Autor Tópico: Aquilo que pode acontecer ao travar com a roda da frente em plena curva...  (Lida 10494 vezes)

Fevereiro 15, 2018, 13:22:25, 13:22
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Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Aquilo que pode acontecer ao travar com a roda da frente em plena curva...






A experiência e o número de Kms acumulados ao longo dos anos, ajudam bastante a saber o que fazer, como fazer e também...o que se deve evitar fazer.

Pois foi precisamente num curso ministrado em Espanha pela DGT (O MAC Pilot School), onde se treinam diversas técnicas de condução, que uma aluna foi ao chão quando, em plena curva e com a moto inclinada, accionou a travagem na roda da frente, levando a moto a perder instantaneamente o grip e a cair.

Felizmente não se magoou, mas dá para perceber a importância de saber como entrar em curva e, se acaso algo corre mal na descriçao da mesma, perceber o quão importante é saber travar, pois a dinâmica da moto pode alterar por completo numa fracção de segundos, podendo ser impossível reverter a situação...e a queda.


"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Fevereiro 15, 2018, 14:42:17, 14:42
Responder #1

pjmartinho

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Bem... fiquei impressionado com a idade da senhora... mais de 60 anos  :napodeser: :napodeser:

Fevereiro 15, 2018, 19:29:19, 19:29
Responder #2

Luis Salgueiro

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Fevereiro 15, 2018, 21:56:33, 21:56
Responder #3

marb

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Bom vídeo, boa explicação!!! Em vez da inspeção às motos, faria mais sentido obrigar as pessoas a um X horas de formação deste género, pois o que se aprende nas aulas de condução (pelo menos na minha altura9 é quase nada!!!
10/2011-Honda Vision 110 (3600 km), 04/2012-Yamaha XMax 125A (8700 km), 07/2013-Yamaha XMax 250A (10000 km), 07/2014 Honda NC750D (18700 km),03/2016-Honda PCX 125 (8000 km), 04/2017-Honda CB500X (13400 km), 05/2018-Honda CBR650F (7170 km), 09/2018 BMW R1200 GS

Fevereiro 16, 2018, 11:48:57, 11:48
Responder #4

carlos-kb

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Infelizmente vai-se aprendendo com as agruras que vamos sentindo na primeira pessoa.

Ainda andava eu de 50cc e aprendi da pior forma que o travão frente nunca se usa em curva, com a mota inclinada. Eu fui para um lado e a mota para o outro, indo-se enfiar debaixo de uma Hiace que vinha em sentido contrário.
Aliás, esta foi a única queda em andamento, que dei, em 25 anos de duas rodas.

Fevereiro 16, 2018, 12:51:09, 12:51
Responder #5

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Tiveste sorte, pois normalmente o corpo acaba por ia "à rojo" no mesmo sentido em que segue a moto.
Aliás, situação que se pode ver também no vídeo de cima.

Teres ido para o lado contrário da moto e não te teres enfiado debaixo da Hiace, foi uma sorte...
« Última modificação: Fevereiro 16, 2018, 16:07:26, 16:07 por Sapiens21 »
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Fevereiro 16, 2018, 22:22:30, 22:22
Responder #6

Joao_Cruz

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Deve ter sido no limite que a roda da frente "se foi", mas é uma boa lição.
Os track days deveriam ter abate no Iva no IRS, tal são os ganhos que o Estado poupa com estas aulas.
E claro, todos os que andam na estrada.
Um abraço
JpC

Fevereiro 17, 2018, 17:18:02, 17:18
Responder #7

dfelix

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Mas... é errado travar com travar com a roda da frente em plena curva?
É mais correcto travar com o de trás?

 :)


Fevereiro 17, 2018, 17:29:54, 17:29
Responder #8

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Sim...estando a moto inclinada.

O vídeo desta Escola de Pilotagem demonstra e explica isso mesmo.  :)
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Fevereiro 17, 2018, 17:43:41, 17:43
Responder #9

Cross

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Não é assim tão claro por isso o interesse do video!
De qualquer modo será muito difícil para alguém que andar na estrada de vez em quando independente do "kit de unhas" (não profissionais) não apertar os travões se alguma coisa se atravessa à frente ou vai sair fora da curva porque entrou mal ou em excesso de velocidade...

O que ajuda por vezes é que quando se apercebe do perigo numa curva que o olhar continua a focar o perigo (local de saída) e assim a mota tende a levantar e não continuar a curvar o que sempre ajuda na travagem as pode ser tarde de mais...

Bom Senso e Senso Comum nunca fez mal a ninguém!

Fevereiro 20, 2018, 18:30:12, 18:30
Responder #10

dfelix

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O vídeo desta Escola de Pilotagem demonstra e explica isso mesmo.

Avancei o video só para a parte da queda e das repetições...
Não apanhei parte da explicação.

De qualquer forma... parece-me pouco correcto sugerir que não se deve travar com travar com a roda da frente em plena curva.
Porque numa situação em que seja mesmo necessário, o travão da frente continua a ser a melhor opção.


Fevereiro 20, 2018, 18:55:27, 18:55
Responder #11

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Dfelix, o problema não é travar em curva com a roda da frente!
Não está aí o problema...ou o aumentar da possibilidade para uma queda.

Está é precisamente no travar com a roda da frente com a moto (bem) inclinada ao descrever uma curva.

E quanto maior a inclinação...pior.

Obviamente que numa situação de emergência, duvido que não haja pelo menos 90% dos condutores a travar também com o da frente com a moto inclinada. Eu muito provavelmente incorria no mesmo erro...

Mas que não é o melhor a fazer...de facto não é!!
Esta Escola de pilotagem em Espanha quis alertar para isso mesmo com a divulgação do vídeo. :)
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Fevereiro 21, 2018, 00:31:43, 00:31
Responder #12

dfelix

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Está é precisamente no travar com a roda da frente com a moto (bem) inclinada ao descrever uma curva.

O problema não é, nunca foi nem nunca será a acção de travar com a moto inclinada ao descrever a curva.
O problema é quanto muito a quantidade de travão aplicada.

Independentemente de sermos mais ou menos naturalmente dotados para pilotar, a experiência e a prática é que nos vai permitindo ganhar alguma sensibilidade...

Voltei a ver o video e sinceramente não vejo nada de transcendente no que diz respeito à inclinação em curva...



Há toda uma série de outras variáveis que poderiam ser colocadas em causa...

Fevereiro 21, 2018, 00:54:55, 00:54
Responder #13

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Obviamente que se accionares a travagem ao de leve...vais simplesmente abrandar ligeiramente a velocidade.
Nessa situação, com toda a certeza as forças aplicadas na roda e de transferência de massa, não se irão reflectir.

Mas estamos a falar de travagem e não de um abrandar ou umas cócegas à manete!

Se entrarmos nesse "jogo", não se chega a lado nenhum. :) Um simples "aconchegar" das pastilhas ao disco, provavelmente não fará grande coisa. Isso é óbvio!


(...)Porque numa situação em que seja mesmo necessário, o travão da frente continua a ser a melhor opção.


