Autor Tópico: Linhas de escape e panelas de "rendimento"  (Lida 9781 vezes)

Fevereiro 04, 2017, 23:06:12, 23:06
Lida 9781 vezes

pedroareias

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Estamos todos informados sobre a existência de produtos que substituem os componentes de origem na exaustão dos gases de escape.

Os fabricantes de motociclos possuem ferramentas experimentais e computacionais muito mais poderosas do que os "tuners" e, além disso, conseguem optimizar o conjunto motor/transmissão/acessórios/escape de forma conjunta. Isto permite que alterações ao motor no processo de optimização automaticamente façam alterar a geometria do escape (computacionalmente).

Quando há convergência da solução e confirmação com os necessários ensaios, torna-se difícil que um "jeitoso", mesmo que se chame "Akrapovic" consiga obter um sistema tão eficiente como um grande fabricante.

Reparem que, mesmo entre os grandes fabricantes, se notam diferenças assinaláveis em termos de recursos de desenvolvimento. A BMW sistematicamente "massacra" as rivais nos dinamómetros e é de facto uma marca mítica no desenvolvimento de motores a todos os níveis.

Poluição, ruído, perda de binário a alguns regimes, aquecimento e fractura dos colectores, são tudo consequências possíveis desses acessórios.

Eu tenho um tubo de "decat" e uma panela livre Scorpion, como saberão. Noto mais ruído e muito mais calor a emanar do motor.

Por vezes é até embaraçoso, gastam-se balúrdios para perder potência (cf. http://www.motorradonline.de/motorradzubehoer/12-schalldaempfer-fuer-die-bmw-r-1200-gs-im-test.469844.html#mrd-494030)


Fevereiro 04, 2017, 23:27:25, 23:27
Responder #1

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Tema extraordinário trazido aqui ao fórum... :nice:  MUITO BOM!  :palmas:

É de facto impressionante verificar que aquilo que é alegado por alguns fabricantes de escapes ou mesmo linhas de escape completas, nomeadamente o alegado ganho na potência...afinal até pode, por certo em muitos casos, ficar aquém daquilo que é conseguido com o de série.

Esse gráfico que mostra o "confronto" com um Termignoni, deixa realmente muito poucas dúvidas (ou nenhumas), de que a potência não se equipara e muito menos suplanta o conseguido com o equipamento OEM.

Não digo que o som seja naturalmente outro com um Akra, um Termignoni, um Scorpion, um Mivv, um LeoVince, um Arrow....mas no tocante à potência e binário, a conversa é outra.

Excelente tópico, Pedro. :)
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Fevereiro 05, 2017, 02:01:35, 02:01
Responder #2

dfelix

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Provavelmente o maior mercado dos escapes aftermarket é a malta que adequire pelo som e pela estética.
E dentro dos adquirem pela performance, a maioria simplesmente substitui sem se preocupar com qualquer afinação.

Um trabalho bem feito é dispendioso!
Passar uma tarde num banco de potência a ajustar minuciosamente o mapa pode custar tanto quanto o próprio escape.
E sem esquecer que a maioria dos sistemas de injecção não permite ser reprogramada, o que implica custos adicionais num powercommander ou equivalente.

Actualmente cada vez mais construtores de motos têm parcerias com fabricantes escapes aftermarket.
A grande vantagem passa precisamente por aí: Disponibilizar versões de firmware ou programações oficiais adequados ao produto a ser instalado.
Só que isso... mais uma vez tem custos.



Fevereiro 05, 2017, 02:28:30, 02:28
Responder #3

Cross

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Os escapes aftermarket são para mim um factor de segurança porque tendencialmente são mais barulhentos. Não creio que o negócio venda ao cliente final vá durar muito porque os controlos irão ser mais apertados, então não terá opção se não se virar para o OEM.

