Autor Tópico: Cinco sugestões para conduzir uma mota à chuva  (Lida 3665 vezes)

Janeiro 25, 2018, 19:04:40, 19:04
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Moto2cool

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Conduzir à chuva pode realmente ser mais agradável do que pensa.


Conduzir à chuva pode ser realmente mais agradável do que pensa.
Foto cedida pela Suzuki Motor of America[/size

Alguns motociclistas pensam que quando a chuva começar a cair também deve fechar-se a porta da garagem, arrumando a mota até o sol brilhar novamente na primavera seguinte. Infelizmente essas pessoas estão a perder uma das melhores experiências de motociclismo, pois andar na chuva pode ser realmente divertido desde que saiba o que esperar e como adequar a sua condução.

Quais são exatamente as coisas que pode esperar ao andar à chuva, e como deve ajustar a sua condução? Aqui estão algumas sugestões:

Sugestão 1: escolha o equipamento certo

Um bom fato à prova de água (duas peças ou uma), luvas, botas e talvez um colete elétrico, podem impedir que mesmo a tempestade mais persistente o possa molhar, o que é a primeira etapa para apreciar conduzir à chuva. Geralmente equipamentos impermeáveis significam calor extra, mas se precisa ainda mais agasalho, considere usar várias camadas finas, em vez de uma camisola grossa, pois essas camadas podem ser facilmente removidas uma a uma conforme necessário.
Outra peça fundamental é o capacete, que deve estar equipado com uma viseira anti-neblina (pinlock), protetor de respiração ou mesmo uma viseira com função de descongelação elétrica. As noites são obviamente mais longas durante o inverno, então existe grande probabilidade que o seu trajeto seja de noite – por isso também é necessária uma viseira transparente.
Seja qual for a combinação de equipamento que escolher, certifique-se de que não se intromete na sua condução ou de alguma forma o distrai. Por exemplo, com os dedos congelados terá dificuldade em manusear os instrumentos, mas um par de luvas extra-quente por ser muito volumoso pode não ser a melhor solução. Da mesma forma equipamento usado para manter o pescoço quente pode dificultar o virar da cabeça para ver o trânsito. Pode ter que procurar alternativas para encontrar a solução certa, procurando encontrar um bom equilíbrio entre conforto e praticidade para as condições em que pretende conduzir.
Finalmente, se a sua condução habitual no inverno inclui deslocações casa-emprego, mantenha uma muda de roupa no trabalho, só para o caso...

Sugestão 2: Conduza suave e inteligentemente

Ao circular em condições inferiores às ideais, deve mudar a maneira como lida com a mota. Os movimentos no acelerador devem ser feitos suavemente e em pequenos incrementos; incline menos a mota nas curvas; trave mais cedo e de forma gradual para que no final da travagem não seja obrigado a forçar a alavanca do travão.


Observe as superfícies que podem ser mais escorregadias na chuva, tais como tampas de esgoto e reparação do pavimento.
Foto cedida pela Suzuki Motor of America


Sugestão 3: Tenha cuidado nos cruzamentos

Todos sabemos acerca dos óleos no pavimento que se misturam com chuva, mas esquecemos que já lá estavam. Qualquer lugar na estrada onde os carros parem, terá uma maior concentração desta substância escorregadia. A chuva só o piora. Como pode não conseguir detectar este perigo enquanto conduz,  é melhor diminuir a velocidade quando se aproxima dos cruzamentos. Não passe o semáforo quando está amarelo, porque se tiver que virar, ou travar com urgência, existem fortes possibilidades de ter problemas de aderência.
Além disso, quando estiver parado numa luz vermelha, verifique pelo espelho retrovisor por carros que possam derrapar contra si por trás. Da mesma forma, duplique sua distância do veículo da frente, para não se surpreender com os carros param subitamente na sua frente.

