Autor Tópico: Protótipo em desenvolvimento de capacete inteligente  (Lida 2411 vezes)

Dezembro 16, 2019, 10:52:03, 10:52
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2low

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Um estudante (e motociclista) da Universidade do Havai em Manoa, está a desenvolver um capacete inteligente que em caso de queda do motociclista, o capacete automaticamente avisa o "112" a localização do mesmo.

O capacete chamado de CONTEKT está para já em "modo prototipo" mas utiliza tecnologias actuais e algumas que já apareceram em alguns automóveis de determinadas marcas no final dos anos 90, que deverão contribuir para a "segurança" do motociclista.

A noticia é da CNN e indica que o estudante submeteu esta invenção a um concurso (2019), tendo ganho o primeiro prémio e sendo considerada a inovação do ano naquele local/país.

Fontes:
https://edition.cnn.com/2019/12/07/us/911-helmet-trnd/index.html
https://www.insella.it/accessori/contekt-casco-smart-salva-motociclisti-152950
« Última modificação: Dezembro 16, 2019, 10:55:16, 10:55 por 2low »
Grão a Grão, Comemos Feijão!
E sempre com boa disposição!

(na realidade dá gozo puxar por ela pelo que é de contar uns 6Lt/100km)

Dezembro 16, 2019, 11:46:31, 11:46
Responder #1

replicantz

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Tudo o que seja para aumentar a segurança e assistência em caso de acidente é bem-vindo!  :nice:

Entretanto, o GPS tracker que uso já contempla essa possibilidade.

Fazendo uso da deteção de queda, inicia uma chamada/envia SMS de alerta com coordenadas para um conjunto de  números pre-definidos. Tem SIM card individual, para não estar dependente do smartphone.

Apesar de ter um pequeno microphone incorporado, só vejo como útil ou usável em circunstâncias óptimas, Assumindo que após um acidente ficamos imobilizados e/ou o smartphone fica danificado ou inacessível, teríamos que estar muito próximos da moto para que o microphone conseguisse captar a nossa voz de modo a ser perceptível pelo interlocutor.

O que faz falta?

Arranjar forma do Tracker (ou no caso da notícia o capacete) de conseguir ligar-se ao intercom que normalmente usamos no capacete. Dessa forma, a comunicação seria igual a uma vulgar chamada com benefícios imediatos.

Na minha ideia, o sistema ideal para alerta & assistência pós-acidente seria ter algo como ter uma unidade dentro do capacete com as seguintes capacidades:

- GPS para tracking da posição + velocidade
- Deteção de queda
- SIM Card mobile com saldo permanente
- Ligação Bluetooth para se ligar ao sistema de som do capacete (Intercom, etc) OU tudo integrado em um
unico Intercom

Desta forma:
- O GPS faria o tracking constante da localização e velocidade, dados usados também para cruzar com os sensores de deteção de choque/queda.
- Ao detectar choque/queda, o sistema acionaria imediatamente a chamada para o 112/número de ajuda
- Estabeleceria a comunicação com o interlocutor, via Intercom, e este conseguiria aferir a gravidade em poucos minutos no caso de estarmos conscientes e conseguir falar
- No caso de ficarmos inconscientes, o interlocutor não iria obter resposta e diria algo como "GPS GPS GPS" para que o sistema automaticamente lhe "soletre" as coordenadas actuais e/ou envie as mesmas por SMS para o número da chamada

Infelizmente, os fabricantes como Sena e Cardo estão demasiado empenhados em fornecer mais do mesmo, ano após ano a preços exorbitantes -- quando podiam facilmente implementar funcionalidades semelhantes  :napodeser:

De bom grado pagaria os ~300/350 Eur que um Sena/Cardo custa se disponibilizassem algo como o que descrevi acima.

Dezembro 16, 2019, 12:42:30, 12:42
Responder #2

JoãoPVCarvalho

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Humm, isso é muito boa ideia!
Já pensaste em procurar alguém capaz de desenvolver esse projecto?
Estou em crer que haverá por aí alguma start up com vontade de pegar nessa ideia.
Portugal está muito à frente do resto do Mundo no que respeita ao desenvolvimento de dispositivos de telecomunicações, dou-te o exemplo da Via Verde ou do MB Way que foram totalmente desenvolvidos no nosso País e são já "exportados" para toda a Europa.

