Autor Tópico: E Tu? O que pensas fazer (ou já fazes) pelo ambiente?  (Lida 69897 vezes)

Fevereiro 21, 2019, 13:28:29, 13:28
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E Tu?
O que pensas fazer (ou já fazes) pelo ambiente?






O assunto está na ordem do dia, não há como esconder!
E eu assumo que estou particularmente permeável a mudanças que levem a que, juntamente com muitos milhares a pensar da mesma forma, se consiga inverter - dentro do ainda possível - um problema que está há muito tempo anunciado.

Aliás, em vários tópicos aqui pelo fórum se percebe a existência de alguma receptividade por parte de quem escreve. Parece-me ser notório...

Depois de ter visto uma reportagem (mais uma...) da adolescente Sueca, Greta Thunberg, de 16 anos de idade, que lançou palavras fortes para uma "greve pelo clima", e que levou a reflexos reais em vários países, como a Suécia, Inglaterra, Bélgica, França, Austrália ou Canadá, percebe-se que a jovem...aliás, os jovens no geral estão inteiramente correctos!

Eles (nossos filhos, sobrinhos ou netos) têm todo o direito a viver num planeta que não se fique por uma mera "amostra" do que era quando chegarem a uma idade adulta de 30 ou 40 anos!

A minha filha mais velha já eu a noto cuidadosa (tem apenas 7 anos!), muito provavelmente por aquilo que vai ouvindo na Escola, como a separação do lixo, a reciclagem, os gastos de água desnecessários, o cuidado em não desperdiçar...

Fico sensibilizado quando ela, com tão tenra idade, me mostra isso.

A mobilização dos adolescentes e jovens para um pressionar de políticos e empresas a fazer mais e melhor tem e terá todo o meu apoio.

Sim...conduzo veículos com motor de combustão, mas pretendo mudar. Desejo um caminho de rápida expansão para energias limpas e renováveis, assim como vários meios que tornem ou possibilitem a curto-médo prazo um clima mais limpo, onde desejo de facto participar, dentro do que me for possível.

Claro que sabemos que não é só a indústria dos veículos a contribuir para as emissões, já que as próprias indústras e métodos na agricultura terão de mudar visto serem altamente danosas para as alterações climáticas sentidas!!

Fala-se numa "emergência climática"...e garantidamente não se tratam de palavras vãs.
Não existe futilidade nem vazio nestas acções dos mais jovens. Existe clareza e uma pergunta que sinto que me é feita também a mim: E Tu? O que pensas fazer (ou já fazes) pelo ambiente?




"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Fevereiro 21, 2019, 18:43:33, 18:43
Responder #1

Lourenço

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Eu já faço qualquer coisa de bem pelo ambiente… aliás, não sendo um fundamentalista, procuro diminuir o mal que faço e continuarei a fazer inevitavelmente. :(

As minhas descendências a partir dos 6 anos de idade foram-me alertando para uma série de questões para que o pessoal da minha geração em Portugal não tinha sido alertado.
Eu próprio nos anos 80 quando mudei de poiso deparei-me logo nessa altura com consciências diferentes.

Divido basicamente as minhas iniciativas contributivas para a diminuição da minha pata:

-Diminuindo ou selecionando dentro do possível, produtos químicos detergentes, tintas e vernizes, tipo de móveis, COVs, ambientadores, sprays, não utilizando veículo diesel e … deslocando-me o mais possível na minha 125 a 2.6 l/100 mas penso passar para algo que consome mais talvez 1.5 l que penso continuará razoável até que existam outras opções.
Transportes públicos não ou raramente utilizo em Portugal porque não funcionam aceitavelmente.

-Diminuindo razoavelmente o consumo de energia e o consumo de carne.

-Água procuro não desperdiçar, reciclar plásticos e óleos.

-Ambiente tenho especial atenção em reciclar pilhas, baterias e tudo o que pode ser separado.

Seja como for não há volta a dar, temos mesmo, voluntariamente ou forçados, de diminuir a pegada individual e coletiva.

Fevereiro 21, 2019, 18:54:59, 18:54
Responder #2

Sapiens21

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É isso mesmo, Lourenço.

Tem de partir desde logo de uma vontade e predisposição inteiramente voluntária para que isto resulte.

Replicando este "individualismo" nas acções, conseguem-se resultados colectivos.

Muitas das coisas que fazes, revejo-me nelas pois também procuro separar para reciclar, não desperdiçar à toa e fazer um uso da água potável sem aquilo que normalmente se atribui a atitudes por parte do Estado.....despesismo!

Os jovens e adolescentes noto-os particularmente atentos e informados para estas questões, e não só percebo como apoio as suas causas.

Muitos deles estão ainda longe da idade para votar, pelo que teremos de ser nós (pais, tios, avós...) a ajudar a que se consiga diminuir todo o mal que se fez...e ainda se faz.

Infelizmente muitas coisas já não dará para voltar atrás...ou levarão décadas a recuperar.
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Dalai Lama

Fevereiro 21, 2019, 21:20:25, 21:20
Responder #3

pjmartinho

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Não posso deixar passar o titulo da noticia... "Jovens fazem greves para exigir dos adultos mais proteção do planeta"... Em que mundo vivemos nós??? :animated-smileys-angry-049: :animated-smileys-angry-049: :animated-smileys-angry-049:

Sempre me ensinaram que a liberdade de uma pessoa acaba quando começa a liberdade dos outros... o que é isto dos "jovens exigirem aos adultos"??? Eles se querem alguma coisa, que façam por isso... não têm o direito de exigir nada... quando muito podem pedir, mas nunca exigir, sendo que a pessoa a quem pedem, pode (ou não) aceder a esse pedido.

Aliás, aquilo que os "jovens que exigem" hoje tomam como garantido (liberdade, segurança, saúde, comida na mesa às refeições, etc, etc) é porque alguém (vulgo "os adultos") lhes disponibiliza essas coisas de boa vontade. Inclusivamente, algumas dessas coisas que hoje eles têm como garantidas, só o são porque no passado alguém sofreu na pele e se sacrificou por esses ideais e, esses "jovens que exigem" só devem estar agradecidos a essas pessoas pelas liberdades e direitos que têm hoje em dia não tendo o direito de exigir nada... sintam-se agradecidos por isso e façam pela sua vida.

Infelizmente, hoje em dia, vivemos em tempos em que toda a gente acha que tem todos os direitos, mas não têm obrigações nenhumas. Infelizmente, para essas pessoas, uma dia vão descobrir que uma coisa vem sempre acompanhada da outra.

Podem-me dizer que os "jovens que exigem" têm o direito de querer viver num mundo melhor (está certo e nem discuto isso)... mas também têm a obrigação de fazer por isso. Se o mundo actual não os satisfaz, então que façam qualquer coisa de útil para transformar o mundo naquilo que gostariam.

Não concordo que se polua só por poluir e a belo prazer de cada um, mas reparo que estas "questões ambientais", "alterações climáticas" e outras expressões do género, são usadas cada vez mais com mais frequência desde 2001 e criaram uma nova área de negócio - bastante rentável para alguns - em nome do ambiente e de um "mundo melhor".

Toda a gente fala do aquecimento global... esse aquecimento é cíclico (não sou eu que o digo, pois está mais que provado por cientistas). O Sol tem ciclos de maior e menor actividade. A duração desses ciclos é de cerca de 11 anos... durante 4 anos aumenta a sua actividade (com maior emissão de radiação) e 7 anos de declínio dessa mesma actividade, ou seja, aumenta a actividade solar e a temperatura na Terra aumenta rápidamente ao longo de 4 anos, mas de pois vai diminuindo aos poucos ao longo dos 7 anos em que essa actividade diminui. (Para quem tiver interesse no assunto, pode googlar por "Solar cycles").

Outro aspecto que contribui para o aquecimento global tem a haver com o ângulo de inclinação do eixo de rotação da Terra. Esse ângulo varia sensivelmente entre 21,4º e 24,5º e esse ciclo demora cerca de 40.000 anos... ou seja, partindo-se de 21,4º de inclinação, chegar aos 24,5º e voltar para trás até aos 21,4º novamente demora cerca de 40.000 anos, ou seja, durante 20.000 anos os polos vão estar a ficar cada vez mais expostos ao sol, enquanto nos 20.000 anos seguintes vão ficar menos expostos. Só o tremor de terra que aconteceu à uns anos "no outro lado do mundo" e cujas imagens do tsunami correram horas a fio em todas as televisões, fez com que o eixo de rotação da terra se tivesse inclinado em pouco mais de 1º e, presentemente, o eixo de rotação da Terra está a caminho dos 24,4º pelo que os polos ficam mais expostos ao Sol... há o degelo das calotas polares, aumenta a temperatura do planeta, etc etc e parece que é o fim do mundo... até há uns putos que me vêm exigir que eu tome mais cuidado com o planeta! (Para quem quiser saber um pouco mais sobre este assunto, fica aqui um link ou então podem googlar por "Milankovitch Cycles ").

Quanto às variações de temperatura do planta, deixo aqui um gráfico com a evolução da mesma ou link para quem tiver interesse.



