A segunda principal causa de morte nas estradas em Portugal...
Se fossemos colocar esta questão aqui no fórum e antes de todos os órgãos de comunicação terem divulgado a notícia, as respostas para a frase colocada no título deste tópico, seriam...com toda a certeza, à volta de:
- Despiste por excesso de velocidade;
- Choque frontal ou saída de estrada por excesso de álcool no sangue;
- Condições mecânicas deficitárias no parque automovel em Portugal;
- Condições da via em muitos pontos do país...
- entre outras que de momento não me ocorre
E de facto todos estes infelizmente têm responsabilidade directa no número de vítimas mortais no nosso país.
Mas dos atropelamentos...confesso que não fazia a mínima ideia (e porventura também não a terias) de se tratar da segunda principal causa de morte nas estradas em Portugal.
E pior ainda (se não fosse já mau o suficiente), é termos tantos casos de atropelamentos com fuga e sem prestar auxílio.
Isto está uma selva!!
Fica pelo menos aqui o alerta para sensibilizar todos os condutores para a prevenção dos atropelamentos, respeito pelos limites de velocidade (especialmente na cidade por razões óbvias!) e da cedência de passagem nas passadeiras de peões.
Um atropelamento sem fuga pode configurar uma quantidade de crimes de diverso concurso.
Eu acrescentaria:
-Falta e/ou muito baixo nível de civismo geral e respetiva imaturidade cívica.
-Cultura de "gato e rato" relativa ás autoridades, radares e outros meios de fiscalização no ao ato de conduzir.
-Desrespeito crónico pela autoridade.
-Deficiente formação dos agentes de autoridade.
-Pouca ou má fiscalização e com poucos meios humanos e materiais das autoridades ao cumprimento das regras de circulação, aos condutores, á implementação das vias e sua sinalização.
-Deficiente legislação.
-Desrespeito pela sinalização.
-Desconhecimento acentuado das regras de circulação.
-Desprespeito intencional e geral das regras de circulação.
-Ausencia de noção de responsabilidade pessoal implicada no ato de conduzir por parte de quem conduz.
-Deslumbramento e consequente irracionalidade, decorrente da evolução recente (últimos 20/30 anos) do poder de compra geral conducente á aquisição de veiculos como afirmação pessoal.
-Desconhecimento teórico e prático de noção de condução agressiva e defensiva. (em alguns países ninguem tem carta sem demostrar na pratica os dois tipos de condução e a formação foca este aspeto)
E estas são só algumas das conclusões que eu retiro na estrada, na minha condução diária.
-Quando os nossos "jornalistas" especialmente aaqules dos diretos e nas telenovelas das 20:00 relatam os acidentes ouvimos:
-As causas, deveu-se, na origem etc., esteve a chuva, o piso escorregadio, curva perigosa, reta muito longa, estrada em mau estado, piso novo que incentiva á velocidade, nevoeiro, fraca visibilidade, hora tardia, sol no ocaso, sol a nascer, excesso de calor, etc., mas raramente se houve dizer que existiu falta de adequação da condução ás condições existentes e á sinalização; a maioria dos condutores toma a velocidade máxima como minima e se lhes perguntamos qual o sinal de transito que acabamos de passar ou que estava ali atrás, não sabem, nem o viram, eu já fiz essa experiência e mesmo para a velocidade em vigor no troço se não for o gps não sabem.