Autor Tópico: E quando nas fábricas a "Ascensão dos robôs" for quase total? Como Será?  (Lida 4906 vezes)

Fevereiro 22, 2017, 17:59:21, 17:59
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E quando nas fábricas a "Ascensão dos robôs" for quase total?
Como Será?






A sério? Já te questionaste quanto a isto?

Estamos para aqui a falar de motos, acessórios, equipamentos e etc. e tal...mas como será daqui por uns quantos anos quando esses mesmos produtos começarem a ter "mão robótica" na sua quase totalidade?

Numa análise fria, poderão alguns pensar que até se limitam alguns erros, a precisão em certos componentes será maior, a optimização de espaço e procedimentos é incomparável, o lucro pode ser tendencialmente muito maior, entre outras considerações.

Mas depois...

...depois meus caros, temos a outra parte.

Já que estamos num fórum que fala de motociclos, imaginemos então uma fábrica dentro de 40 anos e que se dedica precisamente ao fabrico de scooters ou motos!
Aparentemente nada de anormal.

Porém e dado que avançam a toda a velocidade as tecnologias de veículos autónomos, ou os serviços entregues por drones, ou as máquinas em simples processos industriais, ou mesmo os softwares que fazem já a maior parte do serviço de um departamento inteiro...a pergunta que fica tem mesmo de ser: E as pessoas?


E é aqui que voltamos à fábrica deixada mais atrás, numa previsão de futuro que não é tão longínqua assim...e novamente com uma pergunta: Os processos antes feitos pela mão humana, assim como os seus postos de trabalho, estarão em risco?? O meu motociclo será ele quase inteiramente feito por robôs??

A verdade é que se trata de algo que já está em curso desde há anos a esta parte, mas com uma aceleração que nos foge da capacidade de análise.
Neste momento já existem robôs a desempenhar tarefas que excluem por completo o factor humano, ao ponto de só necessitar de simples verificações que, por sua vez, até são analisadas por algum outro software.

Podemos olhar para isto como uma bola de neve com um já difícil retrocesso e em que, em última análise, poderemos ter apenas uma ou duas pessoas para fazer simples verificações ocasionais daquilo que os robôs fazem, 24h/dia, sem greves, sem tempo para urinar, sem tempo para comer, sem tempo para dizer "bom dia", "boa tarde" ou "boa noite".

Sei perfeitamente, mas perfeitamente, que este é um tema capaz de gerar alguma polémica, havendo quem pense que um futuro com as máquinas a tomar conta das operações, será um trabalho mais perfeito, mais eficiente, mais lucrativo.

Outros há (onde me incluo), que vê com alguma preocupação o futuro de filhos ou netos, pois esse regozijo de quem vê apenas um trabalho eficiente, perfeito ao milímetro e livre de "chatices", pode estar a esquecer que um trabalho levado a cabo por máquinas aumentará drasticamente o desemprego, com consequências que se adivinham pouco benéficas para um planeta que tem centenas de milhões de trabalhadores no activo!

Existem previsões e estudos que dão uma avassaladora "machadada" nos postos de trabalho para daqui por algumas dezenas de anos, pelo que temos de pensar um pouco nestas questões...

A moto ou scooter fabricada quase por inteiro por robôs e adquirida dentro de alguns anos, pode na verdade e sem se saber, ser um acto...multiplicado por vários em tudo semelhantes, que contribuirá para que haja mais uma família sem emprego?

E quando chegar a vez dos nossos?...em que até os nosso netos ou bisnetos serão ensinados por um quadro virtual desde tenra idade e substituindo o factor humano?