Hoje assiste-se aquilo que o planeta tem feito ao longo de milhões de anos - Evolução - mas que o Homem, de forma insistente, parece não quer que aconteça inventando todas as justificações e tentando ganhar dinheiro à custa disso.

Fevereiro 21, 2019, 21:39:24, 21:39
Responder #4

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Caro Pjmartinho, parece-me que te estás a apegar a um título de uma publicação e que te fez desviar um pouco do cerne da questão.

Os jovens naturalmente que não exigem (na forma literal da palavra), mas alertam da meneira que podem para que se mudem práticas, para que os adultos realmente não esqueçam o seu futuro e para que se prossigam práticas defensoras do ambiente.

É isto que é importante, com todo o respeito.

Não...um título de uma publicação. Não uma parangona que até retrata um tema importante.

E se falamos em liberdade, há que perceber (antes de mais nada) que se poderá estar a hipotecar - nada fazendo ou "olhando para o lado" - a liberdade de esses jovens poderem ter um planeta como tiveram os seus pais ou avós.

Se se faz ou tenta fazer do ambiente um negócio...garantidamente que não é coisa que passe pela cabeça destes jovens que se manifestam de forma aberta, livre de "politiquices" ou com quaisquer segundas intenções.

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Dalai Lama

Fevereiro 21, 2019, 22:59:36, 22:59
Responder #5

pjmartinho

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...
E se falamos em liberdade, há que perceber (antes de mais nada) que se poderá estar a hipotecar - nada fazendo ou "olhando para o lado" - a liberdade de esses jovens poderem ter um planeta como tiveram os seus pais ou avós.
...

O Mundo (ou Planeta) que herdamos dos nossos pais não é o mesmo que eles herdaram dos pais deles, nem vai ser o mesmo planeta que os nossos netos vão herdar dos nossos filhos. Aquilo que hoje é "verdade" (ou prática comum) daqui por 50 anos já não é "verdade" nenhuma porque entretanto surgiram novas "verdades" fruto de vários condicionalismos que vão aparecendo. Portanto cabe aos adultos da época resolver os problemas e situações à luz das "verdades" vigentes na altura.

São os adultos de hoje que têm a responsabilidade de resolver os problemas actuais ao passo que, os "jovens exigentes" de hoje (daqui por uns anos) vão ter de ser eles a resolver os problemas dessa altura.

Dou um exemplo concreto (embora nada tenha a haver com poluição e alterações climatéricas). O meu pai morreu à 3 anos e, ao longo dos seus 82 anos de vida tomou decisões e fez escolhas que, na altura, e para ele, eram as mais acertadas. Na altura da morte dele, eu herdei as "consequências" das suas decisões.

Naquilo que hoje é benéfico, é claro que eu tenho o benefício das decisões que tomou mas, naquilo que hoje é prejudicial (e não o era na altura em que ele fez as suas escolhas), cabe-me a mim lidar com essas situações. Fazendo o paralelismo, se calhar deveria ter "exigido" ao meu pai que ele organizasse as coisas de forma a que EU nas próximas décadas não me tivesse de preocupar com nada.

Fevereiro 21, 2019, 23:04:35, 23:04
Responder #6

Lourenço

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Podem-me dizer que os "jovens que exigem" têm o direito de querer viver num mundo melhor (está certo e nem discuto isso)... mas também têm a obrigação de fazer por isso. Se o mundo atual não os satisfaz, então que façam qualquer coisa de útil para transformar o mundo naquilo que gostariam.

A minha opinião é que tem o direito de exigir porque é dos poucos direitos que tem não tendo poder de decisão:
porque as exigências são feitas de forma legitima
porque argumentam
porque ainda bem que há ainda jovens que exigem algo alem de dinheiro, nikes, copos, smartphones, consolas e implantes mamários
porque no fundo são os “adultos” que para o bem e para o mal que decidem de ouvir ou não as exigências
porque o tempo escasseia e eles é que vão levar com o lixo que nós os ”adultos” em idade estamos a deixar.

É inevitável, os países que alinharem nas novas tecnologias limpas é que vão estar por dentro e alguns trumps que recomeçaram a utilizar carvão e a chupar petróleo da terra estão a fazer marcha atrás ganhando no imediato com proveito para poucos, mas perdendo para muitos já no presente e no futuro muito próximo.



O aquecimento e o inverso serão cíclicos, mas é impossível negar que desta vez é diferente, estamos a alterar o planeta, desta vez somos nós.
Começámos pelas descargas em terrenos, pelos lagos, pelos rios, pelos glaciares, pelas cidades irrespiráveis e estamos a completar o serviço por todo o lado e na atmosfera.

Fevereiro 21, 2019, 23:22:26, 23:22
Responder #7

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Pjmartinho, muito estimo a tua opinião e a tua pessoa, como sabes. :nice:

A minha opinião sobre o assunto e sobre aquilo que estes jovens estão a fazer é muito transparente e assenta desde logo numa receptividade e aceitação de um problema que se agrava de forma demasiado evidente para que se possa apenas pensar que..."é uma fase cícilica do planeta".

Na verdade é mais do que isso! Muito mais do que isso e me leva a apluadir aquilo que muitos jovens tentam, dentro das suas possibilidades, que se torne um desígnio de todos os países e de forma individual em cada pessoa.

O artigo 66.º da Constituição Portuguesa consagra o direito fundamental a viver num sistema ecológico livre de ameaças que o periguem. Mais, prevê o dever fundamental de todos protegerem esse mesmo ambiente ecologicamente equilibrado.

Mas vejamos ainda mais além no sentido de perceber em que se traduz, no presente, a continuidade de uma inação para a qual jovens de todo o Mundo alertam...

E os números que aqui deixo, públicos, são perturbadores:

- Estima-se que morram, em média, 3 milhões de pessoas por ano devido à poluição do ar fora de portas. Mulheres, crianças, e idosos são os grupos mais vulneráveis.

- No século XXI, estima-se que a subida do nível da água do mar possa ser superior a 1m, com todas as suas consequências desastrosas ao nível civilizacional que isso acarreta.

- Pelo menos um terço de toda a comida produzida por ano é desperdiçada, o equivalente a 1.3 biliões de toneladas. Ao mesmo tempo, 1 bilião de pessoas no Mundo passa fome.

Ora se a contínua exploração de recursos naturais (e que já sabemos ser limitada no nosso planeta e enriquecer apenas "um punhado" de pessoas) continuar como até aqui, sem se encontrarem alternativas bem mais sustentáveis e práticas muito menos danosas para o ambiente, então vamos deixar aos nossos filhos e aos filhos deles (nossos netos)....um Mundo diferente onde viver.

Terá de haver algo muito importante e que parece estar a esquecer-se...princípio da solidariedade entre gerações.

As acções destes jovens, as suas preocupações e aquilo que tentam alertar numa só voz que consiga chegar a todos, tem um "tic-tac" contínuo e que me leva a crer que os líderes poderosos não querem ou não lhes interessa ouvir...

(....)
O aquecimento e o inverso serão cíclicos, mas é impossível negar que desta vez é diferente, estamos a alterar o planeta, desta vez somos nós.
Começámos pelas descargas em terrenos, pelos lagos, pelos rios, pelos glaciares, pelas cidades irrespiráveis e estamos a completar o serviço por todo o lado e na atmosfera.


Sem dúvida...sem dúvida alguma.

No último século, a capacidade destrutiva do ser-humano (e onde não me excluo, nem se exclui ninguém), tem levado a diferenças impressionantes no planeta.

Algumas coisas podem mesmo ter-se tornado irreversíveis.

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Dalai Lama

Fevereiro 22, 2019, 09:14:29, 09:14
Responder #8

Nuno YB

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Eu tento comer todo e qualquer animal que coma vegetais, seja vacas, porcos, perús, frangos e até caracois( para quem não sabe, são uma praga para os morangos ). Há que preservar a flora terrestre, é ela que nos dá o oxigénio. E não existe melhor maneira de o fazer do que acabar com os autores dos constantes genocidios vegetais, como os que enumerei mais acima.

Mais a sério, faço o que posso. Não sou gajo para me amarrar a um sobreiro, nem de atirar a moto para a frente de um petroleiro, mas faço a separação de residuos ( embora, ao ver a maneira como os camiões do lixo carregam o conteudo dos ecopontos, fique com muitas duvidas se eles fazem tambem a separação ou a junção dos residuos ). Tirando o frigorifico ( antes continham CFCs, agora não sei ) não se usam sparys com ou sem CFCs lá em casa. As embalagens presurizadas são reduzidas ao maximo. Não deito lixo no chão, não deito pontas de cigarro pela janela do carro ( e fico puto da vida quando vejo alguem faze-lo, vá de moto ou de carro, levam logo uma buzinadela nas orelhas... ou pior... ). Existe uma regra de tempo máximo debaixo do chuveiro, de verão ou de inverno. As janelas abrem e fecham, não é preciso acender luzes durante o dia. As embalagens de plastico dos gelados, por exemplo, são reutilizadas para guardar restos de comida ( porquê comprar mais tupperwares, se aquelas embalagens fazem o mesmo? ). Não há copos, pratos ou talheres descartaveis em casa ( recentemente fui a uma matança de porco onde me foi fornecido um prato e talheres de plástico. Recusei e usei antes 2 guardanapos e a minha Opinel, poupando esse bocadinho ). Tudo isto, além de baixar os valores das diferentes facturas, ajuda a reduzir a pegada ecologica.

