Autor Tópico: Test-Ride: KTM 1290 Super Duke GT  (Lida 4686 vezes)

Março 21, 2018, 13:49:03, 13:49
Lida 4686 vezes

Sapiens21

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Test-Ride: KTM 1290 Super Duke GT






Num dia em que a chuva caía "miudinha" e sem intensidade, mas suficientemente capaz de fazer repensar qualquer intenção de sair de casa para fazer um test-ride, eu decidi...fazer isso mesmo!

E a moto que tencionava testar não era uma qualquer.
Perdoem-me o termo, mas a moto era nem mais nem menos do que uma "besta" (nome que já chamavam à versão "R") e que a marca de Mattighofen categoriza como estando no segmento Sports Tourer: a KTM 1290 Super Duke GT.

E reparem que eu escrevi "a marca categoriza" esta moto como uma Sport Tourer (o que não está mal, diga-se), mas a capacidade demonstrada por esta fabulosa máquina inserida neste segmento, não deixará de ser bem capaz de mostrar muito mais do que se possa julgar, assim haja quem dela consiga extrair o potencial que tem. E é mesmo muito!






No que toca ao design desta moto do segmento Sport Turismo, estamos a falar de uma máquina muito bem concebida e que aposta em linhas musculadas. Mesmo parada, esta moto imediatamente parece evocar, numa mera comparação, um atleta de alta competição dos 100m de atletismo. O caminho seguido para o design desta moto, levou propositadamente a um alargar desde logo na zona do depósito e que depois se prologa no perfil da moto ao encontro da zona frontal, terminando em ângulo onde se situam os piscas.

O quadro desta moto é outra coisa que se destaca de imediato...e logo em laranja!
Trata-se de uma treliça de aço cromo-molibdênio e que, daquilo que pude analisar mais de perto, pareceu-me muito bem soldado.
No entanto e mesmo sem entrar num de "picuinhice", julgo que haveria perfeitamente solução para retirar algum excesso de material nas uniões. Não é que não esteja bem concebido...entenda-se, até porque todo o material em excesso está arredondado e sem arestas, mas ainda ficaria mais bonito ao olhar caso as uniões tivessem menos material em seu redor...

Ainda sobre a treliça, a marca indica que pesa apenas 9,8 kg, não deixando este factor de contribuir para uns comedidos 205kg (a seco) e que eu posso garantir...notam-se de forma muito favorável na condução.






Outra coisa que a faz destacar-se da maioria das motos é o seu farol, num formato que parece um hexágono que foi alongado alongado e depois colocado de forma vertical. Apesar de ter falado com pessoas que me disseram que o aspecto da zona frontal não lhes diz muito, eu fiquei rendido à diferença. Esta não parece ser uma moto que siga regras e mostra-se exuberante em alguns detalhes, sendo o formato e dimensões do farol ou mesmo o quadro e as suas jantes com aro de cor laranja vivo, disso exemplo.


Chaves para as mãos, entregues por um dos funcionários do concessionário MotoSpazio...e logo que me sento aos seus comandos apercebo-me da leveza desta 1290 Super Duke GT.






Esta sensação favorável começa desde logo pela altura ao solo e que, com os meus 1.81m, não achei nada exagerada.
Fosse pela própria altura do banco (que ainda assim se mostra significativa no "papel": 835mm) ou do perfil lateral descendente do mesmo, a verdade é que a forma como me encaixei na moto agradou-me imenso. Senti-me apoiado no fundo das costas, pois o banco é bipartido e com altura distinta do espaço dedicado ao pendura.

Ainda assim devo dizer que a densidade de espuma no banco (se é que tem alguma) será provavelmente da mais compacta e dura onde me sentei...mas nem isso foi capaz de "beliscar" o agrado que senti aos seus comandos.






A posição de conduão é fácil, as peseiras estão bem colocadas e promovem um ângulo correcto dos joelhos, o vidro frontal fica a boa altura e sem causar incómodo à visão (pelo menos para a minha altura, adiantando também que tem ajuste), a altura do guiador achei-a perfeita e mesmo os comandos...têm uma certa leveza de accionamento que me agradou. Coisas simples como mexer no computador de bordo ou accionar os piscas, é algo que se faz nesta KTM sem o menor esforço.

Quando chega o momento de a ligar...bolas...

A moto faz mesmo disparar os decibéis!
Alguns segundos antes de me preparar para abalar, tinham acabado de chegar duas pessoas que estavam a entregar uma Kawasaki Versys 650 e que ficaram ali, "sem arredar pé" até que eu colocasse a moto em marcha...
Olhei para eles de relance e percebi logo que estavam fixados na zona do motor e escape, a tentar perceber como é que aquela moto conseguia produzir um som tão alto ao relantim.






Na verdade e já que falo no escape (feito em aço inoxidável), considero que tem um design que...bem...provavelmente será o elemento onde poderia ter havido mais "radicalização", já que o acho algo normal, face ao conjunto que esta moto oferece ao olhar, no seu todo.

