Autor Tópico: Scooteristas em luto??  (Lida 2644 vezes)

Julho 05, 2021, 17:05:24, 17:05
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Wonderboy91

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https://motomais.motosport.com.pt/noticias/bruxelas-preocupada-com-a-poluicao-penaliza-as-scooters/

"O governo belga estabeleceu como meta banir veículos a diesel até 2030 e gasolina, GLP e metano até 2035. O roteiro elaborado pela Brussels Environnement penaliza imediatamente as scooters."


Julho 05, 2021, 17:19:41, 17:19
Responder #1

VCS

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https://motomais.motosport.com.pt/noticias/bruxelas-preocupada-com-a-poluicao-penaliza-as-scooters/

"O governo belga estabeleceu como meta banir veículos a diesel até 2030 e gasolina, GLP e metano até 2035. O roteiro elaborado pela Brussels Environnement penaliza imediatamente as scooters."

Da "notícia" não se percebe qual o critério para serem as scooters as primeiras a sofrer. Nem sequer explicam... Não é suporto seguir um critério de emissões ? Se for esse o critério talvez sejam as últimas a ser excluídas...

Julho 05, 2021, 18:50:05, 18:50
Responder #2

SARider

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O artigo fala em especifico das cat. L1 e L2, que julgo serem as <50cc . Se fossem 2 tempos até que percebia a logica... e mesmo assim soava estranho...
 
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Julho 05, 2021, 22:41:00, 22:41
Responder #3

Lourenço

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Nos 19 Municípios que compõem a região de Bruxelas (dix neuf communes qui composent l’agglomération Bruxelles-Capitale) calendarizaram a morte dos motores térmicos (fósseis).

As "scooters" mencionadas são o que se chama na região ás categorias ciclomotores ou velocipedes com motor, duas ou 3 rodas, tudo inferior a 50 cm3, notras regiões designadas como "mobylettes" entre outras denominações e outros grupos, alguns tipos ainda com pedais auxiliares. As conclusões que resultaram dos estudos e consultas durante dois anos, aos munícipes, aos eleitos, aos comerciantes etc, tem como base que este tipo de veículos são os que mais facilmente estão a ser ou podem ser substituídos por equivalentes elétricos, seja a pedais com motor auxiliar, bicicleta elétrica, ou integralmente elétricos e daí serem os primeiros a desaparecer.

As motos e maxi scooters euro 5 morrem em 2035. As Euro 4 em 2030 e as euro 3 em 2028.


Julho 06, 2021, 06:28:02, 06:28
Responder #4

António Teles

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Nos 19 Municípios que compõem a região de Bruxelas (dix neuf communes qui composent l’agglomération Bruxelles-Capitale) calendarizaram a morte dos motores térmicos (fósseis)………………, tem como base que este tipo de veículos são os que mais facilmente estão a ser ou podem ser substituídos por equivalentes elétricos, seja a pedais com motor auxiliar, bicicleta elétrica, ou integralmente elétricos e daí serem os primeiros a desaparecer.

As motos e maxi scooters euro 5 morrem em 2035. As Euro 4 em 2030 e as euro 3 em 2028.


Então e depois??? Metem a mota aonde??
A ver se paro quieto?! 🏍

Julho 06, 2021, 09:06:17, 09:06
Responder #5

JoãoPVCarvalho

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Confesso que estou curioso para ver os programas de substituição. São várias as entidades a alimentar notícias como esta mas, até agora ainda não foi apresentado um programa de substituição dos veículos.  Ou seja, não há evidência de que exista algum estudo capaz de avaliar esses prazos.

Esta estória do fim dos motores de combustão faz lembrar o fenómeno da água engarrafada nos anos 80 em que todos os dias surgiam notícias sobre os benefícios da água engarrafada relativamente a todas as outras...

Eu contínuo como S. Tomé...

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Julho 06, 2021, 10:17:42, 10:17
Responder #6

Rodrigues1

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Alguns países não comportam tanta carga elétrica pois já estão no limite.

Depois é ver as centrais a carvão poluirem ainda mais para aguentarem o consumo atribuido a carregamentos rápidos de veículos elétricos.

Primeiro obrigam os construtores a chicotearem os Eng. para construirem motores com normas 5, 6 ou 7 e agora querem retirar motores a combustão.

Isto é que vai aqui uma açorda  :lolol:


Julho 06, 2021, 11:05:10, 11:05
Responder #7

JoãoPVCarvalho

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Alguns países não comportam tanta carga elétrica pois já estão no limite.

Depois é ver as centrais a carvão poluirem ainda mais para aguentarem o consumo atribuido a carregamentos rápidos de veículos elétricos.

Primeiro obrigam os construtores a chicotearem os Eng. para construirem motores com normas 5, 6 ou 7 e agora querem retirar motores a combustão.

Isto é que vai aqui uma açorda  ol:
Eu já nem quis abordar essa vertente da questão, porque qualquer pessoa atenta à sua fatura de electricidade percebe que só para o consumo atual, a capacidade instalada de produção de energia eléctrica com recurso a renováveis representa apenas 30% do total...
Agora imaginem tudo a andar a electricidade!!!

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Julho 06, 2021, 11:49:15, 11:49
Responder #8

TMXR

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E há outro problema…. Produção eléctrica via solar e muito engraçado em Portugal


Agora na Bélgica ou na maior parte do norte da Europa que de outubro a maio não veem o sol… não estou a ver que seja uma alternativa
Yamaha Tmax 500/530 * BMW C Evo/R1200GS/1250 GS/1200 GSA/1200 RT * KTM 1290 SAS *  Trimph Tiger 800 XRT / Street Triple RS * Ducati Multistrada 950S/1200S/1260S/Enduro *  Kawazaki Z900  * MV Agusta Turismo Veloce Lusso * Honda Crf300l

Julho 06, 2021, 12:11:31, 12:11
Responder #9

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Há quem diga que será impossível produzir energia eléctrica para as necessidades que se perspectivam sem recorrer ao nuclear.
Bem sei que Chernobyl foi um acidente acima de tudo motivado por incompetência. Mas acidentes daqueles destroem tudo à volta pelo menos nos 100 anos seguintes...

Não nego vantagens na opção eléctrica, é claro que é melhor solução em muitas aplicações. Mas tenho muitas dúvidas que o custo desta reconversão (total) não seja exaurir outros recursos naturais de forma tão predatória quanto com os combustíveis fósseis. No fundo, substituir um problema pelo outro.
A forma como tudo isto nos é apresentado como uma inevitabilidade não me convence. Mas admito que possa ser só falta de estudo meu sobre o tema.

Julho 06, 2021, 12:19:09, 12:19
Responder #10

dfelix

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Confesso que estou curioso para ver os programas de substituição.

Substituição?

A ideia é estancar a comercialização de veículos a combustão novos.
Os existentes mantém-se me circulação, podendo quanto muito serem interditos de circular em zonas especificas.
Um pouco à semelhança das zonas de baixas emissões actualmente em vigor nas grandes cidades.

Há quem diga que será impossível produzir energia eléctrica para as necessidades que se perspectivam sem recorrer ao nuclear.

Um video muito racional sobre o assunto:


Julho 06, 2021, 13:08:30, 13:08
Responder #11

Lourenço

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Alguns países vão continuar a queimar fósseis durante muitos anos, alguns vão construir mais nuclear, alguns vão continuar a insistir em arrasar floresta para plantações servindo a extração de óleos, em Portugal e em grande parte dos países ocidentais nada disto vai acontecer, quando muito alguns prolongam a vida do nuclear já construído, conscientes que a eletricidade nuclear seria a mais cara de todas se fosse considerado todo o ciclo de vida de uma central desde a construção ao desmantelamento e eliminação de todos os resíduos.

As renováveis podem gerar toda a eletricidade necessária, presente e futura de forma limpa, sustentável e económica, o problema está no armazenamento e este será resolvido, de forma ainda cara com o hidrogénio, com as habituais reservas de águas em barragens, com as químicas de mega baterias recicláveis ou outras tecnologias baseadas em reações químicas, com centrais de vapor ou outros tecnologias de compressão/expansão e outros métodos que irão aparecer.

A eletricidade doméstica em Portugal representa 26% do total consumido e segundo alguns especialistas esta percentagem poderia descer com simples medidas de eficiência acrescida nos aparelhos e construções mas se esta percentagem por uma eventual e hipoteticamente pouco provável adesão em massa aos veículos eléctricos duplicasse nos próximos 10 anos, tanto a produção como as redes de distribuição estarão aptas a encaixar a procura, sem nuclear ou novo nuclear, e ao mesmo tempo continuando a reduzir a percentagem de fósseis, idem na maioria dos países ocidentais.

O objetivo é eliminar a poluição na produção de energia e no seu consumo, num todo.

Julho 06, 2021, 19:10:33, 19:10
Responder #12

JoãoPVCarvalho

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A eletricidade doméstica em Portugal representa 26% do total consumido e segundo alguns especialistas esta percentagem poderia descer com simples medidas de eficiência acrescida nos aparelhos e construções mas se esta percentagem por uma eventual e hipoteticamente pouco provável adesão em massa aos veículos eléctricos duplicasse nos próximos 10 anos, tanto a produção como as redes de distribuição estarão aptas a encaixar a procura, sem nuclear ou novo nuclear, e ao mesmo tempo continuando a reduzir a percentagem de fósseis, idem na maioria dos países ocidentais.

