliás, é também assim nos veículos a combustão.


Ok, então os EVs cá de casa (meu e os dos miúdos) andam a carregar caro, (verdade que somos desorganizados e mesmo sem ser em deslocação a comodidade dos PCRs acaba por se impôr) e olha que tenho cartão alem do fornecedor de eletricidade cá de casa, de mais três CEMEs, Miio (utilizo a app), Galp e Prio e mais umas experiências que os miúdos teem feito. Pessoalmente carrego, ou em casa, talvez 50% das cargas, até porque tenho de rentabilizar os painéis, ou nos SUCs em viagem, mas esse valor final de kW que deste, 0.35€ kw/h é fantástico, se consegues carregar a este preço na rede, com rapidez ou seja pelo menos a 7 ou 11 kW AC e 50 kW DC e ainda por cima com CEME e OPC a faturarem ao kW e não ao minuto, força estás bem servido.
« Última modificação: Dezembro 29, 2020, 20:06:18, 20:06 por Lourenço »

Dezembro 30, 2020, 08:06:20, 08:06
Responder #35

Aeminium

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Pensarei nisso quando inexistir bombas da gasolina...até lá não me doa o corpo!

Dezembro 30, 2020, 08:18:44, 08:18
Responder #36

Aeminium

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Só mais um pequeno reparo: a electricidade sera bem mais cara e sua producao mais poluente quando ela for a principal fonte de energia usada em veículos. Será ver novas centrais a carvão e a nuclear a crescer a todo o vapor. Não se esqueçam qual o tamanho de plantação de painéis fotovoltaicos para alimentar uma toda pequena cidade de 5 mil habitantes...temos cidades com mais de 20...milhões. a poluição não será inferior aos dias de hoje, infelizmente.

Dezembro 30, 2020, 08:26:45, 08:26
Responder #37

Aeminium

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Finalmente e falando do nosso caso: a diminuição do consumo de combustível fóssil levará a brutal descida de receita de impostos e taxas para o Estado. Imaginem aonde irá ele tributar...
Em suma: não sejam levianos,  pois independentemente da fonte, a energia usada para nós deslocarmos num veículo será certamente muito superior à de hoje....
Desculpem esta intervenção em 3 actos, da qual desde ja6 me penitencio...bom 2021 a todos...com muita saúde, pois o resto vem por acréscimo.

Dezembro 30, 2020, 08:32:52, 08:32
Responder #38

Vasco Gama

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Autonomia e tempo de recarga, duas fontes de ansiedade e preocupação para potenciais aderentes á mobilidade elétrica são questões que começam a ser ultrapassadas, a par da questão da longevidade da bateria.

Os modelos em venda têm opções de autonomias na ordem dos 400 Km em cidade e 250 em AE e em PCRs a recarga faz-se no tempo de um café e satisfação de alguma necessidade premente.
Em Portugal a questão é a que preço e em que condições se fazem estas recargas.

Tinha-mos um esboço de modelo avançado, pioneiro mesmo e acabou por ser um monstro incompreensível e caro, diria mesmo dissuasor.
Impossível saber quanto custa uma recarga e paga-la no momento da mesma, só algumas semanas, meses, depois.
Impossível recarregar sem um cartão e é mais do que aconselhável possuir pelo menos três.
Roaming inexistente salvo alguma expertise no sistema.
Até aqui...de acordo!

Entre O CEME, o OPC e outros, cada qual com a sua parcela no preço final de uma recarga, que na maior parte das vezes é ao minuto e não á unidade de energia a recarga de um veículo elétrico fica em Portugal amiúde mais cara ao km que um diesel e mesmo que um gasolina.
Como podes dizer isso? Um exemplo prático:
Quando carregamos na rede pública, os valores a pagar são:
1- custo por kWh indicado no contrato com o CEME;
2- a tarifa do operador do posto;
3- taxas e impostos.

