Autor Tópico: Como estaremos daqui por 20 anos em matéria de veículos de combustão?  (Lida 3100 vezes)

Outubro 13, 2018, 00:34:52, 00:34
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Como estaremos daqui por 20 anos em matéria de veículos de combustão?






"(....)A growing number of tech analysts are predicting that in less than 20 years we'll all have stopped owning cars, and, what's more, the internal combustion engine will have been consigned to the dustbin of history.(....)"


Um recentíssimo artigo da BBC e que consegue prender facilmente a atenção do leitor, dá conta de uma realidade que tem vindo a sofrer alterações há mais de cem anos.

Se antes eram os cavalos e as carruagens a dominar as cidades, depois passaram a ser essencialmente os veículos com motor de combustão...

Mas agora a revolução tecnológica parece querer dar um novo "salto evolutivo" (é admissível que depende da perspectiva de cada um), e que levará ao desaparecimento da mobilidade como a conhecemos agora, além de que virá a ocorrer de forma mais rápida do que se poderá pensar.

No fundo...que os motores de combustão passarão a ser peças de museu daqui por pouco mais de duas décadas. E que automatização da condução será uma realidade incontornável.

Partindo destas premissas, pergunto:

> O que tens a dizer sobre este tema e como vês o futuro na área da mobilidade, nomeadamente os veículos autónomos?

> Que alterações antevês no próprio panorama motociclista num futuro daqui por 20 anos?
   

O artigo abaixo merece uma leitura. :nice:

https://www.bbc.com/news/business-45786690
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Outubro 17, 2018, 00:33:01, 00:33
Responder #1

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Nem de propósito...

Os avanços na área, em Portugal, já estão em prática, com teste a veículos autónomos na A9/CREL.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/portugal-testa-veiculos-autonomos-na-a9crel-366896
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Outubro 17, 2018, 00:53:01, 00:53
Responder #2

dfelix

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O título questiona sobre veículos de combustão... e o texto é sobre veículos autónomos.
 :-\

Outubro 17, 2018, 01:00:58, 01:00
Responder #3

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(....)
No fundo...que os motores de combustão passarão a ser peças de museu daqui por pouco mais de duas décadas. E que automatização da condução será uma realidade incontornável.

(....)

Está intimamente relacionado com o link que postei....

Ou seja, a mudança que se verifica com a saída dos motores de combustão, a entrada em força dos elétricos...e na forte possibilidade de haver uma revolução na forma de mobilidade, inclusivamente na actual "propriedade de um veículo" já que poderá dar origem a uma vastíssima rede de partilha de veículos autónomos.

O link está no final do post inicial.
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Outubro 17, 2018, 01:54:41, 01:54
Responder #4

dfelix

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O tipo de energia utilizado na motorização e a condução autónoma são temas totalmente distintos.
 :-\

A "saída dos motores de combustão" (como já foi amplamente debatido em vários outros tópicos sobre esse tema) muito provavelmente não por será por vontade do consumidor, mas por razões fiscais e administrativas que obrigarão a tal.

Quanto à entrada dos eléctricos... teremos de continuar a esperar pelos próximos capítulos.
Os postos de carregamento que têm optado por uma abordagem de promover a utilização. Mas inevitávelmente a curto-médio prazo vão aplicar preços que podem ser dissuasores.
Aliás, nem sei ao certo quando se atingir os valores expectaveis na casa dos 5-10 EUR por 100 km até que ponto justificará pagar por um veículo que apesar de parcialmente financiado pela taxação sobre os fósseis não só continuará a ser mais caro como a medio-longo prazo poderá ter custos que ainda são um mistério.



Outubro 17, 2018, 07:50:13, 07:50
Responder #5

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O tipo de energia utilizado na motorização e a condução autónoma são temas totalmente distintos.
 :-\
(....)

Nada disso!
Neste caso (e a leitura do link fá-lo perceber) tem tudo a ver uma coisa com outra...nomeadamente no despoletar gerado pelo fim do uso dos combustíveis fósseis na maioria dos veículos. O assunto está interligado na forma como foi avançado o tópico, concretamente na mudança da mobilidade como a que conhecemos agora, e que será revolucionada a partir do momento em que os motores de combustão forem uma coisa do passado (2 décadas segundo avançam).

O artigo que deixei da BBC refere-o e explica essa transição com o fim dos motores de combustão.

O título poderia tê-lo colocado de forma diferente, mas na leitura do artigo da BBC percebe-se a revolução a caminho com o fim dos motores de combustão, ao revelar-se uma causalidade efeito na cedência entre tipos de energia e consequente automatização a que dará lugar.

Ou seja, ao questionar "Como estaremos daqui por 20 anos em matéria de veículos de combustão" (e que a própria frase deixada em Inglês anuncia)...

"(....)A growing number of tech analysts are predicting that in less than 20 years we'll all have stopped owning cars, and, what's more, the internal combustion engine will have been consigned to the dustbin of history.(....)"