Mas não existe nada que se lhe possa apontar em termos de sonoridade, já que produz uma melodia que encanta qualquer um que goste de boas máquinas. A marca fez no fundo o que muitas outras fazem, ou seja, atrair o comprador para os seus acessórios e onde poderá adquirir o escape Akrapovic em titâneo, desenvolvido para este modelo da marca Austríaca.

Arranco dali e passadas algumas centenas de metros começo logo a perceber-lhe o temperamento...






Provavelmente quem leu sobre esta máquina nalgum artigo, não viu (ou não se lembra) de estar mencionado em lado algum que a moto em baixa rotação demonstra um "trabalhar" estranho, mas é uma realidade! Esta moto "bate" imenso em rotações baixas, obrigando mesmo a que se leve uma mudança mais baixa engrenada.

Para sair da zona envolvente ao concessionário tive de seguir ainda durante um bocado atrás de uns veículos automóveis e, durante esse tempo e sempre a baixa velocidade (15-20Kmh), cheguei a ver-me "obrigado" a colocar uma 1ª porque sentia o motor pouco agradado em seguir em 2ª.

Este bloco de 1.301cc (sim...tem mais do que sugere o seu nome "1290") e dois cilindros em V a 75º, mostrava-me logo ali um certo temperamento que me fazia puxar por ela...

....e foi o que fiz logo que tive oportunidade!






Posso-vos dizer que nunca tinha, até àquele dia, andado numa moto tão rápida e com aquele nível de potência (são 173cv e um poderoso binário de 144Nm), a qual me catapultou para uma velocidade absurda em breves segundos.

Quando dou por mim estou em 3ª, ligeiramente debruçado sobre o depósito e a preparar-me para colocar uma 4ª, já tendo deixado bem para trás todo e qualquer limite de velocidade rodoviária permitido em Portugal. E isto num espaço curtíssimo...

É uma moto com um disparo impressionante e que nos leva a conduzi-la exactamente como ela entende...ou seja, rotações mais altas, onde o motor se solta e produz retomas de velocidade fulgurantes. É impressionante!! Chegou a passar-me pelo pensamento algo como "Isto é uma brutidade qualquer..."

Só mesmo andando com uma moto destas se percebe o que escrevo. Sendo a vontade andar depressa, então a reacção ao punho direito faz-se de tal forma decidida, que é preciso prepararmos o corpo para o esticão que ela consegue dar.
Isto tudo acompanhado por uma sonoridade rouca e que se tornava ainda mais agradável sempre que lhe reduzia uma velocidade...em rotações mais altas.






Uma moto sublime no ritmo que é capaz de impor e onde não será nada estranha a engenharia e tecnologia que tem ao dispor.
Basta ter presente por exemplo, e no seguimento do que mencionei acima quanto ao "punho direito", que esta Super Duke GT trás de série acelerador electrónico ride-by-wire, dispensando o uso de cabos e tornando a reacção praticamente instantânea, já que tem sensores que analisam de forma imediata a posição ou movimento no acelerador e ajustam o rendimento oferecido pelo motor.

O próprio uso da embraiagem é de uma facilidade desconcertante, tal a leveza e precisão promovida nas trocas de caixa... Por certo contribui bastante para tal o facto de a 1290 Super Duke ter embraiagem deslizante.






Estive com esta moto ao longo de perto de 1 hora, sem me ter sido dada qualquer limitação no seu uso, pelo que fui também para alguns locais que conheço e onde pude andar mais à vontade e sem trânsito.

Senti a condução desta moto, na facilidade e agilidade transmitidas, como se se trata-se de uma máquina diferente daquilo que os números indicavam. Esta GT tem de facto um lado mais "animal"...mais bruto e selvagem, mas deita-se nas curvas com enorme facilidade, inspira uma grande confiança na sua condução ,e em andamento mais vivo, tem uma estabilidade e segurança que não me merece a mais pequena crítica. Andei com esta moto apenas em dois dos seus três modos de suspensão semi-activa (tem o Comfort, o Street e o Sport) e aquele amortecimento que se fará numa fracção de segundo, resulta numa enorme confiança na máquina, levando mesmo a esquecer o monstro que se leva naquele momento.






Quanto ao sistema de travagem a cargo da Brembo, não me poderá levar a escrever muito, já que não fui exigente com o mesmo ao ponto de ficar com uma ideia mais concreta, mas apesar de ter sido naturalmente um simples test-ride e não um long-term test que ajudaria e muito a perceber as suas capacidades, foi o bastante para perceber que a "mordida" naqueles dois enormes discos na frente se faz de forma decidida e consegue-se dosear perfeitamente.

A KTM também não deixou toda aquela potência e eficácia em "mãos alheias" e dotou-a de pneus com medidas avantajadas da marca Pirelli...os Angel GT. Têm um look fenomenal!






O painel de instrumentos é um misto de analógico e digital e, apesar de estar um pouco dividido no espaço que lhe está destinado, tem a informação perfeitamente legível entre os dois LCD de que dispõe.
As informações são facilmente seleccionáveis através dos botões situados junto ao punho esquerdo e é intuitiva a forma como tudo está arrumado.
Podemos escolher ou visualizar coisas tão distintas como o nível de aquecimentos dos punhos (bastante eficazes por sinal!), ou a temperatura, ou o interessante sistema TPMS que faz a monitorização da pressão dos pneus, ou o consumo de combustível, ou o modo selecionável de intervenção do ABS, ou o nível de amortecimento da suspensão...

