Autor Tópico: Na prática, um motociclo bem assistido pode fazer +300.000kms?  (Lida 4887 vezes)

Setembro 01, 2017, 21:57:35, 21:57
Lida 4887 vezes

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Na prática, um motociclo bem assistido pode fazer +300.000kms?



 



Esta é claramente daquelas perguntas que leva logo a uma resposta do tipo "É óbvio que sim...".

Mas a questão tem uma certa manha embutida em si mesma...

Ou seja, nós sabemos que uma moto bem assistida teoricamente o pode fazer, mas será que a resposta é assim tão pacífica e imediata se trouxermos para a análise uma não sujeição a troca de peças que vão para lá do habitual...que vão para lá das normais de desgaste??

Resumindo ainda mais....será a generalidade das motos capaz de fazer +300.000kms sem precisar de nada mais senão aquilo que dita o fabricante nas manutenções??

O cerne da questão poderá assim residir na capacidade do motor, quadro e alguns componentes aguentarem a utilização dada e a quilometragem, sem precisar de nada que vá para lá do plano de manutenção...da substituições por desgaste.

Automóveis que o tenham feito...existem. E não são nada poucos!

E um motociclo? Apenas e só com manutenções normais haverá assim tantos capazes de o fazer?

Fica o tópico à disposição para opiniões ou mesmo relato de casos de que se tenha tomado conhecimento e relacionados com este tópico.  :nice:
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Setembro 01, 2017, 23:46:35, 23:46
Responder #1

TMXR

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Vais sempre precisar de baterias, motores de arranque, alternadores, rectificadores trocar discos e rolamentos etcetc  que quase nunca duram a vida do veiculo e quase nunca sao trocados nas revisoes  :ok:



A questao da kilometragem é so uma: é que as tantas o carro ou moto custa-te quase tanto em manutencao quando é o seu valor comercial.  :nice: Economicamente a troca por um novo ou mais jovem é a opcao racional.
Yamaha Tmax 500/530 * BMW C Evo/R1200GS/1250 GS/1200 GSA/1200 RT * KTM 1290 SAS *  Trimph Tiger 800 XRT / Street Triple RS * Ducati Multistrada 950S/1200S/1260S/Enduro *  Kawazaki Z900  * MV Agusta Turismo Veloce Lusso * Honda Crf300l

Setembro 02, 2017, 09:43:45, 09:43
Responder #2

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
A bateria não a colocaria no lote das restantes indicadas. As baterias são um caso à parte.  :)

Os discos não vejo porque não possam durar essa quilometragem e mais. Depende bastante do tipo de percursos e utilização dada.

Rolamentos e alternadores, já me parece diferente e esses sim podem acusar fadiga. Tanto há quem os troque (rolamentos) com 10.000kms como 10x ou 20x mais.  :nice:
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Setembro 04, 2017, 12:26:47, 12:26
Responder #3

dfelix

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Nunca cheguei aos 300k.
Mas fiz 220K numa triumph cujos componentes substituidos por fadiga foram o "bendix" do motor de arranque, um sensor de TPS e rolamentos das rodas e direcção.

Foi uma moto que levou todo o tipo de tratamento a que teve direito.
Desde viagens a trackdays. Escape, reprogramações. E fez mais terra que muitas GS que por aí andam.

Mas teve sempre a manutenção adequada e cuidadosa.
Uma rodagem rigorosa. Forquilha inspeccionada com regularidade. E nas duas substituições de distribuição pedi para fazerem descarbonização da cabeça e válvulas e medirem a ovalização dos cilindros.

Houve coisas que foram substituidas sem necessidade.
Como a bateria que achei que seria a razão porque preciava de mais voltas do motor de arranque para pegar quando depois o problema era do bendix.

Quando vendi a moto os discos estavam impecáveis.
(Prefiro substituir com mais regularidade pastilhas moles do que usar duras e comprometer a longevidade dos discos)

Substituir rolamentos só nas rodas. E porque a frente por vezes sofria quando a roda pousava no chão!
E "substituir" alternadores... bem... isso é algo meio exclusivo das Hondas.


Ahhh... teve de ser revista a cablagem uma vez junto á direcção. Pois com "o virar" da direcção, a longo prazo, os fios tendem a partir no interior.