...por um lado convidava de forma genérica a que houvesse um pronunciar sobre a sua ideia de continuação (que não acredito que venha a ocorrer no mercado, inclusivamente nos motociclos) e por outro lado naquilo a que darão lugar a entrada em força dos veículos eléctricos.
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Dalai Lama

Outubro 17, 2018, 15:39:04, 15:39
Responder #6

dfelix

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Nada disso!
Neste caso (e a leitura do link fá-lo perceber) tem tudo a ver uma coisa com outra...nomeadamente no despoletar gerado pelo fim do uso dos combustíveis fósseis na maioria dos veículos. O assunto está interligado na forma como foi avançado o tópico, concretamente na mudança da mobilidade como a que conhecemos agora, e que será revolucionada a partir do momento em que os motores de combustão forem uma coisa do passado (2 décadas segundo avançam).

O artigo que deixei da BBC refere-o e explica essa transição com o fim dos motores de combustão.

O título poderia tê-lo colocado de forma diferente, mas na leitura do artigo da BBC percebe-se a revolução a caminho com o fim dos motores de combustão, ao revelar-se uma causalidade efeito na cedência entre tipos de energia e consequente automatização a que dará lugar.

Ou seja, ao questionar "Como estaremos daqui por 20 anos em matéria de veículos de combustão" (e que a própria frase deixada em Inglês anuncia)...

"(....)A growing number of tech analysts are predicting that in less than 20 years we'll all have stopped owning cars, and, what's more, the internal combustion engine will have been consigned to the dustbin of history.(....)"

...por um lado convidava de forma genérica a que houvesse um pronunciar sobre a sua ideia de continuação (que não acredito que venha a ocorrer no mercado, inclusivamente nos motociclos) e por outro lado naquilo a que darão lugar a entrada em força dos veículos eléctricos.

O primeiro link (da bbc) corresponde a um artigo de opinião sobre uma eventual tendência para o aparecimento de uma opção de mobilidade com base numa rede de veículos autónomos.
Algo que poderá fazer parte dum futuro não muito longínquo.
E é um tema que me recordo já ter sido discutido em outros tópicos deste fórum.

O "switch to electric" (que aparece inclusivé numa espécie de segundo capítulo) surge porque esta é uma tendência actual.
Tema também  recorrente neste fórum.

A referência feita pelo artigo aos "eléctricos" é no sentido dos supostos benefícios que trará a uma eventual "rede de veículos autónomos".

Mas a ideia que a "revolução" desta nova solução de mobilidade é despoletada pelo fim do uso dos combustíveis fósseis na maioria dos veículos... é apenas uma interpretação tua.
Por muitas vezes que repitas isso no mesmo post (como sublinhei a vermelho)... trata-se de algo que não está no artigo!  ;)

Sim... naturalmente que o futuro passa pelo eléctrico. (como refere o artigo. e sublinhei a verde)
Mas a tecnologia em torno dos veículos autónomos não depende disso. Nem disso dependem os veículos autónomos.

A "entrada em força dos veículos eléctricos" é ainda algo abstracto.
Mais tarde ou mais cedo irá acontecer. Apenas não sabemos quando.
E até lá, a condução autónoma assim que devidamente legislada, pode perfeitamente fazer parte de produtos movidos a combustão mais "premium" como estar excluida de eléctricos mais "low cost".

« Última modificação: Outubro 17, 2018, 15:42:54, 15:42 por dfelix »

Outubro 17, 2018, 16:14:04, 16:14
Responder #7

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(....)Mas a ideia que a "revolução" desta nova solução de mobilidade é despoletada pelo fim do uso dos combustíveis fósseis na maioria dos veículos... é apenas uma interpretação tua.
Por muitas vezes que repitas isso no mesmo post (como sublinhei a vermelho)... trata-se de algo que não está no artigo!  ;)
(....)






A tónica do artigo, com passagens que referem um mais do que evidente caminho para o fim dos motores combustão, acompanhada de uma explicação de mudança no paradigma da mobilidade como a conhecemos hoje, parece-me mais do que evidente.



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Outubro 17, 2018, 22:23:40, 22:23
Responder #8

dfelix

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Que o futuro passará pelo eléctrico é de certa forma evidente.
Que o futuro trará tecnologia que eventualmente levará a uma "rede de veículos autónomos".... também.

Já a transição para o eléctrico ser é o gatilho da eventual "revolução"... é outra história!!!!
O artigo não indica isso. E as frases que sublinhas nem sequer se enquadram nesse contexto.

É que projectos e protótipos de veículos autónomos é algo que começou há muito tempo... muito antes da política decidir penalizar os veículos a combustão.


Outubro 17, 2018, 23:04:30, 23:04
Responder #9

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Infelizmente julgo levaste o tópico para uma certa teima, envolta no título escolhido e numa ideia de que aquilo que escrevi não tem relação...com o artigo.

Enfim...
Voltar a explicar, como fiz antes, tornava-se desgastante.

(....)
Já a transição para o eléctrico ser é o gatilho da eventual "revolução"... é outra história!!!!
O artigo não indica isso. (....)

Achas mesmo?

É que todo o artigo vai nesse mesmo sentido.