Provavelmente se levares inclinação e tiveres necessidade de travar (repito, travar...) a meio da descrição da curva...então fazê-lo com a roda da frente poderá ser mesmo a pior opção!! :)
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Fevereiro 21, 2018, 01:19:31, 01:19
Responder #14

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"I panicked and tapped the front brake and immediately went down."



Para a maioria dos motociclistas, travar numa curva e levando já alguma inclinação...pode significar mesmo uma queda.
Não digo que não haja quem de facto o saiba fazer correctamente...mas são (infelizmente) uma minoria, onde não me incluo.

Ou então poderá ser um afortunado aos comandos de uma KTM com o Cornering ABS que faz uso do MSC - Motorcycle Stability Control...sem ir parar ao outro lado da estrada. :)
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Fevereiro 21, 2018, 02:20:12, 02:20
Responder #15

dfelix

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Se tiveres que travar em curva... terá que ser com a frente!
É que nem sequer tens outra opção!

O que acontece é a moto querer endireitar... o que implica meter corpo para evitar abrir a trajectória.

Em circuito isto é fundamental para evitar entrar na "zona suja" da pista...
Além de que neste tipo de utilização tão específica a borracha oferece maior confiança.
E quanto mais voltas se dá melhor se vai conhecendo o trajecto e respectivas manhas.

Cá fora na estrada é uma roleta russa.
O que não significa que a forma de sair duma situação deste género seja diferente.


Fevereiro 21, 2018, 09:27:38, 09:27
Responder #16

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
(....)
Em circuito isto é fundamental para evitar entrar na "zona suja" da pista...
Além de que neste tipo de utilização tão específica a borracha oferece maior confiança.
E quanto mais voltas se dá melhor se vai conhecendo o trajecto e respectivas manhas.
(....)

Nem ponho em causa! :)
Em circuito, com pneus tendo borrachas específicas e até com um tipo de piso que é diferente, as reacções da moto não são necessariamente iguais. O que não quer dizer que não suceda também...
Como aliás se percebe pelo vídeo colocado no início...  ;)


(....)
Cá fora na estrada é uma roleta russa.
O que não significa que a forma de sair duma situação deste género seja diferente.

Na vida real e fora de circuitos, como indiquei atrás, a maioria dos motociclistas não saberá como o fazer correctamente! Não tenho dúvidas...
Se travar com a roda da frente no momento em que a moto está inclinada, sem fazer no momento um rápido movimento do corpo e sem acompanhar com uma "rotação" do próprio guiador, a queda poderá ser inevitável.

Saber contrariar essa dinâmica, numa situação de travagem durante uma curva e com a moto inclinada, está reservado apenas para alguns e com muita experiência.

Mesmo muitos daqueles que acham que saberiam fazê-lo, só descobrem que não...quando vão ao chão.

Não creio portanto que seja uma roleta russa. Há simplesmente quem o saiba fazer (muito poucos) e quem não o saiba fazer... (a esmagadora maioria).


A maioria dos condutores fará exactamente como este rapaz que foi ao chão!
Vendo o vídeo com atenção e detendo-nos depois no seg. 0:50, dá para perceber que bastou apertar com alguma força a manete do travão da frente, estando a moto inclinada...e imediatemente foi ao chão.
Nem deu para corrigir absolutamente nada!!




"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Dalai Lama

Fevereiro 21, 2018, 09:59:47, 09:59
Responder #17

Luis Salgueiro

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..., então seja curva ou reta vai quase sempre o da frente e em emergência simultaneamente o de trás, mudando só a força que aplico na manete e a inclinação da corpo no caso das curvas.

Eu faço sempre ao contrário ,  sempre o travão traseiro com mais força e o dianteiro só para 'aconchego' .
Até já ganhei o tique de dar sempre um cheirinho de traseiro antes de cada curva mais apertada e quem rola atrás de mim deve estar sempre a ver a luz de stop a acender apenas por milésimos de segundo .

Só aperto o travão da frente para estancar a mota e em situações de maior emergência . Meti na cabeça que dar primazia ao travão da frente é meio-caminho andado para mais tarde ou mais cedo ir com a mota ao tapete .

Fevereiro 21, 2018, 14:54:40, 14:54
Responder #18

dfelix

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Em circuito, com pneus tendo borrachas específicas e até com um tipo de piso que é diferente, as reacções da moto não são necessariamente iguais. O que não quer dizer que não suceda também...

Isso das borrachas específicas é no motoGP!
Haverá quem as utilize em trackday mas...por carolice!
Nos campeonatos de produção usam pneus desportivos perfeitamente convencionais.
WSBk, WSS e afins anda tudo calçado com supercorsas...

O que é realmente importante é o pneu estar em condições e ter a pressão adequada.
(Claro que isto tem muito que se lhe diga.)

Se travar com a roda da frente no momento em que a moto está inclinada, sem fazer no momento um rápido movimento do corpo e sem acompanhar com uma "rotação" do próprio guiador, a queda poderá ser inevitável.

Quando se trava com a moto inclinada ela tende a endireitar.
Quando a moto endireita a trajectória alarga.

O pior que se pode fazer é criar ainda maior entropia com movimentos bruscos e "rotações de guiador"...
O vídeo que colocaste onde aparece uma CBR250 identificada como Buell é um bom exemplo disto.

Não creio portanto que seja uma roleta russa.

Pareceu uma metáfora adequada considerando que a estrada oferece um vasto número de variáveis, a maior parte delas desconhecidas...  :bebe:

té já ganhei o tique de dar sempre um cheirinho de traseiro antes de cada curva mais apertada ...

Mas isto é totalmente correcto!
Numa travagem "by the book" é boa prática aconchegar com o traseiro antes de inserção em curva.
Já dentro de curva a cantiga é outra.

A crossrunner tem CBS, certo?
Na prática, o que a travagem repartida faz é automáticamente dar este cheirinho no de trás quando se acciona o da frente.

... (e quiça countersteering com alguma pressão na manete travao)

Neste último vídeo que o sapiens colocou dá para ver que no momento em que perde a frente, a roda vira para o lado de dentro da curva...
Ou o gajo ia a curvar com o guiador quando travou... ou na travagem reagiu com o guiador.
 :pensador:

Vão para a serra e  inprimam velocidade. Passem lá um dia.

Não tenho coragem em sugerir tal coisa...
No entanto, há cursos de condução avançada muito porreiros!   :nice:

Fevereiro 22, 2018, 00:41:56, 00:41
Responder #19

Sapiens21

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(....)
Quando se trava com a moto inclinada ela tende a endireitar.
(....)

Em plena curva e numa travagem de emergência, quem o sabe fazer e reaccionar nesse momento...sim.

Já com o desconhecimento existente na esmagadora maioria dos condutores no tocante às reacções de uma moto, o que acontece é uma queda imediata.

O único momento em que têm hipótese de "endireitar" a moto, infelizmente é quando a vão buscar ao chão...depois de cair.


(....)
O pior que se pode fazer é criar ainda maior entropia com movimentos bruscos e "rotações de guiador"...
O vídeo que colocaste onde aparece uma CBR250 identificada como Buell é um bom exemplo disto.
(....)

"Um bom exemplo" do resultado de movimentos bruscos ou de qualquer tipo de reacção estranha tida no guiador??
Parece-me que não há que inventar...
Revê o número de vezes que quiseres e não encontras um único momento em que o condutor tenha feito algo que se assemelhe a "brusco".

