Lisboa é a cidade da Península Ibérica onde se perde mais tempo no trânsito

[Sapiens21]

Lisboa é a cidade da Península Ibérica onde se perde mais tempo no trânsito

http://globalnoticias.pt

Notícia obtida em: Jornal de Notícias http://www.jornaleconomico.sapo.pt




"Em média, os lisboetas perdem 40 minutos no trânsito por dia, o que se pode traduzir, em termos anuais, em cerca de seis dias e meio perdidos. O ranking das cidades mais congestionadas é liderado pela Cidade do México, onde ao fim de um ano, as pessoas podem ter esperado mais de uma semana em engarrafamentos.


A capital portuguesa é a cidade da Península Ibérica com maiores congestionamentos de trânsito. A conclusão é de um estudo da TomTom, a empresa de mapeamento e navegação holandesa, que indica que, em média, os lisboetas perdem 40 minutos no trânsito por dia, o que em termos anuais representa cerca de seis dias e meio (154 horas) perdidos em filas.


Pelo segundo ano consecutivo, o Índice de Tráfego Global Anual colocou Portugal no topo da tabela, com os condutores a terem de esperar uma média de 36% de tempo extra presos no trânsito para circular por Lisboa, mais 5% do que o que se havia registado o ano passado. Os níveis de congestionamento da capital ultrapassam os de cidades como Madrid (25%), Barcelona (31%), Palma de Maiorca (29%) ou Granada (26%).


À semelhança do que aconteceu em Lisboa, o Porto também registou um aumento do congestionamento face ao ano anterior — cerca de 4% —, sendo que ao tempo média de deslocação se podem adicionar mais 27% de tempo perdido em filas de trânsito. Se conduzir no Porto é bem provável que tenha de esperar, em média, 31 minutos diários no trânsito. O número pode traduzir-se em 118 horas de tempo gasto em deslocações anualmente.


Nas duas maiores cidades portuguesas, é ao final da tarde (entre as 18h00 e as 19h00) que se regista o período de maior congestionamento, sobretudo às sextas-feiras. O estudo mostra ainda que os níveis de congestionamento nas autoestradas são menores do que os restantes itinerários.
Pela primeira vez, o estudo aborda abrange também três novas cidades portuguesas: Braga (17%), Coimbra (17%) e Funchal (19%). Em Braga, os condutores podem ter de esperar passar em média 17 minutos por dia no trânsito (57 horas por ano), em Coimbra 15 minutos por dia (57 horas anuais) e no Funchal, uma média de 20 minutos por dia (76 horas por ano).


A Cidade do México lidera o ranking da TomTom, ao ser apontada como a cidade com mais trânsito à escala mundial. Com um nível de congestionamento de 66% — que pode chegar aos 101% na hora de ponta do final do dia —, o que representa até 227 horas (mais de uma semana) de tempo extra perdido pelos condutores em deslocações anualmente.
Seguem-se Banguecoque (61%), Jakarta (58%), Chongqing (52%) e Bucareste (50%), que completam o Top 5 das cidades mais congestionadas do mundo."

[Cross]

Interessante ver estes números...
Mais uma razão para virar para as duas rodas...transito e bom tempo....mas a tradição e difícil de vencer.

De certo modo fico relutante em alguns. Pela minha experiência penso que Barcelona tem mais trânsito que Lisboa e Madrid então.... talvez pelo maior número de motociclos que as esperas sejam menores

Sobre Bucareste confirmo completo desastre
Estive em Shanghai à pouco tempo e o trânsito nas horas de ponta é de esquecer... mas nunca vi tantos Maybach na minha vida lol.... Quando tem ser eles fazem-no com style

[Joao_Cruz]

Haverá alguma coisa que não bate bem nesta noticia.
Então em Lisboa perde-se mais tempo no trânsito do que numa Barcelona, Madrid, Sevilha, Valencia ou Bilbao.
Só se for por eles terem muito mais motos/habitantes e estejam a somar todo o tempo perdido por todos os veículos e os dividam pelo n° habitantes.
Com o rácio tão baixo que temos de veículos de 2 rodas/habitantes, pode ser por aí.
Que aprendam a fazer as contas e comecem a andar de moto e ganhem qualidade de vida e tempo com a família!

Eu demoro 20/25 minutos de Corroios a Sete Rios, faça chuva ou sol, jogue o Benfica ou não.
De carro, tanto posso demorar 35 minutos, como 1h30...
Só se fosse maluco ou profissionalmente impossível.

[JViegas]

Andei diversos anos a conduzir enlatado em Lisboa (Sacavém - Torres de Lisboa - Odivelas), tantos que me fartei e optei pelas duas rodas.

Economizei alguma coisa, mas ganhei em tempo nas minhas deslocações e da minha família, tendo ganho igualmente em tempo familiar e qualidade de vida.