Sobre a performance é mais do mesmo. Na maioria será igual porque a ECU normalmente ajusta os parâmetros para o escape novo automaticamente.
Se não o fizer então é que a ECU do modelo em causa não o consegue fazer e é nesse caso os custos acrescidos.
 Aumentar 2 ou 3 cavalos será insignificante para um condução vulgo normal of track digo eu... mas para os puristas aceito que não.
« Última modificação: Fevereiro 05, 2017, 09:32:30, 09:32 por Cross »
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Fevereiro 05, 2017, 11:03:35, 11:03
Responder #4

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A diferença do conseguido pelo OEM vs o conseguido pelo GPR, é assinalável!!  :o


Está bem que está entre os mais baratos, mas mesmo assim...

Mas lá está, as compras são feitas pelo factor estético e sonoridade (ainda que nesta última área, não é algo que seja verdade absoluta em todos).
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Fevereiro 05, 2017, 23:42:35, 23:42
Responder #5

dfelix

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Não creio que o negócio venda ao cliente final vá durar muito porque os controlos irão ser mais apertados, então não terá opção se não se virar para o OEM.

Sim. Mas não deixa de ser irónico que cada vez mais construtores de motos tenham parcerias com fabricantes aftermarket de escapes!

Sobre a performance é mais do mesmo. Na maioria será igual porque a ECU normalmente ajusta os parâmetros para o escape novo automaticamente.
Se não o fizer então é que a ECU do modelo em causa não o consegue fazer e é nesse caso os custos acrescidos.

Os ECU podem estar muito evoluidos mas ainda não têm capacidade de redesenhar o próprio mapa!  :)

Sim, é suposto o ECU ajustar os parâmetros...
Mas o ajuste é feito sobre valores definidos na matriz que habitualmente designamos por "mapa de injecção".

E naturalmente, de origem o mapa utilizado é o que o construtor ideal para a configuração da moto.
Trocas o escape... é mais do que certo que o mapa deixar de ser o mais adequado.

Aumentar 2 ou 3 cavalos será insignificante para um condução vulgo normal of track digo eu... mas para os puristas aceito que não.

Para uma condução "normal", certamente que é irrelevante.
Mas se estivermos a falar de alguém reincidente em trackdays... as coisas começam a ser diferentes.
E se entrarmos no mundo da competição, mesmo que seja a feijões como acontece nos nossos amadores campeonatos de velocidade... a coisa torna-se séria.  :)

Fevereiro 06, 2017, 00:10:16, 00:10
Responder #6

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A questão da perda de potência na moto, pode na verdade ser mais importante para um motociclista do que se julga....mesmo que estejamos a falar de apenas 2 ou 3cv a menos...

Se acaso um determinado motociclista quisesse comprar um escape aftermarket e lhe dissessem que iria perder potência na moto (comprovando-o), acho que dificilmente iria manter a decisão de trocar.

Isto naturalmente não é algo válido para todos, mas se imaginarmos uma moto de 100cv a perder uns quantos com um novo escape aftermarket, acredito que a beleza e nova sonoridade não fossem suficientes...


Mas como é algo que normalmente não se fala nem se pensa assim tanto, seja antes ou mesmo aquando do momento de retirar o OEM e colocar o bonito aftermarket...a coisa vai andando e vão-se vendendo bastantes.  ;)

No entanto concordo perfeitamente que...nem que seja pelo factor segurança, os Db a mais podem de facto valer os €€€'s...
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Fevereiro 06, 2017, 01:27:11, 01:27
Responder #7

dfelix

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Os Db extra costumam ter um efeito placebo suficientemente forte para não se fazer notar perdas de potência.  :)

Fevereiro 06, 2017, 12:36:46, 12:36
Responder #8

Cross

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Os ECU podem estar muito evoluidos mas ainda não têm capacidade de redesenhar o próprio mapa!  :)

Sim, é suposto o ECU ajustar os parâmetros...
Mas o ajuste é feito sobre valores definidos na matriz que habitualmente designamos por "mapa de injecção".

E naturalmente, de origem o mapa utilizado é o que o construtor ideal para a configuração da moto.
Trocas o escape... é mais do que certo que o mapa deixar de ser o mais adequado.


