Autor Tópico: Fuel Cell (hidrogénio) nas motos...poderá ser viável??  (Lida 4338 vezes)

Dezembro 13, 2017, 13:13:55, 13:13
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Sapiens21

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Fuel Cell (hidrogénio) nas motos...poderá ser viável??






Depois de...há apenas 2 meses, ter sido dado conhecimento da existência de um protótipo de uma moto com célula de combustível de hidrogénio, agora o assunto parece vir a tornar-se mais sério, com a criação de toda uma rede de reabastecimentos de hidrogénio no Japão com o intuito de, numa primeira fase, conseguir suprir as necessidades de 40.000 veículos.

De tal forma que até algumas marcas automóveis se associaram ao projecto e pretendem criar + de centena e meia de postos de carregamento de hidrogénio até 2020, numa clara iniciativa de que..."nem tudo será eléctrico".

No que toca às motos, o primeiro passo foi dado (apesar de em 2009 já ter havido uma scooter que se lançou no mesmo) e, ainda que se trate apenas de um projecto -  inclusivamente já com soluções patenteadas para uma moto com esta tecnologia - já se sabe que nestas questões, o aparecimento tanto pode revelar que efectivamente algo no género irá crescer em termos de números e tornar-se viável, como pode não dar em nada!

A este respeito da Fuel Cell nas motos, e dadas as dificuldades técnicas e encarecimento final do produto, dou-vos conta do excerto de um artigo que ilustra bem parte daquilo que uma marca tem de ultrapassar:


"Despite the argument that it’s easy to store and transport, the gas is so thin that it’s actually very hard to contain. It either needs to be compressed at incredible pressure to get lots into a small volume, or it needs to be stored in liquid form at -253°C. Hydrogen molecules are also the smallest in the universe, making leak-proof containers hard to build. Hydrogen filling stations would, therefore, need to be completely reengineered compared to current petrol stations.

There’s also the issue of producing hydrogen in the first place. Most hydrogen is currently produced from hydrocarbon fuels, like natural gas, so carbon dioxide is still released into the atmosphere during the production process. The alternative is electrolysis, which uses electricity to split water into hydrogen and oxygen. That’s clean, but requires a huge amount of electricity, which in turn would need to be generated from a renewable source to give hydrogen fuel cells truly green credentials."

https://www.bennetts.co.uk/bikesocial/news-and-views/news/2017/october/honda_fuel_cell_bike


O que vale é que as tecnologias começam caras, mas....o tempo e a massificação tende a diminuir imenso o custo final.
Tenho a minha convicção de que os modelos eléctricos não vão dar "hipóteses" nenhumas à Fuel Cell nas motos, mas pode ser que me engane...pode ser que me engane. :-\




Deixo aqui um artigo para lerem sobre o tema: https://www.motorcycle-magazine.com/honda-gets-serious-fuel-cell/
« Última modificação: Dezembro 13, 2017, 13:19:15, 13:19 por Sapiens21 »
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Janeiro 23, 2021, 23:30:53, 23:30
Responder #1

2low

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Nos automóveis cada vez se torna mais viável...

E já temos uma proposta bem interessante:



As desvantagens podem ser tantas quanto as que se apontem aos Eléctricos mas estes a Hidrogénio têm logo vantagem perante esses quanto à significativa redução de peso...
cerca de 600/700kg a menos...  :tirarchapeu:

Acredito bem mais nesta tecnologia do que propriamente os "eléctricos".

E acredito também que se a Kawasaki recentemente virou as agulhas para este campo, iremos ter a curto prazo soluções japonesas também nos motociclos...
Digo soluções japonesas porque as marcas japonesas mais conhecidas trabalham em sinergia e parceria para criar tecnologia a curto prazo!
« Última modificação: Janeiro 23, 2021, 23:32:17, 23:32 por 2low »
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Janeiro 24, 2021, 11:42:55, 11:42
Responder #2

Wonderboy91

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E acredito também que se a Kawasaki recentemente virou as agulhas para este campo, iremos ter a curto prazo soluções japonesas também nos motociclos...


Camarada, onde se encontra a fonte desta notícia? Gostava de me informar mas relacionado com as motas

Janeiro 24, 2021, 11:59:30, 11:59
Responder #3

2low

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E acredito também que se a Kawasaki recentemente virou as agulhas para este campo, iremos ter a curto prazo soluções japonesas também nos motociclos...


Camarada, onde se encontra a fonte desta notícia? Gostava de me informar mas relacionado com as motas

Aqui está parte da informação: https://www.clubeportuguesmotociclismo.pt/index.php?topic=5837.msg103160#msg103160
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Janeiro 24, 2021, 12:22:53, 12:22
Responder #4

Wonderboy91

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E acredito também que se a Kawasaki recentemente virou as agulhas para este campo, iremos ter a curto prazo soluções japonesas também nos motociclos...


Camarada, onde se encontra a fonte desta notícia? Gostava de me informar mas relacionado com as motas

Aqui está parte da informação: https://www.clubeportuguesmotociclismo.pt/index.php?topic=5837.msg103160#msg103160

Camarada, obrigado pela partilha, mas segundo um mesmo link (https://www.mcnews.com.au/kawasaki-heavy-industries-to-separate-motorcycle-business/) no qual me direcionou, informa isto:

"The huge conglomerate that is KHI builds ships, trains, planes, helicopters, hydraulics and robotics along with gas turbines and jet engines that run on hydrogen, amongst many other things.

Thus while Kawasaki is a massive global force in the motorcycle world, in the grand scheme of things, the motorcycle business is not their core asset, not even close."

Não informa rigorosamente nada em relação a motociclos a hidrogênio relativamente a Kawasaki. Informa que a Kawasaki heavy industries não tem nada a ver com a Kawasaki motorcycle.

Já a outra notícia revela algo mas nada associado a marcas  pelo que tenha lido, apenas uma modelos protótipos da Suzuki e yamaha. Há algo mais concreto que possam partilhar?
Agradeço
« Última modificação: Janeiro 24, 2021, 12:37:32, 12:37 por Wonderboy91 »

Janeiro 24, 2021, 13:16:32, 13:16
Responder #5

2low

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E acredito também que se a Kawasaki recentemente virou as agulhas para este campo, iremos ter a curto prazo soluções japonesas também nos motociclos...


Camarada, onde se encontra a fonte desta notícia? Gostava de me informar mas relacionado com as motas

Aqui está parte da informação: https://www.clubeportuguesmotociclismo.pt/index.php?topic=5837.msg103160#msg103160

Camarada, obrigado pela partilha, mas segundo um mesmo link (https://www.mcnews.com.au/kawasaki-heavy-industries-to-separate-motorcycle-business/) no qual me direcionou, informa isto:

"The huge conglomerate that is KHI builds ships, trains, planes, helicopters, hydraulics and robotics along with gas turbines and jet engines that run on hydrogen, amongst many other things.

Thus while Kawasaki is a massive global force in the motorcycle world, in the grand scheme of things, the motorcycle business is not their core asset, not even close."

Não informa rigorosamente nada em relação a motociclos a hidrogênio relativamente a Kawasaki. Informa que a Kawasaki heavy industries não tem nada a ver com a Kawasaki motorcycle.

Já a outra notícia revela algo mas nada associado a marcas  pelo que tenha lido, apenas uma modelos protótipos da Suzuki e yamaha. Há algo mais concreto que possam partilhar?
Agradeço

Já é "boneco de 2018" mas mostra claramente a estratégia...

(pode utilizar o google tradutor no telemóvel utilizando a câmara para verificar o texto...)

O boneco está disponivel num site japonês que fala claramente no intuito da Kawasaki desenvolver este tipo de motorizações nos motociclos.
A questão é que... investir dinheiro em motociclos a hidrogénio se não há nem existe infraestruturas...
Daí que a reformulação da Kawasaki já a partir de Outubro seja precisamente para a 1ª fase: criar infraestruturas

MAS não duvide que o hidrogénio poderá ser mesmo a nossa realidade!

O que seria de Galileu se acreditasse apenas no que os outros acreditavam...
Bem...coitado dele nos dias de hoje... seria apelidado de conspirador de teorias da conspiração...

nota: nenhuma marca actualmente disponibiliza à mercê de todos as suas estratégias... e os Japoneses são bem mais eficientes quando querem...
Não é portanto tão difícil de compreender que o que possa estar em desenvolvimento esteja claramente no segredo dos deuses...
« Última modificação: Janeiro 24, 2021, 13:20:51, 13:20 por 2low »
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Janeiro 24, 2021, 15:34:13, 15:34
Responder #6

JoãoPVCarvalho

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Companheiros.

Negacionistas sempre existiram e vão continuar a existir.

Eu trabalho no setor de produção de energia e posso garantir que a tecnologia e as infraestruturas não estão assim tão longe nem são assim tão secretas. Ainda estão é nas mãos dos grandes players ao nível das infraestruturas para produção, quando se começar a pensar em distribuição logo tudo começa a surgir nos vários meios de comunicação social enquanto os interesses económicos instalados se degladiam por uma fatia do bolo.
Não é por acaso que os construtores de automóveis têm investido tanto nos carros eléctricos, na base os veículos a Hidrogénio não passam de VE com uma fonte de energia diferente no seu armazenamento, a locomoção continuará a ser elétrica. Mas para já tudo isto é especulação, o que vos posso garantir é que já há verbas verdadeiramente absurdas prontas para investir. (não é por acaso que os abutres do costume já se estão a agitar e a ser alvo de escutas).
A "minha" empresa está na linha da frente e com projecto já em fase de estudos e licenciamento. Até ao final de 2021 vão investir 2.5M€ e isto é só para começar, porque nos 3 anos seguintes este valor é apenas uma fracção do que vai ser investido. Atenção que isto é só para Portugal, na Alemanha por exemplo, o projecto é 6 vezes maior. 🤷‍♂️

Agora cada um acredita e defende o que quizer.
Os motores de combustão interna têm os anos contados.

Um planeamento cuidado é meio caminho andado.✌
by JDilemas

Janeiro 24, 2021, 16:02:24, 16:02
Responder #7

Wonderboy91

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Agradeço a partilha  ;)

É sempre bom ter acesso a estás notícias e inovações com base concreta. Hei-de pesquisar mais sobre o assunto mas já valeu pelo seu post camarada João.

Boas curvas

Janeiro 24, 2021, 18:54:45, 18:54
Responder #8

Lourenço

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O hidrogénio é sem dúvida uma alternativa e desde há muito que me interesso pelo tema e partilho do otimismo de muitos.
No entanto ainda vai levar algum tempo a ter expressão no transporte ligeiro como já tem os EVs.
Nos pesados, navios, grande máquinas de estaleiro,  locomotivas circulando nos muitos troços de ferrovia sem eletrificação vai ser mais fácil.

Existem exemplos de ligeiros já preparados financeiramente e tecnicamente para enfrentarem o mercado, como o Mirai, mas alem da produção de hidrogénio verde, das estruturas de grosso e retalho que estão a ser desenvolvidas há a aceitação dos particulares na vertente psicológica a ter centenas de bar num depósito a bordo e a fiabilidade por demonstrar.

