Autor Tópico: Questionário dirigido a 3.500 motociclistas...sobre se pensam mudar p/eléctrica  (Lida 2531 vezes)

Dezembro 28, 2021, 16:56:13, 16:56
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Sapiens21

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Questionário dirigido a 3.500 motociclistas...sobre se pensam mudar para uma moto eléctrica






Foi publicado hoje (28/12/2021), ou seja, já muito perto de se mudar para um novo ano, o resultado do questionário feito pela publicação Francesa Motoservices.com.

Nesse questionário online a que responderam cerca de 3.500 motociclistas foi expressada a opinião (ou vontade...) de cada um, recaindo a resposta numa das múltiplas hipóteses colocadas ao dispor.

O objectivo era naturalmente perceber a intenção futura de compra (próxima) e se a mesma poderia vir a recair sobre uma moto/scooter eléctrica ou sobre a escolha de uma moto/scooter com motor de combustão.

O resultado que deixo já abaixo sinceramente não me espanta e por diversas razões...de entre as quais eu pessoalmente destacaria 3!
Desde logo a começar nos preços iniciais de aquisição, na questão de não haver ainda uma grande variedade (sobretudo nas marcas mais implantadas no mercado) e...a autonomia, que tem um peso muito grande na escolha de muita gente.


Mas vamos aos resultados do próprio estudo e de como se dividiu...

11% disseram que SIM, pelas seguintes razões:


7% Yes, because I don't want to pollute anymore
3% Yes, for the silence
1% Yes, because I don't want to pay for my parking

Depois 29% disseram basicamente que NEM PENSAR, sendo mesmo contra tal ideia.

Por fim a maioria (57%) disse NÃO pela seguinte razão:

"(....)waiting for better performance in terms of autonomy or price.(....)"


Sobram 3% nas contas mas que não vi no artigo relação concreta. Possivelmente os indecisos ou sem opinião formada... :)



ARTIGO NA MOTOSERVICES.COM:   https://www.motoservices.com/actualite-vehicule-electrique/Sondage-2-roues-electriques-c-est-pas-encore-pour-demain.htm
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Dezembro 28, 2021, 17:02:20, 17:02
Responder #1

bal4av

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Faço parte dos que acham que ainda não há condições reais para o elétrico nas motas. As verdadeiras opções são caríssimas!
Ainda acho que o hidrogénio poderá ser solução.

Enviado do meu MI 9 através do Tapatalk


Dezembro 28, 2021, 22:35:39, 22:35
Responder #2

JC1973

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Boas

Eu sou dos que votaria Sim. Pela experiência que já tenho dos carros BEV, sem dúvida que mudaria. Venham mais opções pf!👍

JC
JC1973
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Dezembro 29, 2021, 07:43:08, 07:43
Responder #3

MotardFeio

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São boas para os estafetas ou para o ram ram casa escola / escola casa.

Para diversão, metam as motos eléctricas no sítio onde o sol nunca brilha...   :festa:

Neste momento eléctrico só táxis, autocarros e empilhadores. Além dos que andam sobre carris.

Carro e moto meus, nem me passa pela cabeça ter de andar a fazer contas ou ter de meter à carga mais uma coisa todos os dias. Já tenho poucas obrigações...
Sombra, Saúde e "não vamos ferir susceptibilidadezinhas"...
Que deus não pode dar tudo!!!

A tua liberdade acaba onde começa a minha

Dezembro 29, 2021, 10:19:34, 10:19
Responder #4

JViegas

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Mudaria para hibrido ao nível de enlatado se tivesse condições (€€€€€€).
Elétrico não pois não tenho condições para carregar em casa.

Não mudo para mota elétrica:
1º Preço de aquisição das mesmas;
2º Não tenho condições em casa para carregar.
Não me interessam as scooters elétricas em que se levam as baterias para casa para carregar.

