Autor Tópico: Uber Eats - Experiência  (Lida 13813 vezes)

Novembro 16, 2020, 11:50:07, 11:50
Lida 13813 vezes

tiagofo20

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Bem, vou abrir este tópico e apertar bem o capacete porque pode vir aí pedras.

Eu sei que já existe um tópico da Uber Eats, mas o assunto (e o título) encaminham sobretudo para o lado mau.

Gostava de saber se alguém por aqui já fez algumas entregas, se obtêm de lá o principal rendimento ou se é apenas um extra, se vale a pena, se desistiram...

Há dias deu uma reportagem sobre os estafetas neste período de pandemia, quer gostem ou não deles, têm sido uma ajuda, quer para o negócio da restauração quer para pessoas com mais dificuldade em se deslocar.

Fui pesquisar, mas encontrei pouca coisa, um testemunho de um estafeta a dizer que podia ganhar de 1€ a 6€ numa entrega, que tem de se ter uma mochila térmica, e pronto, é o que sei.

Novembro 16, 2020, 12:08:59, 12:08
Responder #1

2low

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Compreendo a diferenciação entre os dois tópicos, apesar do mesmo "assunto" e não me parece nada descabido este teu tópico.
O outro tópico foca-se exclusivamente nos tipos que trabalham para UberEats e Glovo, que não parecem ter formação qualquer ou não cumprem regras de trânsito nem respeitam ninguém e é o vale tudo, bem diferente do que agora vens trazer!

Sobre entrega de alimentos em moto só pude acompanhar virtualmente o percurso "profissional" de um companheiro que com a (anterior) crise financeira, teve que entregar pizzas em part-time para conseguir pagar as contas ao final do mês.
Desse companheiro, que trabalhou para a Telepizza indicou que era muito perigoso porque para se ganhar um pouco mais há que correr demasiados riscos que não compensam em caso de acidente... E foi devido a um acidente que ele se ficou por ali...
Entre Telepizza e UberEats pode variar as condições do trabalho, porque na Telepizza recebes um ordenado minimo e depois comissão conforme entregas, julgo que é ou era assim.
Já na UberEats e Glovo parece que é à comissão.

Pessoalmente vejo este tipo de "empregos" bons apenas para quem os divulga... ou seja...
Os tipos que fabricam as sacolas da UberEats e Glovo...
Os tipos que alugam as motoretas para este serviço...
Os tipos que criaram as aplicações e ganham comissão disso...

Não tão diferente com o que ocorre nas "lavandarias lowcost automáticas" ou aquelas pequenas lojas de venda de produtos alimentares através de máquinas...
Nas lavandarias é muito bom para quem vende os equipamentos e demasiado trabalhoso para quem tenha apenas uma lavandaria (comprovado com conhecidos).
Nas lojas tipo Grab&Go igualmente é bom para quem vende os equipamentos e que exclusivamente fornece os produtos a colocar nas máquinas além de ganhar uma "mensalidade" pelo uso da marca...e no final é só o suficiente para retirar o ordenado mínimo e pagar as contas...mas com muito trabalho no background... (comprovado com familiares).

Regressando ao tema "trabalho partime para ganhar uns trocos através da UberEats" pode ser que tenhas sorte de algum que realmente trabalhe para eles e que dê mais dicas ou informações...
Em todo o caso deixo aqui 3 links para o caso de não teres já pesquisado:
https://www.uber.com/pt/pt-pt/deliver/
(no final desta página tem informações sobre os requisitos necessários)
https://www.dn.pt/portugal/uber-eats-sem-contrato-e-dependente-do-like-do-cliente-9408479.html
https://aminhaprimeiravez.com/2020/04/10/como-ser-uber-eats-em-portugal/

Boa sorte!
« Última modificação: Novembro 16, 2020, 12:21:50, 12:21 por 2low »
Grão a Grão, Comemos Feijão!
E sempre com boa disposição!

(na realidade dá gozo puxar por ela pelo que é de contar uns 6Lt/100km)

Novembro 16, 2020, 12:14:27, 12:14
Responder #2

dfelix

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É um trabalho perfeitamente legitimo.
E como em todo o lado, há bons e maus profissionais.

Precisas de abrir actividade nas finanças como estafeta e registar-te no site deles como parceiro de entrega.
A único documento que vais precisar de certamente obter é o certificado de registo criminal.



Novembro 16, 2020, 13:04:01, 13:04
Responder #3

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Esta imagem da qual fiz printscreen, é capaz de ajudar alguma coisa quanto à documentação necessária...

Quanto ao resto e como já dito, existe boa gente e também os que não interessam em toda a parte e em todos os sectores de actividade.





Quanto ao motociclo, é preciso...

"Carta de condução
São aceites documentos com a categoria A ou B. Com apenas a categoria B poderá conduzir motociclos até 50cc, a partir dos 18 anos, ou até 125cc, a partir dos 25 anos.
Seguro do motociclo
Documentos do motociclo"
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Novembro 16, 2020, 13:28:16, 13:28
Responder #4

tiagofo20

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Essa parte dos requisitos já tinha visto, bem como a necessidade de ter mochila térmica, não especificando se tem de ser da marca deles, a qual custa uns 45€, mais coisa menos coisa.

Novembro 16, 2020, 14:00:47, 14:00
Responder #5

mneves

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Também gostava de saber o verdadeiro lucro onde está pois tratam tão mal as motas, conduzem tão mal que dou razão a informação de que em Lisboa as pcx roubadas sao para peças destes meninos, será?
O punho deles só tem duas posições,0 e a fundo,logo onde está o lucro?

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membro numero 16

Novembro 16, 2020, 14:16:22, 14:16
Responder #6

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Essa parte dos requisitos já tinha visto, bem como a necessidade de ter mochila térmica, não especificando se tem de ser da marca deles, a qual custa uns 45€, mais coisa menos coisa.

Não se consegue pelo OLX bem mais barato (se calhar até com valores negociáveis)?

Como é para ganhar uns trocos, parece-me que não valerá apostar em algo novo.

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Dalai Lama

Novembro 16, 2020, 14:41:25, 14:41
Responder #7

saraiva

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    E a mim que me importa?
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Já por duas vezes fiz aconselhamento contabilístico para estafetas UberEats e posso dizer já a conclusão:

Não vale a pena criar uma empresa, a não ser que se vá criar um frota de 30 ou 40 motas.

Em relação ao rendimentos:

Um dos casos recebia entre 50 e 100 euros por dia, pagava 30 euros de aluguer de mota e o combustível (além do investimento obvio em todo o equipamento).

Outros dos casos, só fazia jantares aos dias úteis, tinha mota própria, e dizia-me que pagava a gasolina para todo o uso da mota (ir para o outro trabalho) e que sobrava 50 a 150 euros por mês.

Há rosas cor-de-laranja mas não há laranjas cor-de-rosa. No entanto há laranjas verdes e rosas verdes não há.
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Novembro 16, 2020, 15:54:27, 15:54
Responder #8

dfelix

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Também gostava de saber o verdadeiro lucro onde está pois tratam tão mal as motas, conduzem tão mal que dou razão a informação de que em Lisboa as pcx roubadas sao para peças destes meninos, será?
O punho deles só tem duas posições,0 e a fundo,logo onde está o lucro?

A uber eats está a cobrar actualmente taxas absurdas na casa dos 3.90.
Daí que muito cliente final esteja a optar mais pela Glovo, que tem taxas inferiores.. algumas gratuitas.

Não sei ao certo quanto deste valor cai na conta do estafeta.
Conheço um gajo que adoptou um estilo de vida mais alternativo para poder se dedicar ao surf e outros desportos/hobbies... e meteu-se nisto para ter uma fonte de rendimento. A última vez que falei com ele dizia que média andava nos 2-3 euros por cada entrega. Não sei como será no presente.

Eles conduzirem mal é relativo. Há de tudo.
Naturalmente os que arriscam chamam a atenção e uns pagam por todos.
Andamos de moto. Sabemos como funciona.

Por ser um emprego de acesso fácil, há muito imigrante, sobretudo brasileiro. E isto leva a que muitos seja vistos como "suspeitos" pelos roubos de acessórios e equipamentos.
Coisa que já se roubavam antes de surgir uber eats e afins.
Antes destes eram os "estafetas" tradicionais que se apontava o dedo.

O tratarem bem ou mal as motos... a realidade é que a maioria ou são "charutos" que foram comprados baratos para isso. Ou são de renting. Consegue-se scooters 125cc já com seguro, manutenção. etc abaixo dos 120 euros por mês. E cujo IVA ainda pode ser submetido nas despesas.

Considerando que são motos que gastam pouco e a maioria das deslocações dentro de cidade são curtas.. diria que bastam 3 ou 4 entregas para amortizar o custo diário. E a partir daí é lucro.

Se pingarem 2 euros por entrega, será necessário 50 para fazer 100 euros.
Não parece que seja difícil neste momento entregar uns 20 almoços e 30 jantares. E que esperando nos sítios certos (já perto dos locais que despacham mais refeições como mcdrives e centros comerciais, que é onde mais se vê parados à espera) se encurte ainda mais os trajectos e não se gaste sequer 10 euros por dia de combustível.

Há ainda a vantagem que se pode trabalhar para as várias (uber,glovo, etc) ao mesmo tempo.

Isto para não falar das trafulhices...
A última vez que pedi pela uber, a indicação é que o gajo vinha de bicicleta.
Realmente achei que o individuo vinha a pedalar bem rápido. Quando parou à minha porta estava de Smart.
Isto é malta que acaba por estar a prejudicar os colegas. Porque os ganhos por bicicleta são supostamente acima e há prioridade nos trajectos curtos.