Limitou-se a travar a roda da frente, em plena curva e com a moto inclinada...e numa fracção de segundos estava no chão!
Ver para lá do que ali está e descrever movimentos bruscos inexistentes (seja do corpo ou do guiador), é querer "atirar areia para os olhos".


(....)
Vão para a serra e  inprimam velocidade. Passem lá um dia.

Não tenho coragem em sugerir tal coisa...
No entanto, há cursos de condução avançada muito porreiros!   :nice:

Concordo...
A sugestão de que praticar na serra umas travagens em curva, imprimindo a velocidade....poderá correr muito mal.

O desconhecimento pode perfeitamente levar a que se incorra repetidamente no mesmo erro, incutindo uma falsa percepção de que se sabe fazer ou se detém o controlo. Até um dia...
Isto pode tornar-se particularmente notório em alguém recentemente chegado às motos.

O motociclismo está cheio de basófia naquilo que se diz já ter feito (ou se pensa ser capaz de fazer) com uma moto. ;) Existe um sem número de Rossi's pelo Mundo... Não digo que não se aprenda com a "bagagem" da utilização ao longo do tempo, mas o não ter ainda sucedido nada de grave, não significa que se está a fazer correctamente.
Eu também já fui ao chão e no passado já me passou a ideia que era de facto bom. Puro engano! Já andei em variadíssimos motociclos depois disso e não tenho problemas em reconhecer que há coisas que não se aprendem per si

Como tal, a sugestão de um curso de condução avançada, com técnicas de condução ministrados por quem coloca em prática todos os dias essas manobras, faz todo o sentido.


Para terminar...

...esta sim uma Buell.
E com o accionar do travão na roda da frente, com a moto inclinada e a descrever a curva, a queda foi...pura e simplesmente...quase instantânea.

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Dalai Lama

Fevereiro 22, 2018, 10:42:22, 10:42
Responder #20

carlos-kb

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Epa... e como é que eu faço com uma moto equipada com C-ABS, como a minha?

É que mesmo que só trave com o pedal, ao C-ABS faz a repartição da travagem, consoante a necessidade e potência, fazendo incidir a travagem apenas numa roda ou em ambas. Idem para a recorrência à manete.  :D

Fevereiro 22, 2018, 12:29:08, 12:29
Responder #21

Rui Jorge

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..., então seja curva ou reta vai quase sempre o da frente e em emergência simultaneamente o de trás, mudando só a força que aplico na manete e a inclinação da corpo no caso das curvas.

Eu faço sempre ao contrário ,  sempre o travão traseiro com mais força e o dianteiro só para 'aconchego' .
Até já ganhei o tique de dar sempre um cheirinho de traseiro antes de cada curva mais apertada e quem rola atrás de mim deve estar sempre a ver a luz de stop a acender apenas por milésimos de segundo .

Só aperto o travão da frente para estancar a mota e em situações de maior emergência . Meti na cabeça que dar primazia ao travão da frente é meio-caminho andado para mais tarde ou mais cedo ir com a mota ao tapete .

Faço exactamente o mesmo, aliás com grande incompreensão do meu mecânico que acha que eu tenho uma pancada qualquer por gastar mais pastilhas atrás do que à frente.
Foi coisa que me ficou da instrução de condução em que o instrutor insistia comigo para nunca usar o travão da frente a não ser em caso de urgência. Hoje já me consegui disciplinar para aplicar qualquer coisa como 50/50 mas, muitas vezes, instintivamente, pequenas travagens antes de entrar em curva nem toco no da frente.
Já cai algumas vezes e a única devido uma travagem foi quando, numa estrada de gravilha à noite, um fulano saiu a correr para atravessar a estrada e eu travei a fundo com o da frente e andei umas dezenas de metros, mais a mota a arrastar pelo chão. :(

Fevereiro 22, 2018, 12:33:29, 12:33
Responder #22

Africandruglord

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Eu pessoalmente evito travões em curva, seja à frente seja atrás. Aliás, fico lixado se o tiver que fazer, porque significa que calculei mal a curva.

Também gasto mais atrás que na frente, e as minhas travagens são quase sempre no limite, hão de experimentar travar forte no último segundo antes da curva, depois largar, inclinar e acelerar na saída.

Fevereiro 22, 2018, 13:00:32, 13:00
Responder #23

carlos-kb

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..., então seja curva ou reta vai quase sempre o da frente e em emergência simultaneamente o de trás, mudando só a força que aplico na manete e a inclinação da corpo no caso das curvas.

Eu faço sempre ao contrário ,  sempre o travão traseiro com mais força e o dianteiro só para 'aconchego' .
Até já ganhei o tique de dar sempre um cheirinho de traseiro antes de cada curva mais apertada e quem rola atrás de mim deve estar sempre a ver a luz de stop a acender apenas por milésimos de segundo .

Só aperto o travão da frente para estancar a mota e em situações de maior emergência . Meti na cabeça que dar primazia ao travão da frente é meio-caminho andado para mais tarde ou mais cedo ir com a mota ao tapete .

Faço exactamente o mesmo, aliás com grande incompreensão do meu mecânico que acha que eu tenho uma pancada qualquer por gastar mais pastilhas atrás do que à frente.
Foi coisa que me ficou da instrução de condução em que o instrutor insistia comigo para nunca usar o travão da frente a não ser em caso de urgência. Hoje já me consegui disciplinar para aplicar qualquer coisa como 50/50 mas, muitas vezes, instintivamente, pequenas travagens antes de entrar em curva nem toco no da frente.
Já cai algumas vezes e a única devido uma travagem foi quando, numa estrada de gravilha à noite, um fulano saiu a correr para atravessar a estrada e eu travei a fundo com o da frente e andei umas dezenas de metros, mais a mota a arrastar pelo chão. :(

Os travões estão lá, é para serem usados, consoante a necessidade e circunstâncias. A forma de "bem travar" não se explica de forma imperativa, apenas pela teoria. E quanto mais experiência se tenha, melhor saberemos como usar e dosear os travões, consoante essas mesmas necessidades e circunstâncias.

O recurso à "combinação" de travagem trás / frente é um dos pontos normalmente tocados nos cursos de condução defensiva e testado na prática, quando se sai para a pista.

Experimentem, em local livre, seguro e com bom piso, acelerar até dado ponto, e depois travar forte, unicamente com o de trás. "Anotem" a distância de travagem.
Repitam o mesmo procedimento, mais ou menos para a mesma velocidade e começando a travar sensivelmente no mesmo ponto, recorrendo apenas ao travão da frente. Novamente vejam o espaço necessário à travagem.
Para finalizar, façam novamente o mesmo, mas quando imprimirem travagem, façam-no começando por premir o pedal de trás e imediatamente a seguir combinem com o travão da frente.
Tirem conclusões acerca das respectivas distâncias de travagem, em cada uma das 3 situações, para concluir acerca da real eficácia.

