Autor Tópico: Supercarregadores portugueses até 600kW e tecnologias inovadoras...  (Lida 1967 vezes)

Outubro 22, 2020, 16:08:31, 16:08
Lida 1967 vezes

Sapiens21

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Supercarregadores portugueses capazes de (impressionantes!) 600kW e tecnologias inovadoras









Esta novidade quando hoje a li confesso que me encheu de orgulho nacional... :bandeiraportugal:

Isto porque temos uma empresa portuguesa a dar cartas no que toca a carregadores de veículos eléctricos e com tecnologia de ponta!!

Não, não é a Efacec e que também anda nestas andanças e com sucesso.

Trata-se de uma outra empresa portuguesa (de nome "i-charging") que concebeu uma nova gama de carregadores capazes de, pela primeira vez, chegar até uns impressionantes 600kW.

Para se perceber a importância disto, basta dizer que neste momento, no mercado Mundial, não há nenhuma que se consiga aproximar.


Pedro Moreira da Silva é o CEO desta ainda nova empresa sedeada no Porto e numa recente entrevista a um site nacional (Observador) explicou que os “supercarregadores portugueses” já estão a ser notícia lá fora.

E a solução desta empresa i-charging não passa só por disponibilizar "potência bruta", como podem ler por exemplo neste artigo.


Deixo o site da empresa para darem uma olhada por lá... https://www.i-charging.pt/
« Última modificação: Outubro 22, 2020, 17:10:10, 17:10 por Sapiens21 »
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Dalai Lama

Outubro 22, 2020, 18:12:09, 18:12
Responder #1

2low

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No passado fim de semana de 19 e 20 de Setembro, decorreu uma feira de veículos eléctricos ali junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e já lá estavam esses postos de abastecimento de carga rápida... pelo menos era possível ver o produto final se bem que desconfio que a instalação tão débil que estava a alimentar toda a feira pareceu que faltou pouco para um incendio... ou seja... esses carregadores de carga rápida deveriam só estar capazes de carga mínima como alguém pode ter em casa...

O aspecto do posto, é muito semelhante aos cubos publicitários que existem um pouco espalhados por todo o país (já vi em Faro, Porto, Lisboa), onde podemos tirar uma foto de grupo e enviar para o nosso email... e não sei se este posto tenha essas mesmas capacidades multimédia...

Julgo que quem estava a "publicitar" esses novos carregadores era mesmo a Zeev.

 :offtopic:
Com as novas recentes broncas em redor do Tesla model 3 perder o para choques traseiro e respectiva tampa inferior aerodinâmica traseira, em situações de lençóis de agua (e juntando todas as broncas anteriores), eu diria para as pessoas que estejam a pensar adquirir um veiculo eléctrico que se foquem na concorrência da Tesla para minimizar futuros aborrecimentos... os novos Jaguar dizem que estão muito bons!
« Última modificação: Outubro 22, 2020, 18:13:50, 18:13 por 2low »
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Outubro 22, 2020, 19:43:43, 19:43
Responder #2

Lourenço

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No passado fim de semana de 19 e 20 de Setembro, decorreu uma feira de veículos eléctricos ali junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e já lá estavam esses postos de abastecimento de carga rápida... pelo menos era possível ver o produto final se bem que desconfio que a instalação tão débil que estava a alimentar toda a feira pareceu que faltou pouco para um incendio... ou seja... esses carregadores de carga rápida deveriam só estar capazes de carga mínima como alguém pode ter em casa...

O aspecto do posto, é muito semelhante aos cubos publicitários que existem um pouco espalhados por todo o país (já vi em Faro, Porto, Lisboa), onde podemos tirar uma foto de grupo e enviar para o nosso email... e não sei se este posto tenha essas mesmas capacidades multimédia...

Julgo que quem estava a "publicitar" esses novos carregadores era mesmo a Zeev.

 :offtopic:
Com as novas recentes broncas em redor do Tesla model 3 perder o para choques traseiro e respectiva tampa inferior aerodinâmica traseira, em situações de lençóis de agua (e juntando todas as broncas anteriores), eu diria para as pessoas que estejam a pensar adquirir um veiculo eléctrico que se foquem na concorrência da Tesla para minimizar futuros aborrecimentos... os novos Jaguar dizem que estão muito bons!