Investiga isso pode ser que ainda ganhes umas coroas!  :cool:
Um planeamento cuidado é meio caminho andado.✌
by JDilemas

Dezembro 16, 2019, 19:27:20, 19:27
Responder #3

Sapiens21

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Gosto dessa ideia do "capacete inteligente" CONTEKT, mas deve envolver um número elevadíssimo de testes (prévios) para que perceba por si mesmo o que é uma queda sem consequências, distinguindo-a de uma queda que possa d efacto fazer perigar a vida do seu utilizador se não tiver rápido socorro.

Imagino que é coisa que envolverá uma série de sensores e IA para perceber o que se passou e se deve ou não estabelecer contacto com as entidades ligadas à emergência médica.

Não deve ser fácil tudo isto, mas...o projecto recebeu esse prémio inovação do ano, no seu país, pelo que pode levar a captar investimento de alguma marca conceituada, tornando-o viável e proposto a um custo justo no futuro.
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Dezembro 16, 2019, 20:09:38, 20:09
Responder #4

replicantz

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Da mesma forma que no sistema eCall e semelhantes, em caso de colisão a chamada é sempre feita, haja ou não feridos.

No caso das motos seria detecção de queda ou embate.

Tentar aferir a gravidade dos ferimentos de forma automática com recurso a algum dispositivo seria algo extremamente complicado! E muito caro...

Por isso optam pela máxima mais vale um data de falsos-positivos - em que a pessoa rapidamente assegura que está tudo controlado - do que uma (auto)detecção incorrecta.

Por acaso vou tentar complementar, documentar e esquematizar o que disse no post anterior. Não custa nada enviar para algumas entidades - ou até dar início a um site project na empresa onde trabalho ;)


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Dezembro 16, 2019, 20:17:08, 20:17
Responder #5

replicantz

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Por outro lado, também percebo o objetivo de o jovem adicionar sensores de pressão no capacete CONTEKT.

Foi a forma que encontrou para limitar os pedidos de assistência num país em que há estados que nem capacete obrigam a usar!

Nem quero imaginar a quantidade de pequenos toques e quedas que por ali ocorrem diariamente.

Com os sensores na calota do capacete, a chamada para os meios de socorro só acontece quando há impacto no capacete.

Se mede a força do impacto ou o nível de deformação não sei, mas para ser eficaz seria boa ideia.

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Dezembro 16, 2019, 20:54:37, 20:54
Responder #6

Sapiens21

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Por isso mesmo a minha referência a sensores.

É que fazer a "chamada" por tudo e por nada, seria impraticável. Estou a pensar em centenas ou milhares de utilizadores.

Tem mesmo de ser um projecto alvo de muita tecnologia integrada no capacete, por forma a aferir, tanto quanto possível, da necessidade de intervenções de serviços de emergência médica.

Sensores que detectem e conjuguem velocidade e desaceleração repentina, assim como pressão localizada, são pontos de partida.

Um capacete pode até nem sofrer um embate e o motociclista ter na mesma um acidente grave ou incapacitante que leve a que, por si mesmo, possa fazer uma chamada.
Por essa razão deveria ter (na minha opinião) um conjunto de factores analisados, através de sensores, que só quando conjugados poderiam ter uma acção concreta e realmente necessária.

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Dalai Lama

Dezembro 16, 2019, 23:45:06, 23:45
Responder #7

JoãoPVCarvalho

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Nos dias de hoje não é tão complicado como parece. Em termos de hardware está tudo inventado, acelerometros, transmissores de pressão, leitores de dados biométricos, etc... Já tudo isto existe e em escala muito reduzida de fácil acondicionamento numa calota, podemos encontrar alguns destes dispositivos instalados em telefones e até relógios.
O mais difícil, penso Eu, será desenvolver um algoritmo capaz de gerir todo o hardware e produzir uma resposta adequada.
Um bom desafio para uma equipa de R&D.
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by JDilemas

Dezembro 17, 2019, 10:24:24, 10:24
Responder #8

Nuno YB

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Nos dias de hoje não é tão complicado como parece. Em termos de hardware está tudo inventado, acelerometros, transmissores de pressão, leitores de dados biométricos, etc... Já tudo isto existe e em escala muito reduzida de fácil acondicionamento numa calota, podemos encontrar alguns destes dispositivos instalados em telefones e até relógios.
O mais difícil, penso Eu, será desenvolver um algoritmo capaz de gerir todo o hardware e produzir uma resposta adequada.
Um bom desafio para uma equipa de R&D.

No ramo da segurança privada existe um "engenho", com GPS, que detecta vários parâmetros.

