Autor Tópico: Triumph: a diversificação é o canto do Cisne?  (Lida 6198 vezes)

Setembro 13, 2017, 20:28:44, 20:28
Lida 6198 vezes

pedroareias

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Todos adoramos as clássicas T120 e as menos clássicas Speed e Street, mas será realista uma pequena empresa sobreviver num mundo altamente competitivo e agressivo onde os gigantes (BMW, Honda, ...) dominam?

Primeiro a proliferação de acessórios e agora uma cafetaria, museu, loja... estão a perder o rumo?
http://www.visordown.com/motorcycle-news-general-news/triumph-open-new-factory-visitor-centre-next-month-mystery-new-model

Creio que, tal como na F1, os pequenos (Williams e agora a McLaren) vão acabar por ser esmagados.

Que vos parece?

Setembro 13, 2017, 21:54:20, 21:54
Responder #1

dfelix

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"Emotion is not an aberrant element when making buying decisions but a necessary condition if decisions are not to be continually postponed. The emotional is so paired with making trade in decision-making that it is impossible to identify situations where deliberated decisions do not have an emotional dimension. This is true even in the hard sciences."
 
The Marketing Power of Emotion - the Scope of Emotion in Marketing. Oxford University Press.

O sucesso da Harley, Ducati e Triumph baseia-se nisto.
O sucesso da GS também.

Setembro 13, 2017, 22:49:05, 22:49
Responder #2

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
O sucesso, para além de alguma associação à emotividade transmitida, tem de ter alicerçada uma correspondente componente de vendas que o justifiquem...

Aliás, o sucesso tem de mostrar também - e na minha opinião para este caso como indissociável - bons resultados (número de vendas p.ex.) e uma aceitação generalizada que sustenta essa prestação comercial.

Desconheço as vendas da Triumph a nível global, acreditando que haja uma "mão cheia" de marcas que conseguiram construir em seu redor muito maior "sucesso", ainda que algumas careçam porventura de tanta emotividade.

Este tópico aqui criado dá que pensar na definição de sucesso...abordando uma qualquer marca de motociclos.
A emotividade daquilo que se compra é relevante (não discuto), mas não torna por si mesma uma marca num sucesso, se a isso não corresponderem boas vendas a nível global.
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Setembro 14, 2017, 02:27:40, 02:27
Responder #3

dfelix

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A generalidade das marcas vendem motos.
Soluções de mobilidade que de forma mais ou menos emotiva nos transportam de um lado para outro.

No entanto, algumas marcas vendem-nos um estilo de vida.
Produtos que até podem nem ser os mais competentes na vertente da mobilidade mas são detentores de um carisma que lhes confere valor acrescido.

É o "power of emotion" que leva milhares de pessoas pelo mundo a acampar em frente ás lojas da Apple dias antes do lançamento de cada novo iPhone para serem os primeiros a comprar.
Quando no mercado não faltam alternativas melhores e mais baratas.

Não faltará melhores scooters, mas nenhuma terá o carisma duma Vespa.
Não faltará melhores desportivas, mas nenhuma terá o carisma das produzidas pela Ducati.
Não faltará melhores cruisers, mas nenhuma terá o carisma das produzidas pela  Harley.

E onde é que encaixa a Triumph nisto?
Não só se trata de uma das mais antigas marcas de motos como esteve no epicentro de vários movimentos e contraculturas que moldaram a história do motociclismo.

No presente quase todas as marcas têm a sua proposta para o segmento das neoclássicas.
Algo quem a Triumph foi pioneira. E é referência.
E onde tanto ou mais que a venda das motos... vende-se "lifestyle".

Conseguem ainda conciliar isto com um catálogo bastante atractivo e propostas válidas para praticamente todos os segmentos de mercado.


Uma marca sem futuro?
Não esquecer que há poucas semanas atrás foi anunciada uma parceria com a Bajaj com o objectivo de atacar as baixas cilindradas (como a ktm, bmw, e outras têm feito)
E que a partir de 2019 substitui a "gigante" Honda enquanto fornecedor de motores para a categoria de moto2 no MotoGP!

Nada mau para um pequeno construtor condenado a ser esmagado pelos grandes! :)
« Última modificação: Setembro 14, 2017, 08:28:31, 08:28 por dfelix »

Setembro 14, 2017, 11:14:58, 11:14
Responder #4

pedroareias

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Pois, espero que não, mas o que se tem visto em todo o lado são as merges and acquisitions ou as falências.
 
A Ducati também está à venda, penso. A MV-Agusta já esteve tremida, etc...


Setembro 14, 2017, 11:22:54, 11:22
Responder #5

TMXR

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A venda de um produto é diferente conforme o segmentação do consumidor que o vai adquirir: faixas etarias, classe social, etc etc





Há segmentos que compram o produto pelo que que ele é e pelo que faz, geralmente os de menor rendimento que procuram principalmente o melhor preço e um produto que supra a necessidade para o qual é comprado e que de o mínimo de garantias de fiabilidade...