A 1290 Super Duke GT é uma moto que prima pela exuberância e não faz a mínima questão de o esconder.
É verdade que tem capacidades e está estruturada/pensada como moto do segmento Sports Touring (não o questiono!), mas a compra de uma moto como esta parece-me que terá da parte do seu afortunado proprietário a busca por algo mais...algo que esta moto oferece a um espírito mais inconformista. Seja a irreverência de um motor bruto e que parece puxar a condução para ritmos mais elevados, seja o design marcadamente diferente das demais e que a marca austríaca já nos habitou noutras suas criações.


São...mais coisa menos coisa, €20.000 de moto.
Se é muito? Se já é esticar muito os "limites", podendo-se conseguir na mesma algo verdadeiramente bom por menos dinheiro?

Possivelmente sim, mas...como diz um provérbio Chinês "Limitações são fronteiras criadas apenas pela nossa mente".

A KTM 1290 Super Duke GT é decididamente para pessoas que não olham para os limites da mesma forma das demais...



NOTA: deixo um agradecimento merecido ao gerente e colaboradores do concessionário Moto Spazio, pela simpatia demonstrada e pela possibilidade que me foi dada em experimentar esta fabulosa KTM.


« Última modificação: Dezembro 09, 2018, 09:56:34, 09:56 por Sapiens21 »
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Março 21, 2018, 14:18:50, 14:18
Responder #1

Clemente Vicente

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Parabéns pelo test-ride .....

Não á duvida que esta moto é fenomenal

penso que seja superior á BMW GS 1200 e mesmo á Rally

esses pneus são excelentes, basta olhar para o desenho dos rasgos do escoamento da água, são idênticos aos Roadtec 01 e tb ao novo  PR5

eu tinha medo de andar nesta moto, é necessário ter colhones.....

.
 :bandeiraportugal:
« Última modificação: Março 21, 2018, 14:20:56, 14:20 por Clemente Vicente »
---------------------------------------------  " SÃO HONDA SENHOR; SÃO HONDA !!! "   -----------------------------------------

Março 21, 2018, 15:55:01, 15:55
Responder #2

TMXR

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Gostei de ler Isaac....

Parabens pelo Test Drive... tambem ja andei e recordei agora esse TD ao ler o teu teste drive e confirmo as tuas impressoes, esta é uma moto para curvar de joelho no chao e entre as curvas andar com o ponteiro para lá dos 200  :nice: e sem qualquer esforço mecanico  :D


tem ainda a facilidade de levar bagagem, pois a KTM tem um kit de soft bags que casam muito bem com a moto.

Nao é uma maquina que veja que esta a ter um grande sucesso de vendas pois o lancamento da KTM Super Adventure S canibalizou um bocado as vendas das Super Duke... e o facto de haver uma Duke 1290 tambem nao ajuda muito pois esta moto esta num meio caminho entre as 2.



Clemente  :nice: A Super Duke nao tem muito a ver com a R1200GS... é uma moto para outra finalidade, sem a possibilidade de circular de fora de estrada e sem as suspensoes e posicao de conducao "central" de uma Trail... se olhares ela nem tem o aspecto classico de uma sports tourer, é mais uma especie de "naked - semi -carenada - com - malas".

Na gama da BMW nao encontras nada dentro deste segmento... talvez o mais proximo seja a S1000XR, mas la esta, é mais uma moto "cross-over" com um tetra, enquanto que a SD tem um bicilindrico  :nice:
Yamaha Tmax 500/530 * BMW C Evo/R1200GS/1250 GS/1200 GSA/1200 RT * KTM 1290 SAS *  Trimph Tiger 800 XRT / Street Triple RS * Ducati Multistrada 950S/1200S/1260S/Enduro *  Kawazaki Z900  * MV Agusta Turismo Veloce Lusso * Honda Crf300l

Março 21, 2018, 16:43:30, 16:43
Responder #3

pedroareias

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Eu adorava esta moto até ver as tuas fotos, Sapiens21.

Parece-me um pouco tosca e mal-amanhada. A Ducati MS tem um embrulho delicioso, com óptimos acabamentos. Esta parece um tractor tosco.

Os comandos dos punhos em plástico rudimentar, etc. O quadro parece-me bem, mas o resto nem por isso.

Estamos a grande distância dos níveis Ducati/Triumph.

Março 21, 2018, 16:46:10, 16:46
Responder #4

dfelix

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A Super Duke GT é uma das minhas paixões do presente.
Se estivesse limitado a ter apenas uma moto e fosse a escolher um modelo recente...  seria quase certamente a minha escolha.

Aqui no trabalho há um gajo que tem uma...   8)



...e inevitavelmente quase todos os dias tenho de olhar para ela.
Já por várias vezes pensei se justificaria despachar o lixo que tenho acumulado e ir buscar uma.  :D

O próprio uso da embraiagem é de uma facilidade desconcertante, tal a leveza e precisão promovida nas trocas de caixa... Por certo contribui bastante para tal o facto de a 1290 Super Duke ter embraiagem deslizante.