Tomando como exemplo o tarifário da EDP Comercial (sem descontos especiais que há!):
1- custo por kWh: 0,1680€;
2- a tarifa do operador: 0,15€ de valor fixo por carregamento e 0,11€/kWh;
3- taxas e impostos: 0,001€/kWh pelo IEC (Imposto Especial ao Consumo de Energia Elétrica) e o IVA do carregamento.

Assim, utilizando um carro com uma bateria de 38,3kWh, como o Hyundai Ioniq ou o Kauai 39, ficam, para 100% da bateria, os seguintes custos:
1- custo total kWh: 6,4344€;
2- tarifa do operador: 4,363€;
3- taxas e impostos: 0,0383€ pelo IEC e 2,4322€ de IVA.

Assim, o carregamento de 100% da bateria ficariam no total de 13,3279€

Estes carros que indiquei, têm uma autonomia estimada de cerca de 300 km (até dá mais...), portanto dá 0,0433€ por quilómetro.

Se compararmos estes veículos a outros veículos a combustão:

- a gasolina, com um consumo médio de 7 L/100 km, considerando 1,45€ por litro (estou a ser bonzinho...), resulta em 0,1015 por quilómetro
- a diesel, com um consumo médio de 5 L/100 km, considerando 1,34€ por litro, resulta em 0,067€ por quilómetro
- mota a gasolina, com um consumo médio de 3,6 L/100 km (estou a considerar a minha experiência pessoal com a NC750X), considerando 1,45€ por litro, resulta em 0,0522€ por quilómetro

Resumindo (custo por quilómetro):
1º- Eléctrico, carregado num posto rápido público: 0,0433€;
2º- Mota a gasolina: 0,0522€;
3º- Carro a diesel: 0,067€;
4º- Carro a gasolina: 0,1015€.

Para vermos melhor a diferença, custos para 300 quilómetros (valores arredondados):
1º- Eléctrico, carregado num posto rápido público: 13€;
2º- Mota a gasolina: 16€ (+3);
3º- Carro a diesel: 20€ (+7);
4º- Carro a gasolina: 30€ (+17).
Logo, NÃO é verdade que "a recarga de um veículo elétrico fica em Portugal amiúde mais cara ao km que um diesel e mesmo que um gasolina."

Quem tem possibilidade de carregar em casa, moradia ou condomínio (já com as novas normas ou atualizado, segundo a nova legislação facilitadora de instalação de tomadas individuais), consegue preços (diluindo todas as taxas e impostos) na ordem dos 1.5/2.5€ para 100km, mas quem não tem essa possibilidade os mesmos km podem subir até bem mais de 10€.
Quase tudo certo, mas depende, obviamente, de que carro eléctrico estamos a falar. Aliás, é também assim nos veículos a combustão.

Em Espanha, posso carregar por todo o lado a 0.30 cêntimos kW e pagar e andar.
Verdade. E aqui em Portugal falou-se (e fala-se) em pagamentos por app, multibanco, MBWay, etc. mas ainda não existe nada disso...

Na tua conta para o custo Km, estás a esquecer o custo inicial do produto!

Faz essa conta para 100 mil km com aquisição do mesmo e veremos se a diferença é assim tão substancial!

Já agora, em relação há poluição, de onde vem a energia para carregar os carros eletricos?!
Omnia tempus habent

Dezembro 30, 2020, 08:57:13, 08:57
Responder #39

NFRod

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Se calhar sou eu que tenho a vista curta ou baixa capacidade de compreensão mas custa-me a acreditar que a aposta na mobilidade eléctrica em grande escala vá ser mais poluente do que a indústria actual. De qualquer forma o que se tem de encontrar é um equilíbrio. A ideia não é baixar os custos para as pessoas. A ideia é nós (população) termos um sítio para viver daqui a 100/200/500 ... anos.

