Autor Tópico: Test-Ride » Moto Guzzi V7 II Stone  (Lida 4478 vezes)

Outubro 29, 2017, 12:12:29, 12:12
Lida 4478 vezes

Sapiens21

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Test-Ride » Moto Guzzi V7 II Stone






Numa ida ao recente concessionário Moto Spazio de Évora, que foi inaugurado há poucos meses e onde podem ser encontradas motos sobretudo de marcas italianas, tive a oportunidade de fazer um test-ride a uma moto especial.

E digo neste caso especial, não somente por via do modelo e intemporalidade das suas linhas (V7 II), mas também da sua marca nascida no ido ano de 1921, no coração de Génova (Itália).
Estamos portanto perante uma marca já quase centenária, actualmente inserida no grande grupo da Piaggio, e que soube evoluir no tempo…mas mantendo sempre uma certa ligação ao passado na esmagadora maioria dos seus modelos.
 
Esta que pude testar - e como dei a entender - não é de maneira nenhuma uma excepção, e quando solicitei a possibilidade de lhe fazer um test-ride e me foi concedida essa oportunidade pelo próprio gerente do concessionário (Rui Moedas), percebi de imediato que teria de a descrever como é merecedora enquanto modelo de uma marca lendária, e enquadrando-a também naquilo que é um segmento muito próprio e onde a maioria dos considerandos não se lhe encaixam com facilidade.

Comecei desde logo por captar umas fotos em frente ao concessionário Moto Spazio (após ter solicitado autorização para tal), iniciando-se em mim - à medida que a ia movendo para aparecer em diferentes ângulos - um certo prazer contido em estar ali perante aqueles linhas tradicionais, onde não falta uma personalidade demasiado vincada para passar despercebida.

Esta Moto Guzzi V7 II transpira em detalhes um triunfo do design clássico, capaz de roubar facilmente a atenção à modernidade e aspecto futurístico de muitos outros modelos de diferentes marcas presentes no interior daquele espaço comercial.






A Moto Guzzi V7 II é uma prova inequívoca de que a simplicidade pode mostrar-se tão ou mais apelativa do que a procura da diferenciação pelo lado da modernidade, tendo os designers Italianos dado um cunho muito forte a um modelo que, não fazendo rodar cabeças, ainda assim não se deixa ficar indiferente até para quem não aprecie especialmente as 2 rodas.
Esta V7 II Stone consegue vincar a sua presença...p'la diferença.

O depósito…o enorme depósito com capacidade para 21L, quase parece esculpido para dar uma ideia de musculatura dominante na zona superior do modelo, coadjuvado logo abaixo do mesmo com as cabeças do motor bicilindrico em V a 90º. E devo dizer que resulta particularmente bem, já que dá ao seu design (…e de bandeja) uma sensação de moto poderosa, acabando por resultar igualmente bem esta sua cor cinza baço, que a mantém discreta…como aliás deve ser, na minha opinião.

A marca disponibiliza-a igualmente em preto e…mais duas cores que talvez sejam demasiado chamativas, mas que podem agradar a um público que pretende dar nas vistas: amarelo e vermelho.
Na frente o farol segue as linhas mais clássicas que pode haver, sem ceder um único milímetro à recente “invasão dos Led’s”. De tal forma que a sua própria luz é de um tom mais amarelado, como que a dizer “Não é só aspecto…sou mesmo uma moto 100% old school”.






Do meio para trás as linhas da Moto Guzzi V7 II continuam a fazer perdurar aquele visual global de moto vintage, onde o minimalismo das linhas, a existência de alguns cromados e o classicismo das formas assume presença.

Chegado o momento de ir para a estrada e assim que se liga, logo ressalta uma característica deste bloco de 2 cilindros e 744cc…pois dá um estremeção que a faz abanar e os escapes iniciam logo ali uma sonoridade que só posso associar a um gorgorejo forte e que parece desafinar um pouco, como que acordada de repente e onde transparece um certo mau feitio.

A  moto é bastante leve e noto-o assim que me monto nela (ou não tivesse eu uma que pesa +100Kg que esta) e a facilidade com que se chega ao chão permitiu-me assentar por completo os 2 pés no chão.






É nesta altura e a ouvir ainda aquele gorgolejar descompassado e mal disposto, ao mesmo tempo que a mecânica fria a ía fazendo estremecer, que me dou conta da pura simplicidade do seu quadrante, com o painel a ser dominado por dois indicadores analógicos circulares e com a informação reduzida meramente ao essencial.

Não deixei ainda assim de reparar no pormenor da indicação da temperatura exterior, o qual pode ser visível num pequeno visor digital inserido no conta-rotações, coisa que nem todas as motos têm e que para o caso concreto me pareceu ser merecedor de menção.