Aliás, causa-me algum espanto que te tenha escapado por exemplo isto e que vinha no sentido do irreversível fim dos motores de combustão de forma evidente no mercado (em 20 anos) e na sua natural substituição pelos veículos eléctricos:

(....)the argument that a unique convergence of new technology is poised to revolutionise personal transportation is more persuasive than you might think.

Será a massificação dos veículos eléctricos, alicerçada nas tecnologias existentes e em contínuo desenvolvimento, que darão o verdadeiro boost à automatização.

Mas tudo bem Dfelix. Tu tens a tua opinião e eu tenho a minha.
No problem. :)

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Outubro 18, 2018, 00:33:35, 00:33
Responder #10

dfelix

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Li ontem uma vez.
E voltei hoje a ler novamente duas não fosse me ter escapado alguma coisa.

Obviamente os eléctricos são chamados para o assunto porque essa é a tendência do futuro.
Mas a ideia que estes são os responsáveis por "despoletar" a "revolução" que trará as soluções como uma "rede de veículos autónomos" é uma interpretação tua.
Não é algo que esteja escrito no artigo.

Pois isso é o mesmo que dizer algo do género:
OK! Agora que já temos veículos eléctricos... já há condições para ter uma rede de veículos autónomos.

Só que... são coisas completamente distintas!
Uma coisa é a tecnologia utilizada na motorização.
Outra coisa é a tecnologia que permite a condução autónoma.

A própria frase que citaste refere uma convergência de tecnologias e não o facto de ser necessária uma delas para "despoletar" outras.

A realidade é que as tecnologias em torno da condução autónoma já levam décadas de investigação e desenvolvimento e com enorme abstracção do que se passa com a tecnologias adoptadas na motorização.

Quando uma R1 autónoma tenta bater o Rossi em circuito ou uma GS como há poucas semanas atrás surgiu na imprensa, isso é o resultado da materialização de conhecimento adquirido sobre a matéria de condução autónoma.
Claro que numa moto, a possibilidade de ligar "piloto automático" para fazer o resto do caminho a mandar nudes pelo snapchat, não é propriamente uma funcionalidade "must have".
Por essa razão remetem a tecnologia para o contexto das "ajudas" ao condutor.
Já em automóveis e sobretudo nos eventuais "robo-taxis"... a coisa é bastante diferente.

Ainda sobre o eventual fim dos motores de combustão... convém não esquecer que surge por razões ecológicas.
A opção pelas motorizações eléctricas é a que oferece no presente maior viabilidade para futuro.
E na prática é isso, assim como outras vantagens ( algumas discutíveis) que está escrito no "the switch to electric" de onde copiaste a imagem acima.

Porém... isto em nada inviabiliza uma "rede de veículos autónomos" recorrendo a outras formas de motorização, seja combustão, ar comprimido, fissão nuclear, urina ou algum eventual motor de movimento perpétuo.
Porque lá está... é uma tecnologia completamente distinta.

Outubro 18, 2018, 07:53:19, 07:53
Responder #11

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Existe aqui um dado que parece estar a ser menosprezado...

É óbvio que se analisadas estritamente de forma independente são tecnologias focadas num propositivo específico.

A questão é que desviar o assunto para a separação de ambas as tecnologias, nomeadamente não vendo que será a massificação dos veículos eléctricos a proporcionar as melhores condições para a automatização, está errado.

Obviamente que se fazem testes com veículos de combustão e com veículos eléctricos no presente, mas não é isso que está em causa. Aliás, já se fazem há vários anos e nunca teve qualquer expressão digna de nota no mercado. A razão: o mercado continuou sempre agarrado aos motores de combustão, que impediam um avançar para a condução autónoma em larga escala.

Ora o que se tem colocado em questão são precisamente  as condições criadas para essa automatização da condução, com base nos veículos eléctricos, já que é essa a grande aposta dos construtores de veículos e não propriamente noutro tipo de combustível.

A titulo de curiosidade, a própria Forbes (conhecida publicação Americana) referiu muito recentemente num artigo dedicado à tecnologia o seguinte:

"Expert: Require Autonomous Vehicles To Be Electric

Transportation planners have long seen the arrival of autonomous vehicles as potential dream or potential nightmare, depending largely on two factors:

If they’re electric and shared, it’s a dream come true, all but eliminating accidents and insurance costs, opening vast stretches of real estate currently squandered on parking lots and traffic lanes, saving a trillion dollars for the economy and a gigaton of carbon emissions.

If they’re gasoline-powered and individually owned, traffic congestion and carbon emissions reach nightmarish levels as people send their personal cars out on every tedious errand.(....)
link

Será o tipo de energia que move os veículos (neste caso os eléctricos) a impulsionar verdadeiramente a condução autónoma, associando-se à mesma, num futuro que já se desenha para tal, uma rede de transportes que levará inclusivamente a uma gradual tendência de shared-vehicles.
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Outubro 18, 2018, 11:02:53, 11:02
Responder #12

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Penso que ja tinha manifestado a minha opiniao sobre o tema.


Dentro de 10 anos, ja vamos ver uma boa redução nas vendas e uso dos carros a petroleo por imposição de muitas cidades e países.