Resumindo ainda mais....será a generalidade das motos capaz de fazer +300.000kms sem precisar de nada mais senão aquilo que dita o fabricante nas manutenções??

Relativamente a esta frase faço a ressalvada de que muitas das indicações do plano de manutenção indicam verificar... e substituir se necessário.
Muita gente não chega a manter as motos até à parte do "substituir" se necessário.
E até pouco tempo atrás, muitas motos voltavam ao mercado sem a quilometragem original, acabando por muitas vezes saltar procedimentos que é suposto!  :D


« Última modificação: Setembro 04, 2017, 12:33:38, 12:33 por dfelix »

Setembro 04, 2017, 22:45:25, 22:45
Responder #4

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Sim, a parte do "substituir se necessário" deve ser do que mais se negligencia...

E acredito plenamente que a manutenção preventiva pode ajudar a prolongar o correcto e fiável funcionamento de um motociclo.

Sem cair em exageros, existem coisas que podem e devem ser seguidas..mesmo quando nos dizem "isso ainda aguenta mais uns tempos".

Uma delas é por exemplo a troca do fluído dos travões e que não deixo passar a cada 2 anos sensivelmente. E depois com os filtros, lubrificante de motor, liquido de refrigeração...é igual.

Poderia arrastar no tempo algumas mudanças...sim podia. Mas prefiro não o fazer e +/- trocar quando recomendado. Sem seguir ali super à risca, ainda assim tenho vindo a manter o que tenho sem stresses...
E com os 4 rodas a "receita" tem sido semelhante.
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Dalai Lama

Setembro 05, 2017, 08:56:09, 08:56
Responder #5

dfelix

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Uma delas é por exemplo a troca do fluído dos travões e que não deixo passar a cada 2 anos sensivelmente. E depois com os filtros, lubrificante de motor, liquido de refrigeração...é igual.

Acho que a manutenção mais importante e que muita gente parece desprezar é a forquilha e rolamentos de direcção.
E com resultados praticos evidentes.
Melhor investimento que andar a trocar o lubrificante ainda ainda a metade da sua vida util só porque sim.


Setembro 05, 2017, 09:01:16, 09:01
Responder #6

Clemente Vicente

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Uma delas é por exemplo a troca do fluído dos travões e que não deixo passar a cada 2 anos sensivelmente. E depois com os filtros, lubrificante de motor, liquido de refrigeração...é igual.

Acho que a manutenção mais importante e que muita gente parece desprezar é a forquilha e rolamentos de direcção.
E com resultados praticos evidentes.
Melhor investimento que andar a trocar o lubrificante ainda ainda a metade da sua vida util só porque sim.

DFélix, esta parte aqui é que eu não estou suficientemente informado, forquilha e rolamentos de direção,

a quantos kms se muda ou é quando se deteta anomalias ?

Eu não tenho dúvidas porque é nesta zona que existe um grande impacto (leva porrada com fartura)

 :convivio:
« Última modificação: Setembro 05, 2017, 09:02:49, 09:02 por Clemente Vicente »
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Setembro 05, 2017, 09:22:16, 09:22
Responder #7

sapina

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Na Burgman que vendi com 90.000km o óleo da suspensão era mudado a cada 30.000km e a caixa de direção mudei aos 40.000km e aos 80.000km.

Setembro 05, 2017, 09:29:41, 09:29
Responder #8

dfelix

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DFélix, esta parte aqui é que eu não estou suficientemente informado, forquilha e rolamentos de direção, a quantos kms se muda ou é quando se deteta anomalias ?

Os rolamentos de direcção é daqueles items que aparece nos manuais com o "verificar e substituir se necessário".
A duração como é obvio depende da qualidade do material e do tipo de uso.

Quando levam porrada normalmente tendem a criar folga.
Mas já tive uma moto que comprei nova e nem com um ano de uso o rolamento estava podre pois acumulava água da chuva.
E um rolamento sujeito a uma vida "normal" a medio-longo prazo ganha o chamado "calo", que é um desgaste localizado quando o guiador está posicionado quase a direito.

A forma arcaica de detectar folgas é travares com o da frente e abanares para ver se sentes algum estalo ou folga na caixa de direcção. Tentar sentir coisas minuciosas.
Quando em andamento travas e sentes folgas ou estalos é porque aquilo já entregou a alma ao criador.