A nossa geração foi claramente a que mais evoluiu mas a tendência é para que isso continue exponencialmente. Se continuarmos a rebentar com o planeta não interessa se pagas 10% de imposto ou 100%. Como já li o futuro é claramente a partilha deste tipo de veículos. Pagamos uma taxa de utilização e pronto. Não me choca que isso aconteça nas grandes cidades mais cedo ou mais tarde. A mim também me faz um pouco de confusão partilhar veículos mas para os mais novos não faz tanto e para mim uma das maiores experiências são as trotinetes e bicicletas. Vejo muita gente a utilizá-las. Especialmente malta mais nova que tem uma mentalidade muito mais aberta para isso. 

Neste momento o incentivo é que as pessoas transitem para a mobilidade eléctrica. Para mim faz sentido. Claro que esses incentivos tendem a descer à medida que cada vez há mais pessoas com veículos eléctricos. Havendo mais pessoas a confirmar que autonomias de 200/300 km chegam para o nosso dia a dia cada vez mais pessoas vão querer também apostar nisso. Por moda, por conforto ou até por consciencialização ambiental. Claro que os pontos de carga têm de aumentar e ter uma manutenção regular se não deixa de fazer sentido.

Respondendo ao tópico. Vejo-me comprador de um veículo eléctrico. Eu tenho um carro confortável a gasóleo que não me vejo a trocar por enquanto mas quando o fizer será por um veículo eléctrico. Acho que as minhas viagens de carro num veículo eléctrico até seriam mais ZEN que é outra vantagem deste tipo de veículos. Trocar a mota por uma eléctrica já era capaz de me custar mais um pouco eheh.

Dezembro 30, 2020, 10:10:53, 10:10
Responder #40

Lourenço

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Pensarei nisso quando inexistir bombas da gasolina...até lá não me doa o corpo!

É exatamente este o tipo de atitude que é preciso contrariar.
Felizmente a par de alguns, que esclarecidos e conscientes da insustentável manutenção da dependência da queima de fósseis se emancipam voluntariamente, começam a existir normas que impostas pela lei da força vão abreviar as dores de corpo dos menos propensos a participar no começo do fim da extinção deste planeta.

Dezembro 30, 2020, 10:34:23, 10:34
Responder #41

Lourenço

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Só mais um pequeno reparo: a electricidade sera bem mais cara e sua producao mais poluente quando ela for a principal fonte de energia usada em veículos. Será ver novas centrais a carvão e a nuclear a crescer a todo o vapor. Não se esqueçam qual o tamanho de plantação de painéis fotovoltaicos para alimentar uma toda pequena cidade de 5 mil habitantes...temos cidades com mais de 20...milhões. a poluição não será inferior aos dias de hoje, infelizmente.

A eletricidade nunca foi tão barata (custo de produção ponderado) e a sua produção nunca foi tão despoluída.
As centrais a carvão estão a ser desmanteladas, apesar da grande dependência de alguns países ainda neste período de transição. Curioso, regra geral, os países que tem desmantelado centrais a carvão ou onde já não existem são os que demonstram um mercado de maior mobilidade elétrica, por que será?
O fantasma de que os veículos elétricos, em maioria de meios de locomoção, iriam secar as tomadas é um mito e revela que quem o afirma desconhece a realidade do mercado e como funciona nomeadamente a distribuição do consumo.
Centrais nucleares são um mal necessário mas essa previsão é outra feita sem conhecimento do balanço do atual parque nuclear na Europa e Mundial. Depois da fissão virá a fusão e já não falta muito.
Seria talvez util estudar o mercado de eletricidade europeu, perceber como acontece em países onde mais de metade dos veículos vendidos já são elétricos e perceber o nível de poluição nessas cidades e países. ;)

Pensarei nisso quando inexistir bombas da gasolina...até lá não me doa o corpo!
...temos cidades com mais de 20...milhões. a poluição não será inferior aos dias de hoje, infelizmente.

Pois, seria assim infelizmente se todos ficassem á espera que lhes doesse o corpo mas felizmente assim não será.