Depois hã os seguintes que já não se importam de pagar por um pouco mais de qualidade, optando por comprar produtos que tenham reconhecidamente mais garantias tanto de preço como de qualidade...


Um pouco mais ao lado, há aqueles que ao comprar procuram também um bom produto, mas que tenha o chamado valor "não tangível": status, exclusividade, exotismo, etc etc etc....


O problema é que qualquer um consegue vender os 1ºs produtos, é so abrir uma fabrica de motoretas, comprar 1 ou 2 que se vendam bem, desmontar aquilo tudo, copiar, e começar a vender, vendendo mais barato do que a concorrência.

Para fazer as 2 ja nao é facil, pois é preciso muita qualidade de construção, engenharia, rede de venda e assistência, etc etc




Fazer a 3ª é a difícil... está-se a vender talvez ao cliente "entusiasta" que tem mais conhecimento daquilo que esta a comprar e que como tem poder de compra ja exige um trato mais atento. É preciso o "heritage" e é preciso a linha de produtos complementares pois quando o cliente entra na loja nao tem apenas o interesse (e o poder) de comprar um simples produto, mas de comprar

Só deve haver para aí umas 5-6 marcas, que na minha opiniao tem essa capacidade "mística": Ducati, BMW, HD, Triumph.... KTM e Vespa (estas 2 com menos do que as outras 4)


Pode haver outras marcas também com os pergaminhos, mas ou não tem a gama que tem a capacidade de o converter em $$$ ou então são empresas de muito baixo volume.



« Última modificação: Setembro 14, 2017, 12:14:41, 12:14 por TMaxer »
Yamaha Tmax 500/530 * BMW C Evo/R1200GS/1250 GS/1200 GSA/1200 RT * KTM 1290 SAS *  Trimph Tiger 800 XRT / Street Triple RS * Ducati Multistrada 950S/1200S/1260S/Enduro *  Kawazaki Z900  * MV Agusta Turismo Veloce Lusso * Honda Crf300l

Setembro 14, 2017, 16:10:52, 16:10
Responder #6

Tiago Parracho

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Eu vejo essa notícia como uma jogada muito inteligente por parte da Triumph, que como já disseram, é uma das marcas ainda em comercialização com maior história no mundo do motociclismo e que terá certamente um grupo de fãs significativamente volumoso que justifique este museu/café/loja que irão abrir na fábrica.

Aliás, eu diria até que não se cingiram apenas aos fãs da marca, mas até mesmo a turistas fãs de motociclismo em geral que gostarão de lá fazer uma visita.

Isto não será uma fonte de receita significativa para a marca e não será certamente esta diversificação que salvará a marca se a mesma estiver em dificuldades financeiras. Mas pode sim ajudar e muito a incutir a tal "emoção" pelo estilo de vida associado a variados modelos da marca, sobretudo os modelos vintage, e assim conseguir angariar mais uns quantos fãs.

Eu por exemplo, é uma das marcas de que mais gostava de ter uns quantos modelos, mas reconheço que para a minha carteira e estilo de vida atual, estão um pouco fora do meu alcance.  :napodeser:

Setembro 14, 2017, 21:11:09, 21:11
Responder #7

dfelix

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Nem de propósito...
A cyclenews publicou ontem um artigo sobre o crescimento, modelo de negócio, investimento e uma visita às fabricas da Tailândia.

http://www.cyclenews.com/2017/09/article/triumph-thailand-factory-visit/

Enviado do meu LG-D855 através de Tapatalk


Setembro 14, 2017, 21:38:03, 21:38
Responder #8

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Cerca de 80% da produção da Triumph é feita em fábricas Tailandesas??  :???:

Sabia que tinham fábricas em solo asiático, mas desconhecia que fosse uma produção tão esmagadora comparativamente àquilo que é produzido em solo Britânico.

Já não há marcas que escapem... :toma:

Claro que o controlo de qualidade será apertado, mas por este andar a Europa vê-se despojada de mão-de-obra....
E isto pode ser tudo menos uma piada.  :-X
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Dalai Lama

Setembro 14, 2017, 21:54:01, 21:54
Responder #9

pedroareias

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DFelix: eu sabia isso, a MCN mostrou números positivos para a Triumph no início de 2017.

Mas os grandes grupos fabricam outros produtos, são conglomerados Industriais.

A Honda e a BMW podem aguentar as crises.

Mesmo a Harley passou muito maus bocados.

Nem de propósito...
A cyclenews publicou ontem um artigo sobre o crescimento, modelo de negócio, investimento e uma visita às fabricas da Tailândia.

http://www.cyclenews.com/2017/09/article/triumph-thailand-factory-visit/

Enviado do meu LG-D855 através de Tapatalk

Setembro 15, 2017, 13:59:28, 13:59
Responder #10

dfelix

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Sabia que tinham fábricas em solo asiático, mas desconhecia que fosse uma produção tão esmagadora comparativamente àquilo que é produzido em solo Britânico.