Quanto á forquilha é um pouco mais complicado.
Sempre foram componentes caros de produzir então os fabricantes têm arranjado formas de criar material eficiente por um baixo custo dependendo sobretudo na qualidade do oleo que lá metem dentro.
O problema é que estes fluidos quanto mais eficientes são normalmente também duram menos.
(Cheguei a ter uma enorme guerra com a yamaha há uns anos atrás, em que me foi indicado que a Kayaba sugeria manutenções a cada 10 mil para aquele modelo em específico. O que era absurdo!)
Outro problema é a nossa habituação á condução da moto.
A forquilha não perde eficiencia dum momento para o outro! Vai perdendo... e nós vamos nos habituando a isso achando que sempre foi assim! Só no dia que se faz a manutenção se sente a diferença!

Tento fazer fazer a cada 20 ou 24 mil (conforme os planos sao a cada 10 ou 12).
E normalmente aproveito que se vai desmontar para verificar direcção, travões e tudo o resto que seja necessário.

Setembro 05, 2017, 10:11:52, 10:11
Responder #9

Clemente Vicente

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Pois, não sei a quantos kms muda o óleo da suspensão das NC,

tenho que perguntar ao  meu  mecânico da Motorway .

Os rolamentos sei que vão ganhando folga com o desgaste


Obrigado DFélix,

  :convivio:



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Setembro 05, 2017, 10:17:44, 10:17
Responder #10

dfelix

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Esqueci-me de referir...
O "calo" no rolamento consuma ser fácil de detectar em motos com descanso central.
Com a roda no ar, sente-se que o guiador não oferece a mesma resistência á medida que se vai rodando.
O normal é parecer mais solto quando apontado para a frente... e "prender" um pouco a partir de certo ângulo.
 

Setembro 05, 2017, 10:21:15, 10:21
Responder #11

pedroareias

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Ora aqui está informação útil e de qualidade.

DFelix: em relação ao rápido ritmo de troca de moto (muitos companheiros trocam de 2 em 2 anos ou pouco mais) não te parece que são motivações estéticas e não mecânicas?

Riscos, mossas, tinta estalada [as NC são propensas a isso] e outros detalhes sem importância e facilmente corrigíveis?

Devemos manter o que temos enquanto for economicamente vantajoso. No dia em que compensar a troca, faz-se.

Os rolamentos, por enquanto, ainda são a parte mais barata da manutenção. Quando forem segmentos, caixa de velocidades, sedes das válvulas, etc, aí pode ser vantajoso trocar.

Uns ensaios ao óleo para detecção de partículas metálicas e o velhinho teste de compressão acabam por ser diagnósticos úteis para avaliar a sustentabilidade de uma moto.

Indicando desgaste acentuado, estará na altura de vender.



DFélix, esta parte aqui é que eu não estou suficientemente informado, forquilha e rolamentos de direção, a quantos kms se muda ou é quando se deteta anomalias ?

Os rolamentos de direcção é daqueles items que aparece nos manuais com o "verificar e substituir se necessário".
A duração como é obvio depende da qualidade do material e do tipo de uso.

Quando levam porrada normalmente tendem a criar folga.
Mas já tive uma moto que comprei nova e nem com um ano de uso o rolamento estava podre pois acumulava água da chuva.
E um rolamento sujeito a uma vida "normal" a medio-longo prazo ganha o chamado "calo", que é um desgaste localizado quando o guiador está posicionado quase a direito.

A forma arcaica de detectar folgas é travares com o da frente e abanares para ver se sentes algum estalo ou folga na caixa de direcção. Tentar sentir coisas minuciosas.
Quando em andamento travas e sentes folgas ou estalos é porque aquilo já entregou a alma ao criador.