Dezembro 30, 2020, 11:31:59, 11:31
Responder #42

dfelix

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Se calhar sou eu que tenho a vista curta ou baixa capacidade de compreensão mas custa-me a acreditar que a aposta na mobilidade eléctrica em grande escala vá ser mais poluente do que a indústria actual. De qualquer forma o que se tem de encontrar é um equilíbrio. A ideia não é baixar os custos para as pessoas. A ideia é nós (população) termos um sítio para viver daqui a 100/200/500 ... anos.

O "ser poluente" é uma coisa abstracta.
Reduzir emissões não se traduz necessariamente numa menor pegada ecológica.

A abordagem nas últimas décadas tem passado sobretudo por atribuir ao consumidor essa responsabilidade.
Desde os veículos que conduzimos à comida que consumimos somos estimulados a optar pelo que seja mais sustentável.
Se por um lado até parece convincente, por outro não deixa de ser uma forma de se estimular o consumo.
E até que ponto a situação a que chegamos não se deve precisamente ao consumo?
 ;)

Nesta perspectiva pseudo-ecológica é visto com melhores olhos trocar de carro a cada 5-6 anos por algo mais "verde" que manter o mesmo poluidor há 20 anos.
Não há forma de quantificarmos o custo ambiental que teve a produção de 3 ou 4 veículos que se consumiu ao longo de 20 anos e comparar com alguém que tenha mantido o mesmo de forma não-descartável. Mas seria um estudo interessante.

Mas lá está... a bandeira continuará a ser reduzir as emissões.
Pouco se fala de reter as emissões. E o nosso planeta tem um método fantástico de o fazer forma gratuita.
Chama-se biomassa. Algo que se insiste em destruir...

Quando políticos te obrigam a que sejas tu a reduzir emissões através do consumo enquanto assinam contratos que autorizam minas em céu aberto para extracção de matérias primas para esses mesmos bens de consumo em zonas florestais e próximo a parques naturais ou reservas.. algo está de muito errado.

Dezembro 30, 2020, 12:08:30, 12:08
Responder #43

Pianoman

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Quando políticos te obrigam a que sejas tu a reduzir emissões através do consumo enquanto assinam contratos que autorizam minas em céu aberto para extracção de matérias primas para esses mesmos bens de consumo em zonas florestais e próximo a parques naturais ou reservas.. algo está de muito errado.

=Arrábida
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Dezembro 30, 2020, 12:11:22, 12:11
Responder #44

dfelix

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A eletricidade nunca foi tão barata (custo de produção ponderado) e a sua produção nunca foi tão despoluída.
As centrais a carvão estão a ser desmanteladas, apesar da grande dependência de alguns países ainda neste período de transição. Curioso, regra geral, os países que tem desmantelado centrais a carvão ou onde já não existem são os que demonstram um mercado de maior mobilidade elétrica, por que será?

Referes-te a quais? Noruega?  :D

É que tens exemplos opostos como o da Alemanha.
Cuja demanda levou a atrasar planos de desmantelamento.

Esta questão dos recursos energéticos é extremamente complexa.
Porque as geografias, recursos e a necessidade de consumo não são iguais.

Depois da fissão virá a fusão e já não falta muito.

Não faltava muito há 20 anos atrás.  :)

Seria talvez util estudar o mercado de eletricidade europeu, perceber como acontece em países onde mais de metade dos veículos vendidos já são elétricos e perceber o nível de poluição nessas cidades e países. ;)

E já o fizeste?

É que o país do mundo onde mais se consome EV é precisamente o mais poluidor do mundo. A China.
(sim... a China não faz parte do mercado de eletricidade europeu as achei pertinente referir)

E o exemplo da Noruega corresponde a um país extremamente rico do ponto de vista de recursos hídricos e uma densidade populacional baixa, o que significa pouca demanda. (é 4x maior que Portugal e tem metade da nossa população)

Lá está.. a questão dos recursos energéticos é extremamente complexa.
E não é possível achar que a solução para uns funciona para outros.




=Arrábida

Por exemplo.
E ainda há pouco tempo andavam preocupados com o impacto ambiental causado pelos javalis!
Como se fossem estes que andam a esburacar a serra.

