... estas "balofas possantes" era coisa distinta... todos desejavam mas nem todos conseguiam ter - eram também genericamente o mais caro que se podia comprar nas 2 rodas.
Como assim?
A diferença de preço para a GSXR era uns 1000 euros.
Estamos a falar de coisas que há uns 15 anos atrás andavam pelos 13/14K.
Não me recordo dos preços em 99. Mas em casa dos meus pais sou capaz de encontrar revistas da época onde posso confirmar.
Aliás.. 11.6K custava a tua Sprint quando saiu há 16 anos atrás!
(esta sei porque era 500 euros mais cara que o que paguei pela Speed)
A busa vendeu bem.
Nem te consigo contabilizar quantas pessoas conheço que já tiveram ou ainda têm.
Era perfeitamente normal encontrá-las nos pontos de encontro habituais.
Na zona de Lisboa até chegou a existir um encontro só delas ás quintas-feiras.
Malta dum
forum que está em actividade desde 2006 e já realizou uma série de encontros nacionais.
Não sei onde vais buscar a ideia que era algo assim tão.... exclusivo.
Ou assim tão exótico. Ou assim tão caro.
Ou mesmo que gerasse tanta cobiça.
Aliás, há um padrão curioso no cliente busa. Mas estar a descrever aqui pode parecer ofensivo.
Uma coisa é brincar directamente com os meus conhecidos que as têm.
Outra é escrever isso aqui.
Para esta Hayabusa ter um carisma semelhante deveria ser a referência em termos de perfomance (em recta), mais cavalos, mais binário, mais velocidade de ponta e a mais rápida dos 0-100, 0-200, 0-300 e no mínimo 0-400!
Mas lá está... a Europa, ou os "Vesgos de Bruxelas" entendem que se deva reduzir as perfomances... talvez para não envergonhar a tecnologia emergente dos veículos eléctricos (...)
Teoria da conspiração?
Novamente a navegar na maionese?
Lá atrás concordamos que se tem assistido a uma evolução rampante no segmento das desportivas.
Poderíamos ainda juntar a H2 e respectivas derivadas à festa.
No entanto, não lançam uma busa com performances notáveis porque... os senhores de Bruxelas não deixam?
Os que apelidas "Vesgos de Bruxelas" têm alguma coisa contra esta marca em específico?
Parece-te coerente, já que outras têm lançado motos com performances assinaláveis?
Não fará mais sentido olharmos para o que a Suzuki tem feito nos últimos anos?
A única "coisa nova" que lançaram nos últimos anos foi a L7.
Porque restante catálogo adopta motorizações com 16 anos (K5) ou mais (os V) que apenas foram enrolhado em catalisadores ou viram crescer um pouco a cilindrada para se manterem cumpridores.
Criar algo inovador... zero. nickles.
Se a Suzuki poderia lançar algo capaz de mandar uma pedrada no charco? Certamente que sim.
Mas essa não é a abordagem que tem adoptado há muito tempo.
A postura há muitos anos é a de reciclar o que já têm lá nas prateleiras.
E essa nova busa parece ser mais um exemplo.
Mas se as desportivas estão "mortas" (...)
Primeiro...
As desportivas
não estão "mortas".
Estão bem vivas. E o facto da maioria dos construtores terem propostas acima dos 200cv é evidente.
Houve sim o abrandamento na na década passada.
Foi quando de repente a Honda deixou de lançar canhões para se focar em NC's e baixas cilindradas
Foi quando de repente a Yamaha desinvestiu na R1 para se focar em novas soluções de média cilindrada.
Foi quando até a Ducati decidiu abandonar as WSBK!
E abrandamento não foi sinónimo de morte.
Porque houve construtores a aproveitar este vazio.
A S1000RR surge nesta altura.
A Aprilia que materializou alguns títulos nas WSBK.
Mas a Kawasaki foi a verdadeira vencedora, sobretudo do ponto de vista desportivo, talvez devido à sua longa experiência em apanhar migalhas.
A realidade é que só perante estes sucessos, Yamaha e Honda voltaram em carga na tentativa de recuperar o estatuto.
Até a Ducati com as V4.
(...) porque razão somos tão exigentes com as eléctricas que têm aparecido? só dá 210? só dá 240? só faz 200km... A R1 pelos vistos nem 100km às vezes...
Parece-me lógico.
Se te é fornecido um produto alternativo, é suposto que corresponda à expectativa.
No mercado automóvel isto foi conseguido.
Consegues no presente adquirir um EV capaz de concorrer em specs com um diesel e por uma diferença de preço rapidamente amortizável na perspectiva de economia.
No mercado das motos é mais complicado.
Por falta de opções. Porque não há muitos construtores a apostar nisto.
Além de que se focarmos o segmento das desportivas, este é predominantemente algo mais vocacionado com o lazer.
Portanto, torna-se até desonesto comparar com as propostas "commuter" do sector automóvel.
E como parece inevitável.. acabamos sempre a discutir enlatados num forum de motos.
Estou a introduzir aqui a questão dos eléctricos porque acho que poderia fazer sentido essa Hayabusa ser (...) mas em modo "eléctrico", com obviamente a melhor tecnologia (...) 400/450kmh, 0-100 em 1,5s, (...) acho que dignificaria esse emblema que significou "Hayabusa"...
A questão aqui é... quando foi a última vez que a Suzuki mandou a "pedrada no charco"?
Diria que foi há 16 anos atrás.
Desconheço as razões. E não quero estar a divagar sobre o que não sei....
Mas a realidade é que o investimento da marca em novos produtos é muito pouco.
Logo, a expectativa a cerca de uma nova busa nunca poderia ser muito mais do que aquilo que já percebemos que é: Mais um produto antigo que foi reciclado e apresentado com uma cara lavada.
Como disseste num outro post... bom para os mais velhotes se lembrarem desses tempos e continuarem a ter um monstro de moto mas que continuou com caracteristicas paradas no século passado... Nostalgia...
Não devo ter escrito isso relativamente à busa certamente.
Confesso que não entendo. Já li aqui imensas referências como "canhão", "adrenalina", "avião" e coisas do género.
Já conduzi por diversas vezes busas de primeira geração.
Nunca experimentei a segunda, mas o feedback que tenho é ser muito idêntico.
E o que achei interessante na moto foi a facilidade com que sobe de velocidade
sem se dar por isso.Ou seja.. dá-se um cheirinho de acelerador e ao olharmos para o velocímetro vamos substancialmente mais depressa do que estamos à espera.
Mas.. como referi,
sem se dar por isso!
Obviamente que "tem pulmão".
Mas não é aquela coisa "bruta" que deixa o condutor agarrado aos avanços a gritar com choques de adrenalina.
Comparativamente a muitos V-twin de menor cilindrada (e potência) consegue ser bem mais dócil.
Agora... voltando à parte estética, engraçado como com o aparecimento desta nova Hayabusa, a anterior parecer tão bem mais bonita... mesmo que continue a ser feia... mas é uma mera opinião subjectiva e pessoal...
Tenho a mesma opinião.
Consigo papar o argumento de quando foi lançada: Que o formato foi concebido em túnel de vento.
E portanto valorizo a questão funcional acima da vertente estética.
Mas as seguintes parecem-me mais facelifts para de lhe dar um ar actual que propriamente razões de engenharia.
BTW...
Espero que a homologação da nova busa tenha em consideração a lotação 1+1 em vez de 2.
Porque ser homologada e comercializada com uma tampa de banco que depois não pode ser usada por má indicação do livrete é simplesmente ridículo.