A Triumph abriu a primeira fábrica na Tailandia em 2006 para dar resposta á produção das 675 Daytona e Street.
A Speed que comprei nesse ano ainda foi construida em Hinkley.
Nos anos seguintes também... mas recorrendo a peças fabricadas na Tailandia.
As motos não baixaram de preço. Mas a qualidade do produto subiu considerávelmente.

Hoje em dia practicamente tudo é construido lá. E nunca a qualidade dos produtos da marca foi tão boa.

Claro que o controlo de qualidade será apertado, mas por este andar a Europa vê-se despojada de mão-de-obra....

Perde-se nuns lados e ganha-se em outros.
Se por um lado há menos mão-de-obra na industria, aumentou o número de outros profissionais associados ao desenvolvimento do produto, marketing, branding, R&D, etc.

A Honda e a BMW podem aguentar as crises.

Curiosamente, foi nesta última década em que atravessou uma grande crise mundial que a generalidade dos construtores europeus se afirmaram no mercado!
E sem grandes estratégias. Simplesmente continuaram a fazer o mesmo que já faziam.

São curiosos os teus exemplos.

A Honda tem o estatuto de maior construtor de motociclos do mundo.
Porém, alterou radicalmente a estratégia e passou a atacar os mercados de baixo custo introduzindo toda uma série de produtos de baixa cilindrada.

E BMW está num momento bastante saudável.
Mas graças sobretudo a único produto que provou ser bastante rentável.


Setembro 15, 2017, 14:31:28, 14:31
Responder #11

pedroareias

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DFelix:

Obviamente adoro as Triumph. Também gosto das Harley (muito), das Ducati, etc...

Mas repara que nunca competem. Contra os monstros S1000RR, S1000XR não têm nada que se veja.

A Triumph tem uma excelente Tiger Explorer mas não se vê. A T120 é brilhante mas os números...

É impossível competir directamente com monstros Industriais.

Setembro 15, 2017, 16:21:23, 16:21
Responder #12

dfelix

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Mas repara que nunca competem.

É suposto competir em quê? Unidades vendidas? Rentabilidade?

Contra os monstros S1000RR, S1000XR não têm nada que se veja.

A Triumph não está no segmento das superdesportivas de alta cilindrada.
Abandonou essa linha de produtos no final da década de 90.
Não era sustentável continuar a apostar num segmento de mercado que atravessava um periodo extremamente competitivo e cujas vendas eram influenciadas pelos programas desportivos.

Onde andava esse "monstro industrial" da BMW nesta altura?
Não andava! Era uma marca de segunda linha que (sobre)vivia comercializando tourers overpriced a uma clientela diferenciada que procurava produtos distintos da clientela das japonesas.

Porém, há 11 anos atrás a Triumph introduziu a Daytona 675.
E esta tornou-se uma referência no segmento das superdesportivas de média cilindrada.
Tal como definiu tendencias que foram adoptadas por outros construtores europeus e japoneses.

Onde andava esse "monstro industrial" da BMW nesta altura?
Não andava. Era uma marca de segunda linha a tentar chegar a um maior número de clientes através das F800.

A BMW há muitos anos que tem motos de carácter desportivo. Tal como a minha R1200S e respectivas antecessoras.
Mas numa abordagem estradista. Não eram "race replicas"!
Isto só surge com a S1000RR há apenas... 8 anos atrás!

Numa fase em que os "grandes" e financeiramente robustos construtores japoneses decidem por contenção de custos (irónico, não?) congelar o desenvolvimento destes produtos e abandonar oficialmente a competição, a BMW cheia de dinheiro devido ao fenómeno GS decide investir.
Torrou milhões no desenvolvimento de um produto que prometia ser dominante nas WSBK.
Porém, do ponto de vista desportivo acabou por ser humilhada pela "pequena" Aprilia e pela Kawasaki que também soube aproveitar a ausencia dos concorrentes.

A S1000RR é uma boa moto. E uma vencedora nos comparativos de revistas.
Mas não é produto directamente rentável para a marca.

Não sei qual o futuro da Triumph no que diz respeito a superdesportivas.
Porém, o facto de substituirem a Honda como fornecedor de motores para a classe de MotoGP certamente levará ao aparecimento de uma eventual Daytona 765.

A Triumph tem uma excelente Tiger Explorer mas não se vê. A T120 é brilhante mas os números...

À semelhança do que muitas outras marcas fizeram, a Tiger Explorer é adaptação de um produto já existente para o mercado da GS.
Sem aspirações de ser a vencedora de comparativos, a Triumph consegue oferecer sem grande esforço um bom produto, barato de produzir e retirar daí enorme rentabilidade.

O mesmo não se pode dizer das Tiger 800.
Esses sim, pensadas de raiz para serem bastante competentes enquanto solução de compromisso.
Se não estou em erro, é actualmente a seguir ás neoclássicas o produto mais vendido da marca.

A T120 é brilhante mas os números...