Quanto a ergonomia, não há muito a dizer. Quando sentado, consigo ter uma posição de condução perfeitamente natural, com as costas a ficarem num ângulo pouco pronunciado e capaz de assentar as mãos no guiador de forma muito fácil, pois não está nem muito distante, nem muito recuado, ao mesmo tempo que permite uma abertura de braços que não extravasa em demasia a própria largura da moto. Quanto às pernas, é de realçar a forma como o depósito acolhe os joelhos, assim como a altura a que estão as peseiras, que me facilitaram imenso no encontrar imediato da posição sem precisar de me mexer mais em cima da moto.

O arranque…Oh….o arranque!

O barulho produzido pelos escapes – um de cada lado da moto - dá de imediato conta de todos os sons em volta, e à medida que a rotação vai subindo, vai-se também produzindo um “bater” diferente e mais apressado.






Não há aqui Akrapovic’s, nem Arrow’s, nem LeoVince’s, nem Yoshimura’s, nem nada de nomes difíceis de pronunciar e cheios de design… Nada disso! A Moto Guzzi V7 II enche todo o espaço em volta de puro som mecânico, capaz de nos remeter a uma época em que tudo era vivido de forma menos filtrada e trabalhada para produzir alguma sonoridade específica.

Isto meus amigos, é uma moto que sem veleidades consegue extrair de um “par de tubos” muito mais experiência e envolvimento sonoro, do que aquilo que à primeira vista se poderia pensar.

Dei por mim e em diversas vezes ao longo deste test-ride, a deixar cair a rotação de forma propositada e sem lhe reduzir as mudanças, por forma a abrir depois punho e ouvir aquele som mais profundo, menos compassado e como que a ralhar comigo e a dizer “fazes-me ir buscar força onde não a tenho…ouve agora a minha voz”.






Esta moto não é definitivamente para velocidades e até mesmo a sua potência situada nos 48cv é por certo sinal disso mesmo, permitindo este facto a possibilidade de ser conduzida com carta A2.

Eu pessoalmente devo dizer que não acredito que haja muitos que a comprem por causa dessa possibilidade, mas não posso deixar de referir uma curiosidade deste bloco e que pode ajudar bastante a alguém que procure uma moto fácil de conduzir… É que este motor de 744cc tem um binário que atinge o seu pico máximo de 60Nm logo a uma rotação baixíssima de apenas 2.800Rpm.

Isto traduz-se num temperamento de motor muito próprio, onde apesar de não faltar alguma elasticidade, ainda assim devo dizer que na prática a sensação é a de que o motor gosta de rolar sem ser puxado, aprecia que se mantenham mudanças mais baixas sempre que o ritmo se mantém em redor dos 50Kmh e não se lhe sentem reacções que possam em algum momento comprometer uma ideia sempre presente de que é uma moto confiável.

Mas apesar de ter percebido, pelo carácter do motor, que “bate” um pouco em velocidades de cidade se não se levarem umas mudanças de força, também foi perfeitamente notório que o motor rola em 6ª sem se sentir esforço algum nos 110-120Kmh, velocidade a partir da qual começa a fazer “gritar” os escapes e a própria rotação começa a fazer lembrar que não está para corridas.






Aquilo que acaba por ajudar a esta tranquilidade e que a V7 II parece convidar no decurso da sua condução…é a transmissão de 6 velocidades. Com trocas de passagem de caixa extremamente facilitadas por uma embraiagem muito suave e uma grande precisão na engrenagem, este modelo acaba por ser beneficiado em termos de sensações por um escalonamento bastante curto e agradável de utilizar.

Ainda assim e provavelmente quando estariam decorridos já cerca de 20Kms de test-ride, assim que me imobilizei para umas fotos junto à estrada, devo dizer que senti um curto momento de dificuldade em colocá-la em “ponto morto”, coisa que apenas sucedeu naquele momento e não mais voltou até ao final do test-ride.
Provavelmente os "estremeções" laterais do bloco, quase como tendo um felino a ronronar debaixo de mim, dificultaram aquilo que não passou de uma necessária habituação.






Em termos de protecção aerodinâmica eu acho que é daquelas coisas que nem valeria a pena sequer uma curta menção, mas para que alguém que esteja interessado no modelo e o queira saber…sempre posso ser franco e informar que é praticamente nula a sua protecção! E por forma a que se possa entender ainda melhor, a única coisa que me vem agora à cabeça é dizer que…esta é mesmo para se levar com o ventinho todo na zona do peito e da cara!!

Quanto ao conforto, não é mau de todo e garanto que em tantos test-rides que fiz, já encontrei bem pior, com a suspensão telescópica hidráulica a fazer perfeitamente o seu trabalho na frente e o braço oscilante com 2 amortecedores atrás a filtrar a maior parte das irregularidades que o próprio banco ajuda também a minimizar.