2low tão mauzinho  :D Em matéria de EVs existe a Tesla e os outros. Problemas de juventude existem, mas não nos esqueçamos que para uma marca que constrói carros há dez anos, está a fazer o que nunca nenhuma marca conseguiu até hoje no mundo automóvel. Este ano serão 500 000 veículos com várias fábricas a iniciar produção brevemente.
Estão na frente e inovam, puxam por todo o sector. Melhor eficiência em baterias (com novidades a aparecer e novas fábricas), maior eficiência de motores. Longevidade e custos de manutenção/fiabilidade acima dos concorrentes. Os seguidores, Hyundai/Kia e agora a Volkswagen têm ainda de trabalhar um pouco para entrarem no mesmo campeonato. Depois a Nissan, Renault. Outros mais exóticos existem.
Podemos não gostar do Elon e da sua filosofia  ;).
Ao preço a que ficam os carregamentos fora de casa e a idiotice de modelo de negócio implantado em Portugal (estávamos á frente e acabámos como o pior) a Tesla com a sua rede de carregadores rápidos inovou mais uma vez e já hoje permite viajar por toda a Europa a 0.30€ o KWh com carregamentos a 150 KW e em breve a 300 KW, potência de carregamento que as restantes marcas na generalidade nem aceitam nem nada que se pareça. A rede Ionity cobra 0.79€ KW. Na rede nacional, á excepção de dois locais do Hipermercado Continente, conseguiram que os carregamentos ficassem mais caros que o "malvado" diesel e em alguns mesmo ao preço da gasolina e a uma rapidez de carregamento muito inferior, em AC a 22KW máximo e em DC a 50KW máximo.

Outubro 22, 2020, 20:27:05, 20:27
Responder #3

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(....) a Tesla com a sua rede de carregadores rápidos inovou mais uma vez e já hoje permite viajar por toda a Europa a 0.30€ o KWh com carregamentos a 150 KW e em breve a 300 KW, (....)

Um pouquinho mais...

A 350kW para ser mais preciso.  :)

https://www.autoevolution.com/news/tesla-supercharger-stations-will-soon-handle-350-kw-150493.html


--------------------------------


Quanto ao futuro, a massificação dos eléctricos trará mais destas inovações.

A potencialidade de um destes carregadores eléctricos permitiria levar uma bateria de 77kWh dos 5% aos 100% numa questão de brevíssimos minutos (apenas em teoria e caso houvesse no mercado um veículo que permitisse receber tamanha potência de carregamento).

Mas é bom ver este tipo de inovações...

Assim como é bom ver a concorrência a mexer-se.

O Grupo VW por exemplo, investiu quantias astronómicas na investida dos eléctricos e nos contratos com empresas líderes como a LG Chem ou a super desejada Rimac (mas valores mesmo fora do normal) e dentro de poucos anos acredito que esteja a dominar por completo o mercado dos eléctricos.
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Dalai Lama

Outubro 23, 2020, 11:44:25, 11:44
Responder #4

dfelix

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Em matéria de EVs existe a Tesla e os outros. Problemas de juventude existem, mas não nos esqueçamos que para uma marca que constrói carros há dez anos, está a fazer o que nunca nenhuma marca conseguiu até hoje no mundo automóvel.


Ninguém lhes retira o mérito.
Mas parece-me que se estão a tornar numa espécie de Apple dos EV.
Com tudo o que de bom e mau isso implica.

A potencialidade de um destes carregadores eléctricos permitiria levar uma bateria de 77kWh dos 5% aos 100% numa questão de brevíssimos minutos (apenas em teoria e caso houvesse no mercado um veículo que permitisse receber tamanha potência de carregamento).