Penso que essas imposicoes vem para pressionar os fabricantes, pois nem estes, nem o lobby do petroleo parece muito intneressado na mudanca para electrico.



A aceleracao do uso de electrico serao tao mais rapida quando o preco do petroleo estiver. E aqui sera interessante ver 2 coisas: se os precos se vao manter a niveis baixos ou medios (ate 100 USD) ou se irao disparar.


Neste periodo ha 2 situacoes que surgirao:

1 - a necessidade de autononomias cada vez mais proximas das dos veiculos a energia fossil. Densidades de armazemento cada vez mais elevadas para as baterias nao começarem a ocupar volumes e peso significativos nos futuros EV.

E a obvia necessidade de cobrir territorio com estacoes de servico electricas. É verdade que a electricidade é uma comididade ubiqua, mas ter estacoes de carga de 90 A vai pressionar o custo de algumas materias primas como por exemplo o cobre.


2 - a entrada de um novo paradigma na obtencao de receitas por parte dos Estados. O sector do transporte individual sempre foi um enorme fonte de receitas, algo a tera de substituir pois a infraestrutura necessaria para os veiculos circularem será a mesma. Podemos especular uma interminável lista de alternativas, mas algo acontecerá quando os estados comecarem a ter menos receita do ISP do que o orcamentado.

Outros veiculos continuarao a usar petroleo (transporte maritimo e aereo), mas esses terao a liberdade de abastecer onde lhe for mais conveniente
« Última modificação: Outubro 18, 2018, 11:04:54, 11:04 por TMaxer »
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Outubro 18, 2018, 11:42:06, 11:42
Responder #13

TMXR

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Agora uma outra analise quanto ao "meu" futuro do transporte individual, baseado na realidade e tendenciais observadas actualmente.



A intruducao do EV, a simplificacao deste tipo de veiculos face aos de energia fossil e a entrada da mentalidade das novas geracoes, acredito que trará anexada a conducao autonoma.

Ainda ontem fiz 60 ou 70 kms num Leaf dos novos e aquilo tirando arrancar e para ja faz tudo: ja mantem o carro na faixa de rodagem, faz as curvas mais simples mas ainda tem dificuldade em fazer as mais apertadas e ainda se baralha quando os tracos estao sumidos e tambem mantem sozinho distancia estatica ao veiculo da frente. Ou seja um gajo pode entrar na A1 em Lisboa, adormecer e acordar no Porto que o carro nao saiu da mesma faixa e nao bateu no da frente.

Estamos assim em 2018 num EV de 35 mil €. Os Tesla ja estao bem mais adiantados mas sao mais carotes.


Acredito que dentro de 5 a 10 anos a conducao autonoma ja esteja bem mais avancada do que actualmente, ate porque neste momento ha umas serie de players que estao a investir milhoes nesta area, todos querendo ser o primeiro a conseguir ter um produto que possam lancar para o mercado e vender (a OEMs obviamente) ou tornar-se a norma  ;)



Penso que demorará muitos anos ate termos conducao totalmente autonoma, e que isso obrigara a uma mudanca na infraestrutura mas que lá chegaremos.


Acredito que esse momento seja o fim para as motos e para todos os carros que nao sejam totalmente autonomos pois a co-existencia será um periodo muito breve, e que as pressoes a nivel de lobbying e os dilemas que surgirao (os morais e os a nivel de litigancia) levarao a optar-se por uma solucao unica.



(este momento criará uma enorme tensao social em todo o mundo, pois irao-se perder muitos empregos na area do transporte de pessoas e de mercadorias que quer se queira ou nao, sao responsaveis por grande numero de trabalhores de baixas qualificacoes que terao muita dificuldade em reentrar no mercado de trabalho.)


A partir do momento em que tal acontecer, ou no momento em que tal acontecer, nao acredito que existam ja muitos construtores de automoveis.

Em primeiro lugar porque tem existido um afastamento das pessoas dos carros. Os carros deixaram de ter o sex appeal que tinham na nossa juventude, de ser maquinas de prazer. Aos poucos temos sido afastado das sensacoes e do acto de conduzir.

Até a propria "arte" de bem conduzir que ha uns tempos era um "skill" que precisavamos de dominar, sob risco de vida.... hoje é algo desnecessario pois os carros nos momentos de perigo ja dispensam uma intervencao habil: ja é o ABS que faz a travagem apertada no molhado e o TC que actua numa derrapagem, etc etc


Com a electificacao e a conducao totalmente autonoma, creio que os veiculos passarao a ser produzidos segundo um caderno de encargos, segundo características uniormes fornecidas pelos governos: Modulo A: capacidade 2 pessoas, motor com X Kw, bateria com capacidade Y .

Ninguem vai conduzir ou ultrapassar ninguem, pelo que modelos ou versoes desportivos, etc etc  a unica diferenciacao que imagino será a de alguem querer algum "luxo" especifico no seu veiculo: bancos com massagem, frigorifico com 2 garrafas de moet e chandon, boneca insuflavel... sei lá, use your imagination  :D




E quando me vem a cabeca a historia dos "modulos", ja deixo de imaginar um veiculo a ser construido em Estugarda com materiais, know how e tecnologia alema... imagino algo a ser construido numa mega-fabrica sem nome no pais onde a mao de obra for mais barata.

