Autor Tópico: Como virar uma moto correctamente (Contra brecagem)  (Lida 5721 vezes)

Outubro 08, 2020, 14:24:30, 14:24
Lida 5721 vezes

Rodrigues1

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Espero que sirva para entenderem que alguns despistes em curvas de montanha poderiam ser evitados com esta técnica.

Aliás esta técnica é usada na prova rainha de super bikes, se repararem na roda da frente em curvas onde vão deitados a roçar com o ombro no chão a roda dianteira aponta para fora da curva.

Boas curvas

« Última modificação: Outubro 10, 2020, 14:00:18, 14:00 por Rodrigues1 »

Outubro 09, 2020, 09:26:53, 09:26
Responder #1

Vasco Gama

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Convém dizer que o counter steering nunca deve ser aplicado abaixo dos 40/50km hora!!!
Omnia tempus habent

Outubro 09, 2020, 19:48:53, 19:48
Responder #2

MotardFeio

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Quanto maior, mais comprida entre eixos e mais pesada for a moto, mais perceptível e eficaz é o efeito da contra-brecagem na condução da mesma.
E com a ajuda das peseiras, ainda sai mais amplificada a coisa!
Faz parte do AEIOU de conduzir uma moto, e infelizmente nas escolas de condução não se aprende isso.
Piscas, 8's e pouco mais...
Sombra, Saúde e "não vamos ferir susceptibilidadezinhas"...
Que deus não pode dar tudo!!!

A tua liberdade acaba onde começa a minha

Outubro 09, 2020, 20:43:39, 20:43
Responder #3

Rodrigues1

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Eu utilizo sempre esta técnica seja a que velocidade for e sempre me dei bem apesar da mota ser curta.

Claro que a sensibilidade é diferente conforme a velocidade


Outubro 09, 2020, 23:01:08, 23:01
Responder #4

dfelix

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A maioria dos motociclistas à medida que ganha experiência adopta naturalmente esta técnica sem sequer se aperceber que é uma técnica.  :)

Outubro 10, 2020, 10:53:21, 10:53
Responder #5

Rodrigues1

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A maioria dos motociclistas à medida que ganha experiência adopta naturalmente esta técnica sem sequer se aperceber que é uma técnica.  :)


Olha que não,..

Dois amigos meus já andam há muito tempo e ainda não conseguem usar essa "técnica" ou "contra brecagem" como lhe quiserem chamar.

Saiem muitas vezes fora de mão em curvas apertadas, travam a meio da curva e só usam a inclinação do corpo para curvar.

A experiência é muito relativa, ao longo dos anos apanham-se hábitos negativos difíceis de mudar.

Outubro 10, 2020, 12:52:58, 12:52
Responder #6

Pianoman

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Aliás esta técnica é usada na prova rainha de super bikes, se repararem na roda da frente em curvas onde vão deitados a roçar com o ombro no chão a roda dianteira aponta para dentro.
Amigo Rodrigues, queres dizer "para fora", certo?
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Outubro 10, 2020, 13:59:54, 13:59
Responder #7

Rodrigues1

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Aliás esta técnica é usada na prova rainha de super bikes, se repararem na roda da frente em curvas onde vão deitados a roçar com o ombro no chão a roda dianteira aponta para dentro.
Amigo Rodrigues, queres dizer "para fora", certo?

Verdade amigo,... :blush:

Vou corrigir

Obrigado

 :nice:

Outubro 10, 2020, 14:11:52, 14:11
Responder #8

Rodrigues1

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Nesta foto nota-se a roda dianteira ligeiramente virada para fora da curva, ( contra brecagem )



Outubro 10, 2020, 14:51:05, 14:51
Responder #9

Cross

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Isto das técnicas... não consigo aceitar muito bem estas teorias. Primeiro o que faz curvar uma moto (2 rodas) é o guiador e ponto.
O movimento necessário no guiador para fazer a curva é o mesmo, seja qualquer for a origem nas mesmas condições. Como se diz na gíria é fisica... ou seja como exemplo, a 50 kms/h para realizar uma curva empurrar o guiador no mesmo lado da direção da curva, é  o que faz a moto curvar nessa mesma direção. Não fazendo isto não curva.
Fazemos sempre isto mesmo que inconscientemente. Sobre todas as outra teorías, força na peseiras do mesmo lado, balancear o corpo, deitar, puxar o guiador do outro lado em vez de empurrar neste, bla bla... vai dar o mesmo de uma maneira ou outra, directa ou indirectamente por qualquer outra força sendo reação de outra estamos a afectar o guiador na mesma forma.