A potencialidade é enorme...
O problema é depois a factura corresponder a alguns euros de electricidade e dezenas em taxas de carregamento.
 :-\

Outubro 23, 2020, 12:11:31, 12:11
Responder #5

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Sem ter visto estatísticas, acredito que a esmagadora maioria dos carregamentos em veículos eléctricos esteja a ser feito na habitação (parte deles com wall box).
E nessas circunstâncias o custo é, como se sabe, baixíssimo.

Já num super carregador como este até 600kW (ou deveria chamar-lhe hiper carregador), os custos não deviam ser nada baratos. E sim, percebo a questão das "taxas" associadas...  :you.bet:

Em teoria e se fosse possível um veículo receber aquela potência de forma constante (que não existe é bom perceber!) poderia chegar-se a pouco mais do que o tempo de abastecer um veículo de combustão.
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Outubro 23, 2020, 12:33:24, 12:33
Responder #6

MotardFeio

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As baterias usadas nos carros à venda ainda têm de evoluir um bocado para aceitar cargas dessa magnitude.

Mas o caminho faz-se caminhando.

E o destino não são baterias muito boas, é a produção "local".

Não existem reservas de minério suficientes (conhecidas) para trocar todos os carros a combustão por carros a baterias.

E friso carros a baterias, não falo de carros com motor eléctrico. Assuntos distintos.
Sombra, Saúde e "não vamos ferir susceptibilidadezinhas"...
Que deus não pode dar tudo!!!

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Outubro 23, 2020, 14:16:28, 14:16
Responder #7

Rodrigues1

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Sempre ouvi dizer que não aconselham cargas rápidas.

Confesso que desconheço se também se aplica ás baterias dos veículos elétricos modernos ou se era apenas as convencionais.

Outubro 23, 2020, 14:25:45, 14:25
Responder #8

Sapiens21

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Julgo que continua a ser desaconselhado quando se faz uso frequente desse tipo de carregamentos.

O que não quer dizer que dentro de meia dúzia de anos a coisa venha a ser completamente diferente, até porque a velocidade com que se verificam evoluções nesta área é surpreendente...
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Outubro 23, 2020, 21:04:38, 21:04
Responder #9

Lourenço

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As cargas rápidas são realizadas em DC. As baterias atuais dos EVs estão preparadas para tal, mas:

-Existem, e aqui há diferenças na respetiva qualidade, veículos que pré aquecem as baterias á temperatura ideal para receber ou dispensar carga e inversamente as arrefecem com sistemas ativos, de preferência líquidos ou seja, a gestão é feita de tal forma que estarão á temperatura ideal (baterias são essencialmente complexos químicos) para receber e dispensar em qualquer situação climatérica ou de utilização. Há ainda, infelizmente Evs que não arrefecem com sistema líquido as baterias e depois de uma tirada em AE a sua capacidade de receber carga é reduzida drasticamente com o consequente aumento de tempo de carga e não há carregador que valha ou pura e simplesmente recusam recarregar enquanto não arrefecem. Este detalhe da temperatura determina a longevidade das mesmas, ou seja, o número total de ciclos antes de chegarem a uma redução de capacidade substancial, 75% ou menos.

-Carregar a 100% é de qualquer maneira a evitar se não vai utilizar imediatamente a seguir de forma a que a bateria fique o menor tempo possível com carga de 100%.

-A carga alem dos 80% é mais lenta (no caso de cargas pagas ao minuto fica mais caro) e o stress químico é exponencialmente maior.

-A gestão das baterias, (BMS, Battery Management System e de forma mais alargada a todo o sistema, EMS, energy management system) é diferentemente eficaz conforme os veículos e em alguns, para balanceamento das células é recomendável uma carga a 100% periodicamente, conforme indicações.

-Ainda pior que a carga a 100% regular é descer frequentemente abaixo dos 20%.

-Três pequenas cargas de 40 a 70% são preferíveis a uma de 5 a 90%.

-Duas cargas de 40 a 70% mais uma de 30 a 70% perfazem um ciclo de carga e é uma forma de preservar a bateria ao contrário de uma carga de 0 a 100%. A bateria terá uma longevidade superior no primeiro caso de figura, ou seja, completará mais ciclos tanto mais se o sistema de gestão do veículo elétrico em questão for eficaz e há grandes diferenças.