O questao de marca deixa de fazer qualquer sentido. Lembram-se dos topicos da BMW C650 no CPM? o pessoal a dizer que é uma Kymco??  a marca deixa de fazer sentido, ate porque acredito que os fenomenos de "sharing" que se vem actualmente sejam o modelo de mobilidade do futuro: deixarmos de possuir um veiculo e passarmos a ter um cartao que nos permite usar um veiculo comum e no final sermos taxados apenas pelos Kms.


Ha ainda outra hipotese que na minha opiniao sao o grande objectivo das UBER e Lyfts etc: passarem a ser mobilidade individual a ser prestada por estas empresas. Acredito que nao seja so eu a ter esta impressao, ate porque algumas empresas que actualmente fabricam carros foram precisamente as que investiram em start-up neta area.

E faz todo o sentido: Se conseguirem controlar a mobilidade indivual ou se tiverem uma % desse negocio, conseguirao garantir saida no futuro para os automóveis que fabricam.





Mas isto tudo sao hipoteses... e basta um pequeno factor como uma guerra ou uma eleição para alterar tudo isto.
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Outubro 18, 2018, 13:53:40, 13:53
Responder #14

JViegas

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Que excelentes opiniões que por aqui estão.  :palmas:

O que vos trago agora, poderá ter a haver indiretamente com o assunto ou não, mas permitam-me deixar aqui dois links.

Uma do Observador:
https://observador.pt/2018/10/17/area-metropolitana-de-lisboa-aprova-empresa-unica-de-transportes-para-os-18-concelhos/

"Fernando Medina anunciou a criação de uma empresa única de transportes em todos os concelhos, com a marca "Carris Metropolitana", que terá passes únicos com o custo máximo de 40 euros."

E do site da Área Metropolitana de Lisboa, sobre o mesmo assunto:
https://www.aml.pt/index.php?cp=COMPONENT_NEWSPAPER&sr=SUS5787A271CA0EB&item=SUS5BC76564E9423&ly=layout1

"O Conselho Metropolitano de Lisboa reuniu dia 17 de outubro, tendo aprovado por unanimidade mandatar a Comissão Executiva para a Criação da Empresa TML - Transportes Metropolitanos de Lisboa, empresa local (metropolitana), com o objetivo de disponibilizar uma plataforma tecnológica de bilhética comum a todos os operadores de transportes e mobilidade e harmonizar os diferentes sistemas rumo a um sistema de bilhética único, expandir a oferta a novos mercados e canais de distribuição, gerar valor para os operadores e conveniência aos cidadãos."

A mobilidade nas grandes e congestionadas cidades são ainda um grande problema e Portugal, na sua dimensão não é exceção.

A evolução dos veículos elétricos ou de outras fontes que ainda estarão para ser melhoradas ou descobertas (20 anos em termos tecnológicos é muito tempo), ocorrerá na medida em que os diferentes lobbys dos combustíveis, construtores e transportadores o permitam, assim como os governos ou situações politicas de diferentes países tal com o nosso companheiro TMaxer aqui refere.

Penso que a automatização surgirá como forma de transportar "em massa", conjuntos de pessoas, sendo que o transporte individual, provavelmente desaparecerá das grandes cidades pelas limitações das estruturas, quer devido à poluição.


Outubro 19, 2018, 14:59:18, 14:59
Responder #15

pjmartinho

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...
Até a propria "arte" de bem conduzir que ha uns tempos era um "skill" que precisavamos de dominar, sob risco de vida.... hoje é algo desnecessario pois os carros nos momentos de perigo ja dispensam uma intervencao habil: ja é o ABS que faz a travagem apertada no molhado e o TC que actua numa derrapagem, etc etc
...

Desde à uns anos a esta parte que os carros se estão a tornar cada vez mais "idiot proof" por via da tecnologia que lá vem dentro.

Julho 27, 2019, 20:37:53, 20:37
Responder #16

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Nem vou escrever muito mais senão deixar as palavras do próprio secretário geral da FEMA - Federation of European Motorcyclists' Associations...  :pensador:

"In about ten years it will probably not be possible to buy a motorcycle with an internal combustion engine in most, if not all, European countries."


As razões completas podem ser encontradas neste link:

http://www.fema-online.eu/website/index.php/2019/07/18/be-prepared-for-electric-bikes/
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Dalai Lama

Julho 27, 2019, 21:02:56, 21:02
Responder #17

Moto2cool

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A questão não será a vontade política expressa de forma cada vez mais contundente. A questão é se é possível ou não um avanço tecnológico que permita fabricar em massa veículos eléctricos e um sistema de abastecimento credíveis (um hora na estação de serviço não é credível).
Se a tecnologia o permitir e a população concordar teremos a transição em 10 anos, se a população não concordar porque a tecnologia não evoluiu o suficiente...... Os políticos são eleitos pelo povo :)
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Julho 27, 2019, 21:09:20, 21:09
Responder #18

TMXR

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A Índia já baniu os veículos de condução autónoma devido a potencial perca de empregos que isso podia implicar
Yamaha Tmax 500/530 * BMW C Evo/R1200GS/1250 GS/1200 GSA/1200 RT * KTM 1290 SAS *  Trimph Tiger 800 XRT / Street Triple RS * Ducati Multistrada 950S/1200S/1260S/Enduro *  Kawazaki Z900  * MV Agusta Turismo Veloce Lusso * Honda Crf300l

Julho 27, 2019, 22:26:00, 22:26
Responder #19

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Julgo que o problema na Índia se verifica (ou é temido) somente no nível 5 da condução autónoma, ou seja, um nível de condução que dispensa por completo a presença do factor humano.