Resolve a questão da poluição (sendo hidrogénio verde), da autonomia, do tempo de abastecimento e também a questão fiscal  >:( (porque não poderemos abastecer em casa e a fiscalidade pode continuar a ser específica para o combustível o que com os Evs não acontece).

Há alem de tudo algumas questões:
- Existe uma bateria que mesmo otimizada terá um tempo de vida relativamente curto (terá de ser relativamente pequena pelo menos com as tecnologias conhecidas porque ao seu peso se junta toda a componente depósito e componentes de conversão de hidrogénio) devido á enorme solicitação traduzida em numero de ciclos.
- O depósito embarcado de hidrogénio é tecnologicamente algo muito elaborado e terá um prazo de validade, (não sei como será homologado), á semelhança dos atuais depósitos dos veículos GPL cujas pressões são muito mais baixas e menos exigentes. O custo desta substituição será de quanto? Ainda não sabemos.

Como escreve acima o JoãoPVCarvalho neste momento há investimentos enormes nesta opção e estou convencido que será imparável e mais uma do mix de alternativas mas, nos motociclos estou céptico a médio prazo, por questões técnicas e de segurança.
« Última modificação: Janeiro 24, 2021, 18:58:42, 18:58 por Lourenço »

Janeiro 26, 2021, 23:22:36, 23:22
Responder #9

Cross

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Fuel cells nunca será opção nas motos. Mesmos nos carros a falta de investimentos em comparação com os EVs igualmente não vai acontecer. Talvez um nicho de mercado como os pesados, porque como foi dito é perigoso.

Existem baterias que carregam em 5 minutos!!!  É praticamente o mesmo que pôr gasolina ou o break para aliviar a bexiga enquanto carrega. Nem será necessário segurar a "mangueira" ao pé no carro é deixa lo sozinho a carregar... Até convém porque as fonte comutadas de alta voltagem deve fazer uma chiadeira infernal... Quando estás baterias se tornarem main stream esquece fuel cell. E os motores de combustão vai ser a minoria ou excentricidade para os que possam pagar os impostos mais elevados, e não será pelas performances porque o petróleo ainda é mais barato que a electricidade e vai ser mais pelas leis do mercado, mas pela legislação dos paises sobre os limites de emissões.

Bom Senso e Senso Comum nunca fez mal a ninguém!

Janeiro 26, 2021, 23:44:00, 23:44
Responder #10

2low

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Fuel cells nunca será opção nas motos. Mesmos nos carros a falta de investimentos em comparação com os EVs igualmente não vai acontecer. Talvez um nicho de mercado como os pesados, porque como foi dito é perigoso.

Existem baterias que carregam em 5 minutos!!!  É praticamente o mesmo que pôr gasolina ou o break para aliviar a bexiga enquanto carrega. Nem será necessário segurar a "mangueira" ao pé no carro é deixa lo sozinho a carregar... Até convém porque as fonte comutadas de alta voltagem deve fazer uma chiadeira infernal... Quando estás baterias se tornarem main stream esquece fuel cell. E os motores de combustão vai ser a minoria ou excentricidade para os que possam pagar os impostos mais elevados, e não será pelas performances porque o petróleo ainda é mais barato que a electricidade e vai ser mais pelas leis do mercado, mas pela legislação dos paises sobre os limites de emissões.

Tudo o que seja tecnologia desconhecida e nova, o ser humano no geral desconfia e aponta-lhe sempre todas as desvantagens...
Foi assim com os eléctricos, que também continuam a lutar contra esses estigmas e vai ser assim com o Hidrogénio.
O ser humano inversamente também é capaz sempre de se transcender quando menos se espera e certamente que vai encontrar solução...

Nas motos, só uma espécie de "baterias fuell cell tipo plugin" pré-carregadas em postos de substituição (podem ser os antigos postos de abastecimento) é que pode tornar a coisa mais viável...
E não esquecer a recente "sinergia/parceria" das marcas japonesas mais conhecidas no sentido de desenvolverem baterias standard, na altura a noticia apontava aos motociclos eléctricos mas pode bem se estender ao Hidrogénio...

A parte complicada [infraestruturas no geral] é como se procede para um "posto de substituição" ter disponivel essas "baterias fuell cell plugin standard" em numero suficiente para a procura:
- versão 1:  ter uma zona adjacente em que é o próprio posto de substituição a carregar as baterias [redução de riscos no carregamento do próprio veiculo]
- versão 2: ter armazém adjacente dividido em duas zonas, uma para o armazenamento das baterias carregadas e com entregas sistemáticas, e outro para o armazenamento das baterias descarregadas [neste ultimo caso obriga a um processo de recolha e entrega como acontece actualmente com os combustíveis fosseis]

Se é perigoso para um carro/moto também é perigoso para um camião... e para um barco... etc...
Pode é inicialmente o "sistema" estar pouco desenvolvido para carros e motos e já estar mais avançado no resto...
...e só quando for rentável o desenvolvimento para os carro/moto é que torna esta solução como opção mais ou menos válida que os já então "banais eléctricos".

Umas duvidas que tenho:
- no hidrogénio existe à mesma a necessidade de exploração de Lítio?
- a produção de "fuell cell" ou carregamento é mais ou menos limpa que a produção de energia para os veículos eléctricos?

Se a Electricidade fosse o futuro e se fosse realmente tão boa (e tão capaz como tem sido focando-se apenas nas vantagens do petróleo), jamais se iria continuar a estudar (e investir) alternativas.
Em Portugal o automóvel foi "implantado" a partir de ~1900, foram sensivelmente 120anos, dos quais, só praticamente nos últimos anos se tem pesquisado motorizações híbridas ou novos tipos de motorização e só aconteceu porque se dizia que o Petróleo estava a acabar e afinal a situação é bem pior e bem mais do que esse mero facto redundante, pois alarga-se às questões do ambiente (e "sobrevivência" do planeta). Se a electricidade fosse o futuro, estaria-se só a desenvolver os eléctricos e de novo estaríamos só necessitados da electricidade durante outros tantos 120anos...
A (talvez única) vantagem dos eléctricos é que a curto prazo têm um desenvolvimento e amadurecimento mais "concretizado"...
« Última modificação: Janeiro 27, 2021, 00:04:15, 00:04 por 2low »
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Janeiro 27, 2021, 03:51:03, 03:51
Responder #11

dfelix

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Se a Electricidade fosse o futuro e se fosse realmente tão boa (e tão capaz como tem sido focando-se apenas nas vantagens do petróleo), jamais se iria continuar a estudar (e investir) alternativas.

Mas hidrogénio não é utilizado nestes veículos precisamente para produzir corrente eléctrica?

- no hidrogénio existe à mesma a necessidade de exploração de Lítio?

Certamente que sim, pois utilizam baterias na mesma. Apenas menores.
Na prática, os veículos a hidrogénio são EV com menor dependência de energia armazenada. Porque a consegue produzir.

- a produção de "fuell cell" ou carregamento é mais ou menos limpa que a produção de energia para os veículos eléctricos?

A "fuel cell" é o "componente" que transforma o hidrogénio em electricidade.
O hidrogénio usado no carregamento terá de ser produzido industrialmente e isso requer energia eléctrica.
E a origem dessa não será certamente diferente de tudo o resto que consome electricidade.
Pode ser proveniente de renováveis como pode não ser.

Duma perspectiva simplista, o desafio é sempre o armazenamento de energia.
Uma bateria eléctrica armazena directamente a energia no seu interior.
Mas existem formas indirectas.
Ou seja, "gasta-se" energia electrica transformando "algo" que pode mais tarde voltar a ser transformado em energia electrica.

O hidrogénio é um bom exemplo.
Até a água. Por exemplo, a bacia de uma barragem é uma enorme reserva de energia.

E "reservar energia" de formas alternativas é de certa forma optimizar os recursos existentes.
Porque a energia injectada na rede que não é usada... pura e simplesmente perde-se.
Logo, em períodos de menor consumo usar essa energia para produzir hidrogénio ou mesmo bombear agua de novo para as barragens não deixa de ser uma forma de indirectamente reservar energia.


« Última modificação: Janeiro 27, 2021, 03:58:49, 03:58 por dfelix »

Janeiro 27, 2021, 10:40:37, 10:40
Responder #12

Lourenço

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E não esquecer a recente "sinergia/parceria" das marcas japonesas mais conhecidas no sentido de desenvolverem baterias standard, na altura a noticia apontava aos motociclos elétricos mas pode bem se estender ao Hidrogénio...
A parte complicada [infraestruturas no geral] é como se procede para um "posto de substituição" ter disponível essas "baterias fuell cell plugin standard" em numero suficiente para a procura:
- versão 1:  ter uma zona adjacente em que é o próprio posto de substituição a carregar as baterias [redução de riscos no carregamento do próprio veiculo]
- versão 2: ter armazém adjacente dividido em duas zonas, uma para o armazenamento das baterias carregadas e com entregas sistemáticas, e outro para o armazenamento das baterias descarregadas [neste ultimo caso obriga a um processo de recolha e entrega como acontece atualmente com os combustíveis fosseis]

Talvez haja aqui alguma confusão. O hidrogénio num depósito de uma viatura é a reserva de energia ou seja há haver trocas de reserva de energia seria troca de depósitos e isso não é viável.
Existe uma bateria num fuel cell que serve para servir de tampão entre a energia produzida a bordo e a necessária a enviar aos motores de locomoção e periféricos diversos  e á por enquanto inevitável bateria de 12/24/48 V.

Se é perigoso para um carro/moto também é perigoso para um camião... e para um barco... etc...
Pode é inicialmente o "sistema" estar pouco desenvolvido para carros e motos e já estar mais avançado no resto...
...e só quando for rentável o desenvolvimento para os carro/moto é que torna esta solução como opção mais ou menos válida que os já então "banais elétricos".

A perigosidade é inferior nos pesados, nos navios, nas locomotivas e grandes máquinas de estaleiro porque devido á sua dimensão a variável peso dos sistemas de proteção será menos preponderante. Igualmente a utilização dos veículos referidos é mais seletiva em partilha de circulação, em operadores de mobilidade e mais abrangente em economia de escala.
No entanto já circulam veículos ligeiros com milhões de km feitos e sem problemas.

Umas duvidas que tenho:
- no hidrogénio existe à mesma a necessidade de exploração de Lítio?
- a produção de "fuel cell" ou carregamento é mais ou menos limpa que a produção de energia para os veículos elétricos?

