O afastamento do Diesel como uma das motorizações preferidas pelos europeus está a ter como contrapartida o aumento da quota de mercado dos modelos a gasolina (bem como dos SUV), mas uma das consequências dessa transição está no aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2) no Velho Continente. O aumento das emissões de CO2 verificou-se em 20 dos 23 países analisados pela JATO Dynamics, incluindo Portugal.
O valor médio de emissões de CO2 aumentou em 2,4 g/km para os 120,5 g/km em 2018, o valor mais alto desde 2014, com aquela entidade a encontrar uma ligação direta entre o decréscimo das vendas de carros movidos a gasóleo (menos 18% em 2018 face a 2017) e o aumento das emissões médias de CO2.
Recorde-se que o valor médio das emissões estava em queda desde 2007, mas esse mesmo decréscimo começou a abrandar em 2016, relacionando-se com a redução das vendas de automóveis Diesel (com a redução de emissões a passar de 7% para apenas 1% em 2016). Esta tendência foi confirmada em 2017, com o primeiro aumento médio das emissões de CO2 na ordem dos 0,3% (para uma queda de 8% na procura de carros Diesel), sendo que no ano passado a variação foi ainda maior: para uma quebra de 18% nas vendas de carros a gasóleo, o aumento nas emissões médias de CO2 foi de 2,4% (dados em NEDC correlacionado).
As emissões de CO2 também aumentaram em Portugal, segundo a JATO Dynamics, sendo um dos 20 países que tiveram um efeito semelhante. Apenas a Noruega (-11,4%), Holanda (-2,9%) e Finlândia (-0,6%) baixaram a sua média de emissões.
Ainda assim, tal como já sucedia no ano passado, Portugal mantém-se como o segundo país entre os 23 analisados com emissões de CO2 mais baixas, agora com 105,4 g/km, apenas atrás da distante Noruega, com um registo de 72,4 g/km. Holanda é a terceira, com 106 g/km de CO2.
O pior dos países foi o Reino Unido, que aumentou 4,3 g/km para os 125,1 g/km de média anual, tendo sido um dos países em que a campanha contra os Diesel foi mais agressiva
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https://www.motor24.pt/motores/transicao-do-diesel-para-a-gasolina-leva-a-aumento-de-emissoes-co2-para-niveis-de-2014/