Repitam agora o 3º procedimento (travagem combinada), e depois de a mota se imobilizar totalmente e ainda com ambos os travões premidos, experimentem largar apenas o pedal e vejam a reacção que a mota vos vai fazer. Vão sentir a traseira imediatamente a levantar, mostrando que a mota travou "agachando" e não "afocinhando". Ou seja... tomarão consciência que para além da efectiva eficácia que o travão traseiro tem, ao ser usado complementando o da frente (já constatada nos testes anteriores), o mesmo também tem um papel fundamental na estabilidade da moto e  distribuição das forças da travagem.

Quando ouço gajos (mesmo alguns com vários anos disto) a dizerem que "só uso o travão da frente"... só me apetece chamar-lhes de ursos.

Fevereiro 22, 2018, 14:00:33, 14:00
Responder #24

Morgas

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Mas... é errado travar com travar com a roda da frente em plena curva?
É mais correcto travar com o de trás?

 :)




Mas tudo depende da "coisa" que cada um tem.




Mais um vídeo para a fogueira!









Fevereiro 22, 2018, 14:15:31, 14:15
Responder #25

dfelix

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Dei uma leitura neste tópico de manhã enquanto largava um monumental barro no wc.  :corado:
Depois meti-me à estrada... e dei por mim a travar propositadamente em curvas só para ter a certeza que não estou praqui a induzir ninguém em erro.

Entretanto... só agora arranjei uns minutos para responder:

"Um bom exemplo" do resultado de movimentos bruscos ou de qualquer tipo de reacção estranha tida no guiador??

Vou corrigir a frase:

O pior que se pode fazer é criar ainda maior entropia com movimentos bruscos e "rotações de guiador"...
O vídeo que colocaste onde aparece uma CBR250 identificada como Buell é um bom exemplo disto da "rotação do guiador"..

Ver para lá do que ali está e descrever movimentos bruscos inexistentes (seja do corpo ou do guiador), é querer "atirar areia para os olhos".

O vídeo tem excelente resolução e dá para ver o gajo a meter mão ao travão.
Mas dá para ver outras coisas, nomeadamente que já levava uma condução irregular (parece estar a procurar a posição ideal).. e que no momento da travagem a roda vira para o lado interior.



Naturalmente tiro as minhas interpretações disto... que valem o que valem.

Não digo que não se aprenda com a "bagagem" da utilização ao longo do tempo, mas o não ter ainda sucedido nada de grave, não significa que se está a fazer correctamente.

Fiz o curso da action team em 2005 e a minha maior dificuldade foi "apagar" alguns maus vícios de estrada e começar a fazer a coisas de forma diferente.
É uma experiência que recomendo a toda a gente.
Pela forma como nos permite conhecer a própria moto num registo mais próximo do limite. E sobretudo pelo respeito que se ganha cá fora.

Mas sim.. já tinha partido algumas motos antes e voltei a partir algumas motos depois.  :D

...esta sim uma Buell.
E com o accionar do travão na roda da frente, com a moto inclinada e a descrever a curva, a queda foi...pura e simplesmente...quase instantânea.

Se há local no planeta onde mais quedas de moto estão registadas no youtube é certamente essa curva em mulholland!  :D

Há uns tempos li um artigo sobre essa estrada onde indicam que a curva nem sequer é mais técnica nem perigosa... mas pela reputação e "pressão" por ter sempre assistência, muita gente espatifa-se lá!

Esse nem precisou de inclinar muito para ir ao chão...


Fevereiro 22, 2018, 15:06:59, 15:06
Responder #26

dfelix

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Consegui encontrar o artigo. Está aqui.

Quando ouço gajos (mesmo alguns com vários anos disto) a dizerem que "só uso o travão da frente"... só me apetece chamar-lhes de ursos.

Sou desses ursos que pouco usa o travão traseiro...  :)

Quer dizer... há uns anos atrás passei a usar com maior regularidade enquanto "abrandador" quando vou em modo "cruzeiro".
Uma das razões foi por questões de "poupança" das pastilhas e discos!  :D

Fora isso... são os pontuais "aconchegos" antes de curva, o poder largar a mão direita do guiador quando estou parado numa rampa... e (agora muito ocasionalmente) evitar que a roda levante em demasia.

No que diz respeito ao efeito de travagem propriamente dita, só comecei a dar alguma importância quando comecei a ter motos com ABS.
Antes disso o bloquear recorrente e a tendência para atravessar tornava a emenda pior que o soneto.


Fevereiro 22, 2018, 15:51:12, 15:51
Responder #27

Tiago Parracho

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Mas isto é totalmente correcto!
Numa travagem "by the book" é boa prática aconchegar com o traseiro antes de inserção em curva.
Já dentro de curva a cantiga é outra.

Se não me engano estarias a falar desta cantiga:



Desculpem, mas achei que estava a faltar um pouco de avacalhanço neste tópico.  :D

Fevereiro 22, 2018, 17:44:10, 17:44
Responder #28

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
(....)
Sapiens, as motas não é uma questão de on/off.
(....)

Quem disse que eram??  :)

(....)
Tu se imprimires o travao da frente numa curva até X% não vais ao tapete.
Se imprimires a partir de X% poderás ir...
(....)

Meu caro, a maioria dos condutores (e esta provavelmente será a 4ª ou 5ª vez que o digo), numa situação de emergência não saberá como fazer e muito menos anda com percentagens (leia-se, sensibilidade para dosear a travagem) a meio de uma curva e com a moto inclinada.

(....)
E claro que quem não sabe isto pode ficar a saber com o tal jogo de inércias e...feeling!
(....)

Quem não sabe...aperta a manete sem pensar em mais nada senão tentar furtar-se ao perigo. E quanto maior a inclinação, maior a probabilidade de ir ao chão.


(....)
A serra é um local perfeito para se aprender inércias e aprender coisas que não sabíamos. Sozinho também dá, mas quando falei foi em grupo com um road lider experiente e que quem vá atras não queira descolar...vais ver se não sais de lá com muito mais bagagem...
(....)

A minha referência ao que indicaste acima foi simplesmente o teres recomendado ir-se para a serra...e imprimir a velocidade!
Entretanto esclareces que a tua referência era em grupo... Ok!
Aceito que em grupo a coisa até possa funcionar melhor.
Porém, não deixo de ter algumas reservas no assunto, pois quando não se sabe mesmo o que se está a fazer - a tentativa de seguir um tipo que vá à frente e de forma rápida - não sei até que ponto terá um resultado prático de "lecionamento motociclista"... :)

Mas, como disse atrás...aceito perfeitamente que funcione melhor na companhia de um grupo (e tendo por referência alguém na frente), do que tentar despachar curvas sozinho e de forma rápida, quando não se sabe ou se tem confiança no que se está a fazer.

Ainda assim...se no meio de uma dessas curvas rápidas aparecer algo, não sei o que ocorrerá.
Por isso concordei (e concordo!) com a sugestão dada mais atrás pelo Dfelix para um curso de condução avançada, com técnicas de condução ministradas por quem coloca em prática todos os dias essas manobras.


(....)
Não vou adiantar muito mais, apenas dizer que andar de mota NÃO É um manual.

Pois não...não é!
Estamos em completo acordo. :)


Eu pessoalmente evito travões em curva, seja à frente seja atrás. Aliás, fico lixado se o tiver que fazer, porque significa que calculei mal a curva.
(....)

