Autor Tópico: Invisibilidade  (Lida 1519 vezes)

Abril 10, 2019, 22:12:09, 22:12
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Moto2cool

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Uma abordagem interessante e sempre engraçada



Spritmonitor.de" border="0 Suzuki VStrom 650
"Viver a vida não é esperar que a tempestade passe, é aprender a andar à chuva"

Abril 11, 2019, 09:34:02, 09:34
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Nuno YB

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Um bom video para juntar á nova campanha da PSP.

Com toda a certeza que 95% dos automobilistas não são maniacos assassinos, caçadores de motos, para juntar capacetes partidos como troféus de caça. Sobram sempre os outros 5%, que são exactamente isso ( ou porque não têm dinheiro para a moto, ou porque a esposa não deixa comprar, ou porque se julgam donos da estrada, etc ). Estes 5% dividem-se em duas sub-espécies:

Os que se estão completamente a cagar para os outros utentes da via publica. Estes, só á porrada, não há outra maneira de os fazer entender que os outros têm famila para onde voltar no final do dia.

Os que nasceram com o gene "brasileiro". Não é uma questão racista, atenção. Sempre houveram pilotos brasileiros na Formula1, grandes pilotos aliás. Já no motociclismo, nem tanto. Isto acontece, penso eu, porque as motos permitem menos abusos que os automoveis e as consequencias tendem a ser muito piores. Vendo alguns videos de youtubers motards brasileiros, facilmente se chega á conclusão que, como eles proprios dizem, deveriam ser estudados pela NASA. A velocidade estonteante que eles praticam em vias rápidas entupidas de automoveis e as acrobacias que fazem enquanto filtram o transito é de loucos... e já deve estar implicito no seu codigo genético. Quando se nasce com este gene, baixa velocidade, atenção e precaução são palavras que não entram no dicionário e significa que, mais tarde ou mais cedo, var dar merd@. Infelizmente, nem sempre lhe toca só a eles e acabam por ser outros a pagar por isso.

Os outros 95% de que falo são, simplesmente, distraidos, absortos e sem conhecimento real do codigo da estrada.

Não tenho dados estatisticos, mas quase que aposto que a maioria dos acidentes que envolvem carros e motos são provocados pelos carros. Esta minha presunção tem a ver com as situações vistas e vividas diariamente, num percurso relativamente curto. Deixo apenas alguns exemplos:

1- O famigerado uso do télélé. Malta a fazer rotundas, sem sinalizar e sem saber para que saida se vão dirigir. Saidas de curvas em contra-mão. Entradas na via publica, á saida de parques ou caminhos particulares. E mais um sem numero de exemplos provocados pela visão exclusivamente dirigida ao ecrã do samsung, em vez de estarem focados na estrada e na condução. Embirro com estes, em particular. Não uso telemovel quando conduzo e não perdoo a quem o faz, leva logo uma buzinadela ou um "ráter" nas orelhas.

2- A distração comum. Ou com o rádio, ou com a procura do isqueiro que caiu para perto dos pedais, ou com a criança que vai sentada no banco traseiro, ou com as pernocas da menina que vai no passeio. Não aprecio, mas desculpo... ninguem é perfeito e existem situações complicadas.

3- A distração extrema. Já todos vimos aquele "magnata", no "seu" Mercedes, a ler o jornal ( ou a ver o laptop ), com o café na outra mão, enquanto tenta sincronizar o telemovel com o bluetooth do carro e do laptop. Ou a menina a maquilhar-se, enquanto manda nudes ao namorado/a. Ou o eterno atrasado, que tem uma sandes numa mão, um galão no meio das pernas e uma gillete na outra mão, comendo e fazendo a barba em simultâneo. Não gosto, tambem embirro com estes, levantem-se mais cedo ou vão trabalhar fora de horas, depois de fazerem isso tudo. Eu levanto-me cedo, tomo banho, faço a barba e vejo as noticias enquanto tomo o pequeno almoço na cozinha... parece que não, mas facilita bastante a condução não ter que fazer todas estas coisas no caminho do trabalho.

4- A distração genética. É literalmente impossivel, para certas pessoas, concentrarem-se naquilo que estão a fazer. Isso inclui trabalhar, fazer o amor e, claro, conduzir. Conheço pessoas assim, já andei á pendura com elas e por mais que uma vez tive que lhes berrar aos ouvidos porque estavam prestes a queimar um vermelho ou um STOP, chegando ao extremo de ter que puxar o volante a um para não passar uma pessoa a ferro. Enervam-me, mas não há grande coisa a fazer... é abrir bem os olhos...

