Clube Português Motociclismo
GERAL => Equipamentos e Acessórios de Motociclismo => Capacetes => Tópico iniciado por: pjmartinho em Junho 14, 2025, 20:34:41, 20:34
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Há bastante tempo atrás decidi trocar o meu HJC RPHA 90S (https://www.clubeportuguesmotociclismo.pt/index.php?topic=9658.0) por um Schuberth C5 que, supostamente, ainda é mais silencioso e, de facto, o Schuberth C5 na Pan 1100 é mais silencioso que o HJC, embora a diferença fosse diminuta pois o HJC já é muito bom em termos de insonorização.
O caso mudou completamente de figura quando passei para a Pan 1300 onde o capacete, que numa mota era bastante silencioso, passou a ser uma barulheira infernal e incomodativa.
As imagens da Pan 1100 foram filmadas com o HJC enquanto que as da Pan 1300 foram filmadas com o Schuberth e a diferença do barulho do vento é notória. Em ambos os casos o microfone está no mesmo local, ou seja, entalado atrás das almofadas das bochechas.
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Estás a levar com a turbulência em cheio no capacete. Não tem a ver com o capacete mas sim com a forma como o vento é deflectido. Infelizmente tenho o mesmo problema ma minha KTM. Tenho 178 cm e tenho de levar o vidro ao máximo, mesmo assim tenho a turbulência a bater mesmo no topo do capacete, o que a cerca de 120 é a única coisa que ouço.
Com o vidro na posição mais baixa, o barulho da turbulência a bater no capacete é tal que, a 90 km/h, deixo de ouvir a moto e é mesmo incomodativo. Entretanto basta levantar-me (gosto de fazer tiradas de pé na moto) que o ar limpo a passar pelo capacete nem se sente quase o barulho e ouço perfeitamente a moto e os ruídos exteriores.
Para resolver o meu problema creio que só tenho duas soluções. Ou um vidro mais alto (um deflector também poderá servir) de modo a fazer a turbulência passar por cima do capacete, ou um vidro reduzido para a fazer bater no meu peito em vez de no capacete. A primeira opção terá como inconveniente ficar com o bordo do vidro à altura dos meus olhos. A segunda opção tem como inconveniente tornar tiradas maiores mais cansativas.
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Para resolver o meu problema creio que só tenho duas soluções. Ou um vidro mais alto (um deflector também poderá servir) de modo a fazer a turbulência passar por cima do capacete, ou um vidro reduzido para a fazer bater no meu peito em vez de no capacete. A primeira opção terá como inconveniente ficar com o bordo do vidro à altura dos meus olhos. A segunda opção tem como inconveniente tornar tiradas maiores mais cansativas.
Entendo perfeitamente. Quando conduzi a 1290SAS achei-a muito ruidosa, como de resto quase todas as motos que têm um vidro grande e vertical.
A pior foi a Yamaha Tracer 9. Sinceramente não entendo como consegue viajar numa Tracer 9.
Não tenho dúvidas que a melhor solução, para mim, seria um vidro mais baixo.
E essa é uma das razões pela qual eu só tenho motos naked.
Nunca entendi o argumento de uma moto naked ser mais cansativa do que uma moto carenada em viagens. Garantidamente ia ficar muito mais cansado a viajar com a barulheira gerada por uma SAS1290 ou Tracer 9 do que com as equivalente Super Duke 1290R ou MT09
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No meu caso só deixo de ouvir o barulho do vento com o vidro da posição mais alta de todas.
Basicamente:
- Vidro em baixo - Barulho incomodativo
- Vidro em posições intermédias - Barulho ensurdecedor
- Vidro na posição mais alta - Silêncio
O inconveniente de andar com o vidro na posição mais alta de todas é o facto do rebordo do vidro ficar ao mesmo nível dos olhos, o que atrapalha a visão, e de não deixar passar vento nenhum para tirar o calor dali para fora, pelo que nos dias quentes de verão dá para fazer sauna em cima mota pois ela é "quentinha".
Em contrapartida tenho um amigo que é uns 20cms mais baixo do que eu e que ao andar na mota diz que nem nota o barulho do vento.
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Andei a investigar este assunto e parece que há solução para o mesmo e que não passa por andar a mudar o vidro da mota.
Basicamente, todo este ruido do vento tem a haver com o facto de não passar ar suficiente por baixo do vidro para reduzir a diferença de pressão entre o ar que é "empurrado" pelo vidro e passa por cima do mesmo e a (de)pressão do ar que se cria atrás do vidro enquanto a mota se desloca. Para evitar este efeito, as Pan 1100 tinha um vidro com 2 recortes para deixar passar ar e assim reduzir esta diferença de pressão.
(https://i.postimg.cc/25Y0ktvG/17.jpg)
Na sua forma orginal, nesta mota o vidro está afastado dos plásticos mas não o suficiente para permitir a passagem de ar em "quantidade" suficiente para dimunir a diferença de pressões e há quem "abra" recortes para deixar passar mais ar
(https://i.postimg.cc/m2Gz5GGm/15.jpg)
ou então corte a parte de baixo do vidro entre os apoios do mesmo
(https://i.postimg.cc/X7cGMDj4/16.jpg)
Investigando mais um pouco, e para não andar a cortar o vidro pois não tenho ferramentas, nem jeito, para tal, verifiquei que há quem coloque uns "espaçadores" para afastar mais o vidro dos plásticos. Esta solução parece-me ser mais fácil e prática de aplicar e permite que se "afine" o afastamento do vidro à medida do freguês.
Este exemplo tem um ar mais profissional, e além de afastar mais o vidro dos plásticos também altera a sua inclinação
(https://i.postimg.cc/1t031k9S/13.jpg)
e neste caso, que parece ser uma coisa mais caseira, não altera o angulo do vidro mas só o afasta dos plásticos
(https://i.postimg.cc/sxVDjTXh/14.jpg)
Vou testar este 2º método (com espaçadores) mas estou-me a preparar para ter de fazer vários com diferentes espaçamentos até encontrar um que, pelo menos, reduza bastante a barulheira que se ouve.
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Aproveitando o facto de ainda ter a mota, resolvi fazer mais uns testes comparativos e agora usei um capacete que está reformado na prateleira com a camara que usava no mesmo e o mesmo microfone em ambos os capacetes. O resultado é o seguinte:
Mesmo descontando as variações de volume entre os diferentes clips do video, as diferenças de barulho que ouço são notórias.
No Schuberth só ouço o motor da mota em baixas velocidades, enquanto que com o Scorpion consigo ouvir o motor em condições, bem como os ruidos exteriores.