Sim...entendo-te perfeitamente. É lixado quando tal acontece e já passei pelo mesmo.
E a que me lembro mais evidente foi numa moto em que andava nela primeira vez.
Resultado: alarguei estupidamente a trajectória e...tive muita sorte.


(....)
Quando ouço gajos (mesmo alguns com vários anos disto) a dizerem que "só uso o travão da frente"... só me apetece chamar-lhes de ursos.

Vê lá Carlos, não vás por aí estragar amizades...  :) (Sei perfeitamente que não...estou a reinar contigo)


(....)
até porque aconteceu o mesmo comigo em terra batida ao travar com o da frente. (Scooter)
Mas isso são aprendizagens. Podem acontecer a todos... :ok:

Exacto!
Cair faz parte. E sim...por muito que custe a aceitar a muita gente esta ideia, eu sou dos que considero que uma queda pode ensinar (bastante).  :)


(....)
O vídeo tem excelente resolução e dá para ver o gajo a meter mão ao travão.
Mas dá para ver outras coisas, nomeadamente que já levava uma condução irregular (parece estar a procurar a posição ideal).. e que no momento da travagem a roda vira para o lado interior.


(....)

Yep...
Também me apercebi do mesmo.

E não querendo parecer estar numa de "connoisseur", percebi haver ali alguma inexperiência.
Aliás, inexperiência essa que poderá fazer a diferença entre cair (a maioria em situação semelhante) e safar-se talvez com uma ida à terra batida, sem queda.  :)
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Fevereiro 22, 2018, 18:05:26, 18:05
Responder #29

Moto2cool

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Parece existir consenso apesar da troca de palavras ter alguns momentos mais tensos  ::P:

Travar sempre o necessário antes da curva para não ter que travar na curva, se tiver que travar na curva usar os travões (os dois) gradualmente.

No video do post anterior, na minha qualidade de VAR  :lolol: :lolol: :lolol: eu diria que o motociclista sentiu o pneu traseiro deslizar ligeiramente, tentou corrigir a trajectória e percebe que vai depressa demais para corrigir dentro do piso, pelo que opta por usar o travão, mas já vai em pânico e abusa no travão. A força na mão para travar pode justificar a oscilação do guiador aliada ao bloqueio da roda.

Como qualquer critico de futebol é fácil ter prognósticos no fim do jogo, no momento da verdade deve ser bem difícil travar gradualmente, por isso, mais vale travar por precaução antes da curva que por excesso dentro dela.

Mas já agora, até que ponto uma técnica de compensação de subviragem, como o countersteering, poderia ajudar a corrigir uma trajectória demasiado rápida, sem precisar de usar em demasia os travões?
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"Viver a vida não é esperar que a tempestade passe, é aprender a andar à chuva"

Fevereiro 23, 2018, 11:36:21, 11:36
Responder #30

carlos-kb

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Sou desses ursos que pouco usa o travão traseiro...  :)

Quer dizer... há uns anos atrás passei a usar com maior regularidade enquanto "abrandador" quando vou em modo "cruzeiro".
Uma das razões foi por questões de "poupança" das pastilhas e discos!  :D

Fora isso... são os pontuais "aconchegos" antes de curva, o poder largar a mão direita do guiador quando estou parado numa rampa... e (agora muito ocasionalmente) evitar que a roda levante em demasia.

No que diz respeito ao efeito de travagem propriamente dita, só comecei a dar alguma importância quando comecei a ter motos com ABS.
Antes disso o bloquear recorrente e a tendência para atravessar tornava a emenda pior que o soneto.

Ou seja.... estás a querer enfiar uma carapuça que não é para ti. No fundo acabaste de o assumir que o usas em recorrentes situações (e eu sei que sabes de outras tantas aonde o seu uso é pertinente).

Não obstante de grande maioria das motos mais recentes até contemplarem sistemas de ABS, é óbvio que  não estamos a falar de travar "metendo a carne toda no assador", que te possa levar a atravessar a traseira. Nem sempre travas total e sistematicamente a fundo (especialmente atrás)... E mais facilmente atravessas a traseira numa redução a "prego", do que usando o travão de trás como complemento do da frente.

Se fosses como o manteigas e a tua experiência se resumisse a uma 125, ainda dava o benefício da dúvida. Agora, como gajo conhecedor e com a experiência que tens (e que eu sei que tens), sabes perfeitamente a pertinência desta prática de combinar a travagem com ambos os travões, e a sua conveniência em termos de eficácia (distância) de travagem e estabilidade da moto (fazendo-a "agachar", não colocando assim toda a força de desaceleração na roda / suspensão à frente). Mesmo para curva, é procedimento importante para conseguir travar no "last instance" (travar mais e em menor espaço) e entrar com a moto perfeitamente controlada.
E igualmente até sabes tão bem como eu que é "matéria" abordada em qualquer curso de condução defensiva.

Fevereiro 23, 2018, 13:13:28, 13:13
Responder #31

dfelix

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E não querendo parecer estar numa de "connoisseur", percebi haver ali alguma inexperiência.

Há.
Nem é preciso ser "connoisseur" nem grande piloto.

Se o gajo frequentasse aqui o CPMOTO estaria a par das vantagens de conduzir com os dedos em cima das manetes.
Algo que não só reduz o tempo de reacção como facilita a progressividade com que se aplica travão.

Porém, se o gajo participasse aqui provavelmente seria mais um a ignorar o "countersteering".

Aliás, inexperiência essa que poderá fazer a diferença entre cair (a maioria em situação semelhante) e safar-se talvez com uma ida à terra batida, sem queda.

Algo que se repara logo no inicio do video (quando se vê na perpectiva de quem entra de frente) é que boa parte da "terra batida" está no meio da estrada!
Há inclusivé uma "linha suja" bem definida...

Ir ali propositadamente para curvar depressa com isso à vista é já por si aumentar desnecessáriamente o risco.

...eu diria que o motociclista sentiu o pneu traseiro deslizar ligeiramente, tentou corrigir a trajectória e percebe que vai depressa demais para corrigir dentro do piso, pelo que opta por usar o travão, mas já vai em pânico e abusa no travão.

Fiquei mais ou menos com a mesma sensação...
Sentir o pneu traseiro deslizar propriamente dito não diria, até porque a reacção natural quando isso acontece é cortar o acelerador!
Parece-me sim que ele não vai com confiança no grip e por isso parece que vai à procura da posição do corpo mais adequada.

Mas já agora, até que ponto uma técnica de compensação de subviragem, como o countersteering, poderia ajudar a corrigir uma trajectória demasiado rápida, sem precisar de usar em demasia os travões?

O countersteering é o nome pomposo que utilizamos para designar aquele estranho comportamento da moto inclinar para o lado contrário á direcção que aplicamos no guiador/avanços.

Na prática isto não é uma técnica de compensação de nada...
Isto é forma natural que as rodas se alinham ao descrever uma curva.

Nós enquanto pilotos é que temos tendência para estragar a pintura e contrariar física natural das coisas.

Numa curva deste género nem sequer se deve colocar a hipótese de fazer sem ser desta forma.
Pois é a garantia de que a trajectória será descrita de forma a que as rodas estejam "alinhadas" com as leis da física.

E nestes videos que estão em discussão, o facto da roda virar para o interior na curva no momento da queda pode querer dizer muita coisa...