A neoclássicas Triumph são raínhas do seu segmento.
Neste segmento é a bmw que com a nineT anda atrás das migalhas.


Setembro 15, 2017, 16:37:56, 16:37
Responder #13

twin-pt

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A T120 é brilhante mas os números...

A neoclássicas Triumph são raínhas do seu segmento.
Neste segmento é a bmw que com a nineT anda atrás das migalhas.

As duas são lindíssimas e gostava de ter qualquer uma delas na minha garagem. Posso dizer que seriam as únicas naked que me veria a comprar um dia!
:love0001:
« Última modificação: Setembro 15, 2017, 16:52:55, 16:52 por twin-pt »
João Mestre / twin-pt
Espirito Scootard, uma maneira de estar e viver as duas rodas.
X-ADV 750 (RC95):
PCX125 -- X-MAX 125 ABS (link consumos)

Setembro 15, 2017, 16:49:53, 16:49
Responder #14

Tiago Parracho

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Resta ainda dizer que a Triumph, tal como a BMW e Ducati, são marcas premium (estas sim são premium. Marcas como Honda, Yamaha, Kawasaki, Suzuki não são premium. Também não são low-cost como Sym, Hyosung, Kymco, etc.).

Por norma, as marcas premium não têm modelos nos primeiros lugares dos tops de vendas, daí que a GS seja um case study tão interessante.

Marcas premium, por norma apostam mais em nichos e não em mercado massificado como as marcas intermédias e low cost. E quando apostam nesses nichos, fazem-no com muita competência (pelo menos assim o esperam) e com produtos com elevada rentabilidade (tirando alguns casos, que servem para show off, como é o caso das desportivas da BMW).

Atualmente existe de uma forma transversal uma moda de revivalismo, e produtos vintage (ou produtos a imitar os produtos clássicos, embora já incorporem muita tecnologia moderna) têm um conjunto de compradores que justifica a aposta nesses segmentos de nicho. A Triumph foi das construtoras de motociclos que melhor aproveitou este nicho das neoclassicas.

A BMW por seu lado, foi das que melhor aproveitou a moda das trail.

A questão é que o nicho das trail é em termos de dimensão, muito superior ao nicho das neoclassicas, daí que se pense que a BMW é uma marca de produto para massas, mas na realidade, não o considero assim.

Setembro 15, 2017, 18:11:37, 18:11
Responder #15

dfelix

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Marcas premium, por norma apostam mais em nichos e não em mercado massificado como as marcas intermédias e low cost.

O que escreves não é errado.
Porém, acho que esse conceito se aplica mais aos produtos do que propriamente ás marcas.
Embora o peso da marca influencie o produto.

Depois há o facto de cada marca tem traçado o seu próprio caminho.
Adoptaram a estratégia que lhe pareceu mais conveniente nos momentos que consideraram mais adequados.. o que pode confundir as coisas.


Vejamos exemplos:

A Ducati sempre foi premium. Falida já o era!
Sempre produziu produtos dignos dessa designação.
Construiu uma imagem baseada num design distinto, em soluções técnicas que lhe ficaram associadas, no sucesso desportivo e na paixão.
Mesmo as linhas de produtos mais "acessíveis" são comercializadas a preços acima da concorrência.
Nos últimos anos abraçaram novos segmentos de mercado, mas sem fugir a um modelo de negócio que é a receita do seu sucesso.


A BMW é uma marca... bipolar!
Na ressaca da invasão japonesa no mercado das motos, a bmw sobreviveu produzindo motos mediocres que apenas eram adquiridas por um nicho restrito de clientes.
Tentou por várias vezes destacar-se pela inovação e introdução de tecnologia. No entanto nunca conseguiu competir directamente com ninguém. Pois o resultado eram motos caras, de estética duvidosa e pouco atractivas no mercado.
O crescimento da BMW surge quando perceberam que eram eles que tinham de se adaptar ao mercado e não o mercado a eles. Que só depois de ter o cliente na mão é que é possivel fidelizar.
Isto só começa a acontecer quando surgem as F650 mas sobretudo as F800. Reforçou com as K1200.
No entanto, foi o fenómeno GS que catapultou a marca.
A BMW é uma marca que até pode ter o estatuto de premium... Mas concilia produtos premium (linha R e as novas K) com produtos perfeitamente standard (F e S) e abraçou também o low-cost (G) através da parceria com a TVS.


A Triumph traçou também o seu próprio percurso.
Renasce da falência através dum construtor civil que viu ali uma excelente oportunidade de negócio.
Numa primeira fase tentou garantir sustentabilidade trazendo de volta ao mercado os produtos que outrora produzira e saudades deixaram.
Ao mesmo tempo que investiu numa fórmula de produzir várias motos recorrendo aos mesmos componentes.
Muitas delas inspiradas no que os japoneses produziam. E é com esta abordagem de baixo custo que surge o triple (que era precisamente o L4 1200cc com menos 1 cilindro!)
O destino da Triumph mudou há 15 anos atrás quando a fábrica ardeu!
Pois foi após isto que começou o verdadeiro caminho para aquilo é que é hoje.
Á semelhança da BMW conciliam produtos premium (neoclássicas, Speed e cruisers) com produtos standard (Tigers, street, daytonas ) e em breve o low-cost já que assinaram um acordo com a Bajbaj para produzirem baixas cilindradas.