E já que falo no banco, devo referir que está ali um verdadeiro trabalho de artesãos Italianos, tendo produzido em linhas muitíssimo simples algo que é bastante eficaz e consegue integra-se ao mesmo tempo num design que se agarra ao passado.
O estofamento demonstra cuidado no acabamento e a densidade de espuma permite que qualquer volta, por maior ou mais pequena que seja, se faça com conforto.


Sobre a travagem não posso dizer que tenha ficado impressionado, mas também não foi nada que decepcionasse.
Estamos a falar de uma unidade de teste com pouco mais do que 3.000Kms, mas não pude deixar de notar que o travão traseiro tem uma eficácia mais de abrandador do que travão.

Verdade seja dita que não lhe dei nenhuma “sapatada” e sei que atrás nunca temos o mesmo poder de travagem que na frente, mas testei-o propositadamente de forma isolada para perceber a sua eficácia e não fiquei totalmente convencido com o seu disco de 260mm e pinça com dois pistons opostos. Já com o disco de 320mm na frente a conversa é bastante diferente e a redução na velocidade é imediata, com uma potência facilmente doseável e que inspira muita confiança.
Aliás, a pinça da Brembo acaba mesmo por fazer ali o seu papel, com 4 pistons a fazer “morder” o disco.






De regresso ao concessionário vim a tentar absorver tudo aquilo que se tinha passado na sua condução e apreciei os últimos kms em aproximação, num ritmo bastante mais pausado e tranquilo.

Pela personalidade demonstrada por este modelo ao longo do test-ride, nunca o poderia descrever de outra forma ou assentar em demasia o sentido das palavras na velocidade, numa capacidade especial em descrever as curvas ou em sensações dinâmicas fora do comum…e que não tem.

Este modelo da Moto Guzzi, provavelmente como acontecerá a outros da mesma marca, é essencialmente para um restrito número de pessoas que não segue a “moda” de que o que está à frente do seu tempo é que merece ser comprado, é para um público-alvo que faz questão de adquirir algo que não se vê regularmente nas estradas, que não se importa ou coloca especial “peso” no nervosismo das sensações dinâmicas, que sente prazer em conduzir uma máquina que faz um uso muito próprio do estilo, da sonoridade e em parte até do carácter do motor.






Quando devolvi as chaves - batia o ponteiro do relógio quase em cima das 11:00 horas - sabia que tinha já o convite para conduzir a sua “irmã” V9 Bobber, mas infelizmente compromissos não me permitiam fazer outro test-ride e acabei por dar por terminada por ali a minha visita.

Mas curiosamente, e muito provavelmente pela forma como falei da moto ao gerente do Moto Spazio, logo houve outro cliente que a seguir a mim mostrou interesse em a ir testar e perceber o que valia afinal aquele modelo da marca Italiana.

Penso ser também esta capacidade de se distinguir do que é comum, que torna vários modelos da Moto Guzzi altamente atraentes e em que a (quase) única irreverência que se lhe pode ser apontada é a capacidade intransigente de se manter fiel a si mesma…desde há décadas.





NOTA: deixo um agradecimento merecido ao gerente e colaboradores do concessionário Moto Spazio, pela simpatia demonstrada e pela possibilidade que me foi dada em experimentar esta Moto Guzzi. :)
« Última modificação: Junho 08, 2018, 13:15:53, 13:15 por Sapiens21 »
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Outubro 29, 2017, 20:53:09, 20:53
Responder #1

jmartins13

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Ora aí está. Os V2 rudes na sua configuração mais pura dão imenso gozo a conduzir :stuck_out_tongue_winking_eye:

Outubro 30, 2017, 08:31:11, 08:31
Responder #2

PBarros

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Mais um fantástico test-ride. :palmas: :palmas:
Bom trabalho :ok:

Outubro 30, 2017, 09:49:12, 09:49
Responder #3

Limpinho

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Viva,

Já tinha saudades destes test-drives.

Espectáculo.

Cumprimentos

Outubro 31, 2017, 22:18:04, 22:18
Responder #4

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Obrigado pelas vossas palavras.

Foi um teste a uma moto que…tem de se compreender e enquadrar minimamente quando se descreve.

Não se pode esperar suavidade, ou tudo muito certinho e hi-tech com uma moto destas.
O carácter mais "rude" deste motor na realidade mostra bem o contrário assim que se liga e, mesmo estando ao relantim, mostra diferenças onde não pode haver grande termo de comparação para aquilo que a maioria deseja ou procura numa moto.

Entender essas diferenças e conviver com uma moto destas….pode muito bem levar a que se goste bastante dela. :)

Esta é uma moto que não segue tendências. Ou pelo menos a da maioria.