Bem sei que nem tudo é mau e na medicina os avanços têm sido brilhantes...não o ignoro, mas a verdade é que esta entrada dos robôs na nossa vida e mais ainda no futuro, chegará a um ponto em que as questões que se colocam terão demasiada força para serem ignoradas e a análise que hoje nos escapa, estará nessa altura bem presente e vivida na 1ª pessoa!!
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Dalai Lama

Fevereiro 23, 2017, 20:49:17, 20:49
Responder #1

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O assunto, que é tema Mundial e ainda o será mais com o passar dos anos, teve há uns dias atrás uma curiosa ideia por parte do fundado da Microsoft, Bill Gates, o qual defendeu a existência de algum tipo de imposto para robôs!!

O mesmo afirmou que os robôs que substituam seres humanos deveriam ser taxados para compensar os empregos perdidos pelos humanos...

Ora leiam...http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2017-02-20-Bill-Gates-defende-um-imposto-para-robos

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Julho 12, 2017, 01:06:02, 01:06
Responder #2

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A notícia é bastante recente e assenta num estudo de duas conceituadas Universidades...

Em 125 anos todos os empregos poderão ser dominados por robôs

Poderá pensar-se: "Já não me afecta em vida"...mas os que por cá ficarão (filhos e netos), que Mundo lhes será apresentado??  :pensador:
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Julho 12, 2017, 05:04:59, 05:04
Responder #3

João_Santos

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O que essas Fábricas produzirem com os Robôs, devemos fazer obrigatoriamente um boicote.

Os proprietários dessas fábricas que comam ou utilizem.

João  :scooter: :scooter:

Julho 12, 2017, 10:15:30, 10:15
Responder #4

TMXR

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Ontem fiz entrei no Mcdonalds de Alcorcon (Madrid) para comprar uma garrafa de agua, este Mc está numa zona comercial de grandes superfícies pelo que ir a outro sitio era complicado e para minha surpresa, APENAS se pode fazer pedidos nas maquinas, não há nenhum empregado para atender.


Conclusão... tive de pedir uma garrafa de agua no ecra e pagar com multibanco a quantia de 1€  :napodeser: :napodeser:



Calculo que desta forma a McDonalds reduza custos e a necessidade de recursos humanos, mas para mim que ja andava farto e insatisfeito com as minhas ultimas visitas, foi fim da linha: nao voltarei a entrar num McDonalds a nao ser por manifesto "cas fortuit"  :nempenses: :nempenses:
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Julho 12, 2017, 11:20:35, 11:20
Responder #5

JViegas

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Ontem fiz entrei no Mcdonalds de Alcorcon (Madrid) para comprar uma garrafa de agua, este Mc está numa zona comercial de grandes superfícies pelo que ir a outro sitio era complicado e para minha surpresa, APENAS se pode fazer pedidos nas maquinas, não há nenhum empregado para atender.


Conclusão... tive de pedir uma garrafa de agua no ecra e pagar com multibanco a quantia de 1€  :napodeser: :napodeser:



Calculo que desta forma a McDonalds reduza custos e a necessidade de recursos humanos, mas para mim que ja andava farto e insatisfeito com as minhas ultimas visitas, foi fim da linha: nao voltarei a entrar num McDonalds a nao ser por manifesto "cas fortuit"  :nempenses: :nempenses:


A minha filha, como muitas crianças pequenas, adora essa e outras empresas de fastfood.
As poucas vezes que vamos comer em superfícies comerciais e perante a escolha da minha filha nos "happy meals" dessa empresa, optamos por outro tipo de refeição, pelo que a minha mulher ficava na fila do macdonalds enquanto eu vou para outro lado a pedir para nós os dois H3 ou companhia das sandes.

Eis que numa deslocação a Castelo Branco, e a pedido da minha filha deslocamo-nos ao macdonalds que está junto à bomba de gasolina da BP, e ao chegarmos a essa loja fui confrontado com uma máquina com ecrã tátil onde deveria fazer os meus pedidos.

Ao macdonalds já regressei em Lisboa umas duas ou três vezes e a completa independência/interferência humana no meu pedido, afasta-me do relacionamento que tenho com a loja, onde o único contacto que tenho é com o funcionário (humano por enquanto) que me entrega o pedido que fiz na máquina e entretanto paguei.