« Última modificação: Setembro 15, 2017, 18:21:42, 18:21 por dfelix »

Setembro 16, 2017, 00:10:49, 00:10
Responder #16

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(....)Á semelhança da BMW conciliam produtos premium (neoclássicas, Speed e cruisers) com produtos standard (Tigers, street, daytonas ) e em breve o low-cost já que assinaram um acordo com a Bajbaj para produzirem baixas cilindradas.

A que "baixas cilindradas" te referes??  :)

Daquilo que me recordo do acordo com a indiana Bajaj, a Triumph não irá avançar para as mais baixas cilindradas.
E aqui é importante recuperar a indicação oficial da mesma e que é relativamente recente:

"(....)The objective of this non-equity partnership is to deliver a range of outstanding mid–capacity motorcycles benefiting from the collective strengths of both companies.(....)"

http://m.triumphmotorcycles.co.uk/news-and-events/news/global/2017/august/triumph-bajaj-new-partnership?sc_device=mobile

« Última modificação: Setembro 16, 2017, 00:18:00, 00:18 por Sapiens21 »
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Setembro 16, 2017, 12:41:00, 12:41
Responder #17

dfelix

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A que "baixas cilindradas" te referes??  :)

Não faço ideia do que esteja no forno!

Há uns 5-6 anos atrás surgiram rumores que a Triumph estaria a trabalhar numa linha produtos de "baixa cilindrada".
Várias revistas chegaram a colocar photoshops do que seria uma "Street 125".
Falou-se em 125, 250, 300...

No presente soube-se que realmente esse projecto existiu.
E que foi abandonado por motivos óbvios de risco e custo de investimento.

Este acordo de pareceria  (e não fusão ou comparticipação como aconteceu com a KTM) volta a acordar o tema.
A Triumph beneficiará da experiência da Bajaj na produção de "baixas cilindradas" sem ter de investir milhões a desenvolver produto e a Bajaj beneficia do peso da marca Triumph para se diferenciar de muitas outras marcas concorrentes.


Setembro 16, 2017, 13:30:06, 13:30
Responder #18

pedroareias

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Malta: e que tal se fossemos todos amanhã à Casa do Preto? Perdem tempo aqui a discutir o sexo dos anjos quando é mais saudável convivermos. Dfelix ofereço um café. Vemos uns clássicos, conversamos, que vos parece?

Setembro 16, 2017, 15:06:44, 15:06
Responder #19

dfelix

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Qual é afinal a sugestão?
Horas?

(Trabalho durante a manhã e tinha já planos meio apalavrados para o resto da tarde que depende também da meteorologia)

Setembro 16, 2017, 15:26:22, 15:26
Responder #20

pedroareias

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Cf. outro fórum temático quasi-homónimo. 9h45m no local na falta de melhor informação.

Setembro 16, 2017, 21:34:41, 21:34
Responder #21

dfelix

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Demasiado cedo para mim.
Só estou despachado dos meus afazeres ás 11h e demoraria uns 40-50 minutos até ao local.
Mas não deixes morrer a ideia. Fica para outro dia.  :nice:

Dezembro 18, 2017, 12:59:57, 12:59
Responder #22

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Lembrei-me deste tópico quando vi esta notícia.... :)


"Against a falling market, Triumph has managed to grow
Triumph profits up"


https://www.motorcycle-magazine.com/
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Dezembro 18, 2017, 13:49:46, 13:49
Responder #23

dfelix

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Adoptarem a técnica da Ducati em lançar modelos orientados a um nicho que esgota rápido provou ser bastante bem sucedida nos últimos anos.

A entrega das Thruxton e posteriormente a Bobber chegaram a criar longas listas de espera.
E a bolha foi tão forte que tiveram de alterar as prioridades nas linhas de montagem e enviar motos de avião para satisfazer a procura.

Entretanto não lançaram mais nenhum produto que se enquadre nesta estratégia.
Mas outros mainstream como as Tiger parecem despertar a atenção geral. Até aqui no cpmoto onde a Triumph provoca enorme cepticismo se fala delas.

Tendo em conta o 765 passar a ser eleição nas Moto2 e ser inevitável o aparecimento de gamas de baixa cilindrada produzidas na India... a tendência para a facturação subir é ainda maior.

Dezembro 18, 2017, 18:50:10, 18:50
Responder #24

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Citação de: dfelix link=topic=2546.msg36971#msg36971604986
Até aqui no cpmoto onde a Triumph provoca enorme cepticismo se fala delas.
(....)