Quanto ao resto... epá, ando de moto e gasto gasolina, ando de carro e gasto gasóleo. Consumo alimentos e bebidas que vêm em embalagens de vidro e de plástico mas, por mim e desde que os fabricantes comecem a vender em embalagens mais amigas do ambiente, deixo de consumir.

Resumindo, faço o que posso, mas sei que poderia fazer mais.
Certas pessoas são como aquelas molas mágicas: não servem para quase nada, mas é sempre engraçado atirá-las pelas escadas abaixo...

Fevereiro 22, 2019, 09:49:59, 09:49
Responder #9

Svitre

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Fevereiro 22, 2019, 10:04:26, 10:04
Responder #10

Lourenço

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O importante, acho eu, e mais difícil, é ter a noção que os recursos são escassos e não se renovam e regeneram como antes, ou melhor, passaram a ser mais escassos devido á intervenção humana e é preciso moderação enquanto é tempo, sem cair em fundamentalismos radicais.
Há aspetos que nos passam despercebidos, (pelo menos a mim passavam porque nasci no centro de uma cidade onde fui criado e duas semanas de férias fora de uma cidade eram como castigo)
- Os insetos, por exemplo as abelhas, a desaparecerem
- As monoculturas extremamente extensíveis sem manchas naturais
- A criação extensiva de animais sem que haja recursos utilizados de forma sustentável
- A existência de estufas com áreas infinitas como no sul de Espanha que reproduzem em latitudes completamente exóticas culturas que consomem por kg de produção mais água que a necessária anualmente a mais de 100 pessoas no mundo ocidental
- A contaminação de lençóis de água superficiais e subterrâneos
- O transporte marítimo com uso e abuso de super motores do tamanho de uma moradia e tolerâncias de funcionamento em milímetros ou mais, alem das lavagens selvagens de tanques
são parte do problema e ao falarmos só de transporte terrestre e indústrias estamos a esquecer uma boa parte da questão.
A reutilização de embalagens, por exemplo de gelados com citou o Nuno YB até tem lógica, como a reutilização de todo o tipo de embalagens e produtos.
No entanto no caso de alimentos é preciso ter cuidado. Aquilo que designamos por plástico nas suas imensas variedades está carregado de bisfenóis e outros derivados da indústria petrolífera que por ação da mudança de temperatura ou em caso de danos na sua estrutura podem afetar a saúde por ingestão. As garrafas de água em plástico, (por exemplo, PETs ou não), não devem ser reutilizadas quanto mais não seja porque depois de utilizadas a primeira vez, quando ouvimos aqueles estalidos estão a libertar microfibras que ingeridas poderão, segundo algumas opiniões, ser malignas.

Fevereiro 22, 2019, 10:15:01, 10:15
Responder #11

JViegas

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Bem visto Lourenço.  :nice:

Para o ano (2020) será proibido em Portugal o uso de plásticos descartáveis. É mais uma medida para educar as massas que me parece ser mais um passo para a redução do desperdício e risco de poluição.

De facto fala-se muito do aquecimento global (que é real), mas a poluição de plásticos ou a poluição humana é igualmente um problema enorme.

Permitam-me deixar-vos outros temas "dentro" do mesmo:

Vejam por exemplo o concurso de fotografia do World Press Photo, onde um Português (Mário Cruz)     :palmas:     retrata um problema real com poluição/pobreza
https://www.worldpressphoto.org/collection/photo/2019/37686/1/Mario-Cruz
Ele é candidato a uma vitória neste concurso.

Convido-vos também a assistirem a um vídeo sobre a poluição na India. Para além do grave atentado ambiental e sanitário existente, destaco a impotência das autoridades/governo para combater este problema. Há quem diga que o rio se limpa sozinho. Vejam
https://www.theguardian.com/world/video/2017/jul/07/yamuna-india-most-polluted-river-video



Fevereiro 22, 2019, 11:29:48, 11:29
Responder #12

dfelix

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Sou da opinião que estamos muito limitados quanto ao que podemos fazer.

Existem coisas bastante importantes e que são básicas:
Diariamente vejo gente a atirar lixo pela janela do carro.
Diariamente vejo lixo nas bordas das estradas. E fora de estrada quantidades absurdas de lixo despejado nas matas.

Existem coisas que não sendo tão básicas podem fazer enorme diferença.
A mais importante parece-me reduzir o desperdício.
E muitas vezes reduzir o desperdício passa por saber escolher o que consumir.
Pois vivemos um momento em que tudo o que se compra é cada vez mais... descartável!

Mas a dura realidade é que estamos no fim duma longa cadeia de consumo.
A maior parte do lixo que produzo são embalagens e outras tretas utilizadas não por minha opção mas por quem produz ou comercializa os produtos.

É fácil responsabilizar o consumidor final. E sobretudo penalizar este.
Mas é muito difícil perceber até que ponto é responsável por todo o processo desde a extracção dos recursos, produção, transporte, embalagem e gestão do desperdício daquilo que não foi simplesmente comercializado.

Tal como o "ser ecológico" acaba por muitas vezes ser um argumento para o consumo.
Um apelo ao bom senso que se leva a comprar coisas que não se precisa e ainda se ficar com a sensação que estamos a contribuir positivamente para o ambiente.

Fevereiro 22, 2019, 13:49:56, 13:49
Responder #13

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O aquecimento global é uma coisa, isto que estamos a fazer ao planeta é outra coisa, e isto é um facto.

https://www.google.com/search?q=sea+pollution&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjOlpSAiM_gAhUDTBoKHapZC9cQ_AUIDigB&biw=2133&bih=1041

Touché...  :)


A jovem Sueca está imaparável...
Nem os pais, inicialmente, davam grande importância ao que ela dizia e fazia... Mas tem conseguido bastante!


VÍDEO RTP...
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Dalai Lama

Fevereiro 22, 2019, 13:59:05, 13:59
Responder #14

JViegas

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...
É fácil responsabilizar o consumidor final. E sobretudo penalizar este.
Mas é muito difícil perceber até que ponto é responsável por todo o processo desde a extracção dos recursos, produção, transporte, embalagem e gestão do desperdício daquilo que não foi simplesmente comercializado.

Tal como o "ser ecológico" acaba por muitas vezes ser um argumento para o consumo.
Um apelo ao bom senso que se leva a comprar coisas que não se precisa e ainda se ficar com a sensação que estamos a contribuir positivamente para o ambiente.

Pegando nas tuas palavras, se me permites: "É fácil responsabilizar o consumidor final..." porque é aí que podemos ser taxados, ou seja, o ónus do "prejuízo" por reciclar recai sobre todos os consumidores, independentemente de existir uma cultura de "ser ecológico".

Repara por exemplo na conta da água: terás certamente uma taxa de gestão de "lixo", ou seja, resíduos, independentemente da reciclagem que fazes. Vê por exemplo as contas de uma empresa que faz a gestão de lixo. Os lucros são imensos.

Existem algumas empresas que "vivem" da reciclagem. Afinal são necessárias.
Dou um outro exemplo:
convido-vos a ver este vídeo:

Placebo numa cover "Life's What You Make It" dos Talk Talk num local em Africa: Agbogbloshie, no Gana onde se localiza o maior deposito de produtos/equipamentos eletrónicos que são remetidos para "reciclagem", podem ver aqui:
https://en.wikipedia.org/wiki/Agbogbloshie

O que referes, dfelix, e que concordo contigo é que na realidade estamos limitados ao que podemos fazer: umas campanhas, umas manifestações, o separar o nosso lixo, fazer a reciclagem, reduzir, ensinar os mais novos, etc. etc. (atenção que dou muito valor a isto e tento por praticar), desde que continuemos a pagar impostos e mantenhamos o nosso estilo de vida.

Por enquanto o lixo ainda está à porta dos "outros", mas quando começar a surgir à nossa porta? Espera. Já acontece. Tu já referes isso, e bem.

Vem aí o verão é a areia cheia de beatas por exemplo, ou as praias cheias de plástico.

Convido-vos, mais uma vez, um passeio em Alcochete, com a maré baixa, podem ir desde o bar do moinho da praia até à Ponte Vasco da Gama e pago-vos um "café" fresquinho se não encontrarem uma embalagem de plástico.
« Última modificação: Fevereiro 22, 2019, 14:00:16, 14:00 por JViegas »

Fevereiro 22, 2019, 14:40:53, 14:40
Responder #15

dfelix

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Existem algumas empresas que "vivem" da reciclagem. Afinal são necessárias.

Sim.
Somos consciencializados para fazer a separação. E muito bem.
Só que na prática estamos gratuítamente a facilitar o trabalho de empresas que facturam bastante.

