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Test-Ride 2em1 Honda Transalp 750 e Honda CBR650R

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2low:
Test-Ride 2em1 Honda Transalp 750 e Honda CBR650R

O que à partida seria apenas fazer um test-ride acabou por ser 2em1 e assim foi experimentar a novíssima Honda Transalp(ina) 750 e a não tão actual CBR650R.

As motos prontas:




Quem marcou o test-ride garantiu que eu iria ter uma bela surpresa pois iria experimentar uma moto que eu conseguiria chegar com os pés ao chão.
Tal facto veio a confirmar-se que não foi bem assim mas...sem receios (e em bicos de pés) testei e gostei...bastante!
Mas não me calhou a mim experimentar primeiro a Transalp(ina) e lá fui eu voltar à minha adolescência tardia e sair do stand aos comandos de uma CBR650R.
Uma moto compacta, com a primeira sensação de estar sentado numa espécie de naked carenada (guiador ali perto, conduzir inclinado para a frente e sobre a roda da frente e a ficar o painel de instrumentos para 2º plano (*) ), guiador não muito largo e com punhos um pouco pequenos, uma posição de condução ligeiramente acima do que estou habituado apesar de chegar com os dois pés ao chão e ao final de 100m já parecia ser a minha habitual moto, tanto que logo na primeira curva, em cidade e com mudança curta e rotações ali para as 4000/5000rpm ainda deu para dançar um pouco a traseira mas facilmente domável.
(*) o painel de instrumentos é pequeno e de má visibilidade durante o dia e praticamente só conseguimos ver a velocidade porque o conta-rotações é muito pequeno e as cores do visor não ajudam.
O ronco do motor é viciante e transmite ser um motão superior ao que realmente é, mas os 95cv não fiquei com sensação que se consiga tirar grande proveito deles a não ser que se vá para um autódromo ou alternativa numa autoestrada sabendo-se que os limites de velocidade nas estradas portuguesas legalmente não dão para explorar qualquer moto acima de 125cc  :D
Tenho de comparar esta moto com a minha anterior moto (Kawasaki ER6F 2009) pois não experimentei outras motos do mesmo género e do mesmo "patamar de motor".
Em termos de reprises a Kawasaki não fica envergonhada com esta CBR e pelo menos até aos *70kmh tenho noção que a Kawasaki consiga acompanhar ou superar.
(não cheguei a atingir *70kmh)
Apesar de ser um pouco desconcertante em cidade andar ali em 2ª e com a moto a pedir uma mudança abaixo em muitas situações, já fora da cidade foi bem porreiro conseguir ver uma progressividade do motor ali em 5ª/6ª e ir subindo facilmente de velocidade sem grande necessidade de puxar uma ou duas abaixo, tem binário qb.
Os travões deu para perceber que estão bem equilibrados/ajustados com a moto, eficientes e céleres e sem darem medo se se tiver que usar a fundo em alguma situação de emergência.
A baixa velocidade o guiador é muito leve e os primeiros quilómetros estamos ali com alguma sensação de não ser firme e um pouco irregular mas saindo da cidade e depois desses primeiros metros/quilómetros de adaptação é uma moto bem engraçada de se conduzir.
Não tem uma condução de pura R apesar de ser carenada e um design bem cativante. (a cor é o menos importante e é algo subjectivo)
Ergonomicamente tem ali alguns botões fora da posição habitual em comparação com a maioria das motos mas com o uso um tipo habitua-se.
Portanto, se querem fazer pisca, têm de baixar o polegar esquerdo um pouco mais que o habitual porque logo acima é a buzina e no lado inverso o "arranque elétrico" também não é numa posição habitual e natural, há que ir procurar e olhar. Nada que com o uso não se habitue...
Voltando ao motor, fiquei mais surpreendido com o rendimento da Transalp(ina) de 750cc do que esta CBR de 650cc mas há que dar o devido desconto porque eu ia mesmo apenas e só fazer o test-ride da Transalp(ina).   :tornarseanjinho:
A posição de condução consegui ter real noção depois de ter experimentado a Transalp(ina) e ter voltado depois para a CBR.
O banco não está numa altura excepcionalmente alta e nem é numa posição tradicional de uma R mas depois o que realmente acaba por conferir uma condução de aspecto e sensação mais desportiva é ter o pisa-pés um pouco para trás e bem alto e estarmos ali um pouco flectidos sobre o guiador.