 

Novembro 16, 2020, 16:13:56, 16:13
Responder #9

ThatsMe

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Aqui a casa vêm muitas vezes pessoas com aparência claramente diferente do que está na fotografia. Reporto sempre, são seguramente muitos casos de documentos falsos e afins, qeu acabam também por denegrir bastante a imagem com que fico dos estafetas.

É um serviço usado 99% por estrangeiros. Até agora, em imensas vezes que já pedi (larguíssimas dezenas) só cá veio 1 (UM) estafeta a falar português de Portugal. Todos os outros falavam ou português do Brasil, ou um português arranhado de indiano ou pura e simplesmente inglês. Já tive também casos de que a pessoa tinha uma comunicação tão fraca que não entendi uma única palavra do que me disse. Perdi a conta a casos de pessoas diferentes da fotografia e, infelizmente, não consigo ver com que veículo chegam aqui a casa... Mas confirmo que já apanhei uns que vieram em super bicicletas!

Trabalhei quase 2 anos em frente ao Hospital de São João e posso dizer que era raríssimo o estafeta da Uber Eats ou Glovo que paravam nos semáforos da Circunvalação em frente à urgência do hospital.

É pena, mas acabam por danificar em muito a imagem geral que existe de motociclistas, sobretudo daqueles que optam por andar de scooter.

Novembro 16, 2020, 17:38:12, 17:38
Responder #10

Pianoman

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Da última vez que encomendei da Uber Eats (sou cliente frequente) veio um rapaz português, casado, com uma filha e extremamente simpático.
Eu meto sempre conversa sobre a moto (era uma Nmax) e isso levou a uma conversa de meia-hora, pois eu era o último pedido que ele entregava.
Disse-me que tem uma loja online de acessórios para motas e que trabalhava para o Estado (não sei a fazer o quê) e que as entregas eram um complemento do ordenado. Só fazia jantares durante a semana e no fim de semana é que fazia muitas horas.

Alertou-me para a necessidade de um claro consentimento familiar, pois isto, naturalmente, retira imenso tempo à família mas que era uma questão de opção. Tem 3 carros e 6 motas na garagem, e faz as férias que quer, tudo graças a estes complementos (e ao seu trabalho, claro).

Disse-me também que a questão fiscal é mais favorável se forem "sub-contratados" por uma empresa. Pareceu-me perceber que em vez de 20 e tal por cento, descontam só 10 por cento assim.

Mostrou-me o rendimento dessa noite (um dia de semana) e marcava 50 e tal euros.
Disse que todas as segundas-feiras à tarde recebiam o "ordenado".

Se eu já tinha vontade de experimentar, ainda fiquei com mais. Se o fizer, apenas comprarei a mala, pois usarei a minha NC para o serviço.

A questão é a manutenção, pois ele avisou-me que nas motas de transmissão por corrente, a somar às pastilhas de travão que se gastam bastante, temos (claro) os kits de transmissão, coisa que é mais acessível nas scooters devido à transmissão por correia.

Um tipo impecável que me explicou tudo sem preconceitos ou pudores.
Daelim S3 125: Ago11->Jul12(14k) ; Maxsym 400i: Jul12->Mai13(21k) ; Maxsym 400i ABS: Jun13->Mai14(18k) ; Maxsym 600i ABS:Mai14->Jan15(12k)
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Membro nº14

Novembro 16, 2020, 18:21:36, 18:21
Responder #11

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Olha que nem de propósito...

Foi há momentos publicada uma noticia de um medalhado de ouro dos Jogos Olímpicos de Londres2012, actualmente com 35 anos e que o faz...neste caso para sobreviver. :(

Isto para chegar também um pouco a essa questão que como em tudo, há pessoas sérias, há pessoas que causam "má fama", há quem ande nisto para ganhar uns trocos, há quem ande nisto porque (ainda mais neste periodo de pandemia e que ceifou uma série de postos de trabalho) o fazem para sobreviver.  :(

https://desporto.sapo.pt/modalidades/mais-modalidades/artigos/video-campeao-olimpico-transforma-se-em-entregador-da-uber-eats-para-sobreviver
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Novembro 16, 2020, 19:10:37, 19:10
Responder #12

JoãoPVCarvalho

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Da última vez que encomendei da Uber Eats (sou cliente frequente) veio um rapaz português, casado, com uma filha e extremamente simpático.
Eu meto sempre conversa sobre a moto (era uma Nmax) e isso levou a uma conversa de meia-hora, pois eu era o último pedido que ele entregava.
Disse-me que tem uma loja online de acessórios para motas e que trabalhava para o Estado (não sei a fazer o quê) e que as entregas eram um complemento do ordenado. Só fazia jantares durante a semana e no fim de semana é que fazia muitas horas.

Alertou-me para a necessidade de um claro consentimento familiar, pois isto, naturalmente, retira imenso tempo à família mas que era uma questão de opção. Tem 3 carros e 6 motas na garagem, e faz as férias que quer, tudo graças a estes complementos (e ao seu trabalho, claro).

Disse-me também que a questão fiscal é mais favorável se forem "sub-contratados" por uma empresa. Pareceu-me perceber que em vez de 20 e tal por cento, descontam só 10 por cento assim.

Mostrou-me o rendimento dessa noite (um dia de semana) e marcava 50 e tal euros.
Disse que todas as segundas-feiras à tarde recebiam o "ordenado".

Se eu já tinha vontade de experimentar, ainda fiquei com mais. Se o fizer, apenas comprarei a mala, pois usarei a minha NC para o serviço.

A questão é a manutenção, pois ele avisou-me que nas motas de transmissão por corrente, a somar às pastilhas de travão que se gastam bastante, temos (claro) os kits de transmissão, coisa que é mais acessível nas scooters devido à transmissão por correia.

Um tipo impecável que me explicou tudo sem preconceitos ou pudores.
Trabalha para o estado.
Ou recebe do estado e faz mais uns biscates por fora.

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Um planeamento cuidado é meio caminho andado.✌
by JDilemas

Novembro 16, 2020, 20:13:46, 20:13
Responder #13

Cross

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Isso é um grande negócio para alguém.

Um restaurante para ter uma entrega feita pela Uber eats tem de pagar 30% da facturação bruta de comissão da venda  :???:
30% acho um roubo declarado. O pior é que muitos restaurantes não têm alternativa. Muitas empresas a explorar o mercado vai equilibrar.... por isso quem utiliza que vá mudando...

É o que se passa em qualquer crise. Os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres.


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Bom Senso e Senso Comum nunca fez mal a ninguém!

Novembro 16, 2020, 22:37:52, 22:37
Responder #14

2low

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Isso é um grande negócio para alguém.

Um restaurante para ter uma entrega feita pela Uber eats tem de pagar 30% da facturação bruta de comissão da venda  :???:
30% acho um roubo declarado. O pior é que muitos restaurantes não têm alternativa. Muitas empresas a explorar o mercado vai equilibrar.... por isso quem utiliza que vá mudando...

É o que se passa em qualquer crise. Os ricos ficam mais ricos e os pobres mais pobres.


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Os restaurantes que pretendem entrar no mercado das entregas ao domicilio devem ter a noção de todos os custos envolvidos com motos+capacetes+topcases+seguros+manutenção+reparações+custos de saúde etc...
Assim acabam por recorrer a estas empresas para não ficarem sem perder a hipótese de aumentarem a facturação ao final do mês e sem terem de investir tanto...
...e nestas alturas tudo é importante, mesmo que seja "só mais 5€"...

Mas face aos lucros que acabam por dar à UberEats e Glovo, não deixa de fazer um tipo pensar qual será o valor do lucro de uma refeição...  :pensador: :pensador: :pensador:

Como estamos num mercado liberal e capitalista, para quê batalhar contra o que podemos achar mal, se nos podemos juntar, acabando por ganhar também?!

Grão a Grão, Comemos Feijão!
E sempre com boa disposição!

(na realidade dá gozo puxar por ela pelo que é de contar uns 6Lt/100km)

Novembro 16, 2020, 22:40:01, 22:40
Responder #15

Joao_Cruz

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Boas Dfelix,
"Se pingarem 2 euros por entrega, será necessário 50 para fazer 100 euros.
Não parece que seja difícil neste momento entregar uns 20 almoços e 30 jantares".
Já fizeste bem as contas a quanto dá fazer 20 entregas em 2 horas de almoço (12h00-14h00)? Uma entrega em cada 6 minutos!
Ou 30 entregas na hora jantar (19h30-22h30)? Achas que em 6 minutos consegues ir ao restaurante,  conferir encomenda,  ir a casa do cliente, subir/descer escadas, até que cliente atenda, entregar encomenda,  conferir, etc.

Esquece. Nas boas alturas (jogos futebol, a chover, principio do mês, fim semana, etc.),  deves conseguir fazer metade dessa média e já é muito bom.

A minha opinião é que serve para sobreviver/complemento , mas não para "pagar contas".

Abc

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Novembro 16, 2020, 23:01:36, 23:01
Responder #16

dfelix

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Já fizeste bem as contas a quanto dá fazer 20 entregas em 2 horas de almoço (12h00-14h00)? Uma entrega em cada 6 minutos!
Ou 30 entregas na hora jantar (19h30-22h30)? Achas que em 6 minutos consegues ir ao restaurante,  conferir encomenda,  ir a casa do cliente, subir/descer escadas, até que cliente atenda, entregar encomenda,  conferir, etc.