O "até" é que não entendi. :)
O fórum acaba por não ser tão diferente assim de outros que falem de variadas marcas e até acho que o cepticismo (no caso de Portugal) advém mais da pouca existência de modelos a rolar do que outra coisa.

Houvesse uma maior rede de concessionários e unidades na estrada e de certeza que algumas ideias acabariam por "cair por terra".

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Dalai Lama

Dezembro 18, 2017, 20:40:32, 20:40
Responder #25

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Parece-me que diversificar através de vários modelos que tenham o máximo de componentes comuns, mas "envelopes" diferentes é uma receita que tem provado bem. A própria Triumph renasceu assim nos anos 90, conforme já explicado atrás.

O que penso que é novo na última década, década e meia, é o boom de vendas em linhas de acessórios (gadgets, roupa, capacetes, malas, componentes especiais, etc), que as marcas hoje têm. A Harley já fazia isso, de alguma forma, mas hoje o fenómeno estendeu-se muito às BMW, Ducati, Triumph, Guzzi...). Parecem peanuts, mas não são. Acrescentam uma rentabilidade enorme ao negócio. As margens são gigantes nos acessórios, e por sua vez estes ajudam a reforçar a sensação de "pertença", agarrando ainda mais os clientes... é um ciclo.  ;D 

Suspeito que, em certos negócios, uma marca como a BMW pode ganhar bastante mais (em margem, gross ou  net) em acessórios/periféricos da moto, capacetes, blusão, luvas e botas, do que na própria moto em si.   

   

Dezembro 18, 2017, 23:58:45, 23:58
Responder #26

dfelix

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Houvesse uma maior rede de concessionários e unidades na estrada e de certeza que algumas ideias acabariam por "cair por terra".

Certamente sim...
Actualmente só tem apenas dois, como a Ducati.
Em tempos chegou a ter 3 como a Harleys... essa sim, o pináculo da qualidade aqui cpmoto!
 :D

Suspeito que, em certos negócios, uma marca como a BMW pode ganhar bastante mais (em margem, gross ou  net) em acessórios/periféricos da moto, capacetes, blusão, luvas e botas, do que na própria moto em si.   

A BMW está em todas as frentes!
E ainda beneficia de ter o seu próprio banco... o que lhe permite além de tudo o resto ainda lucrar com os juros das próprias vendas a crédito.

 :)

Dezembro 19, 2017, 00:22:43, 00:22
Responder #27

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
(....)
Em tempos chegou a ter 3 como a Harleys... essa sim, o pináculo da qualidade aqui cpmoto!
 


Por acaso a H-D a mim não me diz grande coisa...nem nunca o fez.  :)
E como não me tomo como entendido o bastante para qualificar a qualidade face à concorrência (excepto no que é evidente), também sou dos que olha para uma H-D para apreciar mais o geral do que o pormenor.

A minha parte Scrooge McDuck (todos a temos!), muito provavelmente....e mais rapidamente me faria lançar o olhar para uma imitação Japonesa ou Europeia.  :D
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Dezembro 19, 2017, 00:26:38, 00:26
Responder #28

pedroareias

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A seguir às NC750X, às CB500, às Benelli não-sei-quê, vem o "Harley bashing".

A descrição da magnífica Speed Triple 2016 que vi em Torres Vedras não chega, vamos erguer aqui um altar para veneração.


Dezembro 19, 2017, 00:39:56, 00:39
Responder #29

Sapiens21

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 :D :D :nice: :nice:

Tem de haver sempre alguma "coisita" para se apimentar o tema de conversa (dentro das motos, atenção!).


Já o disse há tempos. Não me vejo alguma vez como comprador de uma Harley, mas isto não significa que não reconheça ter alguns (poucos) modelos que me atraem bastante.

Adoro a forma como as Harley-Davidson ganham tanto ódio entre a vizinhança...

É algo que fazem como muito poucas.  :D



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Dezembro 19, 2017, 00:50:10, 00:50
Responder #30

Luis Salgueiro

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Janeiro 24, 2018, 22:32:19, 22:32
Responder #31

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Seria este tópico uma real premonição do que viria a acontecer...falhando somente no "pequeno detalhe" do tipo de actividade da "Triumph"?

http://www.tvi24.iol.pt/economia/empresa/tribunal-decreta-insolvencia-da-antiga-triumph
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Janeiro 25, 2018, 11:09:15, 11:09
Responder #32

JViegas

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Seria este tópico uma real premonição do que viria a acontecer...falhando somente no "pequeno detalhe" do tipo de actividade da "Triumph"?

http://www.tvi24.iol.pt/economia/empresa/tribunal-decreta-insolvencia-da-antiga-triumph

Passo por ali todos os dias no regresso a casa.

Um amontoado de oleados, com cadeiras lá dentro e uma fogueira acesa. Os rostos de quem não recebe à meses, esperando o inevitável e assegurar que não "desaparece" nada do que está dentro da fábrica.