Quanto ao questionário feito em França demonstra que pelo menos que os motards daquele país ainda têm algumas hesitações quanto à mudança principalmente devido à autonomia das máquinas. O que será um pouco "estranho" pois sabemos que em França, à semelhança de outros países europeus, as duas rodas são muito utilizadas nos grandes centros urbanos, se ria de esperar maiores resultados (valores) quanto à decisão em mudar para motas eletricas.
« Última modificação: Dezembro 29, 2021, 10:25:01, 10:25 por JViegas »

Dezembro 29, 2021, 11:43:51, 11:43
Responder #5

Lourenço

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Mudaria para hibrido ao nível de enlatado se tivesse condições (€€€€€€).
Elétrico não pois não tenho condições para carregar em casa.

Não mudo para mota elétrica:
1º Preço de aquisição das mesmas;
2º Não tenho condições em casa para carregar.
Não me interessam as scooters elétricas em que se levam as baterias para casa para carregar.

Quanto ao questionário feito em França demonstra que pelo menos que os motards daquele país ainda têm algumas hesitações quanto à mudança principalmente devido à autonomia das máquinas. O que será um pouco "estranho" pois sabemos que em França, à semelhança de outros países europeus, as duas rodas são muito utilizadas nos grandes centros urbanos, se ria de esperar maiores resultados (valores) quanto à decisão em mudar para motas eletricas.

  :nice: Considero esta uma opinião construtiva e que levanta algumas questões fulcrais.

Mudaria para hibrido ao nível de enlatado se tivesse condições (€€€€€€).
Elétrico não pois não tenho condições para carregar em casa.

Adotei VE há uns tempos, comecei por um usado que pertencia precisamente a alguém com quem fui mantendo contacto e que não podia carregar em casa nem no empego e que entretanto já comprou outro VE porque houve evolução tanto na autonomia dos VEs como nas possibilidades de carregamento de que entretanto passou a dispôr.

Cheguei no inicio a ponderar um híbrido recarregável mas percebi que esta opção poderá ser válida para quem faz muitas pequenas deslocações o que no meu caso de maioritariamente frequentes grandes deslocações seria um contrassenso pois o preço mais elevado relativamente a um puro fóssil e aumento de peso por todo o sistema híbrido não seriam justificados pela pequena redução de consumo na cidade mas com um aumento de consumo fora da cidade pelo peso extra que teria de carregar a maior parte dos quilómetros e do tempo e logicamente no meu caso seria uma má opção do ponto de vista ambiental e financeiro.

Não conseguir carregar em casa ou no emprego é de facto, em Portugal, um entrave enorme, não aconselho por enquanto quem fica completamente dependente da rede pública a comprar ainda um VE.

O monopólio que foi criado em Portugal e que não tem paralelo em nenhum país do Mundo é aberrante e apesar das campanhas de propaganda e da invenção de uma gestora pública de carregamentos, a Mobi.e, o sistema Português está criado de forma a proteger e favorecer apenas as distribuidoras de eletricidade (CEME), é já dos mais caros  e será o mais caro de todos, o que obrigará o consumidor a pagar o valor mais alto entre o custo da eletricidade e o valor final de um carregamento.

É um monopólio que até pretende acabar com as duas redes privadas em Portugal, a da Tesla e do Continente, onde se pode já hoje carregar a metade do preço. A rede publica é uma complicação, obriga a contratos, obriga a consumir sem saber quanto se paga e só o saber e ter fatura várias semanas depois do carregamento e cuja complexidade provoca custos que já fazem e farão cada vez mais que seja exponencialmente caro recarregar em Portugal.

Nos outros países e apesar de em alguns se ter começado mal a realidade de um recarregamento já é e será cada vez mais tão simples como abastecer um atual veículo a combustão.
Em Portugal as empresas de eletricidade desejaram (e o estado respeitou inventando a Mobi.e) que os proprietários dos postos de carregamento ficassem proibidos de comprar e vender eletricidade, ficassem proibidos de ter e gerir clientes próprios e que ficassem impedidos de faturar e aceitar pagamentos de toda a forma, em dinheiro, em cartão, com APP, etc, ou seja ficaram proibidos de fazer o que sempre se fez nos postos de combustíveis e se faz nos carregamentos de veículos eléctricos nos outros países.

Não mudo para mota elétrica:
1º Preço de aquisição das mesmas;
2º Não tenho condições em casa para carregar.
Não me interessam as scooters elétricas em que se levam as baterias para casa para carregar.