-As cargas rápidas são também limitadas pelo “carregador” ou inversor internos e casos existem em que á posteriori se verificou a necessidade de diminuir por questões de segurança (e de longevidade?) a potência de carga máxima de alguns EVs. O inverso também é pouco aconselhável (mais uma vez entra em jogo a qualidade global da gestão de baterias de cada EV), carregar por longos períodos a 6 ou 8 A, em AC portanto, pode causar stress acentuado alem de diminuir substancialmente a eficiência da carga (perdas que em alguns casos podem ser superiores a 20%).

-A carga rápida DC a 50 KW ou mais, repetidamente, é menos stressante para as baterias se realizada em recargas intermédias entre 30/40 e 60/70% e as baterias de maior capacidade terão um C, relação da intensidade de carga com a capacidade total, mais favorável alem de uma maior longevidade porque hipoteticamente para o mesmo numero de ciclos farão mais quilómetros em igualdade de circunstâncias.

Não sou expert na matéria mas é o que tenho aprendido visto não existir volta a dar, dentro de alguns anos, poucos, os fósseis desaparecem. corrijam o que estiver errado ou completem. ;)
« Última modificação: Outubro 24, 2020, 08:46:45, 08:46 por Lourenço »

Outubro 26, 2020, 04:33:05, 04:33
Responder #10

dfelix

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Felizmente a electrónica faz, dentro do possível, essa gestão.
Tal como as percentagens exibidas ao condutor não correspondem ao "total" da bateria.

A longevidade das baterias é algo que surpreendeu bastante.
Tenho conduzido um Zoe com pouco mais 100.000km, carregado quase diariamente até aos 100% que agora na revisão dos 5 anos o checkup indicou 98% do seu estado/ciclos.


Outubro 26, 2020, 06:54:30, 06:54
Responder #11

Pianoman

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Felizmente a electrónica faz, dentro do possível, essa gestão.
Tal como as percentagens exibidas ao condutor não correspondem ao "total" da bateria.

A longevidade das baterias é algo que surpreendeu bastante.
Tenho conduzido um Zoe com pouco mais 100.000km, carregado quase diariamente até aos 100% que agora na revisão dos 5 anos o checkup indicou 98% do seu estado/ciclos.
Por falar em 5 anos...como funcionam as inspeções nos carros eléctricos? Têm as mesmas regras e prazos que as dos com motores de combustão?
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Outubro 26, 2020, 07:33:06, 07:33
Responder #12

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Sim, claro.  :)
O ser um veículo elétrico não o isenta dessa responsabilidade e a única coisa que não é testada, por aquilo que sei, são naturalmente as....emissões.  :)

Tudo o resto que actualmente é verificado num centro de inspecção a um veículo de combustão, também o é num veículo eléctrico e com a mesma periodicidade.

Ou seja, aos 4 anos e depois disso de 2 em 2 anos até o veículo perfazer 8 anos. Chegado ao oitavo ano, o processo passa a ser anual.
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Dalai Lama

Outubro 26, 2020, 13:51:45, 13:51
Responder #13

MotardFeio

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(...)
-As cargas rápidas são também limitadas pelo “carregador” ou inversor internos e casos existem em que á posteriori se verificou a necessidade de diminuir por questões de segurança (e de longevidade?) a potência de carga máxima de alguns EVs. O inverso também é pouco aconselhável (mais uma vez entra em jogo a qualidade global da gestão de baterias de cada EV), carregar por longos períodos a 6 ou 8 A, em AC portanto, pode causar stress acentuado alem de diminuir substancialmente a eficiência da carga (perdas que em alguns casos podem ser superiores a 20%).

-A carga rápida DC a 50 KW ou mais, repetidamente, é menos stressante para as baterias se realizada em recargas intermédias entre 30/40 e 60/70% e as baterias de maior capacidade terão um C, relação da intensidade de carga com a capacidade total, mais favorável alem de uma maior longevidade porque hipoteticamente para o mesmo numero de ciclos farão mais quilómetros em igualdade de circunstâncias.