Existe a mesma com as atuais tecnologias na medida em que um sistema fuel cell não dispensa uma bateria embora possa ser mais pequena, porque a energia locomotiva, a eletricidade, é produzida a bordo e a autonomia não é dependente da capacidade desta mas do hidrogénio no depósito.
Construir uma fuel cell não é mais “sujo” que construir muitos outros sistemas.
Produzir eletricidade a partir de uma fuel cell é limpo ou sujo dependendo de como foi produzido o hidrogénio.
O hidrogénio limpo, ou seja produzido com sol ou vento (ou outros) deve ser encarado como uma reserva de energia, como a água de uma barragem, pronta a entrar em ação na produção de eletricidade quando não houver sol ou vento ou nos picos de consumo e no caso da locomoção ou trabalho quando dela necessitamos. A eficiência ainda é baixa, em torno dos 50%. A reutilização de água nas barragens para uma segunda passagem nas turbinas com a respetiva bombagem é banal em muitas barragens de cota baixa e amiúde menos eficiente.
Em complemento das energias renováveis a eficiência global da produção e utilização do hidrogénio é elevada, comparando mesmo com as grandes baterias estacionárias (que cada vez mais diferem tecnologicamente das baterias embarcadas) e já existem kits domésticos ou de pequena dimensão, que se vão generalizar, para aproveitar por exemplo a energia dos painéis fotovoltaicos quando em excesso, para produzir hidrogénio, armazena-lo e produzir energia elétrica quando não há sol.

Se a Electricidade fosse o futuro e se fosse realmente tão boa (e tão capaz como tem sido focando-se apenas nas vantagens do petróleo), jamais se iria continuar a estudar (e investir) alternativas.

O hidrogénio é eletricidade na respetiva produção e no resultado da conversão posterior.
O hidrogénio é uma reserva de energia produzida a partir de eletricidade (de preferência limpa) e que será convertida em eletricidade para consumo nos motores de um veículo, na rede elétrica em geral.

Janeiro 27, 2021, 11:50:06, 11:50
Responder #13

2low

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E não esquecer a recente "sinergia/parceria" das marcas japonesas mais conhecidas no sentido de desenvolverem baterias standard, na altura a noticia apontava aos motociclos elétricos mas pode bem se estender ao Hidrogénio...
A parte complicada [infraestruturas no geral] é como se procede para um "posto de substituição" ter disponível essas "baterias fuell cell plugin standard" em numero suficiente para a procura:
- versão 1:  ter uma zona adjacente em que é o próprio posto de substituição a carregar as baterias [redução de riscos no carregamento do próprio veiculo]
- versão 2: ter armazém adjacente dividido em duas zonas, uma para o armazenamento das baterias carregadas e com entregas sistemáticas, e outro para o armazenamento das baterias descarregadas [neste ultimo caso obriga a um processo de recolha e entrega como acontece atualmente com os combustíveis fosseis]

Talvez haja aqui alguma confusão. O hidrogénio num depósito de uma viatura é a reserva de energia ou seja há haver trocas de reserva de energia seria troca de depósitos e isso não é viável.
Existe uma bateria num fuel cell que serve para servir de tampão entre a energia produzida a bordo e a necessária a enviar aos motores de locomoção e periféricos diversos  e á por enquanto inevitável bateria de 12/24/48 V.

Se é perigoso para um carro/moto também é perigoso para um camião... e para um barco... etc...
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...e só quando for rentável o desenvolvimento para os carro/moto é que torna esta solução como opção mais ou menos válida que os já então "banais elétricos".

A perigosidade é inferior nos pesados, nos navios, nas locomotivas e grandes máquinas de estaleiro porque devido á sua dimensão a variável peso dos sistemas de proteção será menos preponderante. Igualmente a utilização dos veículos referidos é mais seletiva em partilha de circulação, em operadores de mobilidade e mais abrangente em economia de escala.
No entanto já circulam veículos ligeiros com milhões de km feitos e sem problemas.

Umas duvidas que tenho:
- no hidrogénio existe à mesma a necessidade de exploração de Lítio?
- a produção de "fuel cell" ou carregamento é mais ou menos limpa que a produção de energia para os veículos elétricos?

Existe a mesma com as atuais tecnologias na medida em que um sistema fuel cell não dispensa uma bateria embora possa ser mais pequena, porque a energia locomotiva, a eletricidade, é produzida a bordo e a autonomia não é dependente da capacidade desta mas do hidrogénio no depósito.
Construir uma fuel cell não é mais “sujo” que construir muitos outros sistemas.
Produzir eletricidade a partir de uma fuel cell é limpo ou sujo dependendo de como foi produzido o hidrogénio.
O hidrogénio limpo, ou seja produzido com sol ou vento (ou outros) deve ser encarado como uma reserva de energia, como a água de uma barragem, pronta a entrar em ação na produção de eletricidade quando não houver sol ou vento ou nos picos de consumo e no caso da locomoção ou trabalho quando dela necessitamos. A eficiência ainda é baixa, em torno dos 50%. A reutilização de água nas barragens para uma segunda passagem nas turbinas com a respetiva bombagem é banal em muitas barragens de cota baixa e amiúde menos eficiente.
Em complemento das energias renováveis a eficiência global da produção e utilização do hidrogénio é elevada, comparando mesmo com as grandes baterias estacionárias (que cada vez mais diferem tecnologicamente das baterias embarcadas) e já existem kits domésticos ou de pequena dimensão, que se vão generalizar, para aproveitar por exemplo a energia dos painéis fotovoltaicos quando em excesso, para produzir hidrogénio, armazena-lo e produzir energia elétrica quando não há sol.

Se a Electricidade fosse o futuro e se fosse realmente tão boa (e tão capaz como tem sido focando-se apenas nas vantagens do petróleo), jamais se iria continuar a estudar (e investir) alternativas.

O hidrogénio é electricidade na respectiva produção e no resultado da conversão posterior.
O hidrogénio é uma reserva de energia produzida a partir de electricidade (de preferência limpa) e que será convertida em electricidade para consumo nos motores de um veículo, na rede eléctrica em geral.

Confesso que não sou nenhum conhecedor na matéria e parte da confusão começa na tentativa de pensar que um eléctrico ou "hidrogénio" tenha um funcionamento não tão diferente que um veiculo tradicional de combustão mas com uma diferente fonte de energia...  :pensador:
[Cross, assim tens razão em grande parte do que escreveste. Desculpa ter tentado contrariar.  ;) ]
Então um veiculo a hidrogénio não passa de um falso eléctrico mas com grandes vantagens (excepto a perigosidade do carregamento), uma espécie de híbrido eléctrico+hidrogénio?!
[Recordo-me da noticia da Kawasaki estar a desenvolver motociclos híbridas...]

No exemplo do novo Toyota Mirai, aponta-se para uma diferença de quase 800kg a menos face um um Mirai eléctrico, parece-me uma vantagem.

Pronto... reformulando... não acredito no futuro dos puros ou "tradicionais" eléctricos mas sim nos híbridos a hidrogénio.
Grão a Grão, Comemos Feijão!
"Nada é para sempre, nem mesmo os problemas", Charlie Chaplin


Janeiro 27, 2021, 16:47:08, 16:47
Responder #14

dfelix

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... não acredito no futuro dos puros ou "tradicionais" eléctricos mas sim nos híbridos a hidrogénio.

Não entendo a que te referes com "híbridos a hidrogénio".

De qualquer forma, o "futuro" passa sempre pela tecnologia que ofereça um melhor custo/beneficio para o consumidor.


Março 04, 2021, 20:49:40, 20:49
Responder #15

Lourenço

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A Toyota, sendo uma das pioneiras no híbridos (os verdadeiros e mais eficientes) é uma das marcas que não aposta e nem acredita muito nos EVs (a bateria).
Desenvolveu e escolheu o caminho das fuel cell.

Fuel Cell
Todos os segredos da nova «caixa de hidrogénio» da Toyota
A partir do segundo semestre de 2021, qualquer marca ou empresa, vai poder adquirir as «caixas de hidrogénio» da Toyota para equipar os seus produtos.
Akio Toyoda, diretor executivo do gigante nipónico já o tinha afirmado antes e agora volta a dar mais um sinal de abertura à partilha da tecnologia Fuel Cell — ou se preferirem, pilha de combustível — para acelerar a disseminação desta solução tecnológica.

Um sinal que se traduziu no desenvolvimento de uma «caixa de hidrogénio». Trata-se de um módulo compacto, que pode ser comprado por qualquer marca ou empresa, para ser utilizado nas mais variadas aplicações. Dos camiões aos autocarros, passando pelos comboios, barcos e até geradores de energia estacionários.

A comercialização das «caixas de hidrógénio» da Toyota vai arrancar já no segundo semestre de 2021. A marca nipónica prescindiu inclusivamente dos royalties da sua tecnologia Fuel Cell, para que todas as marcas e empresas a possam utilizar sem restrições.


https://www.razaoautomovel.com/2021/03/todos-os-segredos-da-nova-caixa-de-hidrogenio-da-toyota

Março 04, 2021, 22:24:36, 22:24
Responder #16

dfelix

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A Toyota, sendo uma das pioneiras no híbridos (os verdadeiros e mais eficientes) é uma das marcas que não aposta e nem acredita muito nos EVs (a bateria).
Desenvolveu e escolheu o caminho das fuel cell.

Só que o caminho das fuel cell assenta sobre uma plataforma EV que embora de menor capacidade, não dispensa de bateria.   :-X

Março 04, 2021, 22:25:42, 22:25
Responder #17

Sapiens21

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A parte do "não aposta e nem acredita muito nos EVs (a bateria)", efectivamente era uma realidade - diria quase como que assumida pela marca - até há coisa de um a dois anos atrás.

Porém, no presente e por aquilo que tenho acompanhado, a revolução está a caminho e conta com uma investida da marca em EVs. Isto além dos (importantes) investimentos nas baterias de estado sólido.

Pode ser que nessa altura também os motociclos possam beneficiar com esses avanços, pois esse tipo de baterias que indico acima são aquilo que os maiores fabricantes pretendem.
E por várias razões...

A procura por um eletrólito sólido demonstra já (em fase de testes, é bom dizer) vantagens relativamente aos líquidos, designadamente numa muito maior capacidade e também melhorias no carregamento.
Até mesmo na segurança já li que são um avanço face às actuais, com a possível e ocasional explosão (que vai havendo) a ser algo que não ocorrerá nestas novas de estado sólido.

Veremos....  :)
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Março 04, 2021, 22:35:44, 22:35
Responder #18

Lourenço

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A Toyota, sendo uma das pioneiras no híbridos (os verdadeiros e mais eficientes) é uma das marcas que não aposta e nem acredita muito nos EVs (a bateria).
Desenvolveu e escolheu o caminho das fuel cell.

Só que o caminho das fuel cell assenta sobre uma plataforma EV que embora de menor capacidade, não dispensa de bateria.   :-X

Exato, não dispensa bateria, embora diferente, menor, menos exigente em termos de especificações e que não tem relação com a autonomia do veículo nem com tempo de "abastecimento".

Março 04, 2021, 22:44:46, 22:44
Responder #19

dfelix

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Exato, não dispensa bateria, embora diferente, menor, menos exigente em termos de especificações e que não tem relação com a autonomia do veículo nem com tempo de "abastecimento".

