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Veiculos Electricos - Perguntas frequentes - FAQ

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Cross:




Visto que a eletrificação está na ordem do dia mais nos deparamos com perguntas ou duvidas respeitantes a este processo para aqueles que se querem iniciar neste mundo (ou não - são obrigados  ;) , etc ) e o que era dado adquirido no mundo dos combustíveis (vulgo fosseis) para a ser um pequeno pesadelo pelo menos no inicio.

(Fazendo um pedido à administração para que eventualmente criarem um quadro especifico relacionado a electrificação em geral - no âmbito em geral relacionado com as motos mas não obrigatório )

Inicio com algumas perguntas para a lista apelando para quem tenha experiência ajude os companheiros(as) aqui.

A. Quem tem garagem partilhada / condomínio como funciona colocar um carregador individual ou de uso partilhado? Fornecedores e melhor opções do mercado?

B. Carregar na empresa, no publico e em casa. Como funciona as despesas de representação? Posso segregar as despesas de carregamento privadas e da empresa? da mota? e do carro? Mota é pessoal e o carro é da empresa? Por ID? facturas separadas? Só com contracto CEME (Comercializadores de Energia de Mobilidade Elétrica)?





Lourenço:

--- Citação de: Cross em Agosto 31, 2021, 09:59:04, 09:59 ---A. Quem tem garagem partilhada / condomínio como funciona colocar um carregador individual ou de uso partilhado? Fornecedores e melhor opções do mercado?

--- Fim de Citação ---

O carregador está no veículo, de uma forma geral. Carregador e conversor, simplificando basta ligar uma extensão com uma ficha a uma tomada de parede de um lado e do outro com uma ficha compatível com o veiculo e o carregador/conversor do veículo assumem a carga.
Depois há aparelhos, wallbox e EVSE que sendo programáveis, com informações ao utilizador, etc podem ser uteis.
Em DC a corrente já chega ao conversor do veículo convertida mas é na mesma "tratada" e há um papel do "carregador" interno a trabalhar com o BMS para otimizar a carga.

Atualmente os lugares de garagem ou box em edifícios residenciais novos ou recentes já possuem tomada ligada ao quadro da respetiva fração por força de regulamento, normalmente a 16A. Atenção que apesar de a instalação estar feita respeitando as normas mínimas carregar um veículo elétrico durante horas a 16A não é o mesmo que ligar um aspirador, um compressor ou um radiador e o que resulta é que por vezes e até pela distancia á fração a secção do cabo (quase sempre só 2.5 mm2) e pela própria tomada (Schuko no lugar de CE 16A ou mesmo 32A), é verificarmos aquecimento excessivo e será aconselhável carregar só a 10A.

Em nenhuma circunstância é indispensável investir individualmente numa wallbox cara que fica forçosamente fixada na parede e que oferecendo automatismos e inteligência apreciáveis, existindo EVSE mais baratos, transportáveis e inteligentes que podem dispor das proteções e automatismos e inteligência de uma wallbox.

Os cabos e adaptadores fornecidos pelas marcas de veículos servem para carregar AC e eventualmente com um EVSE resolvem a maioria das situações em casa ou em viagem para carga em AC. Os carregadores DC tem cabos e fichas proprietários.


Conheço três situações diferentes em edifícios/condomínios anteriores á atual legislação:

- Ligação ao quadro da fração com possibilidade de enfiamentos e com os cabos adequados (por excesso) á intensidade pretendida e em função da distância (quanto maior a distancia maior secção devem ter os cabos), em circuito dedicado e protegido com colocação de tomada bem dimensionada junto ao local de estacionamento do veiculo com proteção contra utilização indevida alem de dispositivos de segurança. Uma (muito boa) ligação á terra é indispensável.
Instalação que deve ser comunicada ao condomínio que este não pode recusar e que deve ser feita por técnico credenciado.

- Utilização da instalação do condomínio (partes comuns) com colocação de contadores individuais (ou partilhados com individualização por meio identificativo do utilizador) aprovada em Assembleia no geral e nos detalhes como por exemplo o preço do kw/h e eventual reforço da instalação.

- Delegar numa empresa externa a colocação e gestão de postos de carga. A opção mais cara (há quem fique a pagar o kW/h a mais do triplo do valor residencial) e descabida.


--- Citação de: Cross em Agosto 31, 2021, 09:59:04, 09:59 ---B. Carregar na empresa, no publico e em casa. Como funciona as despesas de representação? Posso segregar as despesas de carregamento privadas e da empresa? da mota? e do carro? Mota é pessoal e o carro é da empresa? Por ID? facturas separadas? Só com contracto CEME (Comercializadores de Energia de Mobilidade Elétrica)?