Não sou expert na matéria mas é o que tenho aprendido visto não existir volta a dar, dentro de alguns anos, poucos, os fósseis desaparecem. corrijam o que estiver errado ou completem. ;)

Bom resumo, só não tenho a certeza acerca destes dois últimos parágrafos, e não digo que estejam errados atenção.
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Outubro 28, 2020, 07:42:26, 07:42
Responder #14

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De facto um excelente resumo, Lourenço.  :nice:

Se bem que, nos próximos tempos o que agora se sabe quanto ao "comportamento" ou "ressentir" dos efeitos de carregamento das baterias, é algo que pode mudar muito repidmente.

Uma das tecnologias que está a ser explorada (de entre outras que já se falou no fórum como as baterias sólidas), é a das baterias orgânicas.

Poderão ser um dos caminhos futuros dos veículos elétricos, pois ao contrário das conhecidas até agora, de composição metálica, estas orgânicas operam em grafite, que é um composto de carbono puro, com a vantagens (além de uma grande redução do peso, claro) também na componente ambiental, já que se trata de baterias de carbono neutro para a natureza, pois a grafite é 100% reciclável por compostagem.

A outra vantagem e por aquilo que li é não depender de minerais como lítio, cobalto ou cobre.
Muito simplesmente isto pode traduzir-se em custos substancialmente inferiores.

Para já ainda está em desenvolvimento laboratorial, mas a tecnologia com grafite é promissora, se bem que levará sempre alguns anos até um estado de desenvolvimento ideal para o mercado, como por exemplo terem baixa deterioração com vários carregamentos, ou tempos de carga rápidos, ou mesmo a nível de durabilidade a longo prazo.

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Outubro 28, 2020, 08:50:44, 08:50
Responder #15

MotardFeio

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Nanotubos! Já se anda de roda disso com resultados promissores, assim que os barões do Petróleo puserem mão nisso, as coisas vão acontecer!
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Outubro 28, 2020, 10:25:40, 10:25
Responder #16

dfelix

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Outubro 28, 2020, 10:38:08, 10:38
Responder #17

saraiva

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A grande questão de energia vindo de grafenos carbonos e afins é a quantidade de materiais disponíveis.

Existe o Petróleo e barões do Petróleo porque se descobriu que havia muito no planeta, para centenas e centenas de anos.

Perfeito era conseguirmos produzir energia com água salgada. (Não é com a força do mar, isso é muito limitado também).
Há rosas cor-de-laranja mas não há laranjas cor-de-rosa. No entanto há laranjas verdes e rosas verdes não há.
Sym Jet14 0km --> 17147km | Keeway SuperLight 7041km --->10500km | UM Sport S 0km-->

Outubro 28, 2020, 11:41:25, 11:41
Responder #18

Lourenço

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As baterias estão a evoluir muito, mais do que os restantes componentes de um EV. Já há tecnologia que permite longevidade das baterias para alem da própria duração dos restantes componentes, suspensão, chassis, e toda a estrutura. Já existem baterias cujo numero de ciclos permitem não centenas de milhar mas milhões de km, e que depois, estas baterias quando abaixo de determinado limite, ainda fazem alguns anos de segunda vida a armazenar fotovoltaico domestico ou outro, mesmo que com capacidades de menos de 60% da inicial; baterias com maior densidade, menos caras financeira e ambientalmente, com maior autonomia e rapidez de carga, estes dois últimos aspetos fundamentais para o presente dos veículos eléctricos e hoje já não são entraves.

Já estamos no ponto de questionar para quê colocar baterias em automóveis que permitem realizar 3 Milhões de quilómetros, fará sentido só em determinados casos ou de forma estacionária.

Esperemos que as motos apareçam com ofertas ainda mais alargadas o que irá acontecer com o aumento de densidade e redução de custos embora já haja exemplos de custos de exploração vantajosos.

A par disso o hidrogénio verde avança e será a opção fundamental no misto de opções energéticas, mesmo nas moveis, e não só para os pesados e grandes.