Nem sempre travas total e sistematicamente a fundo (especialmente atrás)... E mais facilmente atravessas a traseira numa redução a "prego", do que usando o travão de trás como complemento do da frente.

O travão traseiro entre várias limitações tem duas que são muito graves:

- O facto de ser accionado pelo pé.
O que logo à partida implica menos sensibilidade, sobretudo em situações de esforço fisico do resto da perna.

- O facto de numa travagem o peso do conjunto se deslocar para a frente.
O que reduz a carga e consequentemente o grip do pneu traseiro.

Numa condução de encher chouriço isto é pouco relevante.
Mas quando se entra num registo mais animado, estas limitações revelam-se mais cedo, de forma recorrente.

A realidade é que até surgir o ABS, o comportamento do travão traseiro acabava por se revelar demasiado on/off.
Por isso era perfeitamente normal os "ursos" nem lhe tocarem.
Hoje em dia isto não faz muito sentido porque a electrónica eliminou a imprevisibilidade do bloqueio da roda.
Mas alguns velhos hábitos são difíceis de mudar.  :)

« Última modificação: Fevereiro 23, 2018, 13:14:51, 13:14 por dfelix »

Fevereiro 23, 2018, 15:21:09, 15:21
Responder #32

HBeiras

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Estive a ver com atenção os 2 videos e há qualquer coisa que não me cheira bem.

A própria postura dos senhores causa-me confusão.

Seriam amadores?

É que no segundo a mota pouco ou nada parece estar inclinada.

Fevereiro 23, 2018, 17:50:39, 17:50
Responder #33

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Sapiens, também és fã dos quites fofinhos  :D
(....)

Nem por isso.
Mas especialmente para ti, vou abrir mais uma excepção.  :)

(....)
A maneira como estamos a debater um assunto que pode ter ene variantes, como até o Félix indicou e concordo em absoluto. E insistes em dizer que a probabilidade de cair recorrendo ao travao dianteiro numa curva é gigante....o tal ON/OFF
(....)

Claro que na condução existe um sem número de factores que podem ditar resultados distintos! Isso é puro senso comum.
Tal situação nada tem que ver com a insistência no On/Off em que assenta o teu argumento, até porque e em face de tudo quanto escrevi atrás, custa-me estar a gastar mais palavras para uma interpretação que irá ser novamente levada à conveniência do discurso.

(....)
Volto a dizer que há ene variantes e claro que a experiência também conta, assim como os erros...
(....)

Curiosamente foi isso mesmo que já tinha referido noutro post.
A experiência conta! Os erros contam! O que não quer necessariamente dizer que todos aprendam a fazer correctamente, ainda que haja naturalmente essa tendência.
Já tinha falado sobre isso.  :)


(....)
Se a maioria dos condutores não sabe como reagir então o que sugeres?
(....)


- Primeiro que tudo o principal...travar antes da curva!!
- Depois a maioria dos condutores deverá saber as suas limitações e adaptar a velocidade a um ritmo em que não se sinta "desconfortável", o que vale por dizer...não ir para a serra despachar curvas a ritmo rápido, sem saber minimamente o que está a fazer.
- Depois o saber inserir-se em curva e também a linha a manter na mesma são absolutamente fulcrais, especialmente caso algo surja a meio e que implique correção.
- E este ponto anterior é bastante importante, porque se acaso se entra mais rápido do que se devia na curva (como já me aconteceu!) e com a moto inclinada, deverá haver um movimento do corpo para a "sacar" dessa posição e tentar logo de seguida travar moderadamente com a moto o mais direita possível (repito...com a moto o mais direita possível). O que isto irá provocar é um alargar da trajectória, mas que se se tiverem em conta os pontos 2 e 3, poderá ser a diferença entre manter-se no limite da sua via ou ir parar à valeta.
Convém desde já dizer que se acaso se descreve a curva a um ritmo "basófia speed", o que acabei de dizer será bastante difícil e o mais provável é não se ter tempo para nada mais senão um "basófia accident".


(....) Assim como 'treinar' umas voltas...sendo em grupo ou não (tal como o Carlos postou o exemplo de um exercício simples de travagem)
(....)

É particularmente interessante que digas isso neste tópico, pois talvez revele que não leste com atenção o que o Carlos escreveu sobre o exercício de travagem. Ele refere-se a exercícios de travagem com a moto a direito. E o que disse descreveu-o com precisão. Nada tenho a objectar quanto a isso!

A questão é que estamos num tópico onde temos abordado a travagem em curva, com a moto inclinada , pelo que e já que o mencionas, convém recordar-te o que ele próprio escreveu: "aprendi da pior forma que o travão frente nunca se usa em curva, com a mota inclinada"


(....)
Se não o fazem, então como podem saber como reagir? Como podem dar palpites de experiências nunca vividas?

Está pergunta também é para ti...pois a tua opinião é baseada em vídeos que postas e Ainda não ouvi uma única palavra da tua experiência pessoal sobre este mesmo assunto...
(....)

Julgar alguém quanto à sua experiência e falar com total desconhecimento, é algo que não é correcto e fica mal dizê-lo, seja a quem for. :)
Não sei se já ouviste falar neste ditado: "Quem insiste em julgar os outros sempre tem alguma coisa para esconder". Talvez fosse bom reflectir e não andarmos a apontar o dedo (só o Dfelix parece ter pago os rayalties para mostrar o dedo).  :)


(....)
Lá está!! O tal manual!! Desculpa, mas é a minha opinião.
(....)

Podes dar as opiniões que quiseres. E não é preciso pedir desculpa.
Nada tenho contra ti (nem contra ninguém), por mais que se tente... :)


(....)
Só falta dizer que não posso aconselhar a malta do que considere mais correcto.
Afinal ainda estou num fórum em que posso dar a minha opinião. (....)

Não percebo o porquê dessa menção.
Sentes obstáculo à formulação da tua opinião por aqui?
Eu escrevei neste tópico algo que impedisse ou mesmo que troçasse da tua opinião?

O meu amigo aconselha quem quer e da forma que quer neste fórum. E de certeza que não serei eu a impedir ou causar obstáculo a que tal se faça!


Um curso certamente será melhor. De qualquer das maneiras só se ganha experiência praticando.
(....)

Sim... e sim...  :)
« Última modificação: Fevereiro 23, 2018, 18:01:45, 18:01 por Sapiens21 »
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

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Fevereiro 23, 2018, 19:03:26, 19:03
Responder #34

dfelix

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Tal situação nada tem que ver com a insistência no On/Off em que assenta o teu argumento, até porque e em face de tudo quanto escrevi atrás, custa-me estar a gastar mais palavras para uma interpretação que irá ser novamente levada à conveniência do discurso.

Embora isto seja dirigido ao Velasquez, vou meter o bedelho e fazer um pouco o papel de advogado do diabo...  :)

A minha participação neste tópico começou com duas perguntas.
E havia uma razão para isso!
Queria me certificar que estava a interpretar correctamente aquilo que já se tinha escrito.

Pois o que li sugeria que o usar do travão da frente em curva resultava de forma quase garantida em queda.
Há aliás várias referências de que é algo que... "nunca se usa"!