Juntando a tudo isto, como se fosse pouca coisa, temos o assunto focado no video: as limitações humanas. O cérebro e os olhos sintetizam e processam a informação recebida a uma certa velocidade e isso varia de pessoa para pessoa ( em algumas pessoas chego a duvidar que exista qualquer tipo de processamento, mas... ). Não podemos confiar a 100% nos nossos sentidos, mas dependemos deles e devemos dar-lhes toda a importancia e atenção. As coisas começam a correr mal justamente quando não o fazemos, quando pensamos que já estamos perto de casa e não se vai passar nada, quando já fizemos aquela estrada 500000 vezes, quando já passámos outras 500000 vezes neste ou naquele cruzamento e tomamos por certo que tudo se vai passar da mesma forma todos os dias. Isso até pode acontecer mas não convém esquecer a Lei de Murphy ( "Se alguma coisa pode correr mal, vai de certeza correr mal." ).

Eu conduzo, moto ou automovél, naquela relação "tentativa/erro". Ou seja, estou sempre a fazer tentativas para adivinhar os erros dos outros. Custa-me a entrar na cabeça que os automobilistas não vejam uma moto, com as luzes acesas e que usem a desculpa do "não vi". Mas é isso que se vê acontecer todos os dias, ou por distração, ou devido ás tais limitações humanas que as pessoas não tentam minimizar com o redobrar da atenção. Depois... bom depois lá se partem uns plásticos, entortam-se uns escapes e matam-se umas pessoas... nada de importante, portanto...

Não sou perfeito, nem lá perto. Mas, com carta de condução desde 1995, sem uma unica participação a nenhuma companhia de seguros, sem um unico acidente de automovel e com apenas 3 quedas ligeiras de moto sem sequelas fisicas dignas de registo, uma por culpa própria e duas provocadas por automoveis ( não falo do tempo dos 50cc, isso aí era quase diariamente, basta dizer que tinha 6 kilometros de terra batida para fazer todos os dias ), acho que estou a fazer qualquer coisa bem feita.

E parabéns a este rapaz, faz uns videos realmente engraçados e informativos.
Certas pessoas são como aquelas molas mágicas: não servem para quase nada, mas é sempre engraçado atirá-las pelas escadas abaixo...

Abril 11, 2019, 10:11:08, 10:11
Responder #2

ThatsMe

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Um bom video para juntar á nova campanha da PSP.

Com toda a certeza que 95% dos automobilistas não são maniacos assassinos, caçadores de motos, para juntar capacetes partidos como troféus de caça. Sobram sempre os outros 5%, que são exactamente isso ( ou porque não têm dinheiro para a moto, ou porque a esposa não deixa comprar, ou porque se julgam donos da estrada, etc ). Estes 5% dividem-se em duas sub-espécies:

Os que se estão completamente a cagar para os outros utentes da via publica. Estes, só á porrada, não há outra maneira de os fazer entender que os outros têm famila para onde voltar no final do dia.

Os que nasceram com o gene "brasileiro". Não é uma questão racista, atenção. Sempre houveram pilotos brasileiros na Formula1, grandes pilotos aliás. Já no motociclismo, nem tanto. Isto acontece, penso eu, porque as motos permitem menos abusos que os automoveis e as consequencias tendem a ser muito piores. Vendo alguns videos de youtubers motards brasileiros, facilmente se chega á conclusão que, como eles proprios dizem, deveriam ser estudados pela NASA. A velocidade estonteante que eles praticam em vias rápidas entupidas de automoveis e as acrobacias que fazem enquanto filtram o transito é de loucos... e já deve estar implicito no seu codigo genético. Quando se nasce com este gene, baixa velocidade, atenção e precaução são palavras que não entram no dicionário e significa que, mais tarde ou mais cedo, var dar merd@. Infelizmente, nem sempre lhe toca só a eles e acabam por ser outros a pagar por isso.

Os outros 95% de que falo são, simplesmente, distraidos, absortos e sem conhecimento real do codigo da estrada.

Não tenho dados estatisticos, mas quase que aposto que a maioria dos acidentes que envolvem carros e motos são provocados pelos carros. Esta minha presunção tem a ver com as situações vistas e vividas diariamente, num percurso relativamente curto. Deixo apenas alguns exemplos:

1- O famigerado uso do télélé. Malta a fazer rotundas, sem sinalizar e sem saber para que saida se vão dirigir. Saidas de curvas em contra-mão. Entradas na via publica, á saida de parques ou caminhos particulares. E mais um sem numero de exemplos provocados pela visão exclusivamente dirigida ao ecrã do samsung, em vez de estarem focados na estrada e na condução. Embirro com estes, em particular. Não uso telemovel quando conduzo e não perdoo a quem o faz, leva logo uma buzinadela ou um "ráter" nas orelhas.

2- A distração comum. Ou com o rádio, ou com a procura do isqueiro que caiu para perto dos pedais, ou com a criança que vai sentada no banco traseiro, ou com as pernocas da menina que vai no passeio. Não aprecio, mas desculpo... ninguem é perfeito e existem situações complicadas.