As motos elétricas ainda são de facto muito caras. As scooters citadinas já estão mais acessíveis e já compensam e muito o preço mais elevado na compra alem claro da questão ambiental.
É mais difícil e vai demorar mais tempo nas motos até termos ofertas mais razoáveis mas é o percurso normal; antes da massificação comercial as novidades começam sempre por ser um pouco elitistas, na mobilidade mas também nos electrodomésticos, nas novas tecnologias, etc.

As baterias amovíveis, seja para carregar em casa ou para facilmente serem substituídas em fim de vida ou em caso de avaria, começam a ser e devem ser um objetivo prioritário.
O smartphones deixaram de ter baterias amovíveis mas devem todos voltar a ter, por questões de preço e reparação e sobretudo ambientais para alem das mafiosas intenções das marcas com a obsolescência programada.
Não sou, pelo menos até agora, fã das trocas de baterias sobre contrato com no caso da NIU ou como a Renault quis implementar mas eu aprecio muito ter uma scooter em que circulo com uma bateria e tenho outra a carregar, até com fotovoltaico, e que nesta marca até são as mesmas baterias (*2) que servirão para o veículo quatro rodas que a marca vai comercializar. e cujas baterias até são de uma tecnologia bastante fiável, disponíveis e vendidas a preço razoável.

Esta é já uma opinião mesmo muito pessoal e subjetiva, apesar de tudo ter algo chinês, gosto de ver que existem marcas europeias ou americanas a vingar porque se as marcas que mais vendem atualmente por exemplo nos carros, são chinesas, pois todas as grandes marcas chinesas não o são só quanto á sua origem mas também porque são propriedade do Estado ou regime chinês, entre as cinco maiores marcas chinesas que já vendem hoje milhões de veículos eléctricos, algumas delas já na Europa, não há nenhuma que não seja propriedade do Estado Chinês e há concerteza uma razão para que seja assim.

Dezembro 29, 2021, 12:03:16, 12:03
Responder #6

ALCLCF

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Só irão ver baterias amovíveis em equivalentes a ciclomotores ou motociclos de baixa cilindrada.

O desfazamento de realidades é tão grande que só vejo tugas a falarem de baterias amovíveis e o resto a falar de DCFC democratizado :D


Nota: Aliás há 2 pontos (tirando a questão dos preços) que as motas elétricas têm de conquistar.

1 - Dado o nicho que são (incluindo todas as ICE) a mota tem de se adaptar à infraestrutura automóvel criada e futura » DCFC em CCS2. Porque o mundo está-se a borrifar para as motas

2 - Se querem sair do perímetro urbano (seja em trabalho ou lazer) as motas precisam de baterias grandes que nunca poderão ser amovíveis e.....DCFC
« Última modificação: Dezembro 29, 2021, 12:23:55, 12:23 por ALCLCF »

Dezembro 29, 2021, 12:37:54, 12:37
Responder #7

AndréAlves

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Acho que é apenas uma questão de tempo! Neste momento a competitividade nos carros elétricos já começa a ser bem mais visível e até posso confessar que o meu carro de sonho é 100% elétrico... (Algo impensável há 6 anos atrás)

Já no que toca a motas, não existe de todo nenhuma elétrica na minha lista de motas de sonho o que só mostra que a competitividade neste ramo ainda não está tão presente como está nos carros elétricos. Portanto faço parte dos 57% que diriam que não porque estão à espera das melhorias que aí vêm durante a próxima década!

Dezembro 29, 2021, 13:32:18, 13:32
Responder #8

JoãoPVCarvalho

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E atenção que é um estudo realizado num País onde a esmagadora maioria dos motociclistas usam scooter dentro da cidade e não fazem outra utilização das motas.
Fico curioso com o possível resultado desse estudo caso tivesse sido conduzido em Portugal.
Um planeamento cuidado é meio caminho andado.✌
by JDilemas

Dezembro 29, 2021, 17:50:54, 17:50
Responder #9

Lourenço

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Só irão ver baterias amovíveis em equivalentes a ciclomotores ou motociclos de baixa cilindrada.