A leveza e precisão devemse ao accionamento hidraulico devidamente implementado.
Uma "embraiagem deslizante" não tem qualquer influencia no seu accionamento.
O objectivo é que tenha um comportamento mais "permissivo" em reduções violentas, reduzido um potencial bloqueio da roda e/ou "chattering".

O painel de instrumentos é um misto de analógico e digital e, apesar de estar um pouco dividido no espaço que lhe está destinado, tem a informação perfeitamente legível entre os dois LCD de que dispõe.

Gosto bastante desse formato, mas face ao que começa a ser um standard neste price tag diria que é o elemento das Super Duke 1290 que necessita de ser actualizado.
A seguirem as tendências e adoptarem no futuro por um LCD, espero que o façam só nas secções informativas, matendo o indicador analógico nas rotações.

penso que seja superior á BMW GS 1200 e mesmo á Rally

São motos substancialmente diferentes.  :nice:
A GS tem um carácter mais conservador e é uma excelente moto para turismo.
Esta Super Duke GT é uma moto explosiva com um comportamento mais parecido a uma desportiva, mas... que oferece algum conforto e opções de bagagem.
O mais parecido a isto que a BMW tem no catálogo é a S1000XR.
« Última modificação: Março 21, 2018, 16:49:26, 16:49 por dfelix »

Março 21, 2018, 16:53:42, 16:53
Responder #5

mneves

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Grato pela partilha do teste desta bela máquina
membro numero 16

Março 21, 2018, 17:33:00, 17:33
Responder #6

Sapiens21

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Como já foi referido ao companheiro Clemente, de facto esta moto é de um segmento diferente da GS, mais se assemelhando a uma naked a que foram adicionadas umas carenagens e a possibilidade de, com algum conforto e protecção aerodinâmica adicional, levar também alguma bagagem.

Mas para todos os efeitos, a sensação com que se fica é a de que esta Sports Tourer parece demarcar-se das demais.
É uma moto um pouco desagradável em baixas e sente-se algo desconfortável em baixas, mas basta subir a rotação e esta GT transfigura-se.

Tem um disparo verdadeiramente impressionante e eu nunca...nunca tinha andado numa moto tão rápida como aquela. Fiquei bastante impressionado com a disponibilidade daquele motor. Tem algo de selvático a ganhar velocidade.   :nice:


(....)
Parece-me um pouco tosca e mal-amanhada. A Ducati MS tem um embrulho delicioso, com óptimos acabamentos. Esta parece um tractor tosco.
(....)

Não me pareceu mal a KTM.
Pode ser das fotos, mas a solidez e os acabamentos não me pareceram "gritantes". Nem de perto.

Porém e daquilo que me lembro p.ex. da Ducati MS do Tmaxer, acredito (e concordo) perfeitamente na diferença para melhor no caso da Italiana.
Tem um aspecto visual with class...quando esta opta por uma abordagem diferente.  :nice:


A Super Duke GT é uma das minhas paixões do presente.
Se estivesse limitado a ter apenas uma moto e fosse a escolher um modelo recente...  seria quase certamente a minha escolha.
(....)

Agora com as jantes integralmente em laranja (e não somente o aro), ainda deve estar mais louca.
Do modelo 2018 ainda não vi nenhuma, mas gosto bastante das imagens....mesmo sendo um pouco laranja a mais. :)


(....)
A leveza e precisão devemse ao accionamento hidraulico devidamente implementado.
Uma "embraiagem deslizante" não tem qualquer influencia no seu accionamento.
(....)

"SLIPPER CLUTCH
Not only does the slipper clutch open when the engine back-torque becomes too high, it also assists when you open up the throttle. The former prevents destabilizing rear wheel chatter when braking sharply or decelerating; the latter reduces the hand force required for changing gear, allowing the clutch to be controlled with one trigger happy finger."

https://www.ktm.com/pt-int/sports-tourer/1290-super-duke-gt/motor-e-escapamento
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Março 21, 2018, 20:55:09, 20:55
Responder #7

Moto2cool

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Excelente descrição, quem lê o texto fica com uma ideia muito clara de como sentiste a mota :)
Não é uma gama de modelos que eu aprecie, mas é certamente uma mota invejável e que desperta emoções.
« Última modificação: Março 22, 2018, 08:11:54, 08:11 por Moto2cool »
Spritmonitor.de" border="0 Suzuki VStrom 650
"Viver a vida não é esperar que a tempestade passe, é aprender a andar à chuva"

Março 21, 2018, 22:09:21, 22:09
Responder #8

dfelix

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Março 22, 2018, 10:11:49, 10:11
Responder #9

JViegas

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Gostei muito de ler, obrigado pela partilha.

Esta é sem sombra de dúvida uma máquina para outro nível de condução, pelo menos, para mim que desconheço por completo esta gama de potência. Algo que está a muitos anos de experiência da minha parte.

Não deixo no entanto de tentar racionalizar a compra de uma mota destas que desperta emoções tão fortes e/ou rápidas, mas não encontro... da minha parte pelo menos.





