Breves impressões da Peugeot Django 125
Não foi a primeira vez que vi a Peugeot Django, mas hoje foi definitivamente o dia a que lhe dediquei um olhar mais atento.
E merece-o por inteiro, diga-se...
Este modelo da Peugeot, cujo nome estranhamente me remete o pensamento de forma imediata para um filme, tem um design claramente retro...mas de tal forma bem conseguido, que se torna, na minha opinião, brilhante!
Existe uma certa "carga"
vintage nas suas linhas e foi isso mesmo que a destacou no meio de muitas outras motos que estavam perto de si.
Desconheço por completo como estão a ser as vendas deste modelo a nível nacional, mas esta pequena Django (que não esconde a sua utilização naturalmente urbana), consegue combinar muito bem um estilo do passado com uma tecnologia que não é distinta de muitas scooters do presente.
A inspiração do seu design tem, imaginem...+60 anos!!
Foi nos anos 50 que a marca do Leão apresentou e iniciou a comercialização da S55...e se acaso tiverem curiosidade em ir "googlar" por esse modelo, vão concordar facilmente com a origem do seu design, que naturalmente foi adaptado e modernizado dentro daquilo que era possível fazer, sem retirar a sua essência.
Sei que a marca propõe o modelo com algumas cores interessantes (bicolores), sendo que o combinar de branco e azul nesta unidade, lhe resultava muito favorável.
As bonitas jantes são apenas de 12 polegadas...e digo "apenas" porque de facto uma jante pequena sempre foi algo que me deixou algo receoso no resultado da condução a fazer-se numa cidade histórica como aquela onde vivo, com calçada antiga em muitas das suas artérias da zona centro.
Mas quem sabe...e até consegue ser confortável.
A nível tecnológico já vem com piscas em LED muito bem colocados numa zona bem mais abaixo do farol (ver fotos), com o "leão" colocado na frente e com dimensões que não deixam margem para dúvidas de qual a sua marca.
É também um modelo que (
nesta versão ) poderei considerar como... individualista. Vale isto por dizer que o seu pequeno assento só permitirá mesmo o seu uso pelo condutor, inviabilizando o transporte de passageiros. O mesmo não acontece noutras versões...
A qualidade de construção pareceu-me ser aceitável no geral, onde faço apenas menção de uns comandos do lado esquerdo que estava desviados por milímetros (preciosismo meu!) e umas peseiras retrácteis que apresentavam pequenas manchas de início de oxidação. Vale o facto de serem inúteis nesta versão por não haver banco para pendura e ser algo que, creio...até tem solução.
E já que falei do painel de instrumentos, o mesmo é minimalista mas totalmente enquadrado com o design do modelo. Diria que tem todo aquele look "chique" e que é perfeitamente do agrado de quem procura um modelo como este.
Quanto ao seu motor, confesso-vos que me apanhou de surpresa e me fez procurar por informação por forma a validar a informação que obtive...
Isto porque...o seu motor 125cc monocilíndrico, é de origem SYM.
YEP! Exactamente como acabam de ler... A mecânica desta pequena Francesa é de origem...Taiwanesa.
Quanto ao preço desta bicolor que atraía olhares durante o tempo em que a estive a apreciar e a fotografar...bem...
Está ao nível das best-sellers citadinas japonesas (~3.000€)!
Poderá eventualmente ser-lhe apontada alguma falta de desenvoltura mecânica para as igualar por via dos seus 10cv, mas levando-me a apostar que em termos de look nada lhes fica a dever.