O desfazamento de realidades é tão grande que só vejo tugas a falarem de baterias amovíveis e o resto a falar de DCFC democratizado :D


Nota: Aliás há 2 pontos (tirando a questão dos preços) que as motas elétricas têm de conquistar.

1 - Dado o nicho que são (incluindo todas as ICE) a mota tem de se adaptar à infraestrutura automóvel criada e futura » DCFC em CCS2. Porque o mundo está-se a borrifar para as motas

2 - Se querem sair do perímetro urbano (seja em trabalho ou lazer) as motas precisam de baterias grandes que nunca poderão ser amovíveis e.....DCFC

É uma perspetiva mas não está de acordo com a tendência nem com as exigências dos decisores e que serão realidade futuramente.
As baterias amovíveis ou fácilmente trocadas por qualquer agente multimarca, em motos, veículos de quatro rodas assim como nos mais variados gadgets incluindo smartphones e brinquedos só apresentam vantagens do ponto de vista ambiental e em defesa do consumidor, aliás as marcas serão obrigadas ou a uniformizar modelos de baterias ou a garantir a venda a qualquer comprador.
Não vejo muitos Tugas a falar ou escrever sobre o assunto, como afirmas, onde mais se fala do assunto é para os lados de Bruxelas e que eu saiba nenhum eurodeputado Português está sequer envolvido, nem de perto nem de longe nos projetos, nem nos estudos nem em qualquer das comissões (2) existentes e nas próprias marcas que vão lançando protótipos e parcerias nesse sentido.

O recarregamento em DC já o podes fazer em tua casa se quiseres investir, e já se faz por todo o lado a partir de 24 kW sendo necessário claro ter pelo menos 480 V disponíveis, abaixo disto as perdas (ineficiência) são ainda maiores e os custos proibitivos. Nem entendo o que é que falta, a estrutura está aí, mal gerida mas já existe e serão as baterias a adaptar-se á estrutura como se verifica com os sistemas 800 V que não são a panaceia, como o aumento de taxa C permitida pelas novas baterias a mais de 3C, etc, e claro tudo isto em DC, até as fichas e tomadas já estão normalizadas o que por uma vez funcionou quase de uma assentada para toda a Europa e quase todo o Mundo, melhor que isto só uma rede integralmente em DC mas são muito poucos os lugares do mundo onde tal acontece e por questões precisas, alem do transporte de energia a grandes distâncias. Como é sabido e generalizando em AC a potencia máxima de carga anda nos 22 kW em trifásico, potência que poucos veículos podem utilizar e os que utilizam, caso dos Renault, sofrem perdas superiores a 20% na operação.

Que algumas marcas de motos não incluam CCS ainda nas suas motos é porque a relação entre taxas de carga admissíveis pelas respetivas baterias e a potência de carga até á qual elas podem ser recarregadas estão abaixo do que é recomendável em termos de custo e rentabilidade de um posto de recarregamento fornecendo DC.

Não entendo em que é que tudo isto consiste em impedimento das baterias amovíveis.

Edição:
Nos carros elétricos com pequenas baterias, como por exemplo o recente Dacia Spring o carregamento em DC é opcional, em França para obter CCS combo e poder carregar até 30 kW em DC custa 600€, senão de série tipo 2 AC até 6.6 kW e estamos perante uma bateria lithium-ion, não sei exatamente qual a tecnologia, (quando a marca não comunica não é bom), com 27,4 kWh de capacidade utilizável, com 72 células e 12 módulos, pesando 186 kg.

Ora, com a opção podemos carregar a 1C em DC mas duvido que muitas cargas deste tipo e com as atuais tecnologias lithium-ion (salvo talvez as LFP e ainda) a longevidade das baterias não seja seriamente afetada neste tipo de veículos cujo condicionamento térmico será pouco elaborado e o mesmo se passa numa moto, ainda as tecnologias das baterias terão de evoluir para que pequenas baterias possam carregar em postos públicos rápidos em DC e de forma racional, tecnicamente mas sobretudo financeiramente porque referindo o Dácia, fica muio caro carregar nos postos DC que debitam 22/24 kW, inferiores a isto em DC não existem porque não são rentáveis ou seriam ainda mais caros e pouco eficientes e na maioria dos rápidos que carregam a partir de 50 kW uma recarga máxima a 30 kW no Dacia, que será só por breves instantes, a maioria da carga será feita nas melhores das hipóteses abaixo dos 20 kW, fica muito cara na rede pública em DC, resta o monofásico em AC e para os veículos que aceitam em trifásico mas a taxas C inferiores quase sempre a 0.5, na maioria dos modelos com pequenas baterias e inferiores a 0.3 nos modelos com baterias maiores.
« Última modificação: Dezembro 29, 2021, 18:55:04, 18:55 por Lourenço »