Se há um numero considerável de clientes que pede a refeição a horas, há aqueles que tal como eu, recorrem a estes serviços porque chegou a casa depois da horas e não há pachorra para cozinhar.   :)
Portanto, o "hora de almoço" e "hora de jantar" é relativo,,, e diria que são períodos um pouco mais alargados que o "tradicional".

Mas considerando um período de duas horas, sim... será curto.
Daí que considero mais que isso.

Já o tempo de viagem é sempre relativo à zona.
Imensas vezes abasteço na BP da padre cruz apanho ajuntamentos de 20 motos ou mais ali por causa do macdrive.
Nestas zonas próximas a zonas "dormitório" os trajectos são curto... e é mais o tempo que perdem em semáforos que a circular.

Fora dos centros urbanos a coisa pode ser mais complicada. Mas habitualmente o serviço nem está disponível.

Esquece. Nas boas alturas (jogos futebol, a chover, principio do mês, fim semana, etc.),  deves conseguir fazer metade dessa média e já é muito bom.

Nem é preciso ir a dias tão específicos.
A própria situação actual leva a que tenham no presente imensa procura.
No meu local de trabalho devido à maioria ter passado a regime de teletrabalho a cantina fechou e há mesmo muita gente a recorrer a estes serviços.


Novembro 16, 2020, 23:07:35, 23:07
Responder #17

tiagofo20

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Alertou-me para a necessidade de um claro consentimento familiar, pois isto, naturalmente, retira imenso tempo à família mas que era uma questão de opção.


Acho que este é um ponto fulcral a considerar. Analisar se vale a pena abdicar de tempo com a família, havendo filhos acaba por ser também mais trabalho para a mulher. E qual o propósito desse trabalho extra, se o dinheiro tem uma finalidade específica ou se é apenas para ter um orçamento mais folgado.

Novembro 17, 2020, 09:47:45, 09:47
Responder #18

José Fernando Da Silva

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Já tenho utilizado esta plataforma.É uma mais valia para os tempos que correm.É cómodo recebermos tudo em casa e por vezes torna-se um risco para quem faz esse tipo de trabalho. :palmas: :yeah:

Novembro 24, 2020, 09:27:30, 09:27
Responder #19

Nuno YB

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Agora, mais do que nunca, é um serviço necessário. Não só para refeições, mas tambem medicamentos e outros bens de primeira necessidade. Eu dispenso bem, o meu tempo livre chega perfeitamente para cozinhar ou, quando não me apetece, ir buscar comida. E se não me deixam sair de casa para a ir buscar, há sempre restaurantes que fazem entregas sem recorrer a essas plataformas.

A legalidade de 90% dos estafetas é duvidosa ( seja por habilitação para conduzir, pela sua identidade ou até mesmo pela sua situação regularizada/não regularizada no país ).

A legalidade das motos, não creio que chegue a 50% ( se em meios mais pequenos e com mais facilidade de fiscalização ainda vão apanhando alguns, imagino como será em Lisboa ).

Ainda assim, é um trabalho como outro qualquer, com bons e maus profissionais e, acima de tudo, honesto. Quem é que ganha a maior fatia acaba por ser irrelevante, já que os patrões sempre ganharam muito mais que os empregados.

Nem de propósito, ontem perto das 21h ia ficando com um emplastro desses esparramado na traseira do meu Corsa.
« Última modificação: Novembro 24, 2020, 09:29:05, 09:29 por Nuno YB »
Certas pessoas são como aquelas molas mágicas: não servem para quase nada, mas é sempre engraçado atirá-las pelas escadas abaixo...

Novembro 24, 2020, 09:55:43, 09:55
Responder #20

saraiva

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Quem é que ganha a maior fatia acaba por ser irrelevante, já que os patrões sempre ganharam muito mais que os empregados.



Isso é bem visto, quem fica com a maior fatia no Pingo Doce, Continente, Auchan e Lidl?

E no Cantinho do Avilez?

E na Pizza Hut, no Mac, no KFC, no Vitaminas whatever?

E na Worten e na Fnac?

Por isso a não ser as compras em pequenas mercearias de comércio tradicional e em cooperativas de trabalhadores é igual aos outros negócios todos no mercado.

Ainda assim, é preciso não cair em injustiças e ver as coisas com cabeça.

A Uber é das empresas que mais capital tem investido (fala-se em 10 mil milhões) no desenvolvimento da plataforma, para que funcione de forma segura, ter a dura tarefa de enfrentar/cumprir das Leis dos diferentes países. É expectável que esse imenso capital tenha de ser retornado ou no mínimo remunerado.

(Atenção que estes números são para a Uber toda, incluindo a dos carros)

No entanto, há aqui um problema. O problema é que de facto a forma como isto está organizado permite que pessoas tenham como única fonte de rendimento menos que o salário mínimo nacional para 40 horas de trabalho semanal. Se isto começa a ser soluções para muitos, começa o rendimento a ser dividido por mais até sobrar pouco depois de pagar as despesas.
Isto porque tudo está montado como um negócio e não como um emprego. Soma-se ao problema o facto de maior parte não pagar Segurança Social ou pagar pelo mínimo dos mínimos (os tais 20 euros por mês), enquanto uma empresa transfere para a Segurança Social 221 euros por mês 14 vezes por ano para um Salário Mínimo.

Na juventude dos meus 20 anos eu era contra (na verdade não era contra, achava dispensável) o salário mínimo, achava que o mercado  ia valorizar e ajustar o valor que casa empregado tinha para a empresa. Até que li o livro As vinhas da Ira de Jon Steinback. Aconselho pois é importante para perceber o que se passa nestes empregos.  (a história passa-se na vindima e apanha da fruta na Califórnia e com as pessoas que aí trabalham).
« Última modificação: Novembro 24, 2020, 10:09:48, 10:09 por saraiva »
Há rosas cor-de-laranja mas não há laranjas cor-de-rosa. No entanto há laranjas verdes e rosas verdes não há.
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Novembro 24, 2020, 10:18:52, 10:18
Responder #21

Nuno YB

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Quem é que ganha a maior fatia acaba por ser irrelevante, já que os patrões sempre ganharam muito mais que os empregados.



Isso é bem visto, quem fica com a maior fatia no Pingo Doce, Continente, Auchan e Lidl?

E no Cantinho do Avilez?

E na Pizza Hut, no Mac, no KFC, no Vitaminas whatever?

E na Worten e na Fnac?

Por isso a não ser as compras em pequenas mercearias de comércio tradicional e em cooperativas de trabalhadores é igual aos outros negócios todos no mercado.

Ainda assim, é preciso não cair em injustiças e ver as coisas com cabeça.

A Uber é das empresas que mais capital tem investido (fala-se em 10 mil milhões) no desenvolvimento da plataforma, para que funcione de forma segura, ter a dura tarefa de enfrentar/cumprir das Leis dos diferentes países. É expectável que esse imenso capital tenha de ser retornado ou no mínimo remunerado.

(Atenção que estes números são para a Uber toda, incluindo a dos carros)

Se esse investimento fosse real, haveria um maior escrutinio na seleção dos seus colaboradores. Não há, ponto!
Os Recursos Humanos deste tipo de empresas é o publico, o cliente. É o cliente que avalia e decide a continuidade, ou não, do posto de trabalho de determinado colaborador.
Quando alguem tem uma má experiencia com um funcionário da Uber, ou de qualquer outra empresa deste tipo, esse alguem não deixa de utilizar o serviço... apenas deixa uma critica negativa ao funcionário que o atendeu, á semelhança do que faz ao balcão do MacDonalds.

E temos tambem as forças da autoridade, se certo colaborador estiver constantemente na lista de contra-ordenações/acidentes de transito, tambem não são boas "relações publicas", deixando uma má imagem da empresa.

E o que faz a Uber, ou outra? Elimina esse colaborador da lista de pagamentos, retirando-lhe a habilitação para se identificar como colaborador dessa empresa. Findo este processo, mete no seu lugar um dos 5000 candidatos que tem em lista de espera, voltando a não fazer qualquer tipo de seleção presencial, apenas olhando para numeros, letras e fotografias num ecrã do computador. Muitas das vezes sem haver uma verificação mais rigorosa desse tipo de informação.

Chama-se a isto "investir no desenvolvimento da plataforma, para que funcione de forma segura, ter a dura tarefa de enfrentar/cumprir das Leis dos diferentes países." ? Não me parece...

Espero que o capacete do Tiagofo20 ainda esteja inteiro, com tanta pedrada que já levou... :stuck_out_tongue_winking_eye:

Quem tenha lido o meu outro tópico, juntamente com as minhas opiniões deste, vai achar que eu tenho um ódio qualquer aos estafetas, tipo John Wick contra os russos que lhe mataram o cão. Mas não é assim, pelo menos, não na generalidade.
Conheço alguns que o fazem como complemento, nenhum em regime full-time, e estão satisfeitos. Dizem que se ganham uns cobres engraçados, que chegam e sobram para as despesas e ainda dá para juntarem mais algum. E isto sem precisar de andar feito louco suicida.

Mas lá está, é malta que tem o seu trabalho noutro lado e faz isto pelo complemento financeiro ( conheço um que até só o faz para não ter que aturar a mulher quando sai do trabalho, mas isso já é outra história ). Para fazer vida disto, com todas as despesas que acarreta, juntando ás despesas de qualquer familia normal ( casa, agua, luz, gás, etc, etc ), já se tem que arriscar um pouco mais... e já se sabe o que costuma acontecer quando se arrisca demais em cima de 2 rodas...
Certas pessoas são como aquelas molas mágicas: não servem para quase nada, mas é sempre engraçado atirá-las pelas escadas abaixo...