Há uns anos atrás surgiu uma vaga de assaltos aos ecopontos.
E de repente esta "matéria prima" entrou em mercados paralelos!

Somos levados a pensar que tudo é lixo.
Somos taxados em praticamente tudo o que possa representar lixo.
Quando na realidade deveriamos ser reembolsados pelo valor que ainda tem esse lixo reciclável.

Infelizmente não há soluções práticas para muitos tipos de lixo.
Mas este é um bom exemplo do que alguns países se pratica com as garrafas plásticas.



Convido-vos, mais uma vez, um passeio em Alcochete, com a maré baixa, podem ir desde o bar do moinho da praia até à Ponte Vasco da Gama e pago-vos um "café" fresquinho se não encontrarem uma embalagem de plástico.

Desde que não me convides a comer um pratinho da ameijoa que apanham ali...  :D


Fevereiro 22, 2019, 20:59:25, 20:59
Responder #16

Moto2cool

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O que faço pelo ambiente? Entre outras coisas, ando de mota :)
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Fevereiro 22, 2019, 21:26:09, 21:26
Responder #17

JViegas

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dfelix: nem pensar nisso.
Ganha-se ali muito dinheiro com a apanha, mas comer daquilo nem pensar.  :-X
(diz-se que vai para tanques para limpar e depois entra no mercado, o certo é que é vê-los a chegar de barco e a carregar carrinhas enquanto a GNR não aparece).

Fevereiro 23, 2019, 00:56:04, 00:56
Responder #18

jmartins13

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Tirando o básico, que é separar embalagens para a reciclagem:

1. 19 Anos sem consumir carne (poupança ambiental em água e efeito gases de estufa)
    A alimentação minha e dos meus é 95% Vegana.
2. Praticamente não uso sacos nenhuns de plástico, vem tudo do supermercado em sacos de papel que reutilizo,     
    ou vem a vulso.
3. Embalagens de vidro ou a granel sempre que é possível.
4. Faço algumas deslocações para o trabalho de bicicleta ( máximo 15/mês)
5. Não apoio o embuste dos veículos eléctricos
6. Sempre que posso, chateio quem posso com os pontos acima ::P:
 

Fevereiro 23, 2019, 01:03:00, 01:03
Responder #19

Lourenço

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7. E prometeste por os companheiros do CPMoto a degustar cogumelos alentejanos, sim?

Fevereiro 23, 2019, 01:41:08, 01:41
Responder #20

jmartins13

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7. E prometeste por os companheiros do CPMoto a degustar cogumelos alentejanos, sim?

Náda disso, propus foi que os companheiros do cpm, me dessem cogumelos para degustar :megafeliz:

Fevereiro 23, 2019, 10:09:49, 10:09
Responder #21

Sapiens21

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(....)
5. Não apoio o embuste dos veículos eléctricos
(....)

Claro...até porque continuar com veículos de combustão e cuja energia é obtida através de combustíveis fósseis, só pode ser muito menos "embuste".  :-\

Infelizmente parece-me que quem não acompanha as informações do sector está um pouco alheado dos enormes investimentos em fábricas (para fabrico de eléctricos) cuja energia será obtida inteiramente de forma limpa. E estamos ainda numa fase inicial, é bom dizer...

Já o escrevi de forma suficientemente detalhada por AQUI e também AQUI, não valendo a pena voltar a postar aqueles considerandos.  :nice:

----------------------------------

Quanto à não ingestão de carne, estou receptivo a sentar-me à mesa contigo num qualquer evento e ouvir-te falar das vantagens. Neste caso não propriamente num interesse relacionado com o ambiente...mas com a saúde humana. :nice:
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

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Fevereiro 23, 2019, 11:34:13, 11:34
Responder #22

Moto2cool

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Quanto ao consumo de carne é curioso que a lógica que tem sido defendida ao longo do tempo posta esta opção não estava ligada à ecologia mas rapidamente se colou ao assunto do momento.

Dos veículos eléctricos, tenho muito medo dos interesses instalados, por exemplo a venda de energia eléctrica está mais cartelizada, o apetite fiscal do estado pelos combustíveis terá que mudar para a electricidade com resultados imprevisíveis (excepto que se vai pagar mais do que se paga agora porque cada alteração de impostos resulta numa soma superior à anterior), o crescimento do consumo de energia elétrica pode alterar o peso das renováveis e o equilíbrio futuro ser muito mais poluente que o atual.
O custo dos veículos eléctricos é muito elevado pela investigação e desenvolvimento de produtos novos, que se vai repercutir nos clientes, neste momento as empresas tentam absorver o máximo, quando esses veículos forem "obrigatórios" qual a taxa de crescimento dos preços.

A gestão da vida das baterias, incluindo o material que as compõe (há reservas estáveis?) e a sua eliminação são incógnitas que gostaria de ver mais bem explicadas.

Sobretudo tenho medo da desinformação, de que é um exemplo as afirmações estúpidas de um membro do governo que algum dia havemos de perceber a sua lógica, provavelmente no novo emprego quando sair do governo.

Concordo que os combustíveis fósseis não são o futuro, mas gostaria de ver mais bem estudadas as alternativas.
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Fevereiro 23, 2019, 12:03:38, 12:03
Responder #23

acvalent

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(....)
5. Não apoio o embuste dos veículos eléctricos
(....)

Infelizmente parece-me que quem não acompanha as informações do sector está um pouco alheado dos enormes investimentos em fábricas (para fabrico de eléctricos) cuja energia será obtida inteiramente de forma limpa. E estamos ainda numa fase inicial, é bom dizer...


Caro Sapiens

Não sei bem o que é mais "limpo"!

Uma motorizada elétrica é seguramente menos poluente, em termos de emissões, em termos de ruído, ... se calhar tem ainda mais alguns aspetos em que será amiga do ambiente.

Mas ... há sempre um mas!

E em termos de construção? Como será? De onde vêem e em que condições são fabricadas as peças?
E em termos de reciclagem? Ou seja, depois da mota cumprir a sua função, ainda será amiga do ambiente? Será um produto verde?

Depois, pensemos nos custos ambientais da produção de energia elétrica.

Sim, atenção que a produção de energia elétrica tem custos ambientais.
Lembre-se das alterações nos nossos rios, que são transformados em lagos, cuja água é desviada (os transvases são muitos na península ibérica) para outros lados, com a redução dos caudais, ditos "ecológicos" (a situação recentemente relatada sobre o rio Tejo), e a "transferência" de espécies para ecossistemas onde não existem/existiam (que impactos isso terá em termos ambientais?). Acabam-se/reduzem-se os efetivos de populações de espécies migradoras com a construção de barragens (bloqueiam os movimentos), abrem-se condições à proliferação de espécies exóticas (alteração da temperatura da água, redução da corrente), etc. etc.. Extinguem-se espécies, sim muitos os casos, que evoluíram nos nos rios e surgem outras que são oportunistas.

Atenção que a energia eólica tem custos ambientais.
Impacto negativo nas aves, mortalidade por embate nas pás das eólicas, e impacto nas suas migrações.

Consideramos também a energia elétrica das centrais nucleares limpa?

E se pensarmos nos impacto ambientais dos sistemas de transporte de energia?

Sem querer rebater que temos muito a fazer para proteger o planeta, e que temos de fazer algumas cedências (o menor dos males), o mais certo é não haver nenhuma solução miraculosamente ... limpa.

Cumprimentos
 
A. Valente
NC 750X DCT ABS (2018-...)
Piaggio Zip RST (2017-...) Spritmonitor.de" border="0

Fevereiro 23, 2019, 12:21:10, 12:21
Responder #24

2low

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Eu até andava a pensar em qualquer dia passar a usufruir de um veiculo "hibrido" gasolina+electrico ou gasóleo+electrico mas apos pesquisar uma pouco e em debate com o "Portuga" aqui do fórum, há uma coisa que realmente é de salientar:
-híbridos destes cada vez há mais aos pontapés no mercado de importação lá das Alemanhas
-qual o motivo de haver tantos desses veículos que são até tão recentes?
A resposta pode ser fácil de dar: os híbridos ou "pseudo amigos do ambiente" têm uma autonomia bastante curta em modo eléctrico e depois têm um consumo bastante elevado na motorização principal, o que para quem procura uma alternativa para um diesel económico que gaste na casa dos 5/6lt/100km, torna estes "híbridos" como veículos "non grato", pois podem encontrar consumos de 8/10 lt/100km após os 40/60km de autonomia que apenas servem para a deslocação "logica conceptual" carregar em casa-deslocar para trabalho-carregar  no trabalho-deslocar casa-carregar em casa-etc... pois não serve para mais que isso…

Para quem ache isto uma alternativa e que queira seguir a tendência ou moda de ir atras do "que eles querem que a gente faça", há muito Peugeot 508 gasóleo hibrido, muito mercedes e300d diesel hibrido e alguns passat gte gasolina hibrido… (no tal mercado de importação germanico e arredores)