Quanto á forquilha é um pouco mais complicado.
Sempre foram componentes caros de produzir então os fabricantes têm arranjado formas de criar material eficiente por um baixo custo dependendo sobretudo na qualidade do oleo que lá metem dentro.
O problema é que estes fluidos quanto mais eficientes são normalmente também duram menos.
(Cheguei a ter uma enorme guerra com a yamaha há uns anos atrás, em que me foi indicado que a Kayaba sugeria manutenções a cada 10 mil para aquele modelo em específico. O que era absurdo!)
Outro problema é a nossa habituação á condução da moto.
A forquilha não perde eficiencia dum momento para o outro! Vai perdendo... e nós vamos nos habituando a isso achando que sempre foi assim! Só no dia que se faz a manutenção se sente a diferença!

Tento fazer fazer a cada 20 ou 24 mil (conforme os planos sao a cada 10 ou 12).
E normalmente aproveito que se vai desmontar para verificar direcção, travões e tudo o resto que seja necessário.

Setembro 05, 2017, 10:24:33, 10:24
Responder #12

JMC

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Esqueci-me de referir...
O "calo" no rolamento consuma ser fácil de detectar em motos com descanso central.
Com a roda no ar, sente-se que o guiador não oferece a mesma resistência á medida que se vai rodando.
O normal é parecer mais solto quando apontado para a frente... e "prender" um pouco a partir de certo ângulo.


Boa dica. Obrigado. :ok:

Setembro 05, 2017, 12:01:58, 12:01
Responder #13

dfelix

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DFelix: em relação ao rápido ritmo de troca de moto (muitos companheiros trocam de 2 em 2 anos ou pouco mais) não te parece que são motivações estéticas e não mecânicas?

Isso das trocas é muito relativo.

Pode ser trocas por "evolução natural" enquanto motociclista.
É perfeitamente legitimo que há 2 anos atrás o gajo que se iniciou na PCX hoje queira uma NC e daqui a 2 ou 3 anos outra coisa qualquer.

Podem ser trocas por conforto e equipamento.
Hoje mais do que nunca previligia-se determinadas specs e gadget que muita malta da velha guarda considera inuteis.

Podem ser trocas como já referiu o TMAXER noutro post e achei curioso... que passa por querer experimentar coisas diferentes.

Houve um periodo em que a mecânica era razão muito forte. Basta retrocedermos aos anos dourados que as superdesportivas eram cobiçadas e novo modelo com meio cavalo e menos meio quilo já era argumento válido!

Há ainda outro caso estranho, em que a malta chega um ponto que sente necessidade de voltar a algo mais honesto...
Um pouco como descer uns degraus para voltar a sentir o prazer de os subir novamente.

O que escreves aplica-se a quem volta a comprar algo identico ao que tinha.
Não sei se isso é assim tão comum.
Talvez nesta perspectiva em que o motociclismo é encarado apenas pela mobilidade talvez seja.


Riscos, mossas, tinta estalada [as NC são propensas a isso] e outros detalhes sem importância e facilmente corrigíveis?

Acho que as motos hoje em dia são na sua generalidade mais bem construidas que no passado.
Olho para uma MT-07 hoje e vejo algo bastante decente ao nível de qualidade de construção e acabamentos considerando o preço do produto.
Claramente superior ao que era uma FZ6 há uma década atrás, que apesar das diferentes specs era o produto orientado o mesmo mercado e também pelo mesmo preço.
Tal como esta era um salto enorme para a antessora XJ.

Os rolamentos, por enquanto, ainda são a parte mais barata da manutenção. Quando forem segmentos, caixa de velocidades, sedes das válvulas, etc, aí pode ser vantajoso trocar.

Rolamentos se for os do motor implica desarmar o mesmo.
Logo, há aqui um valor pesado de mão-de-obra. Depois muita gente não tem noção quanto pode custar um kit completo de juntas!
Quando se entra por este caminho, mais vale recondicionar o motor todo.
É caro. E só justifica quando realmente se gosta da moto em questão.

Porém, acho que o motor é um componente sobrevalorizado nestas conversas de forums.
Desde que tenha a manutenção adequada e não se ande a inventar com materias piratas eles aguentam perfeitamente.

Muito provavelmente tudo o que está em volta, desde os plásticos, suspensões, borrachas ás cablagens vão se desintegrar antes do motor dar problemas.


Indicando desgaste acentuado, estará na altura de vender.