Novembro 24, 2020, 10:35:45, 10:35
Responder #22

dfelix

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Há uns dias atrás surgiu uma notícia curiosa.

"Medina abre guerra com a UberEats e promete alternativa sem custos para restaurantes".
(alternativa não premium aqui)

Ou seja, deve estar para breve mais uma empresa municipal para concorrer com uber eats, glovos e afins.
Uma empresa municipal cujas administrações serão delegadas a boys partidários. E cuja infraestrutura e altos quadros será paga com dinheiro dos contribuintes.

Uma "solução" que promete menores custos em taxas para a restauração.
O que leva a questionar até que ponto isto será sequer sustentável.
E até que ponto mais uma vez pagam todos pelo que só alguns usam.

Portanto... os que tanto odeiam o modelo liberal destas empresas podem respirar de alivio.
Em breve terão as vossas refeições entregues por uma nova casta de funcionários públicos.
 :)
« Última modificação: Novembro 24, 2020, 10:39:08, 10:39 por dfelix »

Novembro 24, 2020, 11:24:57, 11:24
Responder #23

Lourenço

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Há uns dias atrás surgiu uma notícia curiosa.

"Medina abre guerra com a UberEats e promete alternativa sem custos para restaurantes".
(alternativa não premium aqui)

Ou seja, deve estar para breve mais uma empresa municipal para concorrer com uber eats, glovos e afins.
Uma empresa municipal cujas administrações serão delegadas a boys partidários. E cuja infraestrutura e altos quadros será paga com dinheiro dos contribuintes.

Uma "solução" que promete menores custos em taxas para a restauração.
O que leva a questionar até que ponto isto será sequer sustentável.
E até que ponto mais uma vez pagam todos pelo que só alguns usam.

Portanto... os que tanto odeiam o modelo liberal destas empresas podem respirar de alivio.
Em breve terão as vossas refeições entregues por uma nova casta de funcionários públicos.

 :)

É insensato e redutor fazer crer que entre uma e outra não há alternativa; É exatamente a doutrina a utilizar quando queremos uma cultura de extremos, fazendo crer na escolha entre mal menor em direção a extremismos.

Entre trabalhadores sem qualquer direito, férias, subsídios de férias e de natal e mesmo de desemprego, horários diários ou semanais, seguros de trabalho, de acidentes e de doença, exigência de investimento para trabalhar sem qualquer garantia ou poder de decisão quanto a um rendimento minimo e constante, etc., só restaria a alternativa de funcionários ociosos, parasitas com direitos e sem deveres, funcionando como castas em países ocidentais, fazendo crer que não necessitamos de qualquer funcionário público.

Este tipo de discurso é pão para a boca dos populistas e extremistas que tem como objetivo cegar e coagir mentalidades direcionando o mercado de trabalho para a liberalização total, sem regras, a lei do mais forte, sujeitando todos a deveres sem direitos, o que, segundo alguns ilustres pensadores deveria acontecer a um ritmo mais acelerado porque sendo inevitável precipitaria a implosão precoce de um sistema que de qualquer maneira vai implodir.

Pessoalmente acredito na livre concorrência, privada quanto possível, com regras iguais para todos e com forte fiscalização, sempre salvaguardando direitos e deveres de todas as partes.
No berço de grande parte destas empresas, os USA em alguns estados estas empresas que funcionam sem quadro de pessoal e pagam impostos onde querem e quando querem já foram obrigadas a estabelecer vínculo laboral com os trabalhadores e estas na Europa vão ser em breve obrigadas ao mesmo e a pagar impostos onde geram receitas e talvez seja o inicio do fim para os Holandeses e outros dentro desta mesma Europa que atraindo empresas com imposições mais baixas acabam por atraír jeronimos martins e outros.

Novembro 24, 2020, 12:03:06, 12:03
Responder #24

pjmartinho

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Sei que este tópico é sobre a Uber Eats mas, à bastante tempo, encontrei este video que, de certa forma, também se acaba por aplicar ao assunto (envolvendo outros valores, naturalmente).


Novembro 24, 2020, 17:12:22, 17:12
Responder #25

dfelix

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Entre trabalhadores sem qualquer direito, férias, subsídios de férias e de natal e mesmo de desemprego, horários diários ou semanais, seguros de trabalho, de acidentes e de doença, exigência de investimento para trabalhar sem qualquer garantia ou poder de decisão quanto a um rendimento minimo e constante, etc., só restaria a alternativa de funcionários ociosos, parasitas com direitos e sem deveres, funcionando como castas em países ocidentais, fazendo crer que não necessitamos de qualquer funcionário público.

Portanto, venha daí um sindicato do estafetas!
Que esta seja uma profissão de carreira no Estado! Com a respectiva progressão, claro! 
E com as respectivas 35 horas semanais, acesso à ADSE e um acesso a pré-reformas.
 :)


Novembro 24, 2020, 18:39:22, 18:39
Responder #26

Lourenço

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Entre trabalhadores sem qualquer direito, férias, subsídios de férias e de natal e mesmo de desemprego, horários diários ou semanais, seguros de trabalho, de acidentes e de doença, exigência de investimento para trabalhar sem qualquer garantia ou poder de decisão quanto a um rendimento minimo e constante, etc., só restaria a alternativa de funcionários ociosos, parasitas com direitos e sem deveres, funcionando como castas em países ocidentais, fazendo crer que não necessitamos de qualquer funcionário público.

Portanto, venha daí um sindicato do estafetas!
Que esta seja uma profissão de carreira no Estado! Com a respectiva progressão, claro! 
E com as respectivas 35 horas semanais, acesso à ADSE e um acesso a pré-reformas.
 :)

Mais do mesmo. Visão muito reduzida. Há infelizmente uma minoria insignificante a pensar assim, acumulando o ódio generalizado e patético ao funcionário publico ao desejo de completa desregulamentação da legislação laboral no privado.

É fácil entender que o desejo de nivelar todos ao nível de estafetas da Uber e outras empresas semelhantes é partilhado por aqueles que também querem acabar com o SNS, a segurança social, o ensino público, os reguladores de mercado e concorrência e claro a abolição de todo e qualquer sindicato. Não me surpreende, há hoje um partido político com assento parlamentar que tem estes pontos no seu programa e logicamente também por aqui haverá adeptos destas ideologias.


« Última modificação: Novembro 24, 2020, 18:41:50, 18:41 por Lourenço »

Novembro 24, 2020, 20:15:30, 20:15
Responder #27

SJP

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Entre trabalhadores sem qualquer direito, férias, subsídios de férias e de natal e mesmo de desemprego, horários diários ou semanais, seguros de trabalho, de acidentes e de doença, exigência de investimento para trabalhar sem qualquer garantia ou poder de decisão quanto a um rendimento minimo e constante, etc., só restaria a alternativa de funcionários ociosos, parasitas com direitos e sem deveres, funcionando como castas em países ocidentais, fazendo crer que não necessitamos de qualquer funcionário público.

Portanto, venha daí um sindicato do estafetas!
Que esta seja uma profissão de carreira no Estado! Com a respectiva progressão, claro! 
E com as respectivas 35 horas semanais, acesso à ADSE e um acesso a pré-reformas.
 :)

Mais do mesmo. Visão muito reduzida. Há infelizmente uma minoria insignificante a pensar assim, acumulando o ódio generalizado e patético ao funcionário publico ao desejo de completa desregulamentação da legislação laboral no privado.

É fácil entender que o desejo de nivelar todos ao nível de estafetas da Uber e outras empresas semelhantes é partilhado por aqueles que também querem acabar com o SNS, a segurança social, o ensino público, os reguladores de mercado e concorrência e claro a abolição de todo e qualquer sindicato. Não me surpreende, há hoje um partido político com assento parlamentar que tem estes pontos no seu programa e logicamente também por aqui haverá adeptos destas ideologias.

Visão retrógrada e uma profunda ignorância das várias valências  dos quadros do estado.... de acordo com esta visão, poderia afirmar que os mecânicos são  todos uns aldrabões nas suas, oficinas sujas, com calendários de mulheres nuas nas paredes e óleo fula dentro de bidões da Castro. .. :lolol:

Novembro 24, 2020, 20:26:13, 20:26
Responder #28

dfelix

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Mais do mesmo. Visão muito reduzida. Há infelizmente uma minoria insignificante a pensar assim, acumulando o ódio generalizado e patético ao funcionário publico ao desejo de completa desregulamentação da legislação laboral no privado.

Por um lado não me posso queixar!
Pois a ociosidade patética de muitas entidades públicas é o que ao longo de boa parte da minha carreira me tem colocado pão na mesa.
Claro que não posso ficar indiferente quando o Estado distribui cargos que depois precisam de ser desempenhados por externos como eu... mas se há uma "minoria insignificante" de entidades (das que prestei serviços) que até parece funcionar, outras são o descalabro.

Não se concordar com uma administração "gorda" sobretudo no que diz respeito a tachos não é de todo sinónimo de ódio pelo "funcionário publico".
Muito menos concordar com desregulamentação da legislação laboral onde quer que seja.


Novembro 24, 2020, 20:53:19, 20:53
Responder #29

saraiva

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Mais do mesmo. Visão muito reduzida. Há infelizmente uma minoria insignificante a pensar assim, acumulando o ódio generalizado e patético ao funcionário publico ao desejo de completa desregulamentação da legislação laboral no privado.