O AutoPilot actual da Tesla julgo que será um Level 2 ou 3, ainda que exista vontade em que seja mais que isso...nomeadamente com os camiões sem condutor.

Quanto a uma mudança e transição para os eléctricos, as mudanças estão a acontecer muito rapidamente.

Em 2030 (os tais cerca de 10 anos que fala o secretário geral da FEMA), muita coisa estará diferente. Não tenho dúvidas nenhumas!
Resta saber em que posição estarão os modelos com motor de combustão no mercado e que condicionantes terão...
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Julho 28, 2019, 00:22:27, 00:22
Responder #20

dfelix

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Continua-me a fazer um bocado de confusão a forma como vocês misturam a capacidade de um veículo ter capacidade de autónomamente ir do ponto A ao ponto B .. com a fonte de energia que ele necessita para o fazer.
 :pensador:


Julho 28, 2019, 00:50:41, 00:50
Responder #21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Não sei em que momento foi lida a dita "mistura".
Pareceu-me que se falou de dois temas, de forma separada, que foram abordados no mesmo tópico.

Porém e seguindo agora essa questão que levantas, não deixa de haver um caminho já percebido na tecnologia, em que a condução totalmente autónoma se fará essencialmente com veículos eléctricos.
Julgo que haverá um ou outro caso capaz de ter um nível 3 de condução autónoma (Mercedes Classe S 2020), mas é nos 100% eléctricos que a tecnologia mais tem tido aplicação.

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Julho 28, 2019, 01:38:22, 01:38
Responder #22

dfelix

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A tua citação do secretário geral da FEMA refere o fim da comercialização dos motores a combustão.
A resposta do TMaxer trouxe de volta os veículos autónomos.
Já me tinha pronunciado sobre a mistura há uns tempos atrás.

A "inteligência" duma condução autónoma é suposto obter como resultado acções como acelar, travar ou virar.
O que envolve total abstracção do tipo de energia utilizada para fazer mover as rodas do veículo.

Mas perceber isto pode ser quase tão dificil quanto fazer scroll para se ler o que já foi escrito sobre o tema mais acima.  8)

Sim, há uma ligação entre veículos autónomos e veículos eléctricos.
Mas porque um dos principais players do mercado é a Tesla. E estes dedicam-se exclusivamente a veículos eléctricos.
Apenas isso.

Se existem Mercedes ou outros automóveis ... não sei.
Se eu tivesse algum interesse por carros estava a participar no forum do autohoje e não no cpmoto.
E mundo das motos já se assistiu a provas de conceito como o motobot da yamaha e mais recentemente uma GS que pilotava sozinha. Ambas recorrendo a motos perfeitamente convencionais a que apenas foi adicionada a "inteligência" que lhes permite saber quando acelar, travar ou virar.
Porque na prática é isso que realmente envolve conduzir um veículo.


Julho 28, 2019, 11:26:44, 11:26
Responder #23

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Parece-me um pouco estranho querer-se separar os dois temas. Tantas vezes no fórum os comentários se desviam da temática que é abordada, mas neste caso sinceramente não vejo que deixe de haver sentido para que tal se tenha verificado.

Os comentários abordem a entrada dos eléctricos em força no mercado (um boost de vendas que fará as pessoas deixar de comprar veículos com motores de combustão), havendo outros que o fazem na ligação com a condução autónoma.

Parece-me legítimo haver a percepção dessa maior tendência já no presente, a qual estará também relacionada com os veículos serem no futuro cada vez menos de propriedade individual.

Quanto a motociclos de condução autónoma e para os quais agora te referes com a indicação de dois casos que na verdade não passaram de "veículos experimentais" e ainda por cima sem estar lá em cima nenhum humano, eu pessoalmente não acredito muito que seja um sector capaz de ter tanto avanço como sucede nas 4 rodas. Nem de perto...

Ou seja, exceptuando alguma aplicação prática em que a presença do condutor seja totalmente dispensada (e aí percebo)....não estou a ver que dentro de 2 ou 3 décadas haja alterações que possam ir além do adicionar de mais ajudas à condução, não retirando o condutor de um motociclo da própria condução, para a tornar totalmente autónoma.

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Julho 29, 2019, 12:06:39, 12:06
Responder #24

dfelix

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Parece-me um pouco estranho querer-se separar os dois temas.

Porque são temas diferentes!