Março 22, 2018, 10:15:42, 10:15
Responder #10

pedroareias

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Sapiens21: então se é das fotos desfavoráveis, continuo a gostar deste monstro.

Nem imagino. Talvez dê lá um salto.
« Última modificação: Março 22, 2018, 18:15:30, 18:15 por pedroareias »

Março 22, 2018, 17:55:23, 17:55
Responder #11

Daniel

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É raro vir ao fórum. Não é por ser este. Acontece com este ou outro qualquer onde estou inscrito.

Mas dou-te os parabéns Isaac.
Li o teste que publicaste e tens mesmo uma forma de escrever que prende a leitura do início ao fim.

A maneira como descreves um teste é muito genuína e espero que continues assim.
Existem revistas com jornalistas dedicados a isto, que não captam de um teste nem metade.


Março 22, 2018, 18:52:41, 18:52
Responder #12

TMXR

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Mas para todos os efeitos, a sensação com que se fica é a de que esta Sports Tourer parece demarcar-se das demais.
É uma moto um pouco desagradável em baixas e sente-se algo desconfortável em baixas, mas basta subir a rotação e esta GT transfigura-se.





Para mim é uma das opinioes mais honestas sobre a maquina... existe o grande defeito deste motor nao gostar de andar em baixas e reclamar e mostrar o seu desagrado de forma muito frontal.

A Super Adventure S que partilha o mesmo motor mas com specs diferentes na minha opiniao padece precisamente do mesmo problema. (e a mais antiga 1190 ainda tem mais falta de baixo regime)


Acaba por ser necessário recorrer muito à caixa ou entao privilegiar os medios regimes, local onde o LC8 tem uma enorme generosidade e onde se torna muito complicado para quem vai a conduzir, não ir "na conversa da moto" e comecar a fazer subir o valor da velocidade.


E é precisamente aqui que reside o meu busílis com a KTM... é muito difícil andar devagar com a SD ou com a SA, são motos que não são agradáveis de conduzir devagar (ao contrario de por exemplo uma GS de que se consegue extrair o mesmo prazer e tem-se a mesma facilidade ao rolar devagar e depressa)


Infelizmente, a maioria das pessoas parece apenas apreciar o numero da potencia e como a KTM tem 160 cavalos apenas esse facto parece ser suficiente para instantaneamente ser considerada a "king of the hill" deste segmento... por mim e para vir a ser comprador KTM dispensava alegremente alguns cavalos para ter um motor mais elastico  :nice:



Outra coisa que o Isaac nao registou foi o facto de que a SD a "andar" é uma moto assim um bocadinho "quentinha"  :D
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Março 23, 2018, 05:56:37, 05:56
Responder #13

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Finalmente resolveste finalizar e publicar o test-drive desta máquina fabulosa!

Já havíamos falado sobre a mesma e na altura penso que contei-te que o Miguel (TMaxer) tinha uma opinião semelhante à tua desta máquina, que se estendia de algum modo também às versões Adventure: RRs disfarçadas que só se conduzem bem (e convidam constantemente a isso) com a Katana nos dentes!

Sobre a tua escrita e estilo, palavras para quê? 5*, como costuma ser! BRAVO!


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João Mestre / twin-pt
Espirito Scootard, uma maneira de estar e viver as duas rodas.
X-ADV 750 (RC95):
PCX125 -- X-MAX 125 ABS (link consumos)

Março 23, 2018, 09:29:36, 09:29
Responder #14

Sapiens21

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Agradeço os comentários feitos neste tópico. :)


(....)o Isaac nao registou foi o facto de quea SD a "andar" é uma moto assim um bocadinho "quentinha"(....)



Já li também menção a tal na ridermagazine.com, mas quando fiz este teste (que devo lembrar foi feito em Dezembro e com temperaturas muito "frescas"), o calor do motor confesso que até era um bónus.  :)

Eu tive de ligar os punhos aquecidos no máximo, pois no dia do teste a temperatura logo pela manhã...sentia-se e bem.
Estávamos numa altura em que, recordo, o IPMA tinha colocado, dias antes, um total de nove distritos em aviso amarelo por causa das temperaturas negativas e que se prolongou uns tempos.

(....e como a KTM tem 160 cavalos (....)

173


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Já agora, uma foto (sem redimensionamento) que não tinha postado, com a treliça de aço cromo-molibdênio a deixar ver muito do motor.

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Março 23, 2018, 09:35:10, 09:35
Responder #15

HBeiras

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Qualquer dia vai a VFR à troca por esta KTM....ou S1000XR.

Março 23, 2018, 10:41:21, 10:41
Responder #16

Sapiens21

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Qualquer dia vai a VFR à troca por esta KTM....ou S1000XR.

Se o conselho "testar antes de comprar" se aplica a todas as motos, então neste caso isso é ainda mais válido.

Como foi referido na descrição deste teste e também pelo TMaxer que a testou, é necessário ter presente que existem condições de condução em que a mecânica é desagradável.

Como moto do dia-a-dia, imaginando percursos citadinos, vejo um pouco difícil a opção pela mesma.