Depois, muito depois, talvez para os meus netos em idade de reforma, todos sonhamos com a fusão nuclear, também tem avançado  ;) mas aí vai ser um caos, quando a energia for de borla ou quase, em abundância, a ordem mundial vai ter de mudar, a humanidade não está preparada para tal sacrilégio.

Outubro 28, 2020, 16:03:41, 16:03
Responder #19

dfelix

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A grande questão de energia vindo de grafenos carbonos e afins é a quantidade de materiais disponíveis.

Existe o Petróleo e barões do Petróleo porque se descobriu que havia muito no planeta, para centenas e centenas de anos.

Perfeito era conseguirmos produzir energia com água salgada. (Não é com a força do mar, isso é muito limitado também).

O carbono não é propriamente um elemento raro!
Acontece é que há anos que o grafeno foi anunciado como a direcção mais viável para novas gerações de baterias.
Ocasionalmente surge a notícia de que "é agora"... mas depois nunca se fala mais disso.

Os barões do petróleo vão continuar a ser durante muito tempo.
Porque ele irá continuar a ser necessário para muitos sectores.
Tal como as próprias petrolíferas são das que mais têm investido em renováveis e alternativas.
É por isso que hoje em dia se chama sector da energia.

A teorias da conspiração na maior parte dos casos são respostas fáceis para temas complicados.

As baterias estão a evoluir muito, mais do que os restantes componentes de um EV. Já há tecnologia que permite longevidade das baterias para alem da própria duração dos restantes componentes, suspensão, chassis, e toda a estrutura.

Nesse caso não são as baterias a evoluir... mas os sistemas de gestão dos mesmos.  :)

Tem piada falarmos da evolução das baterias dos EV e sobretudo colocar a Tesla num pedestal quando os veículos usam módulos que simplesmente acomodam "pilhas" 18650 e agora 21700 que são formatos tão genéricos como as A, AA, AAA.

As baterias ou pilhas têm evoluido em capacidade, mas a tecnologia viável continua a depender do litio.
E este é um grande problema quando quer vender algo como "ecológico".

E claro, para não falar de que uma 21700 com 4000mAh custa na casa dos 6-7 euros.
Os milhares que um EV leva explica o preço.
Uma solução que  não dependesse do litio certamente baixaria este custo assim como a pegada ecológica da produção das mesmas.

« Última modificação: Outubro 28, 2020, 16:24:09, 16:24 por dfelix »

Outubro 28, 2020, 23:07:38, 23:07
Responder #20

Lourenço

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A grande questão de energia vindo de grafenos carbonos e afins é a quantidade de materiais disponíveis.

Existe o Petróleo e barões do Petróleo porque se descobriu que havia muito no planeta, para centenas e centenas de anos.

Perfeito era conseguirmos produzir energia com água salgada. (Não é com a força do mar, isso é muito limitado também).

O carbono não é propriamente um elemento raro!
Acontece é que há anos que o grafeno foi anunciado como a direcção mais viável para novas gerações de baterias.
Ocasionalmente surge a notícia de que "é agora"... mas depois nunca se fala mais disso.

Os barões do petróleo vão continuar a ser durante muito tempo.
Porque ele irá continuar a ser necessário para muitos sectores.
Tal como as próprias petrolíferas são das que mais têm investido em renováveis e alternativas.
É por isso que hoje em dia se chama sector da energia.

A teorias da conspiração na maior parte dos casos são respostas fáceis para temas complicados.

As baterias estão a evoluir muito, mais do que os restantes componentes de um EV. Já há tecnologia que permite longevidade das baterias para alem da própria duração dos restantes componentes, suspensão, chassis, e toda a estrutura.

Nesse caso não são as baterias a evoluir... mas os sistemas de gestão dos mesmos.  :)

Tem piada falarmos da evolução das baterias dos EV e sobretudo colocar a Tesla num pedestal quando os veículos usam módulos que simplesmente acomodam "pilhas" 18650 e agora 21700 que são formatos tão genéricos como as A, AA, AAA.

As baterias ou pilhas têm evoluido em capacidade, mas a tecnologia viável continua a depender do litio.
E este é um grande problema quando quer vender algo como "ecológico".