É aí que tenho algumas dúvidas.
Porque não só parte da corrente eléctrica gerada pela fuell cell como tudo o que é produzido pela regeneração vai parar a essa bateria.
 :-\

Portanto, menor? Sem dúvida...
Mas menos exigente? Não me parece...



Março 04, 2021, 23:38:32, 23:38
Responder #20

Lourenço

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É mais complexo do que isto mas simplificando, a bateria serve de tampão e reserva. Há produção de energia que vai "diretamente" para os motores elétricos (exceptuando retificadores, inversores, etc) e outra que produzida por momentos em excesso vai para a bateria que por sua vez a dispensa quando a produção está em falta ou não é vantajoso incrementar, tudo isto de forma a optimizar o sistema entre produção e consumo da forma mais linear possível. No fundo parte da energia necessária ao trabalho de locomoção passará pela bateria mas só uma parte.
Há já algumas variantes a estes princípios, tudo evolui, muito rapidamente e nos sistemas estacionários em que não existe a necessidade de alterações bruscas e constantes de trabalho já é possível de se passar de bateria e nos sistemas on-grid a questão não se coloca.

Nas baterias de EVs, alem de toda a energia ter que ser acumulada nas mesmas, tem de estar preparadas em capacidade, densidade e termicamente para receber e entregar grandes quantidades de energia e em porções longas de ciclos, por vezes ciclos inteiros nos dois sentidos e nos fuel cell o range é muito mais limitado assim como o C rate ( quantidade de energia recebida (ou dispensada) relativa á capacidade total.

Em tempos e creio que ainda existem marcas de baterias AA e AAA que diferenciam as suas referências segundo o fim a que se destinam, para um telecomando, para um relógio de cozinha, descargas pouco intensas e necessidade de manter carga durante muito tempo e para um, por exemplo, brinquedo sexual ou uma lanterna, onde a necessidade de intensidade de descarga é superior e o tempo entre recargas é inferior, diferenciação esta na sua composição química, na espessura e disposição de camadas, na proteção eletrónica, etc, com o fim de uma maior eficácia e fiabilidade; a esta escala o custo de umas já é ligeiramente diferente das outras embora para o grande público uma bateria recarregável seja igual a uma outra desde que o formato e capacidade sejam os mesmos e o mercado é que manda.

Março 05, 2021, 01:10:56, 01:10
Responder #21

dfelix

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A questão há pouco passava pela "exigência"...
E a utilização enquanto "tampão e reserva" parece-me precisamente a mais desgastante no que diz respeito a alternância entre carregamento e descarga.

Além de que eficiência disto é fundamental para a própria "poupança" de hidrogénio.
Daí que não acredito que uma coisa venha desprezar outra só pelo simples facto de não depender de tanta carga acumulada.

(Daí ter dito "menor" mas não necessariamente "menos exigente")

Sim, para o mesmo formato de baterias existem especificações diferentes.
Mas nem por isso se tornam menos genéricas. Até porque essa é uma característica fundamental para a reciclagem.

Há uns tempos tropecei num qualquer artigo que mostrava a "bateria" dum qualquer EV descascada.. e internamente eram enormes racks preenchidas com samsung 40T.  :)



Março 05, 2021, 10:43:01, 10:43
Responder #22

Lourenço

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Passava e passa, como tentei explicar, alem de necessitarem de densidade energética menos apurada, não estão sujeitas a intensidades (A) de carga e descarga tão fortes e tão prolongadas.
A bateria num fuel cell tem uma prestação semelhante á bateria de um hibrido Toyota HSD, por exemplo, é um meio auxiliar á locomoção que nos casos da Toyota apoia o motor a combustão de ciclo Atkinson quando necessário e num veículo movido a hidrogénio apoia a fuel cell.

Sendo um apoio, só entra em ação quando necessário, por períodos de tempo curtos e com intensidades de corrente mais baixas que num EV puro onde a bateria assegura a integralidade da energia necessária permanentemente.
A bateria num fuel cell não tem como função "poupar" hidrogénio mas sim aproveitar os excessos momentâneos de produção de corrente elétrica a bordo, aproveitar a energia cinética, garantir o funcionamento e inicio do sistema.

Mencionas as samsung 40T, ou seja formato 21700, com estas assim como com as mais antigas 18650 e eventualmente as novas 4680, existem células especificas para cada uso final.
Quem utilizou ou utiliza cigarros eletrónicos sabe que nas 18650 há a escolha entre células com muita capacidade e pouca intensidade de descarga o que as limita para os mais exigentes em produção de grandes nuvens de vapor que com resistências (trabalho) acima de 0 Ohm, por vezes a passar 1.5 Ohm se traduz em ausência de hit ou sweet spot, por outro lado mas bem mais caras porque com construção mais elaborada, as 18650 com maior intensidade de descarga podendo suportar resistências inferiores a 0 Ohm,por questões de segurança e de dificuldade de produção são sempre de capacidade, densidade energética, inferiores. Depois há, neste caso, as células protegidas, cada uma com o seu circuito eletrónico próprio e as desprotegidas que devem ser utilizadas com hardware preparado. Construí algumas baterias, uma delas com quase 80 células com a finalidade de bateria estacionária para pequenos consumos e uma outra com a finalidade de power bank e starter battery com pouco mais de 2/3 das células e 1/2 da capacidade que acabou por ficar mais cara porque a exigência de utilização era maior sobretudo no máximo de intensidade (A) de saída.

Certamente será um custo a considerar, a substituição de uma bateria de um fuel cell, mas se tomarmos como exemplo um HSD, a longevidade das mesmas vai alem de alguma centenas de milhares de km e o custo era há dois anos já inferior a 1800 €. Mais uns anos e já teremos menos dúvidas.

Pelo que tenho observado, em Portugal e fora, os mais céticos relativamente aos fuel cell que também são veículos eléctricos, são os atuais detentores de VEs. Liberdade de carregar em casa, a preço baixo sem impostos específicos sobre combustíveis e estes são dois dos motivos que levarão os Estados a apostar muito no hidrogénio porque ambientalmente válido, fiscalmente promissor como os fósseis ate ao presente e alem do mais garante de independência relativamente a países produtores e por este balanço penso que é inevitável que o hidrogénio venha a ocupar um lugar determinante no mix de alternativas.
« Última modificação: Março 06, 2021, 00:16:14, 00:16 por Lourenço »

Março 05, 2021, 12:07:51, 12:07
Responder #23

dfelix

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Passava e passa, como tentei explicar, alem de necessitarem de densidade energética menos apurada, não estão sujeitas a intensidades (A) de carga e descarga tão fortes e tão prolongadas.

Não vejo porque não estejam sujeitas a intensidades (A) de carga e descarga tão fortes.
Porque o que chamas de "tampão e reserva" é essencialmente isso!

A bateria num fuel cell tem uma prestação semelhante á bateria de um hibrido Toyota HSD, por exemplo, é um meio auxiliar á locomoção que nos casos da Toyota apoia o motor a combustão de ciclo Atkinson quando necessário e num veículo movido a hidrogénio apoia a fuel cell.

Não entendo a lógica nem a comparação.  :-X

Uma coisa é um veículo mover-se por acção dum motor a combustão auxiliado por um motor eléctrico.
Outra é um veículo mover-se exclusivamente através de motores eléctricos.

A "fuel cell" não é um motor!
É um "gerador"!

E a existência de um "gerador" reduz a necessidade armazenamento.
Mas os motores continuam a necessitar de disponibilidade imediata. E as baterias garantem isso.

A bateria num fuel cell não tem como função "poupar" hidrogénio mas sim aproveitar os excessos momentâneos de produção de corrente elétrica a bordo, aproveitar a energia cinética, garantir o funcionamento e inicio do sistema.

Qualquer armazenamento de energia que pode ser reutilizada traduz-se numa poupança.
Num híbrido pode se traduzir em poupança de combustível.
Num a hidrogénio pode se traduzir em poupança deste.

Isto aplica-se a praticamente tudo.
Até a barragens.

Mencionas as samsung 40T, ou seja formato 21700, com estas assim como com as mais antigas 18650 e eventualmente as novas 4680, existem células especificas para cada uso final.

21700, 18650 e 4680 são formatos tal como AA, AAA, etc.
Pelo que ser "mais antigas" ou "novas" soa a algo estranho.
Afinal, dentro do mesmo formato existem diferentes especificações, certo?
Tal como ocasionalmente surgem novidades dentro de cada formato.

Na altura achei curioso o uso das 40T.
Mas estas opções habitualmente se devem a custos.
Pois nem toda a gente pode comprar uma fábrica de pilhas para que outro tipo de especificações possa sair mais em conta.  :D

...e alem do mais garante de independência relativamente a países produtores e por este balanço penso que é inevitável que o hidrogénio venha a ocupar um lugar determinante no mix de alternativas.

Isto se o hidrogénio importado não ficar substancialmente mais barato que o produzido nacionalmente.


Março 05, 2021, 17:47:08, 17:47
Responder #24

Lourenço

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Passava e passa, como tentei explicar, alem de necessitarem de densidade energética menos apurada, não estão sujeitas a intensidades (A) de carga e descarga tão fortes e tão prolongadas.

Não vejo porque não estejam sujeitas a intensidades (A) de carga e descarga tão fortes.
Porque o que chamas de "tampão e reserva" é essencialmente isso!
Não não é.
Tampão porque absorve o excesso de energia produzida a bordo e essa energia de entrada na bateria nunca será enorme porque senão o sistema estaria mal dimensionado. Uma bateria de EV está prevista para encaixar 50, 100, 200 e mais kW na recarga e sabendo que um veículo consome entre 12/13 a 25/30 KW em pico, talvez em termos médios 18/20 kW, mal seria se a fuel cell estivesse em algum momento a produzir o dobro da energia necessária, a desperdiçar hidrogénio desnecessariamente, pelo que sei pode ir até mais 20% ou seja 23 KW no máximo o que a mim me parece excessivo e revelaria ineficácia no consumo da energia primária (combustível) que é o hidrogénio. Ora, com uma tensão de 400 V estamos perante intensidades muito diferentes para obter entre 23 KW (? Muito menos certamente) e 50, 100, 200 e mais kW.
Reserva porque serve unicamente de apoio á fonte de energia principal que á a produzida pela fuel cell de forma progressiva conforme a solicitação e em caso de necessidade imediata e momentânea, uma ultrapassagem a fundo ou o arranque numa subida íngreme está disponível para contribuir e apoiar com mais 10 ou 20 % de energia o trabalho de locomoção e estamos a falar de mais 6 KW num curto espaço de tempo contra 30 KW em pico e 19 kW em contínuo. Ora, com uma tensão de 400 V estamos perante intensidades muito diferentes para enviar 6 KW momentâneos e por outro lado 30 KW ou 19 kW de forma continua e como única fonte.

Editado: onde estava kWh (energia) é KW (potência)

A bateria num fuel cell tem uma prestação semelhante á bateria de um hibrido Toyota HSD, por exemplo, é um meio auxiliar á locomoção que nos casos da Toyota apoia o motor a combustão de ciclo Atkinson quando necessário e num veículo movido a hidrogénio apoia a fuel cell.