De acordo as ECU estão cada vez mais evoluídas mas não considera todos os parâmetros só aqueles que lhes interessa aos construtores. É inevitável por exemplo ajustar o motor para uma gasolina com diferentes octanas mas para um escape diferente não tem interesse directo.
No que diz respeito aos escapes os OEM's não têm interesse nos escapes aftermarket, excepto aqueles desenvolvidos conjuntamente e para esse efeito como uma valorização do produto no mercado, marketing etc...

O ónus de produzir um escape diferente dos standards propostos pelos OEM's está do lado do produtor de aftermarket para assegurar que pelo menos garanta que não é necessário alterações como ajustar a ECU ou qualquer outro componente.

Muitos dos escapes aftermarket são basicamente genéricos e são os mesmos para muitas marcas/modelos e apenas se focam no aspecto visual, no som e nos encaixes e não no aspecto das performances como sabemos.
Nada de errado nisso, como qualquer alteração existe vantagens e desvantagens. Existe quem queira o barulho adicional e não se importe de perder potência ou consumo.

Senão seria comprar um termignoni para uma ducati como opção proposta pela ducati mesmo por 700 euro ou então dar 400 euro por um genérico e mais 300 por um powercomander e ajustes na ECU/maps etc.... vai dar o mesmo por isso melhor ir pelo recomendado especifico para a moto.

O que não está correcto é assumir que ter um escape aftermarket por defeito tem necessariamente melhorias a todos os níveis.  Assim como não ser informado das consequências que vai ter ao alterar do escape X para Y. Acho que num mercado cada vez mais concorrencial e até pelas restrições ao nível da poluição e consumos vai ter mais relevância.
Isto passa necessariamente por um processo de homologação mais restrito que eventualmente terá de acontecer, até para ser utilizado como suporte para as inspeções que ai vêm. Senão vamos voltar para traz e tudo o que não for de origem pela homologação do construtor será proibido de utilizar.
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Fevereiro 06, 2017, 12:57:47, 12:57
Responder #9

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(....)Acho que num mercado cada vez mais concorrencial e até pelas restrições ao nível da poluição e consumos vai ter mais relevância.
Isto passa necessariamente por um processo de homologação mais restrito que eventualmente terá de acontecer, até para ser utilizado como suporte para as inspeções que ai vêm. Senão vamos voltar para traz e tudo o que não for de origem pela homologação do construtor será proibido de utilizar.

Também estou em crer que será algo que, mais tarde ou mais cedo, acontecerá...  :zangadoregras:

Um processo de homologação uniforme e com informação dirigida ao cliente (acompanhado de ficha contendo a homologação específica do produto), como acontece já em tantas coisas...

Acredito que é algo que pode muito bem vir a acontecer futuramente...a não ser que entretanto o mercado fique inundado de veículos eléctricos e aí perde-se a "vontade".  :D :D
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Fevereiro 06, 2017, 17:39:42, 17:39
Responder #10

Moto2cool

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A velocidade real e a velocidade sentida não são semelhantes, numa naked a velocidade aparente é muito mais influenciada pela sensibilidade a factores externos que numa scooter. Também nos escapes isto pode ter uma leitura subjectiva. Isto é à mesma velocidade a mota com escape mais barulhento pode parecer ao seu dono como mais rápida.
Alia-se a isto que numa utilização normal estamos normalmente longe do limite máximo da potência. Assim pode-se não  sentir  a perda de potência e, pelo contrário ter uma velocidade percebida superior ao escape original.
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Fevereiro 06, 2017, 18:35:19, 18:35
Responder #11

dfelix

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De acordo as ECU estão cada vez mais evoluídas mas não considera todos os parâmetros só aqueles que lhes interessa aos construtores. É inevitável por exemplo ajustar o motor para uma gasolina com diferentes octanas mas para um escape diferente não tem interesse directo.

Não percebi muito bem o exemplo das octanas.
Os construtores indicam no manual qual o RON mínimo a usar. Basta isso.

Usar combustíveis com maior concentração de anti-detonantes que o indicado é irrelevante para um motor em bom estado de conservação que não tenha sido modificado.

E quanto à ignição...
À semelhança do que acontece com a injecção, a ignição é também mapeada na ECU.



