Motul comercializa agora óleo próprio para Kawasaki's

[2low]

Lime Green Edition by Motul, for Kawasaki


https://www.motul.com/be/en/news/products-innovation/motoroel-fuer-echte-fans-motul-stellt-special-edition-fuer-kawasaki-motorraeder-vor

A Motul desenvolveu em parceria com a Kawasaki um novo óleo baseado nos seus óleos de melhores características ("Motul-Technosynthese® with ester technology") mas dando um carácter mais próprio da Kawasaki, com uma tonalidade verde limão e com a particularidade de também cheirar a limão. 

O novo óleo tem a designação "Lime Green Edition by Motul, for Kawasaki" e é um óleo próprio para motos 4T e apenas disponível em 10W40, que é o mais genérico.

Mais uma forma de personalizar as nossas motos!
 

[Rodrigues1]

Querem ver que é o 7100 com um cheirinho a limão 

[dfelix]

Os franceses adoram lubrificantes com aroma.
Já a Ipone (que apesar de ter um logo que sugere ser japonesa) foi de certa forma a pioneira nos autolubes com cheirinho a morango!
 

[SARider]

Motul-Technosynthese®, normalmente são óleos  semi-sintéticos. Com intervalos de manutenção cada vez maiores, é curioso...

[ThatsMe]

Por acaso é engraçado que o 7100 tem uma cor de vinho, se for parado numa operação stop ainda pensam que andei a beber 

[dfelix]

Motul-Technosynthese®, normalmente são óleos  semi-sintéticos.

O marketing recorre uma Ninja 400.

Portanto o mais certo será um rebrand do 5100 com aroma.
E destinado aos segmentos de entrada.

[SARider]

Portanto o mais certo será um rebrand do 5100 com aroma.
E destinado aos segmentos de entrada.

Exacto.

O exemplo das Ninja 400, cuja mudança de oleo e filtro é a cada 12000kms, acho que o pessoal ficará melhor servido mantendo um 100% sintético, tal como o acessor de lubrificantes da mesma MOTUL assinala. 

 Tenho algumas duvidas que o 5100 10W40 ainda seja 10W40 ao fim de 12000kms.
Mas ok... é verde lima e pelos vistos cheira a "caipirinhas"...  só por isso deve dar mais 50km/h nas subidas. 

[dfelix]

O exemplo das Ninja 400, cuja mudança de oleo e filtro é a cada 12000kms, acho que o pessoal ficará melhor servido mantendo um 100% sintético, tal como o acessor de lubrificantes da mesma MOTUL assinala. 

O manual da Ninja 400 não especifica a base do lubrificante.



Refere tanto os sintéticos como semi-sintéticos da marca.
E define o nível API SG como mínimo.

O 5100 é um API SL, pelo que supera largamente as indicações do fabricante.
(Os 100% sintéticos de topo têm geralmente certificação SN)

O site da Motul não apresenta as especificações técnicas deste "novo" lubrificante.
Mas mesmo que siga algumas exigências técnicas da kawasaki não deve andar muito longe desta gama 5100.

Tenho algumas duvidas que o 5100 10W40 ainda seja 10W40 ao fim de 12000kms.

Depende sempre muito da esfrega que levam.
E honestamente, cada vez mais sinto que os lubrificantes modernos perdem qualidade mais com o passar do tempo que propriamente o uso.

De qualquer forma, a Kawasaki tem intervalos de 6K... pelo que mesmo sendo as trocas a cada 12K, existe aquela margem de verificação e reposição do nível. Como acontece com a Honda. 

Para nem falar da operação habitual de charme que muitos agentes fazem sugerindo trocar a meio porque o cliente certamente "quer o melhor para a sua moto"!

[SARider]

O manual da Ninja 400 não especifica a base do lubrificante.

Estamos a dizer o mesmo, mas de diferentes perspectivas. 

O Manual da Ninja 400 prevê mudança óleo a cada 12000km.
O Manual da Ninja 400 preconiza 10W40 API SG JASO MA, e segundo a tabela que colocaste, pode ser Mineral; semi-sintetico ou Sintético.
Seria por isso normal adequar os intervalos de muda ao oleo e ao tipo de utilização.