Não entendo a lógica nem a comparação.  :-X

Uma coisa é um veículo mover-se por acção dum motor a combustão auxiliado por um motor eléctrico.
Outra é um veículo mover-se exclusivamente através de motores eléctricos.
Não entendes porque estamos a comparar o papel da bateria e estás a focar-te nos motores.
Ambos, o Fuel Cell e o HSD, tem uma bateria auxiliar que recebe energia produzida a bordo, nomeadamente energia cinética e em excesso momentâneo.
Ambas dispensam minoritariamente energia em forma de apoio aos respetivos sistemas de locomoção.
Ambas dispensam essa energia a motores elétricos em complemento da energia principal.
Ambas podem servir para curta locomoção e com prestações reduzidas.
Uma em apoio da energia de locomoção produzida maioritariamente por uma fuel cell, outra pela energia de locomoção produzida maioritariamente por um motor a combustão.

A "fuel cell" não é um motor!
É um "gerador"!

E a existência de um "gerador" reduz a necessidade armazenamento.
Mas os motores continuam a necessitar de disponibilidade imediata. E as baterias garantem isso.
Pois não a fuel cell não é um motor, não produz trabalho (?) produz energia (ou transforma?) e um gerador é o quê, um motor que não produz trabalho mas que produz energia? (ou transforma?).
Noções de física á parte a existência da fuel cell (gerador?) necessita sim de armazenamento e este são os depósitos de hidrogénio, é nestes que está a energia primária, o combustível, que determina a autonomia. Depois há uma pequena bateria que alisa e compensa desvaneios, excessos ou faltas momentâneas em consequência principalmente do pé do órgão menos fiável e mais difícil de programar que é o condutor.
Os motores de locomoção necessitam de disponibilidade imediata, de facto é para isso que servem, reagir ao milésimo de segundo á ordem de trabalho e para isso contam com a energia elétrica que lhes é enviada pela fuel cell, pela força obtida pela queima de gasolina nos HSD e pela energia enviada pelas baterias de um EV.
Se no caso dos EV não há sistemas auxiliares de fornecimento de energia porque só possuem grandes baterias que são recarregadas antecipadamente com fontes externas excetuando a regeneração, nos HSD e fuel cell que até produzem alguma energia a bordo, há. São as tais, as pequenas baterias, que aproveitam não só a regeneração como a sobre produção de um Atkinson embalado ou de uma fuel cell que em milésimos de segundo foi surpreendida com uma diminuição de esforço e que retribuem, estas pequenas baterias, enviando uma pequena ajuda a motores elétricos quando as fontes de energia principais e a sua gestão foram surpreendidas com um aumento brusco de solicitação.

A bateria num fuel cell não tem como função "poupar" hidrogénio mas sim aproveitar os excessos momentâneos de produção de corrente elétrica a bordo, aproveitar a energia cinética, garantir o funcionamento e inicio do sistema.

Qualquer armazenamento de energia que pode ser reutilizada traduz-se numa poupança.
Num híbrido pode se traduzir em poupança de combustível.
Num a hidrogénio pode se traduzir em poupança deste.

Isto aplica-se a praticamente tudo.
Até a barragens.
É uma forma de ver, quanto a mim errada. Então neste caso se poupar energia com uma bateria a bordo de um veículo a hidrogénio fosse o objetivo, e eu sei que não resulta, os idealizadores do sistema teriam colocado a fuel cell a carregar a bateria e depois a bateria a fornecer energia elétrica aos motores e não funciona assim, não pode funcionar por várias razões e bateria auxiliar só é carregada quando há excessos resultantes de inercia, de regimes mais elevados que o necessário ou em casos específicos previstos na programação.
Repito, a razão de ser de uma bateria num hibrido não plug-in e num hidrogénio não tem como objetivo poupar gasolina ou hidrogénio, serve a colmatar picos de consumo e demanda momentânea de potencia, diminuindo a potencia instalada do sistema principal para a ideal adaptada ao uso corrente e a aproveitar energia que de outra forma seria dissipada; a poupança consequente bem vinda é estudada para ser otimizada de forma a não sobrecarregar o sistema principal com a sua alimentação e a entregar energia auxiliar que foi de “borla” quando se, e, fizer falta.
As barragens utilizam a sua bacia de armazenamento para ter energia disponível mas não vão estar a utilizar energia produzida em hora de forte demanda para bombear ou armazenar, vão utilizar a água na bacia para produzir e vender ao preço forte.
As barragens reenviam água lá para cima outra vez quando não há procura ou a procura é a um preço muito baixo aproveitando parte dessa energia para bombear e reutilizar a preço alto.
Não podemos afirmar que as barragens foram construídas para poupar, foram construídas para produzir mas se na sua gestão se poder aproveitar água para reproduzir energia, resulta uma consequência que é uma poupança embora o objetivo principal não seja esse e ainda há que verificar se a eficiência do procedimento é vantajosa. Nos veículos em causa o armazenamento de energia produzida, na bateria, e que seria desperdiçada é uma boa consequência não um fim.

Mencionas as samsung 40T, ou seja formato 21700, com estas assim como com as mais antigas 18650 e eventualmente as novas 4680, existem células especificas para cada uso final.

21700, 18650 e 4680 são formatos tal como AA, AAA, etc.
Pelo que ser "mais antigas" ou "novas" soa a algo estranho.
Afinal, dentro do mesmo formato existem diferentes especificações, certo?
Tal como ocasionalmente surgem novidades dentro de cada formato.

Na altura achei curioso o uso das 40T.
Mas estas opções habitualmente se devem a custos.
Pois nem toda a gente pode comprar uma fábrica de pilhas para que outro tipo de especificações possa sair mais em conta.  :D
Soa estranho mas não é. Os formatos foram aparecendo ao longo dos anos, não apareceram todos ao mesmo tempo, nas ultimas décadas a evolução assim como a criação de medidas padrão standards desde as equivalentes AAA 10440, AA 14500, passando pelas 16340, 18650, 20700, 21700, 26650, 38120, até no ano de 2020 ás Tesla 4680 e com dezenas de outros formatos pelo meio que entretanto alguns já desapareceram, a história está cheia de guerrinhas entre fabricantes para imporem o seu formato ou a sua sequencia de formatos mas quase sempre acabaram por ser derrotados pela própria evolução da tecnologia, pelos formatos pedidos pelos fabricantes de devices assim como pela tecnologia desenvolvida pela empresa concorrente que ora resolvia integrar essa nova tecnologia no mesmo formato ora criava um novo formato aproveitando a exclusividade da nova tecnologia.
Ainda hoje, apesar de os preços terem descido bastante, (estive a rever faturas de 2002 a 2008) existem Samsung novas por exemplo as 18650 INR rosas de 3450mAh á venda por 4.95 € e as de 3000mAh por 5.45 €, a diferença é que as primeiras permitem uma descarga nominal de 8A e as segundas de 15A. Uma Sony NC1 2900mAh 10A custa 2.55€ e uma Sony VTC5 2600mAh 35A 4.95€.
https://eu.nkon.nl/rechargeable.html

...e alem do mais garante de independência relativamente a países produtores e por este balanço penso que é inevitável que o hidrogénio venha a ocupar um lugar determinante no mix de alternativas.

Isto se o hidrogénio importado não ficar substancialmente mais barato que o produzido nacionalmente.
Poderá acontecer, mas não creio a não ser que inventem mais umas parcerias publico privadas com lucro assegurado para o privado mesmo quando o consumo não seguir e exista prejuízo ou com rendas garantidas mesmo que os preços de mercado baixem. Não ficaria surpreendido. Portugal está bem posicionado em renováveis e se é hidrogénio verde que se quer não se deve importar hidrogénio cinzento ou negro. Claro que como alguns consideram as centrais nucleares uma fonte renovável, a França está bem posicionada para produzir hidrogénio verde “escuro” mas por um lado estão em muitas alturas do ano com dificuldade de produção interna face á procura de energia elétrica e por outro espero que haja bom senso e critérios diferenciadores dos decisores para impor regras seletivas, (ingenuidade minha?).
« Última modificação: Março 05, 2021, 22:20:44, 22:20 por Lourenço »

Março 05, 2021, 21:05:25, 21:05
Responder #25

dfelix

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Tampão porque absorve o excesso de energia produzida a bordo e essa energia de entrada na bateria nunca será enorme porque senão o sistema estaria mal dimensionado. Uma bateria de EV está prevista para encaixar 50, 100, 200 e mais kWh na recarga e sabendo que um veículo consome entre 12/13 a 25/30 KWh em pico, talvez em termos médios 18/20 kWh, mal seria se a fuel cell estivesse em algum momento a produzir o dobro da energia necessária, (...)

Quando falas em kWh estás a falar de capacidade de bateria.  :-\
O que escrevi aqui e novamente  aqui foi precisamente no sentido de não necessitarem de tanta capacidade.

O que me parece não fazer sentido é ser "menos exigente" no que diz respeito a lidar com cargas e descargas.

Reserva porque serve unicamente de apoio á fonte de energia principal que á a produzida pela fuel cell de forma progressiva conforme a solicitação e em caso de necessidade imediata e momentânea, uma ultrapassagem a fundo ou o arranque numa subida íngreme está disponível para contribuir e apoiar com mais 10 ou 20 % de energia o trabalho de locomoção e estamos a falar de mais 6 KW num curto espaço de tempo contra 30 KW em pico e 19 kW em contínuo.

Energia produzida por processo electroquímico (ainda por mais envolvendo substâncias gasosas) não é imediata...
A forma de colmatar isto será solicitando à bateria.

Não entendes porque estamos a comparar o papel da bateria e estás a focar-te nos motores.

Não fui eu que trouxe a comparação com os híbridos à baila...  :-\
Precisamente porque não vejo comparação.

Pois não a fuel cell não é um motor, não produz trabalho (?) produz energia (ou transforma?) e um gerador é o quê, um motor que não produz trabalho mas que produz energia? (ou transforma?).

Com tantos pontos de interrogação fico sem perceber o que são afirmações ou questões.  :)

De qualquer forma, uma fuel cell não realiza trabalho.
A fuel cell produz corrente eléctrica. É um gerador. Neste caso electroquímico.

O trabalho é realizado pelo motor eléctrico.

Noções de física á parte a existência da fuel cell (gerador?) necessita sim de armazenamento e este são os depósitos de hidrogénio, é nestes que está a energia primária, o combustível, que determina a autonomia.

Já que entrámos neste tipo de abordagem de nos armarmos em sabichões... não vamos chamar-lhe de combustível.
Porque não ocorre combustão.  :)

Se no caso dos EV não há sistemas auxiliares de fornecimento de energia porque só possuem grandes baterias que são recarregadas antecipadamente com fontes externas excetuando a regeneração, nos HSD e fuel cell que até produzem alguma energia a bordo, há. São as tais, as pequenas baterias, que aproveitam não só a regeneração como a sobre produção de um Atkinson embalado ou de uma fuel cell que em milésimos de segundo foi surpreendida com uma diminuição de esforço e que retribuem, estas pequenas baterias, enviando uma pequena ajuda a motores elétricos quando as fontes de energia principais e a sua gestão foram surpreendidas com um aumento brusco de solicitação.