--- Fim de Citação ---

Estou confuso e ainda sem opinião formada. A atual contabilidade está a dar-me indicações e instruções diferentes da anterior, não sei se fiscalmente houve alterações mas para mim este ano tudo mudou e só em 2022 terei meio de comparação na utilização pessoal, utilização profissional, comprovativos e faturas em deslocação.

Edição:
Em relação ao "carregador" há algumas empresas a querer ganhar dinheiro vendendo wallbox como algo indispensável e é engano.
Se tivermos uma instalação eléctrica bem dimensionada, respeitando as normas, basta uma tomada e os cabos do veículo para carregar e muitas das funções, automatismos e comunicação oferecidos pelas wallbox já estão disponíveis nos próprios veículos.
A "potencia" de carga de um veículo é definida pelo carregador interno do veículo, em AC muitos carregam no máximo a 11 kw/h. alguns a 7.4 kW/h e infelizmente a 22 kw/h praticamente só o ZOE que vai ser descontinuado. Infelizmente porque em deslocação os postos AC fornecem 22kW/h mas como os carregadores dos veículos só aceitam metade ou menos, neste postos pagam como se estivessem a carregar a 22. Em casa não faz diferença, poucos serão os que podem carregar a mais de 32A ou 7.4 kW/h devido á potencia contratada.

ALCLCF:
Condomínios há legislação: https://dre.pt/pesquisa/-/search/25676885/details/maximized

Separação de faturação em carregamentos públicos é ter dois contratos/cartões (pessoal e empresarial), o último fornecido pela empresa.

Pianoman:
Carregar em casa (de preferência com tarifa bi-horária), eu diria que é essencial. Ficas a gastar aproximadamente 2 euros para fazeres 100km. Isto num carro que gaste uns 16kw/100km.
Calculo que numa moto ainda seja mais vantajoso, pois o consumo é menor.

Se carregares fora, em postos públicos, o custo varia muito, dependendo se são carregamento normal (PCN), rápido (PCR) ou ultra-rápido (PCUR), pois, infelizmente, a maioria dos postos cobra ao minuto! Uma verdadeira imbecilidade...
Mas muito depende da capacidade do veículo. Imagina que o carro é um tubo onde só passa um determinado caudal. Se fornecerws muita água não adianta nada. Se forneceres pouca, estás a perder dinheiro...
É preciso fazer bem contas...

Em casa, com o carregador que vem com o veículo (chamado EVSE) carregas (normalmente) a 12A no máximo, apesar de as tomadas normais (Schuko) aguentarem 16A.

Se o gasto diário (quilómetros feitos) for muito grande, a wallbox (ou equivalente) é essencial. Se os quilómetros feitos diariamente não forem muitos, não precisas de wallbox, pois as 7 horas de tarifário económico da noite chegam para repor o que gastaste. Tens é que meter a carregar todos os dias, o que não tem problema nenhum.

Eu mandei fazer uma instalação em casa com tomadas CEE (32A) e comprei um carregador portátil, que é uma espécie de wallbox mas que não fica fixada na parede.
Em vez de uns 1000 ou mais euros, gastei em tudo 500 e poucos euros. Esta instalação uso para carregar o carro com a bateria maior (64kWh), mas o outro, que tem uma bateria pequena (18,5kWh) carrega numa tomada normal quando é preciso.

Na questão do condomínio, sei que apenas precisas informar que vais instalar um carregador. O condomínio não te pode proibir a instalação. Isto se tiveres uma tomada para fiz claro.
Se for para instalar um ponte de carregamento que "gaste" da energia do condomínio, penso que a legislação também te proteja, mas tens que garantir que medes a energia que gastas a carregar para depois a pagares em separado no final do mês

Sapiens21:
Excelente debate por aqui.  :nice:

Temas interessantes trazidos e muuuito mais existe para ir debatendo.

E desde já pegando no que agora foi dito anteriormente, pergunto para aprender mais um pouco:  :nice:

As tomadas convencionais são (ou não!?) aconselhadas para carregamento regular de veículos elétricos?
E faço a questão porque creio já ter lido que alguns fabricantes, no caso das 4 rodas, desaconselham recorrer-se regularmente a esta forma de carregamento.
Aconselham mais especificamente as wallbox.

Não sei mesmo até que ponto tomadas domésticas mais antigas estarão, de forma genérica, preparadas para suportar longas sessões de carga com correntes elevadas.

Já no caso específico de tomadas Schuko e abordadas anteriormente, sei que além de terem já a ligação terra, pelo menos virão com todos os certificados mais recentes de segurança a nível Europeu e capazes de evitar o sobreaquecimento da instalação quando o veículo está a carregar, o que é bom.

Desde já obrigado pelos esclarecimentos no tema.  :convivio:

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