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Outubro 10, 2020, 15:13:41, 15:13
Responder #10

ThatsMe

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Isto das técnicas... não consigo aceitar muito bem estas teorias. Primeiro o que faz curvar uma moto (2 rodas) é o guiador e ponto.
O movimento necessário no guiador para fazer a curva é o mesmo, seja qualquer for a origem nas mesmas condições. Como se diz na gíria é fisica... ou seja como exemplo, a 50 kms/h para realizar uma curva empurrar o guiador no mesmo lado da direção da curva, é  o que faz a moto curvar nessa mesma direção. Não fazendo isto não curva.
Fazemos sempre isto mesmo que inconscientemente. Sobre todas as outra teorías, força na peseiras do mesmo lado, balancear o corpo, deitar, puxar o guiador do outro lado em vez de empurrar neste, bla bla... vai dar o mesmo de uma maneira ou outra, directa ou indirectamente por qualquer outra força sendo reação de outra estamos a afectar o guiador na mesma forma.



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Compreender a teoria da contra-brecagem pode salvar muita gente de saídas largas de uma curva, target fixation e afins.
É verdade que involuntariamente todos o fazemos, mas é bom que toda a gente tenha em mente que é possível forçar a inclinação da mota independentemente de para onde estamos virados ou a olhar.

Outubro 10, 2020, 15:33:00, 15:33
Responder #11

Rodrigues1

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Cada um curva como quer mas não digam que é teoria

Teoria é algo que não está provado e esta forma de curvar está provada que resulta e é usada por pilotos de elite.

Não acredito que todos o façam de forma inconsciente até porque não se ensina nas escolas de condução, além disso muitos até têm medo de conduzir só com uma mão quanto mais empurrar o punho.

Mais do que uma vez tenho observado Motociclistas que circulam á minha frente e uns inclinam a mota mas ficam direitos outros inclinam o corpo mantendo a mota a direito, ao usar a contra brecagem nem precisamos de nos mexer em cima da mota ela curva praticamente sozinha.



Outubro 10, 2020, 17:47:23, 17:47
Responder #12

pjmartinho

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Outubro 10, 2020, 17:58:31, 17:58
Responder #13

Cross

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Não perceberam o que quiz dizer.
Não existe diferentes movimentos de fazer curvar a moto. É o mesmo movimento do guiador em relação ao corpo da moto ou melhor dizendo de uma roda em relação a outra neste modelo convencional de 2 eixos.
Aliás o nome contra brecagem vem do popular virar o guiador  contra à direção da curva que é diferente nos triciclos ou carros mas nas duas rodas  sempre foi assim. Mais nada viraba mota sem ser o guiador.
Portanto se alguém faz a mesma curva, exactamente no mesmo percuso rodado o ângulo deslocado no guiador é o mesmo. Seja alguém que tenha preferência de fazer o mais  fácil empurrar o punho, ou deitado e mota direita (mais recomendável) ou mota deitada e corpo direito, ou a fazer o pino, no final está a mexer/influenciará no guiador exactamente o mesmo movimento, mesmo ângulo de um modo simplista.
Eu aprendi andar de bicicleta numa bicicleta sem pedais, os meu filhos tb e recomendo, sempre foi assim que aprendemos como se faz curvas em duas rodas, portanto não existe teorias com nomes diferentes para explicar diferenças entre triciclos o quatro rodas e a duas rodas porque é aprendido naturalmente. É assim que todos deveriam apreder a andar em duas rodas,  sem rodas de apoio porque 4 rodas é totalmente o oposto. Como a "brecagem" foi inventada nos carros nas motas tem que se chamar contra brecagem para que se entenda.



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Outubro 10, 2020, 18:00:58, 18:00
Responder #14

Cross

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Talvez ajude à discussão


Exactamente isto! :)

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Outubro 10, 2020, 22:09:51, 22:09
Responder #15

Pianoman

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Amigo Cross, permite-me discordar.

Na minha opinião, e derivado da minha prática também, bicicleta é diferente de mota. E tudo devido às velocidades.

Uma mota a baixas velocidades (20/30 km/h) já se assemelha a uma bicicleta a curvar, ou seja, viramos o guiador na direção da curva.

A velocidades superiores já não é assim. Ou curvas com a inclinação da mota, ou com a contra-brecagem, empurrando o punho do lado interior da curva, fazendo a que POR MOMENTOS a roda da frente aponte para o lado contrário da curva.