3- A distração extrema. Já todos vimos aquele "magnata", no "seu" Mercedes, a ler o jornal ( ou a ver o laptop ), com o café na outra mão, enquanto tenta sincronizar o telemovel com o bluetooth do carro e do laptop. Ou a menina a maquilhar-se, enquanto manda nudes ao namorado/a. Ou o eterno atrasado, que tem uma sandes numa mão, um galão no meio das pernas e uma gillete na outra mão, comendo e fazendo a barba em simultâneo. Não gosto, tambem embirro com estes, levantem-se mais cedo ou vão trabalhar fora de horas, depois de fazerem isso tudo. Eu levanto-me cedo, tomo banho, faço a barba e vejo as noticias enquanto tomo o pequeno almoço na cozinha... parece que não, mas facilita bastante a condução não ter que fazer todas estas coisas no caminho do trabalho.

4- A distração genética. É literalmente impossivel, para certas pessoas, concentrarem-se naquilo que estão a fazer. Isso inclui trabalhar, fazer o amor e, claro, conduzir. Conheço pessoas assim, já andei á pendura com elas e por mais que uma vez tive que lhes berrar aos ouvidos porque estavam prestes a queimar um vermelho ou um STOP, chegando ao extremo de ter que puxar o volante a um para não passar uma pessoa a ferro. Enervam-me, mas não há grande coisa a fazer... é abrir bem os olhos...

Juntando a tudo isto, como se fosse pouca coisa, temos o assunto focado no video: as limitações humanas. O cérebro e os olhos sintetizam e processam a informação recebida a uma certa velocidade e isso varia de pessoa para pessoa ( em algumas pessoas chego a duvidar que exista qualquer tipo de processamento, mas... ). Não podemos confiar a 100% nos nossos sentidos, mas dependemos deles e devemos dar-lhes toda a importancia e atenção. As coisas começam a correr mal justamente quando não o fazemos, quando pensamos que já estamos perto de casa e não se vai passar nada, quando já fizemos aquela estrada 500000 vezes, quando já passámos outras 500000 vezes neste ou naquele cruzamento e tomamos por certo que tudo se vai passar da mesma forma todos os dias. Isso até pode acontecer mas não convém esquecer a Lei de Murphy ( "Se alguma coisa pode correr mal, vai de certeza correr mal." ).

Eu conduzo, moto ou automovél, naquela relação "tentativa/erro". Ou seja, estou sempre a fazer tentativas para adivinhar os erros dos outros. Custa-me a entrar na cabeça que os automobilistas não vejam uma moto, com as luzes acesas e que usem a desculpa do "não vi". Mas é isso que se vê acontecer todos os dias, ou por distração, ou devido ás tais limitações humanas que as pessoas não tentam minimizar com o redobrar da atenção. Depois... bom depois lá se partem uns plásticos, entortam-se uns escapes e matam-se umas pessoas... nada de importante, portanto...

Não sou perfeito, nem lá perto. Mas, com carta de condução desde 1995, sem uma unica participação a nenhuma companhia de seguros, sem um unico acidente de automovel e com apenas 3 quedas ligeiras de moto sem sequelas fisicas dignas de registo, uma por culpa própria e duas provocadas por automoveis ( não falo do tempo dos 50cc, isso aí era quase diariamente, basta dizer que tinha 6 kilometros de terra batida para fazer todos os dias ), acho que estou a fazer qualquer coisa bem feita.

E parabéns a este rapaz, faz uns videos realmente engraçados e informativos.


Muito bem escrito e posso dizer que concordo a 100%.


O telemóvel é dos principais problemas, mas quando aliamos a isso a distração e, perdoem-me a expressão, monte-m*rdice das pessoas, o problema ganha outros contornos.

Ainda nao faz um ano que estava a ir a Baião com a patroa. Estavamos de carro, numa estrada de curva e contracurva a chegar a Mesão Frio.
A estrada não é muito larga, cabem dois carros cada um na sua faixa mas não há muita margem para mais.
Então, estavamos a chegar a uma curva à direita, talvez a uns 60km/h, e eis que me aparece um Serie 5 de frente para mim! Vinha talvez 80% na minha faixa a fazer a curva dele à esquerda.


Ora, estava com os sentidos 110% apurados (como geralmente vou sempre que ando naquelas estradas, até porque gosto de levar um andamento mais agressivo), e a decisão que tomei naquele milésimo de segundo foi guinar para a berma de terra... por acaso tive a sorte de ser uma berma, boa parte daquela estrada são campos com declive.


Meti então o carro na berma, sem reduzir a velocidade porque acho sinceramente que se pusesse o pé ao travão enquanto guinava para a direita ele me levava a traseira, a única parte do meu carro que não estava na terra eram as rodas da esquerda, para verem o qe tive que me desviar.


Parei o carro para me recompor, olhei para a patroa, respirei fundo e vi que estava tudo bem.
Nesse momento vira-se ela para mim: "Ele levava o telemóvel na mão, eu vi".


.....