A bateria oferece uma vantagem avassaladora:
A disponibilidade imediata.

Chamar-lhe de "pequena ajuda" parece redutor.

É uma forma de ver, quanto a mim errada. Então neste caso se poupar energia com uma bateria a bordo de um veículo a hidrogénio fosse o objetivo, e eu sei que não resulta, os idealizadores do sistema teriam colocado a fuel cell a carregar a bateria e depois a bateria a fornecer energia elétrica aos motores e não funciona assim, não pode funcionar por várias razões e bateria auxiliar só é carregada quando há excessos resultantes de inercia, de regimes mais elevados que o necessário ou em casos específicos previstos na programação.

Não entendo de onde surge esta ideia da fuell cell servir exclusivamente para alimentar a bateria.
Pois nunca escrevi nada que sugerisse tal coisa.  :-X

O que eu escrevi e está na citação é que qualquer armazenamento de energia que possa ser reutilizada traduz-se numa poupança.
E que isto é um principio transversal que tanto pode se aplicar a um veículo... ou a uma barragem.

Repito, a razão de ser de uma bateria num hibrido não plug-in e num hidrogénio não tem como objetivo poupar gasolina ou hidrogénio, serve a colmatar picos de consumo e demanda momentânea de potencia, diminuindo a potencia instalada do sistema principal para a ideal adaptada ao uso corrente e a aproveitar energia que de outra forma seria dissipada; a poupança consequente bem vinda é estudada para ser otimizada de forma a não sobrecarregar o sistema principal com a sua alimentação e a entregar energia auxiliar que foi de “borla” quando se, e, fizer falta.

Qualquer energia "reciclada" que possa ser "reutilizada" traduz-se em menos energia a ser extraída da fonte principal.

As barragens utilizam a sua bacia de armazenamento para ter energia disponível mas não vão estar a utilizar energia produzida em hora de forte demanda para bombear ou armazenar, vão utilizar a água na bacia para produzir e vender ao preço forte.

A energia injectada na rede eléctrica que não é utilizada ou armazenada.. perde-se.

Usar energia excedente para reabastecer a bacia acaba por não ser muito diferente de uma bateria.
Só que ao invés de acumular directamente energia eléctrica, acumula o recurso que a permite ser convertido em energia eléctrica.


Por norma nos períodos de menor demanda é quando há maior excedente. É certo.
Mas não podemos esquecer que a produção das renováveis não é constante.

Aliás, as eólicas devido ás a particularidades do nosso clima (nortada) tendem a ter maior produção ao final da tarde e noite.  :-\
Ou seja, em boa parte do ano uma fatia considerável da produção serve para "carregar barragens".

Não podemos afirmar que as barragens foram construídas para poupar, foram construídas para produzir mas se na sua gestão se poder aproveitar água para reproduzir energia, resulta uma consequência que é uma poupança embora o objetivo principal não seja esse e ainda há que verificar se a eficiência do procedimento é vantajosa. Nos veículos em causa o armazenamento de energia produzida, na bateria, e que seria desperdiçada é uma boa consequência não um fim.

Chama-se eficiência.
Não vejo motivos para descartada o tema.

Poderá acontecer, mas não creio a não ser que inventem mais umas parcerias publico privadas com lucro assegurado para o privado mesmo quando o consumo não seguir e exista prejuízo ou com rendas garantidas mesmo que os preços de mercado baixem. Não ficaria surpreendido. Portugal está bem posicionado em renováveis e se é hidrogénio verde que se quer não se deve importar hidrogénio cinzento ou negro.

Infelizmente os padrões costumam ser estes...


« Última modificação: Março 05, 2021, 21:16:06, 21:16 por dfelix »

Março 05, 2021, 22:23:07, 22:23
Responder #26

Lourenço

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Tampão porque absorve o excesso de energia produzida a bordo e essa energia de entrada na bateria nunca será enorme porque senão o sistema estaria mal dimensionado. Uma bateria de EV está prevista para encaixar 50, 100, 200 e mais kWh na recarga e sabendo que um veículo consome entre 12/13 a 25/30 KWh em pico, talvez em termos médios 18/20 kWh, mal seria se a fuel cell estivesse em algum momento a produzir o dobro da energia necessária, (...)

Quando falas em kWh estás a falar de capacidade de bateria.  :-\
O que escrevi aqui e novamente  aqui foi precisamente no sentido de não necessitarem de tanta capacidade.

O que me parece não fazer sentido é ser "menos exigente" no que diz respeito a lidar com cargas e descargas.

Lapso meu. referia-me a potência e não energia, então kW e não kWh. editei.

Março 06, 2021, 00:14:52, 00:14
Responder #27

Lourenço

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Tampão porque absorve o excesso de energia produzida a bordo e essa energia de entrada na bateria nunca será enorme porque senão o sistema estaria mal dimensionado. Uma bateria de EV está prevista para encaixar 50, 100, 200 e mais kWh na recarga e sabendo que um veículo consome entre 12/13 a 25/30 KWh em pico, talvez em termos médios 18/20 kWh, mal seria se a fuel cell estivesse em algum momento a produzir o dobro da energia necessária, (...)

Quando falas em kWh estás a falar de capacidade de bateria.  :-\
O que escrevi aqui e novamente  aqui foi precisamente no sentido de não necessitarem de tanta capacidade.

O que me parece não fazer sentido é ser "menos exigente" no que diz respeito a lidar com cargas e descargas.

Reserva porque serve unicamente de apoio á fonte de energia principal que á a produzida pela fuel cell de forma progressiva conforme a solicitação e em caso de necessidade imediata e momentânea, uma ultrapassagem a fundo ou o arranque numa subida íngreme está disponível para contribuir e apoiar com mais 10 ou 20 % de energia o trabalho de locomoção e estamos a falar de mais 6 KW num curto espaço de tempo contra 30 KW em pico e 19 kW em contínuo.

Energia produzida por processo electroquímico (ainda por mais envolvendo substâncias gasosas) não é imediata...
A forma de colmatar isto será solicitando à bateria.

Não entendes porque estamos a comparar o papel da bateria e estás a focar-te nos motores.

Não fui eu que trouxe a comparação com os híbridos à baila...  :-\
Precisamente porque não vejo comparação.

Pois não a fuel cell não é um motor, não produz trabalho (?) produz energia (ou transforma?) e um gerador é o quê, um motor que não produz trabalho mas que produz energia? (ou transforma?).

Com tantos pontos de interrogação fico sem perceber o que são afirmações ou questões.  :)

De qualquer forma, uma fuel cell não realiza trabalho.
A fuel cell produz corrente eléctrica. É um gerador. Neste caso electroquímico.

O trabalho é realizado pelo motor eléctrico.

Noções de física á parte a existência da fuel cell (gerador?) necessita sim de armazenamento e este são os depósitos de hidrogénio, é nestes que está a energia primária, o combustível, que determina a autonomia.

Já que entrámos neste tipo de abordagem de nos armarmos em sabichões... não vamos chamar-lhe de combustível.
Porque não ocorre combustão.  :)

Se no caso dos EV não há sistemas auxiliares de fornecimento de energia porque só possuem grandes baterias que são recarregadas antecipadamente com fontes externas excetuando a regeneração, nos HSD e fuel cell que até produzem alguma energia a bordo, há. São as tais, as pequenas baterias, que aproveitam não só a regeneração como a sobre produção de um Atkinson embalado ou de uma fuel cell que em milésimos de segundo foi surpreendida com uma diminuição de esforço e que retribuem, estas pequenas baterias, enviando uma pequena ajuda a motores elétricos quando as fontes de energia principais e a sua gestão foram surpreendidas com um aumento brusco de solicitação.

A bateria oferece uma vantagem avassaladora:
A disponibilidade imediata.

Chamar-lhe de "pequena ajuda" parece redutor.

É uma forma de ver, quanto a mim errada. Então neste caso se poupar energia com uma bateria a bordo de um veículo a hidrogénio fosse o objetivo, e eu sei que não resulta, os idealizadores do sistema teriam colocado a fuel cell a carregar a bateria e depois a bateria a fornecer energia elétrica aos motores e não funciona assim, não pode funcionar por várias razões e bateria auxiliar só é carregada quando há excessos resultantes de inercia, de regimes mais elevados que o necessário ou em casos específicos previstos na programação.

Não entendo de onde surge esta ideia da fuell cell servir exclusivamente para alimentar a bateria.
Pois nunca escrevi nada que sugerisse tal coisa.  :-X

O que eu escrevi e está na citação é que qualquer armazenamento de energia que possa ser reutilizada traduz-se numa poupança.
E que isto é um principio transversal que tanto pode se aplicar a um veículo... ou a uma barragem.

Repito, a razão de ser de uma bateria num hibrido não plug-in e num hidrogénio não tem como objetivo poupar gasolina ou hidrogénio, serve a colmatar picos de consumo e demanda momentânea de potencia, diminuindo a potencia instalada do sistema principal para a ideal adaptada ao uso corrente e a aproveitar energia que de outra forma seria dissipada; a poupança consequente bem vinda é estudada para ser otimizada de forma a não sobrecarregar o sistema principal com a sua alimentação e a entregar energia auxiliar que foi de “borla” quando se, e, fizer falta.

Qualquer energia "reciclada" que possa ser "reutilizada" traduz-se em menos energia a ser extraída da fonte principal.

As barragens utilizam a sua bacia de armazenamento para ter energia disponível mas não vão estar a utilizar energia produzida em hora de forte demanda para bombear ou armazenar, vão utilizar a água na bacia para produzir e vender ao preço forte.

A energia injectada na rede eléctrica que não é utilizada ou armazenada.. perde-se.

Usar energia excedente para reabastecer a bacia acaba por não ser muito diferente de uma bateria.
Só que ao invés de acumular directamente energia eléctrica, acumula o recurso que a permite ser convertido em energia eléctrica.


Por norma nos períodos de menor demanda é quando há maior excedente. É certo.
Mas não podemos esquecer que a produção das renováveis não é constante.

Aliás, as eólicas devido ás a particularidades do nosso clima (nortada) tendem a ter maior produção ao final da tarde e noite.  :-\
Ou seja, em boa parte do ano uma fatia considerável da produção serve para "carregar barragens".

Não podemos afirmar que as barragens foram construídas para poupar, foram construídas para produzir mas se na sua gestão se poder aproveitar água para reproduzir energia, resulta uma consequência que é uma poupança embora o objetivo principal não seja esse e ainda há que verificar se a eficiência do procedimento é vantajosa. Nos veículos em causa o armazenamento de energia produzida, na bateria, e que seria desperdiçada é uma boa consequência não um fim.

Chama-se eficiência.
Não vejo motivos para descartada o tema.