Já se a ideia é outra, então esquece o que leste atrás e... go for it. :nice:

« Última modificação: Março 23, 2018, 10:43:45, 10:43 por Sapiens21 »
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Março 23, 2018, 10:53:38, 10:53
Responder #17

JViegas

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Qualquer dia vai a VFR à troca por esta KTM....ou S1000XR.


LINDA  :stuck_out_tongue_winking_eye:


Março 23, 2018, 11:06:25, 11:06
Responder #18

dfelix

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Como moto do dia-a-dia, imaginando percursos citadinos, vejo um pouco difícil a opção pela mesma.

Experimentaste os vários modos de condução? Ou andaste sempre no modo "sport"?  :)

LINDA  :stuck_out_tongue_winking_eye:

Existem características que considero muito positivas na S1000XR.. mas a beleza não é uma delas!  :D

Março 23, 2018, 11:22:52, 11:22
Responder #19

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Em andamento, experimentei os 3 modos (Sport, Street e Rain) e a baixa velocidade, como referi, senti que a moto "bate" bastante se não lhe metermos uma mudança baixa.
A mecânica sente-se (muito) bem quando a rotação aumenta, mas numa situação de trânsito, como aquela em que andei ao sair do concessionário e descrevi no teste, senti que aquele bloco reage de forma diferente...menos agradável.

Aqui nesta altura quando a parei para as fotos, estava no modo Street (as minhas desculpas, mas a foto focou melhor o chão que o LCD)...



E teve sempre selecionada a "carga" que levava no momento. :nice:

É muito intuitiva a escolha e seleção da informação. Nesse aspecto a KTM fez um bom trabalho e está tudo bem dividido e legível.

« Última modificação: Dezembro 09, 2018, 09:57:00, 09:57 por Sapiens21 »
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Março 23, 2018, 12:12:03, 12:12
Responder #20

dfelix

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Em andamento, experimentei os 3 modos (Sport, Street e Rain) e a baixa velocidade, como referi, senti que a moto "bate" bastante se não lhe metermos uma mudança baixa.

Os bicilindricos mais "espigados" são por norma mais exigentes de conduzir em baixas velocidades.
Sobretudo para quem está habituado a outros tipos de motorizações mais elásticas... mais tolerantes no uso da caixa, mas também menos responsivos ao acelerador.
Isto acaba por normalmente implicar um periodo de familiarização com os comandos até se tornar algo... natural.
Depois aí... ou se adora ou odeia!

Achei a 1290 um docinho comparado com a minha R1200S e sobretudo com a 990!
Mas... tudo evolui. Até o cancro!
 :)

Dezembro 09, 2018, 02:11:25, 02:11
Responder #21

Ricardo_Rodrigues

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os lc8 da KTM são de longe os V2 mais doceis e amigáveis da actualidade, o único motor que chega sequer perto que tenha 2 cilindros em V com cilindrada parecida é o DVT 1200 ou 1260 da ducati, nunca andei numa V2 que fosse tão suave abaixo das 4500 como o LC8.

Dezembro 09, 2018, 10:14:37, 10:14
Responder #22

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Estive a reactivar as fotos que tinham deixado de aparecer.  :nice:

Quanto ao V2 ser "dócil", é palavra que não consegui de maneira nenhuma associar a esta 1290 que testei. Mas nem de perto....

O "bater” a baixa rotação existe e de forma bem marcada e, segundo sei, não é estranho a alguns “big twins”. O motor nota-se, em certas circunstâncias, que exige que se ande na mudança mais baixa possível (descrevi essa situação no teste).

Para lá disso, é um monstro muito...muito gratificante.  :nice: A resposta do motor é mesmo algo digno de nota. É uma moto que odeia a cidade...mas adora a estrada.


EDIT: com a nova (MY2019) a marca parece ter operado algumas mudanças para melhorar precisamente essa sensação a baixa rotação. Isso foi mencionado num vídeo colocado noutro tópico e dedicado à nova geração do modelo.   :nice:

Este...

« Última modificação: Dezembro 09, 2018, 10:38:44, 10:38 por Sapiens21 »
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Dezembro 09, 2018, 12:18:22, 12:18
Responder #23

TMXR

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Dócil e uma palavra difícil de usar quando se fala desses 2 bicilindricos.


Na minha escala pessoal o mais dócil em baixo regime e o 1260.


Mas o LC8 tem outras ótimas qualidades... sobretudo no médio regime  :ok:


Em 2019 quase que de certeza que vira um cá para a garagem  ;)
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Dezembro 09, 2018, 15:09:51, 15:09
Responder #24

Ricardo_Rodrigues

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Alguém  que esteja habituado a um v/L twin acima de 1000cc da velha guarda nao pode qualificar o lc8 com outro nome que não  dócil. Estamos a falar de um v2 com 1300cc e 140nm com 174hp e cerca de 155 á roda traseira, em todos os sentido uma besta, que no entanto permite fazer percursos urbanos abaixo das 4500 rpm sem o tipico surging das v2 em baixos regimes, tem uma entrega linear quando se enrola punho sem soluçar, e um consumo entre os 5,5 e os 7, mesmo trails v2 com cerca de 80hp ficam aquém  destas características, para mim o lc8 é o melhor v2 de sempre, salvo motas protótipo  ou de produção  muito limitada como bimotos e afins.