Abril 11, 2019, 10:13:55, 10:13
Responder #3

meneses85

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Com toda a certeza que 95% dos automobilistas não são maniacos assassinos, caçadores de motos, para juntar capacetes partidos como troféus de caça. Sobram sempre os outros 5%, que são exactamente isso ( ou porque não têm dinheiro para a moto, ou porque a esposa não deixa comprar, ou porque se julgam donos da estrada, etc ). Estes 5% dividem-se em duas sub-espécies:

Os que se estão completamente a cagar para os outros utentes da via publica. Estes, só á porrada, não há outra maneira de os fazer entender que os outros têm famila para onde voltar no final do dia.

Os que nasceram com o gene "brasileiro". Não é uma questão racista, atenção. Sempre houveram pilotos brasileiros na Formula1, grandes pilotos aliás. Já no motociclismo, nem tanto. Isto acontece, penso eu, porque as motos permitem menos abusos que os automoveis e as consequencias tendem a ser muito piores. Vendo alguns videos de youtubers motards brasileiros, facilmente se chega á conclusão que, como eles proprios dizem, deveriam ser estudados pela NASA. A velocidade estonteante que eles praticam em vias rápidas entupidas de automoveis e as acrobacias que fazem enquanto filtram o transito é de loucos... e já deve estar implicito no seu codigo genético. Quando se nasce com este gene, baixa velocidade, atenção e precaução são palavras que não entram no dicionário e significa que, mais tarde ou mais cedo, var dar merd@. Infelizmente, nem sempre lhe toca só a eles e acabam por ser outros a pagar por isso.

Os outros 95% de que falo são, simplesmente, distraidos, absortos e sem conhecimento real do codigo da estrada.

Não tenho dados estatisticos, mas quase que aposto que a maioria dos acidentes que envolvem carros e motos são provocados pelos carros. Esta minha presunção tem a ver com as situações vistas e vividas diariamente, num percurso relativamente curto. Deixo apenas alguns exemplos:

1- O famigerado uso do télélé. Malta a fazer rotundas, sem sinalizar e sem saber para que saida se vão dirigir. Saidas de curvas em contra-mão. Entradas na via publica, á saida de parques ou caminhos particulares. E mais um sem numero de exemplos provocados pela visão exclusivamente dirigida ao ecrã do samsung, em vez de estarem focados na estrada e na condução. Embirro com estes, em particular. Não uso telemovel quando conduzo e não perdoo a quem o faz, leva logo uma buzinadela ou um "ráter" nas orelhas.

2- A distração comum. Ou com o rádio, ou com a procura do isqueiro que caiu para perto dos pedais, ou com a criança que vai sentada no banco traseiro, ou com as pernocas da menina que vai no passeio. Não aprecio, mas desculpo... ninguem é perfeito e existem situações complicadas.

3- A distração extrema. Já todos vimos aquele "magnata", no "seu" Mercedes, a ler o jornal ( ou a ver o laptop ), com o café na outra mão, enquanto tenta sincronizar o telemovel com o bluetooth do carro e do laptop. Ou a menina a maquilhar-se, enquanto manda nudes ao namorado/a. Ou o eterno atrasado, que tem uma sandes numa mão, um galão no meio das pernas e uma gillete na outra mão, comendo e fazendo a barba em simultâneo. Não gosto, tambem embirro com estes, levantem-se mais cedo ou vão trabalhar fora de horas, depois de fazerem isso tudo. Eu levanto-me cedo, tomo banho, faço a barba e vejo as noticias enquanto tomo o pequeno almoço na cozinha... parece que não, mas facilita bastante a condução não ter que fazer todas estas coisas no caminho do trabalho.

4- A distração genética. É literalmente impossivel, para certas pessoas, concentrarem-se naquilo que estão a fazer. Isso inclui trabalhar, fazer o amor e, claro, conduzir. Conheço pessoas assim, já andei á pendura com elas e por mais que uma vez tive que lhes berrar aos ouvidos porque estavam prestes a queimar um vermelho ou um STOP, chegando ao extremo de ter que puxar o volante a um para não passar uma pessoa a ferro. Enervam-me, mas não há grande coisa a fazer... é abrir bem os olhos...

Juntando a tudo isto, como se fosse pouca coisa, temos o assunto focado no video: as limitações humanas. O cérebro e os olhos sintetizam e processam a informação recebida a uma certa velocidade e isso varia de pessoa para pessoa ( em algumas pessoas chego a duvidar que exista qualquer tipo de processamento, mas... ). Não podemos confiar a 100% nos nossos sentidos, mas dependemos deles e devemos dar-lhes toda a importancia e atenção. As coisas começam a correr mal justamente quando não o fazemos, quando pensamos que já estamos perto de casa e não se vai passar nada, quando já fizemos aquela estrada 500000 vezes, quando já passámos outras 500000 vezes neste ou naquele cruzamento e tomamos por certo que tudo se vai passar da mesma forma todos os dias. Isso até pode acontecer mas não convém esquecer a Lei de Murphy ( "Se alguma coisa pode correr mal, vai de certeza correr mal." ).