É fácil entender que o desejo de nivelar todos ao nível de estafetas da Uber e outras empresas semelhantes é partilhado por aqueles que também querem acabar com o SNS, a segurança social, o ensino público, os reguladores de mercado e concorrência e claro a abolição de todo e qualquer sindicato. Não me surpreende, há hoje um partido político com assento parlamentar que tem estes pontos no seu programa e logicamente também por aqui haverá adeptos destas ideologias.
Isso é uma visão distorcida do que são os liberais.
Eu sou liberal. Quero um estado o mais magro possível. E isso para mim não é acabar com o estado social ou o SNS ou a segurança social e muito menos com o exército ou a polícia.

Mas não percebo porque é que tivemos de enriquecer o Herman José a Catarina Furtado o Malato e o Goucha, nem os CEO da PT, das EDP das Sagres e outros desta vida como Taps e afins.
Porque é que temos tantos institutos com ceo por nomeação do estado. Etc etc etc.

Infelizmente todos conhecemos alguém que não faz nada e ganha bem.

Eu me confesso, já estive na possível lista de espera para um job só porque havia um filho de um ministro que estava num grupo de amigos que se juntavam (aqueles grupos que por vezes se forma quando amigos da faculdade trazem amigos de infância- eu era amigo de infância de alguém que tinha esse filho de ministro como amigo da universidade).

E desse grupo de rapazes de 25/30 anos vi um a ir, depois outro mais um.. e a minha vez não chegou porque mudou o governo.

Se chegasse na altura tinha ido. Hoje maduro e com outro pensamento político, acho das coisas mais erradas que temos. Jobs for the boys. Estado Gordo.
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Novembro 24, 2020, 21:53:24, 21:53
Responder #30

pjmartinho

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Quando uma empresa é privada, ou seja, tem um dono ou accionistas privados (cidadãos comuns e anónimos) que estão a arriscar o dinheiro do seu bolso e, como tal, querem-no ver o mais bem remunerado possível (o chamado lucro) e, se essa empresa quiser oferecer um "tacho" a um amigo eu não tenho nada contra isso pois é o "dono" (ou accionistas) que estão a tirar dinheiro do seu bolso para pagar esse "tacho"... quando a empresa é do Estado (ou da Camara Municipal) são todos os contribuintes a pagar o dito "tacho"... e contra isso já me oponho.

Quando uma empresa é privada e as coisas correm mal e tem prejuizos, é o "dono" (ou os accionistas) que têm de meter lá dinheiro para que a empresa continue a funcionar (ou então fecham a empresa)... quando a empresa é do Estado (ou da Camara Municipal) são todos os contribuintes que têm de pagar para que a empresa se mantenha a funcionar.

Se a empresa privada falir, os funcionários vão para casa lamentarem-se por terem perdido o emprego, mas recebem o subsidio de desemprego que, na prática, é quase tanto quanto recebiam de ordenado liquido (considerando que não havia falcatruas no recibo de vencimento)... o "patrão" (o tal dono do "grande capital") fica a pagar as dívidas da empresa, com processos em cima, penhoras e tudo o mais.

Ou seja, todas as empresas do Estado são sorvedouros de dinheiro. Não há UMA que dê lucro, ou seja, uma boa parte do dinheiro dos nossos impostos vai para financiar aquilo que são verdadeiros cancros do tecido empresarial português onde, todos os anos, são enterrados milhões de €€€s dos nossos impostos.

Neste país há uma ideia, desde à muitos anos (talvez por ideologias politicas ultrapassadas), que é o Estado que tem de sustentar o povo. Acontece que sem povo, não há Estado e é o povo que cria e sustenta o Estado, e não o contrário que é a ideia vigente de muita gente (talvez porque dê jeito pensar assim), politicos incluidos.

Portanto, se a Camara Municipal de Lisboa quer ter um serviços do tipo Uber Eats, ainda mais barato, significa que vão ser os moradores de Lisboa que vão andar a subsidiar aquela empresa, ou serviço, porque servirá para "asilar" alguns boys do partido, ou amigos/familiares da "entourage" do presidente da Camara na gestão da empresa/serviço.

Concordo plenamento com o comentário do dfelix quando diz
Portanto, venha daí um sindicato do estafetas!
Que esta seja uma profissão de carreira no Estado! Com a respectiva progressão, claro! 
E com as respectivas 35 horas semanais, acesso à ADSE e um acesso a pré-reformas.
o que significa que se vai a andar a aumentar as "gorduras" do Estado (ou camara municipal)... com TODOS NÓS a pagar isso, a somar ao que já pagamos de excessos.

Novembro 24, 2020, 21:56:35, 21:56
Responder #31

SJP

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São os impostos pagos pelos funcionários públicos, e de todos nós, que pagam os rombos e a incompetência dos administradores do novo banco, já para não falar da TAP... :tornarseanjinho:

Os administradores das empresas privadas, nomeados pela Opus dei ou pela Maçonaria, formam um lobbies, cujo objectivo é pressionar o poder político a fomentar políticas, que lhes permitam obter mais lucros. Muitos desses empresários contratam antigos  ministros para se moverem melhor nos bastidores do poder político, de modo a conseguirem atingir as suas metas.

O liberalismo é isto... numa visão popular, bem ao gosto do grande Bordalo Pinheiro, patrão gordo e rico...empregado pobre e de prato vazio.

Antes de se falar dos funcionários públicos, convém ler um bocadinho, https://dre.pt/pesquisa/-/search/25676932/details/maximized Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas.

Nem tudo o que vem no Correio da Manhã e na CMTV é verdade.. 8)

PS - As empresas privadas fogem ao fisco como o diabo da cruz... logo prejudicam toda a gente.... perdão devem existir aqui "trabalhadores" que, ao contrário dos funcionários públicos que já têm o seu IRS pré preenchido, ganham milhares e declaram tostões..eu até conheço alguns que com várias casas comerciais abertas, empregos no privado e alugueres sem recibo, não conseguiram um empréstimo bancário porque a sua  declaração de IRS não o permitia......  possivelmente  tinha muito prejuízo :lolol:

« Última modificação: Novembro 24, 2020, 22:10:11, 22:10 por SJP »

Novembro 24, 2020, 22:33:33, 22:33
Responder #32

pjmartinho

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São os impostos pagos pelos funcionários públicos, e de todos nós, que pagam os rombos e a incompetência dos administradores do novo banco...

Foi este primeiro ministro, mais o ministro das finanças da altura (actual governador do banco de portugal) apoiados pelos partidos da geringonça, que cavou a NOSSA sepultura quando negociou a venda do Novo Banco. Se não tivessem dado uma garantia de não sei quantos mil milhões de euros, ninguém tinha comprado o banco.

... já para não falar da TAP... :tornarseanjinho:

A TAP foi vendida, passou a ser uma empresa privada. Portanto, os accionistas que metessem lá dinheiro deles quando a empresa tivesse prejuizos... mas este primeiro ministro, para agradar aos partidos da geringonça, "reverteu" a venda da TAP, ou seja, nacionalizou uma parte da empresa, ou seja, o Estado tornou-se accionista da empresa... a empresa tem prejuizos e lá está o Estado a enterrar dinheiro naquilo. Se não tivessem "revertido" o processo de venda, não tinham de gastar 1 centimo que fosse, porque esse era um problema dos accionistas privados.

Novembro 24, 2020, 23:18:33, 23:18
Responder #33

saraiva

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Voltando à UberEats, conclui-se que é difícil ser um bom emprego. É preciso trabalhar muito. pequenas margens muitas vezes para dar um salário.

A solução para eliminar o abuso à vista, serão impostos para combater os falsos recibos verdes, mesmo que para sectores específicos. Não sei se será viável, mas temos de perceber o desespero de quem precisa de comer.

Empresa municipal para fazer mais barato aos restaurantes,,   :toma: :toma: :toma: sou contra.  Além do meu ideal político, acho que está totalmente fora das competências dum Munícipio.
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Novembro 25, 2020, 00:39:33, 00:39
Responder #34

dfelix

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SJP,
É curioso sugerires a leitura do Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas.  :)
Quando este documento é precisamente um exemplo da existência de padrões desiguais no mundo do trabalho.
O que de certa forma é uma inconstitucionalidade.

Diferentes cargas horárias, diferentes ordenados mínimos, diferentes direitos de reivindicação e até greve, acesso a um pseudo-seguro de saúde exclusivo, supostas progressões e até uma quase imunidade ao desemprego.
Há dois pesos e duas medidas.

Já a fuga ao fisco e a corrupção é uma responsabilidade da Justiça. Um órgão de soberania.
Se constituíres uma empresa e não pagares os impostos, acredita que as finanças estão longe de serem zelosas.
Aliás, acredita que para uma empresa "normal" que preste serviços a uma entidade má-pagadora como o Estado, a coisa é complicada.
Pois de forma recorrente a paga-se impostos daquilo que já se facturou mas ainda não se recebeu.

Se há grandes empresas que fogem aos impostos... esse é também um problema da Justiça!
A mesma justiça que absorve Ricardos Salgados mas que se for preciso aplica penas pesadas a coisas insignificantes.
Mas isso é outro tema.

Negociatas com resgates de bancos e nacionalizações?
Existem porque agradam certas ideologias obsoletas. Ao mesmo tempo que permitem jogadas de bastidor entre alpinistas da política.
Veja-se os altos quadros administrativos nomeadamente das empresas publicas e das que foram privatizadas.
Isto é o peixe graúdo. Mas podemos esticar isto à simples junta de freguesia...