Sugestão 4: Cuidado com as tampas de esgoto e reparação do pavimento

Duas coisas que percebemos que reduzem drasticamente a tração durante o tempo de chuva são tampas de reservatório e a reparação do pavimento, que são quase como gelo preto quando está a chover. Quando seguem em linha reta representam uma ameaça menor, mas mesmo assim deve estar atento bem à frente nomeadamente quando virar num cruzamento. Se e quando você encontrar algum desses inibidores de tração, verifique primeiro se há uma trajetória que possa facilmente tomar à volta dele. Caso contrário, evite a travagem ou a aceleração e role sobre eles sem fazer mudanças bruscas na direção ou velocidade.
Observe que no caso de você precisar mudar sua trajetória ou virar numa zona oleosa, é importante manter as mãos relaxadas no guiador e não inclinar a mota mais do que o necessário.


Encontre a linha mais seca possível para uma melhor tração.
Foto cedida pela Yamaha


Sugestão 5: Encontre uma trajetória seca

Embora isso possa parecer óbvio é surpreendente quantas pessoas vemos andando em uma área do piso que está molhada mesmo ao lado de uma área adjacente que está seca. O pavimento seco oferece tração superior e melhor capacidade de manobra, portanto, assegure-se de manter-se continuamente na zona mais seca do piso.
...
Ao longo do tempo, e ao praticar estas sugestões condução, vai perceber que conduzir  à chuva (e mesmo fazer grandes passeios) pode realmente ser satisfatório, para não mencionar o torna um motociclista melhor e mais confiante. Claro, cada viagem será única, conduzir na cidade com um clima tempestuoso é sempre um teste aos seus nervos, mas só  porque as nuvens  aparecem não significa que não pode andar de moto quase todos os dias. Além disso, quem quer ter garagem a sua mota por cinco meses em cada ano?

In: https://www.sportrider.com/five-tips-for-riding-motorcycle-in-rain#page-3


Nota: algum equipamento referido não é para o mercado português


Por preguiça não traduzi este que é mais extenso, pode ser que venha a fazê-lo, por agora fica o link:
http://cloudmotorcycle.com/18-tips-for-riding-a-motorcycle-in-the-rain/
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"Viver a vida não é esperar que a tempestade passe, é aprender a andar à chuva"

Janeiro 25, 2018, 20:42:34, 20:42
Responder #1

Morgas

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Janeiro 25, 2018, 21:26:30, 21:26
Responder #2

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Normalmente a trajectória seca é a que fica no meio do piso percorrido pelas rodas dos carros, que o calor do motor e o vento da deslocação seca mais depressa. É também a mais escurecida, com marcas mais evidentes de óleo
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Janeiro 25, 2018, 22:31:44, 22:31
Responder #3

Moto2cool

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Um vídeo instrutivo sobre este tema

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Janeiro 26, 2018, 08:48:31, 08:48
Responder #4

Cross

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Juntando algumas recomendações mais...

Cuidado ao circular em pontes quando está abaixo dos 4°c existe perigo de congelar o piso.

Cuidado em juntas de dilatação de pontes e viadutos em e especial nas curvas em que os nossos engenheiros teimam em não pensar no caso. Metal molhado e com óleos residuais.

Nas passadeiras nas tintas brancas vidradas pela passagem constante de veículos e molhadas menos aderência.

Nas portagens para quem não usa via verde são umas autênticas poças de óleo.

Sobre o óleo uma observação porque realmente não se misturam com a água mas onde estavam misturados com areias e outros elementos com a água vão os por a descoberto e assim aumentar o efeito.









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Bom Senso e Senso Comum nunca fez mal a ninguém!

Janeiro 26, 2018, 09:33:16, 09:33
Responder #5

mneves

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Obrigado pela partilha , é sempre bom relembrar , mas por aqui não deve surtir efeito pois muitas máquinas estão hibernadas até ao verão
membro numero 16

Janeiro 26, 2018, 09:35:16, 09:35
Responder #6

HBeiras

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Realmente.....

Estou a let um tópico acerca dos prazeres de conduzir à chuva....onde sou aconselhado a procurar uma trajectoria seca... : :???: :???:

Janeiro 26, 2018, 10:40:47, 10:40
Responder #7

dfelix

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Normalmente a trajectória seca é a que fica no meio do piso percorrido pelas rodas dos carros, que o calor do motor e o vento da deslocação seca mais depressa. É também a mais escurecida, com marcas mais evidentes de óleo

Ia fazer um comentário indicando que as partes secas duma estrada molhada podem não ser a que oferecem melhor aderência...
E esta tua frase contém a explicação para isso.