Porque a condução autónoma é exactamente o que as palavras indicam: Condução autónoma! Tecnologia que permite operar um veículo do ponto A ao ponto B tomando as decisões mais adequadas.
E porque um veículo eléctrico é exactamente o que as palavras indicam: Um veículo cuja locomoção deriva de energia eléctrica.

Um veículo é controlado através de instruções.
O que a tecnologia em torno da condução autónoma faz é substituir as instruções dadas pelo humano por instruções dadas por uma máquina.
A máquina só tem que decidir quando deve acelerar, travar, virar...
E estas instruções são transversais e independentes do veículo se mover através de energia eléctrica, combustíveis fósseis, combustíveis sintéticos, biocombustíveis, hidrogénio, vapor, ar comprimido...

Se o futuro da mobilidade passará pelos veículos eléctricos: Certamente que sim.
Se o futuro da mobilidade passará pelo abandono do veículo enquanto propriedade individual: Certamente que sim.
Se o futuro da mobilidade passará pela condução autónoma: Certamente que sim.

Mas condução autónoma e veículos eléctricos são tecnologias distintas.

Quanto a motociclos de condução autónoma e para os quais agora te referes com a indicação de dois casos que na verdade não passaram de "veículos experimentais" e ainda por cima sem estar lá em cima nenhum humano, eu pessoalmente não acredito muito que seja um sector capaz de ter tanto avanço como sucede nas 4 rodas. Nem de perto...

São provas de conceito em que a condução autónoma foi implementada num motociclo.
Um excelente exemplo em que o humano foi substituído por uma máquina na terefa de dar as instruções que permitem operar um motociclo.
Se isto terá potencial para o desenvolvimento de novos produtos ou soluções... é totalmente irrelevante.


Julho 29, 2019, 12:42:22, 12:42
Responder #25

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Mas a questão que indicava não é essa... :)

Ambos sabemos que na sua génese são assuntos distintos.

Aquilo que não percebo é nova menção para a possibilidade de serem comentados os dois temas (e é a segunda vez, já que o tinhas feito quase no início do tópico), quando os temas podem ser - como foi explicado - perfeitamente correlacionados.

A menção do TMaxer pouco mais atrás no que toca à condução autónoma é perfeitamente legítima e percebo-a à luz das mudanças na tecnologia e que dão ao futuro uma primazia nos eléctricos. Algo que já se verifica mesmo no presente...

São assuntos que podem ser interligados, não estando aqui em causa um pensamento rígido de que não existem também com motor de combustão. Não é isso que está em causa.

E este comentar dos assuntos, é perfeitamente normal no meu modesto entender.

Tentando fazer perceber o sentido do que digo, seria o mesmo de falar do ABS, mas já não se poder falar do CBS.

Ora se o título do tópico é... "Como estaremos daqui por 20 anos em matéria de veículos de combustão?", acaba por ser normal haver este espraiar de temas e opiniões, que na verdade não deixo de ver como tendo a sua correlação, a qual estará casa vez mais presente de futuro.  :nice:
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Julho 29, 2019, 13:20:36, 13:20
Responder #26

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Dos dois caminhos evolutivos dos veículos com motores de combustão, quer naquilo que se refere à tecnologia e combustível, que nos processos de condução, qualquer deles tem ainda muitos passos para dar.
Mas a evolução científica é tão vertiginosa que é impossível saber se as condições necessárias para implementar estarão prontas em 5, 10 ou 20 anos.
Acho que primeiro avançará a alteração da tecnologia dos motores, eventualmente a caminho da energia eléctrica, por consciência da limitação de recursos no subsolo e necessidade de direcionar os existentes para processos menos fáceis de substituir a curto médio prazo.
A alteração do modo de condução ainda estará mais longe talvez mais influenciada com as reservas da população à circulação de veículos com esta massa e sem condução humana, ou pela perda de postos de trabalho.
De qualquer maneira fico curioso como um veículo de condução autónoma se recarrega numa bomba de gasolina :) ou será semi-autónoma?
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Julho 29, 2019, 14:59:28, 14:59
Responder #27

dfelix

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Ambos sabemos que na sua génese são assuntos distintos.

Atrás parecia-te um pouco estranho querer-se separar os dois temas.  :)

De qualquer maneira fico curioso como um veículo de condução autónoma se recarrega numa bomba de gasolina :) ou será semi-autónoma?

É uma questão pertinente que complicará a vida também a outros players que apostam em outras fontes de energia, como por exemplo o hidrogénio.
Mesmo nos 100% eléctricos as "docking station" são para já provas de conceito.

Penso que a condução autónoma se irá massificar rapidamente dentro do modelo de negócio onde ela já é uma realidade.
Ou seja, enquanto um "extra" a juntar a tantos outros opcionais que os construtores disponibilizam para as suas gamas de produtos.

Hoje paga-se 6500 euros que um Tesla seja equipado com um módulo que além de ser já bastante completo, continua a receber actualizações com melhorias e "upgrades" ao nível de funcionalidades.

Não é preciso recuar muito no tempo para que um simples cruise control fosse um extra caro.
E hoje qualquer carro de baixa gama já o trás de série!
Mesmo nas motos, funcionalidades que outrora foram extras tendem a ser equipamento base. Pois o custo de produção tem baixado e introduzir funcionalidades tornou-se uma necessidade para justificar ao mercado que se deve optar pelo produto B em detrimento do A.