Quanto ao que dizes de as curvas só se poderem fazer com o guiador, como explicas que se consiga curvar sem ter as mãos no dito guiador?


Nunca mais me esqueço quando saí do stand com a minha primeira mota (maçarico...) e na primeira curva (em "U"-180°) lá vou eu todo lampeiro a virar o guiador (como fazia nas bicicletas) para o lado da curva. Claro que a mota foi logo na direção oposta!
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Outubro 10, 2020, 22:57:07, 22:57
Responder #16

Cross

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Amigo Cross, permite-me discordar.

Na minha opinião, e derivado da minha prática também, bicicleta é diferente de mota. E tudo devido às velocidades.

Uma mota a baixas velocidades (20/30 km/h) já se assemelha a uma bicicleta a curvar, ou seja, viramos o guiador na direção da curva.

A velocidades superiores já não é assim. Ou curvas com a inclinação da mota, ou com a contra-brecagem, empurrando o punho do lado interior da curva, fazendo a que POR MOMENTOS a roda da frente aponte para o lado contrário da curva.

Quanto ao que dizes de as curvas só se poderem fazer com o guiador, como explicas que se consiga curvar sem ter as mãos no dito guiador?


Nunca mais me esqueço quando saí do stand com a minha primeira mota (maçarico...) e na primeira curva (em "U"-180°) lá vou eu todo lampeiro a virar o guiador (como fazia nas bicicletas) para o lado da curva. Claro que a mota foi logo na direção oposta!
Boas Pianoman,

Pois eu sei o que queres dizer mas não tem a ver com a velocidade. Ou melhor tem a aceleração que é taxa de variação da velocidade pela massa (peso). Tudo o que eu disse era nas mesmas condições. Se tiveres numa bicicleta com o mesmo peso e aceleração é  exactamente igual que uma mota ou qualquer outra coisa com duas rodas. Nota-se menos para pesos mais pequenos. Quem faz ciclismo pode dizer o mesmo, descer a serra a 60km como se faz as curvas....

Numa curva a força centripeta tem que ser igualada com a centrífuga. Em baixa velocidade o peso tem uma componente maior que a forças necessárias para fazer a curva que disse acima e  por isso mesmo. Exemplo se estamos parados ou devagar utilizamos o guiador para equilibrarmos essas forças, viramos para um lado para compensar não cairmos para o outro. Utilizamos o corpo para compensar igualmente nas curvas a velocidades mais baixas, mas para velocidade mais elevadas temos que nos deitar para dentro para compensar a centrifuga que nos empurra para fora.

Podes experimentar a diferença se meteres uns pesos nas barras do guiador e verás a diferença que faz, o mesmo um guiador mais largo, vês que a baixa velocidades donde o peso importa faz diferença para equilibrio. O centro de gravidade por melhor que seja não está junto ao chão.

Posso explicar facilmente a inclinação. Aliás se veres o video partilhado mostra claramente. Ao inclinarmos a mota o guiador compensa para ganhar equilibrio e vira pequenas guinadas para equilibrar. Se fosse fixo não corrigia e ia na mesma direção, era logo chão. O primeiro erro de maçarico é exactamente esse, agarrar o guiador com tanta força que não deixa o guiador compensar as forças para manter o equilíbrio. Mais velocidade menos importância do peso isso é algo que aprendemos logo quando apredemos a andar de bicicleta, e se sabes andar sem mãos numa bicicleta é mais evidente o guiador.




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Outubro 10, 2020, 23:57:12, 23:57
Responder #17

pjmartinho

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Uma mota a baixas velocidades (20/30 km/h) já se assemelha a uma bicicleta a curvar, ou seja, viramos o guiador na direção da curva.

A velocidades superiores já não é assim. Ou curvas com a inclinação da mota, ou com a contra-brecagem, empurrando o punho do lado interior da curva, fazendo a que POR MOMENTOS a roda da frente aponte para o lado contrário da curva.

 :nice:

A baixas velocidades (não sei se são menos de 20Km/h ou, menos de 30km/h) o efeito de giroscopico das rodas a girar ainda não se faz sentir pelo que, se se quer que mota vá para a direita, vira-se o guiador nessa direcção.