Já cheguei a alterar os limites mas nunca mexi nos parâmetros. (E em motores com mais de uma década.)
Não sei se nos motores recentes estes valores sejam afectados por leituras de alguns sensores. Provavelmente sim.
Mas, mesmo que a ECU tenha capacidade de alterar ligeiramente a ignição para corrigir alguma coisa, não me parece que evite o motor de bater se estiver a usar um combustível susceptível de autodetonar.

Não consigo perceber é a comparação com a alteração de um escape.
É que instalar um escape, sobretudo se implicar remover catalizador e toda as "rolhas" que o construtor recorre para cumprir os critérios de homologação, resulta numa alteração considerável na forma forma como fluem os gases de escape.

Tive uma moto que quando removi os catalisadores até cuspia gasolina!
Pois a saída dos gases acelerou de tal forma que o mapeamento original passou a ser demasiado rico em alguns regimes.
Confesso que aquilo enquanto esteve desafinado tinha a sua piada.
Sobretudo à noite quando parecia um lança-chamas! :D

O ónus de produzir um escape diferente dos standards propostos pelos OEM's está do lado do produtor de aftermarket para assegurar que pelo menos garanta que não é necessário alterações como ajustar a ECU ou qualquer outro componente.

Se queres resultados diferentes dos standards propostos pelos OEM não podes esperar que o ECU esteja configurado pelos standards propostos pelos OEM.  :)

Mesmo quando pagas quase o dobro por um escape aftermarket que é vendido como extra pelo construtor da moto, essa configuração é alterada.
Só que... "oficialmente". Normalmente sem invalidar a garantia.

Isto passa necessariamente por um processo de homologação mais restrito que eventualmente terá de acontecer, até para ser utilizado como suporte para as inspeções que ai vêm. Senão vamos voltar para traz e tudo o que não for de origem pela homologação do construtor será proibido de utilizar.

É um argumento que ouço desde que me recordo ter moto, sendo que há prai 10 anos que ouço falar que as inspecções estão para breve.
Mas o caminho é por aí...

Acho que a generalidade da malta que faz estas alterações não está extremamente preocupada.
Quando acontecer... logo se pensa no assunto.
« Última modificação: Fevereiro 06, 2017, 18:37:59, 18:37 por dfelix »

Fevereiro 06, 2017, 19:52:21, 19:52
Responder #12

Cross

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De acordo as ECU estão cada vez mais evoluídas mas não considera todos os parâmetros só aqueles que lhes interessa aos construtores. É inevitável por exemplo ajustar o motor para uma gasolina com diferentes octanas mas para um escape diferente não tem interesse directo.

Não percebi muito bem o exemplo das octanas.
Os construtores indicam no manual qual o RON mínimo a usar. Basta isso.

Usar combustíveis com maior concentração de anti-detonantes que o indicado é irrelevante para um motor em bom estado de conservação que não tenha sido modificado.

E quanto à ignição...
À semelhança do que acontece com a injecção, a ignição é também mapeada na ECU.



Já cheguei a alterar os limites mas nunca mexi nos parâmetros. (E em motores com mais de uma década.)
Não sei se nos motores recentes estes valores sejam afectados por leituras de alguns sensores. Provavelmente sim.
Mas, mesmo que a ECU tenha capacidade de alterar ligeiramente a ignição para corrigir alguma coisa, não me parece que evite o motor de bater se estiver a usar um combustível susceptível de autodetonar.

Não consigo perceber é a comparação com a alteração de um escape.


Eu percebo o que queres dizer e toda a razão.

O exemplo das octanas serviu só para dizer que diferentes combustíveis (uns com Etanol a mais ou amenos, impurezas etc...) estão ao alcance de todos de colocar na moto e os construtores têm nas ECU's uma maneira de ajustar para a situação optima de funcionamento na injeção e ignição. Algumas até conseguem trocar os chamados "mapas" segundo dizem (se bem que isso não acredito até ver). Portanto todo o interesse de proteger o motor e no que diz respeito ao trocar o escape é só para quem que fazer.