É impressionante o tempo perdido em filas de trânsito, quando a cidade não dá resposta adequada em meios alternativos como poderiam ser os transportes públicos, com horários mais reduzidos, menos unidades a circular e cada vez mais caros.

A mobilidade nas cidades e especial em Lisboa é cada vez (irá piorar creio) um problema sério.

Esta classificação não me surpreende, mas também não conheço o dia-a-dia em outras grandes cidades como é o caso dos companheiro que já aqui escreveram, no entanto provavelmente pelo facto das duas rodas serem mais utilizadas poderá eventualmente estar a reduzir o tempo de espera nos enlatados nesses países.

Não esquecendo que a rede viária e os meios de transporte disponíveis, assim como os seus custos nada terão a haver com Lisboa... assim de repente: o sistema de metro de Londres ou de comboios em Paris (aleado à proibição de circulação de veículos antigos).

Enquanto que aqui em Lisboa é a guerra dos taxistas com a uber... o custo de uma viagem do aeroporto à gare do oriente que custa mais de 50€, por meia dúzia de kms, a supressão de carruagens de comboios na Linha de Cascais, o metro apinhado com sucessivos atrasos e maquinas de venda de bilhetes avariadas ou sem papel, o custo de um bilhete para vir de Alcochete para a Gare do Oriente que ultrapassa do 2€, o preço dos passes combinados que equivalem a mais dinheiro do que eu gasto em gasolina, o preço exorbitante das portagens: 2,75€ para passar a Ponte Vasco da Gama.

É claro que as pessoas preferem o enlatado, por comodidade uns mas por necessidade outros. O resultado: vias congestionadas, acidentes a toda a hora, e a via partilhada por quem não tem a mínima noção que circula com outros  veículos como são por exemplo as duas rodas.

Bom post...

[saraiva]

E cá estou eu a desenterrar este tópico, porque não o tinha lido e foi citado (o tema e o tópico) no tópico das asneiras que às vezes fazemos.

Deixo aqui algo que escrevi em 2018, noutro contexto, 3 meses depois de comprar a primeira scooter:

Por um lado, queria poupar o meu carro que fez 8 anos e 244.000 kms. Quero que ele dure mais oito anos, mas a este ritmo é difícil não é um bom Mercedes ou um BMW. Por outro, estava farto do trânsito. Onde vivo transportes públicos não são opção (estaríamos a falar de custos de 170 euros por mês e 4 a 5 horas por dia). Isto também porque trabalho em 4 locais físicos diferentes, pois faço trabalho em instalações dos clientes e mais a faculdade.

Andei nisto 8 anos.

Mas o que me faz partilhar convosco este primeiro ponto de situação é o que não sabia. Hoje tenho a certeza que o trânsito estava a fazer-me mal à saúde. Acredito nisso sinceramente.

É usual considerar-se quando alguém diz, "Eu vou de mota, não estou para aturar o stress do para-arranca."  a questão mais matemática: Ok gastas menos meia-hora do que eu não é assim tão relevante.

Na verdade o efeito vai muito além disso. Comecei a pensar nisto após um colega me dizer isso mesmo, que faz mal à saúde.

Eu sinto-me muito melhor desde que me desloco de scooter. Menos irritado e mais produtivo. Hoje, irrito-me muito menos e trabalho mais.

Pensando bem, a problemática de ter de contar com a incerteza do trânsito para cada reunião que se marca; o stress de ter coisas combinadas e há acidente no trânsito, etc. etc. tudo isso desgasta.

Hoje tenho a plena convicção que o trânsito desgaste emocionalmente e mentalmente, e o pior, maior parte das vezes sem nos apercebermos pois faz parte do nosso dia-a-dia.

Esta situação é comparada à típica fase de depressão ou pré-depressão cuja solução muitas vezes é mudar de trabalho para algo mais simples e para uma pequena aldeia sem stress. Isso afasta também o trânsito. É claro que não é factor único mas está incluido.

A melhoria que sinto nestes dois aspectos emocional e mental já compensou, mesmo que apurasse que estou a gastar mais dinheiro.
Obriguem-me a tirar a carta, a pagar a IUC, a ir à inspeção, a pagar estacionamento mas ao trânsito como rotina no dia-a-dia não volto.

Hoje, passado três anos de ter emitido esta ideia, reaafirmo. Tenho a certeza que o 8 anos de trânsito foram prejudiciais à minha saúde mental e a vários períodos de tensão que vivi.

[jetsetwilly]

Não podia concordar mais   

[JViegas]

Saraiva, concordo plenamente contigo.

Andei demasiado tempo no trânsito de enlatado, para a frente e para trás, entre trabalhos, o meu e o da mulher, "apanhando" filas imensas, pára-arranca, más educações minha e dos outros, sair muito cedo de casa e chegar muito tarde a casa. Inverno, Primavera, Verão e Outono.

Um "rame-rame" constante, um desgastar impiedoso.

Um dia farto comprei uma maxiscooter (2014).