Conheço muita gente na função pública nas áreas do ensino e saúde.
E nem acho que estejam a ser privilegiados tendo em conta a dureza daquilo que exercem.
No caso da saúde nem se fala. Considero mesmo mal pagos, sobretudo pela forma como são tratados pelo utente.

Já em cargos na administração pública a coisa muda de figura.
Dos meus amigos de infância e juventude que actualmente têm emprego a nível autárquico não conheço um único caso que tivesse entrado sem ser por cunha.
Muitos dos que entraram para funções de quadros superiores, o concurso foi aberto só por formalidade.

Já do ponto de vista profissional tenho apanhado coisas surreais.
Prestei um serviço de vários meses para uma entidade pública no sector dos transportes onde que parte considerável dos funcionários simplesmente não aparecia.
Era o segurança das instalações que de manhã e à tarde que abria uma caixinha e picava o ponto dessa malta.
Foi o caso mais sórdido porque nem sequer estavam lá. Mas na esmagadora maioria dos locais estavam em corpo mas não em mente.
Parece-me sórdido que institutos que empregam mais gente do que muitas software houses sejam meros repositórios de malta que conseguiu um emprego por cunha. E quando é necessário avançar com um projecto se torne necessário recorrer a empresas externas.
Tenho histórias que davam para um livro... para não dizer mesmo uma sério ao estilo "The Office".
Daí que seja muito difícil ter uma opinião positiva.

Não percebo de onde vem a ideia que o "liberal" se representa pelo "patrão gordo e rico".
Até porque essa figura não deixa de ser recorrente em modelos altamente regulados, como aquele que hoje vivemos.  :)

Voltando à UberEats, conclui-se que é difícil ser um bom emprego. É preciso trabalhar muito. pequenas margens muitas vezes para dar um salário.

É um biscate.
Aquele tipo de coisa que alguém que reúna as mínimas condições pode conciliar com os estudos ou outra profissão.
O tipo de coisa que facilmente eu faria se tivesse 18 ou 19 anos e estivesse a estudar.
Um part-time tão legitimo como ir fazer umas horas por semana num call center ou servir à mesa no restaurante da prima.

Algo trabalho e que já se sabe que não se fica rico.
Mas que pode dar uma ajuda.

Se há imigrantes que habituados a uma realidade de poucas oportunidades vêm aqui uma excelente oportunidade full time... é outro tema.
Provavelmente precisam e não têm expectativa de alguma vez obter um tacho um instituto público.
A realidade é que são ás dezenas a dar o litro nesta cidade.

Regulamentar isto... nem sei o que dizer...


Novembro 25, 2020, 03:13:32, 03:13
Responder #35

pjmartinho

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Diferentes cargas horárias, diferentes ordenados mínimos, diferentes direitos de reivindicação e até greve, acesso a um pseudo-seguro de saúde exclusivo, supostas progressões e até uma quase imunidade ao desemprego.

Não é "quase imunidade"... é mesmo imunidade pura e simples pois, pela nossa constituição, um funcionário publico não pode ser despedido!!!
Existe a figura do "saneamento" que não é mais do que um despedimento só com uma diferença... o funcionário saneado vai para a casa a receber o ordenado base, até ao dia da reforma, e que pode acumular com outro emprego, que entretanto consiga arranjar. Assim, entre mandar um incompetente para casa e ter de pagar o ordenado base, mais vale deixa-lo "a trabalhar" pois sempre faz qualquer coisinha que, eventualmente, pode ser útil... desde que essa "coisinha" conste da descrição de funcões do seu cargo, porque se não constar, nem levanta o traseiro da cadeira.

Qualquer funcionário de uma empresa privada, se for despedido fica a receber o subsidio de desemprego até encontrar novo emprego, ou o prazo do subsidio terminar e depois está por sua conta e risco ou vai pedir o RSI. Em qualquer dos caso é sempre menos do que ordenado base que tinha e, enquanto recebe o subsidio de desemprego não pode acumular com um emprego (legal) que entretanto arranje.

Há dois pesos e duas medidas.

Infelizmente essa é a realidade deste país e que se tem vindo a agravar de à uns 20/25 anos para cá... há Portugueses de 1ª e Portugueses de 2ª.

Nos anos 80 até, sensivelmente, meados dos anos 90 o sonho de um funcionário publico era ir trabalhar para uma empresa privada pois isso significava um ordenado significativamente maior, havendo sempre o risco da empresa poder fechar mas que era compensado pela diferença de ordenado. Nos dias que correm, o sonho de uma boa parte dos Portugueses é arranjarem emprego numa entidade estatal pois isso significa um ordenado igual, ou superior ao que têm numa empresa privada, sem haver o risco de ficarem sem emprego e terem a certeza que ao dia vinte e tal de cada mês têm o ordenado na sua conta.

Novembro 25, 2020, 09:36:23, 09:36
Responder #36

SJP

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Para terminar esta troca de pontos de vista...até  porque este fórum  é de motociclismo... continuo a ver visões muito estreitas. Nem todos os os funcionários  públicos recebem ordenados chorudos e nem todos os trabalhadores privados são  operários fabris. E mesmo esses.... conheço alguns que ganham mais que eu....50 euros só  para olhar para uma máquina de lavar.... sem recibo... :oops:

Mas não vale a pena apresentar mais argumentos  existe aqui muito ódio para com os servidores do estado...talvez porque como dizem.... não tiveram aquela cunha....além  de falarem do pior dos serviços  públicos. .. numá clara intenção de o denegrir.....

Para terminar sou quadro superior de uma instituição de ensino superior há  mais de 30 anos, numa equipa que reúne elementos com formações de várias áreas. Fazemos concursos públicos  de vários milhares de euros, sempre com transparência. Somos auditados pelo tribunal de contas  e, se houverem irregularidades, temos multas cobradas no nosso ordenado.  Ao fim destes anos todos de serviço, ganho menos de metade, que muitos que aqui vêm denegrir a função pública. :toma:

PS:Falar em dois pesos e duas medidas é patético. Estive dois anos numa empresa privada, cujo director geral,  arrendou um piso completo no Saldanha, andava de mercedes, no entanto pagava-me o ordenado mínimo, sem descontos para a SS, a recibos verdes, porque  me contratou ao abrigo de um programa de emprego para os jovens recém licenciados, financiado pelo malandro do Estado.
No tempo da troika, fiquei sem 30% do meu "chorudo" ordenado...dois pesos e duas medidas...
Trabalhar só 35 horas semanais.....vejo muitos privados a almoçar em bons restaurantes, durante mais de duas horas, com a conta paga pela entidade patronal...eu levo marmita....e tenho um subsidio de almoço que, nem chega para um menu do McDonald's.
ADSE.. paga e bem paga mensalmente, para depois comparticiparem uma miséria...os privados têm seguros de saúde pagos pela entidade patronal, e carrinho da empresa para se deslocarem nas "longas" horas, incluindo os fins de semana a passearem nos centros comerciais...claro combustíveis e manutenção paga pela entidade patronal...
Quando me reformar, se houver verbas, só levo para casa 80% do ordenado....
Desafio aqui, aqueles que dizem, tanto mal dos FP, a colocarem aqui a sua folha de vencimento... que eu ponho a minha....
Sem esquecer que a vossa só resume o mínimo da facturação... pois o malandro do  Estado só quer cobrar impostos, aos coitados dos trabalhadores dos privados que ganham tal mal e passam tanta fominha.
Estejam descansados, podem sempre pedir um subsídio qualquer, mesmo que continuem a trabalhar e a acumular riqueza oculta, assim já podem comprar o último modelo da GS 1250...
Todos os meus amigos do privado ganham mais do triplo do que eu...e não passam os dias a trabalhar de sol a sol.

Querem dizer mal dos funcionários públicos e por aqui balelas, digam, mas não sejam FACCIOSOS e não digam MENTIRAS, o serviço público não é todo como o pintaram, assim como eu sei que, nem todos os privados têm as mesmas condições que descrevi...
Respeito todos os trabalhadores, de todas as áreas, privados e públicos, e exijo que me respeitem a mim... se assim não for  estou no sítio errado, pois não gosto de ambientes tóxicos onde, alguns, se posicionam num altar a debitar fundamentos pessoais para a maioria aplaudir.
« Última modificação: Novembro 25, 2020, 10:31:51, 10:31 por SJP »

Novembro 25, 2020, 12:53:48, 12:53
Responder #37

ModeradorB

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Apelamos aos membros do fórum para que se mantenham, tanto quanto possível, dentro da temática iniciada e na sua relação com as 2 rodas.

Seja dúvidas como iniciar actividade, ou que desafios se colocam, ou mesmo testemunhos relacionados com esta actividade que teve um grande crescimento no nosso país.


Obrigado

Novembro 25, 2020, 13:50:34, 13:50
Responder #38

pjmartinho

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SJP, já tinha dado para perceber por intervenções anteriores que trabalharias na função pública, ou estarias ligado a ela de alguma forma mas, aqui ninguém se colocou num altar a debitar fundamentos pessoais.

Foi dito que durante 2 anos trabalhaste numa empresa privada onde o patrão tinha alugado um andar inteiro no Saldanha e andava de Mercedes... so what??? ele estava a gastar o SEU dinheiro, do SEU investimento na empresa, correndo ELE todos riscos de se ser "patrão"... os funcionários chegam à empresa, picam o ponto e fazem o seu trabalho e no final do dia vão-se embora para casa sem terem de se propcupar com problemas que existam na empresa e, se são mal pagos têm bom remédio... podem procurar emprego noutro lado.