Acho que vou esperar mais um bocado… e com grande probabilidade de ainda ter de substituir a actual viatura por alguma diesel convencional e borrifar-me para o que os outros possam pensar ou julgar - se não faz sentido ou não me traz vantagem económica… vou gastar um balúrdio num veiculo só para fingir que "sou amigo do ambiente" ?!
Ainda assim, vou pensar melhor no que fazer…

nota: a partir de setembro/outubro 2018, qualquer moradia, prédio ou mesmo edifícios comerciais que sejam licenciados para construção, são obrigados a deixar tomada eléctrica para veículos eléctricos na(s) garagem (a não ser que o DL ainda não tenha saído…)

nota2: ainda assim, numa perspectiva de custo por quilometro percorrido, ainda rende ter um veiculo "hibrido" a GPL, mesmo com os aumentos do próprio GPL

nota3: parece para já e a médio prazo, ser mais fácil a substituição de motos de motorização tradicional por eléctricas do que propriamente a substituição dos veículos familiares tradicionais por outros eléctricos, pelos custos elevados destes novos veículos, a ainda pouca rede de postos de abastecimento, etc...
« Última modificação: Fevereiro 23, 2019, 12:28:17, 12:28 por 2low »
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Fevereiro 23, 2019, 12:59:39, 12:59
Responder #25

Lourenço

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A minha perspetiva na temática do tópico relativamente a um dos muitos meios que está ao nosso alcance para poluir menos que é o meio de transporte.
(não podemos, penso eu, ficar só pelos transportes)

Poluir menos será sempre não circular ou utilizar transportes coletivos ou a pé ou de bicicleta.
Como para mim qualquer dos meios anteriores ou não é possível, não funciona ou há demasiadas condicionantes procura-se o mal menor com a relevância do aspeto financeiro.

O carro elétrico para mim ainda não serve, mas estou atento porque está a evoluir rapidamente.
Então circulei e penso voltar a circular em breve com um híbrido HSD. Não é plug-in porque neste caso os preços das baterias são ainda muito caros e para os meus percursos em termos de autonomia ainda falta um bocadinho assim para lá chegar. Para um familiar meu é já o ideal.

Casei um HSD com GPL. Evito a caríssima manutenção de um diesel moderno, gasto menos em combustível conseguindo ficar abaixo dos 7€ 100km com uma tecnologia fiável, muito menos poluente, embora não sirva para alguns porque é necessário investir num KIT GPL de preferência liquido para um hibrido, é uma tecnologia sem caixa manual exigindo habituação, (existindo modelos a GPL não híbridos de origem, a poupança a longo termo é algo inferior mas o investimento inicial também é menor), e por ultimo é algo técnico que implica dois combustíveis embarcados e dois sistemas em simultâneo necessitando algum empenho e a escolha acertada de um bom instalador e sistema.

O GPL, butano ou propano é um subproduto do petróleo, inevitável, que se não for "queimado" acaba no ambiente decorrente da extração petrolífera.

Sei que daqui por meia dúzia de anos o que acabo de escrever perdeu toda a relevância, utilizarei um elétrico plug-in ou um fuel cell.

Há um fórum, pequeno, mas muito didático, onde há 2 ou 3 especialistas na matéria.
https://www.autogas.pt/forum/index.php

Fevereiro 23, 2019, 13:19:57, 13:19
Responder #26

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Caro Sapiens

Não sei bem o que é mais "limpo"!
(....)

Lê então com mais atenção o que escrevi e os links que deixei no meu post. É importante para perceber o que foi escrito! :)

Naturalmente que as peças/componentes tem de se recorrer a matérias primas. Mas não se faz o mesmo com os modelos de combustão?

Com a energia é algo diferente.
O não recurso a queima de combustíveis fósseis, carvão ou gás para produção de energia, substituindo por métodos que consigam tornar as fábricas autosuficientes em matéria de energia limpa e renovável, é algo que se prova já no presente não ser "ficção científica".

Mas claro que ainda há mais avanços a fazer, nomeadamente (mas não só), no tornar da energia para carregamento dos próprios veículos eléctricos...inteiramente renovável.
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Fevereiro 23, 2019, 13:48:34, 13:48
Responder #27

2low

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A minha perspetiva na temática do tópico relativamente a um dos muitos meios que está ao nosso alcance para poluir menos que é o meio de transporte.
(não podemos, penso eu, ficar só pelos transportes)
(…)

Na construção, é também obrigatório pelo menos sistema AQS (sistema Aguas Quentes Sanitárias) com "painéis solares".
Por motivos de a legislação em vigor proteger os grandes interesses lá dos Amigos/Primos/Tios e a PQP de ChingLings e outros que dominam as grandes companhias energéticas nacionais, actualmente o custo de colocar um sistema de painéis solares para iluminação, utilização de electrodomésticos etc, é tão alto que não justifica para a carteira das pessoas…
Este sistema AQS+paineis solares (apenas aquecimento aguas sanitárias e sem bombas de calor com caldeiras/deposito para aproveitamento solar e aquecimento de piscinas) que já chegou a custar qualquer coisa como 10.000€ /15.000€ agora já se consegue a rondar os 3000€ - assim não assusta…
-a produção de energia "paitrocinada" pela EDP que tanto se falou ("a EDP paga a energia") é uma trampa bem grande, pois o que acontece é que a EDP faz um empréstimo a medio prazo e vai pagando a prestação… quando o sistema está pago, a EDP deixa de dar dinheiro pela energia produzida… era assim e acho que continua assim! Alguém sabe mais sobre isto?

Resumindo bem a coisa:
-enquanto as várias  legislações apenas salvaguardarem esses grandes interesses (as energéticas), por muito que as pessoas queiram "ser mais amigas do ambiente", jamais as carteiras deixarão tal acontecer.
-outro motivo que impossibilita é as carteiras das pessoas estarem cada vez mais reduzidas pelo cada vez mais crescente aumento de impostos, taxas e taxinhas e já com anúncios de novos impostos, taxas e taxinhas e as pessoas continuam serenas e hirtas e apenas vão se queixando e só dos aumentos de combustível ou de portagens… ou quando se queixam, olham apenas para o seu umbigo e não lutam em conjunto com as restantes profissões…
-outro assunto, a reciclagem de materiais e resíduos sólidos urbanos (ecopontos e afins) é na maioria negocio para empresas particulares e municipais, e enquanto não houver reais benefícios para a carteira também dos consumidores, é para mim um dos motivos pelos quais não haja tanta adesão das pessoas a fazerem mais separação de resíduos e ir colocar ao ecoponto respectivo [essas empresas não têm qualquer respeito inclusive pela colocação de ecopontos, tapando por vezes passadeiras, estacionamentos, etc... o que interessa é ter lá o local e esperar que as pessoas encham aquilo para irem lá buscar e ganharem o seu…  sim, essas empresas ganham e bem… e nós não ganhamos nada! so ganhamos a parte moral de "estarmos a ser mais amigos do ambiente"]
-acho que na reciclagem se há empresas a ganharem financeiramente e bem com isso, que o dinheiro/lucro seja também em beneficio dos consumidores para tornar todos os produtos mais baratos… e não venham com a historia da carochinha que os impostos aumentaram…
-etc...

E a ver o Telejornal agora mesmo, com uma noticia sobre os produtos de plástico descartáveis ainda quero acrescentar o seguinte:
-"por uns pagam todos" - uns são porcos e pouco civilizados em despejar tudo para a sanita, seja por motivos de vergonha de a empregada ver, seja por habito e cultura ou seja por outro motivo - saliento que no estrangeiro os caixotes do lixo que estão ao lado das sanitas são ate para la se colocar o papel higiénico utilizado…
[basta ouvir uma qualquer reunião de condomínio para haver sempre algum que já teve que limpar a caixa de esgoto do prédio e aquilo estava cheio de porcaria ate cima e tinha de tudo…]
-os cotonetes são essenciais para com alguma regularidade permitir a limpeza do ouvido (pelo menos para pessoas com excesso de produção de cera) e não sei como vai ser para estes casos… [ter algo que está sempre a dobrar-se ou partir-se também não acho que seja mais amigo do ambiente pois está-se a gastar mais para fazer o mesmo… mas se o motivo for ELES lucrarem mais, então está aqui a resposta… não venham então com a "historia de embalar da salvaguarda do meio ambiente"
-há ainda uma coisa que os "senhores das leis" deveriam ter em conta: obrigar as grandes superfícies comerciais (hipermercados) a terem produtos mais amigos do ambiente e como exemplo dou "aquelas gerigonças" que facilitam a limpeza dos dentes e que minimizam a utilização de tanto fio dentário (fio dental é outra coisa…, é que se antes encontrávamos lá à venda essas gerigonças para irmos colocando fio dentário, agora só existem os descartáveis… lá está… os tais gestores de produto que vao ganhando prémios de mérito por fazerem lucrar as empresas dos hipers não estão minimamente preocupados na salvaguarda do meio ambiente, e nem estão proibidos por lei de agirem dessa forma…
« Última modificação: Fevereiro 23, 2019, 14:11:19, 14:11 por 2low »
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Fevereiro 23, 2019, 14:14:29, 14:14
Responder #28

jmartins13

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A indústria agropecuária é uma afronta ecológica, já há estudos desde 1988 pelo menos, do impacto desta no planeta. Era nessa altura, "apenas" por 14% dos gases de estufa. Simplesmente agora é que reconheceram publicamente como prejudicial. Enfim, como tudo, demora demasiado tempo e a factura vai acumulando.
Também já desde 1999 que tenho conhecimento que o consumo excessivo de carne causa cancro, mas só há 2 ou 3 anos é que a OMS reconheceu isso publicamente.