E claro, para não falar de que uma 21700 com 4000mAh custa na casa dos 6-7 euros.
Os milhares que um EV leva explica o preço.
Uma solução que  não dependesse do litio certamente baixaria este custo assim como a pegada ecológica da produção das mesmas.

A gestão das baterias nos diversos níveis evolui e é muito diferente conforme as marcas e modelos auto e esta é a parte mais "fácil", mas as baterias também evoluem e esta é a parte mais difícil.
Entre as baterias atuais de um Nissan, de um VW ou de um Tesla há uma diferença enorme.

As 18650 e outros formatos não são mais que medidas mas a sua eficácia e composição é muito diferente entre marcas desde há muitos anos, já em 2010 me recordo de comparações entre Samsung e LG, posteriormente as Sony, onde as diferenças de numero de ciclos e capacidade de descarga eram flagrantes chegando eu mesmo a constatar pessoalmente a diferença, principalmente no formato 18650, com circuito de proteção ou sem, (o Boummm e fagulhas que faziam quando explodiam também era diferente  ;)) isto com o mesmo hardware. Hoje já se fabricam baterias com células 4680, "enroladas" e com composição inovadora, uma marca, as outras daqui a alguns anos vão seguir. Quando começarmos a explorar o lítio português ele já não será tão importante nas novas células.

Edito/acrescento:

Estes carregadores com estas potências são de certa forma uma antecipação ao que para aí vem. Em matéria de carregamentos o que hoje são picos amanhã serão médias.
Há poucos veículos eléctricos no presente que possam carregar a tal potência, são mesmo muito poucos os que vão até e alem de uma recarga a 50KW depois de atingida 80% da capacidade de carga da bateria, teremos a Porsche e Tesla e conseguir manter uma curva de carga minimamente flat até aos 80%, é uma incapacidade de quase todos.
A Porsche optou por aumentar a tensão das suas baterias dos normais 400V para 800V através de transformador DC/DC, outros vão seguir, com este método ou dividindo o pack em dois criando um paralelo. Aumentando a tensão diminuem a intensidade, abrindo caminho para cargas com mais potência.
O "mercado" estava mais familiarizado com os 230/400V mas de facto há vantagens em duplicar e até triplicar. Depois da bateria resta converter de novo a corrente DC de saída para AC utilizada nos motores e aqui o filme não muda.


« Última modificação: Outubro 29, 2020, 12:44:03, 12:44 por Lourenço »

Outubro 29, 2020, 12:39:55, 12:39
Responder #21

dfelix

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As 18650 e outros formatos não são mais que medidas mas a sua eficácia e composição é muito diferente entre marcas desde há muitos anos, já em 2010 me recordo de comparações entre ...

Sem dúvida.

Mas acho que isto permite logo à partida desmistificar que as "baterias da Tesla" e muitos outros EV são essencialmente um "rack" que acomoda pilhas de formatos genéricos.
E não "rocket science" como muita gente pensa.

Obviamente que nestes formatos genéricos existem diferentes especificações.
Afinal, estas "pilhas" evoluem no sentido de a satisfazer um vasto número de utilizações... sendo os EV apenas uma delas.

Tudo o resto é negócio.
Se a Panasonic consegue fornecer algo com as especificações pretendidas mais barato que a Samsung, LG ou outro fabricante... siga pra bingo!
Se o custo pode ser ainda reduzido anexando um fabricante (como a Maxwell)... melhor.

Mas isto é a parte financeira da coisa...
No final, são apenas pilhas acomodadas num caixote.
E é graças a isso que podem ser recicladas para outras utilizações.

Novembro 09, 2020, 21:31:26, 21:31
Responder #22

Lourenço

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ISQ ganha contrato de 2,7 milhões em projeto europeu de fusão nuclear

Muito bom, apesar de tudo e como país não "nuclear" estamos em pequena escala com mérito na próxima e mais importante etapa na senda da energia limpa e abundante.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/isq-ganha-contrato-de-27-milhoes-em-projeto-europeu-de-fusao-nuclear-661500