Poderá acontecer, mas não creio a não ser que inventem mais umas parcerias publico privadas com lucro assegurado para o privado mesmo quando o consumo não seguir e exista prejuízo ou com rendas garantidas mesmo que os preços de mercado baixem. Não ficaria surpreendido. Portugal está bem posicionado em renováveis e se é hidrogénio verde que se quer não se deve importar hidrogénio cinzento ou negro.

Infelizmente os padrões costumam ser estes...


Posso estar enganado mas não me pareces muito interessado em conhecer como funciona um veículo a pilha de combustível ou fuel celll.
Dá para perceber que é um assunto que não tens acompanhado por afirmações, que me parecem só suposições, tais como a bateria não é pequena, a fuel cell não assegura em tempo util, etc. e eu não vou continuar a alimentar esta "conversa" que não está a ser conclusiva, e estará a induzir em erro quem tem real interesse e ainda não teve contato com qualquer veículo a hidrogénio.
Mas, o Mirai por exemplo, tem um booster que assegura completamente e a bateria é mais pequena que a de algumas motos, 44 kg (contra 326 kg de uma bateria ZOE 52 kWh), 4 Ah, 310 V e a extraordinária potência máxima de 31,5 kW durante no máximo... 10 segundos.
https://newsroom.toyota.eu/introducing-the-all-new-toyota-mirai/







Dados da bateria de uma das versões do ZOE, segmento inferior ao Mirai
https://www.automobile-propre.com/voitures/renault-zoe/

« Última modificação: Março 06, 2021, 09:56:13, 09:56 por Lourenço »

Março 06, 2021, 13:29:52, 13:29
Responder #28

dfelix

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Posso estar enganado mas não me pareces muito interessado em conhecer como funciona um veículo a pilha de combustível ou fuel celll.
Dá para perceber que é um assunto que não tens acompanhado por afirmações, que me parecem só suposições, tais como a bateria não é pequena, a fuel cell não assegura em tempo util, etc. e eu não vou continuar a alimentar esta "conversa" que não está a ser conclusiva, e estará a induzir em erro quem tem real interesse e ainda não teve contato com qualquer veículo a hidrogénio.
Mas, o Mirai por exemplo, tem um booster que assegura completamente e a bateria é mais pequena que a de algumas motos, 44 kg (contra 326 kg de uma bateria ZOE 52 kWh), 4 Ah, 310 V e a extraordinária potência máxima de 31,5 kW durante no máximo... 10 segundos.

Não acho que a tua abordagem esteja a ser simpática.

Não tenho dúvidas que se trata de um tema do teu interesse. E sobre o qual acumulaste bastante conhecimento.
Mas pareces mais focado em "vencer a discussão".
Como se isto fosse um concurso e existisse um prémio!  :-\

Para isso recorres a esta estratégia de descredibilizar o que escrevo.
Seja comentando citações minhas atribuindo diferentes interpretações, sugerindo coisas que nunca escrevi, indicando coisas idênticas ás que eu escrevi como se tivesse defendido o contrário... ou desvalorizando a minha participação porque "não pareço muito interessado", que é um "assunto que não tenho acompanhado", que "não tive contacto com qualquer veículo a hidrogénio", ou a minha favorita : faço "suposições".

Isto é Argumentum ad hominem

O tema deste tópico é bastante interessante.
E seria proveitoso para todos se não tivesses encarado como uma competição.

Não faço pretensões de abalar com o teu eventual estatuto de "expert" na matéria.
Sou um mero curioso. E tenho mais dúvidas que certezas.
Excepto se estivermos a falar de conceitos básicos de física e química que se aprendem no secundário.
Mesmo aí, tenho tentado escolher as palavras mais adequadas para que não te sintas ofendido.
E sim, faço suposições.

Porém, acredita que é inglório ler certas coisas.
Por exemplo tomares por "suposição" o que referi sobre dimensões da bateria.
E depois dás o exemplo do Mirai afirmando que a bateria "é mais pequena que algumas motos", acompanhado por um diagrama que mostra uma bateria que atravessa toda a traseira do carro!



Mais pequena que algumas motos? Caramba...

Não entendo ao certo o que pretendes provar...
Tal como não entendo novamente a comparação da dimensão com a bateria dum EV quando aqui indiquei não necessitarem de tanta capacidade, tendo de me repetido novamente  aqui, aqui e aqui.

Menos capacidade significa menos energia acumulada e portanto menor dimensão.
Não significa "menor exigência" em outros aspectos. Já repeti isto inúmeras vezes.
Até pensei que isto tivesse ficado esclarecido aqui. (pelo menos a ideia)
Não percebo a necessidade de voltar a trazer o assunto de volta.

A imagem da FC stack que colocas é interessante.
Muito se poderia falar sobre a disponibilidade da energia proveniente dum processo de oxidadação.
O problema é que qualquer que seja a minha intervenção resultará em mais do mesmo. 
« Última modificação: Março 06, 2021, 13:39:52, 13:39 por dfelix »

Julho 06, 2021, 23:40:23, 23:40
Responder #29

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Para quem se interessa no tema, deixo aqui a opinião do Elon Musk sobre o hidrogénio.

E não me parece ser uma opinião que necessariamente se possa ver como tendo menos crédito por ser o CEO da Tesla Motors e que, como sabemos, aposta nas baterias eléctricas.

O vídeo no YT é bastante recente...

"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

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Outubro 09, 2021, 10:29:28, 10:29
Responder #30

2low

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... não acredito no futuro dos puros ou "tradicionais" eléctricos mas sim nos híbridos a hidrogénio.

Não entendo a que te referes com "híbridos a hidrogénio".

De qualquer forma, o "futuro" passa sempre pela tecnologia que ofereça um melhor custo/beneficio para o consumidor.

Eis uma recente noticia a mencionar Kawasaki híbrida com recurso a hidrogénio, neste caso uma H2...
https://www-motoplus-nl.translate.goog/nieuws/kawasaki-zet-vol-in-op-elektrisch-en-hybride/?_x_tr_sl=auto&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=nui

 :cool:

Sobre a Kawasaki ter criado num novo departamento (Kawasaki Motors Ltd) que irá restringir o seu campo de acção no sector de motociclos e mobilidade, também já decidiram pela renovação da imagem de marca:



O símbolo que já aparecia nas mais recentes motos da marca veio portanto para ficar, o river mark:
https://www.kawasaki-cp.khi.co.jp/motorshow2017/river_mark_e.html

« Última modificação: Outubro 09, 2021, 10:35:11, 10:35 por 2low »
Grão a Grão, Comemos Feijão!
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Outubro 10, 2021, 00:37:27, 00:37
Responder #31

dfelix

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Eis uma recente noticia a mencionar Kawasaki híbrida com recurso a hidrogénio, neste caso uma H2...

Não percebo holandês.
Mas segundo a tradução automática, referem 10 novos modelos eléctricos e híbridos até 2035.
E que vão apostar também no hidrogénio, sugerindo uma H2 com estas características.

Não há qualquer referência quanto a algo ser "híbrido a hidrogénio".
Já se discutiu bastante atrás porque isto não faz muito sentido.


Outubro 11, 2021, 21:57:55, 21:57
Responder #32

saraiva

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Para quem se interessa no tema, deixo aqui a opinião do Elon Musk sobre o hidrogénio.

E não me parece ser uma opinião que necessariamente se possa ver como tendo menos crédito por ser o CEO da Tesla Motors e que, como sabemos, aposta nas baterias eléctricas.

O vídeo no YT é bastante recente...


O Elon Musk não precisa de esconder nada da sua opinião mesmo com o que é contra os seus negócios.
Se ele achasse que o hidrogénio era melhor que a eletricidade não vinha mentir a dizer que não, iria era investir no hidrogénio.
Há rosas cor-de-laranja mas não há laranjas cor-de-rosa. No entanto há laranjas verdes e rosas verdes não há.
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Novembro 10, 2021, 20:59:21, 20:59
Responder #33

Cross

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Responder #34

MotardFeio

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Continua a ser electricidade, vem é substituir (e bem) as mega baterias necessárias quando não há produção "local" da mesma electricidade.

Carros e motos "a pilhas" são mais uma fase transitória, tal como os híbridos começaram por ser com os primeiros Prius há umas décadas atrás.
Sombra, Saúde e "não vamos ferir susceptibilidadezinhas"...
Que deus não pode dar tudo!!!

A tua liberdade acaba onde começa a minha

Novembro 16, 2021, 15:04:49, 15:04
Responder #35

saraiva

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Será mesmo o futuro o hidrogénio nas duas rodas. Já esteve mais longe....


https://www.autoevolution.com/news/xcell-fuel-cell-concept-motorcycle-with-user-defined-riding-posture-breaks-cover-172702.html?fbclid=IwAR2ByH6oUJqAAo28oil38FYwu2XzoQTxtFokEQz6PnE-FyWBXvX71cVDtmc

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Entretanto fiz umas leituras sobre o tema, e estou convencido disso.

Um dos problemas apontados é a segurança / perigo que a hidrólise carrega ao estar "confinada" num veículo de forma automática. Num dos artigos que li era referido que se o dinheiro que se investiu a tentar automizar baterias e acelerar o tempo de carregamento fosse investido na segurança dos componentes de hidrólise, esta já podia ser quase tão segura, como a combustão de combustível.
Há rosas cor-de-laranja mas não há laranjas cor-de-rosa. No entanto há laranjas verdes e rosas verdes não há.
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Novembro 16, 2021, 18:44:00, 18:44
Responder #36

ALCLCF

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O problema é a segurança? Nunca foi, foi sempre o custo e não o de aquisição ;)

Novembro 16, 2021, 19:42:17, 19:42
Responder #37

dfelix

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Um dos problemas apontados é a segurança / perigo que a hidrólise carrega ao estar "confinada" num veículo de forma automática.

A hidrólise ocorre no processo de fabrico do hidrogénio.
Ou seja, faz parte da produção e não do consumo.


Novembro 16, 2021, 19:48:06, 19:48
Responder #38

saraiva

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Um dos problemas apontados é a segurança / perigo que a hidrólise carrega ao estar "confinada" num veículo de forma automática.

A hidrólise ocorre no processo de fabrico do hidrogénio.
Ou seja, faz parte da produção e não do consumo.


Eu sei bem :) 
Mas também acho que ainda vou estar vivi para vera tecnologia de a hidrolise ser feita no próprio veículo e o "combustível" ser água.

Ainda assim, no consumo há preocupações com o armazenamento, exposição a altas temperaturas, possíveis explosões em caso de colisão, etc.

Edit: Está aqui um bom resumo do processo: https://www.energy.gov/sites/default/files/2015/11/f27/fcto_fuel_cells_fact_sheet.pdf
« Última modificação: Novembro 16, 2021, 19:56:18, 19:56 por saraiva »
Há rosas cor-de-laranja mas não há laranjas cor-de-rosa. No entanto há laranjas verdes e rosas verdes não há.
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Novembro 16, 2021, 21:50:23, 21:50
Responder #39

dfelix

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Mas também acho que ainda vou estar vivi para vera tecnologia de a hidrolise ser feita no próprio veículo e o "combustível" ser água.