Agora, não concordo com a ideia subjacente de que os empregados têm de ganhar o mesmo que o patrão, só porque sim, ou porque temos todos os mesmos direitos, ou porque somos todos iguais. Na realidade temos todos os mesmos direitos, mas não somos todos iguais.

Os seguros de saude e os carros, são uma forma "disfarçada" de ordenado (porque as regras do jogo assim o permitem). São um custo para a empresa, que deduz esse custo nas suas contas, e são um extra para os funcionários que não têm de pagar do seu bolso essas coisas. Se a empresa lhe pagasse directamente esse dinheiro, tanto a empresa como o funcionário pagariam mais impostos e, no final da contas, o funcionário ficaria com menos dinheiro liquido no seu bolso se fosse "comprar" essas mesmas coisas com esse dinheiro extra.

Os meus pais foram funcionários públicos (o meu pai foi piloto na Força Aérea e a minha mãe foi professora do ensino público) e tenho amigos e familiares que também são funcionários públicos e acontece aquilo que acontece em todos os lados... há bons e maus profissionais. Alguns desses amigos e familiares têm uma dedicação grande à causa e são bons profissionais, enquanto outros nem justificam o ordenado que ganham, mas são os primeiros a reclamar por tudo e por nada.

A questão aqui não tem a haver com os funcionários publicos em si, mas sim com a forma como os estes "investimentos" publicos se desenrolam. Caso a camara municipal de Lisboa crie uma empresa, ou serviço, para competir com a Uber Eats e afins, as tais "gorduras" vão ser instaladas no topo da pirâmide, não vai ser nos motociclistas que andam a fazer as entregas... e a pergunta que faço é: para quê esta empresa (ou serviço)???

O software usado por estas empresas não custa "tostões"... pergunto, quem vai pagar este software??? Claro que é a camara municipal, com o dinheiro dos contribuintes e mais uma vez pergunto: para quê????

Dizem que as taxas que estas empresas cobram aos restaurantes são elevadas (nem discuto isso) mas os restaurantes não são obrigados a recorrer a estas empresas mas, se recorrem aos serviços destas empresas é porque, no fim das contas, lhes compensa. Se as taxas são altas, ou assumem o custo dessas taxas (que depois deduzem no seu IRS), ou repassam esse custo para o cliente final.

Infelizmente, vivemos num mundo onde a "desgraça" de uns é o "benefício" de outros mas, não vejo necessidade da existência de uma empresa/serviço camarario pois não acrescenta valor em nada e ainda vai andar a consumir dinheiro dos contribuintes.

 :backup.to.topic:

Coloquei aí para trás um video de um tipo que teve um carro a trabalhar para a Uber. Algumas das conclusões que tira também se aplicam à Uber Eats nomeadamente no que diz respeito a custos fixos (seguros tanto de empresa como de acidentes pessoais que são obrigatórios) e aos kms em "vazio", ou seja, depois da entrega têm de voltar ao restaurante para nova recolha e esses quilometros não são facturados mas no entanto gasta-se gasolina e pneus nesse trajecto.

Diria a quem pensa meter-se neste trabalho que faça bem as suas contas (se não souber os valores exactos, podem sempre fazer uma simulação com valores aproximados) pois corre-se o risco de andar a desgastar a sua mota, e a correr riscos desnecessários, para chegar ao fim e ganhar uns "tostões"... não é à toa que os que andam a fazer entregas conduzam que nem uns doidos pois todos os minutos que possam poupar nas viagens, poderão significar 2 ou 3 entregas a mais no final do dia e depois, também há um "incentivo" por parte destas empresas onde dão um prémio extra (monetário) caso se façam mais do que um X numero de entregas até uma dada hora, o que incentiva a que andem a conduzir que nem uns loucos.

Fazer vida disto, não me parece boa ideia, mas como um segundo emprego para ganhar mais uns "trocos" e ajudar no orçamento familiar é uma hipotese a considerar, já que os custos fixos da mota já existem (e têm de ser pagos).

Tal como o tipo diz no video, como se recebe todas as semanas fica-se com a ideia que isto é uma "mina de ouro" o que leva a que as pessoas se esqueçam dos custos que acontecem mais, ou menos, espaçados no tempo. A gasolina será um custo muito frequente, as manutenções um custo com menor frequência, pneus ainda menos frequência e seguros uma vez por ano... mas esses custos estão lá e têm de ser pagos.

Há por aqui um companheiro que tem uma scooter que a usa para fazer distribuição de qualquer coisa (nunca entendi bem o que era) e que em 4 anos (sensivelmente) já tem mais de 80.000kms feitos. O que ganha com a distribuição que faz chega para pagar as contas e sobra para o bolso dele? Imagino que sim, pois ainda faz essa distribuição mas não creio que seja a sua actividade principal.

Novembro 25, 2020, 14:10:04, 14:10
Responder #39

saraiva

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Esse vídeo foi de facto esclarecedor, e nunca tinha pensado na questão dos KMS mortos.

O negócio quando foi pensado era para ser dirigido diretamente aos motoristas, haver um intermediário investidor pelo meio vem esmagar mais ainda o rendimento.

De notar que no caso da Uber quase que foi obrigatória aparecer estes intermediários fruto das restrições que apareceram na sequência das reclamações dos taxistas. (Tornaram inviável o negócio para o que atualmente são apenas os motoristas, quase todos imigrantes).

Na Uber eats os km mortos são ainda mais difícil. Se um Uber eats vai levar uma refeição da Amadora a São Marcos fica lá a fazer o quê?

O mesmo em Sintra ou qualquer outra zona sem restaurantes.

Fica aqui mais uma nota que é o seguinte
 Nos últimos tempos tenho reparado num acréscimo de dois a trabalhar numa mota, o que permite despachar tudo mais rápido.

O Uber eats está a tornar-se numa corrida.
Há rosas cor-de-laranja mas não há laranjas cor-de-rosa. No entanto há laranjas verdes e rosas verdes não há.
Sym Jet14 0km --> 17147km | Keeway SuperLight 7041km --->10500km | UM Sport S 0km-->

Novembro 25, 2020, 14:21:00, 14:21
Responder #40

SJP

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A PJ martinho só  um reparo, o dinheiro empregue pelo jovem empresário, para pagar o Mercedes e o arrendamento, não  era dele. Era o capital social da empresa que provinha de fundos do IAPMEI, a findo perdido. Para isso o ordenado dos funcionários  Tal como a o dinheiro que veio da Europa, no início dos fundos europeus, era gasto em carros de luxo e não  no desenvolvimento das empresas. Claro que existem empresários com visão  alargada que formam empresas com muito sucesso e que distribuem os lucros, não  só pelos acionistas, mas igualmente pelos seus colaboradores. Contribuem assim para o desenvolvimento  do país e para o bem estar social.
PS: só nas sociedades unipessoais,  é possível um administrador,  movimentar a seu belo prazer os bens dessa sociedade, mesmo assim com regras. No geral estas são  empresas ao minuto. Convém consultar o código  das sociedades comerciais. Já  agora a figura do 'saneamento ' não  existe no código disciplinar doa funcionários  públicos. Existe sim o processo disciplinar.
« Última modificação: Novembro 25, 2020, 15:22:10, 15:22 por SJP »

Novembro 25, 2020, 15:56:17, 15:56
Responder #41

pjmartinho

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Já  agora a figura do 'saneamento ' não  existe no código disciplinar doa funcionários  públicos. Existe sim o processo disciplinar.

A figura do "saneamento" existe na constituição portuguesa. O processo disciplinar, no limite, pode levar ao saneamento tal como em qualquer empresa privada onde um processo disciplinar pode levar ao despedimento com justa causa.

Novembro 25, 2020, 23:18:23, 23:18
Responder #42

pjmartinho

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Um exemplo deste trabalho...



64€ em 19 entregas, ou seja, 3,37€ por entrega e começou a trabalhar ao meio dia e, pelo que percebo (porque a imagem está um pouco desfocada) teminou às 23:54, ou seja, quase 12H de trabalho.

Descontando intervalos para refeições (consideremos 2 horas) acaba por trabalhar 10H, ou seja, o rendimento é de 6,40€ por hora. Atendendo ao valor médio de cada entrega, acaba por fazer uma média de 2 entregas por hora.

Outro exemplo...



neste caso em 12 viagens recebeu 45€, ou seja, 3,75€ por viagem e trabalhou praticamente 9H. Neste 2º video dá para perceber que o que recebem também depende da distância percorrida mas, lá está, só se preocupam com os rendimentos que obtêm mas nem pensam nos quilometros que fizeram.

E uma opinião na 1ª pessoa...


Novembro 25, 2020, 23:28:29, 23:28
Responder #43

JoãoPVCarvalho

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Um exemplo deste trabalho...



64€ em 19 entregas, ou seja, 3,37€ por entrega e começou a trabalhar ao meio dia e, pelo que percebo (porque a imagem está um pouco desfocada) teminou às 23:54, ou seja, quase 12H de trabalho.

Descontando intervalos para refeições (consideremos 2 horas) acaba por trabalhar 10H, ou seja, o rendimento é de 6,40€ por hora. Atendendo ao valor médio de cada entrega, acaba por fazer uma média de 2 entregas por hora.

Outro exemplo...



neste caso em 12 viagens recebeu 45€, ou seja, 3,75€ por viagem e trabalhou praticamente 9H. Neste 2º video dá para perceber que o que recebem também depende da distância percorrida mas, lá está, só se preocupam com os rendimentos que obtêm mas nem pensam nos quilometros que fizeram.

