Autor Tópico: Rodagem de mota nova! Dicas  (Lida 2791 vezes)

Janeiro 11, 2022, 07:21:07, 07:21
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Erza

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Olá pessoal!

Comprei a minha primeira mota de mudanças, nova, e sei que é preciso alguns cuidados na forma como conduzimos durante a rodagem da mota.

No meu manual diz que não devo rodar o manípulo acelerador mais do que metade (embora me seja dificil saber onde é a metade) e que não devo andar muito tempo à mesma velocidade.

No stand o vendedor aconselhou a não fazer grandes viagens agora de início, e para ter cuidado e não deixar a mota ir muito solta nas descidas (suponho que se refira a não ir em mudança muito elevada e sempre a acelerar??)

De resto precisava do vosso conselho. Há preferência de andar mais a altas ou baixas mudanças? E quanto a rotações? Devo apontar para uma rotação especifica?

Isso é outra questão que tenho... Já percebi que as rotações são bastante diferentes das de um carro, mas sinceramente não sei se estou a utilizar as mudanças na altura certa... Pelo "som" tenho mudado quando me parece bem... mas posso estar a fazer grande asneira...

Reparei que geralmente isto me leva a andar entre as 6000 e as 7000 rotações. Será que isto é correcto? Ou deverei apenas preocupar-me em não chegar ao vermelho das rotações?

Se alguém me puder dar umas dicas agradeço imenso!

Ass: Super noob  ;D

Janeiro 11, 2022, 07:53:08, 07:53
Responder #1

bal4av

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Viva. Antes de mais ajudava saber de que moto se trata. 6 ou 7k rpm pode ser pouco ou muito dependendo da moto. Por exemplo, para a minha, uns bandit 600, 7000 rpm é pouco mais de metade da faixa de rotações. Mas para uma NC750 é quase no redline, ou seja, já é muito.
Quando à rodagem em si. Condução tranquila sem esforçar o motor.
De recordar para que serve a rodagem: todos os motores são construídos com folgas entre componentes muito apertadas. Estes primeiros 1000km servem para o motor de acamar, ou seja, adequar os diversos componentes a essas folgas. Se abusares podes estar a provocar cargas prejudiciais em elementos com menos folga entre si.
Por isso, calma e paciência. Controla as rotações não deixando passar os 3 quartos de faixa de rotação, por exemplo, se a mota tem redline às 10000 não deixar passar as 7500.
Abraço

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Janeiro 11, 2022, 09:22:11, 09:22
Responder #2

MotardFeio

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Bem vindo e boa sorte com a nova montada!

Pneus - cuidado enquanto fazes os primeiros quilómetros, até sair a goma dos pneus. Se forem merdosos, pondera comprar uns decentes, mais vale isso que cair porque estavam frios...

Qual a rotação do Red-Line da tua moto?
Se por exemplo for atingido pelas 10.000 rpm's, diria que durante a rodagem deverás apontar a trabalhar com ela entre as 4.000 e as 6500 rpm's.
Tens de sentir se ela tem força para andar nessa gama de rotações e ir trocando de mudança de acordo com isso.

Enquanto está com o motor frio não apertes com ela, usa gasolina decente nestes primeiros quilómetros, tem mais aditivos e ajuda a manter a saúde e longevidade do teu motor.

Vai verificando a pressão dos pneus numa base mensal, estado da lubrificação da corrente (tipicamente dar um cordão de spray a cada 500 ou 600 km's em tempo seco, e apanhando chuva, reduz a quilometragem, sem entrar em excessos que também não precisa. A limpeza da corrente é fulcral também, caso tenha areias agarradas ao óleo da mesma.

Vai treinando reduções com tracagem de emergência num descampado para que se algum dia precisares mesmo, te saia natural e ajuda a evitar males maiores.

De resto, numa rodagem, não há assim nada de especial.

Diverte-te!!!
Sombra, Saúde e "não vamos ferir susceptibilidadezinhas"...
Que deus não pode dar tudo!!!