A velocidades superiores, esse efeito giroscópico já se faz sentir (e tanto maior o seu efeito quanto maior a velocidade) pelo que a mota tende a ficar equilibrada (e na vertical) e, quando se quer curvar é necessário desequilibrar a mota virando o guiador... mas para a mota "cair" para a direita, é necessário virar o guiador para a esquerda (e vice-versa).

Esse efeito giroscopico nota-se nas corridas de motas quando o piloto cai e mota segue o seu caminho em pé como se nada fosse... e só cai quando, ou bate numa coisa qualquer que a faz parar, ou quando a velocidade baixa muito e se perde o efeito giroscopico das rodas a girar.

Nos meus tempos de radiomodelismo cheguei a ter uma mota electrica. Quando a recebi, achei estranho virar o volante do comando para a direita e a roda da mota virar para a esquerda... é claro que rectifiquei a coisa nas configurações do comando e o resultado foi que nunca consegui andar com a mota a direito  :zangadoplus:

Um dia, em desespero de causa, desabafei com um dos prós lá da pista que frequentava e ele disse-me com toda a calma "o comando está mal configurado, deve estar configurado em "reverse" porque a mota curva por desequilibrio e não por a roda apontar para o lado em que queremos ir". Achei que me estava a praxar mas lá fiz as alterações no comando... e a mota andava, e curvava, nas horas  :D

« Última modificação: Outubro 11, 2020, 02:11:29, 02:11 por pjmartinho »

Outubro 11, 2020, 00:19:48, 00:19
Responder #18

dfelix

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Dois amigos meus já andam há muito tempo e ainda não conseguem usar essa "técnica" ou "contra brecagem" como lhe quiserem chamar.

Saiem muitas vezes fora de mão em curvas apertadas, travam a meio da curva e só usam a inclinação do corpo para curvar.

A "técnica" em questão só facilita a progressão com que a moto inclina.
Porque a partir do momento que se impõem forças centrífugas, a contrabracagem é a forma "natural" da moto virar.
Seja feito de forma voluntária ou não.

Alargar trajectórias e consequente sair fora de mão em curvas apertadas, tal como a necessidade de travar a meio da curva passa pela velocidade com que se entra na mesma.

... uns inclinam a mota mas ficam direitos outros inclinam o corpo mantendo a mota a direito, ao usar a contra brecagem nem precisamos de nos mexer em cima da mota ela curva praticamente sozinha.

Inclinar o corpo ou mesmo sair fora da moto permite alterar o centro de gravidade.
Nada tem a ver com contrabrecagem.

Aliás, se a partir de certa velocidade aliviarmos as mãos do guiador/avanços numa curva e usar apenas o corpo para curvar, estes tendem a seguir o movimento da contrabracagem, porque é a forma "natural" da moto virar.

Pois eu sei o que queres dizer mas não tem a ver com a velocidade.

Tem a ver com velocidade...
Porque sem velocidade não há efeito giroscópico.



Tal como a baixa velocidade não se fazem sentir as forças centrifugas em curva.
Por isso só viramos de forma "convencional" em manobras a baixa velocidade. E por isso só inclinamos a moto a curvar a partir de alguma velocidade.
 
A baixas velocidades (não sei se são menos de 20Km/h ou, menos de 30km/h) o efeito de giroscopico das rodas a girar ainda não se faz sentir pelo que, se se quer que mota vá para a direita, vira-se o guiador nessa direcção.

Exacto!

Não há uma velocidade certa para se sentirem ou vencer os efeitos, tanto o giroscópico como das forças centrifugas que se fazem sentir em curva porque depende de muitas variáveis da moto.
Tamanho das rodas, peso total, centro de gravidade, etc...

Por isso há motos que são mais eficientes em curvas lentas mas instáveis em altas velocidades, outras mais eficientes em curvas rápidas mas muito físicas de se curvar devagar, etc.


« Última modificação: Outubro 11, 2020, 00:26:32, 00:26 por dfelix »

Outubro 11, 2020, 09:48:08, 09:48
Responder #19

Pianoman

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Não vou citar os dois posts porque seria muito longo mas a minha práctica (pouca, ainda) corrobora tudo o que o pjmartinho e o dfelix disseram e foi exactamente o que tentei dizer de forma demasiado simplista, sem recorrer a teorias ou basear-me na física.
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Outubro 11, 2020, 10:32:24, 10:32
Responder #20

Rodrigues1

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Espero que não inerpretem mal a minha intenção ao abrir o tópico.

Cada um curva como bem entender ou se sente mais seguro

Se já o fazem de forma inconsciente então ainda bem no entanto é sempre bom que o façam de forma consciente e se lembrem dessa forma de curvar em situações embaraçosas.