Dezembro 09, 2018, 15:27:01, 15:27
Responder #25

Sapiens21

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Bem...eu andei numa unidade com relativamente poucos kms e a baixa velocidade não tem nada de dócil. A reação do motor é inconstante, com um "bater" muito fácil.

E não sou só eu a dizê-lo. É algo conhecido...
Não digo que antes não fosse ainda pior, atenção!

Aliás, chega a ser vendido um Boosterplug (com intuito de melhorar a eficiência da injecção) para os proprietários do modelo...

O objectivo?

"The smarter choice to optimize the fuel Injection on your motorcycle:
- Soft and smooth throttle response
- Quicker acceleration
- Eliminate the low speed surge problem
- Powerfull idle and no more stalling
- Deceleration backfires in the exhaust reduced to a minimum
"
Link

Mas atenção...daí para a frente tem uma reação fabulosa.
Nem tudo é de criticar. Em estrada dá um prazer enorme.  :nice:
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Dezembro 09, 2018, 18:58:52, 18:58
Responder #26

Ricardo_Rodrigues

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Só  se a sd gt tem alguma diferença  nos mapas de injeção  que diferem da sdr, nao me pareceu, quando testei a sdgt da lismotor, e tenho agora uma sdr my18, na sdr nao existe "bater", obviamente nao tem a suavidade de uma 4 em linha, mas comparada a qualquer outra v2 acima de 1000cc é um motor muito suave e progressivo.

Dezembro 09, 2018, 19:05:58, 19:05
Responder #27

Ricardo_Rodrigues

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O boosterplug que referes fazia sentido nas 990 e na super adventure 1290 até  2016, nos modelos pos 17 nao ha qualquer problema de afr com linha de escape de origem.
Só  ao tirar o catalisador e por uma linha completa é que se torna necessário  rever os mapas com uma reprogramação  ou um power commander, caso contrario a mistura fica "lean" e provoca o tal surge.

Dezembro 09, 2018, 19:37:15, 19:37
Responder #28

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Tudo bem. É a tua opinião e se achas o motor "dócil" e "suave'...quem sou eu para te contrariar a descrição na sensação obtida com esse motor.  :nice:

Quando eu dizia mais atrás que não sou o único a achar o contrário, bastou recordar-me p.ex. daquilo que escreveu um membro aqui do fórum, na altura com uma MTS 1200 e com uma bagagem já grande q.b. de motos....



Mas como já disse, se entendes o contrário em termos de motor...é a tua opinião e está mais do que fundamentada.
Aqui no fórum não é por se ter 1* ou 5* que se é tratado de forma diferente ou se tem maior ou menor consideração pelo que é escrito...
Não há aqui burgueses, meu caro...!
Existe respeito pelo que outros escrevem e aquilo que indicas, de forma fundamentada, tem para mim todo o valor no fórum.
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Dezembro 09, 2018, 21:21:19, 21:21
Responder #29

TMXR

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É a opiniao do Ricardo e respeito-a  :nice:


Dócil é um termo subjectivo, muito dependente de um ponto de vista, nao querendo de qualquer forma implicar que o o ponto de vista do Ricardo é subjectivo ou tendencioso.



Ja fiz varios TDs a motos com este motor, 3 delas mais longas. Mas nao conduzi a ultimas versoes 2018.


Creio ter andado com a versao 2016 da Super Duke GT e a 2016 (inicial) da SAS e para mim foi o que me afastou da SAS. Na unidade testada o motor so deixava de bater em medio regime, o que obrigava a uma gestao criteriosa da caixa e deixava o motor com muita aptencia para subir de regime numa mudança baixa. Divertido para conduzir ao fim de semana, mas menos para uma utilização quotidiana.


Agora, acredito perfeitamente que as ultimas versões tenham melhorado muito no baixo regime, pois hoje em dia este tipo de motos com um upgrade de software transforma-se. Isso aconteceu com as 2 Multistradas que tive: a de 2016 com o software que trazia tinha algum bater no baixo regime e um "buraco" no médio regime... após um upgrade de software no final de 2017 ficou um pouco melhor no baixo regime e o médio regime ficou balístico.  A de 2017 trazia uma caixa de filtro de ar com mais area (a da Enduro) e esta pequena diferença eliminou completamente o bater a baixo regime.


Esta pequena experiência abriu-me muito os olhos no que toca ao facto de que nada se mantém estático quando se compram motos desta gama e quanto a "melhores absolutos"   :nice:

Na minha opiniao puramente pessoal, o carácter do motor é a maior interrogação que tenho com a SAS. A altura do banco também me deixa numa situação ligeiramente menos confortável com a moto parada e acho a solução de monobraco mais nobre. Mas é uma otima maquina... excelente até, e é por isso que muito certamente irei comprar uma para rodar uns kms em 2019.