Eu conduzo, moto ou automovél, naquela relação "tentativa/erro". Ou seja, estou sempre a fazer tentativas para adivinhar os erros dos outros. Custa-me a entrar na cabeça que os automobilistas não vejam uma moto, com as luzes acesas e que usem a desculpa do "não vi". Mas é isso que se vê acontecer todos os dias, ou por distração, ou devido ás tais limitações humanas que as pessoas não tentam minimizar com o redobrar da atenção. Depois... bom depois lá se partem uns plásticos, entortam-se uns escapes e matam-se umas pessoas... nada de importante, portanto...

Não sou perfeito, nem lá perto. Mas, com carta de condução desde 1995, sem uma unica participação a nenhuma companhia de seguros, sem um unico acidente de automovel e com apenas 3 quedas ligeiras de moto sem sequelas fisicas dignas de registo, uma por culpa própria e duas provocadas por automoveis ( não falo do tempo dos 50cc, isso aí era quase diariamente, basta dizer que tinha 6 kilometros de terra batida para fazer todos os dias ), acho que estou a fazer qualquer coisa bem feita.

E parabéns a este rapaz, faz uns videos realmente engraçados e informativos.

De tudo o que disseste, concordo...
E o que me faz mais "espécie", é essa espécie filha duma granda p*** que vão a conduzir agarrados ao telemóvel como se nada se passasse e quando são avisados com uma buzinadela ou um 'ráter', ainda se acham senhores da razão e ficam a mandar vir... dá vontade de ir atrás deles e assim que pararem levarem logo com o capacete pelos dentes...

Abril 11, 2019, 10:33:02, 10:33
Responder #4

replicantz

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Já tinha visto este video e é excelente - ajuda a colocar muita coisa em perspectiva, de ambos os lados.
Fazem falta mais videos deste género e obviamente muito mais divulgação.

Uma coisa que sempre tive como necessária para que os "sem noção", ou com a presunção natural que estão "em controlo" da coisa, tomassem alguma consciência: tornar obrigatório algum tipo de acção práctica, alguns meses após a entrega do papelinho que atesta a capacidade(!?) de conduzir na via pública.

Como muitos desses acéfalos só realmente ficam com noção das coisas na práctica, era fazer passar por aquelas experiências de travagens, sobre/sub viragem, piso molhado, em rampas, desvios obstáculos, etc.
O que para aí vai de malta (gajas, mas muitos gajos também) que nunca travaram sequer a fundo o carro/moto. Nem fazem a mais pequena ideia do que acontece, muito menos do que esperar do comportamento do veículo... E quando precisam de o fazer, assustam-se, atrapalham-se, rapidamente perdem o controlo, porventura em situações que até seria possível controlar, se experiência anterior houvesse.
Infelizmente é uma coisa que acarreta custos e por isso fora de questão ser obrigatória.

De igual modo, se as escolas de condução fizessem jus ao nome "Escolas", talvez os candidatos a condutores saíssem de lá com um entendimento diferente do que é manipular um veículo e das consequências que pode acarretar em caso de desleixo/excesso, tanto para o próprio como para os outros.
Mesmo com este tipo de videos disponíveis, sendo exemplos excelentes para renovar e tornar mais eficiente o Ensino nas ditas "Escolas", não se dão sequer ao trabalho - mesmo que não façam parte da matéria oficial/aprovada pelo IMT, seria altamente benéfico. Ao menos os formandos sairiam de lá com uma ideia teórica sobre estas situações.

Exemplo: por certo muitos já viram e recordam aquele badalado video sobre os cuidados a ter ao curvar, e o exemplo de apanhar um camião/autocarro no meio de uma curva?
Em que tanto moto como autocarro ambos ocupam o mesmo espaço na via (sentidos contrários), em que nenhum dos dois está a cometer infração, mas... com consequências nefastas para o motociclista.

Questiono-me quantos motociclistas pilotam durante anos sem ter essa percepção, até que aconteça, ou que alguém lhe mostre ou explique?
Eu próprio e tendo moto à 4 anos, ou seja ainda sou um novato nisto, apenas fiquei com esse conhecimento de causa ao visualizar o video - e percebi que por mais que confiemos no senso-comum, há coisas que simplesmente não nos ocorrem e dificilmente chegamos lá sem ter que passar por umas quantas rasantes. Que COM SORTE não passariam disso :/

E pergunto: quantos acidentes/vidas seria possível poupar, caso esse tipo de ensinamentos & exemplos fosse lecionado nas "Escolas" de condução?

Na minha modesta opinião (que ainda tenho muiiito para aprender), videos destes fazem 100x mais por formar condutores/pilotos com muito mais consciência do que todas as "Escolas" de condução do País juntas.