Os eléctricos para mim, não obrigado. No ponto que hoje estão as coisas, nem pensar. O lítio para as baterias também é retirado da natureza e transformado, tal como o petróleo, tb acaba. O problema é q a factura dos electricos não se esgota por aí. Há depois 2 questões , uma de como os milhões de toneladas de baterias a cada 6-8 anos vão ser dispostas no ambiente. A outra é a proveniência da energia para carregar as baterias. Barragens acestragar ecossistemas, queimas de carvão, eólicas, paineis solares, nem estas todas juntas dão conta da mobilidade eléctrica do planeta e, inevitavelmente acabamos na energia nuclear, que além do perigo q representa, produz residuos perigosos (olhem o actual caso de almarás) É isso a maravilha ecológica dos eléctricos? Acabarmos com veículos futuristas cheios de Design e atolados em baterias e resíduos nucleares?? Areia para os olhos, não obrigado.

Fevereiro 23, 2019, 14:59:13, 14:59
Responder #29

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Sim...torna-se bastante claro que o melhor é mesmo continuar com os motores de combustão.



E fazê-lo por mais umas décadas, seja com as actuais jazidas de petróleo ou outras que sejam encontradas e exploradas.

....

....

...Bem..

A tecnologia actual no campo dos eléctricos não é perfeita e tem naturalmente caminho para prosseguir. Disso não restam dúvidas... nenhumas!

Mas os benefícios para o ambiente e para a própria saúde humana, com esta mudança e com métodos produtivos que façam uso de energia limpa, tenderá a ser cada vez melhor.

Uma das coisas que tornaria tudo muito mais fácil e que grandes empresas farão a sua pressão para que  (infelizmente) não se concretize a breve trecho, é a obrigatoriedade de as novas habitações terem painéis solares e carregadores destinados a uso doméstico.

Se isto acontecesse de forma massiva e a preços económicos, não duvidem meus caros...seria incomparavelmente melhor do que "andar a reboque" da combustão de combustíveis fósseis.




Quanto a baterias, a sua duração e a sua reciclagem...

Bem...as mesmas problemáticas já acontecem com os actuais veículos não eléctricos!!

Entrar por aí é encontrar um argumento que tem 2 vias...não apenas uma.

A tecnologia possível de implementar na reciclagem (uso e possibilidade de novo uso após o tempo de vida útil) terá também da parte destes jovens uma pressão e alerta.

Isto não é um caminho único no campo dos meios de transporte. Isso é certo...

Há muito mais a fazer em diversas frentes e a área da agricultura e métodos implementados (que infelizmente sei muito pouco) é mais uma a merecer atenção.   :nice:
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Dalai Lama

Fevereiro 23, 2019, 15:14:03, 15:14
Responder #30

jmartins13

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Não disse que se deve continuar com os veículos a combustão, mas parem de pintar os eléctricos como verdes, pois não são.
Já tenho dito, motores de combustão são facilmente adaptados a ar comprimido e a energia magnética é bastante viável. O uniconproblema é que ninguém implementava lobbys.

Fevereiro 23, 2019, 16:36:01, 16:36
Responder #31

Sapiens21

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Tem de se ler as opiniões com mais calma.  :)
Ninguém lhes chama "verdes", mas uma melhor opção do que a actual...

E principalmente...com muito caminho para ser (ainda mais) eficiente e menos prejudicial ao ambiente. :nice:
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Fevereiro 23, 2019, 16:55:55, 16:55
Responder #32

pjmartinho

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Não disse que se deve continuar com os veículos a combustão, mas parem de pintar os eléctricos como verdes, pois não são.
Já tenho dito, motores de combustão são facilmente adaptados a ar comprimido e a energia magnética é bastante viável. O uniconproblema é que ninguém implementava lobbys.

Até porque muita gente acredita que a electricidade "nasce" na tomada da parede pois nunca viram onde é produzida  :)

A energia eólica é boa... mas o vento nem sempre sopra. A energia solar para produção de electricidade é boa... mas durante a noite não há produção de electricidade.

Na casa onde vivo não uso gás... é tudo elétrico! Aparentemente até sou uma pessoa preocupada com ambiente, certo?
Posso dizer que os custos disto são bastante mais elevados do que os custos de qualquer outra casa em que já vivi e onde usava gás!!!

O painel solar para aquecimento de água, durante o inverno, acaba por ter sempre a resistência ligada pois a "quantidade de sol" que apanha no inverno não é suficiente para aquecer a água... quando muito, deixa-a morna.

Vamos para a cozinha... forno + fogão electrico (mais o resto da maquinaria da cozinha, naturalmente). Para conseguir ter a casa a funcionar e poder cozinhar as refeições, necessito de ter uma potência contratada relativamente elevada, pois se não for assim, o quadro está sempre a disparar. Quanto mais elevada for a potência contratada, maiores os custos do "termo fixo" (antigo aluguer do contador) que são calculados ao dia e, aparentemente, têm um custo de peanuts.

Aquecedores... não os tenho em casa... aqueço a casa com o calor da lareira e gasto cerca de 5 toneladas de lenha por inverno. A única coisa que "alivia" a conta da electricidade, é que tenho tarifa bi-horária pelo que as máquinas da roupa, loiça e de secar só funcionam durante a noite.

À 20 anos atrás, na minha primeira casa, 20 contos (aos dias de hoje seria pouco mais de 100€) chegavam - e sobravam - para pagar as contas de água + luz e gás... hoje só a conta da electricidade (mesmo gastando menos KWh) é sempre superior a 150€... e ainda falta a conta da água que, nos meses de verão chega aos 500€/mês!!!

Portanto, e voltando ao tópico "E Tu? O que pensas fazer (ou já fazes) pelo ambiente?"... já faço não usando gás em casa mas, com custos elevadíssimos para a minha carteira  :'(

Já me esquecia... a minha mulher que é toda "environmentaly friendly" faz a recilagem do lixo. Frequentemente meto os sacos na bagageira do carro para os ir depositar no ecoponto que fica afastado de minha casa... depois vejo o camião de recolha do lixo chegar ao ecoponto, pegar nos diferentes sacos e atira-los todos para o mesmo molho o que me deixa ficar a pensar se realmente é feita algum tratamento adequado após a recolha pelo camião.
« Última modificação: Fevereiro 23, 2019, 17:09:40, 17:09 por pjmartinho »

Fevereiro 23, 2019, 19:33:41, 19:33
Responder #33

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Existe uma coisa muito "engraçada"...mas na verdade sem ter muita piada, que é a de haver um argumento bastante utilizado por parte de quem não quer sequer ouvir falar dos veículos eléctricos.

Aquilo que é apresentado como argumento centra-se muitas vezes no "então e depois? essas baterias após o seu ciclo de vida não vão ser fonte de poluição?"

Ora eu entendo essa preocupação e muito mais o farão ambientalistas que se preocupam com a necessidade e capacidade para reciclar as baterias usadas desses mesmos veículos.

Está tudo muito certo. É uma preocupação legítima, sem dúvida alguma!

Mas do alto da minha ignorância, não consigo deixar de vislumbrar, com suficiente clareza, que um veículo de combustão, utilizado durante 8-10 anos e a emitir partículas sempre que está ligado, provavelmente será muitíssimo mais prejudicial. Tanto para o ambiente como para a saúde humana.

Sim....porque muitas mortes no Mundo por problemas das vias respiratórias e pulmonares, com aparecimento de tumores malignos, tem como causa também a porcaria do ar que respiramos! Claro que não só por via dos transportes, mas não lhes falta a responsabilidade no ar que se respira.

Neste momento e como disse lá mais atrás, já existem fábricas completamente neutras ao nível das emissões de CO2 na produção de veículos...e se tal situação se estendesse a muitas mais indústrias, seria o caminho certo.

Mas a produção é uma coisa e a reciclagem dessas baterias no final de vida, é outra coisa. E essas baterias são fonte de poluição!
Certo??

Bem...

Até mesmo aqui me parece que deve impor-se uma pergunta e que gostaria que alguém esclarecesse antes de se continuar a dizer que as baterias vão ser o grande problema dos eléctricos face aos de combustão!

Ou seja, aquilo que gostaria de saber, a bem de um discurso que realmente faça sentido (até para mim), é se as baterias de iões de lítio, aquando da sua reciclagem, são ou não mais nocivas dos que os largos milhões de baterias que usam muitos carros actualmente, com os seus ácidos e chumbo...e que a dada altura irão parar a algum lado!

Se os eléctricos são o melhor que deveria existir?

Provavelmente não! Nisso estamos de acordo...
Eu estou receptivo à sua existência, mas admito não ter (ainda) nenhum. A gaita dos preços elevados é um travão tal, que não consigo conceber a sua aquisição num imediato.