Pessoalmente não gosto destes automatismos (sinais dos tempos) mas para a minha filha, já é normal fazer o pedido para um ecrã, tratar do pagamento e esperar pela comida embalada.

Qualquer dia nem sequer vemos os funcionários de volta das batatas ou das bebidas. Um muro de imagens alegres de quem come um hambúrguer ou a imagem de uma personagem de cinema de animação com cores vibrantes e que nos fazem sentir que tudo está bem.



Relativamente à robotização do mundo de duas rodas, permite um aumento de produção mas à custa de menos intervenção humana. Existem fábricas que trabalham 24 sobre 24, não só pelas exigências do mercado e da procura como na obtenção do lucro rápido e imediato.

Como será daqui a 50 ou 100 anos?
Se por um lado o automatismo elimina erros humanos, por exemplo na condução assistência, a frieza da máquina nunca poderá eliminar a sensibilidade/emotividade humana.




« Última modificação: Julho 12, 2017, 14:07:36, 14:07 por JViegas »

Julho 12, 2017, 13:04:26, 13:04
Responder #6

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Cada vez irá ser mais diferente o próprio interior das fábricas.
Acreditem que será tudo bastante diferente e mais rápido do que se imagina... :confused:




Dentro de umas (poucas) dezenas de anos, o factor humano na produção será reduzidíssimo e a imagem que temos nos dias de hoje de uma linha de montagem, com caixas cheias de componentes ao longo da linha de produção, com zonas/postos de trabalho onde os trabalhadores vão fazendo uso igualmente de ferramentas, acessórios e cablagem, dará lugar a um espaço bastante diferente.

E não me parece que venha a haver um volte-face disto que já se "desenha" há muito...  O ser humano será, pura e simplesmente, afastado pelas máquinas em quase tudo.
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Julho 12, 2017, 13:08:19, 13:08
Responder #7

TMXR

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O problema vai ser que cada vez menos pessoas vao ter empregos para comprar os produtos que os robos fabricam  :D
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Julho 12, 2017, 13:30:00, 13:30
Responder #8

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Bastante caricaturado é certo, mas isto que podem ver abaixo será provavelmente aquilo a que se chegará - esperemos que num futuro muito distante - quando já forem as próprias máquinas de inteligência artificial a ser substituídas por outras.

Uma fila à porta do Centro de Emprego, com 3 candidatos máquinas por cada ser humano...

Nem quero pensar... :toma:




E mais...
Segundo um estudo/pesquisa levado a cabo no início deste ano pela McKinsey&Company, "(....)quase metade das ocupações atuais pode ser automatizada até 2055. Em números, cerca de US$ 15 triliões em salários podem ser economizados pela substituição de humanos por “robôs”. Link


O que isto levará é a colocar na mente de muitos patrões um bem vindo arrecadar de verbas (por via do não pagamento de salários), ao substituir trabalhadores por máquinas.

Parece uma visão do Mundo saída de um filme...eu sei, mas o perigoso nisto tudo é que está muito longe de se confinar ao ecrã. Isto acontecerá mesmo, meus caros...

Se haverá formas de que isto não seja tão grave quanto parece?
Bem, é possível que a substituição - que é gradual - se faça criando alguns mecanismos para evitar o choque. Pelo menos quero acreditar que sim... :-X
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Julho 12, 2017, 13:34:09, 13:34
Responder #9

Clemente Vicente

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O problema vai ser que cada vez menos pessoas vao ter empregos para comprar os produtos que os robos fabricam  :D

É isso mesmo !!!

 :convivio:
---------------------------------------------  " SÃO HONDA SENHOR; SÃO HONDA !!! "   -----------------------------------------

Agosto 21, 2017, 15:14:37, 15:14
Responder #10

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Entendo que o assunto que trago neste link, só muito de raspão possa ter alguma ligação com o tópico, mas dá que pensar...