O objetivo é eliminar a poluição na produção de energia e no seu consumo, num todo. Nada mais correcto.

Companheiro Lourenço vai desculpar o meu comentário mas, tudo o que escreveu é discutível ainda que possível. Já o que eu sublinhei a azul, posso garantir com conhecimento de causa que não podia estar mais longe da realidade; aliás, neste momento posso até assegurar que mais de 50% da rede eléctrica em Portugal está a funcionar na sua máxima capacidade, cerca de 20%, nomeadamente na Área Metropolitana de Lisboa está sobrecarregada nas linha de média tensão 30Kv (o que representa um problema enorme para a industria instalada nessa região) e os restantes 30% estão mesmo obsoletos (não é por acaso que no interior do país cada vez que começa a chover multiplicam-se os cortes temporários de fornecimento de electricidade). Relembro que a REN nos últimos anos investiu vários milhões na renovação da rede eléctrica nacional porque há dez anos atrás a situação era caótica.

Eu não tenho dúvidas que não só não temos rede eléctrica nem capacidade produtiva de energias renováveis para essa revolução nos transportes até à década de 40 deste século, tal como não vamos ter uma rede de postos de abastecimento à altura das necessidades e muito menos baterias cujo o processo de fabrico e reciclagem seja minimamente compatível com os objectivos ecológicos agora estabelecidos. Claro que este ultimo paragrafo é mera especulação!
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Julho 06, 2021, 19:17:11, 19:17
Responder #13

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Gostei de ler estas opiniões e parece-me, no que toca ao armazenamento, que terá grandes desenvolvimentos futuros.
Aliás, alguns deles já estão a ser preparados...

A título meramente de exemplo e para quem tiver curiosidade, procure pela subsidiária da Tesla registada como 'Gambit Energy Storage' e que está a desenvolver um projeto de (super) armazenamento de energia.
Por enquanto ainda envolta num certo secretismo.

É algo que vale a pena ir acompanhando, pois pode estar ali uma das respostas procuradas por muitos, nomeadamente quanto ao máximo aproveitamento solar e num evitar desperdiçar energia renovável e que pode ser usada quando falta exposição solar, ou mesmo para auxiliar a rede eléctrica em picos de procura extrema.

Isto para dizer que a realidade de agora, não será a de 10 anos para a frente....


(...) eventual e hipoteticamente pouco provável adesão em massa aos veículos eléctricos duplicasse nos próximos 10 anos, (....)

'Hipotética' e 'pouco provável'...no caso da adesão aos eléctricos, creio que aqui peca por um nadinha de pessimismo.  ;)

Em 10 anos eu pessoalmente acredito num claro e mais do que provável boom de Veículos Eléctricos no mercado.
Numa década muita coisa vai mudar e a Comissão Europeia tem criado as condições para tal.
Aliás, os deadlines dos construtores, quanto ao fim da comercialização de veículos de combustão, são também disso um claro exemplo.  :)

É a minha opinião.
« Última modificação: Julho 06, 2021, 19:18:20, 19:18 por Sapiens21 »
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Julho 06, 2021, 19:59:28, 19:59
Responder #14

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(...) eventual e hipoteticamente pouco provável adesão em massa aos veículos eléctricos duplicasse nos próximos 10 anos, (....)

'Hipotética' e 'pouco provável'...no caso da adesão aos eléctricos, creio que aqui peca por um nadinha de pessimismo.  ;)

Em 10 anos eu pessoalmente acredito num claro e mais do que provável boom de Veículos Eléctricos no mercado.
Numa década muita coisa vai mudar e a Comissão Europeia tem criado as condições para tal.
Aliás, os deadlines dos construtores, quanto ao fim da comercialização de veículos de combustão, são também disso um claro exemplo.  :)

É a minha opinião.



A eletricidade doméstica em Portugal representa 26% do total consumido e segundo alguns especialistas esta percentagem poderia descer com simples medidas de eficiência acrescida nos aparelhos e construções mas se esta percentagem por uma eventual e hipoteticamente pouco provável adesão em massa aos veículos eléctricos duplicasse nos próximos 10 anos, tanto a produção como as redes de distribuição estarão aptas a encaixar a procura ...



Para que a eletricidade dedicada ao carregamento de VEs atinja em Portugal (ou em qualquer país ocidental) 26% da total consumida, ou seja, iguale todo o consumo residencial, muitos anos se passarão, se é que alguns dia tal acontecerá pela lógica de consumos e de mercados eles mesmos.
« Última modificação: Julho 06, 2021, 20:04:11, 20:04 por Lourenço »

Julho 06, 2021, 20:12:11, 20:12
Responder #15

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Li com mais atenção a construção frásica.
Percebi o sentido do que escrevias...
Obrigado Lourenço.


Ainda assim, no que respeita conconcretamente à adesão aos VE e sabendo que existem muitas dúvidas, eu pessoalmente creio que será imensa. Muito muito relevante nos próximos anos...
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Julho 06, 2021, 20:25:36, 20:25
Responder #16

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Companheiro Lourenço vai desculpar o meu comentário mas, tudo o que escreveu é discutível ainda que possível. Já o que eu sublinhei a azul, posso garantir com conhecimento de causa que não podia estar mais longe da realidade; aliás, neste momento posso até assegurar que mais de 50% da rede eléctrica em Portugal está a funcionar na sua máxima capacidade, cerca de 20%, nomeadamente na Área Metropolitana de Lisboa está sobrecarregada nas linha de média tensão 30Kv (o que representa um problema enorme para a industria instalada nessa região) e os restantes 30% estão mesmo obsoletos (não é por acaso que no interior do país cada vez que começa a chover multiplicam-se os cortes temporários de fornecimento de electricidade). Relembro que a REN nos últimos anos investiu vários milhões na renovação da rede eléctrica nacional porque há dez anos atrás a situação era caótica.

Eu não tenho dúvidas que não só não temos rede eléctrica nem capacidade produtiva de energias renováveis para essa revolução nos transportes até à década de 40 deste século, tal como não vamos ter uma rede de postos de abastecimento à altura das necessidades e muito menos baterias cujo o processo de fabrico e reciclagem seja minimamente compatível com os objectivos ecológicos agora estabelecidos. Claro que este ultimo paragrafo é mera especulação!

Eu tenho sempre dúvidas, de quase tudo ou pelo menos sei que as certezas de ontem serão as duvidas de amanhã e por isso sigo os que estão, em principio, habilitados em conhecimento de causa (organismos oficiais e/ou independentes) e os exemplos de países onde a mobilidade eléctrica já representa uma relativa boa percentagem, com dois algarismos e o caso extremo do país onde já começa a aproximar os 50% absolutos (não só em vendas a novo mas em utilização de energia) e, alguns deles com infraestruturas de rede menos atualizadas que as nossas e produção com igual ou maior componente renovável. Não sei, no caso das infraestruturas de rede, qual o interesse dos sucessivos relatórios tanto de produtores, como de distribuidores, assegurarem consecutivamente que há margem e que, salvo alguns casos geográficamente localizados mas já no presente objeto de atenção, estamos preparados para aguentar um acréscimo de consumo superior a 10%, na rede alta e média, assim como na produção e considerando os investimentos constantes, em curso e previstos a nivel nacional essa margem está a aumentar. Assim a rede de postos de carga e a legislação que a acompanha estivessem a acompanhar, nomeadamente a absurda lei que impede uma rede de postos de carregamento de produzir, comprar e vender energia. Mais preocupante é a cotação atual e de futuros no mercado ibérico, quase assustadora.

Julho 06, 2021, 20:52:34, 20:52
Responder #17

2low

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Alguns países vão continuar a queimar fósseis durante muitos anos, alguns vão construir mais nuclear, alguns vão continuar a insistir em arrasar floresta para plantações servindo a extração de óleos, em Portugal e em grande parte dos países ocidentais nada disto vai acontecer, quando muito alguns prolongam a vida do nuclear já construído, conscientes que a eletricidade nuclear seria a mais cara de todas se fosse considerado todo o ciclo de vida de uma central desde a construção ao desmantelamento e eliminação de todos os resíduos.

As renováveis podem gerar toda a eletricidade necessária, presente e futura de forma limpa, sustentável e económica, o problema está no armazenamento e este será resolvido, de forma ainda cara com o hidrogénio, com as habituais reservas de águas em barragens, com as químicas de mega baterias recicláveis ou outras tecnologias baseadas em reações químicas, com centrais de vapor ou outros tecnologias de compressão/expansão e outros métodos que irão aparecer.

A eletricidade doméstica em Portugal representa 26% do total consumido e segundo alguns especialistas esta percentagem poderia descer com simples medidas de eficiência acrescida nos aparelhos e construções mas se esta percentagem por uma eventual e hipoteticamente pouco provável adesão em massa aos veículos eléctricos duplicasse nos próximos 10 anos, tanto a produção como as redes de distribuição estarão aptas a encaixar a procura, sem nuclear ou novo nuclear, e ao mesmo tempo continuando a reduzir a percentagem de fósseis, idem na maioria dos países ocidentais.

O objetivo é eliminar a poluição na produção de energia e no seu consumo, num todo.

Relativamente à construção existem normas que regem as mesmas pelo que...