E uma opinião na 1ª pessoa...


Correm por gosto...

Preferem ganhar mal do que ter de vergar a mola na maioria dos casos.
Por outro lado, temos os ilegais, como levam uma mochila com a marca ninguém os manda parar e com uma licença a mota trabalha pelo menos 16h.
Depois há os investidores "bitcoin" compram e exploram as licenças por um valor fixo ao dia sem qualquer risco ou custo de produção, e os que não conseguem comprar licenças porque não têm capital para investir, se querem ganhar uns trocos têm de esfolar o resto.
É a realidade comercial proporcionada pelas novas tecnologias, embora o princípio se mantenha. Quem tem dinheiro é que ganha realmente dinheiro.

Enviado do meu VOG-L29 através do Tapatalk

Um planeamento cuidado é meio caminho andado.✌
by JDilemas

Novembro 26, 2020, 12:16:15, 12:16
Responder #44

pjmartinho

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Correm por gosto...

Preferem ganhar mal do que ter de vergar a mola na maioria dos casos.
Por outro lado, temos os ilegais, como levam uma mochila com a marca ninguém os manda parar e com uma licença a mota trabalha pelo menos 16h.
Depois há os investidores "bitcoin" compram e exploram as licenças por um valor fixo ao dia sem qualquer risco ou custo de produção, e os que não conseguem comprar licenças porque não têm capital para investir, se querem ganhar uns trocos têm de esfolar o resto.
É a realidade comercial proporcionada pelas novas tecnologias, embora o princípio se mantenha. Quem tem dinheiro é que ganha realmente dinheiro.

Enviado do meu VOG-L29 através do Tapatalk

Estive a rever este ultimo video e houve uma coisa que me deixou bastante triste e que foi facto do rapaz, que aparenta estar nos 20 e muitos anos/trinta e poucos anos de idade, achar que um ordenado de 1000€ brutos seja um "bom ordenado".

Um valor ligeiramente abaixo deste (uns 100/200€ a menos), mas em escudos, ganhava eu à quase 30 anos atrás a fazer serviços de motorista para empresas de rent-a-car e não trabalhava o mês todo e, na altura era um ordenado "mediano". Quando comecei a trabalhar "à séria" tinha um ordenado equivalente a 1250€ que, na altura, era um ordenado "bonzinho". Como na altura se pagavam menos impostos, sobrava mais dinheiro "liquido" no bolso do que agora sobra a quem ganha estes valores.

O que me entristece nisto é ver o quanto este país andou para trás nos ultimos 30 anos onde aquilo que era um ordenado mediano, passou a ser considerado um "bom ordenado"  :napodeser:

Já vi mais uns videos de tipos que trabalham para a Uber Eats e, no geral, tiram por mês 1000€ brutos a trabalharem 12h (ou perto disso) por dia.

Depois tiram 23% para o IVA, ou seja, 230€... já só sobram 770€... têm de pagar a segurança social - não sei dizer qual o valor ao certo pois as regras de calculo mudaram - mas consideremos um valor 30€... já só sobram 740€... e depois têm de pagar IRS (que é uma coisa que a maioria dos videos não fala) que, embora só se pague 1 vez por ano, nada impede que todos os meses se ponha de parte o duodécimo respectivo e para um valor de 740€ a taxa é de 23%, ou seja, menos 170€... já só sobram 570€ que têm de dar para pagar gasolinas, seguros, manutenções e a vida, em geral, destas pessoas... e esta gente precisa de uma casa para viver que também tem custos.

Para trabalhar 12h por dia e ganhar estes valores liquidos, não vale mais ficar em casa a viver do RSI???
« Última modificação: Novembro 26, 2020, 12:19:02, 12:19 por pjmartinho »

Novembro 26, 2020, 14:06:47, 14:06
Responder #45

JViegas

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Penso que poderão pedir uma isenção do pagamento do IVA no primeiro ano de recibo verde.  :pensador:

Ou até determinado valor anual estão isentos do pagamento do IVA. Acho que é 10 mil ou 12 mil euros por ano.

https://www.idealista.pt/news/financas/mercado-laboral/2020/02/10/42364-recibos-verdes-quem-faturar-ate-12-500-euros-fica-isento-de-iva

https://www.doutorfinancas.pt/impostos/trabalhador-independente-quando-e-obrigatorio-pagar-iva/

Isenção do pagamento da Segurança Social (não sei se se aplica)
O trabalhador independente pode ficar isento do pagamento de contribuir quando:
•Relativamente ao rendimento relevante mensal médio apurado trimestral ou anualmente, consoante os casos, de montante inferior a  1.755,24 € (4 vezes o IAS), acumule atividade independente com atividade profissional por conta de outrem, desde que se verifiquem cumulativamente as seguintes condições: ◦O exercício das duas atividades profissionais seja prestado a entidades empregadoras distintas e que não tenham entre si uma relação de domínio ou de grupo
◦O exercício de atividade por conta de outrem determine o enquadramento obrigatório noutro regime de proteção social que cubra a totalidade das eventualidades abrangidas pelo regime dos trabalhadores independentes
◦O valor da remuneração média mensal considerada para o outro regime de proteção social seja igual ou superior a 438,81 € (uma vez o IAS).

•Seja simultaneamente pensionista de invalidez ou de velhice de regimes de proteção social, nacionais ou estrangeiros e a atividade profissional seja legalmente cumulável com a respetiva pensão
•Seja simultaneamente titular de pensão resultante da verificação de risco profissional e que sofra de incapacidade para o trabalho igual ou superior a 70%
•Em janeiro do ano seguinte àquele a que corresponde se tenha verificado a obrigação do pagamento de contribuições durante o ano anterior, pelo facto de não existirem rendimentos ou porque  o valor das contribuições devidas, pela aplicação do rendimento apurado tiver sido inferior a 20 €, e por esse motivo tenha sido fixada a base de incidência que corresponda ao montante de contribuições naquele valor,  e enquanto se mantiverem as condições que determinaram a sua aplicação.

Fonte: http://www.seg-social.pt/trabalhadores-independentes

Novembro 26, 2020, 14:26:42, 14:26
Responder #46

pjmartinho

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Como explicam num desses videos (ou noutros que vi nos entretantos), a Uber Eats exige que não estejam isentos de IVA enquanto a Glovo já permite isso.

Novembro 26, 2020, 16:23:34, 16:23
Responder #47

dfelix

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Estive a rever este ultimo video e houve uma coisa que me deixou bastante triste e que foi facto do rapaz, que aparenta estar nos 20 e muitos anos/trinta e poucos anos de idade, achar que um ordenado de 1000€ brutos seja um "bom ordenado".

É triste... mas não deixa de estar acima da média. (fonte)
 :-X

Já vi mais uns videos de tipos que trabalham para a Uber Eats e, no geral, tiram por mês 1000€ brutos a trabalharem 12h (ou perto disso) por dia.

Na prática nunca são 12h a bombar... pois o pico das entregas é em torno as horas das refeições, podendo se estender até mais tarde nos jantares.
Ao longo do dia apanham "migalhas", daí que seja comum encontra-los ás dezenas em macdrives e portas de centro comercial.

... têm de dar para pagar gasolinas, seguros, manutenções ...

A maioria são alugadas... portanto só pagam a gasolina.
Tens empresas a alugar ao mês e até no olx já encontras um mercado paralelo de particulares a alugar ao dia ou semana.  :D


Fico com a sensação que muita gente ainda não entendeu que isto não é uma profissão... mas um "biscate" perfeitamente legal.
E se há quem se dedique full time... não há mal nenhum nisso.
Claro que para se ganhar mais.. tem de se trabalhar mais.


Novembro 28, 2020, 14:57:24, 14:57
Responder #48

tiagofo20

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https://www.noticiasaominuto.com/pais/1626915/vizela-paga-taxis-para-entregar-comida-nos-proximos-fins-de-semana

A notícia é de Vizela, mas há mais municípios a seguir essa medida, uns porque querem ajudar as pessoas a ficarem em casa, outros porque querem combater os 35% sobre o valor da encomenda que a Uber Eats cobra à restauração.

Na minha opinião são políticos a querer corrigir mercado com dinheiro que podia ser usado de várias outras formas.

Ninguém obriga um restaurante a recorrer à Uber ou a outra plataforma. Se acham que lhes sai caro podem comprar uma mota e contratar um estafeta ou colocar os próprios serventes a fazer entregas, se acharem que dessa forma poupam dinheiro.

Um serviço desses feito por taxis leva mais tempo e fica mais caro, não sei se os taxistas ganharão comissão por cada entrega ou se vão ganhar o mesmo entregando muito ou pouco

Novembro 30, 2020, 08:29:10, 08:29
Responder #49

MotardFeio

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https://www.noticiasaominuto.com/pais/1626915/vizela-paga-taxis-para-entregar-comida-nos-proximos-fins-de-semana

(...)

Um serviço desses feito por taxis leva mais tempo e fica mais caro, não sei se os taxistas ganharão comissão por cada entrega ou se vão ganhar o mesmo entregando muito ou pouco

Se for como as SCUT's, passem carros ou não, o estado paga aos privados um X por ano.

Ou melhor,  pagamos nós dos nossos impostos!!!!
Sombra, Saúde e "não vamos ferir susceptibilidadezinhas"...
Que deus não pode dar tudo!!!

A tua liberdade acaba onde começa a minha