Ideia romântica...
Só que existindo fonte de energia eléctrica para electrólise... mais vale colocá-la a alimentar directamente os motores.

A ideia do hidrogénio passa por este ser apenas uma forma de "transporte"  de energia eléctrica.
E tanto o processo de a converter em hidrogénio na electrólise e desconverter na fuel cell implica sempre perdas.

Novembro 16, 2021, 23:30:43, 23:30
Responder #40

Lourenço

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Sim considerando o "transporte" um armazenamento de energia.
O hidrogénio não gosta de alguns metais, é difícil e caro a manter líquido, explosivo e inflamável.
É concerteza atualmente a aposta para armazenamento da energia renovável mas somando as perdas na produção, armazenamento e reutilização como energia eléctrica a eficiência ainda é baixa.

Existe um problema com eventuais fugas, é altamente "poluente" libertado puro na atmosfera.

Embarcado para conversão em eletricidade numa fuel cell acaba por ter muitas vantagens mas ainda existe um caminho longo para a generalização ou pelo menos bastantes anos até que vejamos esta tecnologia a atingir um paralelo com os VEs e creio que mais rápida será a evolução das baterias para ainda maior eficiência e densidade, menor custo e menor impacto ambiental, na mobilidade e no armazenamento de eletricidade em geral.

Há ainda um pormenor no hidrogénio em viaturas tal como nos veículos a GPL e GN, o deposito e o respetivo prazo de validade de que raramente se fala. Se no GPL e GN andam por aí veículos com os 10 anos de validade do depósito, ou prazos semelhantes, completamente ultrapassados sem que mesmo na inspeção os proprietários (em Portugal) sejam incomodados, no hidrogénio esse prazo terá de ser respeitado, são 30 vezes mais a pressão a que estão sujeitos, o preço será elevado.

É explorada uma outra via, (o hidrogénio o que tem de bom é que pode ser um armazenamento de energia, um "combustível" direto e muitas outras coisas), é a utilização direta em motores grandes, barcos, locomotivas, na indústria, sem necessidade de grandes alterações e de forma eficaz, assim tenha sido produzido de forma verde.

Outra vertente é a amónia, cheira mal, é tóxica mas inofensiva para o ambiente, pode ser utilizada como armazenamento de energia em forma de hidrogénio agregado (3 para 1 moléculas) e como "combustível" direto, se verde na produção é uma alternativa que já está a ser explorada para otimização do hidrogénio, é amigável com os metais, liquidifica quase a mesma pressão do GPL e zero emissões.

Sem dúvida o hidrogénio fará parte do mix energético nas mais variadas vertentes mas acredito mais, num futuro próximo, na continua evolução das baterias com as atuais e futuras tecnologias no que á mobilidade diz respeito.

Na produção de energia já temos quase tudo, falta investimento e tempo, falta a maremotriz e muito maior quantidade de eólico on e offshore e solar alem de outras tecnologias que aparecerão e o maior problema por resolver, o armazenamento, os Nórdicos já quase resolveram a equação mas nem todos os países dispõem de capacidade ou condições geográficas para muita hídrica de armazenamento, nem os Suíços num país de montanhas conseguem suficiente, em Portugal ainda poderia aumentar bastante, sem gravuras.

Com mais ou menos gás, com mais alguma nuclear ( o gás não é renovável e a nuclear não é limpa) a energia eléctrica é a energia que está a acabar com a energia fóssil e as renováveis acabarão por ser mais eficientes, mais baratas e mais sustentáveis que qualquer outro modo de produção de energia.



Novembro 17, 2021, 09:21:31, 09:21
Responder #41

ALCLCF

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Portugal tem hídrica qb....com barragens sem água há anos https://snirh.apambiente.pt/index.php?idMain=1&idItem=1.3

Falta ligar de NS e dado a expectável necessidade futura de central(ais) desalinização e armazenamento estamos preparados (acho eu) para o 2 em 1 (armazenar água e energia).

Em relação H2 ou aparecem motas com "combustão" directa ou terá de levar um bela pack de baterias (derrota a ideia de menos peso) para cheirar motas elétricas ou a combustão. Um ponto que não interessa aos ambientalistas :D


Novembro 20, 2021, 19:03:25, 19:03
Responder #42

Lourenço

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Portugal tem hídrica qb....com barragens sem água há anos https://snirh.apambiente.pt/index.php?idMain=1&idItem=1.3

Não me parece que Portugal tenha hídrica qb. Segundo algumas opiniões existe até muito potencial desaproveitado. Esse argumento de que existem barragens com as albufeiras sem água durante anos, foi sempre um dos argumentos dos "ambientalistas" ao longo de décadas para lutarem contra a construção de novas barragens; seguindo essas lutas o Alqueva nunca teria sido construído e mesmo quando já estava a obra lançada juravam que nunca haveria água suficiente para encher  :D. Aliás segundo esses mesmos "ambientalistas", nem Alqueva, nem Vasco da Gama, nem aeroporto, nem lítio, nem novas vias férreas, nem novas barragens, nem novas eólicas, nem novas centrais fotovoltaicas, nem nada.
Hoje o Alqueva nunca seria construído, acabaram os políticos aconselhados por técnicos e com planos a mais de 4 anos, agora existem politicos que fazem de técnicos e de cientistas.

O que acontecia era que nos anos 50, 60 e ainda 70 Portugal conseguiu iniciar e terminar obras e paga-las, como as grandes barragens no centro e norte de Portugal que sendo pagas na altura com o dinheiro de todos á conta de muita fome e subdesenvolvimento acabaram privatizadas quase de borla e vendidas ao estado chinês.

Hoje não há consensos políticos nem capacidade para planear e empreender grandes projetos em Portugal sem que se recorra a parcerias privadas que hipotecam o País e ficam 10 vezes mais caras como no exemplo da Vasco da Gama que ainda por cima vinculou o monopólio da travessia do Tejo a privados e estrangeiros durante décadas. teria havido dinheiro para a costruír e manter e já estaria quase amortizada e sem entregar a 25 de Abril e o monopólio das travessias do Tejo.
Parece ser vergonha o Estado empreender e não é vergonha entregar quase de borla o que é do Estado ou comprometer o País.
Hoje em alguns dos maiores cursos de água se o Estado quiser construir uma barragem em alguns dos locais onde tal se justificaria tem de indemnizar os donos das atuais barragens, chineses, estado chinês, franceses, suíços, etc..

Há cerca de 45% de caudal dos rios que corre para o mar sem aproveitamento e 13 locais a aproveitar sem comprometer estuários ou bacias para barragens de eletroprodução.
Há pelo menos 18 locais identificados para rebombagem e hydro storage.
Há 9 locais onde grandes barragens ou complexos de barragens mistas A e B poderiam ser construídos.
Há dezenas de locais onde pequenas e médias barragens tipo C, destinadas só a armazenamento sazonal e prevenção de períodos de seca extrema poderiam e deveriam ser construídas.

Existem em valores de capacidade instalada cerca de 6.5 GW de produção e cerca de 2 a 3/5 deste valor em hydro storage, poderíamos estar quase no dobro há anos e com especial importância atualmente em combinação com as atuais renováveis com função de armazenamento.


Falta ligar de NS e dado a expectável necessidade futura de central(ais) desalinização e armazenamento estamos preparados (acho eu) para o 2 em 1 (armazenar água e energia).

Os transvases entre bacias são possíveis e já deveriam existir em Portugal e até se conseguem com recurso a renováveis e gravidade mas carecem de estudos mais ou menos longos para determinar o ecossistema resultante da mistura de bacias mas é algo que não será feito em Portugal porque seriam necessários planos a mais de 4 anos e não dariam votos a quem iniciasse mas só a quem terminasse ou seja não é populista nem popular.
Os Americanos e Espanhóis fizeram-no há décadas.
Há agora um esboço para o túnel hídrico a 100 M no interior da bacia do Tejo e espero que depois de feitos os estudos e em caso positivo, avance a obra mas é 1/100 do que há para fazer neste domínio em Portugal.

Dessalinização, seja por que método for e houve muitos avanços, será num futuro próximo um processo com o fim de obter água para consumo direto e não para encher barragens, na generalidade.


Em relação H2 ou aparecem motas com "combustão" directa ou terá de levar um bela pack de baterias (derrota a ideia de menos peso) para cheirar motas elétricas ou a combustão. Um ponto que não interessa aos ambientalistas :D

A combustão direta de hidrogénio puro ou agregado (tipo amónia ou outro) é uma das vias, há algumas marcas de motociclos e carros, essencialmente Japonesas, a explorar essa via, embora haja um maior avanço mundial nos grandes motores. Os "ambientalistas" não gostam, tem aversão a combustão interna, tentaram durante muito tempo vender-lhes combustíveis sintéticos que são comprovadamente poluentes mas a combustão do hidrogénio é limpa, perigosa e bruta mas limpa.

Novembro 20, 2021, 20:16:06, 20:16
Responder #43

Sapiens21

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Tem estado a ser noticiado, a este respeito do hidrogénio nas motos, que a Kawasaki e a Yamaha decidiram 'unir forças' com a Mazda, a Subaru e a Toyota para descobrir uma forma de fazer uso do gás de hidrogénio em motores de combustão interna.

Acho que o futuro trará novidades interessantes...

Nao será só uma tecnologia a vingar (ainda que me pareça que os veículos eléctricos levam clara vantagem), mas várias.  :nice:
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Setembro 16, 2022, 11:52:52, 11:52
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Tem estado a ser noticiado, a este respeito do hidrogénio nas motos, que a Kawasaki e a Yamaha decidiram 'unir forças' com a Mazda, a Subaru e a Toyota para descobrir uma forma de fazer uso do gás de hidrogénio em motores de combustão interna.

Acho que o futuro trará novidades interessantes...

Nao será só uma tecnologia a vingar (ainda que me pareça que os veículos eléctricos levam clara vantagem), mas várias.  :nice:

O próximo ano trará novidades quanto a tecnologia de baterias nos carros eléctricos de algumas marcas, nomeadamente a Toyota - solid state battery.

Com esta nova tecnologia existem vantagens quanto a redução de peso por redução de volume de baterias, com autonomia a ter valores simpáticos e carregamentos em 10 minutos.
Com redução de volume, finalmente podemos começar a voltar a ver veículos com formato mais esbelto sem serem os típicos SUVS a esconder por baixo toda a tecnologia obsoleta de baterias tradicionais...

Notícia que li tinha como referência ~480km autonomia automóvel Toyota e falavam que Nissan irá também adoptar enquanto a VW está a tentar desenvolver seu próprio "solid state battery".

Não seria de admirar as marcas aproveitarem o melhor das tecnologias em desenvolvimento e criarem motorizações híbridas com Fuel Cell + solid state battery, tanto que da kawasaki têm surgido notícias nesse sentido...


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