Sim. Oferecem-te tuta e meia por ela numa eventual troca.
Depois aparece nos classificados à venda recondicionada e misteriosamente com menos quilómetros.  ;)


Setembro 05, 2017, 16:30:46, 16:30
Responder #14

pedroareias

  • Visitante
Sim. Oferecem-te tuta e meia por ela numa eventual troca.
Depois aparece nos classificados à venda recondicionada e misteriosamente com menos quilómetros.  ;)

Sei que a maioria dos concessionários não recondicionam. Oferecem a garantia obrigatória que é na prática um seguro.
Recondicionar é financeiramente irracional.

Lavam e tiram umas fotos. That's it.

Setembro 05, 2017, 17:21:19, 17:21
Responder #15

dfelix

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Sei que a maioria dos concessionários não recondicionam. Oferecem a garantia obrigatória que é na prática um seguro.
Recondicionar é financeiramente irracional.

Os oficiais não estão para isso.
Se for um charuto sem valor comercial normalmente nem aceitam para retoma.
E quando o fazem é para não perder o negócio. Em troca duma ninharia!
Nesses casos é muito provável que apareça á venda no olx através dum particular.

Mas tens imensas casas pequenas que o fazem...
Compram salvados e motos baratas nos classificados. Metem aquilo a funcionar e colocam á venda.
Há uns anos atrás despachei os restos mortais duma Bandit 400 no olx... que segundo o site da ASF anda por aí a funcionar!

O mercado de motos velhas usadas é um excelente exemplo de reciclagem!!!!  :D


Setembro 07, 2017, 12:16:38, 12:16
Responder #16

pedroareias

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A Harley, uma marca vítima de vários comentários jocosos, parece que afinal é durável:

http://motodiana.pt/produto/harley-davidson-electra-glide-2010/

Setembro 07, 2017, 13:04:19, 13:04
Responder #17

TMXR

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Toma lá Isaac... para te entreteres durante a tarde....





No final trocas a foto da TdM por uma da Varadero  :D
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Setembro 07, 2017, 19:38:19, 19:38
Responder #18

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 :nice: :nice:

Já conhecia o feito dessa máquina em particular. Uma quilometragem apreciável, de facto.

A mesma pessoa que fez todos esses kms na sua Varadero...depois virou-se para uma Africa Twin.



Decidiu dar o devido descanso à sua Varadero 1000... Ou então não, quem sabe se não anda por aí a acumular kms.  :D
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Dalai Lama

Novembro 28, 2021, 20:49:38, 20:49
Responder #19

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Se bem assistido, um motociclo pelos vistos até pode fazer bem mais que a quilometragem indicada no título do tópico.
Não direi todos os motociclos, mas a maioria pode fazer muitos...

Aqui um caso curioso, em que o dono, a caminho da respeitável idade de 80 anos, faz por ano perto de 100.000 milhas.

Ultrapassou agora há um par de meses atrás as 650.000 milhas. É bem mais de 1 milhão de kms...



Impressionante, no mínimo.
Claro que os cuidados e a manutenção têm de estar sempre spot on, mas não deixa de impressionar.

O maior respeito por este senhor, que se chama Phil Steiner. :tirarchapeu:

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Novembro 29, 2021, 07:24:38, 07:24
Responder #20

mneves

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Em lisboa andam duas xcity 250 com mais de 200.000km,o totalizador parou aos 99.000,mas tem tudo registado
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Novembro 29, 2021, 12:50:07, 12:50
Responder #21

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O tijolo que o Ernesto Brochado tinha (K75) já levava 500 e tal mil quilómetros.
Agora anda de NC e adora. É fã de motos descomplicadas.

« Última modificação: Novembro 29, 2021, 12:51:51, 12:51 por VCS »

Novembro 29, 2021, 13:45:30, 13:45
Responder #22

dfelix

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Numa moto com as características da Gold Wing, nomeadamente o tipo de utilização expectável e tendo em conta o público alvo das mesmas ... parece legitimo.

Ainda por mais a circular num país onde as deslocações facilmente escalam a milhares de quilómetros.

A internet abunda de casos a representar uma longevidade interessante.
O que ficamos sempre sem saber, é o que isso possa ter envolvido pelo meio ao nível de substituições de peças que por muito moderada que seja a utilização... estão sempre sujeitas a desgaste.

Até porque esse é na minha opinião o aspecto que pode levar muita gente a trocar de veículo.