Aqui deixo um par de fotos que não cheguei a postar:





E numa próxima vez já tenho esta prometida para testar....  :feliz:

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Novembro 01, 2017, 00:24:29, 00:24
Responder #5

dfelix

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Esta é uma moto que não segue tendências. Ou pelo menos a da maioria.

Se estivéssemos em 2005 e o tema fosse a Griso... OK!
Concordaria que se tratava duma moto diferente e que não seguia tendências.

Só que estamos na recta final de 2017...
Vive-se a ressaca dum periodo em que o retro esteve bastante na moda em todas as frentes.
E que no mundo das motos foi evidente pela aposta de praticamente todos os construtores nas neoclássicas.

A V7 faz parte da vasta oferta para essa tendência.

Não é à toa que a Moto Journal fez a apresentação da edição comemorativa dos 50 anos no evento mais hipster do mundo.. que é o wheels and waves!  :)


Novembro 01, 2017, 08:34:34, 08:34
Responder #6

Sapiens21

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Como pode alguém dizer isso da Moto Guzzi V7, se desde 1965 que continuam a renovar-se com alterações reduzidas ao essencial e mantendo-se fiéis desde há décadas quanto ao estilo vintage que apresentam.

A V7 já cá andava há muito.... Não apareceu em determinada altura mais recente a seguir uma tendência.  :nempenses:

Como disse atrás: "Esta não é uma moto que siga tendências"...o que passou a existir foram motos que a tentaram seguir a ela, assim como a muito poucas outras que se mantém fiéis à tradição e ao estilo. E entender isto, é entender uma moto que não faz questão de "jogar" pela diferença, mas sim o manter-se fiel a um passado que já leva mais de 50 anos!!

A própria mecânica, para quem a experimenta como foi o meu caso ao longo de um test-ride em que fiz algumas dezenas de Kms, transmite todo um conjunto de sensações que a marca propositadamente quis manter, tanto quanto possível...old school.

Numa próxima oportunidades tentarei fazer o teste à V9 Bobber, mas a vontade para descrever tudo o que se capta para o papel, dá trabalho e exige tempo.
Para quem, como eu, que tem um grave e assumido defeito de não sintetizar...a coisa piora bastante.  :(
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Novembro 01, 2017, 10:54:05, 10:54
Responder #7

JMC

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Acho que o Test-Ride fica bem complementado com o vídeo aqui colocado pelo dfelix. Este tópico além de convidar a explorar e a conhecer o mundo desta V7, faz mesmo “crescer água na boca”  :bejeca:
Excelente

Novembro 02, 2017, 14:01:12, 14:01
Responder #8

dfelix

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Acho que o Test-Ride fica bem complementado com o vídeo aqui colocado pelo dfelix.

Sim, aquele é bom para complementar porque enquadra a V7 no seu habitat natural.
Já para "descomplementar", este comparativo é muito bom:



 :)

Novembro 02, 2017, 20:13:33, 20:13
Responder #9

JMC

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Novembro 04, 2017, 09:09:05, 09:09
Responder #10

tmr

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Grande máquina, mas gosto mais da versão scrambler...

Novembro 04, 2017, 17:02:30, 17:02
Responder #11

João_Santos

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Voltei a ler este teu teste Isaac. Deve ter dado um gozo fazer não?

Não te recordas de quando aceleravas a moto inclinar ligeiramente para um dos lados?

João  :scooter: :scooter:

Novembro 04, 2017, 17:55:59, 17:55
Responder #12

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Confesso que não me apercebi desse sintoma, mas que vibrava bastante...isso lembro-me bem.  :)

E se me estranhou um bocado ao início, também depressa me habituei.

Dá um gozo enorme o som daquele "par de tubos", de aspecto modesto, mas com um vozeirão qu entusiasma sempre que se puxa por ela.  :nice:
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Novembro 06, 2017, 15:39:06, 15:39
Responder #13

VCS

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Eu gosto muito desta moto, e prefiro a II à actual III. Já estive várias vezes "vai não vai" para a comprar e sei exactamente a que queria, mas não consigo justificar a compra e o regresso às "motos grandes" (apesar desta moto se guiar quase como uma bicicleta, tão pequena e leve é).

São relativamente raras, não aparecem muitas no mercado de usados, e mantêm bem valor. Também são caras novas, para o que oferecem face à concorrência. Qualquer naked "moderna" lhe dá 10 a 0 em quase todos os "parâmetros de medição" objectivos, mas esta é a única que me enche as medidas. Bem, também há a CB1100 RS, mas é uma "coisa" bastante diferente desta).

Quem procura a V7 não busca nem performance, nem o último grito em design, nem tecnologia de ponta. Procura uma moto vagamente obsoleta, com sabor a tradição, e com os melhoramentos mínimos para poder ser vendida em 2017. 

Longa vida à V7.
 ;)