No meu manual diz que não devo rodar o manípulo acelerador mais do que metade (embora me seja dificil saber onde é a metade) e que não devo andar muito tempo à mesma velocidade.
...e não deixar a mota ir muito solta nas descidas (suponho que se refira a não ir em mudança muito elevada e sempre a acelerar??)
Há preferência de andar mais a altas ou baixas mudanças? E quanto a rotações? Devo apontar para uma rotação especifica?
De recordar para que serve a rodagem: todos os motores são construídos com folgas entre componentes muito apertadas. Estes primeiros 1000km servem para o motor de acamar, ou seja, adequar os diversos componentes a essas folgas. Se abusares podes estar a provocar cargas prejudiciais em elementos com menos folga entre si.Por isso, calma e paciência. Controla as rotações não deixando passar os 3 quartos de faixa de rotação, por exemplo, se a mota tem redline às 10000 não deixar passar as 7500.Abraço
Simples...Com a moto desligada, verificas até onde consegues enrolar ao máximo o punho.E memorizas a posição do "meio punho".
Se a moto fosse minha eu tenderia a seguir os conselhos do manual, e na ausência destes nos primeiros 500kms não ultrapassar as 5.000rpm, ir com calma. Concordo com o conselho de não se fazer muitos kms à mesma rotação/velocidade (por exemplo, longas tiradas sempre a 70 ou 80 à hora). É prejudicial nesta fase, em que o motor deve preferencialmente fazer kms com constante mudança de rotação, com os limites já assinalados. A partir dos 500kms iria subindo progressivamente o limite para as 6000, e aos 1000kms (presumindo que tem uma mudança de óleo aos 1000), passaria a usar o regime do motor até às 7000, 7500.
Enquanto está com o motor frio não apertes com ela, usa gasolina decente nestes primeiros quilómetros, tem mais aditivos e ajuda a manter a saúde e longevidade do teu motor.Vai verificando a pressão dos pneus numa base mensal, estado da lubrificação da corrente (tipicamente dar um cordão de spray a cada 500 ou 600 km's em tempo seco, e apanhando chuva, reduz a quilometragem, sem entrar em excessos que também não precisa. A limpeza da corrente é fulcral também, caso tenha areias agarradas ao óleo da mesma.Vai treinando reduções com tracagem de emergência num descampado para que se algum dia precisares mesmo, te saia natural e ajuda a evitar males maiores.
Então aconselhas que use gasolina 98 em vez de 95?
Os pneus ainda não tenho bem noção como se comportam à chuva, mas é coisa com que terei preocupação definitivamente.
Isso do lubrificar a corrente também já tinha ouvido falar. Isso é coisa que façam nas revisões por norma? Pergunto porque a primeira será aos 500 km então ficaria despachado por essa vez. De resto, terei de ver uns tutoriais sobre como aplicar e que óleos etc... Em relação à limpeza da corrente, é necessário tirá-la para o fazer? Se sim já me parece demasiada areia para o meu camião...
Não sei o que é tracagem de emergência, mas mais uma coisa a pesquisar, obrigada
Por norma lubrificam nas revisões, mas fazem-no de forma errada porque aplicam o lubrificante com a corrente fria mesmo antes do dono sair com a mota da oficina.O lubrificante de corrente deve ser aplicado em média a cada 500km, e sempre com a corrente quente.
Citação de: Erza em Janeiro 11, 2022, 16:14:52, 16:14Não sei o que é tracagem de emergência, mas mais uma coisa a pesquisar, obrigada Ele queria dizer travagem de emergência.É basicamente treinares a manobra de travar a mota em emergência num ambiente controlado, para que quando chegar o dia em que precisas de travar de emergência na rua, o saibas fazer e não entres em pânico.Se é para levar a mota aos limites, que seja num ambiente o mais controlado possível... Seja travagens de emergência, top speeds, cavalos, traction control, etc.
Pois, também já tinha lido por aí de relance que deve ser aplicado a quente... Uma coisa a verificar.Isso é coisa que se faz bem em casa certo? Embora a mota só tenha descanso lateral... Não sei se dá para meter assim.
Não sei se é coisa das 125cc com mudanças em geral, mas sinto que ela pede rapidamente que eu suba de mudança (ou então sou eu que sinto vontade de andar um pouco mais depressa).
Pequena dica, porque não sei se a tua mota tem ou não sistema de travagem partilhada, ou seja, ao acionar o travão da frente atua também o de trás. Habitua-te a usar ambos os travões. O de trás é só para auxiliar e não para meter a fundo. Assim que dominares a travagem mútua começa a aprender a dominar as reduções enquanto travas e a usar o "toque de acelerador" enquanto reduzes. Procura no YouTube videos sobre throttle blipping e vê vários até perceberes o que é e depois treina até à exaustão! Quanto mais souberes melhor!Coisas que salvam vidas numa mota: - throttle blipping - contra brecagem - travagem mútua, ou seja, usar ambos os travões.Vê videos do género do Moto Madness. As asneiras dos outros podem vir a salvar-te de as cometeres.Abraço e boas curvasEnviado do meu MI 9 através do Tapatalk
Citação de: Erza em Janeiro 11, 2022, 17:03:50, 17:03Pois, também já tinha lido por aí de relance que deve ser aplicado a quente... Uma coisa a verificar.Isso é coisa que se faz bem em casa certo? Embora a mota só tenha descanso lateral... Não sei se dá para meter assim.Sim, sem problema nenhum.Com descanso central ou cavalete é mais fácil, mas mesmo só com o lateral faz-se bem sozinho.Lubrificas a parte da corrente que está exposta, andas com a mota um bocadinho para a frente e repetes o processo até dares a volta completa.Importante é a corrente estar seca quente. Há 1001 tutoriais no youtube.
Citação de: Erza em Janeiro 11, 2022, 16:14:52, 16:14Não sei se é coisa das 125cc com mudanças em geral, mas sinto que ela pede rapidamente que eu suba de mudança (ou então sou eu que sinto vontade de andar um pouco mais depressa).É natural. O motor é pequeno, habitualmente tem relações de caixa curtas para poder sentir-se uma progressão um pouco mais forte. Isso dá uma sensação (real) de que as mudanças esgotam muito rapidamente, e que se calhar em 5ª a 80kms/h parece que o motor já pede a 6ª ou a 7ª . É normal numa moto com essas características. Numa moto grande as coisas já se passam de maneira um pouco diferente.
Viva!Para além do que os restantes companheiros sugeriram, recomendo que se faça uns testes de travagem, visto que ainda a mota não está 100% conhecida, e recomendo numa rua em que não tenha muito movimento(como numa zona industrial por exemplo), assim, numa travagem de emergência já se sabe qual a potência dos travões.De resto, cuidado com os pneus de origem, pois como já foi referido, alguns em piso mais húmido não valem nada nem transmitem segurança, é preferível gastar dinheiro em pneus do que depois em peças de reparação ou no hospital.Quanto à forma como deve ser feita a rodagem, eu não sei propriamente, pois sempre comprei motas usadas, já com os kms iniciais feitos confesso que nisto também sou um noob.