 :)
« Última modificação: Janeiro 26, 2018, 10:42:19, 10:42 por dfelix »

Janeiro 26, 2018, 12:03:26, 12:03
Responder #8

Rui Jorge

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"Conduzir à chuva pode realmente ser mais agradável do que pensa."

Se tiver de ser tem de ser (e já foi tantas vezes), agora agradável... (quer dizer, há gostos para tudo... até quem gosta de levar com paus no lombo  :lolol: )...

Mas é uma boa partilha e com bons conselhos.

Obrigado e boas curvas (secas ou molhadas)

Janeiro 26, 2018, 12:11:44, 12:11
Responder #9

JViegas

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Prefiro um dia de chuva do que um dia de vento. Dass  :nempenses:

Boa partilha com dicas que podem muito bem servir a alguém.

Janeiro 26, 2018, 12:13:15, 12:13
Responder #10

dfelix

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Eu gosto de conduzir à chuva.
O que me aborrece é o trabalho que dá a vestir e despir o equipamento.

Janeiro 26, 2018, 12:16:58, 12:16
Responder #11

JViegas

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Eu gosto de conduzir à chuva.
O que me aborrece é o trabalho que dá a vestir e despir o equipamento.

Podes crer...  :nice:
... e quando chegas a casa ou ao trabalho todo a pingar, depois de uma enxurrada, 25 buracos com água, 53 enlatados que não te viram, 3 deslizadelas porque deste muito gás no sinal ...  :stuck_out_tongue_winking_eye:

Janeiro 26, 2018, 15:49:07, 15:49
Responder #12

António Teles

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Normalmente a trajectória seca é a que fica no meio do piso percorrido pelas rodas dos carros, que o calor do motor e o vento da deslocação seca mais depressa. É também a mais escurecida, com marcas mais evidentes de óleo

Ia fazer um comentário indicando que as partes secas duma estrada molhada podem não ser a que oferecem melhor aderência...
E esta tua frase contém a explicação para isso.


 :)

Por vezes as partes com água escondem grandes buracos. Ler a estrada será sempre o mais difícil.
Pessoalmente não me incomoda nada conduzir á chuva. Já fiz Sevilha/Loures debaixo de chuva forte e não fiquei a pingar nem sequer molhado por dentro. A indumentária: capacete modular do lidl, tapa pernas tucano, calças plástico decatlón, casaco náutico decatlón e 3 pares de luvas sendo as primeiras de borracha,depois as de verão e por cima as de neve. A mota:Aprilia Scarabeo500rt.
A ver se paro quieto?! 🏍

Janeiro 26, 2018, 16:59:39, 16:59
Responder #13

Luis Salgueiro

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A mota:Aprilia Scarabeo500rt.

Nos primeiros anos do CPMaxiscooters conheci uma pessoa que tinha uma Scarabeo 500 e que também andava sempre a passear pelas terras dos nuestros hermanos . Tu por acaso não eras o 'Tourister' ?

Janeiro 26, 2018, 18:26:37, 18:26
Responder #14

dfelix

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Por vezes as partes com água escondem grandes buracos.

Desconfiar das partes secas não é sinónimo de apontar a tudo o que seja poças de água!  :D


Janeiro 27, 2018, 01:02:44, 01:02
Responder #15

António Teles

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Por vezes as partes com água escondem grandes buracos.

Desconfiar das partes secas não é sinónimo de apontar a tudo o que seja poças de água!  :D

Estiveste bem. :wtf:
A ver se paro quieto?! 🏍

Janeiro 27, 2018, 01:06:34, 01:06
Responder #16

António Teles

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A mota:Aprilia Scarabeo500rt.

Nos primeiros anos do CPMaxiscooters conheci uma pessoa que tinha uma Scarabeo 500 e que também andava sempre a passear pelas terras dos nuestros hermanos . Tu por acaso não eras o 'Tourister' ?

Não sou o companheiro Tourister, também o conheci e li algumas das suas viagens. A minha era de 2003 e a dele penso que de 2006 mas muito iguais esteticamente.
A ver se paro quieto?! 🏍