Mas numa comparação directa e pressupondo inclusivamente um desenvolvimento que se faz e fará no futuro relativamente às mesmas, tenho cá para mim que é um assunto capaz de se tornar muito fácil de responder nos efeitos nocivos de uma e outra opção. :)

« Última modificação: Fevereiro 23, 2019, 19:58:56, 19:58 por Sapiens21 »
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Fevereiro 23, 2019, 20:45:05, 20:45
Responder #34

jmartins13

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Sinceramente , espero que nenhuma delas vão parar aos solos, ou se forem inceneradas, que o façam sem prejudício ao ambiente, algo que cinhecendo a natureza humana, duvido que aconteça, pelo menos logo a princípio.

É certo que os actuais veiculos já têem b1 bateria cada, mas  num mundo de mobilidade eléctrica total,  são em média 500kgs X número de veiculoa, a cada 6-8 anos. E isso Assusta! E MUITO!

Fevereiro 23, 2019, 21:18:39, 21:18
Responder #35

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Yep. É verdade.  :nice:
Serão baterias "a perder de vista" se não houver soluções concretas quanto ao seu destino...

Mas voltando um pouco atrás....

Existirá mesmo viabilidade nesse "ar comprimido"?

Eu não digo que não se tenham já feito testes, já que isso é de conhecimento público.

Mas até que ponto seria controlável, seguro ou capaz de levar a deslocações de 400-500kms num veículo de 1.5 toneladas p.ex?

Estou receptivo a aprender, mas uma "adaptação" de um motor de combustão passando-o para ar comprimido...dá-me ideia que não seria assim tão fácil. Pelo menos de uma forma realmente utilizável, claro.

Mas como disse...estou receptivo a evidências que me sejam mostradas.  :nice:
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Fevereiro 23, 2019, 21:43:53, 21:43
Responder #36

jmartins13

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Já há quem tenha feito profissionalmente em frança e até como hobby se veêm N videos. Na prática, o motor de combustão faz com que a explosã nos cilindros mexa os pistons, mas se em vez disso, colocares ar pressurizado, o efeito é o mesmo. O resto é a vontade humana em desenvolver, o que não existe, pois não haveria lobby.
Há inclusive interpretações novas de o que pode ser um motor e bem simples a ar comprimido um pouco baseado no conceito do compressor de parafuso. Quem inventou usa em carros de armazem/ tipo golfe. São soluções realmente verdes que mereciam ser desenvolvidas num contexto de uma real preocupação ambiental. Os eléctricos têem demasiados interesses à volta, não gosto do cheiro que daí vem nem vou facilmente na conversa.

Eu tenho máquinas com funções pneumáticas e trabalham sem poluir e com pouca manutenção.....pistons de pressão/ calcadores; guimhotinas ; cabeçotes em guias que fazem movimentos verticais ou horizontais.
A maior parte de maquinaria industrial que trabalha quase 24/24  está entregue a uma combinação electrica/ar comprimido.
Em 97 ou 98, vi no Picoas um espectáculo musical, chamado de robótica tribal. Um concerto tribal todo executado por robôs todos articulados a ar comprimido. :cool:
« Última modificação: Fevereiro 23, 2019, 21:50:21, 21:50 por jmartins13 »

Fevereiro 23, 2019, 21:57:34, 21:57
Responder #37

jmartins13

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Um compressor comum industrial, tem um motor de indução ligado a uma correia que faz com que um cilindro ou mais trabalhem sem combustão para encher o depósito.
Portanto na prática apenas se necessita de corrente eléctrica ( que pode ser gerada sustentávelmente pelo veículo, para pôr a rodar um motor depistons sem que haja combustão.
Mais uma vez, quem iria ganhar dinheiro ? ....logo, deixa de ter interesse. Natureza humana no seu melhor....
« Última modificação: Fevereiro 23, 2019, 22:02:50, 22:02 por jmartins13 »

Fevereiro 24, 2019, 17:03:36, 17:03
Responder #38

Moto2cool

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Fevereiro 24, 2019, 18:53:45, 18:53
Responder #39

Lourenço

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Essa questão do ar comprimido é recorrente e é algo que mereceria talvez mais estudo com produção baseada em renováveis, nem creio que tal não tivesse acontecido.

A ideia que tenho,  já da minha época de estudante, nos anos da segunda e terceira crise petrolífera, é que tal como a equação a resolver para o Hidrogénio (consome muito mais energia especifica na produção, quando por eletrolise, recentemente experimentam o metano, que a máxima potencialmente entregue), a energia necessária para comprimir o ar é n vezes superior á potencialmente obtida e culminando com o facto de a eficiência dos motores com tecnologia de ar comprimido não ser das melhores a partir de determinados valores.

Fevereiro 24, 2019, 23:07:02, 23:07
Responder #40

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Yep...

Se para comprimir o ar assim dessa forma exige mais energia do que aquela que depois seria utilizada...talvez não fosse um caminho muito válido.

Se bem que, o desenvolvimento de uma tecnologia tende a ser geralmente melhor (ou mais eficiente) do que o ponto de partida.

Mas não havendo interesse...não há desenvolvimento.

Mas quanto ao hidrogénio, a "batalha" ainda vai prosseguir...  :nice:
E pelo que vou lendo, tem futuro. Garantidamente que não vai ficar esquecida.

Esta notícia de ontem e é demonstrativa de que vai merecendo atenção.  :read.calm:

https://www.motor24.pt/motores/ecologia/taxis-a-hidrogenio-vao-invadir-paris/
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Fevereiro 25, 2019, 00:00:14, 00:00
Responder #41

Lourenço

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Tem havido novas estações de hidrogénio para fornecimento sobretudo na europa central, já existem muitas dezenas a funcionar, mas sobretudo, muitos estudos e experiencias na forma de o produzir economicamente e localmente em pequenas/médias unidades, independentes dos fósseis, ao nível de grandes cidades, para evitar ao máximo o transporte em longas distancias, não mais de algumas centenas de quilómetros.

Nos elétricos puros a guerra está nas baterias ou mais genéricamente no armazenamento (e futuramente na rede elétrica) e nos fuel cell está na produção do hidrogénio.

Por enquanto o hidrogénio ainda fica mais caro que o diesel, daqui a tres anos vai estar ao mesmo preço (?) e aí os preços dos veículos baixarão dos 60 000€ para os mais baratos atualmente. A AIR Liquide, https://www.airliquide.com/,está em todas, individualmente e a participar em várias tecnologias emergentes de produção para não deixar escapar nenhuma na tentativa de dominar.

Edito para acrescentar que se a tecnologia de produção com GN (ou outro metano) for verificada como válida, Portugal tem um papel interessante com Sines e a via férrea, mas é um impasse o ideal é encontrar forma de utilizar renovaveis.

https://www.airliquide.com/magazine/hydrogen-forging-future-smrx-technology



« Última modificação: Fevereiro 25, 2019, 00:06:43, 00:06 por Lourenço »

Fevereiro 25, 2019, 10:25:52, 10:25
Responder #42

dfelix

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O tópico conseguiu aguentar quase 3 dias sem se voltar à mesma discussão de sempre em torno dos veículos eléctricos.
 :D


Março 21, 2019, 22:25:04, 22:25
Responder #43

acvalent

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Voltemos ao tema, se calhar para desilusão do dfelix.

Caro Sapiens21, deixe-me tentar rebater alguns dos seus argumentos. Sem maldade. E antes, note que também acho que devemos fazer alguma coisa pelo planeta. Não sei é se estamos no caminho certo, no ritmo certo, se (apenas) anunciamos/defendemos as soluções adequadas, mas sobretudo se é o timing certo.

Com a energia é algo diferente.
O não recurso a queima de combustíveis fósseis, carvão ou gás para produção de energia, substituindo por métodos que consigam tornar as fábricas autosuficientes em matéria de energia limpa e renovável, é algo que se prova já no presente não ser "ficção científica".
É o caso da energia nuclear. Queremos isso?

Mas claro que ainda há mais avanços a fazer ... inteiramente renovável.
Quando chegará essa energia inteiramente renovável? Ainda este século?
 
A tecnologia actual no campo dos eléctricos não é perfeita e tem naturalmente caminho para prosseguir. Disso não restam dúvidas... nenhumas!
Perfeitamente de acordo.

Mas os benefícios para o ambiente e para a própria saúde humana, com esta mudança e com métodos produtivos que façam uso de energia limpa, tenderá a ser cada vez melhor.
Será? Acho-o demasiado optimista, desculpe.

Tem de se ler as opiniões com mais calma.  :)
Ninguém lhes chama "verdes", mas uma melhor opção do que a actual...

E principalmente...com muito caminho para ser (ainda mais) eficiente e menos prejudicial ao ambiente.
Isso está por provar.

Sim....porque muitas mortes no Mundo ... tem como causa também a porcaria do ar que respiramos! Claro que não só por via dos transportes, mas não lhes falta a responsabilidade no ar que se respira.
A quem atribui a maior fatia de responsabilidade?