A seguir vem Montalegre...
« Última modificação: Dezembro 30, 2020, 12:13:23, 12:13 por dfelix »

Dezembro 30, 2020, 14:02:34, 14:02
Responder #45

Lourenço

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Escrevi o meu anterior post no contexto de resposta a alguém (citado) que nega a necessidade de contrariar ou mesmo a existência de malefícios do atual estado de coisas e que afirma que só mudará se a isso for obrigado.

Já, já estudei, acompanho e não fico indiferente quando se afirma que a eletricidade não chega, que a sua produção é ou será mais poluidora, que será mais cara e que inevitavelmente terão de ser construídas novas centrais a carvão, tudo no sentido de argumentar contra a mobilidade elétrica.

Precisamente por ser complexa é que há uma fase de transição e no País que referes como mais poluidor do mundo, a China, penso que com carga negativa, não sei se te referes ao valor per capita ou em termos absolutos, mas talvez tenha sido um dos países que precisamente mais aceleraram essa transição apesar de virem de longe.
Referes a Alemanha mas nos sentido errado porque se ainda teem carvão e digo ainda, são também um país com elevada penetração de renováveis e se atrasam é porque tem de assegurar o fornecimento mas são um bom exemplo per si e na questão da mobilidade eléctrica apesar do peso do setor automóvel clássico mas mesmo este já começou a virar. Talvez devesses referir a Polónia.

Refiro-me á Noruega de uma forma geral e se separar-mos o mercado privado do mercado empresarial tens mais exemplos.

Há vinte anos atrás faltava muito, e não deveria ser, para quem se interessa e tem acompanhado, motivo de gozo mas de satisfação e interesse verificar os progressos entretanto realizados.

Percebo o alinhamento pelos cépticos e negacionistas mas o caminho faz-se caminhando e alguns só vão perceber as vantagens da mudança quando a isso forem obrigados, é sempre assim em tudo na vida, e entretanto que venham motociclos elétricos em variedade e qualidade para que os AKRAPOVIČs deixem de fazer sentido.

Há umas décadas andei 4 ou 5 anos a refletir sobre a compra de um carro de caixa automática, comprei e nunca mais abdiquei nos veículos seguintes, as criticas dos amigos foram ao inicio "duvidosas", desde esse tempo quase todos aderiram em combustão ou forçosamente em elétricos e o prazer que dava ouvir mas porque é que eu não me lembrei disto mais cedo.



Janeiro 03, 2021, 09:51:23, 09:51
Responder #46

Aeminium

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E qual o impacto ambiental de vermos parte do Douro destinado a extração de lítio?

Não há poluição?

Isso não interessa...para as agendas políticas e sua clientela!

Repito: aumento do consumo da electricidade levará a um aumento de produção da mesma, via central nuclear ou carvão,  consequentemente a um aumento de poluicao e aumento do seu custo para o consumidor! Até parece que temos a electricidade mais barata do mundo!

Mas enquanto nos preocuparmos apenas com os gases emitidos  pelo gado bovino...



Janeiro 04, 2021, 00:26:06, 00:26
Responder #47

dfelix

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Referes a Alemanha mas nos sentido errado porque se ainda teem carvão e digo ainda, são também um país com elevada penetração de renováveis e se atrasam é porque tem de assegurar o fornecimento mas são um bom exemplo per si e na questão da mobilidade eléctrica apesar do peso do setor automóvel clássico mas mesmo este já começou a virar. Talvez devesses referir a Polónia.

Não me referi à Alemanha como mau exemplo do crescimento em renováveis.
Referi-me à Alemanha como o melhor exemplo onde o aumento da demanda (cuja corrida aos EV acima da expectativa teve influencia) atrasou esse mesmo processo.

A questão do "assegurar fornecimentos" que referes é extremamente importante.
Porque quando não se tem uma geografia propícia ao recursos mais eficientes, tem de haver plano de backup.
E essa é a razão que levará certamente muitas instalações a não fecharem portas a médio-longo prazo.
A não ser claro, que fique mais barato importar energia, com tudo o que de bom e mau isso implica.