Venham mais  :palmas:

Abril 11, 2019, 10:36:38, 10:36
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ThatsMe

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Exemplo: por certo muitos já viram e recordam aquele badalado video sobre os cuidados a ter ao curvar, e o exemplo de apanhar um camião/autocarro no meio de uma curva?
Em que tanto moto como autocarro ambos ocupam o mesmo espaço na via (sentidos contrários), em que nenhum dos dois está a cometer infração, mas... com consequências nefastas para o motociclista.


Podes partilhar esse vídeo s.f.f.?

Abril 11, 2019, 11:52:33, 11:52
Responder #6

xiripiti

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Um bom video para juntar á nova campanha da PSP.

Com toda a certeza que 95% dos automobilistas não são maniacos assassinos, caçadores de motos, para juntar capacetes partidos como troféus de caça. Sobram sempre os outros 5%, que são exactamente isso ( ou porque não têm dinheiro para a moto, ou porque a esposa não deixa comprar, ou porque se julgam donos da estrada, etc ). Estes 5% dividem-se em duas sub-espécies:

Os que se estão completamente a cagar para os outros utentes da via publica. Estes, só á porrada, não há outra maneira de os fazer entender que os outros têm famila para onde voltar no final do dia.

Os que nasceram com o gene "brasileiro". Não é uma questão racista, atenção. Sempre houveram pilotos brasileiros na Formula1, grandes pilotos aliás. Já no motociclismo, nem tanto. Isto acontece, penso eu, porque as motos permitem menos abusos que os automoveis e as consequencias tendem a ser muito piores. Vendo alguns videos de youtubers motards brasileiros, facilmente se chega á conclusão que, como eles proprios dizem, deveriam ser estudados pela NASA. A velocidade estonteante que eles praticam em vias rápidas entupidas de automoveis e as acrobacias que fazem enquanto filtram o transito é de loucos... e já deve estar implicito no seu codigo genético. Quando se nasce com este gene, baixa velocidade, atenção e precaução são palavras que não entram no dicionário e significa que, mais tarde ou mais cedo, var dar merd@. Infelizmente, nem sempre lhe toca só a eles e acabam por ser outros a pagar por isso.

Os outros 95% de que falo são, simplesmente, distraidos, absortos e sem conhecimento real do codigo da estrada.

Não tenho dados estatisticos, mas quase que aposto que a maioria dos acidentes que envolvem carros e motos são provocados pelos carros. Esta minha presunção tem a ver com as situações vistas e vividas diariamente, num percurso relativamente curto. Deixo apenas alguns exemplos:

1- O famigerado uso do télélé. Malta a fazer rotundas, sem sinalizar e sem saber para que saida se vão dirigir. Saidas de curvas em contra-mão. Entradas na via publica, á saida de parques ou caminhos particulares. E mais um sem numero de exemplos provocados pela visão exclusivamente dirigida ao ecrã do samsung, em vez de estarem focados na estrada e na condução. Embirro com estes, em particular. Não uso telemovel quando conduzo e não perdoo a quem o faz, leva logo uma buzinadela ou um "ráter" nas orelhas.

2- A distração comum. Ou com o rádio, ou com a procura do isqueiro que caiu para perto dos pedais, ou com a criança que vai sentada no banco traseiro, ou com as pernocas da menina que vai no passeio. Não aprecio, mas desculpo... ninguem é perfeito e existem situações complicadas.

3- A distração extrema. Já todos vimos aquele "magnata", no "seu" Mercedes, a ler o jornal ( ou a ver o laptop ), com o café na outra mão, enquanto tenta sincronizar o telemovel com o bluetooth do carro e do laptop. Ou a menina a maquilhar-se, enquanto manda nudes ao namorado/a. Ou o eterno atrasado, que tem uma sandes numa mão, um galão no meio das pernas e uma gillete na outra mão, comendo e fazendo a barba em simultâneo. Não gosto, tambem embirro com estes, levantem-se mais cedo ou vão trabalhar fora de horas, depois de fazerem isso tudo. Eu levanto-me cedo, tomo banho, faço a barba e vejo as noticias enquanto tomo o pequeno almoço na cozinha... parece que não, mas facilita bastante a condução não ter que fazer todas estas coisas no caminho do trabalho.

4- A distração genética. É literalmente impossivel, para certas pessoas, concentrarem-se naquilo que estão a fazer. Isso inclui trabalhar, fazer o amor e, claro, conduzir. Conheço pessoas assim, já andei á pendura com elas e por mais que uma vez tive que lhes berrar aos ouvidos porque estavam prestes a queimar um vermelho ou um STOP, chegando ao extremo de ter que puxar o volante a um para não passar uma pessoa a ferro. Enervam-me, mas não há grande coisa a fazer... é abrir bem os olhos...

