A difícil e limitada escolha de cores nos motociclos…Esta é, a par com a própria escolha do modelo, uma das questões com que qualquer um de nós se depara, quando chega o momento de fazer negócio…Ok, já escolhi o motociclo….e agora por que cor hei-de optar?E aqui meus amigos, as opções não têm nos últimos anos jogado propriamente a nosso favor…
Se no mercado automóvel é extremamente comum encontrar uma paleta de cores que facilmente ultrapassa a dezena de opções, no caso dos motociclos a história resume-se a metade ou até mesmo menos de metade, consoante o modelo em causa.
Tem existido ao longo do tempo algum conservadorismo nas opções dadas aos compradores, sobretudo no tocante às maxiscooters, apesar de recentemente se começar a ver alguma ousadia, seja na concepção de um jogo de duplas cores nos painéis das carenagens, na utilização de jantes de cor dourada que contrastem com a cor do próprio modelo, na utilização de tonalidades específicas que partem de cores base conhecidas, ou até mesmo no uso de vinis colocados estrategicamente logo de fábrica e que fazem realçar o lado mais desportivo que se pretende alcançar.
Mas é algo que não abarca de forma generalizada todos os segmentos de mercado.…aliás, ainda que não seja propriamente uma regra definida e inabalável, é um pouco mais fácil ter-se ao dispor uma lista de opções de cores mais abrangente numa scooter mais pequena (ciclomotor) e/ou de cilindrada mais baixa, do que numa grande maxiscooter, onde só com raras excepções existem modelos que passam das 3 opções de cor.
Também é aceitável dizer-se que o mercado e o tipo de consumidor Europeu é diferente de por exemplo um outro no mercado Asiático, onde a mentalidade e factores sociais têm também resposta diferente por parte das marcas na disponibilização de cores.
Vejamos alguns exemplos de diferentes marcas à venda no mercado Europeu, onde coloco um modelo de pequenas dimensões face a uma maxiscoter de maior porte, para perceberem o que digo:SYM Fiddle III 125 – 4 cores disponíveis, algumas delas com dupla coloração das carenagens (preto/dourado; preto; azul/branco; branco/vermelho);
SYM MaxSym 600 – 2 cores disponíveis (preto fosco; cinzento);
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Honda PCX – 6 cores disponíveis (Preto; cinzento escuro; cinzento claro; vermelho; branco; castanho);
Honda SW-T600 – 3 cores disponíveis (Preto; cinzento; titânio);
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Kymco Vitality 50 – 7 cores disponíveis, algumas delas com dupla coloração das carenagens (azul; azul/branco; branco/vermelho; cinzento; preto; vermelho; vermelho/preto);
Kymco Xciting 400 – 2 cores disponíveis (branco; preto);
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Yamaha Nmax – 4 cores disponíveis, todas com uma base estrutural de tonalidade alumínio presente no perfil (vermelho; titânio; preto; branco);
Yamaha T-Max 530 – 3 cores da versão normal + 1 da versão especial (Cinzento claro; cinzento escuro; branco + uma cor na versão especial: preto);
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O próximo caso contradiz por completo a regra:Piaggio New Fly 125 – 4 cores disponíveis (Branco; preto; azul; vermelho);
Piaggio X10 500 – 5 cores disponíveis) Branco; azul; cinzento claro; cinzento escuro; preto)
Mas depositemos agora a nossa atenção no porquê??E aqui de alguma forma existe uma relação directa com os estudos de mercado que levam as marcas a propor "apenas" estas alternativas e que tem não só ocorrência no mercado de motociclos, mas também no próprio panorama automóvel, ainda que este seja mais vasto no que propõe.
E a verdade é que existe um incontornável mundo
quase a preto e branco…
O preto, o branco e o cinzento são as 3 cores mais vistas no mercado, as mais vendidas e aquelas que ano após ano ficam no topo das preferências dos consumidores.
Como é possível perceber pelos exemplos que deixei acima, ainda que não seja uma regra incontornável e haja de facto excepções, a verdade é que existe uma maior ousadia nas cores disponíveis para pequenas scooters citadinas, do que aquilo que acontece nos modelos de maior porte.
Mas no fundo e se nos detivermos um pouco a pensar, existem de facto cores que poderiam revelar-se um completo fiasco se aplicadas a determinados modelos que habitualmente tomamos como altamente sóbrios e conservadores…. Uma Suzuki Burgman 650...cor de laranja?? Uma Honda SW T-600...amarela?? Uma Yamaha X-Max 400...verde-alface??
Ainda que haja mudanças e se comecem a notar precisamente como avancei mais acima, a verdade é que este parece ser (…e é-o de facto) um processo gradual e não repentino, onde as marcas arriscam um pouco mais nas scooters pequenas e de baixa cilindrada, do que nas grandes scooters GT ou de características mais turísticas.
E agora pergunto-te, caro companheiro.…imaginando que chegou o momento de escolher a cor do teu novo modelo, o que farias caso tivesses várias cores à disposição?
Darias razão aos estudos de mercado optando por uma das 3 cores mais vendidas (e normalmente disponíveis) ….ou optarias por algo mais radical, caso fosse disponibilizada logo de fábrica?
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