...sobretudo por que a tecnologia pode chegar ao ponto de ficarmos dependentes dela ao ponto de perigar a própria vida humana!


https://www.rtp.pt/noticias/mundo/robos-assassinos-lideres-industriais-da-inteligencia-artificial-querem-o-seu-fim_n1022285


Já se sabe que o Mundo está de alguma forma dependente da tecnologia, das apps que aparecem quase diariamente, da informação à distância de um click, etc...mas a coisa pode tomar proporções especialmente nefastas para a vida humana, sobretudo se ficar sob "controlo" de quem não tem escrúpulos ou olhar para a vida humana com desdém.

A ascensão dos robôs poderia ser mesmo TOTAL...
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Agosto 21, 2017, 18:08:01, 18:08
Responder #11

karloxilva

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A utopia (não falo da ilha da célebre obra "A Utopia" do "Lord Chancellor" de Henrique VIII de Inglaterra, Thomas More, mas da raiz grega das palavras que lhe deram origem e literalmente querem dizer "lugar que não existe") de muitos que viram o nascimento da Revolução Industrial há mais de 200 anos, e adivinharam as possibilidades da automação, era de que as máquinas libertariam o homem do Trabalho.

Um parêntesis aqui para que se perceba a ideia de "libertar o Homem do Trabalho".
Num país em que "o trabalhinho é muito bonito" e toda a gente manda trabalhar toda a gente como castigo ou punição... que se perceba o resquício.
Pois bem, tem séculos: a palavra "Trabalho" é de origem latina, deriva da palavra Romana "Tripalium".
"Tripalium" era o nome de um dos vários instrumentos de tortura e humilhação que os romanos usaram.

Todos conhecemos a Cruz, por causa da imagem icónica de Jesus, o Cristo, mas a cruz é na realidade uma importação romana da cultura cartaginesa.
A cruz era utilizada para exibir foras-da-lei e escravos desobedientes nas entradas das cidades. Está documentado que o que sobrou do derrotado "exército" de Spartacus foi exibido dessa forma à entrada de Roma em vários quilómetros de cruzes com escravos agonizantes.

O "Tripalium" era algo diferente na forma, menos espectacular: uma estaca presa ao chão com dois madeiros presos em forma de "X" a que era atado o desgraçado. O objectivo era o mesmo: numa sociedade esclavagista era importante fazer perder "ideias" aos outros escravos.

Assim, sabendo-se a origem da palavra "Trabalho", conhecendo-se a sorte de "viver para trabalhar" e não "trabalhar para viver" dos plebeus nas terras e dos primeiros operários industriais, percebe-se a razão por que filósofos e pensadores congeminaram um mundo onde a máquina "libertaria o Homem do Trabalho". A Humanidade (aqui Homem e Mulher) ficaria com mais tempo para viver, para se cultivar (o analfabetismo grassava), para se dedicar à Coisa Pública (a Política deixaria de ser apanágio de uns poucos)... até poderiam viajar. Quem sabe, até ver o Mar (parece patético, mas há um documentário da França de 1936, cujo governo instituiu pela primeira vez o descanso obrigatório semanal, de gente do interior de França que nunca havia visto o mar porque nunca tivera uma folga que o permitisse). A relação das pessoas com o Trabalho era muito pouco menos romântica do que aquela que oiço a muita gente que parece pretender essa sorte para os mais novos...

Posto isto, A Industrialização.
A utopia imaginada pelos pensadores progressistas e libertários transformou-se num inferno para os assalariados:
Os patrões passaram a poder dispor de menos trabalhadores para fazer funcionar a fábricas, poupavam em salários.
Depois, poupavam ainda mais: os desempregados criados pelas máquinas serviam de pressão para baixar os salários aos que restavam.
"Estado Social", "Protecção Social" ainda estavam a décadas (só depois do morticínio da II Guerra Mundial). Não havia trabalho, passava-se fome.