A curto prazo todos os construtores têm de construir habitações eficientes e preparadas para esse "futuro de electrodomésticos de classe A+++" .
As actuais construções já são obrigadas a terem pré-instalação de tomada para veículos eléctricos, sistema de AQS eficiente (normalmente por ser a versão mais barata com termo-sifão na cobertura (que está a prazo pois vai ser proibido) etc.
Actualmente uma construção habitacional adequada a um futuro proprietário todo virado para a ecologia, deverá já ter sistema de ventilação de ar forçada tratado (VMC), pré-instação no mínimo para quando for necessário a instalação de paineis fotovoltaicos para autoconsumo (casa/piscina/automóvel) mas com baterias adequadas ao consumo médio mensal/diário, electrodomésticos de classe A (superiores em eficiência à antiga classe A+++), entre outras questões... mas a curto prazo, todas estas medidas que actualmente não são obrigatórias vão passar a ser obrigatórias!

Sobre as scooters... apesar de não apreciar o tipo de condução, acho idiota quererem acabar com elas...
Até pela questão de mobilidade urbana onde um veiculo de tão fácil deslocação nos centros das cidades seria bem mais importante motivar do que apenas incentivar a troca de veículos automoveis que cada vez ocupam mais espaço na via publica e que reduzem essa mobilidade urbana... por outras palavras... não faz em todo sentido!
E além de haver tecnicamente uma relação próxima entre a condução de uma scooter e um veiculo eléctrico que obviamente tem uma caixa automática... aceleração/travagem em muito idêntica...
Portanto... qualquer dia os idiotas dos engravatadinhos de bruxelas lembram-se de que estar num estádio de futebol é prejudicar o meio ambiente pela emissão de tanto CO2 concentrado...
Nessa altura, como parece ser a única coisa importante em Portugal, será uma guerra civil instalada contra esse governo...

Eu cada vez fico com mais medo do futuro (pessimista realista) e do que será o resto da minha vida... Não falando dos outros, acho que vou sofrer tanto e bem pior do que aquilo que se conhece das piores ditaduras! A liberdade que conhecíamos cada vez é notório o seu afastamento!
E parece que o que faz as pessoas se revoltarem são o custo das portagens da ponte 25 Abril ou o custo dos combustíveis...
vá lá... dia 11 Julho, mega-manif não é?
Fico igualmente com péssima opinião do que se está a transformar esta Europa... bem diferente daquela que todos tínhamos entusiasmo quando com a primeira presidência tuga nos apresentaram durante 1992 nas escolas tanta publicidade cativante... "isto será bom" (nunca acabou por ser e cada vez se está a ver que será pior)


« Última modificação: Julho 06, 2021, 20:55:09, 20:55 por 2low »
Grão a Grão, Comemos Feijão!
"Nada é para sempre, nem mesmo os problemas", Charlie Chaplin


Julho 07, 2021, 21:40:47, 21:40
Responder #18

TMXR

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Bem sei que Chernobyl foi um acidente acima de tudo motivado por incompetência. Mas acidentes daqueles destroem tudo à volta pelo menos nos 100 anos seguintes...

Não nego vantagens na opção eléctrica, é claro que é melhor solução em muitas aplicações. Mas tenho muitas dúvidas que o custo desta reconversão (total) não seja exaurir outros recursos naturais de forma tão predatória quanto com os combustíveis fósseis. No fundo, substituir um problema pelo outro.
A forma como tudo isto nos é apresentado como uma inevitabilidade não me convence. Mas admito que possa ser só falta de estudo meu sobre o tema.


Penso que o futuro sera o nuclear... sem duvida a melhor forma e a mais limpa de produzir energia.

Na Dinamarca ou Finlandia ja encontraram um sistema muito bom para guardar os indejesaveis desperdicios, sem riscos para a populacao


A Europa por nao estar em cima de numa de instabilidade geologica é mais segura do que por exemplo o Japao para este tipo de producao de energia


Nos Estados Unidos, Mexico e Canada o futuro passara mais pelo gas natural. Os USA pelos avancos na mineracao do tipo fracking conseguem obter gas natural como derivado da mineracao de petroleo.... neste momento nao tem como o aproveitar e se vires uma imagem noturna dos USA vais ver enormes fontes de luz em zonas nao povoadas, todas essas fontes sao pontos em que estao a queimar esse gas devido a nao o conseguirem aproveitar e capturar (nao ha pipelines)


Todo esse excesso de gas natural, vai alimentar a industria norte americana (e a Mexicana) para precos de producao extremamente baixos, o que vai facilitar muito a que os States subtituam as cadeias de producao asiaticas (ja nao tao baratas como ha uns anos atras) pelo "made in nafta".


Os USA neste momento sao independentes energeticamente.... algo que muito boa gente ainda nao se deu conta... isto tem acelerado politicas externas mais nativistas... esta semana os USA sairam da base aerea de Bagram e so se deram ao trabalho de informaram o governo Afgao a meio do momento logistico de saida...

... e pela primeira vez em 30 anos, os USA nao tem um porta-avioes e esquadra de acompanhamento no Golfo Persico.

Esta ausencia vai certamente levar a atritos regionais entre Sauditas e Iranianos... o que podera ter a desagradáveis consequências nos preços do barril de petroleo



A malta gosta muito de falar mar dos Americanos mas esquece-se que vivemos um periodo desde o final da grande guerra ate aos nossos dias de paz e de enorme prosperidade como nunca existiu na historia da humanidade.


A juntar-se a esta tempestade perfeita, neste momento a raça humana atingiu o seu pico... demograficamente a partir desta epoca a populacao mundial e sobretudo a dos paises mais desenvolvidos fica cada vez mais idosa, com as geracoes mais novas a bracos com as dividas soberanas e com o esforco da seguranca social acrescida devido as enorme pressao dos pensionistas.

O modelo economico que tivemos praticamente ate agora assentava no crescimento do consumo, mas isso termina essa decada e nao ha modelo economico para aquilo que vai vir a seguir... praticamente o unico pais desenvolvido a passar por este tipo de crise foi o Japao que esta estagnado numa crise ha praticamente 2 decadas. Muitos poucos paises no mundo tem demografias que lhes permita adiar este problema, e na Europa estao precisamente os paises que irao mais sofrer com isto: Espanha, Alemanha, Italia... praticamente a unica que se safa é Franca


Vamos ver...
« Última modificação: Julho 07, 2021, 21:51:33, 21:51 por TMaxer »
Yamaha Tmax 500/530 * BMW C Evo/R1200GS/1250 GS/1200 GSA/1200 RT * KTM 1290 SAS *  Trimph Tiger 800 XRT / Street Triple RS * Ducati Multistrada 950S/1200S/1260S/Enduro *  Kawazaki Z900  * MV Agusta Turismo Veloce Lusso * Honda Crf300l

Julho 08, 2021, 09:37:30, 09:37
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JoãoPVCarvalho

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Há quem diga que será impossível produzir energia eléctrica para as necessidades que se perspectivam sem recorrer ao nuclear.
Bem sei que Chernobyl foi um acidente acima de tudo motivado por incompetência. Mas acidentes daqueles destroem tudo à volta pelo menos nos 100 anos seguintes...

Não nego vantagens na opção eléctrica, é claro que é melhor solução em muitas aplicações. Mas tenho muitas dúvidas que o custo desta reconversão (total) não seja exaurir outros recursos naturais de forma tão predatória quanto com os combustíveis fósseis. No fundo, substituir um problema pelo outro.
A forma como tudo isto nos é apresentado como uma inevitabilidade não me convence. Mas admito que possa ser só falta de estudo meu sobre o tema.



Penso que o futuro sera o nuclear... sem duvida a melhor forma e a mais limpa de produzir energia.

Na Dinamarca ou Finlandia ja encontraram um sistema muito bom para guardar os indejesaveis desperdicios, sem riscos para a populacao


A Europa por nao estar em cima de numa de instabilidade geologica é mais segura do que por exemplo o Japao para este tipo de producao de energia


Nos Estados Unidos, Mexico e Canada o futuro passara mais pelo gas natural. Os USA pelos avancos na mineracao do tipo fracking conseguem obter gas natural como derivado da mineracao de petroleo.... neste momento nao tem como o aproveitar e se vires uma imagem noturna dos USA vais ver enormes fontes de luz em zonas nao povoadas, todas essas fontes sao pontos em que estao a queimar esse gas devido a nao o conseguirem aproveitar e capturar (nao ha pipelines)


Todo esse excesso de gas natural, vai alimentar a industria norte americana (e a Mexicana) para precos de producao extremamente baixos, o que vai facilitar muito a que os States subtituam as cadeias de producao asiaticas (ja nao tao baratas como ha uns anos atras) pelo "made in nafta".


Os USA neste momento sao independentes energeticamente.... algo que muito boa gente ainda nao se deu conta... isto tem acelerado politicas externas mais nativistas... esta semana os USA sairam da base aerea de Bagram e so se deram ao trabalho de informaram o governo Afgao a meio do momento logistico de saida...

... e pela primeira vez em 30 anos, os USA nao tem um porta-avioes e esquadra de acompanhamento no Golfo Persico.

Esta ausencia vai certamente levar a atritos regionais entre Sauditas e Iranianos... o que podera ter a desagradáveis consequências nos preços do barril de petroleo



A malta gosta muito de falar mar dos Americanos mas esquece-se que vivemos um periodo desde o final da grande guerra ate aos nossos dias de paz e de enorme prosperidade como nunca existiu na historia da humanidade.


A juntar-se a esta tempestade perfeita, neste momento a raça humana atingiu o seu pico... demograficamente a partir desta epoca a populacao mundial e sobretudo a dos paises mais desenvolvidos fica cada vez mais idosa, com as geracoes mais novas a bracos com as dividas soberanas e com o esforco da seguranca social acrescida devido as enorme pressao dos pensionistas.