Como sabem vou muitas vezes para Trás os Montes embora não seja só lá que há curvas perigosas ficam bem alto e um descuido só param no fundo da ravina misturados com amêndoas e azeitonas  :D

Numa dessas curvas que fecham em gancho se não tivesse empurrado o punho com mais força tinha ido parar ao fundo da ravina e fi-lo de forma consciente.

Dai que eu acho muito diferente fazê-lo de forma consciente ou inconsciente


Outubro 11, 2020, 17:57:50, 17:57
Responder #21

NunoMt

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Isto das técnicas... não consigo aceitar muito bem estas teorias. Primeiro o que faz curvar uma moto (2 rodas) é o guiador e ponto.
O movimento necessário no guiador para fazer a curva é o mesmo, seja qualquer for a origem nas mesmas condições. Como se diz na gíria é fisica... ou seja como exemplo, a 50 kms/h para realizar uma curva empurrar o guiador no mesmo lado da direção da curva, é  o que faz a moto curvar nessa mesma direção. Não fazendo isto não curva.
Fazemos sempre isto mesmo que inconscientemente. Sobre todas as outra teorías, força na peseiras do mesmo lado, balancear o corpo, deitar, puxar o guiador do outro lado em vez de empurrar neste, bla bla... vai dar o mesmo de uma maneira ou outra, directa ou indirectamente por qualquer outra força sendo reação de outra estamos a afectar o guiador na mesma forma.



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Teorias? Creio que se chama física.

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Outubro 11, 2020, 18:21:39, 18:21
Responder #22

dfelix

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Cada um curva como bem entender ou se sente mais seguro

Ou não...
Muitas vezes só nos apercebemos o quanto fecha uma curva quando já estamos dentro dela.

Numa dessas curvas que fecham em gancho se não tivesse empurrado o punho com mais força tinha ido parar ao fundo da ravina e fi-lo de forma consciente.

Mesmo consciente já o fiz muitas vezes como um autêntico acto de fé!!

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Outubro 12, 2020, 10:43:28, 10:43
Responder #23

JViegas

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LoL

Numa curva que conheço bem do meu percurso habitual, há dias entrei mais depressa e dei por mim a alargar a trajetória quase à berma.  :blush:

Entrei "à campeão" e ia-me lixando.

Com a Forza um gajo desacelerava, travava. Com a CB querendo fazer a redução respetiva, não contei com a velocidade "a mais".

Serviu de lição.  :smiley:

Outubro 12, 2020, 11:02:37, 11:02
Responder #24

MotardFeio

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É Física sim.

E como tal, está tudo certíssimo segundo as leis da Física.

No momento em que se executa a dita contra-brecagem (virar o guiador na direcção oposta à pretendida), pelo facto de o perfil do pneu ser redondo, causa um desequilíbrio momentâneo (passe a redundância) o que faz "tombar" a moto para "dentro" da curva.
Onde antes havia borracha a suportar o peso, passa a existir "nada". Logo a moto "cai", uma vez que a inclinação da mesma já terá sido iniciada. É a maçã a cair da árvore!!!! (para os Físicos)
Depois, pelas leis da Física (não vou descrever nem enumerar, também as estudei), a moto vai tendencialmente estabilizar assim que deixarmos de "contra-brecar" (passe a expressão).

Agora esqueçam as leis da Física e vão ver uns vídeos no Youtube de corridas de supermoto em kartódromos, e depois falemos de contra-brecagens de novo. Ganha todo um novo significado e campo de aplicação!!!!

Melhor ainda, vão para a estrada practicar,  e vão ver que, passada a fase inicial de adaptação, a vossa condução irá ficar mais fluida numa qualquer estrada de montanha a bom ritmo (se é que não o é já, claro está!).

E divirtam-se a experimentar!   :cool:

Discussões à parte, funciona.

E a Terra é redonda.

E os gajos foram mesmo à Lua!

 :bandeiraportugal:
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Outubro 12, 2020, 16:03:54, 16:03
Responder #25

Rodrigues1

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Companheiro @Motardfeio

Gostei e aprovo a 100%

Bem explicado sim senhor

 :palmas:

Outubro 13, 2020, 16:49:03, 16:49
Responder #26

pjmartinho

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Encontrei este video e lembrei-me deste tópico



se quiserem adiantar a coisa podem saltar para o minuto 2.