« Última modificação: Dezembro 09, 2018, 21:22:35, 21:22 por TMaxer »
Yamaha Tmax 500/530 * BMW C Evo/R1200GS/1250 GS/1200 GSA/1200 RT * KTM 1290 SAS *  Trimph Tiger 800 XRT / Street Triple RS * Ducati Multistrada 950S/1200S/1260S/Enduro *  Kawazaki Z900  * MV Agusta Turismo Veloce Lusso * Honda Crf300l

Dezembro 09, 2018, 22:08:14, 22:08
Responder #30

2low

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Apenas como acrescento de informação, apesar de ser um modelo diferente da KTM julgo que seja mesma motorização com quadro ligeiramente diferente.

Hoje tive oportunidade de debater com um proprietário de uma KTM 1290 Super Adventure R (escapes SC project) que por sinal ainda tem a anterior 1190 Adventure e do que ele disse retiro:
-a 1290 tem sistema anti-afundamento da frente e nota-se claramente na condução (estranha-se as primeiras vezes)
-a suspensão apesar de ser activa sentem-se as irregularidades da estrada, mesmo regulando os vários tipos de amortecimento (mais macio ou mais duro)
-A KTM e Bosch desenvolveram um sistema ABS que permite em curva e enquanto os travões são accionados não se perder a trajectoria e foi precisamente acessorio com um valor aproximado de 500€ aquando a 1190 apareceu no mercado.
-este ABS está ainda melhor na 1290
-Quanto a vibrações de motor, a 1190 era bem pior.

Ele também disse "Triumph nunca mais" - teve uma Tiger800 (a responsabilidade disto é claramente da má assistência da marca enquanto garantia e preços muito altos dessas revisões)
[ele deixou de ir à KTM mesmo com a moto na garantia - diz que a marca KTM ainda presta pior serviço que a Triumph… e que se passaram situações chatas na oficina da KTM em Lisboa - no Barreiro não se queixa!]
« Última modificação: Dezembro 09, 2018, 22:11:17, 22:11 por 2low »
Grão a Grão, Comemos Feijão!
"Nada é para sempre, nem mesmo os problemas", Charlie Chaplin


Dezembro 11, 2018, 23:41:50, 23:41
Responder #31

Ricardo_Rodrigues

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As situações  chatas na ktm em lisboa serão  certamente a quem usa os serviços lismotor, eu proprio tenho reclamações  sobre eles e devido a isso o concessionário  do qual sou cliente e recomendo é  a migtec no Cacém  por baixo da lucapower (ducati lisboa).

Quanto a comparações, a base 1190 era uma liga diferente do lc8 1290, mas os modelos que usam o lc8 também  têm  alguma alterações  de acordo com o segmento (sdr/sdgt/sa) e ano (my16/my17+)

SDR 2017+, sdgt 2018+
"
This engine, in its latest incarnation, pumps out an arm wrenching 177 hp while its torque figures reach for the sky between 6,750 rpm (140 Nm) and 7,000 rpm (141 Nm). So it’s stronger than ever, but we made it run smoother than ever as well thanks to overhauled resonator chambers. All in all, weighing in at around 62 kg, the extremely slim 4-valve unit is one of the lightest big twins in the world.

10 MM SHORTER INTAKE FLANGE
An intake flange is more than the plumbing that connects the throttle body to the ports in the cylinder head. It is an integral part of the induction system and has to match the airflow characteristics of the cylinder head and camshaft, as well as the displacement and rpm range of the engine. KTM developed a 10 mm shorter intake flange that perfectly caters to the engine’s needs, enhancing the power output and widening its powerband by 500 rpm. Thunder along and surf its torque or whip it hard and meet the Beast.

TITANIUM INLET VALVES
Another reason for the outstanding performance of the 1290 SUPER DUKE R 75° V-twin are the state-of-the-art, machined titanium inlet valves with chromium nitride PVD coating. Their flat design combined with the smaller combustion chamber now offer an increased compression ratio of 13,6:1. Interesting fact: The titanium valves only weigh 39 grams each, which is 19 grams less than the steel inlet valves we used before.

CYLINDER HEADS
Thanks to new resonator chambers on the cylinder heads, designed to polish the torque output in the lower to mid-range rpms, the 1290 SUPER DUKE R power train runs smoother, consumes less fuel and cuts down on CO² emissions by about 10%."


Portanto uma sdr my18 é certamente diferente de uma sdgt my16, e não  apenas na versão  de SW da ecu.

Maio 27, 2019, 07:54:59, 07:54
Responder #32

Sapiens21

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Deixo por aqui a informação que está a decorrer uma acção por parte da marca, focada na suspensão.

Ou seja, os proprietários das KTM 1290 SUPER DUKE GT de 2016-2018 podem fazer uma actualização das suspensões para versões de última geração... gratuitamente.

Trata-se de uma actualização de software (que fica gratuita e é opcional), mas que implicará o custo de 30 minutos de mão-de-obra, que cobre a instalação e o teste.

Esta decisão teve por base o feedback de vários clientes que mencionavam a necessidade de um melhor e mais eficaz amortecimento, o que vem agora acontecer com esta actualização de software e que se traduz em melhorias no desempenho dos diferentes ajustes que estão disponíveis para seleção no computador de bordo.  :nice:
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