O modelo economico que tivemos praticamente ate agora assentava no crescimento do consumo, mas isso termina essa decada e nao ha modelo economico para aquilo que vai vir a seguir... praticamente o unico pais desenvolvido a passar por este tipo de crise foi o Japao que esta estagnado numa crise ha praticamente 2 decadas. Muitos poucos paises no mundo tem demografias que lhes permita adiar este problema, e na Europa estao precisamente os paises que irao mais sofrer com isto: Espanha, Alemanha, Italia... praticamente a unica que se safa é Franca


Vamos ver...


Nada mais correcto companheiro. Acrescentaria apenas os exemplos da Rússia e da Nigéria para reforçar este teu raciocínio.
Eu compreendo o romantismo futurista do eléctrico mas, pelo menos à luz da actual tecnologia não é exequível.
Um planeamento cuidado é meio caminho andado.✌
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Julho 08, 2021, 13:09:36, 13:09
Responder #20

Lourenço

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Em França, segundo país mundial produtor de eletricidade de origem nuclear depois dos USA, existem neste momento 56 reatores em 18 centrais. Em desmantelamento são 12 o que perfaz 15 definitivamente parados.

Existe um (1) reator em fase de construção numa central já existente e não há nem existirão novas centrais nucleares.

Reatores da marinha (submarinos e porta-aviões) e de pesquisa existem 21 em serviço, 5 em projeto ou construção e 42 em desmantelamento ou parados definitivamente.

A eletricidade nuclear em 2019 representou 17% da energia produzida em França. Completamente exequível a sua substituição por energias renováveis resolvendo e investindo em soluções de armazenamento.

Em França, como em praticamente todos os países ocidentais, os lobistas defensores da ultrapassada energia nuclear quando confrontados com a construção de uma nova central nuclear a menos de 200 km do local onde habitam passam imediatamente para o outro lado, ou seja, querem nuclear, mas as centrais seriam a construir longe, á porta dos outros.

Mesmo com os últimos, poderosos e influenciadores, suspiros dos defensores do nuclear de fissão, a construção de novas centrais electroprodutoras, em países democráticos, ou seja onde as populações estão esclarecidas e votam, não vai acontecer por vontade da população e pelos investimentos necessários e se os eventuais promotores forem obrigados a conservar e custear o tratamento e armazenamento, presentes e futuros, dos resíduos nos locais mesmos das centrais, então adeus novas centrais nucleares de fissão; vai-se prolongando o tempo de vida das atuais ainda em serviço, aumentando os riscos e a fatura e porque ainda vão fazendo falta nesta fase de transição, apesar de mundialmente serem muito mais os reatores em desmantelamento que os em construção e na Europa e USA a proporção é mesmo avassaladora, não há praticamente novos reatores electroprodutores, só militares e pequenos de pesquisa.

Se desde a construção á manutenção passando pela paragem e desativação das centrais, descontaminação de solos e resíduos e respetivo armazenamento por séculos, todos os custos financeiros fossem refletidos no preço do kWh a energia nuclear seria de longe a mais cara de todas e, note-se, mesmo com custos subavaliados nos países com grande produção nuclear não pagam os consumidores residenciais e indústria a eletricidade mais barata.

O reator electroprodutor mais recente em França data de abril de 2002 inserido numa central já existente desde 1986 e, entretanto, foram abortados e abandonados 6 projetos de centrais nucleares que somariam algumas dezenas de reatores.
O nuclear de fissão é coisa do passado; vai coexistir em decrescendo durante algumas décadas com o aumento exponencial das renováveis e soluções de armazenamento enquanto os fósseis declinam.

A maior parte dos carregamentos de VEs em Portugal e na Europa são realizados na rede doméstica ou das empresas. Se os carregamentos forem programados entre as 00:00 e as 07:00 ou numa rede inteligente, como no caso das grandes localidades francesas, seja a rede a decidir os momentos em que a tomada dispensa energia, ou seja, quando há sobreprodução, nem haverá necessidade durante muitos anos de reforçar qualquer tipo de infraestrutura a não ser em alguns edifícios e locais a rede de baixa tensão. Hoje, mesmo em Portugal, os novos edifícios nas cidades têm de ter lugares de estacionamento e estes lugares tomadas de carregamento ligadas á rede doméstica de cada condómino.
Há projetos em que se entrega o fornecimento de energia para carregamento de VEs nas garagens a empresas externas, mas isso é querer pagar eletricidade para carregar a 3 vezes mais o preço que paga no apartamento.

Depois, há os que carregam de borla, ou quase, com um investimento que bem estudado se amortiza rapidamente. Conheço alguns e são cada vez mais.

Ainda não tenho armazenamento, o estudo está feito e até me permitiria isolar-me da rede, todo o ano, com energia produzida e armazenada a menos de 0.10€ kWh. Já carrego dois veículos elétricos com energia autoproduzida alem de alimentar o consumo doméstico parcialmente (falta o armazenamento) e a energia injetada na rede é bastante superior á que utilizo nas poucas vezes que carrego fora de casa ou da empresa.

A mobilidade elétrica e outras ainda vão evoluir, mas não é “romantismo futurista”, é presente. 8) Os produtores de VEs não satisfazem a procura atual. Os veículos a combustíveis fósseis estão condenados, não é hoje que acabam, será gradual e alguns dos que não acreditam ainda, pelos vistos há por aqui muitos, não voltarão a comprar um veículo a combustão fóssil ou estarão a adquirir o último.  :pensador:









https://www.uc.pt/en/org/inescc/news_inescc/en/org/inescc/Imagens/ApresMOBIE/LuisTiagoFerreiraEDPD

Julho 08, 2021, 13:34:23, 13:34
Responder #21

karloxilva

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É uma utopia esperar que a Ciência por si só resolva um problema que reside no nível de consumo irracional que o mundo ocidental procura manter - e que, dramaticamente, é perseguido pelos outros mundos que procuram imitar o modelo, pressionando ainda mais os recursos do Planeta. A nossa sorte tem sido a de que estes mundos até agora apenas têm participado na peça como actores de fornecimento de matérias primas, mas esta (nossa sorte) está a mudar mudando a sorte de todos como espécie.
Falamos em carros e motas eléctricas e perspectivamos olhando para a nossa realidade e esquecemos que parte substancial da Humanidade não tem acesso água... quanto mais a electricidade.
Continuamos a confundir Acessibilidade com chegar lá de carro ou de outro meio individual de transporte.  Os estudos referem que a maioria das pessoas no Ocidente se deslocam em média 40 km para aceder e regressar dos locais de trabalho... e queremos continuar a fazê-lo do mesmo modo, ouvindo a nossa estação preferida no rádio do carro...
No meio, a discussão sobre o que devem ser as cidades (zonas vedes e pedonais sacrificadas para espaços de estacionamento, é apenas um exemplo) e a natureza dos Transportes Públicos fica para trás.

Há problemas velhos e soluções novas... tratadas à moda antiga. Mais uma para o debate:

"O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm." René Descartes

Julho 08, 2021, 15:03:43, 15:03
Responder #22

Sapiens21

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Há quem diga que será impossível produzir energia eléctrica para as necessidades que se perspectivam sem recorrer ao nuclear.
Bem sei que Chernobyl foi um acidente acima de tudo motivado por incompetência. Mas acidentes daqueles destroem tudo à volta pelo menos nos 100 anos seguintes...

Não nego vantagens na opção eléctrica, é claro que é melhor solução em muitas aplicações. Mas tenho muitas dúvidas que o custo desta reconversão (total) não seja exaurir outros recursos naturais de forma tão predatória quanto com os combustíveis fósseis. No fundo, substituir um problema pelo outro.
A forma como tudo isto nos é apresentado como uma inevitabilidade não me convence. Mas admito que possa ser só falta de estudo meu sobre o tema.



Penso que o futuro sera o nuclear... sem duvida a melhor forma e a mais limpa de produzir energia.

Na Dinamarca ou Finlandia ja encontraram um sistema muito bom para guardar os indejesaveis desperdicios, sem riscos para a populacao


A Europa por nao estar em cima de numa de instabilidade geologica é mais segura do que por exemplo o Japao para este tipo de producao de energia


Nos Estados Unidos, Mexico e Canada o futuro passara mais pelo gas natural. Os USA pelos avancos na mineracao do tipo fracking conseguem obter gas natural como derivado da mineracao de petroleo.... neste momento nao tem como o aproveitar e se vires uma imagem noturna dos USA vais ver enormes fontes de luz em zonas nao povoadas, todas essas fontes sao pontos em que estao a queimar esse gas devido a nao o conseguirem aproveitar e capturar (nao ha pipelines)


Todo esse excesso de gas natural, vai alimentar a industria norte americana (e a Mexicana) para precos de producao extremamente baixos, o que vai facilitar muito a que os States subtituam as cadeias de producao asiaticas (ja nao tao baratas como ha uns anos atras) pelo "made in nafta".


Os USA neste momento sao independentes energeticamente.... algo que muito boa gente ainda nao se deu conta... isto tem acelerado politicas externas mais nativistas... esta semana os USA sairam da base aerea de Bagram e so se deram ao trabalho de informaram o governo Afgao a meio do momento logistico de saida...

... e pela primeira vez em 30 anos, os USA nao tem um porta-avioes e esquadra de acompanhamento no Golfo Persico.