Até posso dizer que um dos sensores mais importantes e correções feitas pelas ECU são evitar o batimento (Knocking). Como piada era costume dizer o mais importante é o "knocking and timing" outros tempos. Não são mais octanas mas a falta delas em certas condições.  As ECU cortam baixam a potência quando o batimento acontece.
Uns esperto a tentar aproveitar o máximo em altas avançam tanto a ignição que detona todavia quando o cilindro esta a subir..cagada monumental.

Numa montanha ou ao nível do mar, ajustes de admissão do ar, na injeção se for o caso, ignição etc são constantes... Já agora os escapes são muito importantes na saída dos gases e na obstrução como dizes e bem. Para os construtores o mesmo escape aqui ou na cidade do Mexico no mesmo motor deve ter a mesma performance.
È comum em certos países terem um gasolina de baixas octanas para zonas altas com ar rarefeito, neste países os escapes ainda são mais importantes.
Ainda me lembro de mexer nos platinados aquilo é que era... agora também é apenas uma eeprom e já está, os dados para lá por é que são elas. Não deixa de ser "trial and error" mas com menos piada :)

 enfim pano para mangas...



 
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Fevereiro 07, 2017, 01:33:50, 01:33
Responder #13

dfelix

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Muito sinceramente acho o tema da autodetonação (ou se preferires, "knocking") um falso problema.  :)
Em muitas regiões do globo certamente será. Mas por cá, como no resto da UE, a qualidade dos combustíveis é boa e supera largamente os valores indicados pela maioria dos construtores.

Conheço poucas motos exigentes quanto a este tema.
Apesar de que a minha bmw é uma delas: Se lhe colocar 95 queixa-se logo. O motor muda de som, sente-se o bater sobretudo a quente.. e aquece muito mais.
Mas, o manual é bastante explicito quanto ao que deve ser a escolha adequada:



Acredito que a maioria da malta que tem problemas de autodetonação num motor em bom estado e sem modificações... é porque não leu o manual!  :)

Felizmente já não sou do tempo dos platinados!!!!
Tenho um mini que já me obrigou a desmontá-los algumas vezes para limpar a corrasão... mas fico-me por aí!  :D

... agora também é apenas uma eeprom e já está, os dados para lá por é que são elas. Não deixa de ser "trial and error" mas com menos piada

Alterar os dados não é dificil desde que se tenha o equipamento adequado.
A imagem que coloquei na outra resposta é do tuneboy, que funciona para alguns ECU que de origem são facilmente reprogramáveis.
Ajustes simples consegue-se fazer apenas observando as leituras da lambda.
Mas para algo decente o ideal é torrar uns valentes trocos em banco de potência.
Não deixa de ser "trial and error", mas a leitura das sondas e o gráfico oferecem dados que permitem saber onde e como ajustar. E acredita que até tem piada!  ;)
« Última modificação: Fevereiro 07, 2017, 01:36:37, 01:36 por dfelix »

Fevereiro 08, 2017, 00:15:38, 00:15
Responder #14

Joao_Cruz

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Aí está ums coisa que nunca farei, não entendo e não gosto de quem o faz por esse motivo.
Colocar um escape que faça mais barulho, para de essa forma ser melhor "visto".
Acho (é a minha opinião) uma tremenda falta de respeito para os outros utilizadores da estrada e para a Natureza.

Um abraço,
JpC

Fevereiro 08, 2017, 00:53:43, 00:53
Responder #15

Africandruglord

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Falta de respeito é o que mais via quando tinha o escape stock.

Ninguém facilitava a ultrapassagem, não metiam piscas, avançavam em cruzamentos sem prioridade, peões jogavam-se à estrada.


Nunca mais acabavam aqueles 1000km de rodagem.



Fevereiro 08, 2017, 11:29:53, 11:29
Responder #16

meneses85

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Falta de respeito é o que mais via quando tinha o escape stock.

Ninguém facilitava a ultrapassagem, não metiam piscas, avançavam em cruzamentos sem prioridade, peões jogavam-se à estrada.


Nunca mais acabavam aqueles 1000km de rodagem.