Juntando a tudo isto, como se fosse pouca coisa, temos o assunto focado no video: as limitações humanas. O cérebro e os olhos sintetizam e processam a informação recebida a uma certa velocidade e isso varia de pessoa para pessoa ( em algumas pessoas chego a duvidar que exista qualquer tipo de processamento, mas... ). Não podemos confiar a 100% nos nossos sentidos, mas dependemos deles e devemos dar-lhes toda a importancia e atenção. As coisas começam a correr mal justamente quando não o fazemos, quando pensamos que já estamos perto de casa e não se vai passar nada, quando já fizemos aquela estrada 500000 vezes, quando já passámos outras 500000 vezes neste ou naquele cruzamento e tomamos por certo que tudo se vai passar da mesma forma todos os dias. Isso até pode acontecer mas não convém esquecer a Lei de Murphy ( "Se alguma coisa pode correr mal, vai de certeza correr mal." ).

Eu conduzo, moto ou automovél, naquela relação "tentativa/erro". Ou seja, estou sempre a fazer tentativas para adivinhar os erros dos outros. Custa-me a entrar na cabeça que os automobilistas não vejam uma moto, com as luzes acesas e que usem a desculpa do "não vi". Mas é isso que se vê acontecer todos os dias, ou por distração, ou devido ás tais limitações humanas que as pessoas não tentam minimizar com o redobrar da atenção. Depois... bom depois lá se partem uns plásticos, entortam-se uns escapes e matam-se umas pessoas... nada de importante, portanto...

Não sou perfeito, nem lá perto. Mas, com carta de condução desde 1995, sem uma unica participação a nenhuma companhia de seguros, sem um unico acidente de automovel e com apenas 3 quedas ligeiras de moto sem sequelas fisicas dignas de registo, uma por culpa própria e duas provocadas por automoveis ( não falo do tempo dos 50cc, isso aí era quase diariamente, basta dizer que tinha 6 kilometros de terra batida para fazer todos os dias ), acho que estou a fazer qualquer coisa bem feita.

E parabéns a este rapaz, faz uns videos realmente engraçados e informativos.

Parabéns,  :palmas: :palmas: :palmas:
Excelente relato realista qb.

Na minha curta experiencial em 2 rodas reforcei, agora com factos e não apenas com suposições, que o uso de telemóvel enquanto se conduz é um absurdo!
Incrível a quantidade de enlatados que passamos e os seus condutores vão com o telemóvel na mão, já para não falar naquela moda (acredito que só possa ser moda) de ir a falar com o telemóvel em alta voz em frente à boca  :o :o :o

Maio 10, 2019, 21:42:56, 21:42
Responder #7

replicantz

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Exemplo: por certo muitos já viram e recordam aquele badalado video sobre os cuidados a ter ao curvar, e o exemplo de apanhar um camião/autocarro no meio de uma curva?
Em que tanto moto como autocarro ambos ocupam o mesmo espaço na via (sentidos contrários), em que nenhum dos dois está a cometer infração, mas... com consequências nefastas para o motociclista.


Podes partilhar esse vídeo s.f.f.?
Só agora vi o pedido... Já não encontro o vídeo, mas fica aqui uma imagem que transmite o mesmo.

https://i.imgur.com/ZM5NFEj.jpg

Boas curvas!


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Maio 11, 2019, 10:46:19, 10:46
Responder #8

Seravat72

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  • Marca Motociclo: Honda
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Grande desabado/texto com o qual concordo plenamente.... apenas a parte do "Samsung" me intrigou... como conseguiste ver a marca?!? :megafeliz: :megafeliz: :megafeliz:

Abraços e continuação de bons e longos anos sem incidentes/acidentes (para ti e para todos nós) :sportbike:

Abraços.


Um bom video para juntar á nova campanha da PSP.

Com toda a certeza que 95% dos automobilistas não são maniacos assassinos, caçadores de motos, para juntar capacetes partidos como troféus de caça. Sobram sempre os outros 5%, que são exactamente isso ( ou porque não têm dinheiro para a moto, ou porque a esposa não deixa comprar, ou porque se julgam donos da estrada, etc ). Estes 5% dividem-se em duas sub-espécies:

Os que se estão completamente a cagar para os outros utentes da via publica. Estes, só á porrada, não há outra maneira de os fazer entender que os outros têm famila para onde voltar no final do dia.

Os que nasceram com o gene "brasileiro". Não é uma questão racista, atenção. Sempre houveram pilotos brasileiros na Formula1, grandes pilotos aliás. Já no motociclismo, nem tanto. Isto acontece, penso eu, porque as motos permitem menos abusos que os automoveis e as consequencias tendem a ser muito piores. Vendo alguns videos de youtubers motards brasileiros, facilmente se chega á conclusão que, como eles proprios dizem, deveriam ser estudados pela NASA. A velocidade estonteante que eles praticam em vias rápidas entupidas de automoveis e as acrobacias que fazem enquanto filtram o transito é de loucos... e já deve estar implicito no seu codigo genético. Quando se nasce com este gene, baixa velocidade, atenção e precaução são palavras que não entram no dicionário e significa que, mais tarde ou mais cedo, var dar merd@. Infelizmente, nem sempre lhe toca só a eles e acabam por ser outros a pagar por isso.