Esta ausencia vai certamente levar a atritos regionais entre Sauditas e Iranianos... o que podera ter a desagradáveis consequências nos preços do barril de petroleo



A malta gosta muito de falar mar dos Americanos mas esquece-se que vivemos um periodo desde o final da grande guerra ate aos nossos dias de paz e de enorme prosperidade como nunca existiu na historia da humanidade.


A juntar-se a esta tempestade perfeita, neste momento a raça humana atingiu o seu pico... demograficamente a partir desta epoca a populacao mundial e sobretudo a dos paises mais desenvolvidos fica cada vez mais idosa, com as geracoes mais novas a bracos com as dividas soberanas e com o esforco da seguranca social acrescida devido as enorme pressao dos pensionistas.

O modelo economico que tivemos praticamente ate agora assentava no crescimento do consumo, mas isso termina essa decada e nao ha modelo economico para aquilo que vai vir a seguir... praticamente o unico pais desenvolvido a passar por este tipo de crise foi o Japao que esta estagnado numa crise ha praticamente 2 decadas. Muitos poucos paises no mundo tem demografias que lhes permita adiar este problema, e na Europa estao precisamente os paises que irao mais sofrer com isto: Espanha, Alemanha, Italia... praticamente a unica que se safa é Franca


Vamos ver...


Nada mais correcto companheiro. Acrescentaria apenas os exemplos da Rússia e da Nigéria para reforçar este teu raciocínio.
Eu compreendo o romantismo futurista do eléctrico mas, pelo menos à luz da actual tecnologia não é exequível.

Caro João,

Fiquei com ideia que o TMaxer não se referiu aos 'eléctricos' naquilo que escreveu, mas sim quanto à produção energética, diferente de país para país, assim como da sua eficácia e rentabilidade.
 :convivio:
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

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Julho 08, 2021, 19:11:19, 19:11
Responder #23

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Sou a favor das renováveis...  mas gostava de saber onde é que na Franca, Alemanha, Dinamarca, Holanda vao produzir solar durante o inverno... durante aquela altura de Outubro a Abril em que nao se ve o sol.

Produzir solar em Agosto e em Portugal, Franca ou Alemanha é facil... Em Dezembro em Portugal se calhar ainda se produz alguma coisa... agora noutros lugares é que ja tenho duvidas.


E provavelmente por isso é que a Alemanha por exemplo ainda vai continuar a queimar carvao de lenhite ate perto de 2040... e depois quando tiverem de abandonar, de onde vai vir essa componente? Vamos armazenar energia em Agosto para queimar em Janeiro???









E estes 2 gráficos ilustram bem aquilo que estou a afirmar




Os carros electricos sao certamente o futuro, ate porque o motor electrico traz enormes vantagens.. o problema HOJE é o armazenamento de energia porque um carro electrico porreiro para ter um autonomia minimanete interessante precisa de transportar uns 600 kilos de bateria e uma energia contida nessa bateria de (agora para facilitar contas) 100 KwH

Mas o problema é quando as metemos a carregar... porque nem todos sao como eu que vivem numa vivenda com 2 pisos e podem usar o telhado para auto geracao de energia.

O portugues que vive ali em Santo Antonio dos Cavaleiros e vive num predio com 20 andares e que cada andar tem 5 apartamento, sao 100 apartamentos por bloco. Se supormos que ha 50 carros electricos nesse bloco. Se cada vizinho precisar de um carregador de 7,2 KW mas provavelmente o maximo que vai conseguir é carregar a 3,6 KW e tiver um consumo diario de 50 KW.. a esses 3,6 vai demorar 13 horas a carregar a bateria e ter um consumo durante toda a noite de 180 KwH, 360 se se carregar a 7,2Kw e 550 a 11Kw que é o ideal... com a taxa de simultaneidade que temos hoje este tipo de consumo é inviavel.

E estas contas sao para um bloco... é so multiplicar pelo numeros de blocos que existem numa cidade.


Em primeiro lugar as garagem ou parques de estacionamento nao tem este tipo de potencia disponível terá de se mudar grande parte da infraestrutura de distribuição para se poder assegurar consumos desta magnitude e depois também a produção de energia das horas que hoje sao consideradas de "vazio" precisa mudar.

Nao é impossivel, mas alteracoes terão de ser feitas na rede e na produção hoje haver a adesão epidémica aos veículos elétricos com toda a gente a carregar baterias durante a noite é impossivel. Ha tambem que focar a situacao que quem vive num destes blocos ou numa vivenda e precise de proceder a alteracoes de fornecimento... as alteracoes serao as suas custas e acredito as necessidades para alimentar os veiculos sejam tao susbtanciais que sera necessario intervir a nivel da coluna do predio (quem tiver garagem)

Outra coisa a rever é a rede de fornecimento fora de casa... nao e viavel o sistema de cartoes e cartoeszinhos e aplicacoes porque cada ponto de carregamento e de um fornecedor diferente (falo para quem quer fazer viagens grandes entre paises)... tirando a TESLA, e poucas redes a nivel nacional o mercado esta demasiado fracionado e nao ha a hipotese de pagar no posto em dinheiro ou cartao.

ja nem falo na distancia entre postos nas zonas mais remotas porque alguem que abasteca em Beja depois tem de conseguir chegar a Setubal ou Vila Franca porque nao ha postos pelo caminho, a menos que queira passar por Evora  :D :D (a menos que queira carregar a 3,6 KwH) mas isto ira se resolver com o tempo

Outra situação é as potencias de fornecimento... em muitos postos os números são muito interessante mas se tem o azar de outro carro estacionar ao lado do vosso a potencia de fornecimento cai para metade


Ja agora, não fui ao google buscar os números e argumentação para sustentar... um dos cursos superiores que tenho é precisamente de elétrica, portanto tenho uma pequena e vaga ideia daquilo que estou a falar  ;) :D :D

E uma das coisas que aprendi foi que o pico de producao solar é as 11 as 15 e o pico de consumo é das 18 as 22H... portanto se nao houver um desenvolvimento importante na capacidade de armazenar energia continuamos a ter um problema... porque meter uma termoelectrica a funcionar provavelmente demora umas 10 a 15 horas... ou seja, nao para "desligar" ou "abrandar um pouco"  mesmo que o solar produza o suficiente durante umas horas as termo irao ter de continuar a queimar e emitir durante essas horas  :zangadoregras:
« Última modificação: Julho 08, 2021, 22:02:01, 22:02 por TMaxer »
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Julho 08, 2021, 19:41:21, 19:41
Responder #24

JoãoPVCarvalho

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Sou a favor das renováveis...  mas gostava de saber onde é que na Franca, Alemanha, Dinamarca, Holanda vao produzir solar durante o inverno... durante aquela altura de Outubro a Abril em que nao se ve o sol.

Produzir solar em Agosto e em Portugal, Franca ou Alemanha é facil... Em Dezembro em Portugal se calhar ainda se produz alguma coisa... agora noutros lugares é que ja tenho duvidas.


E provavelmente por isso é que a Alemanha por exemplo ainda vai continuar a queimar carvao de lenhite ate perto de 2040... e depois quando tiverem de abandonar, de onde vai vir essa componente? Vamos armazenar energia em Agosto para queimar em Janeiro???







E estes 2 gráficos ilustram bem aquilo que estou a afirmar




Os carros electricos sao certamente o futuro, ate porque o motor electrico traz enormes vantagens.. o problema HOJE é o armazenamento de energia porque um carro electrico porreiro para ter um autonomia minimanete interessante precisa de transportar uns 600 kilos de bateria e uma energia contida nessa bateria de (agora para facilitar contas) 100 KwH

Mas o problema é quando as metemos a carregar... porque nem todos sao como eu que vivem numa vivenda com 2 pisos e podem usar o telhado para auto geracao de energia.

O portugues que vive ali em Santo Antonio dos Cavaleiros e vive num predio com 20 andares e que cada andar tem 5 apartamento, sao 100 apartamentos por bloco. Se supormos que ha 50 carros electricos nesse bloco. Se cada vizinho precisar de um carregador de 7,2 KW mas provavelmente o maximo que vai conseguir é carregar a 3,6 KW e tiver um consumo diario de 50 KW.. a esses 3,6 vai demorar 13 horas a carregar a bateria e ter um consumo durante toda a noite de 180 KwH, 360 se se carregar a 7,2Kw e 550 a 11Kw que é o ideal... com a taxa de simultaneidade que temos hoje este tipo de consumo é inviavel.

E estas contas sao para um bloco... é so multiplicar pelo numeros de blocos que existem numa cidade.


Em primeiro lugar as garagem ou parques de estacionamento nao tem este tipo de potencia disponível terá de se mudar grande parte da infraestrutura de distribuição para se poder assegurar consumos desta magnitude e depois também a produção de energia das horas que hoje sao consideradas de "vazio" precisa mudar.