Embora a sua função original fosse monitorizar a posição do vigilante, um movimento brusco condizente com uma queda e/ou os sinais vitais ( ritmo cardiaco e pulsação ), é muito usado (apenas ) para verificar se o vigilante está mesmo a fazer a ronda ou se está sentado a descansar. Ou seja, á boa maneira tuga, tem as restantes funções desactivadas, para poupar bateria, e serve apenas para controlar o "andamento" da pessoa e a "picagem" dos pontos de ronda.

Menos mal que, mesmo usando isso apenas como big-brother, a localização está activa e permite perceber se o vigilante está a demorar tempo demais num certo sector das instalações, como zonas onde há condutas de gás, ou de liquidos perigosos e/ou inflamaveis.

Ou seja, se o vigilante está há demasiado tempo numa zona onde possa haver um risco de fuga de vapores tóxicos, e não responde via rádio, mandam alguem verificar a sua posição e segurança. Serve mais para saber se ele não está a dormir mas... pronto...

Ainda assim, já está inventado. Com toda a certeza que deverá haver um cérebro que consiga adaptar isso ao mundo das motos.
Certas pessoas são como aquelas molas mágicas: não servem para quase nada, mas é sempre engraçado atirá-las pelas escadas abaixo...

Dezembro 17, 2019, 11:52:05, 11:52
Responder #9

replicantz

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Apesar de muita coisa já existir, o facto é que soluções mais integradas como a hipotética que falei não existem ainda.
E suponho que tem a ver também com custos.

Adicionar toda a parafernálias de sensores, automação e software/AI necessários para conseguir apurar sobre a nível de gravidade até pode ser viável com tempo e recursos adequados, dada a quantidade de chips já inventados e disponíveis.
Fazer isso a um custo de mercado acessível já me parece bem mais complicado!

Por isso, a minha sugestão baseia-se na lógica de usar o que existe de forma eficiente, embora talvez não a mais completa/autónoma.

E que dispensa todos os sensores que seriam necessários para aferir a gravidade do acidente/ferimentos.

Isso passa por estabelecer uma chamada:
- Sempre que seja detectada uma queda/embate.
- Usar um grace period: a chamada apenas é efectuada 30(?) segundos após ocorrer o evento. Dá tempo suficiente para o acidentado cancelar a mesma, caso não tenha ferimentos e/ou fique imobilizado.

É assim que funciona o meu GPS Tracker de modo a evitar chamadas e alarmar os meus contactos desnecessariamente.
Em caso de queda/embate, emite um sinal sonoro durante 30(?) segundos, como sinalizador que a chamada vai ser efectuada. Carregando no botão SOS, anula o procedimento.

Entretanto, há sempre formas de tirar partido de equipamentos como o smartphone.
Sendo um device que nos acompanha constantemente e com capacidades de comunicação e processamento avançadas, há que pensar e encontrar formas de usar esse excedente -- que por norma vai "adormecido" no bolso do casaco ou no suporte.

A titulo de exemplo: o que sugeri à empresa do Tracker é que encontrasse forma de tirar partido da geo-location sempre activa no smartphone, e complementar os dados do GPS do Tracker com os dados do smartphone (e nem precisam estar efectivamente conectados entre si).
Uma vez que os dados captados pelo tracker podem conter falhas/lapsos entre locais devido à velocidade de circulação e consequente incapacidade de captar posição GPS, seria interessante cruzar isso com os dados captados entretanto pelo smartphone e melhorar/complementar a informação gravada.

Bom, este tema já me deu umas quantas ideias e já estou a trabalhar num draft para apresentar internamente.
Vamos ver se sai daqui algo  :read.calm:

Dezembro 17, 2019, 12:06:34, 12:06
Responder #10

Nuno YB

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Estou disponivel para testar o prototipo, se chegar a ver a luz do dia...  :megafeliz: :megafeliz:

Talvez depois me ofereçam uma versão, mesmo que básica, por servir de cobaia. :stuck_out_tongue_winking_eye:
Certas pessoas são como aquelas molas mágicas: não servem para quase nada, mas é sempre engraçado atirá-las pelas escadas abaixo...

Dezembro 17, 2019, 12:39:07, 12:39
Responder #11

2low

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Talvez depois me ofereçam uma versão, mesmo que básica, por servir de cobaia. :stuck_out_tongue_winking_eye:

Se procurares por perfis no linkedin/facebook/instgragram/etc de "Ty Uehara" talvez consigas propor-te em ser cobaia...
Pelo menos eu, numa primeira tentativa, não encontrei nenhum site especifico sobre esse "prototipo" nem algo relacionado com esse estudante...
Se encontrares algo, partilha!

 :convivio:
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