Dezembro 29, 2021, 19:24:58, 19:24
Responder #10

ALCLCF

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Resumindo, não vejo vantagem numa bateria amovível (excepto senão tivesse garagem)....e já a tive (Supersoco TC).

Repito, bateria amovível implica » limitar performance, autonomia e velocidade de carregamento.

Os 23-25kW atingem-se com os 330V actuais e senão houver constrangimento térmico (daí o próximo passo » refrigeração líquida no futuro...que tb não combina com coisas amovíveis).
Comparar baterias passivas em carros e motas não é boa ideia dada a exposição do conjunto aos elementos, tamanho (os packs 13,4kWh passivos de uma certa marca são conhecidos por dificilmente sobreaquecerem em DCFC's multiplos e constantes), diferença brutal de consumo para uma dada velocidade.

Os motociclistas de emoto's (os verdadeiros consumidores, alguns já com historial de várias) querem DCFC :convivio:
As margas não incluem DC porque não sabem para mais e/ou n€m interessa em termos de custo. Porque actualmente com 6€ em DC faço 100 a 120km (estrada)....e não é no continente.

AC é peso e peso é mau. Era porreiro ter um inversor de 20kW? Era mas upa, upa.

Longevidade de baterias em motas com DCFC só há uma resposta » Energica desde 2017, com vários utilizadores com dezenas de milhar de km, com autonomias intactas tanto nos 13.4kWh como para 21.4kWh.....mas são 16.8kWh úteis para a última, ao contrário de outras marcas que esticam "buffers" ;)


Dezembro 29, 2021, 20:31:53, 20:31
Responder #11

Lourenço

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Fico curioso com o possível resultado desse estudo caso tivesse sido conduzido em Portugal.

A maioria dos motociclistas em frança utiliza a sua moto nos tempos livres, em diversão e a maioria não possuem scooters mas sim motos com uma cilindrada média bastante alta e isto apesar de nos caso das scooters a questão da cilindrada média ter aumentado bastante em consequência dos bons números de vendas das Tmax, XADV e Forza 750.

No caso dos ciclomotoristas que são uma percentagem grande até aos 25 anos a utilização maioritária é intramuros ou seja dento das localidades e na província por falta de transportes públicos nas deslocações para a escola, estágios e primeiros empregos.


Um motociclista está em média na idade dos 46 anos, e um em cada dois tem mais de 47 anos (gráfico 2). Em média, os motociclistas começaram a conduzir um veículo de duas rodas com 26 anos; poucos começam após 47 anos. Os motociclistas com 25 anos ou mais usam as suas motos em primeiro lugar para o lazer, depois para o trabalho.

Quase nove em cada dez motos são usadas para recreação, e uma em duas se destina principalmente a esse uso. Uma em cada quatro motos é usada principalmente para chegar ao trabalho, contra perto de metade dos ciclomotores.

Quanto mais a cilindrada aumenta, mais as motos são usadas para lazer e férias.

Já os ciclomotores são utilizadas principalmente para viagens de trabalho em casa ou estudos (48%), seguidas de lazer (37%), viagens de carácter profissional (6%) e compras (6%).