Depois... tudo acabou. o stress das filas, o ter que sair de casa ou trabalho á espera de encontrar uma fila de trânsito.

Começou a escola e levar a filha à escola (apesar de algum receio) tornou-se essencial chegar a casa cedo com ela. O tempo ganho nas deslocações, permitiu-nos ganhar em qualidade de tempo em família.

É claro que isto das motas não é para todos, e andar todos os dias entre filas também desgasta, porque andamos constantemente a pensar quando é que um enlatado se atravessa à nossa frente porque não nos viu.

Mas depois penso na alternativa: volto a conduzir enlatado, deixando a minha mota para os passeios de fim-de-semana?
Nem pensar.
Já não consigo. E por mais sustos que apanhe no trânsito, por mais chuva, frio ou calor que sinta no corpo, continuo a pensar que diariamente é a melhor opção.

E já lá vão 7 anos.

[2low]

Li na diagonal o post original e não tive ocasião de ler comentários de outros companheiros mas quero apenas acrescentar que:

- o Merdina teve um efeito nefasto no trânsito lisboeta
- o Merdina colocou umas palas e o objectivo da sua missão foi atacar exclusivamente o automóvel
(as palas foram colocadas na altura do Chamuças)
- o Merdina foi responsável por ter destruído um sistema inteligente de semáforos que estava cada vez mais aperfeiçoado para escoar transito (*)
- o Merdina com as suas politicas de ataque missionário aos automóveis é responsável pelo agravamento da poluição do ar por tornar o trânsito caótico
- vai ser muito difícil resolver todos os problemas criados pelo Merdina
- apesar de tudo, algumas coisas não terão sido mal feitas, mas outras, apesar de boas ideias no papel, na realidade foram mal executadas criando ainda outros problemas
- sobre o trânsito não significa que voltámos a atingir recordes de veículos a circular por Lisboa porque o que acontece é uma péssima gestão de tráfego (*)
- por todos estes problemas, as pessoas perdem horas no trânsito e a poluição aumenta

Pessoalmente fico satisfeito pela sucessão ao Moedas e julgo que a cidade venha agora a melhorar significativamente para todos, não só para alguns!

[Jocadima]

Saraiva, concordo plenamente contigo.

Andei demasiado tempo no trânsito de enlatado, para a frente e para trás, entre trabalhos, o meu e o da mulher, "apanhando" filas imensas, pára-arranca, más educações minha e dos outros, sair muito cedo de casa e chegar muito tarde a casa. Inverno, Primavera, Verão e Outono.

Um "rame-rame" constante, um desgastar impiedoso.

Um dia farto comprei uma maxiscooter (2014).

Depois... tudo acabou. o stress das filas, o ter que sair de casa ou trabalho á espera de encontrar uma fila de trânsito.

Começou a escola e levar a filha à escola (apesar de algum receio) tornou-se essencial chegar a casa cedo com ela. O tempo ganho nas deslocações, permitiu-nos ganhar em qualidade de tempo em família.

É claro que isto das motas não é para todos, e andar todos os dias entre filas também desgasta, porque andamos constantemente a pensar quando é que um enlatado se atravessa à nossa frente porque não nos viu.

Mas depois penso na alternativa: volto a conduzir enlatado, deixando a minha mota para os passeios de fim-de-semana?
Nem pensar.
Já não consigo. E por mais sustos que apanhe no trânsito, por mais chuva, frio ou calor que sinta no corpo, continuo a pensar que diariamente é a melhor opção.

E já lá vão 7 anos.

Subscrevo em absoluto!
E ainda só ando há um ano de maxi...

[Cross]

Já não percebo nada....
Começo a acreditar naqueles que dizem se o trânsito está a aumentar só pode ser porque os combustíveis estão baratos, senão existia alternativa como em outras capitais.

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[TMXR]

Li na diagonal o post original e não tive ocasião de ler comentários de outros companheiros mas quero apenas acrescentar que:


- o Merdina foi responsável por ter destruído um sistema inteligente de semáforos que estava cada vez mais aperfeiçoado para escoar transito (*)

Concordo em tudo o que afirmar. o Merdina e o perfeito exemplo do politico inútil e despesista. Mais um jotinha que nunca fez nada nada vida, nunca trabalhou na vida e anda de tacho em tacho, achando-se dono da "democracia" e confundindo-a com os seus delirios e de outros inuteis (alguns corruptos) donos da CML.
So fez foi merd..inice  e aos amigos das obras encheu-lhes bem a carteira, com muitas obras, e repetição de muitas outras, por as mesmas terem sido executadas sem qualquer planeamento previo.


O que dizes do sistema informático de gestão de fluxo e verdade, foi substituído por outro que garantisse um aumento de sinais vermelhos em qualquer percurso realizado


Claro que todos queremos viver de forma mais saudavel, mas ar puro numa cidade que recebe cruzeiros e tem um aeroporto dentro da cidade é uma utopia... podem tirar os carros, mas pouca  diferenca vai fazer