Nas duas motas (a que tive e a que tenho) tive o mesmo pensamento... nunca mais chega aos 1000 kms...
Com stock e sem stock, a falta de respeito é enorme... até me benzia a passar entre os carros quando tinha o escape stock, bem podia acelerar e dar "gazadas" que não se ouvia nada...
Buzina para passar entre os carros como vejo muitas scooters a fazer? Isso é que não faço não...
A buzina é para situações de emergência/perigo e não para ultrapassar carros sempre a buzinar...
Prefiro que ouçam o meu escape e em caso de perigo uma "gazada" e uma toque na buzina... ;)

Fevereiro 08, 2017, 12:07:02, 12:07
Responder #17

pedroareias

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Em termos de segurança, todos concordamos, quanto mais alto melhor.

É por isso que já não sei onde está o meu DB killer.

No entanto, vêm aí as inspecções periódicas e vão ser contundentes.

Até a identificação de marca e modelo é obrigatória, tal como os retrovisores homologados, etc.

Fui informado que vai ser ainda este ano.

Fevereiro 08, 2017, 14:11:44, 14:11
Responder #18

Africandruglord

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Ate tenho o meu dbkiller, mas caso venham as inspecçoes prefiro montar o original do que meter dbkiller, porque envolve comprar catalisador e não me apetece.


Fevereiro 08, 2017, 15:27:41, 15:27
Responder #19

meneses85

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Primeiro que venham as inspecções ainda me vai doer muito a cabeça com outras coisas...
E quando vierem, não tenho problema nenhum... "Não passa a bem, passa a mal..."

Fevereiro 08, 2017, 16:25:25, 16:25
Responder #20

Cross

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Melhor guardar o original porque nunca que sabe o que vem por aí.

Mais certo é que  vai ser uma salganhada completa...

Como será um escape para um motor de 250 metro cúbico... Humm...!?!?! lol

Boas curvas
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Fevereiro 08, 2017, 18:01:34, 18:01
Responder #21

Moto2cool

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Aí está ums coisa que nunca farei, não entendo e não gosto de quem o faz por esse motivo.
Colocar um escape que faça mais barulho, para de essa forma ser melhor "visto".
Acho (é a minha opinião) uma tremenda falta de respeito para os outros utilizadores da estrada e para a Natureza.

Um abraço,
JpC

João, concordo contigo e também não me passa pela cabeça colocar um escape mais ruidoso. Só porque não gosto, embora compreenda que ser ouvido aumenta a segurança. Agora o que me parece desnecessário é a qualificação acessória. Já tive alguns dissabores por automobilistas que me ignoraram e se o escape ruidoso ajudar alguém a se salvar só posso aplaudir. Passar entre filas de automóveis à chuva e de noite é uma experiência em que tudo o que melhore a segurança é vantajoso. Mas o escape não resolve tudo, por exemplo quando circulo assim uso sempre o colete reflector por cima do casaco da mota
Um abraço
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Fevereiro 09, 2017, 01:04:00, 01:04
Responder #22

dfelix

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Quando ando com malas torna-se mais frequente "encravar" ao circular entre faixas.
Sobretudo em trânsito compacto de cidade.
E chega a ser constrangedor quando em poucos metros de fila vários carros parados até arrancam só para facilitar. Como se fosse um veículo prioritário.
E desviam-se sobretudo porque ouvem o escape. E este nem é muito ruidoso.

Pela quantidade de gente que vejo diariamente a gesticular com automobilistas só porque estão um bocadinho mais ao centro, acredito que muita gente realmente fique satisfeita com o resultado que um escape barulhento possa ter.
(Passar entre carros não é um direito. É um privilégio. E muito motociclista parece não entender isso. Mas esse é tema para outras núpcias)

Costumo andar até com maior regularidade numa moto que tem o original.
E não me sinto menos seguro por isso!