Os outros 95% de que falo são, simplesmente, distraidos, absortos e sem conhecimento real do codigo da estrada.

Não tenho dados estatisticos, mas quase que aposto que a maioria dos acidentes que envolvem carros e motos são provocados pelos carros. Esta minha presunção tem a ver com as situações vistas e vividas diariamente, num percurso relativamente curto. Deixo apenas alguns exemplos:

1- O famigerado uso do télélé. Malta a fazer rotundas, sem sinalizar e sem saber para que saida se vão dirigir. Saidas de curvas em contra-mão. Entradas na via publica, á saida de parques ou caminhos particulares. E mais um sem numero de exemplos provocados pela visão exclusivamente dirigida ao ecrã do samsung, em vez de estarem focados na estrada e na condução. Embirro com estes, em particular. Não uso telemovel quando conduzo e não perdoo a quem o faz, leva logo uma buzinadela ou um "ráter" nas orelhas.

2- A distração comum. Ou com o rádio, ou com a procura do isqueiro que caiu para perto dos pedais, ou com a criança que vai sentada no banco traseiro, ou com as pernocas da menina que vai no passeio. Não aprecio, mas desculpo... ninguem é perfeito e existem situações complicadas.

3- A distração extrema. Já todos vimos aquele "magnata", no "seu" Mercedes, a ler o jornal ( ou a ver o laptop ), com o café na outra mão, enquanto tenta sincronizar o telemovel com o bluetooth do carro e do laptop. Ou a menina a maquilhar-se, enquanto manda nudes ao namorado/a. Ou o eterno atrasado, que tem uma sandes numa mão, um galão no meio das pernas e uma gillete na outra mão, comendo e fazendo a barba em simultâneo. Não gosto, tambem embirro com estes, levantem-se mais cedo ou vão trabalhar fora de horas, depois de fazerem isso tudo. Eu levanto-me cedo, tomo banho, faço a barba e vejo as noticias enquanto tomo o pequeno almoço na cozinha... parece que não, mas facilita bastante a condução não ter que fazer todas estas coisas no caminho do trabalho.

4- A distração genética. É literalmente impossivel, para certas pessoas, concentrarem-se naquilo que estão a fazer. Isso inclui trabalhar, fazer o amor e, claro, conduzir. Conheço pessoas assim, já andei á pendura com elas e por mais que uma vez tive que lhes berrar aos ouvidos porque estavam prestes a queimar um vermelho ou um STOP, chegando ao extremo de ter que puxar o volante a um para não passar uma pessoa a ferro. Enervam-me, mas não há grande coisa a fazer... é abrir bem os olhos...

Juntando a tudo isto, como se fosse pouca coisa, temos o assunto focado no video: as limitações humanas. O cérebro e os olhos sintetizam e processam a informação recebida a uma certa velocidade e isso varia de pessoa para pessoa ( em algumas pessoas chego a duvidar que exista qualquer tipo de processamento, mas... ). Não podemos confiar a 100% nos nossos sentidos, mas dependemos deles e devemos dar-lhes toda a importancia e atenção. As coisas começam a correr mal justamente quando não o fazemos, quando pensamos que já estamos perto de casa e não se vai passar nada, quando já fizemos aquela estrada 500000 vezes, quando já passámos outras 500000 vezes neste ou naquele cruzamento e tomamos por certo que tudo se vai passar da mesma forma todos os dias. Isso até pode acontecer mas não convém esquecer a Lei de Murphy ( "Se alguma coisa pode correr mal, vai de certeza correr mal." ).

Eu conduzo, moto ou automovél, naquela relação "tentativa/erro". Ou seja, estou sempre a fazer tentativas para adivinhar os erros dos outros. Custa-me a entrar na cabeça que os automobilistas não vejam uma moto, com as luzes acesas e que usem a desculpa do "não vi". Mas é isso que se vê acontecer todos os dias, ou por distração, ou devido ás tais limitações humanas que as pessoas não tentam minimizar com o redobrar da atenção. Depois... bom depois lá se partem uns plásticos, entortam-se uns escapes e matam-se umas pessoas... nada de importante, portanto...

Não sou perfeito, nem lá perto. Mas, com carta de condução desde 1995, sem uma unica participação a nenhuma companhia de seguros, sem um unico acidente de automovel e com apenas 3 quedas ligeiras de moto sem sequelas fisicas dignas de registo, uma por culpa própria e duas provocadas por automoveis ( não falo do tempo dos 50cc, isso aí era quase diariamente, basta dizer que tinha 6 kilometros de terra batida para fazer todos os dias ), acho que estou a fazer qualquer coisa bem feita.

E parabéns a este rapaz, faz uns videos realmente engraçados e informativos.