Mas do alto da minha ignorância, não consigo deixar de vislumbrar, com suficiente clareza, que um veículo de combustão, utilizado durante 8-10 anos e a emitir partículas sempre que está ligado, provavelmente será muitíssimo mais prejudicial. Tanto para o ambiente como para a saúde humana.
Pois, mas também não adivinho quais serão as fontes poluentes futuras ...

Se os eléctricos são o melhor que deveria existir?
Provavelmente não! Nisso estamos de acordo...
Eu estou receptivo à sua existência, mas admito não ter (ainda) nenhum. A gaita dos preços elevados é um travão tal, que não consigo conceber a sua aquisição num imediato.
Touché!

Existirá mesmo viabilidade nesse "ar comprimido"?
Ainda não à muitos anos fazia-se e mesma pergunta sobre os elétricos.

Atenção a essas energias sem custos porque estão a mexer com gente poderosa, depois não se admirem dos ataques informáticos ao fórum :)
Exatamente!

Mas quanto ao hidrogénio, a "batalha" ainda vai prosseguir... 
No Porto há vários autocarros que andaram a hidrogénio!
Mas, notícia de 2008, STCP abandona projecto de hidrogénio devido aos «fracos resultados».

Gostaria de ser mais optimista quanto ao futuro!
Tanto, pelo menos, como o Sapiens21
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Março 25, 2019, 00:35:03, 00:35
Responder #44

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Companheiro Acvalent,

Opiniões são opiniões. :) :nice:

Tens todo o direito em pensar o contrário. Eu realmente não é somente por uma questão de optimismo, mas por ser também em certa medida a ordem natural das coisas.

Uma hipotética negação no que concerne a uma evolução da eficiência e exigência imposta no sector dos transportes, comparando com o existente há apenas 20-25 anos atrás...é algo que, no meu entender, não tem discussão possível.

E por isso mencionei (e reforço) que benefícios para o ambiente e para a própria saúde humana, com esta mudança e com métodos produtivos que façam uso de energia obtida da forma limpa, tenderá a ser cada vez melhor. É a ordem natural das coisas e a exigência que nós, consumidores, fazemos no presente e continuaremos a fazer valer no futuro.

Aquilo que escreveste, citando-me, leio-o genericamente como dúvida... dúvida.... dúvida.
Por mim tudo bem, é perfeitamente legítimo haver dúvida. É respeitável ter a dúvida e questionar com base nisso.

Mas p.ex. falas da energia nuclear quando não dei a entender nada disso.

Ao referir-me ao não recurso a queima de combustíveis fósseis, carvão ou gás para produção de energia em muitas indústrias, substituindo por métodos que consigam tornar as fábricas autosuficientes em matéria de energia limpa e renovável (dependendo da sua localização), tenho em mente um aproximar do zero carbon footprint conseguido por exemplo com aquilo que actualmente começa a ser uma realidade...p.ex. a fábrica da Audi em Bruxelas! :nice:

Consome energia limpa equivalente ao que 1500 alemães utilizam por ano, tem um painel fotovoltaico (no telhado da fábrica) do tamanho de cinco campos de futebol e produz energia limpa suficiente para alimentar 760 casas alemãs onde residam quatro pessoas.

E mesmo a fábrica em Ingolstad, está a desenvolver-se um tratamento pioneiro da água, permitindo uma poupança de água potável equivalente à consumida por 11 000 pessoas anualmente na Alemanha. E isto é extraordinário...

São exemplos de que o caminho está a ser trilhado.

Se já poderia ter sido feito isto há mais tempo??
Muito provavelmente sim...

Se poderia e deveria estar a ser levado a cabo pela generalidade dos construtores??
Obviamente que sim...

Mas isto é apenas uma parte do necessário. Isto é apenas uma parte de um trabalho muito mais amplo e que, digo-te com toda a sinceridade, não se subsume somente aos transportes. Como inclusivamente já o tinha dito antes neste tópico, há umas semanas.

Aliás, estima-se que no presente os transportes são responsáveis por 14% do CO2., ao passo que a indústria gera 21%, a agricultura 24% e a produção de electricidade 25%.

Citaste também uma frase minha para colocar depois.... "Touché", como sendo um "excerto de opinião" que também partilhas, mas não só aquilo que estava escrito é a realidade (os eléctricos não serão a solução perfeita. Aliás, existe-a?), como os caminhos para uma melhor qualidade de vida do planeta e do ser humano, têm de ter um esforço e mudanças em diversas frentes. :nice:
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Março 25, 2019, 14:01:57, 14:01
Responder #45

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Acho que todos concordamos no essencial: é preciso mudar. Apenas temos opções diferentes.
Provavelmente o que vai acontecer que não vamos ter opção, alguém vai colocar uma solução, provavelmente a que majora os rendimentos de alguns, e nós temos que a seguir
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Março 25, 2019, 15:27:15, 15:27
Responder #46

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Efectivamente esse é um ponto em que existe consenso generalizado.

A mudança é necessária. No caso dos transportes, sendo perfeito ou não (que não será...), tudo aponta para os eléctricos.

Quando estou atrás de um autocarro de 199* e aquilo acelera na saída de um semáforo. Bolas...
Nessas alturas quem me dera que fossem tudo menos de combustão (solares, eléctricos, hidrogénio...).:(

Sistemas perfeitos (falando agora no caso de Portugal) era haver uma aposta muito mais evidente no que toca ao uso da energia solar nas indústrias, mas creio que os "passos" são poucos.
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Março 25, 2019, 17:54:12, 17:54
Responder #47

Moto2cool

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Portugal é dos países da Europa que mais aproveita a energia solar.
Veja-se o turismo, todos aqueles turistas a bronzearem-se com a energia do sol :)
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Março 25, 2019, 18:10:03, 18:10
Responder #48

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Mas podia fazer-se muito mais por via desse bem renovável.

Muito mais...
A indústria poderia recorrer de forma evidente (com apoios ou incentivos à instalação de painéis, claro) a este tipo de energia.
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Dalai Lama

Março 25, 2019, 22:20:46, 22:20
Responder #49

acvalent

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Opiniões são opiniões. :) :nice:
Concordo a 100%, uma verdade de La Palisse.

Tens todo o direito em pensar o contrário. Eu realmente não é somente por uma questão de optimismo, mas por ser também em certa medida a ordem natural das coisas.
Uma hipotética negação no que concerne a uma evolução da eficiência e exigência imposta no sector dos transportes, comparando com o existente há apenas 20-25 anos atrás...é algo que, no meu entender, não tem discussão possível.
Pois, não penso exatamente ao contrário.
Só não tenho é a mesma dose de optimismo!
Gostava de ter!
Nem estou em negação. Não tem efetivamente discussão possível.
Sou é mais pessimista. Por exemplo, o nuclear está longe de ser banido.
Daí as  minhas dúvidas/descrenças quanto a um futuro risonho próximo. Só isso.

São exemplos de que o caminho está a ser trilhado.

Se já poderia ter sido feito isto há mais tempo??
Muito provavelmente sim...

Se poderia e deveria estar a ser levado a cabo pela generalidade dos construtores??
Obviamente que sim...

Mas isto é apenas uma parte do necessário. Isto é apenas uma parte de um trabalho muito mais amplo e que, digo-te com toda a sinceridade, não se subsume somente aos transportes. Como inclusivamente já o tinha dito antes neste tópico, há umas semanas.

Aliás, estima-se que no presente os transportes são responsáveis por 14% do CO2., ao passo que a indústria gera 21%, a agricultura 24% e a produção de electricidade 25%.

Citaste também uma frase minha para colocar depois.... "Touché", como sendo um "excerto de opinião" que também partilhas, mas não só aquilo que estava escrito é a realidade (os eléctricos não serão a solução perfeita. Aliás, existe-a?), como os caminhos para uma melhor qualidade de vida do planeta e do ser humano, têm de ter um esforço e mudanças em diversas frentes. :nice:
Concordo.

São exemplos de que o caminho está a ser trilhado.
Se já poderia ter sido feito isto há mais tempo??
Muito provavelmente sim...
Exatamente.
Infelizmente os exemplos contam-se, provavelmene, com os dedos de uma mão ...

Mas isto é apenas uma parte do necessário. Isto é apenas uma parte de um trabalho muito mais amplo e que, digo-te com toda a sinceridade, não se subsume somente aos transportes. Como inclusivamente já o tinha dito antes neste tópico, há umas semanas.

Aliás, estima-se que no presente os transportes são responsáveis por 14% do CO2., ao passo que a indústria gera 21%, a agricultura 24% e a produção de electricidade 25%.

Citaste também uma frase minha para colocar depois.... "Touché", como sendo um "excerto de opinião" que também partilhas, mas não só aquilo que estava escrito é a realidade (os eléctricos não serão a solução perfeita. Aliás, existe-a?), como os caminhos para uma melhor qualidade de vida do planeta e do ser humano, têm de ter um esforço e mudanças em diversas frentes. :nice:
A nossa diferença de opinião resume-se pois a uma questão de optimismo.
Ainda bem.
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