Acho que barulho como factor de segurança funciona sobretudo para quem anda a rasgar...  :D
A malta ao ouvir um motor pontudo a gritar em altas numa via rápida até se encolhe à espera que passe!
Já numa condução mais normal, o mais provável é só se aperceberem quando a moto já está mesmo em cima.
« Última modificação: Fevereiro 09, 2017, 01:06:25, 01:06 por dfelix »

Fevereiro 09, 2017, 22:17:39, 22:17
Responder #23

Joao_Cruz

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Boas,
Quando digo falta de respeito, estou me a referir aos "anormais" que as 2 e 4 horas da manha se lembram de ir fazer corridas e acordam toda a gente.
Imaginem o barulho que nao fazem, para estarem a mais de 3/5 km e mesmo assim se fazerem ouvir.
Aqui na recta da AE-2,  Corroios-Fogueteiro é mato...
Depois pelos pecadores, pagam os justos...

Abril 24, 2017, 18:26:15, 18:26
Responder #24

dfelix

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Um resumo do que já foi escrito, com umas belas imagens à mistura!



Abril 24, 2017, 19:09:51, 19:09
Responder #25

Clemente Vicente

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Boas,

falando em panelas, as minhas até á uns tempos atrás eram da SILAMPOS , o problema é que  não encontro mais Silampos agora só há CELAR, ou esgotaram ou a fábrica faliu  :lolol: :lolol: :lolol:

Já dizia o Vasco Santana , panelas á muitas seu palerma....

Eu gosto  particularmente de dois  ou três modelos de panelas, a SPARK que eu tinha e já vendi, a Termignoni que o nosso companheiro aqui do forum o Aviónico tem e uma  das  Yoshimura  que é muito gira .

 :bandeiraportugal:
---------------------------------------------  " SÃO HONDA SENHOR; SÃO HONDA !!! "   -----------------------------------------

Abril 24, 2017, 20:18:29, 20:18
Responder #26

dfelix

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falando em panelas, as minhas até á uns tempos atrás eram da SILAMPOS , o problema é que  não encontro mais Silampos agora só há CELAR, ou esgotaram ou a fábrica faliu  :lolol: :lolol: :lolol:

Silampos agora é a Akrapovic do "cookware"!
Coisa de gente fina.


Eu gosto  particularmente de dois  ou três modelos de panelas, a SPARK que eu tinha e já vendi, a Termignoni que o nosso companheiro aqui do forum o Aviónico tem e uma  das  Yoshimura  que é muito gira .

Há mercado para todos os gostos...

Dentro do "custom made" sou fã dos trabalhos que os japoneses da Sanctuary realizam pras motos que transforma:



Junho 20, 2019, 20:35:33, 20:35
Responder #27

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
Fala-se por aqui de Akrapovic, de Yoshimura, de Termignoni...e até de db-killer's e ECU's.

Pois eu dei com este Mivv que também ouvi, de bem perto, a debitar decibéis.  :o

Bolas! Fazia barulho p'ra caramba...



"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
Tenha em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro."

Dalai Lama

Junho 20, 2019, 23:42:42, 23:42
Responder #28

TMXR

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Junho 21, 2019, 08:42:36, 08:42
Responder #29

Nuno YB

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falando em panelas, as minhas até á uns tempos atrás eram da SILAMPOS , o problema é que  não encontro mais Silampos agora só há CELAR, ou esgotaram ou a fábrica faliu  :lolol: :lolol: :lolol:

Silampos agora é a Akrapovic do "cookware"!
Coisa de gente fina.


Eu gosto  particularmente de dois  ou três modelos de panelas, a SPARK que eu tinha e já vendi, a Termignoni que o nosso companheiro aqui do forum o Aviónico tem e uma  das  Yoshimura  que é muito gira .

Há mercado para todos os gostos...

Dentro do "custom made" sou fã dos trabalhos que os japoneses da Sanctuary realizam pras motos que transforma:



Só me ocorre uma palavra: ESPECTACULAR!!!!!!!
Certas pessoas são como aquelas molas mágicas: não servem para quase nada, mas é sempre engraçado atirá-las pelas escadas abaixo...

Junho 21, 2019, 09:21:40, 09:21
Responder #30

Nuno YB

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Certas pessoas são como aquelas molas mágicas: não servem para quase nada, mas é sempre engraçado atirá-las pelas escadas abaixo...