A tua liberdade acaba onde começa a minha

Janeiro 11, 2022, 11:46:11, 11:46
Responder #3

VCS

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Bemvinda!
Como já disseram, a questão da rotação ideal depende da moto de que estamos a falar.
Pela tua assinatura concluo que se trata de uma FK Street Fighter 125.
https://www.andardemoto.pt/motos-novas/p-1825/fk-motors-street-fighter/

É uma moto com um motor pequeno (125cc), sendo o binário máximo às 7.000rpm, potência máxima às 7.500. Sendo um motor de pequena capacidade é natural que precise de alguma rotação para manter uma progressão satisfatória, embora nem todos os motores pequenos sejam assim.

Se a moto fosse minha eu tenderia a seguir os conselhos do manual, e na ausência destes nos primeiros 500kms não ultrapassar as 5.000rpm, ir com calma. Concordo com o conselho de não se fazer muitos kms à mesma rotação/velocidade (por exemplo, longas tiradas sempre a 70 ou 80 à hora). É prejudicial nesta fase, em que o motor deve preferencialmente fazer kms com constante mudança de rotação, com os limites já assinalados. A partir dos 500kms iria subindo progressivamente o limite para as 6000, e aos 1000kms (presumindo que tem uma mudança de óleo aos 1000), passaria a usar o regime do motor até às 7000, 7500. 



Janeiro 11, 2022, 12:30:15, 12:30
Responder #4

dfelix

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No meu manual diz que não devo rodar o manípulo acelerador mais do que metade (embora me seja dificil saber onde é a metade) e que não devo andar muito tempo à mesma velocidade.

Simples...
Com a moto desligada, verificas até onde consegues enrolar ao máximo o punho.
E memorizas a posição do "meio punho".

A ideia é evitar carga máxima na admissão.
Para muitos construtores, isto é mais importante que a rotação.

Muitos construtores impões um limite de rotação, que costuma ser descrito no manual.
Se não for o caso, obviamente o uso a "meio punho" evitará também chegar "em carga" ás rotações elevadas.
Poderá ser o que se pretende.

Seja qual for a abordagem recomendada, uma boa prática é haver muitas variações de rotação e muitas passagens de caixa.
Ou seja, o oposto à ideia de que basta ir pra autostrada e fazer uma viagem sempre aquela rotação e em 6ª... e rapidamente despachar a rodagem!  :D

...e não deixar a mota ir muito solta nas descidas (suponho que se refira a não ir em mudança muito elevada e sempre a acelerar??)

Poderá ser não ir numa mudança elevada... mas não diria que seja a acelerar.
Diria que ele sugere ir numa mudança mais baixa e usar o motor como travão, embora isto acabe por ser contraditório com alguns pontos anteriores.

Há preferência de andar mais a altas ou baixas mudanças? E quanto a rotações? Devo apontar para uma rotação especifica?

Para já, escolhes a que for adequada à carga que estás a dar ao acelerador e rotação.
Se sentes que ela tem força, vais subindo.. o que também evitará que tenhas de andar em rotações altas.

No futuro, escolhes a que sentires que oferece uma condução mais fluída.
Ou seja, que ao rodar o acelerador sintas resposta. Mas que também não sintas o motor vai a gritar como que a "pedir por outra".

Janeiro 11, 2022, 16:14:52, 16:14
Responder #5

Erza

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Muito obrigada a todos pessoal!

Penso que o Red line na minha mota começa nas 9000 pelo que os 3/4 seria pelos 6500 ou pouco certo?

E sim, é uma FK Motors Street Fighter 125, sorry pelo lapso.

Pelo principio da precaução se calhar deveria tentar andar entre as 5000 e as 6000, que acham?

Não sei se é coisa das 125cc com mudanças em geral, mas sinto que ela pede rapidamente que eu suba de mudança (ou então sou eu que sinto vontade de andar um pouco mais depressa).

De recordar para que serve a rodagem: todos os motores são construídos com folgas entre componentes muito apertadas. Estes primeiros 1000km servem para o motor de acamar, ou seja, adequar os diversos componentes a essas folgas. Se abusares podes estar a provocar cargas prejudiciais em elementos com menos folga entre si.
Por isso, calma e paciência. Controla as rotações não deixando passar os 3 quartos de faixa de rotação, por exemplo, se a mota tem redline às 10000 não deixar passar as 7500.
Abraço


Acaba por ser como adaptar uns sapatos novos ao pé algo desse género? Mas com peças metálicas  :D
Obrigada pelas dicas  ;)


Simples...
Com a moto desligada, verificas até onde consegues enrolar ao máximo o punho.
E memorizas a posição do "meio punho".