Aqui chegado, a origem da palavra "Sabotagem":
"Sabot", é palavra francesa para um tipo de calçado feito em madeira, tamanco, que era o usado pelas classes mais baixas.
As operárias francesas, temendo ficar sem trabalho ou por solidariedade com as desempregadas, começaram a colocar "sabots" nos mecanismos para avariarem as máquinas, a "saboter", sabotar... aquilo que cá ficou conhecido por "pôr um pauzinho na engrenagem"...
Exemplos desses aconteceram sobretudo em Inglaterra, partir as máquinas na esperança de não perder o Pão. Inglório.

Mas se a Utopia não se concretizou da forma que pensavam alguns às primeiras golfadas das máquinas a vapor, tentou-se de outra forma:
E que tal baixar o número de horas de trabalho?
Hoje, quando se fala hoje na redução do horário de trabalho para 8 Horas diárias como algo "escandaloso" ... convém lembrar que a ideia vem de 1886, Chicago. Realmente há gente em Portugal, em 2017, que que é mesmo "prá-frentex"...
É que, atenção!, pelo caminho temos o operário feito peça da "máquina", caricaturado por Charlie Chaplin em "Tempos Modernos". As linhas de montagem e a sua repetitividade, o embrutecimento muscular e cerebral pelo trabalho levados ao limite.

Achei por bem abusar do "tempo de antena" e colocar aqui alguns pressupostos históricos que cada um interpretará à sua maneira.
Sim, os que tiveram a ideia utópica de colocar as máquinas a fazerem todo o trabalho repetitivo e pesado, não criativo, para libertar a Humanidade para outras actividades, tinham um boa ideia. Só que:
A automatização e a robotização feitas num quadro de uma sociedade que vive apenas para a Acumulação de capital vai gerar mais problemas do que aqueles que conhecemos e procurei lembrar. Não vão ser centenas de milhares mas milhões os que serão excluídos da produção. E lembro, tudo isto num quadro de retrocesso civilizacional onde quaisquer funções sociais do Estado são colocados em causa.

Quem gere as empresas hoje já não é a aquela imagem do patrão gorducho de cartola e charuto na boca, das caricaturas de outrora. É gente de quem não se conhece o rosto ou nacionalidade. Accionistas? Já não falamos do remediado que investiu em acções porque confiava na empresa e no seu gerente e que vive preocupado com as suas poupanças, falamos de gente que quer ganhar tudo e já.
Quem dirige é "avaliada" para fazer ganhar tudo. Consequências futuras para a empresa e para o país? Isso importa mesmo? Um país está bem na medida em que a sua elite estiver bem, o resto é areia para os olhos de quem acredita na seriedade dos "especialistas" televisivos engajados!  Até encontram forma de fazer eleger políticos (o dinheiro investido nos média não é para dar as "novelas" que eles gostam mas aquelas que eles querem que gostemos!) que lhes permitem pagar menos impostos (apoio ao "investimento") ou até não pagar de todo ou pagarem onde mais lhew convém.

O taxar das empresas deve ser controlado internacionalmente sob pena de os Estados estoirarem (se a UE não estimulasse o "dumping" e fuga fiscais na sua zona euro já seria bom... mas é a "Europa" deles, são as suas regras).
A taxação deveria deixar de ser feita por trabalhador mas pelos lucros das empresas, com factores de diferenciação, discriminação positiva, para as pequenas empresas locais.
A redução e a própria noção de horário e de Trabalho terá de ser encarada de outra forma. "Trabalhar menos para trabalharem todos", conforme pedem sindicatos europeus de países industrializados, poderá não se verificar, mas que há questões a discutir sobre o Trabalho que não passam por acusar as máquinas ou centrar o debate na sua utilização, isso há.