Refiro-me á Noruega de uma forma geral e se separar-mos o mercado privado do mercado empresarial tens mais exemplos.

A Noruega deve ser encarada como um caso utópico.
Mesmo dentro da própria Escandinávia.


Há vinte anos atrás faltava muito, e não deveria ser, para quem se interessa e tem acompanhado, motivo de gozo mas de satisfação e interesse verificar os progressos entretanto realizados.

Não vejo onde está o "gozo".
Muito menos ter colocado em causa a inexistência de progresso ou insatisfação com isso.
Está em causa o facto de não ser há 2,5, 10, 15 anos que surgem notícias de que está para "breve".

Percebo o alinhamento pelos cépticos e negacionistas mas o caminho faz-se caminhando e alguns só vão perceber as vantagens da mudança quando a isso forem obrigados, é sempre assim em tudo na vida, e entretanto que venham motociclos elétricos em variedade e qualidade para que os AKRAPOVIČs deixem de fazer sentido.

O "cepticismo e negacionismo" é o extremo oposto da fantasia e ficção.
Pelo meio há muitas formas de estar.

« Última modificação: Janeiro 04, 2021, 00:27:32, 00:27 por dfelix »

Janeiro 04, 2021, 15:07:16, 15:07
Responder #48

Wonderboy91

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Pensarei nisso quando inexistir bombas da gasolina...até lá não me doa o corpo!

É exatamente este o tipo de atitude que é preciso contrariar.
Felizmente a par de alguns, que esclarecidos e conscientes da insustentável manutenção da dependência da queima de fósseis se emancipam voluntariamente, começam a existir normas que impostas pela lei da força vão abreviar as dores de corpo dos menos propensos a participar no começo do fim da extinção deste planeta.

Contrariar liberdades, camarada?  :pensador:

Janeiro 04, 2021, 18:05:45, 18:05
Responder #49

Lourenço

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Pensarei nisso quando inexistir bombas da gasolina...até lá não me doa o corpo!

É exatamente este o tipo de atitude que é preciso contrariar.
Felizmente a par de alguns, que esclarecidos e conscientes da insustentável manutenção da dependência da queima de fósseis se emancipam voluntariamente, começam a existir normas que impostas pela lei da força vão abreviar as dores de corpo dos menos propensos a participar no começo do fim da extinção deste planeta.

Contrariar liberdades, camarada?  :pensador:

 ;) Prefiro que me trates por tu ou companheiro que por camarada.
Tenho muitos camaradas de caminhadas longas, alguns dos bons, que sabem que todos somos livres até ao ponto em que no exercício da nossa liberdade esbarramos com a alheia.

A economia quase sempre se sobrepõe mas todos sabemos que esta terra não é nem inesgotável nem eterna e que uma das grandes causas de doenças e mortes, direta e indiretamente está ligada á poluição nas mais variadas formas, sonora, aquífera, atmosférica, etc., cujas fontes são diversas e uma das importantes é a queima de fósseis de uma forma geral e em particular nos meios de locomoção e afinal também todos temos a liberdade de não querer sofrer as consequências decorrentes sobretudo se existem alternativas.

Quando deixa de ser óbvio ou voluntário, em sociedade há formas de regular as liberdades individuais no interesse do coletivo. E pensar que em democracia esta questão se auto regula por si só é utópico, aliás como em todas as formas de sociedade, como está demonstrado com os mercados até no mais ingénuo dos sistemas capitalistas ou liberais, nas ditaduras mais ou menos abertas desde a PRC á Venezuela passando pela Coreia do Norte, nas monarquias ou oligarquias e em qualquer pseudo anarquia.

Por tudo isto e muito mais, sim, considero legitimo que sejam privados da liberdade de poluir os que nela insistirem quando existirem alternativas válidas, aprovadas e regulamentadas já que voluntariamente não o farão e até disto façam gabarolice.