Autor Tópico: A importância dos veículos virem a obter certificado de segurança cibernética  (Lida 1373 vezes)

Dezembro 24, 2021, 00:14:09, 00:14
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Sapiens21

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A importância dos veículos virem a obter certificado de segurança cibernética






Se o título que aqui coloquei te despertou a atenção, pois acredita que o tema é mesmo sério!

EUROCYBCAR é o nome que deveremos reter de futuro, mas permitam-me enquadrar começando por falar de uma marca de scooters.
Acreditem...existe aqui uma relação.


Provavelmente nunca antes ouviste falar na NUUK, mas começou como uma ‘start-up’ espanhola (a NUUK Mobility Solutions), especializada no projeto e desenvolvimento de soluções para veículos elétricos leves inteligentes.

Pois agora tornou-se na primeira empresa do mundo (ligada a este sector) a obter o certificado de Segurança Cibernética para Veículos, após passar na correspondente auditoria AENOR

O Mundo está em constante mudança e a segurança e o acesso a dados daquilo que conduzimos é e vai ser cada vez mais uma prioridade. Uma prioridade...e também uma obrigatoriedade.

Ora esta empresa antecipou um exigente regulamento europeu que já entrou em vigor e que obrigará todos os veículos novos vendidos na Europa a partir de Julho de 2024 a serem ciber-seguros: isto é, protegerem a privacidade e a vida das pessoas que viajam a bordo, bem como a integridade dos sistemas do veículo.

Assim, a EUROCYBCAR – que falei no início e é a pioneira na medição da cibersegurança de todos os tipos de veículos, segundo a norma UNECE/R155 – e a AENOR, certificou que o principal modelo de moto elétrica NUUK, a CargoPro, passou no teste EUROCYBCAR.

Isto meus amigos é o primeiro passo para que muitos mais veículos, de diferentes marcas e modelos, venham a ter de passar nos testes para obter Certificado de Segurança Cibernética.

Para se ter ideia do que pode significar um ataque cibernético a um qualquer veículo (e aqui relembro que cada vez estão mais conectados via wi-fi e com bluetooth), bastará dizer que um ataque do género pode destrancar um veículo, pode bloquear um veiculo, pode ativar ou desativar uma função remotamente, pode espiar o que os passageiros do veículo estão a fazer ou os seus percursos, etc, etc...

Isto é um assunto sério e as marcas estarão dispostas a gastar fortunas para que os veículos não sejam alvo de ataques cibernéticos, que poderiam lesar os seus clientes ou mesmo as próprias marcas.
E sim...isto poderá vir a juntar-se a tantas outras coisas que encarecem depois os veículos na generalidade.

Mas a Cibersegurança é um assunto muito sério...


Já agora...

O tal 1° veículo a conseguir esse Certificado foi esta scooter eléctrica da Nuuk.

"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Dezembro 27, 2021, 15:19:13, 15:19
Responder #1

karloxilva

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Saúde!

Há uns anos, deram-me algo parecido... para o rádio do carro. Tinha a ver com "interferências".

A questão que colocas é pertinente, tanto que já vi publicidade a automóveis a dar mais ênfase aos extras em matéria de comunicação do que aos pormenores da segurança passiva. O meu problema é se os certificados garantem a segurança, ou melhor, se garantirão.

Facto: Hoje não há nada que não esteja ligado à rede e parece que o pessoal gosta de estar ligado, mesmo sem saber bem onde...
O direito de não ser rastreável e de andar desligado da rede é uma preocupação algo bizarra para cada vez mais gente formatada por esta normalidade da rastreabilidade total "para nosso interesse".
A interacção permanente da viatura com a marca -  não temos de nos preocupar com mudanças de óleo, marcação de revisões, etc - e depois essa questão da Privacidade no interior das viaturas (regras para câmaras, sensores de lugares ocupados?) enfim, pode ser útil para um UBER... O outro lado, as falhas de segurança quem podem permitir andarem a "brincar" com a viatura - na "melhor" das hipóteses para se mostrar que se conseguiu.

Isso já não futuro, é agora.
Ainda há dias vi uma "peça" de um jornalista de uma revista de "gadgets" electrónicos num noticiário de uma estação televisiva de "referência" a mostrar uns óculos que permitem andar na rua filmando outrem sem se ser detectado, o "jornalista" estava mais entusiasmado com as possibilidades do "pinchavelho" do que com o significado social da coisa (é um "jornalista", né?)...

Amanhã, um "chip" à laia dos cães para cada um, terá identificação, cartão de vacinas, doenças, alergias, tudo.. dará para ir à bola, votar, até fazer compras, sei lá.
Pois, "Admirável Mundo Novo", tão terrífico como o de "1984" do Orwell... mas "isso é só na China"...
Esqueci-me: "Quem não deve não teme". A porra é que quando atiram com esta sentença nunca se lembram de "offshores" e segredos bancários. Ou falam logo de "Privacidade" essa coisa tão em desuso, uma bizarria, para todos outros.

Aproveito para retribuir as "Boas Festas" de outra ocasião e estendo a coisa ao resto pessoal que costuma passar por aqui.

"O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm." René Descartes