A meio do test-ride deu para parar numa esplanada na Trafaria para beber um café e trocar impressões com o outro companheiro.



E também deu para ver a diferença de altura do banco ao chão em ambas as motos:




Deu ainda para trocar umas mensagens com outros companheiros do fórum que me perguntaram se daria para ajustar o banco da Transalp...

Não dá!  :D

Na 2ª parte do test-ride calhou-me a mim uma parte final do trajecto em levar a Transalp, pois estava um pouco receoso de pegar numa moto alta... até que lá fui eu!
A sensação que eu tive foi uma espécie de mistura da posição de condução da Royal Enfield himalyan  (2020)  com a da Triumph Tiger 1200 (2014), ambas com uma enorme facilidade de um tipo se habituar logo à primeira sem grande necessidade de ter de andar muitos quilómetros de adaptação.
Tive oportunidade de verificar que a alma da Transalp permite facilmente mudar entre uma condução relaxada  :smiley: mas sempre com binário disponivel e depois quando se enrola o punho...   ;D ;D ;D ;D ;D
Senti que os travões poderiam ser um pouco melhores mas aponto o vidro de dimensão reduzida como o ponto mais negativo, algo que facilmente se corrige com um vidro aftermarket ou opcional na marca....
Posição de condução recta e transmite facilmente confiança e em conjunto com um banco confortável ... moto para muitos quilómetros de pura diversão e prazer!
O Painel de instrumentos tem meio de personalização, pareceu-me estar bem completo e apesar de ter modos de controlo de tracção apenas experimentei o modo normal (havia modo rain e sport e personalizável e acho que mais outro).
Se critiquei um pouco pela CBR pela posição e ergonomia dos botões, na Transalp acontece um pouco o mesmo, estes novos engenheiros da Honda...  :D
(e para destrancar o guiador e rodar a chave nas primeiras vezes é um pouco complicado, tem de se empurrar um pouco a chave até depois do click rodar o guiador...)
Mas voltando às coisas boas...
No entanto não estou a criticar como funciona (bem) os ajustes do computador de bordo ou os ajustes e personalizações do controlo de tracção, etc...
Suspensão não tendo as melhores características para um verdadeiro off-road, em estrada é uma rainha dentro da mesma gama de motos da concorrência.
Resumindo a Transalp(ina) em algumas palavras: fácil, confortável, possante, viciante e (apesar de muito leve e compacta para o tipo de moto) robusta.
Apesar de não ter muito mais para escrever (ter tenho mas tenho de ir jantar), saí do test-ride da Transalp(ina) com um enorme sorriso, que mota!
Uma verdadeira boa surpresa! VAI CHOVER VENDAS NA HONDA, GARANTIDAMENTE! O preço a rondar os 11.000€ é mais que justo!  :nice:
A concorrente Yamaha Tenere700 só é melhor em puro off-road.

nota: normalmente quando já damos a uma moto uma alcunha - Transalp(ina) - pode ser que seja por algo bem positivo. Se tivesse agora dinheiro disponivel seria certamente uma opção de potencial escolha e dentro da concorrência não sei não...  :tornarseanjinho:





TMXR:
E encomendas-te a PCX para ti?   :D :D

2low:

--- Citação de: TMXR em Maio 30, 2023, 21:12:46, 21:12 ---E encomendas-te a PCX para ti?   :D :D

--- Fim de Citação ---

não foi preciso, comprei umas botas com sola alta
 :D

TMXR:



La ficou mais uma Monkey por vender  :D :D

2low:

--- Citação de: TMXR em Maio 30, 2023, 21:35:47, 21:35 ---


La ficou mais uma Monkey por vender  :D :D

--- Fim de Citação ---

prefiro investir numa antiga motocompo :tornarseanjinho:

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