Até que ponto uma "condução autónoma" terá o seu custo reduzido é algo que ainda não sabemos.
Os sistemas que existem são praticamente todos eles proprietários.
Mas não me parece de descartar a ideia que mais tarde ou mais cedo apareça um fornecedor (estilo Bosch que também está na corrida) com uma solução transversal compatível com esta realidade cada vez mais "x-by-wire".

Desligar manualmente o eléctrico da ficha, atestar um tanque de hidrogénio ou combustíveis fósseis parece que a curto-médio prazo seja ainda um "problema" irrelevante face à possibilidade de se fazer a restante viagem longa a ler um livro ou ver gajas no Tinder.
« Última modificação: Julho 29, 2019, 15:02:54, 15:02 por dfelix »

Julho 29, 2019, 15:15:45, 15:15
Responder #28

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(....)os temas podem ser - como foi explicado - perfeitamente correlacionados.(....)
  ;)

------------------------------------------------------


Faço aqui um pequeno Edit ao meu post, porque merece a pena.
Grande Dfelix...  :nice: :stuck_out_tongue_winking_eye:
(sem maldade, pois gosto de trocar opiniões contigo)


(....)
Se eu tivesse algum interesse por carros estava a participar no forum do autohoje e não no cpmoto.
(....)

(....)
Hoje paga-se 6500 euros que um Tesla seja equipado com um módulo que além de ser já bastante completo, continua a receber actualizações com melhorias e "upgrades" ao nível de funcionalidades.
Não é preciso recuar muito no tempo para que um simples cruise control fosse um extra caro.
E hoje qualquer carro de baixa gama já o trás de série!
(....)
« Última modificação: Julho 29, 2019, 15:49:44, 15:49 por Sapiens21 »
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Julho 29, 2019, 16:25:56, 16:25
Responder #29

dfelix

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Novembro 17, 2021, 19:17:35, 19:17
Responder #30

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Criei este tópico há 3 anos atrás e...

...na verdade as coisas têm mudado. E muito!  :read.calm:

Em apenas 3 anos muita coisa se tem passado, as vendas de veículos eléctricos têm conseguido um impulso impressionante, as tecnologias no campo das baterias sucedem-se, aparecem novos players no mercado de que nunca se ouviu falar e disputam a atenção frente a 'construtores tradicionais' ...e...bem...até mesmo a inversão na aquisição de veículos com motor diesel em favor de motores a gasolina, se verificou de forma evidente nestes 3 anos.

Mas, numa recente notícia que tem estado a aparecer na imprensa e um pouco em contraciclo face a outros países Europeus, o nosso país não parece querer comprometer-se com datas. Pelo menos para já... :chiuuuu:

Ora vejam:


https://www.motor24.pt/motores/portugal-nao-se-compromete-a-acabar-com-carros-de-combustao-ate-2040/1540250/
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Novembro 17, 2021, 19:39:22, 19:39
Responder #31

2low

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  • Marca Motociclo: Triumph
  • Modelo Motociclo: Sprint ST 1050 ABS (2006)
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Afinal a ideia que eu tenho é que vai mudar tudo muito rapidamente:

- recentemente, à coisa de mês, mês e meio ou pouco mais, alteraram legislação de seguradores sobre o valor comercial para veículos com mais de 15anos, em caso perda total o valor agora é de apenas 1.500€.

- recentemente é bem difícil encontrar peças para veículos com mais de 10anos, tanto que se à coisa de 2 meses atrás havia tudo e mais alguma coisa, agora está tudo indisponível

Alguém sabe que se apareceu alguma legislação pela calada e que ninguém ainda deu conta?

Em tempos recordo-me de que os construtores teriam obrigatoriamente de produzir material e peças de substituição para os veículos que comercializam e até 20/30 anos após deixarem de comercializar MAS recentemente, 1/2 anos atrás parece que passou apenas para 10 anos a obrigatoriedade das marcas terem material para manter o veiculo a funcionar.

"Cheira" que brevemente sejam roubados os carros para peças e ser essa a única forma de manter um veiculo mais antigo a circular...

Agora... se for isto, pela calada e sem ninguém ainda ter notado... é inconstitucional, discriminatório e irresponsável - irresponsável porque "pior a emenda que o soneto", e prevê-se acumulação de veículos que apenas servirão para serem reciclados, o que for possível reciclar e contra o ambiente terão de ser produzidos todos os veículos para substituir os que as pessoas tinham... portanto, tudo é uma farsa e sempre a trote dos negócios e negociatas dos mesmos... e o ambiente é apenas um pretexto para entreter a malta!


Curiosidade: https://automais.autosport.pt/noticias/fabricantes-japoneses-unem-se-contra-o-fim-dos-motores-a-combustao/
« Última modificação: Novembro 17, 2021, 22:03:36, 22:03 por 2low »
Grão a Grão, Comemos Feijão!
"Nada é para sempre, nem mesmo os problemas", Charlie Chaplin