É outro modelo de Sociedade que precisa de ser discutido.
Quem está a ganhar com o trajecto suicidário da Humanidade não está interessado nisso. "Futuro" é palavra que já nem entra no léxico das suas marionetas políticas. "Acumulação" será a bóia onde pensam segurar os seus no Darwinismo social que preconizam.
"Ambiente"? O que é isso? O último grande negócio: fazer pagar pelo que antes era dado pela Natureza à borla.

Para concluir, mais uma referência cinematográfica: aproveitem a moda e revejam o filme "Terra dos Mortos (2005)", escrito e realizado por George A. Romero. Lá por verem gente cambaleante não se deixem levar sobre a ideia de que é um filme sobre "mortos-vivos".
« Última modificação: Agosto 21, 2017, 20:10:46, 20:10 por karloxilva »
"O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm." René Descartes

Agosto 21, 2017, 22:12:14, 22:12
Responder #12

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Fico impressionado com as aulas de história que deixas no fórum.
Muito bom.  :nice:

Tem sido aliás algo que perpassa a tua escrita desde o início. :)
« Última modificação: Agosto 21, 2017, 22:58:32, 22:58 por Sapiens21 »
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Agosto 21, 2017, 22:52:25, 22:52
Responder #13

Rui Jorge

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"A automatização e a robotização feitas num quadro de uma sociedade que vive apenas para a Acumulação de capital vai gerar mais problemas do que aqueles que conhecemos e procurei lembrar. Não vão ser centenas de milhares mas milhões os que serão excluídos da produção. E lembro, tudo isto num quadro de retrocesso civilizacional onde quaisquer funções sociais do Estado são colocados em causa."

Caro Karloxilva,

A questão é mesmo esta que apresenta - a automatização e a robotização no quadro de uma sociedade capitalista - que por definição acumula o capital gerado pelas forças produtivas - vai gerar mais miséria e sofrimento. A panaceia de Gates de taxar os robôs será um penso rápido, não resolve o problema de fundo que é, exactamente, a alteração radical, económica e social, que coloque em causa o paradigma da propriedade dos meios de produção e permita a justa distribuição das riquezas criadas (pelas máquinas ou pelo trabalho humano), garantindo que cada um terá resposta plena às suas necessidades.

Gostei muito da sua análise, :nice:
Abraço e boas curvas!

Rui Jorge

Dezembro 01, 2017, 10:01:10, 10:01
Responder #14

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"Não vamos destruir o mundo mas vamos ficar com os vossos empregos".


A verdade é que mesmo considerando que a resposta possa estar programada, a clareza e premonição das palavras pode ser tudo menos...programada.
Encarar isto daqui por 20-30 anos pode levar a que olhemos para a questão de outro forma...coisa que por agora e para muitos, parece não passar de uma mera possibilidade.
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Dezembro 01, 2017, 14:00:09, 14:00
Responder #15

Luis Salgueiro

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Dezembro 03, 2017, 19:07:54, 19:07
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Não é algo que pensemos muito nos dias de hoje para nós...mas para a geração dos nossos filhos ou então netos, a coisa pode revelar-se diferente.
Nós não pensamos ou vivemos isto ainda de forma muito intrusiva, mas haverá quem no futuro a viva diariamente...sem possibilidade de "combater" algo que se instala paulatinamente na sociedade.

O caso relatado mais acima neste tópico quanto ao McDonald's, é algo que parece simples...mas multiplicado por várias cadeias de restaurantes significam milhares de pessoas substituídas por ecrãs táteis.

Agora se replicarmos este caso para tantas outras empresas ou diferentes sectores de actividade, o resultado será um gigantesco número de desempregados substituídos por máquinas.

Ah e tal....temos de ver o lado positivo!

É sempre positivo e bem vindo quando não nos toca a nós ou aos nossos...
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Janeiro 11, 2019, 11:04:19, 11:04
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Publicado hoje na FORTUNE...