Algo que me pesa no coração. Noites frias que por ali passei, a caminho do conforto de minha casa, e ver algumas dezenas de trabalhadores à volta daquela fogueira ou nos dias de chuva, onde a humidade entraria certamente por todo o lado.

Fica agora as indeminizações por via do fundo de garantia salarial (que não paga o que verdadeiramente seria de esperar) ou um fundo de desemprego e a necessidade de procurar trabalho que para alguns será um desafio atendendo à idade.

Lamentavelmente há muito pouco tempo a minha mulher passou por isso tudo e posso imaginar a aflição nas contas para pagar, nos miúdos para criar e por a estudar e ainda na necessidade de ser útil ou desenvolver uma atividade.

Espero que tudo se resolva com todos os trabalhadores.

Desculpem o offtopic.

« Última modificação: Janeiro 25, 2018, 13:35:35, 13:35 por JViegas »

Janeiro 25, 2018, 12:39:19, 12:39
Responder #33

TMXR

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Deve ser um grande sufoco, ate porque a quase totalidade daquele pessoal ja esta na 2ª idade e vai ter dificuldades em ingressar no mercado de trabalho com sucesso pois onde devem precisar de costureiras agora deve ser no Bangladesh ou na China que é de onde vem a roupa que compramos.


Sao os rostos que sao sacrificados com o "low cost", com os shopping que nos vendem roupa que lhes custou 1€ ou 2€ por 15 ou 20  :toma:



O mais dramático disto tudo, é que uns 20 kilometros mais para Sul, dirigentes sindicais parecem estar a fazer todos os esforços para que mais sofrimento venha para uma populacao cuja a sua regiao que ja foi uma das mais pobres perca um dos maiores exportadores Portugueses  :pcbloqueado: :pcbloqueado:
Yamaha Tmax 500/530 * BMW C Evo/R1200GS/1250 GS/1200 GSA/1200 RT * KTM 1290 SAS *  Trimph Tiger 800 XRT / Street Triple RS * Ducati Multistrada 950S/1200S/1260S/Enduro *  Kawazaki Z900  * MV Agusta Turismo Veloce Lusso * Honda Crf300l

Janeiro 25, 2018, 13:37:05, 13:37
Responder #34

JViegas

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E os fabricantes já vieram dizer que existem umas fabricas lá para os lados da Turquia que estão contentíssimos por saber que eles se podem mudar para lá.  :zangadoplus:

Janeiro 25, 2018, 13:38:55, 13:38
Responder #35

pedroareias

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Tenho uma aluna de Doutoramento do Bangladesh.

Os Portugueses já não querem trabalhar.




Deve ser um grande sufoco, ate porque a quase totalidade daquele pessoal ja esta na 2ª idade e vai ter dificuldades em ingressar no mercado de trabalho com sucesso pois onde devem precisar de costureiras agora deve ser no Bangladesh ou na China que é de onde vem a roupa que compramos.


Sao os rostos que sao sacrificados com o "low cost", com os shopping que nos vendem roupa que lhes custou 1€ ou 2€ por 15 ou 20  :toma:



O mais dramático disto tudo, é que uns 20 kilometros mais para Sul, dirigentes sindicais parecem estar a fazer todos os esforços para que mais sofrimento venha para uma populacao cuja a sua regiao que ja foi uma das mais pobres perca um dos maiores exportadores Portugueses  :pcbloqueado: :pcbloqueado:

Janeiro 25, 2018, 19:16:43, 19:16
Responder #36

Moto2cool

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Tenho uma aluna de Doutoramento do Bangladesh.

Os Portugueses já não querem trabalhar.

A questão muitas vezes é a adequação da remuneração às expectativas e produtividade, quando se quer pagar pouco temos duas soluções: países pobres ou mecatrónica
Spritmonitor.de" border="0 Suzuki VStrom 650
"Viver a vida não é esperar que a tempestade passe, é aprender a andar à chuva"

Janeiro 25, 2018, 19:23:20, 19:23
Responder #37

pedroareias

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Quem paga é a FCT e a tabela é conhecida (980€+subsídio, penso). https://www.fct.pt/apoios/bolsas/valores2010.phtml.pt

É o que é. Os Portugueses preferem estar nos cafés na intriga.

Tenho uma aluna de Doutoramento do Bangladesh.

Os Portugueses já não querem trabalhar.

A questão muitas vezes é a adequação da remuneração às expectativas e produtividade, quando se quer pagar pouco temos duas soluções: países pobres ou mecatrónica

Janeiro 25, 2018, 20:03:30, 20:03
Responder #38

Moto2cool

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Pensava que falavas dos operários das fábricas  :pensador:
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"Viver a vida não é esperar que a tempestade passe, é aprender a andar à chuva"

Janeiro 25, 2018, 20:11:50, 20:11
Responder #39

pedroareias

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É a mesma coisa. Ninguém quer trabalhar. Eu até 2003 estive nessa posição (Bolseiro).

Agora ninguém quer.