E agora desculpem a falta de algum detalhe, mas não sou expert em lubrificantes:

10W40 significa óleo multi-grauado , ou seja, tem diferentes propriedades (neste caso a viscosidade) em diferentes gamas de temperatura.
Comporta-se como um  SAE10 a frio (W="Winter"), e um SAE40 a quente.
Portanto  semi-sintetico ou 100% sintético, acaba por ser basicamente o mesmo, embora o conjunto de outros aditivos possam fazer a diferença nas normas SG->SN ou MA1/2(wet clutch).

O óleo e principalmente os seus adictivos oxidam com o tempo, perde caracteristicas com temperaturas extremas (alta rotação ou muita cidade), com os  constantes ciclos térmicos do liga/desliga do uso diário, etc.

É aí que a base 100% sintetica faz toda a diferença. Ao fim de 12000km, um 100% sintetico, no caso da Ninja, ainda é um 10W40.
 Um óleo semi-sintetico (ex.Motul 5100 "lima limão"), certamente que dura os 12000km, mas com todas as variáveis que podem intervir na sua degradação, provavelmente terá perdido parte das caracteristicas "multigrade",  porventura  demasiado viscoso a frio (menos proteção no arranque a frio) e demasiado fluido a quente. Qualquer outra coisa lá pelo meio, mas já não um "perfeito" 10W40.

   É basicamente a diferença quando comparado  com um 100% sintetico numa utilização "normal". Este ultimo aguenta muito mais antes de perder as propriedades multigrade. Estaria só a referir-me á lubricidade, sem menosprezar as restantes propriedades que um óleo terá que ter de forma a cumprir com as normas API Sxxx, ou JASO Mxxx (normas Americanas e Japonesas respectivamente).

Mas se é para mudar aos 6000kms, o lima limão 5100 serve perfeitamente. Será que o preço compensa?
 

[dfelix]

Estamos a dizer o mesmo, mas de diferentes perspectivas. 

Estava a comentar... não estava a discordar! 

É aí que a base 100% sintetica faz toda a diferença. Ao fim de 12000km, um 100% sintetico, no caso da Ninja, ainda é um 10W40.

Concordo com o que dizes.
Mas a viscosidade é apenas uma das muitas características que se espera de um lubrificante.

Infelizmente não há muita informação técnica sobre a degradação das mesmas.
Podemos chegar a esta conclusão de forma empírica.
Mas... falta-nos informação que nos comprove até que ponto seja o principal atributo a ser comprometido...

Muito dificilmente se encontra lubrificantes abaixo dos 5W que não sejam 100% sintéticos.
Ainda assim, como referiste e muito bem... a generalidade das opções de viscosidade é transversal à sua origem química.

Relativamente a lubrificantes de diferentes origens para viscosidades equivalentes, a única observação que podemos fazer recorrendo a informação palpável é que os 100% sintéticos de topo têm certificações API SN. Enquanto nos semi-sintéticos são raros aqueles que superam um SL.

E percebendo as diferenças quanto aos "mínimos olímpicos" exigidos para cada certificação podemos perceber muitas algumas características que à partida superam para além da viscosidade que é transversal:



Ou seja... para a mesma viscosidade adoptar um API SN (de certeza 100% sintético) face a um SL (semi-sintéticos de topo) há características de detergência e controle de resíduos claramente superior.

Se isto afecta a manutenção da viscosidade não sabemos.
Se isto representa um custo/beneficio, sobretudo em motorizações recorrem a tecnologia e materiais mais honestos.. é algo que também não sabemos.

[2low]

CURIOSIDADE:

Entretanto e aproveitando o mesmo tópico...

...a (reputada) Japonesa Idemitsu fez uma parceria com a Kawasaki Motors para começar a produzir aquilo que será denominado por Kawasaki Genuine Oil, isto para todos os modelos da Kawasaki, passando a ser o único utilizado nas revisões da marca, tornando a Idemitsu como a fornecedora oficial da marca.
Mas resta perceber se esta pareceria se restringe à India ou ao mundo inteiro, que não tive forma de para já encontrar resposta...