 :napodeser: Pronto, e aqui está a prova da minha azelhice  :D Excelente ideia, vou aplicar essa dica.


Se a moto fosse minha eu tenderia a seguir os conselhos do manual, e na ausência destes nos primeiros 500kms não ultrapassar as 5.000rpm, ir com calma. Concordo com o conselho de não se fazer muitos kms à mesma rotação/velocidade (por exemplo, longas tiradas sempre a 70 ou 80 à hora). É prejudicial nesta fase, em que o motor deve preferencialmente fazer kms com constante mudança de rotação, com os limites já assinalados. A partir dos 500kms iria subindo progressivamente o limite para as 6000, e aos 1000kms (presumindo que tem uma mudança de óleo aos 1000), passaria a usar o regime do motor até às 7000, 7500. 


Vou tentar fazer isso  :) Embora me apeteça, à medida que me vou sentindo mais confortável, subir mais a velocidade, mas ela só tem 5 mudanças e  rapidamente se "gasta" a velocidade em cada mudança, pelas rotações aqui apresentadas.

Enquanto está com o motor frio não apertes com ela, usa gasolina decente nestes primeiros quilómetros, tem mais aditivos e ajuda a manter a saúde e longevidade do teu motor.

Vai verificando a pressão dos pneus numa base mensal, estado da lubrificação da corrente (tipicamente dar um cordão de spray a cada 500 ou 600 km's em tempo seco, e apanhando chuva, reduz a quilometragem, sem entrar em excessos que também não precisa. A limpeza da corrente é fulcral também, caso tenha areias agarradas ao óleo da mesma.

Vai treinando reduções com tracagem de emergência num descampado para que se algum dia precisares mesmo, te saia natural e ajuda a evitar males maiores.


Então aconselhas que use gasolina 98 em vez de 95?

Os pneus ainda não tenho bem noção como se comportam à chuva, mas é coisa com que terei preocupação definitivamente.

Isso do lubrificar a corrente também já tinha ouvido falar. Isso é coisa que façam nas revisões por norma? Pergunto porque a primeira será aos 500 km então ficaria despachado por essa vez. De resto, terei de ver uns tutoriais sobre como aplicar e que óleos etc... Em relação à limpeza da corrente, é necessário tirá-la para o fazer? Se sim já me parece demasiada areia para o meu camião...

Não sei o que é tracagem de emergência, mas mais uma coisa a pesquisar, obrigada :)

Muito obrigada pessoal  ;)

Janeiro 11, 2022, 16:49:38, 16:49
Responder #6

ThatsMe

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Então aconselhas que use gasolina 98 em vez de 95?

Gasolina 95 é mais que boa.
Há quem goste de meter 98 e diga que sente mais potência, mas é tudo efeito placebo.

A 98 é melhor para esvaziar a carteira, mais nada.

Os pneus ainda não tenho bem noção como se comportam à chuva, mas é coisa com que terei preocupação definitivamente.

Partilha qual é a marca e modelo dos pneus e nós podemos-te dizer se serão decentes ou não.
O normal é que em 125cc mais low cost (e não só) os pneus tenham mais nylon que borracha, duram imensos km mas a aderência deles ao chão é semelhante à de uma casca de banana.

E o que acontece demasiadas vezes é que por mais vezes que a malta ajude e recomende a trocar os pneus logo ao km 0, há a tendencia a ignorar o conselho porque "eu ando com cuidado", e depois é pior: Caem, têm que trocar N plásticos, braços partidos e aí sim trocam pneus.

Isso do lubrificar a corrente também já tinha ouvido falar. Isso é coisa que façam nas revisões por norma? Pergunto porque a primeira será aos 500 km então ficaria despachado por essa vez. De resto, terei de ver uns tutoriais sobre como aplicar e que óleos etc... Em relação à limpeza da corrente, é necessário tirá-la para o fazer? Se sim já me parece demasiada areia para o meu camião...

Por norma lubrificam nas revisões, mas fazem-no de forma errada porque aplicam o lubrificante com a corrente fria mesmo antes do dono sair com a mota da oficina.
O lubrificante de corrente deve ser aplicado em média a cada 500km, e sempre com a corrente quente.