Algo que o Velasquez e eu pelos vistos estamos de acordo é que entre as "cócegas à manete" e a "roda bloquear" há uma margem por explorar.
Que o travão não se comporta como um interruptor que vai desligar a aderência da roda da frente.



Agora... convém todos estarmos conscientes que o que aqui foi descrito pelos "defensores do travão na curva" são referentes a situações extremas como o primeiro video.
Não devem ser interpretadas como a forma correcta de entrar e sair de uma curva.

A "forma correcta de fazer uma curva" é um tema diferente do "travar dentro de uma curva".

E mesmo isto da forma correcta... pode ser muito discutivel.
Todos temos os nossos limites. E aquilo que para muitos é o meio duma curva para alguns ainda é o final da zona de travagem.   :D

Fevereiro 23, 2018, 19:59:26, 19:59
Responder #35

Africandruglord

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A KTM lançou uma tecnologia toda catita que é o cornering abs.

Parece revolucuonar a maneira como encaramos o travão em curva.

Fevereiro 23, 2018, 21:27:40, 21:27
Responder #36

Africandruglord

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A dica da serra não é má de todo. Foi lá que gradualmente aprendi, e aprendo, a conduzir.

Fevereiro 23, 2018, 22:36:39, 22:36
Responder #37

Sapiens21

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"A sugestão de que praticar na serra umas travagens em curva, imprimindo a velocidade....poderá correr muito mal.

O desconhecimento pode perfeitamente levar a que se incorra repetidamente no mesmo erro, incutindo uma falsa percepção de que se sabe fazer ou se detém o controlo. Até um dia...
Isto pode tornar-se particularmente notório em alguém recentemente chegado às motos."



Isto foi o que escrevi muito lá acima quanto a essa sugestão. :)

E porque razão o fiz..!?

Estando num tópico que aborda o que pode acontecer numa travagem em curva com a moto inclinada, aquilo que escrevi referia-se, como é óbvio, à sugestão que foi dada em ir para a serra e imprimir velocidade.

Pareceu-me (como ainda me parece) desadequada tal sugestão...e por isso o referi.

Já se com este tema em concreto e aqui em discussão, a sugestão dada era a de simplesmente ir fazer curvas...porque se aprende na serra a fazer as mesmas.
Pois...tudo bem. :)

Por vezes também gosto de fazer algum humor com os meus colegas.
Eles estão a falar de algum tema da sociedade e de repente pergunto-lhes se viram o último episódio da novela. ;)

--------------------------------------

E pronto...neste tópico já empreguei muito tempo. Dei a minha opinião e se não é aceite ou é vista como um Manual, na verdade "é p'ró lado que eu durmo melhor". :)
Não me apetece gastar mais palavreado. Há mais tópicos onde tenciono intervir. :nice:




"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Fevereiro 23, 2018, 22:36:53, 22:36
Responder #38

Moto2cool

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Motorcycle Braking Tips


1. Which Brake Is The Most Effective?

The front brake is the most effective, giving between 60 & 80% of the bike’s stopping power in hard stops, depending upon surface conditions.

This is because most of the weight of the bike and rider transfers forward onto the front wheel when the brakes are applied.

A common example of weight transfer is when you trip on a gutter – your feet stop but momentum keeps the top of you going and you fall flat on your face.

The weight transfer that takes place under braking on a motorcycle pushes the front wheel onto the ground and makes it grip very well.

2. Is The Front Wheel Likely To Skid If You Apply The Front Brake Hard?

No. The front wheel is likely to skid uncontrollably and bring you down only if you jam the front brake on hard. If you apply the front brake in a staged (progressive) process, the front wheel may skid but that skid is normally quite controllable.

3. Is The Rear Wheel Likely To Skid If You Apply The Brakes Hard?

With most of the weight being on the front wheel, the rear wheel tends to be light under braking and will therefore lock up and skid very easily.

4. How Do You Control A Rear Wheel Skid?

Control of a rear wheel skid is easy. Just keep your eyes up to the horizon and look where you WANT to go (not necessarily where you are actually going) and the bike will skid in a controllable manner with a minimum of fishtailing.

Basic and advanced braking techniques are best learnt under controlled conditions rather than when a truck pulls out on you! Your local motorcycle school will run a fun braking exercise session for you and some mates if you care to call the school and arrange it.

5. Is Braking A Natural Skill?

Braking, as with any riding skill, is a learned skill, not a natural one. This means you must practice the correct braking skills enough to make them an instinctive reaction before you can be sure that you will do the right things in an emergency.

Overseas research has shown that, because of panic overpowering the rider’s conscious reactions, nearly a third of all riders do absolutely nothing in an accident situation: they don’t even apply the brakes!

If, however, your high level braking skills are so well learnt that they are instinctive, you will do it right, no matter what the situation. However, this requires you to do a lot of high level braking skill practice, the skills will not come with normal everyday riding.

6. Is There A Special Braking Technique That Ensures That A Rider Will Get The Best Out Of A Motorcycle’s Brakes?

Yes. The process is called STAGED BRAKING and it involves the rider applying the motorcycle’s brakes in a staged process. This gives the rider predictable, progressive braking.

7. In An Emergency Do We Concentrate On Using Staged Braking On Both Front And Back Brakes?

This is a controversial subject. Some experienced riders reckon that, even in an emergency when research has shown that panic tends to decrease your riding skills, they can apply the back brake perfectly with no loss of braking on the front.

Well, research has shown that the average rider can only properly concentrate on the use of one brake in an emergency so, unless you think you’re road motorcycling’s equivalent of a top motorcycle racer, we would suggest that you concentrate on getting the best out of one brake.

Of the front and rear brake on a motorcycle, the one to concentrate on in an emergency is the front brake because if you get that one wrong, lock it up and don’t correct that problem then you’re going to crash.

According to the American Motorcycle Safety Foundation, if you try to get the best out of both brakes in an emergency, you will get the best out of neither. The MSF says you can’t concentrate FULLY on both brakes at one time.

You know your mother’s old nag, “You can’t concentrate on two things at one time”!

So, to get the best braking, you have to concentrate using either the front or the back brake and, since the front brake gives up to 80% of your braking power and incorrect application is likely to make you fall off, it makes sense to concentrate on the front brake.

The American Motorcycle Safety Foundation teaches their instructors that “in an emergency braking situation you should apply the back brake hard and let the back wheel slide if it wants to.

This way you can concentrate on what is happening up front; there’s enough to think about in the use of the front brake.”

8. So How Should I Apply The Rear Brake?

Apply it and forget about it. Let the back wheel skid if necessary. Concentrate on using staged braking to harness the superior power of the front brake to save your life.

9. Is Staged Braking Difficult To Learn?

Given practice, the skill is not difficult to learn. The best way to learn it is to start off with a four stage application of the front brake. Later you can increase the number of stages to make your braking more and more progressive, if you want to.

10.Can You Explain Four Stage Braking In Practical Terms?