An artificial intelligence expert and venture capitalist predicts automation will cause major changes in the workforce.

Speaking to CBS News’ Scott Pelley in an interview for 60 Minutes on Sunday, Kai Fu Lee said that he believes 40% of the world’s jobs will be replaced by robots capable of automating tasks. He said that both blue collar and white collar professions will be affected, but he believes those who drive for a living could be most affected.

“Chauffeurs, truck drivers, anyone who does driving for a living—their jobs will be disrupted more in the 15-25 year time frame,” he said in the interview. “Many jobs that seem a little bit complex, chef, waiter, a lot of things will become automated.”

http://fortune.com/2019/01/10/automation-replace-jobs/
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Janeiro 17, 2019, 07:56:52, 07:56
Responder #18

Sapiens21

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Neste caso a notícia refere mesmo o caso de Portugal e avança com mudanças (irreversíveis) que podem ocorrer dentro de alguns anos:




"(....)
Os autores do estudo advertem que cerca de 1,8 milhões de trabalhadores portugueses terão de melhorar competências ou mudar de emprego até 2030, o que “coloca desafios significativos que exigirão um papel ativo tanto pelo Governo como pelo setor privado no processo de reconversão da força de trabalho”.(....)"



https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/estudo-indica-que-automacao-pode-fazer-desaparecer-11-milhoes-de-empregos-em-portugal-399111
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Janeiro 18, 2019, 15:24:07, 15:24
Responder #19

Rossiluis

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Bom tópico...

Pode para alguns parecer talvez um pouco contra a robótica mas a realidade é que cada vez mais se vê a automatização a crescer à nossa volta.

Falaram as máquinas do MacDonalds...mas e os pontos de venda rápidos das cadeias de hipermecados? Não são a mesma coisa?
As pessoas querem rapidez...querem escolher...pagar e sair.
Não querem ficar na fila porque o empregado está a contar moedas...ou ficou sem trocos..e muitas não querem sujestões..

Sou técnico de Informática - Começei como empregado de uma hamburgaria...Fui emp de mesa...electricista...etc.
E uma das coisas que ainda vejo acontecer, é que por muita tecnologia que exista à nossa volta, irão ser sempre necessários a mão humana para ajudar em algumas situações.

Os robots apesar de já fazerem muito ainda têm muitas dependencias dos humanos...
Num futuro próximo as pessoas terão de procurar outro tipo de trabalho? Sim...mas a ideia é melhorarem-se e poderem ter mais tempo para estarem em casa com a familia, ajudar a educação dos filhos por exemplo...Etc.
Ou queremos ter na mesma 40h semanais...entrar às 9h...sair às 18h...e os filhos são problemas das escolas nesse periodo?

Se olharmos para o que os filmes nos trazem será assim tão mau haver mais robots? Claro que os estados terão de criar soluções para que as pessoas não morram à fome...Mas e a evolução não é isso mesmo?

Devemos temer o futuro?
Imaginem que no Brasil, país nosso irmão, houvesse mais robots nos locais publicos e menos humanos (corrompidos diáriamente) - Não estaria este país melhor? Penso que é mais complicado pagar 100 reais a um robot para olhar para o lado...que a um humano...
Por isso há que olhar para o tema de várias perspectivas...

Sou apologista do progresso...desde que não seja feito às 3 pancadas...
É como ser motociclista...devemos começar por baixo devagar...e não numa mota que faça tudo sozinha...com 1800cc  ::P:

Não travemos o progresso nem o futuro, mas arranjemos forma de pertencermos e sermos unos com ele.
"Not everything happens when you expect it; it is what it is. The people who ride with you, ride with you."

Janeiro 18, 2019, 15:51:21, 15:51
Responder #20

ricardmag

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Leio que a automatização vai tirar empregos mas ainda não li ninguém falar nos empregos que a automatização trás.
Empregos esses que são bastante mais remunerados.