Nao é impossivel, mas alteracoes terão de ser feitas na rede e na produção hoje haver a adesão epidémica aos veículos elétricos com toda a gente a carregar baterias durante a noite é impossivel. Ha tambem que focar a situacao que quem vive num destes blocos ou numa vivenda e precise de proceder a alteracoes de fornecimento... as alteracoes serao as suas custas e acredito as necessidades para alimentar os veiculos sejam tao susbtanciais que sera necessario intervir a nivel da coluna do predio (quem tiver garagem)

Outra coisa a rever é a rede de fornecimento fora de casa... nao e viavel o sistema de cartoes e cartoeszinhos e aplicacoes porque cada ponto de carregamento e de um fornecedor diferente (falo para quem quer fazer viagens grandes entre paises)... tirando a TESLA, e poucas redes a nivel nacional o mercado esta demasiado fracionado e nao ha a hipotese de pagar no posto em dinheiro ou cartao.

ja nem falo na distancia entre postos nas zonas mais remotas porque alguem que abasteca em Beja depois tem de conseguir chegar a Setubal ou Vila Franca porque nao ha postos pelo caminho, a menos que queira passar por Evora  :D :D (a menos que queira carregar a 3,6 KwH) mas isto ira se resolver com o tempo

Outra situação é as potencias de fornecimento... em muitos postos os números são muito interessante mas se tem o azar de outro carro estacionar ao lado do vosso a potencia de fornecimento cai para metade


Ja agora, não fui ao google buscar os números e argumentação para sustentar... um dos cursos superiores que tenho é precisamente de elétrica, portanto tenho uma pequena e vaga ideia daquilo que estou a falar  ;) :D :D
Volto apenas a acrescentar 1 ponto...

Eu tenho motores V20 a trabalhar 24/7 a queimar GN às 1500RPM constantes que produzem uma fracção das emissões da minha mota.

A rede de distribuição existe em todo o mundo, a infrastrutura está sobre dimensionada, em Portugal já chega a mais de 60% território e o litro do gás custa 0,47€.

E agora deixo uma pergunta, porque honestamente dou pouca importância aos relatórios que saem da UE.

Essas previsões e avisos que vão saindo dizem que vai ser terminda a produção de motores de combustão interna, ou dizem antes, que vai ser terminada a produção de motores Diesel e Gasolina?

É que faz muita diferença!



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Julho 08, 2021, 20:52:00, 20:52
Responder #25

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Olha... acredito que as emissões do Euro 7 que resolvessem o problema das metas de emissoes e nos deixassem dentro do roadmap para o alivio de emissao de poluentes.


O problema é que a UE ou alguns players dentro do circulo do poder que sabem que o parque automovel vai demorar 7 a 10 anos a adoptar esses veiculos como a grande maioria e quer acelerar o ponto de poluição do "tubo de escape dentro da cidade" para a "chaminé da central elétrica fora da cidade"... daí a aceleração da eletrificação.


Na minha opiniao podem estabelecer os prazos que quiserem mas os motores de combustão interna irão se manter como uma percentagem da totalidade de veículos rolantes



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Julho 09, 2021, 22:55:24, 22:55
Responder #26

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Há um grupo cada vez maior de miúdos que começaram a aprender matérias novas quando acabaram o curso, tinham profs que hoje têm a minha idade que não sabiam, não percebiam e não podiam ensinar nada do que realmente hoje interessa, esta Rosie é um deles, aconselho o canal.

" ... se todos os veículos ligeiros e pesados na Austrália incluindo autocarros de repente fossem elétricos, seria preciso mais 1/3 de capacidade produtiva de eletricidade ... "
Depois é explicado porque isso nunca vai ser realmente necessário, começando pelo facto que não carregam todos ao mesmo tempo e. são enumerados alguns dos motivos, V2G, smart charge e outros alem de outras vertentes não mencionadas.

Num exemplo acima noutro post, não querendo alongar-me sobre os pormenores alem de que refiro que não coincidem de todo com a minha realidade e com a de muitos outros utilizadores de VEs que conheço e salientar que se baseiam num consumo diario de 50 KW.. o que equivale por alto a 300 km diários o que se para alguns será a média diária (?) penso que está longe de ser a realidade de muitos condutores.

Quanto a motores V20 a trabalhar 24/7 a queimar GN às 1500RPM constantes que produzem uma fracção das emissões da minha mota são precisamente uma das situações que devem terminar quanto antes, nem quero entrar em detalhes sobre as "emissões" referidas, mas se percebi bem do que se trata são o tipo de recursos que deveriam ser utilizados só em casos de forte pico de consumo e não em "24/7". E sim os motores GN e GPL (fui adepto destes durante alguns anos) são motores de combustão interna utilizando combustíveis fósseis e embora com menos impacto estão destinados a seguir o mesmo caminho dos restantes no que á mobilidade diz respeito, saírem de circulação.


Julho 09, 2021, 23:09:59, 23:09
Responder #27

JoãoPVCarvalho

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Julho 09, 2021, 23:57:22, 23:57
Responder #28

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by JDilemas

Julho 10, 2021, 07:38:54, 07:38
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Usei 50 kW porque quem carrega um VE geralmente carrega a bateria dos 20 para os 80%.. penso que é a carga típica recomendada

Já tinha considerado que apenas 50% carregaria o seu veículo… com certeza  haverá apartamentos em que há mais do que um veículo e veículos de empresas que ter necessidades de consumo acima do modelo de quem faça 20 ou 30 km por dia
Yamaha Tmax 500/530 * BMW C Evo/R1200GS/1250 GS/1200 GSA/1200 RT * KTM 1290 SAS *  Trimph Tiger 800 XRT / Street Triple RS * Ducati Multistrada 950S/1200S/1260S/Enduro *  Kawazaki Z900  * MV Agusta Turismo Veloce Lusso * Honda Crf300l

Julho 12, 2021, 00:31:10, 00:31
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Tinha ideia de já ter lido algures e tive de lembrar onde e quando e não foi fácil achar


https://cincodias.elpais.com/cincodias/2016/09/30/empresas/1475258651_836435.html



Portanto, segundo este estudo que na minha opinião parte de uma série de pressupostos errados e assume taxas de penetração dos VÊ que desconfio não serem realistas, até
Odiar o estudo e de 2016 e já tinha sido revisto em alta…..

a electrificação do transporte rodoviário implicará a necessidade que daqui por 30 anos se aumento de produção no espaço europeu no equivalente a 18 centrais nucleares


Ha a apresentação de taxas a aumentar por país… Portugal necessitaria de produção de mais 12 % de energia


Esta percentagem em nada tem a ver com a percentagem de alterações a rede de distribuição… essa será muito mais elevada


Obviamente que toda a gente espera que este diferencial possa ser obtido a base de renováveis…. A ver vamos
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Julho 12, 2021, 22:35:12, 22:35
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JoãoPVCarvalho

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Companheiros.

Vou só insistir mais um pouquinho neste assunto.

Os motores a metano já estão a utilizar uma mistura de Hidrogénio. Curiosamente na Alemanha e ainda mais extraordinário nas fabricas da VW...
E a melhor parte é que estamos a recolher e vender o carbono que conseguimos extrair dos gases de escape.

Quem tiver curiosidade em saber mais sobre estes motores, que curiosamente servem para produzir electricidade!!!
Procurem por Jenbacher Gas Engines.
São fabricados na Dinamarca, um dos Países que promete acabar com os motores a Gasolina e a Diesel nas próximas décadas.

Entretanto por cá são vários cães a um osso. Os meus patrões que não tinham concorrência cá no Feudo ganharam um vizinho novo!

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Julho 13, 2021, 00:41:26, 00:41
Responder #32

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Nao tenho a menor duvida que o motor de combustão interna ira continuar em muitas aplicações como as industriais tais como locomotivas, barcos, etc


Neste momento os académicos ja perceberam com terminar com as emissoes nocivas, evitando o mix de gases com o azoto nao permitindo que este entre dentro da camera de combustao e forcando os gases de escape a fazer passar o ar da admissao por uma especie de filtro de ceramico que apenas permite a chegada das moleculas de oxigenio a camera de combustao...

O CO2 que depois sai pelo escape e capturado e transformado em liquido ao ser colocado em cameras a pressao de 90 bar.... o CO2 depois pode ser vendido ou aplicado industrialmente







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Julho 13, 2021, 10:28:55, 10:28
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Lourenço

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Os motores a metano já estão a utilizar uma mistura de Hidrogénio. Curiosamente na Alemanha e ainda mais extraordinário nas fabricas da VW...
E a melhor parte é que estamos a recolher e vender o carbono que conseguimos extrair dos gases de escape.

Quem tiver curiosidade em saber mais sobre estes motores, que curiosamente servem para produzir electricidade!!!
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Entretanto por cá são vários cães a um osso. Os meus patrões que não tinham concorrência cá no Feudo ganharam um vizinho novo!

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Em minha opinião uma mistura de conceitos. Hidrogénio verde nada tem a ver com GN em termos ambientais, ou com outos gases cuja combustão é poluente, quando muito com metano oriundo de biomassa e neste caso será hidrogénio cinzento e para o qual os subsídios não devem servir tal como o capital oriundo do PRR que na sua execução comtemplam apenas o hidrogénio verde exclusivamente oriundo de fontes renováveis. Entretanto o mercado de carbono, ideia positiva mas logo com aproveitamentos enviesados, levam a que existam algumas etapas oportunistas e efémeras, como fabricantes de automóveis que lucram mais com a venda de certificados que com os veículos que produzem ou produtores de energia que aumentando o custo final do produto com a incorporação de outras fontes vão lucrar sobremaneira com a venda dos mesmos certificados sem que o balanço final seja realmente mais ecológico, a ideia base é não produzir gases de escape de todo, não é aproveitar formas menos sujeitas a fiscalidade para produzir gases de escape poluentes para depois lucrar com um dos componentes neste caso o carbono.