Não sei o que é tracagem de emergência, mas mais uma coisa a pesquisar, obrigada :)

Ele queria dizer travagem de emergência.
É basicamente treinares a manobra de travar a mota em emergência num ambiente controlado, para que quando chegar o dia em que precisas de travar de emergência na rua, o saibas fazer e não entres em pânico.

Se é para levar a mota aos limites, que seja num ambiente o mais controlado possível... Seja travagens de emergência, top speeds, cavalos, traction control, etc.

Janeiro 11, 2022, 17:03:50, 17:03
Responder #7

Erza

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Fico mais descansada em relação à gasolina  ;D

Tenho de ir ver a marca dos pneus e meter aqui então. Vi por curiosidade mas a marca não me disse nada e esqueci-me do nome...

Por norma lubrificam nas revisões, mas fazem-no de forma errada porque aplicam o lubrificante com a corrente fria mesmo antes do dono sair com a mota da oficina.
O lubrificante de corrente deve ser aplicado em média a cada 500km, e sempre com a corrente quente.

Pois, também já tinha lido por aí de relance que deve ser aplicado a quente... Uma coisa a verificar.

Isso é coisa que se faz bem em casa certo? Embora a mota só tenha descanso lateral... Não sei se dá para meter assim.

Não sei o que é tracagem de emergência, mas mais uma coisa a pesquisar, obrigada :)

Ele queria dizer travagem de emergência.
É basicamente treinares a manobra de travar a mota em emergência num ambiente controlado, para que quando chegar o dia em que precisas de travar de emergência na rua, o saibas fazer e não entres em pânico.

Se é para levar a mota aos limites, que seja num ambiente o mais controlado possível... Seja travagens de emergência, top speeds, cavalos, traction control, etc.

Bom, mais um exemplo de azelhice minha... Mas sim, faz todo o sentido isso. Muito obrigada  :)

Janeiro 11, 2022, 17:09:57, 17:09
Responder #8

bal4av

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Pequena dica, porque não sei se a tua mota tem ou não sistema de travagem partilhada, ou seja, ao acionar o travão da frente atua também o de trás. Habitua-te a usar ambos os travões. O de trás é só para auxiliar e não para meter a fundo. Assim que dominares a travagem mútua começa a aprender a dominar as reduções enquanto travas e a usar o "toque de acelerador" enquanto reduzes. Procura no YouTube videos sobre throttle blipping e vê vários até perceberes o que é e depois treina até à exaustão! Quanto mais souberes melhor!
Coisas que salvam vidas numa mota:
 - throttle blipping
 - contra brecagem
 - travagem mútua, ou seja, usar ambos os travões.
Vê videos do género do Moto Madness. As asneiras dos outros podem vir a salvar-te de as cometeres.
Abraço e boas curvas

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« Última modificação: Janeiro 11, 2022, 17:11:32, 17:11 por bal4av »

Janeiro 11, 2022, 17:11:41, 17:11
Responder #9

ThatsMe

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Pois, também já tinha lido por aí de relance que deve ser aplicado a quente... Uma coisa a verificar.

Isso é coisa que se faz bem em casa certo? Embora a mota só tenha descanso lateral... Não sei se dá para meter assim.

Sim, sem problema nenhum.
Com descanso central ou cavalete é mais fácil, mas mesmo só com o lateral faz-se bem sozinho.

Lubrificas a parte da corrente que está exposta, andas com a mota um bocadinho para a frente e repetes o processo até dares a volta completa.
Importante é a corrente estar seca quente. Há 1001 tutoriais no youtube.
« Última modificação: Janeiro 11, 2022, 17:16:53, 17:16 por ThatsMe »

Janeiro 11, 2022, 17:51:03, 17:51
Responder #10

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Não sei se é coisa das 125cc com mudanças em geral, mas sinto que ela pede rapidamente que eu suba de mudança (ou então sou eu que sinto vontade de andar um pouco mais depressa).


É natural. O motor é pequeno, habitualmente tem relações de caixa curtas para poder sentir-se uma progressão um pouco mais forte. Isso dá uma sensação (real) de que as mudanças esgotam muito rapidamente, e que se calhar em 5ª a 80kms/h parece que o motor já pede a 6ª ou a 7ª  :lolol:. É normal numa moto com essas características. ;) Numa moto grande as coisas já se passam de maneira um pouco diferente.