Tenho acesso a estatísticas mais recentes mas não tenho o direito de reproduzir.
https://www.statistiques.developpement-durable.gouv.fr/sites/default/files/2018-11/lps156-deux-roues-motorises.pdf

A avaliar pelos mais recentes números de vendas, e pelos anteriores, as scooters estão muito longe de serem a esmagadora maioria dos veículos utilizados pelos motociclistas franceses, nem sequer a maioria, apesar de terem ganho terreno com a TMAX, Forza 750 e XADV, ou seja scooters de maior cilindrada:

1º semestre 2021, vinte modelos mais vendidos.




https://www.motoservices.com/actualite-moto/Classement-marche-moto-scooter-1-er-semestre-2021-les-tops-ventes.htm

Dezembro 29, 2021, 22:11:38, 22:11
Responder #12

JC1973

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Esta é uma discussão interessante…a mudança de paradigma está a acontecer. Não é no futuro, já está a acontecer no mercado automobilístico. Vejam as vendas de eléctricos nos países do norte da Europa e qual a tendência de vendas. Em Portugal já se vendem mais eléctricos que a diesel, e a tendência continua. Nas motas vai acontecer o mesmo, embora mais lentamente e num processo que ainda está a dar os primeiros passos.

Eu tenho um carro eléctrico e um Phev. Vou vender o Phev quando chegar o meu outro electrico que está encomendado e retido nestes atrasos dos semicondutores. Combustível fóssil? Nos carros acabou e nas motas aguardo por mais propostas pois certamente irei também por esse caminho!

 Cumprimentos
 JC
JC1973
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Dezembro 29, 2021, 22:52:02, 22:52
Responder #13

dfelix

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O smartphones deixaram de ter baterias amovíveis mas devem todos voltar a ter, por questões de preço e reparação e sobretudo ambientais para alem das mafiosas intenções das marcas com a obsolescência programada.

O smartphones de gamas altas deixaram de ter baterias amovíveis porque houve uma necessidade das caixas terem um nível de estanquidade que lhes permite obter as certificações IP de resistência a pó e água.

A avaliar pelos mais recentes números de vendas, e pelos anteriores, as scooters estão muito longe de serem a esmagadora maioria dos veículos utilizados pelos motociclistas franceses, nem sequer a maioria, apesar de terem ganho terreno com a TMAX, Forza 750 e XADV, ou seja scooters de maior cilindrada:

Isto é um trend que se observa um pouco por toda a Europa.
Uma adaptação às actuais realidades urbanas que cada vez impõem maiores restrições de circulação e sobretudo estacionamento.
O motociclo acaba por ser uma aposta viável e as scooters sempre foram uma excelente solução de mobilidade urbana.

Só que uma coisa não substitui a outra. Em muitos casos até se complementam.
Não é de todo invulgar se adquirir uma scooter para commuting mantendo outro tipo de moto para lazer.
Conheço tantos...

A tua opinião tal como a do ALCLCF fazem ambas sentido.
Apenas estão a apontar a públicos diferentes.

A solução das baterias amovíveis poderá fazer sentido para as PCX deste mundo.
Poderá fazer sentido para estas soluções de mobilidade urbana.
Mas poderá não fazer tanto sentido como alternativa para os restantes segmentos. E são bastantes.

Um vasto público dos motociclos de média e alta cilindrada não irá a correr para uma scooter a pilhas.
E não será por ser a pilhas. Porque também não fazem essa troca por uma a combustão.

Poderão até adquirir uma moto destas características para commuting.
Mas continuará a faltar a alternativa eléctrica válida para a naked, desportiva ou tourer que já lá têm em casa.
É nestes segmentos que a transição poderá ser mais complicada.

E nem vou falar do preconceito porque esse acredito que se possa dissipar quando assistirmos a uma massificação de propostas válidas.
Ainda assim, se considerarmos que são opções de lazer o factor emocional pesa bastante e muita gente só trocará se for coagido directamente através de limitações impostas na utilização ou indirectamente através de carga fiscal.


Em Portugal já se vendem mais eléctricos que a diesel, e a tendência continua. Nas motas vai acontecer o mesmo, embora mais lentamente e num processo que ainda está a dar os primeiros passos.

Não esquecer que algumas marcas que representavam um volume de vendas no diesel deixaram de os ter.
Ao mesmo tempo que começaram a surgir opções válidas por preços não muito superior ao que custavam os diesel.

O problema no mercado de motociclos é que não existe alternativa válida a preço competitivo.
Nem há uma estimativa de quando possam surgir.
« Última modificação: Dezembro 29, 2021, 22:58:59, 22:58 por dfelix »