Referimo-nos por aqui á mobilidade, toda a mobilidade, e é neste capítulo que os motores de combustão utilizando combustíveis ou energias não renováveis estão a ser substituídos.
Produzir eletricidade a partir do hidrogénio é antigo, o que é a regra e objetivo atuais é produzi-la com hidrogénio verde.
Já existem no mercado pequenos kits fuel cell que funcionam como geradores autónomos, como aliás todo o tipo de veículos utilizando hidrogénio, o que falta é produzir em larga escala e de forma economicamente viável hidrogénio verde e a consequente logística de distribuição.

A rede de distribuição de GN para a indústria e residencial já hoje distribui GN com hidrogénio incorporado em pequena percentagem, falta que este hidrogénio seja de produção verde inclusivamente e exclusivamente e que a rede seja modificada de forma a ser compatível com maior percentagem de mistura. Na locomoção esta mistura de H2 com GN é uma via proscrita, é mais do mesmo, motores a combustão de fósseis.




Julho 13, 2021, 10:43:32, 10:43
Responder #34

Lourenço

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Nao tenho a menor duvida que o motor de combustão interna ira continuar em muitas aplicações como as industriais tais como locomotivas, barcos, etc


Neste momento os académicos ja perceberam com terminar com as emissoes nocivas, evitando o mix de gases com o azoto nao permitindo que este entre dentro da camera de combustao e forcando os gases de escape a fazer passar o ar da admissao por uma especie de filtro de ceramico que apenas permite a chegada das moleculas de oxigenio a camera de combustao...

O CO2 que depois sai pelo escape e capturado e transformado em liquido ao ser colocado em cameras a pressao de 90 bar.... o CO2 depois pode ser vendido ou aplicado industrialmente

Na indústria penso que os motores a combustão irão ainda perdurar em alguns (poucos) setores muito específicos, aliás é menos difícil evitar e filtrar emissões em sistemas a combustão estacionários que em sistemas móveis como na locomoção, por exemplo a produção de energia elétrica com GN ainda vai perdurar sendo desejável que em sistemas de recurso para picos de demanda e com conversão a prazo para incorporação de hidrogénio, para fuel cell ou outras alternativas menos poluentes.
Locomotivas diesel e barcos, serão uns dos setores da mobilidade onde a conversão para elétrico, bateria ou fuel cell, ou seja eletricidade carregada ou produzida a bordo, mais evoluirão e mais rápido abandonarão em absoluto os fósseis.

Julho 13, 2021, 11:34:39, 11:34
Responder #35

JoãoPVCarvalho

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Em minha opinião uma mistura de conceitos. Hidrogénio verde nada tem a ver com GN em termos ambientais, ou com outos gases cuja combustão é poluente, quando muito com metano oriundo de biomassa e neste caso será hidrogénio cinzento e para o qual os subsídios não devem servir tal como o capital oriundo do PRR que na sua execução comtemplam apenas o hidrogénio verde exclusivamente oriundo de fontes renováveis. Entretanto o mercado de carbono, ideia positiva mas logo com aproveitamentos enviesados, levam a que existam algumas etapas oportunistas e efémeras, como fabricantes de automóveis que lucram mais com a venda de certificados que com os veículos que produzem ou produtores de energia que aumentando o custo final do produto com a incorporação de outras fontes vão lucrar sobremaneira com a venda dos mesmos certificados sem que o balanço final seja realmente mais ecológico, a ideia base é não produzir gases de escape de todo, não é aproveitar formas menos sujeitas a fiscalidade para produzir gases de escape poluentes para depois lucrar com um dos componentes neste caso o carbono.

Referimo-nos por aqui á mobilidade, toda a mobilidade, e é neste capítulo que os motores de combustão utilizando combustíveis ou energias não renováveis estão a ser substituídos.
Produzir eletricidade a partir do hidrogénio é antigo, o que é a regra e objetivo atuais é produzi-la com hidrogénio verde.
Já existem no mercado pequenos kits fuel cell que funcionam como geradores autónomos, como aliás todo o tipo de veículos utilizando hidrogénio, o que falta é produzir em larga escala e de forma economicamente viável hidrogénio verde e a consequente logística de distribuição.

A rede de distribuição de GN para a indústria e residencial já hoje distribui GN com hidrogénio incorporado em pequena percentagem, falta que este hidrogénio seja de produção verde inclusivamente e exclusivamente e que a rede seja modificada de forma a ser compatível com maior percentagem de mistura. Na locomoção esta mistura de H2 com GN é uma via proscrita, é mais do mesmo, motores a combustão de fósseis.
Pois de facto tem razão quando diz que é a sua opinião e quanto a isso nada a dizer.

Infelizmente, e note que digo infelizmente. A realidade é bem diferente. Eu também preferia um mundo sem emissão de gases de efeito de estufa. Um mundo em que cientistas e empresários colocassem a preservação da natureza na frente dos lucros mas, infelizmente não é assim que funciona. Basta olhar para a última polémica a envolver os grandes fabricantes de automóveis Europeus.

Temos de continuar a fazer força para impor mais e melhores políticas ambientais, pois é a unica forma de fazer a ciência em conjunto com a indústria avançar nesse sentido. Para já é aproveitar os avanços que temos à disposição e que a indústria está disponível para aceitar.

O GN é uma óptima solução a curto prazo que permite atingir reduções muito significativas na emissão de gases de efeito estufa sendo que é maioritariamente Metano (CH4). Da sua combustão resultam maioritariamente vapor de água, dióxido de Carbono e muito baixos índices de oxido de enxofre e fuligem. Estes dois últimos, são perfeitamente capturaveis com recurso a catalisadores sendo o dióxido de Carbono capturado com recurso a outras técnicas que não importam para este tópico sobre mobilidade eléctrica.

Neste momento já é mais barato e eficiente produzir energia eléctrica desta forma, e, ao contrário do que o companheiro Lourenço pensa, a adição de Hidrogénio ao Metano que estamos a queimar, não só é possível como já está a acontecer, e como consequência temos uma redução ainda maior na emissão de sub produtos desta combustão, porque na verdade estamos a substituir o Etano presente no GN.

Isto para dizer que tem uma pegada de carbono mais reduzida esta tecnologia do que por exemplo a Solar. Já sei que vai toda a gente ficar de olhos em bico com esta afirmação mas calma. A produção via Fotovoltaico é sem dúvida limpa, zero emissões, 100% renovável mas, a produção dos elementos necessários à manufatura da tecnologia, painéis e afins, tem um impacto ambiental enorme que começa logo no processo de mineração de terras e metais raros e se expande por toda a cadeia produtiva.

Já o GN é um subproduto de outros processos de tratamento ambiental, embora seja ainda uma percentagem.

O que faz pender esta balança é o facto de os grandes grupos de investimento conseguirem lucros ao mesmo tempo que avançam no sentido da consciência ambiental, porque se eles não ganharem dinheiro, não há desenvolvimento tecnológico, porque são eles que o pagam.

É a solução ideal? Não. De todo. Mas é o mal menor.

Por outro lado, a mobilidade eléctrica só está já acessível a um grupo restrito de cidadãos portugueses porque pagamos todos para essa tecnologia. Ou seja, todos os Portugueses subsidiam as grandes companhias para que o preço do Kw que os veículos eléctricos consomem seja ao preço que é. No dia em que resolverem que o Kw para uso doméstico tem um preço diferente do Kw para uso em mobilidade, vão todos pagar caro como pagam hoje a gasolina mas, como dizia recentemente um amigo, a consciência ambiental tem um preço.

Quem pode vir a tirar grande partido dos VE são os Países com abundância de energia Geotérmica.

Os restantes ainda vão andar muitos anos com Híbridos e com recurso a alguma forma de combustão.

Mal por mal, que se queime GN.

E pronto, é a minha opinião.

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Julho 13, 2021, 17:29:32, 17:29
Responder #36

Lourenço

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O GN é uma óptima solução a curto prazo que permite atingir reduções muito significativas na emissão de gases de efeito estufa sendo que é maioritariamente Metano (CH4). Da sua combustão resultam maioritariamente vapor de água, dióxido de Carbono e muito baixos índices de oxido de enxofre e fuligem. Estes dois últimos, são perfeitamente capturaveis com recurso a catalisadores sendo o dióxido de Carbono capturado com recurso a outras técnicas que não importam para este tópico sobre mobilidade eléctrica.
Neste momento já é mais barato e eficiente produzir energia eléctrica desta forma, e, ao contrário do que o companheiro Lourenço pensa, a adição de Hidrogénio ao Metano que estamos a queimar, não só é possível como já está a acontecer, e como consequência temos uma redução ainda maior na emissão de sub produtos desta combustão, porque na verdade estamos a substituir o Etano presente no GN.

O que eu penso? Ao contrário? Caro, como referi acima já se mistura hidrogénio no GN há muito tempo, se tem GN em casa como eu já tive, deixei-me disso, provavelmente já queima hidrogénio.

O que eu penso, não convém deturpar, é que do ponto de vista ambiental, como referi, o hidrogénio nada tem a ver com GN, metano ou outros gases de origem fóssil e não renovável.
O hidrogénio verde é uma fonte renovável, o metano e outros gases das centrais de biomassa possuem um balanço misto intermédio e útil, o GN, outros metanos, outros subprodutos petrolíferos são poluentes de origem fóssil e altamente poluentes.