Janeiro 12, 2022, 07:17:36, 07:17
Responder #11

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Pequena dica, porque não sei se a tua mota tem ou não sistema de travagem partilhada, ou seja, ao acionar o travão da frente atua também o de trás. Habitua-te a usar ambos os travões. O de trás é só para auxiliar e não para meter a fundo. Assim que dominares a travagem mútua começa a aprender a dominar as reduções enquanto travas e a usar o "toque de acelerador" enquanto reduzes. Procura no YouTube videos sobre throttle blipping e vê vários até perceberes o que é e depois treina até à exaustão! Quanto mais souberes melhor!
Coisas que salvam vidas numa mota:
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Abraço e boas curvas

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Muito obrigada! A minha mota não tem ABS mas sim CBS (não sei se faz isso da travagem dupla) mas de qualquer maneira tento usar sempre os dois travões. Excepto quando estou quase parada no pára arranca, com os pés no chão, em que uso só o da frente (ainda não me aventuro a ir por entre os carros neste ponto).

Mas tenho de ver essas outras duas coisas que referes. Isso do toque de acelerador é o chamado throttle blipping? A investigar obrigada!


Pois, também já tinha lido por aí de relance que deve ser aplicado a quente... Uma coisa a verificar.

Isso é coisa que se faz bem em casa certo? Embora a mota só tenha descanso lateral... Não sei se dá para meter assim.

Sim, sem problema nenhum.
Com descanso central ou cavalete é mais fácil, mas mesmo só com o lateral faz-se bem sozinho.

Lubrificas a parte da corrente que está exposta, andas com a mota um bocadinho para a frente e repetes o processo até dares a volta completa.
Importante é a corrente estar seca quente. Há 1001 tutoriais no youtube.

 :cool:  Definitivamente hei-de investigar melhor isso para o aplicar :) Obrigada!


Não sei se é coisa das 125cc com mudanças em geral, mas sinto que ela pede rapidamente que eu suba de mudança (ou então sou eu que sinto vontade de andar um pouco mais depressa).


É natural. O motor é pequeno, habitualmente tem relações de caixa curtas para poder sentir-se uma progressão um pouco mais forte. Isso dá uma sensação (real) de que as mudanças esgotam muito rapidamente, e que se calhar em 5ª a 80kms/h parece que o motor já pede a 6ª ou a 7ª  :lolol:. É normal numa moto com essas características. ;) Numa moto grande as coisas já se passam de maneira um pouco diferente.

Bom, então é algo normal  ;D Obrigada! Um dia mais tarde se passar para motas maiores será então diferente ;)

Janeiro 12, 2022, 12:28:51, 12:28
Responder #12

JustGil

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Viva!
Para além do que os restantes companheiros sugeriram, recomendo que se faça uns testes de travagem, visto que ainda a mota não está 100% conhecida, e recomendo numa rua em que não tenha muito movimento(como numa zona industrial por exemplo), assim, numa travagem de emergência já se sabe qual a potência dos travões.
De resto, cuidado com os pneus de origem, pois como já foi referido, alguns em piso mais húmido não valem nada nem transmitem segurança, é preferível gastar dinheiro em pneus do que depois em peças de reparação ou no hospital.
Quanto à forma como deve ser feita a rodagem, eu não sei propriamente, pois sempre comprei motas usadas, já com os kms iniciais feitos  :D  confesso que nisto também sou um noob.

Janeiro 13, 2022, 16:30:03, 16:30
Responder #13

Erza

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Viva!
Para além do que os restantes companheiros sugeriram, recomendo que se faça uns testes de travagem, visto que ainda a mota não está 100% conhecida, e recomendo numa rua em que não tenha muito movimento(como numa zona industrial por exemplo), assim, numa travagem de emergência já se sabe qual a potência dos travões.
De resto, cuidado com os pneus de origem, pois como já foi referido, alguns em piso mais húmido não valem nada nem transmitem segurança, é preferível gastar dinheiro em pneus do que depois em peças de reparação ou no hospital.
Quanto à forma como deve ser feita a rodagem, eu não sei propriamente, pois sempre comprei motas usadas, já com os kms iniciais feitos  :D  confesso que nisto também sou um noob.

Muito obrigada!  :)  Já fiquei aqui com imensas dicas para aplicar/estudar :)  Obrigada pessoal!