Pensava que falavas dos operários das fábricas  :pensador:

Janeiro 26, 2018, 17:32:43, 17:32
Responder #40

Moto2cool

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É a mesma coisa. Ninguém quer trabalhar. Eu até 2003 estive nessa posição (Bolseiro).

Agora ninguém quer.



Pensava que falavas dos operários das fábricas  :pensador:

Tens razão mas eu não sugeria a mecatrónica para um doutoramento. Quando muito como tema parte tal ;)

Sendo o doutoramento muito ligado ao ensino superior e investigação admito que possam faltar candidatos porque são setores com poucas saídas. Se não for para estas saídas o doutoramento é mais para o ego ;)
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"Viver a vida não é esperar que a tempestade passe, é aprender a andar à chuva"

Janeiro 26, 2018, 18:11:09, 18:11
Responder #41

pedroareias

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Pois, é verdade, mas isso do ego é uma falácia. Eu fiz em 2003 na Universidade do Porto (Eng. Mecânica), sem qualquer intenção de ser funcionário público.

Só queria fazer software de simulação. Já me passou pela cabeça juntar-me a isto das motos com optimização, mas é um mercado reduzidíssimo.



É a mesma coisa. Ninguém quer trabalhar. Eu até 2003 estive nessa posição (Bolseiro).

Agora ninguém quer.



Pensava que falavas dos operários das fábricas  :pensador:

Tens razão mas eu não sugeria a mecatrónica para um doutoramento. Quando muito como tema parte tal ;)

Sendo o doutoramento muito ligado ao ensino superior e investigação admito que possam faltar candidatos porque são setores com poucas saídas. Se não for para estas saídas o doutoramento é mais para o ego ;)

Janeiro 14, 2019, 15:43:00, 15:43
Responder #42

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Janeiro 14, 2019, 16:40:51, 16:40
Responder #43

JViegas

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Não haverá aqui alguma má gestão de recursos?  :pensador:

"Selling in markets like the USA, manufacturing in Thailand and assembling in Brazil means we need to hold significant bike and component stock in those currencies."


Uma empresa que a 30 de junho de 2018 tinha um lucro de £9 milhões para os £24 milhões que fez no ano anterior…

Janeiro 14, 2019, 17:46:53, 17:46
Responder #44

dfelix

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Indicam uma queda nos lucros de 60%...
Indicam uma queda nos números de vendas de 63,404 para 61,505.
Mas no que diz respeito a unidades vendidas não chega a uma queda de 3%.  :pensador:


Janeiro 14, 2019, 19:09:52, 19:09
Responder #45

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É estranho, não sendo de facto por via do decréscimo de vendas que se justifica essa perda de lucros.

A razão estará neste parágrafo, creio:

"With over 85% of our global sales in non-sterling currencies and a significant amount of our purchases also in foreign currencies, FX has a major impact on our business."
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Dalai Lama

Janeiro 14, 2019, 23:56:19, 23:56
Responder #46

dfelix

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Acredito que tenha um enorme impacto, mas... até que ponto um negócio global será todo ele em GBP's?

Depois... os números correspondem ao lucro obtido pela venda de... motos?
Ou pelo total do negócio da Triumph?

Será que as contas incluem o dinheiro esbanjado em supostos investimentos como a presença no moto2 (que certamente só trará frutos a médio-longo prazo) ou as parcerias com a Bajbaj? (que ainda não há sequer novidades no horizonte)

 :pensador:

Janeiro 15, 2019, 10:27:44, 10:27
Responder #47

JViegas

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Destaco o seguinte:
"Meanwhile, Bloor Investments, the Derbyshire company behind Triumph, has reported a growth in profits and turnover in the year to the end of June 2018, which resulted in boss John Bloor pocketing a £6m dividend.

The company’s overall profits grew to £187.8 million from £184.9 million the previous year, while turnover grew to £1.5 billion from £1.44 billion. The other half of Bloor’s empire, Bloor Homes, was behind the majority of the profit."


A "Triumph" é apenas uma parte do negócio.



Janeiro 15, 2019, 22:19:39, 22:19
Responder #48

dfelix

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Sim, a Triumph é apenas uma pequena parte dos negócios do Bloor...
Penso que o objectivo do artigo foi mostrar que o "bolo" no geral cresceu.
Só que tudo o resto é construção civil e imobiliárias... nada mais tem a ver com motos.  :D

Aliás... a razão porque a Triumph se reergueu passou um pouco por isto. O gajo viu ali uma oportunidade de negócio que aproveitou... pois se fosse alguém a pegar na marca por motivações mais "emocionais" seria outro poço sem fundo como se tornou a Norton.



Janeiro 16, 2019, 10:07:01, 10:07
Responder #49

JViegas

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É chato, porque na realidade vemos que a marca continua com problemas, tem veículos muito singulares e genuínos na sua conceção, independentemente da fama de "avarias" (que todas dão).

Espero que com os novos modelos apresentados para este ano consigam elevar a marca no mercado cada vez mais competitivo.