Voltando á questão central da mobilidade, já tive motores a GN, GPL, a oferta já foi grande, agora exceto a Renault com a Dácia e talvez ainda a Fiat e a Seat, poucas são as ofertas porque a poluição é tal que a redução de emissões é só de alguns pontos percentuais na sua globalidade e algumas marcas enquanto não têm oferta suficiente de elétricos tentam reduzir as despesas carbono por este meio que abandonam assim que conseguirem despoluir a oferta de catálogo.
O GN e GPL beneficiam de fiscalidade favorável, daí a diferença de preço ao consumidor, mas, agora que está provado que poluem quase tanto como a gasolina e o gasóleo, ao contrário do que afirma, essa diferença será anulada mais tarde ou mais cedo.

Artigos em PT, para não estar a referir estudos originais frequentemente em inglês que cada qual poderá pesquisar:

Transportes movidos a gás natural poluem tanto como gasolina ou gasóleo
Estudo conclui que utilizar gás natural nos transportes é tão prejudicial para o clima como gasolina e gasóleo rodoviários ou fuelóleo pesado marítimo

https://www.dinheirovivo.pt/economia/transportes-movidos-a-gas-natural-poluem-tanto-como-gasolina-ou-gasoleo-12801457.html

Se tivermos em conta os riscos de fuga de metano, um poderoso gás com efeito de estufa com maior impacto climático do que o CO2, as emissões fósseis de gás natural poderiam aumentar as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) até 9%, ou diminuir até um máximo de 12%, se considerarmos todos os modos de transporte. Nos veículos ligeiros, o impacto das emissões de GEE do gás natural comprimido (GNC) é semelhante ao gasóleo, enquanto nos camiões é equivalente aos camiões a gasóleo com o melhor desempenho. Já no transporte marítimo, o impacto do gás natural liquefeito (GNL) é próximo do fuelóleo pesado, mas esta comparação depende fortemente do vazamento de metano dos motores e das fugas a montante. [1]
https://zero.ong/zero-defende-que-o-gas-natural-nao-e-solucao-para-descarbonizar-os-transportes-em-portugal/


Isto para dizer que tem uma pegada de carbono mais reduzida esta tecnologia do que por exemplo a Solar. Já sei que vai toda a gente ficar de olhos em bico com esta afirmação mas calma. A produção via Fotovoltaico é sem dúvida limpa, zero emissões, 100% renovável mas, a produção dos elementos necessários à manufatura da tecnologia, painéis e afins, tem um impacto ambiental enorme que começa logo no processo de mineração de terras e metais raros e se expande por toda a cadeia produtiva.

Espero que se tenha enganado a escrever ou pensa mesmo que tanto em carbono, como no que nos interessa que são as emissões poluentes num todo, a eletricidade fotovoltaica é mais poluente que a produzida com recurso ao GN? Repare bem, já se produz eletricidade com recurso ao GN há décadas. É um absurdo utilizar GN para produzir eletricidade, ambientalmente e financeiramente, já o sabemos há muito, a única vantagem é a disponibilidade constante e instantânea para superar picos de demanda. Para queima, industrial e doméstica, é poluente mas vantajoso pelas isenções fiscais em relação aos demais combustíveis fósseis, relativamente á eletricidade o preço comparativo do kWh joga a favor do GN pelas mesmas razões mas deixa-nos dependentes de terceiros, Russos, Argelinos, etc. e nunca mas nunca é mais vantajoso financeiramente na produção ou ambientalmente que a eletricidade fotovoltaica ou eólica.

Por outro lado, a mobilidade elétrica só está já acessível a um grupo restrito de cidadãos portugueses porque pagamos todos para essa tecnologia. Ou seja, todos os Portugueses subsidiam as grandes companhias para que o preço do Kw que os veículos elétricos consomem seja ao preço que é. No dia em que resolverem que o Kw para uso doméstico tem um preço diferente do Kw para uso em mobilidade, vão todos pagar caro como pagam hoje a gasolina mas, como dizia recentemente um amigo, a consciência ambiental tem um preço.

A mobilidade elétrica é cara na compra, ainda, gradualmente e em breve será ao mesmo preço e inferior á restante mobilidade. Também depende do cálculo, o meu VE que comprei novo, (adquiri um usado que será ainda mais barato, mas mais difícil de comparar), apesar de mais caro na compra que um equivalente térmico, já me fica mais barato, muito menos oficina, combustível praticamente de borla. Os Portuguese financiam as grandes companhias de eletricidade não como afirma nem por esses motivos mas sim por rendas que vão diminuir e desaparecer em breve e por opções políticas que foram erradas mas a eletricidade é a energia em Portugal cujo preço pago pelo consumidor mais se aproxima do real custo, cada vez mais limpa, sem dependência externa e isto apesar das taxas e taxinhas.

Quem pode vir a tirar grande partido dos VE são os Países com abundância de energia Geotérmica.

Não vejo porquê. A geotérmica é localizada, ainda a explorar mas cara sobretudo para geração eletrica, é complexa e pouco abundante, para térmico sobretudo em países frios é interessante desde que viável.

Mal por mal, que se queime GN.

Entre gasóleo, gasolina, GN, GPL e outros fósseis que se utilize GN mas só se não existirem renováveis, na indústria e residencial; na mobilidade a combustão é quase passado.

Julho 13, 2021, 19:51:39, 19:51
Responder #37

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O veículo eléctrico fica de borla até ao momento de precisar de trocar bateria….

Quando chegar essa altura o despendio vai ser em tudo semelhante a pagar as revisões e a gasolina que não se gastou

E convém não esquecer que ao haver neste tipo de novos veículos as marcas vão começar uma Iphonizacao doa reparação  com as marcas a tentarem boicotar o mais que conseguirem a reparação independente e obrigarem os clientes a recorrerem as oficinas da marca

Por enquanto as baterias que duram muitos milhões de quilómetros só no papel, e as que existem e preciso ter muita atenção a forma como se recarregam porque o abuso das cargas de elevada potência levam a desiquilibrio nos módulos…. E o problema inicial da Tesla foi precisamente esse: garantia alargado da bateria e acesso gratuito aos quick chargers e muita bateria ao fim de pouco mais de um ano estava com a bateria “deitada”


Portanto… não nos deslumbremos  :convivio:




Aliás, os fabricantes eléctricos tem sido mestres em esconder os problemas com as baterias… nomeadamente o melhor de todos a Tesla… a determinada altura o motivo da Tesla estar a oferecer power walls a preços competitivos
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O veículo eléctrico fica de borla até ao momento de precisar de trocar bateria….

Quando chegar essa altura o despendio vai ser em tudo semelhante a pagar as revisões e a gasolina que não se gastou

E convém não esquecer que ao haver neste tipo de novos veículos as marcas vão começar uma Iphonizacao doa reparação  com as marcas a tentarem boicotar o mais que conseguirem a reparação independente e obrigarem os clientes a recorrerem as oficinas da marca

Por enquanto as baterias que duram muitos milhões de quilómetros só no papel, e as que existem e preciso ter muita atenção a forma como se recarregam porque o abuso das cargas de elevada potência levam a desiquilibrio nos módulos…. E o problema inicial da Tesla foi precisamente esse: garantia alargado da bateria e acesso gratuito aos quick chargers e muita bateria ao fim de pouco mais de um ano estava com a bateria “deitada”


Portanto… não nos deslumbremos  :convivio:




Aliás, os fabricantes eléctricos tem sido mestres em esconder os problemas com as baterias… nomeadamente o melhor de todos a Tesla… a determinada altura o motivo da Tesla estar a oferecer power walls a preços competitivos
Sem contar as que explodiram sem motivo aparente.....

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Julho 13, 2021, 20:47:09, 20:47
Responder #39

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O lítio precisa de uma enorme de pureza na sua utilização. A Samsung pode corrobar este facto.


Não diria que os VE tenham um risco acrescido de explosão, mas será sempre um risco… outro será o de incêndio que pode ocorrer na fase de carregamento… mas não mais nem menos do que os congéneres ICE
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Responder #40

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Quem compra um EV está a comprar um tipo de bateria, hoje são muito mais seguras, algumas com climatização (indispensável), as LFP e derivadas são atualmente as mais seguras apesar de menor densidade e por alguma razão utilizadas alem de em EVs também em armazenamento, não ardem, não explodem, aliás hoje é mais provável o incendio de um gasolina que de um EV.
Se num térmico a capacidade do deposito não influencia a longevidade, num EV a capacidade da bateria sim. Há que saber quantos km se vão fazer anualmente para escolher a bateria ideal, em capacidade e química, optimizando a ciclagem da bateria, logo a sua longevidade, em relação á vida util presumida do veiculo.
O primeiro EV que comprei importei-o já com 98 000, estava com 94% de SOC, de tecnologia anterior de 2018, espero que chegue aos 65/70% de SOC (talvez com mais de 330 000, já vai com 134 000 e é um caso em que a bateria sobreviverá ao veiculo) e como se trata de uma bateria LFP, foi esse o objetivo, quando a retirar do veículo vai durante muitos anos servir para complementar o armazenamento fotovoltaico, as powerwall da Tesla são muito caras para a capacidade que oferecem  ;).

Julho 14, 2021, 14:53:18, 14:53
Responder #41

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Estudos e mais publicações...

Deixo vos esta de quem investe a massa aos milhões na produção de energia:

https://www.grastim.it/futura/en/carbon-capture-utilization

E já agora mais esta:

http://www.grastim.it/futura/en/south-africa-hydrogen/


Agora digam lá em que estão mais interessados os grandes grupos financeiros...




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Um planeamento cuidado é meio caminho andado.✌
by JDilemas