To understand four stage braking, think of a rider coming up to a set of lights. Stage One is the force with which he applies the front brake when he sees the lights turn orange some way ahead, in other words, lightly

In:  https://www.webbikeworld.com/motorcycle-braking-tips/
Spritmonitor.de" border="0 Suzuki VStrom 650
"Viver a vida não é esperar que a tempestade passe, é aprender a andar à chuva"

Fevereiro 23, 2018, 22:40:25, 22:40
Responder #39

António Teles

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A maioria dos condutores fará exactamente como este rapaz que foi ao chão!
Vendo o vídeo com atenção e detendo-nos depois no seg. 0:50, dá para perceber que bastou apertar com alguma força a manete do travão da frente, estando a moto inclinada...e imediatemente foi ao chão.
Nem deu para corrigir absolutamente nada!!


[/quote]

Antes de cair já estava no chão, pelo menos é o que parece,
« Última modificação: Fevereiro 23, 2018, 22:54:52, 22:54 por António Teles »
A ver se paro quieto?! 🏍

Fevereiro 25, 2018, 23:24:54, 23:24
Responder #40

carlos-kb

  • Visitante
Nem sempre travas total e sistematicamente a fundo (especialmente atrás)... E mais facilmente atravessas a traseira numa redução a "prego", do que usando o travão de trás como complemento do da frente.

O travão traseiro entre várias limitações tem duas que são muito graves:

- O facto de ser accionado pelo pé.
O que logo à partida implica menos sensibilidade, sobretudo em situações de esforço fisico do resto da perna.

- O facto de numa travagem o peso do conjunto se deslocar para a frente.
O que reduz a carga e consequentemente o grip do pneu traseiro.

Numa condução de encher chouriço isto é pouco relevante.
Mas quando se entra num registo mais animado, estas limitações revelam-se mais cedo, de forma recorrente.

A realidade é que até surgir o ABS, o comportamento do travão traseiro acabava por se revelar demasiado on/off.
Por isso era perfeitamente normal os "ursos" nem lhe tocarem.
Hoje em dia isto não faz muito sentido porque a electrónica eliminou a imprevisibilidade do bloqueio da roda.
Mas alguns velhos hábitos são difíceis de mudar.  :)

Félix.... eu refiro o recurso ao travão traseiro como complemento do dianteiro, em travagem.... tu falas-me de hipotéticas reacções usando única e exclusivamente o travão traseiro. Acho que estamos a falar de coisas diferentes.

Em milhares de travagens que fiz combinando ambos os travões (mesmo em travagens de emergência em motos sem ABS), não me recordo de uma só vez em que tivesse bloqueado a roda traseira.

(....) Assim como 'treinar' umas voltas...sendo em grupo ou não (tal como o Carlos postou o exemplo de um exercício simples de travagem)
(....)

É particularmente interessante que digas isso neste tópico, pois talvez revele que não leste com atenção o que o Carlos escreveu sobre o exercício de travagem. Ele refere-se a exercícios de travagem com a moto a direito. E o que disse descreveu-o com precisão. Nada tenho a objectar quanto a isso!

A questão é que estamos num tópico onde temos abordado a travagem em curva, com a moto inclinada , pelo que e já que o mencionas, convém recordar-te o que ele próprio escreveu: "aprendi da pior forma que o travão frente nunca se usa em curva, com a mota inclinada"

Sim.... o exercício de travagem sugerido é com a moto direita... simplesmente como ilustrativo de como fazer a moto travar mais, em menor espaço e manter-se o domínio da frente controlável (não colocando a força da desaceleração toda no trem frontal).
No fundo aquilo que se pretende antes do ponto de entrada, em curva. Porque tal o gajo das drogas diz, o ideal é não ter de recorrer ao travão no interior da curva, mas pelo contrário, ao acelerador.

A queda que eu dei, que referi no início do tópico e que o Sapiens voltou a trazer "à baila", pode-se dever a várias coisas... o facto é que travei em curva com o da frente (unicamente) e acabei no chão. Mas foi numa 50cc, em que possivelmente o pneu da frente, para além de pouco mais largo que um pneu de bicicleta, também devia ser uma bela treta... depois também havia que juntar a isto muita imaturidade (deveria ter uns 16 / 17 anos) e inexperiência... e ainda a tinta de uma passadeira, que havia no local. Tudo isto foi a conjugação de factores que quando me apercebi, já a mota estava a sair debaixo de mim.
Não obstante de tudo, deu para "aprender" em nome próprio.

Agora... não é imperativo que o recurso ao travão de frente em curva, implique automática e imediatamente em queda.

Acho que é imprescindível que acima de tudo, cada um vá tirando ilações das sua próprias experiências em estrada, e daquilo que sensorialmente vai obtendo de cada vez que pega na moto, dos apuros que por vezes passa, das situações em que se coloca, etc... E isso aprende-se, andado o mais possível.

Concordo com o Velasquez, nesse ponto. Neste forúm vejo muita gente aqui a fazer "palavra de lei" dos vídeos e coisas que lê na net (que valem o que valem)... e a reproduzirem ou transcreverem essa informação em catadupa para aqui.... quando a experiência pessoal, acima de tudo deveria ser o mote da discussão, independentemente das várias técnicas consultáveis por essa net afora.
« Última modificação: Fevereiro 25, 2018, 23:26:55, 23:26 por carlos-kb »

Fevereiro 26, 2018, 10:33:37, 10:33
Responder #41

HBeiras

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Depois do post do amigo manteigas, acho que o melhor mesmo é não travar! :lolol:

Fevereiro 26, 2018, 10:52:44, 10:52
Responder #42

dfelix

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Félix.... eu refiro o recurso ao travão traseiro como complemento do dianteiro, em travagem.... tu falas-me de hipotéticas reacções usando única e exclusivamente o travão traseiro. Acho que estamos a falar de coisas diferentes.

Há um exercício que poderás juntar á tua lista.
Será qualquer coisa como:
Manter a moto a uma velocidade na casa dos 100...
Cortar acelerador, aplicar travão traseiro até sentir "abrandar" e manter a tensão constante no pedal.
Depois... aplicar progressivamente travão na frente!

Há um ponto em que a roda traseira acaba por "bloquear".*
Pois a deslocação do peso para a frente tende a aliviar a traseira a ponto desta perder a aderência.

Isto aconteceu/acontece com todas as motos que já tive sem excepção.
Portanto está longe de ser algo hipotético.
E torna-se mais recorrente quanto o tipo de andamento que se imprime.
Sobretudo quanto mais intensa e tardia é a travagem antes da inserção em curva.


*
Coloquei "bloquear" entre aspas pois esta reacção pode variar bastante de moto para moto.
Naturalmente o bloqueio da roda é expectável quando não existe qualquer sistema anti-bloqueio.
Já em motos dotadas de ABS, este pode funcionar de forma bastante diferente.
O da minha bmw por exemplo é extremamente intrusivo, activando muitas vezes quando nem estou à espera.
O da minha ducati é extremamente permissivo, activando quase sempre fracções de segundo já depois da roda bloquear.

Desconheço por completo como será o comportamento numa moto equipada com C-ABS.


Já o antigo sistema dual CBS demonstrava enormes limitações em travagens extremas.
Precisamente pelo sistema aplicar travão traseiro em demasia em situações que não é suposto.
Ambos conhecemos (membros do antigo motonline) que andaram a lamber o chão no Estoril quando decidiram levar a XX para um trackday.

« Última modificação: Fevereiro 26, 2018, 10:54:07, 10:54 por dfelix »