Cumprimentos
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Janeiro 18, 2019, 16:04:54, 16:04
Responder #21

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Sem dúvida...

A questão (negativa), está na diferença no número entre aqueles que se perdem, face aos que se ganham com as novas tecnologias.

A balança vai-se tornar muito desigual dentro de algums décadas, segundo os analistas dizem...com preocupação.
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Dalai Lama

Janeiro 18, 2019, 16:27:05, 16:27
Responder #22

ricardmag

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Se há área onde não faltam empregos em todo mundo e em particular em Portugal é na área da tecnologia.
Para a malta mais nova que está a sair do ensino obrigatório se querem ter emprego "garantido" é escolher escolher esta área.

Cumprimentos
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Janeiro 18, 2019, 16:44:01, 16:44
Responder #23

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Vale esta frase por dizer que nada é garantido...

Infelizmente não sei como será para os meus filhotes e um dia para os filhos deles.

Claro que tenho esperança que nem tudo será mau (obviamente que ainda tenho algum optimismo), mas a automação com I.A. (muito mais do que no presente) vai arrasar imensos empregos. É uma realidade!

Resta saber se os que haverá na altura e depois de assambarcados pelas máquinas, serão suficientes...ou causadores de grandes dilemas sociais.
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Dalai Lama

Abril 23, 2019, 22:43:34, 22:43
Responder #24

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Começa a "desenhar-se" de forma cada vez mais evidente...a substituição.

E não! Não será somente nas fábricas...

O Elon Musk (CEO da Tesla) já tem uma 'fisgada' para dar início no próximo ano.

E algo me diz que vai dar muito que falar...
Mais ainda do que a contestação recorrente com as UBER e Cabify.  :-\

https://www.autofoco.pt/noticia/ver/784687
« Última modificação: Abril 23, 2019, 23:01:30, 23:01 por Sapiens21 »
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Julho 19, 2019, 19:01:59, 19:01
Responder #25

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Um interessante artigo que dá conta de mudanças que irão ocorrer (e já ocorrem no presente), no mercado do trabalho.

Seja numa empresa com alguns trabalhadores ou numa grande multinacional...

Seja numa pequena fábrica de componentes ou numa fábrica com 100 hectares de onde saiam +5.000 motociclos por mês...

O artigo foca-se nas evidências que levam a crer que 1 em cada 5 empregos vai desaparecer em apenas 5 anos, por via da cada vez mais utilizada Inteligência Artificial e da Automação.

https://www.hcamag.com/asia/news/general/robots-will-replace-1-in-5-jobs/173056


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Dalai Lama

Fevereiro 08, 2022, 18:53:32, 18:53
Responder #26

Sapiens21

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Totalmente dentro deste tema, gostaria de chamar à atenção para um artigo bem recente publicado na Reuters e que dá destaque a uma mais do que certa perda massiva de postos de trabalho em Itália (+70.000 postos de trabalho, para ser concreto).

Na realidade já há muito tempo que é esperado que isto venha a acontecer, em virtude de um número muitíssimo inferior de peças nos VE, assim como uma cada vez maior automatização dos processos de fabrico, relegando o operário para tarefas que exigem claramente muito menos pessoal.

A razão está intimamente relacionados com o que aqui se tem discutido e que, quer se queira quer não, chegará também ao sector dos motociclos.

Verdade seja dita que com transições se criam também condições perfeitas para novos postos de trabalho  :nice: mas em Itália já se prevê um afectar do mercado de trabalho de uma forma muito expressiva.
Estima-se que pelo menos 63.000 trabalhadores poderão perder o seu trabalho até 2030.

Tenho pelo menos a forte esperança que muitos serão 'absorvidos' para tarefas de maior realização pessoal e de grande especialização.  :nice:

https://www.reuters.com/business/autos-transportation/electric-car-transition-puts-over-70000-jobs-risk-italy-unions-lobby-say-2022-02-03/
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Dalai Lama