Junho 21, 2019, 09:51:06, 09:51
Responder #31

dfelix

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Junho 21, 2019, 13:10:00, 13:10
Responder #32

Nuno YB

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Quem disse que não se mete um Arrow por 150€?

Olha este Akrapovic: https://www.wish.com/product/59f9d86b67e9be719de8fbbc?from_ad=fb_generic_feed&ad_cid=59f9d86b67e9be719de8fbbc&ad_cc=US&ad_curr=USD&ad_price=36.00%3Ffrom_ad%3D23843808519190601&_force_currency_code=EUR&_display_country_code=PT&fbclid=IwAR2Ue2Kwh6ihFKtSP5iMsAy9MelmDUS1UUgJXc67n8bDx68sGiHXigm29qk

Muito mais barato. E, se este for caro, eles vendem uns a 19€.


No aliexpress ainda te fazem desconto caso juntes malta para comprar em quantidade! :nice:  :D

Mas esses são falsos, o anuncio até avisa que os autocolantes ou a gravação laser é facultativa, podes comprar sem trazer isso.

Os que eu mostrei são legítimos... são escapes legítimos, não são Akrapovics legítimos...  :lolol: :lolol: :lolol:
Certas pessoas são como aquelas molas mágicas: não servem para quase nada, mas é sempre engraçado atirá-las pelas escadas abaixo...

Agosto 05, 2019, 21:56:41, 21:56
Responder #33

Sapiens21

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    Queira o bem. Faça o bem. O resto vem...
O vídeo colocado abaixo vem ilustrar, em certa medida, que os ganhos de potência e binário que as marcas de escapes aftermarket anunciam são...algo mentirosos. Ou pelo menos são claramente exagerados.

Os ganhos de potência face ao escape original são na verdade muito perto de serem desprezíveis.

A sonoridade é inquestionável que muda e nisso não há nada a dizer.
O mesmo se poderá dizer de uma curva, na entrega da potência, que pode ser ligeiramente mais favorável.

Mas de resto, se a ideia é pensar "É pá, a moto fica muito mais rápida e até parece outra...", então será muito provavelmente exagero ou uma sensação que na prática não se verifica.

O teste comparativo, publicado há uma semana, foi levado a cabo numa Honda CBR600RR, em dyno.

Escape OEM
VS
Toce
Akrapovic
Two Brothers
Arrow
Yoshimura

"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres humanos são tão contraditórios que é impossível atender às suas demandas para satisfazê-los.
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Dalai Lama

Agosto 06, 2019, 10:31:53, 10:31
Responder #34

dfelix

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Video interessante e que vai de encontro ao que escrevi lá atrás.

Aumentos de binário de 0.42 lb ft (Toce) a 1 lb ft(Arrow)
Aumentos de potência de 0.92cv  (Toce) a 1.52cv (Arrow)

Ou seja, a troca da ponteira só por si trás ganhos irrisórios, daí que a escolha seja sobretudo pelo som e estética.

Mas há ainda outro ponto a ter em conta que é o peso:
Qualquer ponteira aftermarket em carbono ou titânio ou mesmo alumínio pesa substancialmente menos que as originais habitualmente fabricadas em aço.
Actualmente começa a ser comum os enormes escapes oem recorrerem também a materiais exóticos. Mas em segmentos "budget" eliminar 5 ou 6kg só com a troca da ponteira é logo 2-3% na relação peso potência de algo que ande na casa dos 190kg.
(se juntarmos uma dieta rigorosa do piloto, ainda mais!)

Dos escapes testados, a surpresa é mesmo a Arrow que obteve melhores resultados.
O que supera a expectativa, já que habitualmente nem anunciam ganhos nas fichas técnicas ao contrário da akrapovic que promete cerca de 2.95cv e apenas obteve 1.45cv neste teste.

Mas.. quem tem expectativa de performance, o ideal é fazer o trabalho de casa.
Sobretudo no que diz respeito ás modificações na electrónica que permitam tirar proveito da ponteira ou sistema completo.